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Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Ciências Exatas e da Natureza


Departamento de Química Fundamental

QUÍMICA ANALÍTICA 11

Experimental

Recife
2010-1
ÍNDICE

Normas de Segurança e Estrutura do Curso................................................................ 3

1o Experimento: Calibração e uso de aparelhos volumétricos e tratamento de dados


experimentais......................................................................................................... 7

......

2o Experimento:Análise Gravimétrica - Determinação gravimétrica de níquel............. 13

3º Experimento:Determinação de fósforo empregando sistema de análise por


injeção em fluxo 18

(FIA)...................................................................................................

4o Experimento:Titulação potenciométrica de H3PO4 com NaOH................................ 21

5º Experimento:Determinação da alcalinidade e acidez em amostras de água........... 24

6º Experimento:Espectrometria de emissão atômica com chama (fotometria de


chama) para análise de amostras do 28

cotidiano............................................................

7o Experimento:Determinação espectrofotométrica de ferro em amostras de


suplemento 30

alimentar....................................................................................................

8o Experimento:Análise de extratos vegetais............................................................... 34

9o Experimento:Análise de um sal hidratado utilizando resina de troca iônica............. 37

Anexo 1: Modelo de Relatório....................................................................................... 41

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NORMAS DE SEGURANÇA E ESTRUTURA DO CURSO

1. Segurança

Um laboratório de Química é um lugar perigoso, e todo o cuidado é pouco na prevenção


de acidentes. Adotaremos por isso algumas normas gerais, que deverão ser rigorosamente
observadas, não só para evitar ocorrências infelizes, mas também para que o trabalho
transcorra de forma segura e organizada. Os seguintes itens devem ser rigorosamente
observados:

O USO DA BATA É OBRIGATÓRIO, JÁ QUE SEU CORPO E ROUPAS


FICAM MAIS PROTEGIDOS.

A. Considere qualquer substância corrosiva e perigosa, merecendo, portanto manipulação


cuidadosa e evitando-se contato com o corpo.
B. Se sua pele ou olhos forem atingidos lave com água abundante e avise ao instrutor.
C. Nunca prove nenhuma substância, nem aspire nenhum vapor diretamente.
D. Antes de manipular qualquer reagente deve-se ter conhecimento de suas
características com relação à toxicidade, inflamabilidade e explosividade;
Nunca trabalhar sem a presença do professor responsável no laboratório
Antes de manipular um aparelho qualquer no laboratório observe as instruções fornecidas pelo
professor.
Verificar se as vidrarias a serem utilizadas não estão trincadas ou rachadas
E. Nunca pipetar com a boca. Utilizar pró-pipetas (pêras) para auxiliá-lo.
F. Qualquer substância derramada deve ser imediatamente enxugada. Os ácidos devem
ser neutralizados com bicarbonato de sódio, enquanto que bases com ácido acético
diluído.
G. Qualquer vidro quebrado deve ser imediatamente recolhido e colocado em local
adequado indicado pelo instrutor ou técnico do laboratório.
H. Na pia só devem ser desprezadas substâncias solúveis e inofensivas. Mesmo assim
devem ser lavados abundantemente com água. Substâncias insolúveis ou perigosas
devem ser colocadas em recipientes apropriados indicados pelo instrutor.

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I. É proibido comer, fumar ou beber no laboratório. Não leve a mão à boca ou aos olhos
quando estiver manuseando produtos químicos;
J. Para manuseio de substâncias voláteis, use sempre a capela.
K. Comunique qualquer ocorrência ao instrutor. Em caso de acidentes, mantenha a calma
e chame o professor ou técnico responsável;
L. Brincadeiras são absolutamente proibidas nos laboratórios;
M. Siga corretamente o roteiro de aula e não improvise, pois improvisações podem causar
acidentes, use sempre materiais e equipamentos adequados;
N. Receber visitas apenas fora do laboratório, pois elas não conhecem as normas de
segurança e não estão adequadamente vestidas.

Essas são algumas regras gerais que devemos seguir durante um trabalho no
Laboratório. Durante o curso, em cada experimento serão relacionadas outras mais
específicas, inclusive sobre os reagentes a serem manipulados.

2. Limpeza
O aluno só deverá se ausentar do laboratório após o professor ter se certificado de que
a sua bancada esteja em ordem, inclusive áreas comuns como balança, capela, etc. Se
necessário reserve 15 minutos finais para este fim.

3. Estrutura do curso
A carga horária semanal do curso é 04 horas, estando a disciplina baseada em
atividades essencialmente práticas. Organiza-se da seguinte maneira:

a. Pré-relatórios
Uma apostila contendo todas as práticas a serem realizadas no semestre deverá ser
adquirida. Leia-a, cuidadosamente, quantas vezes forem necessárias, antes de vir ao
laboratório, certificando-se de que esteja entendendo perfeitamente o que será realizado. Feito
isso, você estará apto a preparar o pré-relatório, o qual consiste basicamente de:
I. Fluxograma ou resumo das principais etapas do experimento;
II. Cálculos e/ou tabelas que porventura constem na experiência;
O pré-relatório deve ser apresentado ao professor (no caderno de laboratório) antes do
início da aula, do contrário não será permitida a participação do aluno na prática do dia. Você
só deve começar a trabalhar quando tiver a noção exata do que fazer em todas as etapas da
experiência.

b. Caderno de laboratório

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Como seria de se esperar, todas as observações realizadas em um laboratório devem
ser feitas de modo organizado e controlado. Além de se fazer medidas e observações, é
necessário que as mesmas sejam anotadas de modo claro, completo e no instante que
acontecem. Desse modo, seus resultados estarão disponíveis no futuro e o tempo passado no
laboratório será aproveitado ao máximo.
Você deve adquirir um caderno, que deverá ser trazido em todas as aulas práticas e de
uso exclusivo para a disciplina experimental. Nele deverão constar suas observações, valores
medidos, pesos de amostras, etc. As notas deverão ser feitas à tinta, e caso ocorra algum erro,
nunca risque, rasgue ou danifique o mesmo. A medida correta é passar um traço sobre o erro
(de modo que ainda fique legível), colocando acima a versão corrigida. Um dos objetivos desse
curso é ajudá-lo a desenvolver sua habilidade em descrever adequadamente experiências
analíticas.
Deixe algumas folhas no início do caderno, de modo que você possa construir um
sumário das experiências realizadas. Cada experiência nova deve começar em uma página
limpa, contendo data e título da mesma.
Inclua todos os dados observados e essenciais, tendo em mente que qualquer pessoa
seja capaz de repetir o procedimento. Aconselhamos que apenas as páginas da direita sejam
usadas, de modo que as da esquerda possam ser utilizadas no caso de serem necessárias
observações adicionais. Procure sempre deixar um bom espaçamento entre anotações.
Procure manter seu caderno sempre atualizado e organizado.
c. Relatórios
O desenvolvimento correto da prática, a precisão dos dados empíricos e o domínio
teórico do assunto relacionado com a prática são alguns fatores essenciais para um bom
desenvolvimento das disciplinas experimentais. No entanto é necessário apresentá-los em
forma de texto organizado e lógico. Esse é o papel do relatório. Depois de realizada cada
prática você terá que prepará-lo, em letra legível ou digitada, e entregá-lo ao instrutor na aula
seguinte. O relatório deve ser redigido seguindo um modelo apresentado pelo professor (ver
anexo).
O texto apresentado no anexo foi montado a partir de pedaços de outros textos e, por
conseguinte, os seus tópicos, figuras e tabelas não fazem sentido como um texto real.
A sua redação foi idealizada apenas com o intuito de auxiliar no entendimento de como
se fazer um relatório. As referências citadas não correspondem ao texto original.

d. Critérios para aprovação


A aprovação na disciplina Química Analítica Experimental 11A baseia-se nos seguintes
aspectos:

1. Nota final:

5
• Acima de 7,0 - aprovação por média
• Abaixo de 3,0 - reprovação direta
• Maior que 3,0 e menor que 7,0 – O aluno fará uma prova final com 9 questões relativas aos
experimentos realizados durante o curso ( acima de 5,0 será aprovado)

2. Faltas - Alunos com número de faltas superior a 2 serão reprovados por falta.

e. Composição das notas das avaliações

Avaliação Valor Peso


1. Pré-Relatório (feito no caderno de laboratório) e as anotações 10 2
das práticas
2. Relatório: 10 8
- Resumo, Palavra-chave e Introdução 3,0
- Procedimento Experimental 1,0
- Resultados e Discussão 3,0
- Conclusão 1,5
- Referências Bibliográficas 0,5
- Questões 1,0

Cálculo : nota do pré-relatório x 2 + nota do relatório x 8


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1O EXPERIMENTO
CALIBRAÇÃO E USO DE APARELHOS VOLUMÉTRICOS E TRATAMENTO DE DADOS
EXPERIMENTAIS

1. Objetivos
− Obter noções básicas de laboratório tais como, segurança, descarte de produtos químicos
e caderno de notas;
− Limpeza e manuseio de vidraria volumétrica
− Leitura de menisco de buretas, pipetas ou balões volumétricos
− Determinação da massa e calibração de aparelhos volumétricos
− Tratamento de dados experimentais

2. Introdução
Em geral, independente da técnica analítica, a utilização apropriada de aparelhos
volumétricos e de pesagem é fundamental para reduzir os erros nas análises. Esta utilização
envolve o manuseio, a leitura correta do menisco, a calibração destes aparelhos, correções
devido ao empuxo, aos efeitos de eletricidade estática, e principalmente, a limpeza do material
utilizado (reagentes, aparelhos, e vidrarias). A qualidade dos resultados analíticos dependerá
de todos estes fatores, dentre outros. Uma vez que se acredita ter resultados experimentais
confiáveis, a análise destes dados, estatística e significativamente consistente, é a forma mais
apropriada de comunicar e divulgar estes resultados.

2.1 Aparelhos Volumétricos


Num laboratório existem basicamente dois tipos de frascos volumétricos: TC ("to
contain") aqueles calibrados para conter um certo volume que será transferido não totalmente,
como por exemplo, balão volumétrico, e TD ("to deliver") calibrados para transferir um
determinado volume, como por exemplo, buretas e pipetas. Qualquer frasco volumétrico
apresenta aderência do fluído nas suas paredes internas, mesmo estando limpos e secos. Os
aparelhos volumétricos TD têm seus volumes corrigidos, com respeito à aderência dos fluídos
e, portanto, escoarão o volume indicado numa transferência. É importante ainda conhecer a
exatidão do volume contido num frasco TC, e a precisão do volume escoado num frasco TD.
Em química analítica, os aparelhos volumétricos mais utilizados são a pipeta, o balão
volumétrico e a bureta, pois são os mais precisos e/ou exatos.

2.2 Provetas
São equipamentos utilizados em medidas aproximadas de volume. No comércio são
encontradas provetas TC e TD, nos volumes de 5 mL até vários litros. O desvio padrão da
medida do volume feita com estes aparelhos é, em geral, de 1%.

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2.3 Pipetas
São frascos volumétricos utilizados para a transferência de certos volumes, de modo
preciso, a determinadas temperaturas, e são basicamente de dois tipos: as volumétricas ou
de transferência e as graduadas. As pipetas volumétricas são utilizadas para transferir um
volume fixo e pipetas graduadas permitem transferir seu volume total (fixo) com precisão ou
frações de seu volume total com menor precisão. As pipetas são calibradas de modo a levar
em conta o filme de líquido que fica retido na sua parede interna. Cerca de 15 segundos após o
escoamento total, deve-se tocar a ponta da pipeta na parede do frasco de recolhimento, antes
de retirá-la do mesmo. As pipetas volumétricas com capacidade de 0,5; 1 e 2 mL apresentam
tolerâncias de ± 0,006 mL; as de 5 mL ± 0,01 mL; as de 10 mL ± 0,02 mL; as de 20 e 25 mL
± 0,03 mL; as de 50 mL ± 0,05 mL; e as de 100 mL ± 0,08 mL. Antes de ser lavada e secada
para sua calibração é necessário que o tempo de escoamento da pipeta seja observado. A
tabela abaixo apresenta o tempo mínimo recomendado para o escoamento em função do
volume da pipeta.

Tabela 1: Tempo mínimo de escoamento para pipetas


Capacidade (mL) 5 10 25 50 100 200
Tempo (segundos) 15 20 25 30 40 50

Se o escoamento for muito rápido, o diâmetro da abertura da ponta da pipeta deve ser
diminuído utilizando a chama de um bico de Bunsen e se for muito lento, torna-se necessário
aumentá-lo (lixar levemente a ponta), até que o tempo requerido seja obtido.

2.4 Buretas
São frascos volumétricos TD usados para escoar volumes variáveis de solução e
empregadas geralmente em titulações. Têm capacidade variando de 5,00 até 100,00 mL,
sendo que as microburetas tem capacidades de até 0,100 mL, graduadas em intervalos de 1
µ L (0,001 mL). A precisão das transferências com uma bureta é substancialmente maior que a
de pipetas graduadas. Buretas com capacidade de 5 mL possuem tolerância de ± 0,01 mL; as
de 10 mL ± 0,02 mL; as de 25 mL ± 0,03 mL; as de 50 mL ± 0,05 mL; e as de 100 mL ± 0,20
mL.
As buretas necessitam ser manuseadas com cuidados especiais, pois possuem
torneiras de vidro esmerilhado, que devem ser lubrificadas, ou de teflon, que dispensam
lubrificação. Contudo, a presença desta torneira é fonte de erros devido a vazamentos,
formação de bolhas, ou mesmo contaminação, se o lubrificante usado contiver silicone.

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2.5 Balões Volumétricos
São frascos volumétricos com capacidade variando de 5 mL à 5 L e são calibrados para
conter exatamente um certo volume de líquido, quando preenchidos até o traço fino gravado
em torno do gargalo. O gargalo deve ser bastante estreito com relação ao corpo do balão, a fim
de que um pequeno erro no ajuste do nível de líquido à marca não ocasione um erro
considerável no volume final. Balões volumétricos com capacidade de 5 e 10 mL possuem
tolerâncias de ± 0,02 mL; os de 25 mL ± 0,03 mL; os de 50 mL ± 0,05 mL; os de 100 mL ±
0,08 mL; os de 250 mL ± 0,12 mL; os de 500 mL ± 0,20 mL; os de 1,000 mL ± 0,30 mL; e os
de 2,000 mL ± 0,50 mL.

2.6 Uso dos Aparelhos Volumétricos


Todos os materiais volumétricos devem estar perfeitamente limpos e secos antes do
uso. Verifica-se o estado de limpeza de um aparelho volumétrico enchendo-o com água e
observando-se o seu escoamento. Se gotículas ou uma película não uniforme de água,
aderentes às paredes internas do equipamento forem detectadas, então se torna necessário
limpá-lo.

Soluções de Limpeza
Os aparelhos volumétricos manufaturados com vidro não são atacados por ácidos
(exceto ácido fluorídrico, HF) ou soluções diluídas de detergente. Solução de detergente a 1 –
2 % é a mais utilizada para a limpeza de vidrarias com o auxílio de escovas suficientemente
finas, tomando-se o cuidado para não arranhar as paredes internas da mesma. Contudo,
dependendo o estado do material volumétrico é necessário empregar métodos de limpeza mais
drásticos, tais como, solução sulfocrômica ou etanolato de sódio ou potássio. A solução
sulfocrômica deve ser utilizada com cuidado e recém preparada, dissolvendo-se cerca de 30
mg de dicromato de sódio em 500 mL de ácido sulfúrico concentrado. As buretas requerem um
tratamento especial para sua limpeza com solução sulfocrômica, devendo-se colocar cerca de
75 - 100 mL da solução num béquer pequeno, sendo então a bureta invertida imersa na
solução, de modo que a sua extremidade superior fique imersa. Por sucção através da torneira
com o auxílio de um bulbo (ou pêra) enche-se a bureta até o final das marcas de calibração,
porém antes da torneira. Fecha-se a torneira e a solução é deixada na bureta em repouso por
10 - 15 minutos. Após o tratamento de limpeza faz-se a lavagem com água de torneira seguida
da água destilada. No caso de titulações, deve-se também lavar a bureta com solução do
titulante. Pipetas e balões volumétricos podem ser limpos de maneira semelhante. Se
necessário, um pequeno volume de solução de limpeza pode ser adicionado e a limpeza é feita
girando-se o recipiente contendo a solução, de modo que a mesma atinja toda a superfície
interna.

9
Uma vidraria volumétrica, após ser limpa, deve ser protegida de poeira, gordura e
outros contaminantes. Pipetas e balões volumétricos podem ser guardados cheios com água
destilada e tampados com rolhas de borracha. As buretas devem ser preenchidas com água
destilada e guardadas num suporte universal, na posição vertical. Em seguida, devem ser
fechadas com um tubo de ensaio (invertido) de tamanho adequado (não deve ficar muito
folgado) ou tampadas com uma rolha. Em hipótese alguma se devem armazenar soluções
em vidraria volumétrica.

Leitura do Volume
Uma vez constatada a limpeza dos aparelhos volumétricos, procede-se à medida do
volume. O topo da superfície de um líquido confinado num tubo estreito exibe uma curvatura
marcante, denominada de menisco. Em geral, o fundo do menisco é tomado como ponto de
referência na calibração e uso de aparelhos volumétricos. Este ponto de mínimo na curvatura
pode ser estabelecido colocando um cartão opaco ou pedaço de papel atrás das marcas de
calibração. Contudo, no momento da leitura é importante que os olhos estejam no mesmo nível
da superfície do líquido, de tal maneira a evitar os erros de paralaxe. Leitura acima do nível da
superfície do líquido fornecerá valores maiores que os corretos, e abaixo do nível valores
menores que os corretos.

Aferição de Aparelhos Volumétricos


A maneira mais precisa e simples de calibração de equipamentos volumétricos é
através da determinação da massa de água liberada (ou contida) pela vidraria em questão. A
densidade da água a uma dada temperatura é conhecida com grande precisão e exatidão, a
partir da qual é então possível determinar o volume contido ou liberado pelo aparelho
volumétrico. Como a densidade da água é uma função da temperatura é importante que a água
utilizada na aferição esteja em equilíbrio térmico com o ambiente e que a temperatura seja
conhecida e fixa durante o experimento.

3. Procedimento Experimental

3.1 Bureta
Preencha a bureta com água destilada em equilíbrio térmico com o ambiente, de modo
que o menisco fique ligeiramente acima do zero. Anote a temperatura da água e verifique-a
pelo menos duas vezes durante o processo de calibração. Remova quaisquer bolhas de ar
retidas na bureta abrindo-se rapidamente a torneira. Ajuste a posição do menisco até o zero
exatamente (0,00 mL) e aguarde 10 minutos para certificar-se de que o menisco continua
imóvel no zero. Atenção na leitura da posição do menisco. Toque a ponta da bureta com a
parede de um béquer para remover qualquer gota que esteja aderida.

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Durante este período, pese um Erlenmeyer de 50 mL seco (pelo menos externamente).
Todos os itens da vidraria que vão ser pesados devem ser manuseados com pinças
apropriadas ou com pedaços de papel que não soltem fibras.
Transfira lentamente (≈ 10 mL min-1) cerca de 10 mL de água da bureta para o
Erlenmeyer. Toque a ponta da bureta com a parede interna do Erlenmeyer para remover
qualquer gota que esteja retida. Aguarde cerca de 1 minuto e anote o volume final exatamente
(precisão de 0,01 mL) que foi aparentemente transferido. Pese o Erlenmeyer contendo a água
transferida. Preencha novamente a bureta e repita este procedimento pelo menos mais duas
vezes.
Repita o procedimento acima transferindo cerca de 20, 30 e 40 mL.

3.2 Pipeta Volumétrica


Antes da aferição da pipeta verifique a velocidade de escoamento da mesma. Pese um
Erlenmeyer que esteja seco pelo menos externamente. Utilizando uma pipeta volumétrica de
25 mL pipete água destilada em equilíbrio com o ambiente de modo que o menisco fique um
pouco acima da marca de calibração. Utilize a ponta do dedo indicador para impedir o
escoamento do líquido e ajuste o menisco até a marca de calibração. Remova quaisquer gotas
de água que estejam aderindo à superfície externa da pipeta com o auxílio de um pedaço de
papel de filtro. Com a pipeta na posição vertical escoe a água para o Erlenmeyer, aguarde 15
segundos e toque a ponta da pipeta na parede interna do Erlenmeyer. Pese o Erlenmeyer
contendo água transferida. Repita este processo pelo menos mais três vezes.
Utilizando uma pipeta volumétrica de 50 mL repita o procedimento acima.

3.3 Balão Volumétrico


Limpe e seque um balão volumétrico de 50 mL a ser calibrado. A secagem não deve ser
feita, em nenhuma hipótese, com ajuda de aquecimento. É recomendável lavar o balão uma ou
duas vezes com álcool ou acetona, para remover a água da lavagem. Em seguida, coloque o
balão seco na balança e anote seu peso. Preencha o balão com água destilada até a marca de
calibração, e repita a pesagem. Repita este procedimento pelo menos mais três vezes.
Utilizando um balão volumétrico de 100 mL repita o procedimento acima.

4. Análise dos Resultados

1. Colete junto aos seus colegas que utilizaram à mesma bureta, as mesmas pipetas e os
mesmos balões os resultados dos mesmos.
2. Utilizando estes resultados determine os valores médios (aferição) e as incertezas (desvio
padrão absoluto) para cada um destes aparelhos volumétricos.

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3. No caso da bureta, faça um gráfico do desvio padrão e do coeficiente de variância para
cada volume transferido (10, 20, 30 e 40 mL).
4. Na determinação do volume, leve em consideração a correção para a temperatura de 20
°C, normalmente utilizada para relatar aferição de aparelhos volumétricos.

Tabela – Densidade da água em várias temperaturas (1 atm).

Temperatura Densidade Temperatura Densidade


(oC) (g cm-3) (oC) (g cm-3)
20 0,99823 27 0,99655
21 0,99802 28 0,99627
22 0,99780 29 0,99598
23 0,99757 30 0,99568
24 0,99733 31 0,99537
25 0,99708 32 0,99506
26 0,99682 33 0,99473

o o
VH202OC VHT2OC
o
= o
d 20
H 2O
C
d TH 2CO
5. Questões
1. Os aparelhos volumétricos TD têm seus volumes corrigidos com respeito à aderência do
fluido e, por esta razão, escoarão o volume indicado se usados numa transferência. Assim,
a quantidade do líquido escoado dependerá de alguns fatores. Cite-os.
2. Liste os frascos volumétricos TD e TC informando a precisão de acordo com a sua
capacidade volumétrica.
3. Qual a finalidade de medir a temperatura quando se está calibrando um equipamento
volumétrico?
4. Como é possível verificar o estado de limpeza de um frasco volumétrico? Este estado de
limpeza influencia uma análise quantitativa? Indique algumas técnicas de limpeza para os
frascos volumétricos e algumas práticas que devem ser evitadas na limpeza.

6. Referências Bibliográficas
1) Baccan, N.; de Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; Barone, J. S. Química Analítica
Quantitativa Elementar, 2a ed., Edgard Blücher LTDA, São Paulo, 1979.
2) Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J., Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analítica,
Trad. Marco Tadeu Grassi, Pioneira Thomson Learning Ltda., São Paulo, 2006.

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2O EXPERIMENTO
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA - DETERMINAÇÃO GRAVIMÉTRICA DE NÍQUEL

1. Objetivos
− Trabalhar com métodos gravimétricos
− Conhecer as técnicas utilizadas em gravimetria
− Realizar uma digestão de amostra sólida
− Determinar o teor de níquel em uma amostra de aço

2. Introdução
A análise gravimétrica juntamente com a volumetria forma as chamadas técnicas
analíticas clássicas. O caso da gravimetria é bastante particular, pois juntamente com a
eletrogravimetria, é o único procedimento analítico absoluto, isto é, que não necessita de
padrões. Sendo assim, esta técnica pode ser muito precisa e exata. O objetivo da análise
gravimétrica está na determinação da massa de um precipitado de composição química bem
definida, a partir da qual se pode obter a massa do analito na amostra. A simplicidade é,
portanto uma das principais vantagens da análise gravimétrica, pois o procedimento envolve
operações unitárias (etapas sucessivas) de fácil execução e boa reprodutibilidade.

Além disso, os equipamentos utilizados são simples e de baixo custo, como por
exemplo, béquer, funil de vidro, cadinho de porcelana, bico de bunsen, mufla, estufa, balança
analítica, etc. Por estes motivos, a análise gravimétrica continua sendo um dos métodos mais
utilizados na indústria e nos procedimentos padrões recomendados. As maiores desvantagens
da gravimetria são o tempo, em geral, muito longo para a execução da análise, os erros
cumulativos nas inúmeras operações envolvidas na análise e os erros devidos a elementos
interferentes existentes na amostra original. Outra desvantagem significativa seria a
impraticabilidade do procedimento gravimétrico para a determinação de microconstituintes na
amostra (faixa de mg L-1 e µ g L-1) devido à falta de sensibilidade do método.

O procedimento utilizado numa análise gravimétrica, em geral, envolve as seguintes


etapas sucessivas: 1) preparo da amostra; 2) precipitação; 3) digestão; 4) filtração; 5) lavagem;
6) secagem ou calcinação; e 7) pesagem.

2.1- Preparo da amostra


Para se iniciar uma análise gravimétrica por precipitação é necessário que o elemento
ou substância a ser analisada esteja em solução. Utiliza-se então um tratamento químico
adequado de acordo com a natureza da amostra a fim de se preparar uma solução (aquosa) do
analito. Este tratamento químico, usualmente denominado de “abertura da amostra”, pode ser
suave ou energético, ácido ou básico, em solução ou por fusão. De modo geral as seguintes

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aberturas são usadas para a preparação das soluções de amostra: i) com água (sólidos
solúveis); ii) com HCl (carbonatos sólidos, alguns óxidos e alguns metais); iii) com HNO3
(alguns óxidos e metais); iv) com água-régia (metais nobres); v) por fusão com peróxido de
sódio e hidróxido de sódio (alguns óxidos); etc.

2.2 - Precipitação
O elemento a ser quantificado é separado da solução por precipitação. Deve-se levar
em conta vários fatores que afetam a precipitação e, por conseguinte a escolha do reagente
precipitante, a saber, a solubilidade, as características físicas e a pureza do precipitado. Deve-
se escolher um reagente precipitante que leve à formação de um precipitado quantitativamente
insolúvel, isto é, que a quantidade do analito que permanece em solução seja menor que o
limite de erro da balança (em geral, 0,1 mg).
O precipitado deve ser conhecido de tal maneira a permitir a escolha do tipo de filtração.
Além disso, o tipo de precipitado formado indicará a necessidade ou não de digestão, já que,
por exemplo, precipitados gelatinosos não suportam uma digestão prolongada. O precipitado
deve ser preferencialmente formado de cristais médios ou grandes para facilitar a transferência
e filtragem, evitando a adsorção de impurezas.
O precipitado formado deve ser o mais puro possível. Cuidado todo especial deve ser
tomado na escolha do reagente precipitante para evitar substâncias interferentes, ou em outras
palavras, o reagente precipitante deve ser específico. Quando isto não for possível, deve-se
escolher as condições nas quais o reagente precipitante é mais seletivo, procurando-se
mascarar os possíveis contaminantes via precipitação prévia ou complexação ou separação
cromatográfica.

2.3 - Digestão
Para a obtenção de um precipitado de alta pureza é necessário que o mesmo
permaneça um determinado tempo, após ter sido formado, em contato com o meio de
precipitação (água-mãe), em geral, a quente. Este processo é denominado de digestão, e
durante o mesmo ocorre a recristalização que em geral levam à formação de partículas
maiores e mais puras, pois as impurezas ocluídas passam para a água-mãe. Em geral, a
digestão é feita por um período de 12 a 24 horas, dependendo das características do
precipitado.

2.4 - Filtração
A separação do precipitado do meio em que se processou a sua formação é realizada
pelo processo de filtração. O tipo de filtração dependerá do tratamento (secagem ou
calcinação) que o precipitado será submetido na etapa seguinte. A transferência deve ser feita
com o auxílio de um bastão de vidro, recolhendo-se o filtrado num béquer. Não se deve deixar

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o precipitado secar no filtro durante a filtração, pois isto acarretará a formação de caminhos
preferenciais que provocará uma lavagem deficiente do mesmo.

2.5 - Lavagem
Após a filtração do precipitado, deve-se submetê-lo à lavagem através da qual se
remove parte da água-mãe que ficou nele retida, eliminando-se impurezas solúveis e não
voláteis. O processo de lavagem deve ser realizado com pequenas porções da solução de
lavagem por várias vezes. A solução de lavagem deve conter um eletrólito para evitar a
peptização do precipitado. Para uma lavagem mais eficiente recomenda-se que, de início,
somente a água-mãe seja transferida para o funil de separação. O precipitado (ainda retido no
béquer de precipitação) é então lavado (com uma porção da solução de lavagem), decantado e
o líquido sobrenadante é transferido para o funil de separação. Repete-se este procedimento
algumas vezes e, por fim, transfere-se todo o precipitado para o funil e continua-se a lavagem
diretamente no filtro.
Devem-se fazer ensaios qualitativos com porções do filtrado para constatar a presença
ou não dos íons contaminantes.

2.6 - Secagem ou Calcinação


Após a filtração e a lavagem do precipitado, este deve ser seco e calcinado antes de
pesado. A secagem, feita a temperaturas abaixo de 250 °C, é utilizada simplesmente para a
remoção da água de lavagem residual e o precipitado é pesado sob a forma obtida na
precipitação. Este procedimento é aplicável aos precipitados de cloreto de prata,
dimetilglioximato de níquel, cromato de chumbo, sulfato de bário, etc.
A calcinação, feita a temperaturas superiores a 250 °C, é realizada quando for
necessária alta temperatura para a eliminação de resíduos da água de lavagem ou quando se
requer altas temperaturas para a transformação do precipitado numa forma bem definida, que
será utilizada na pesagem. Por exemplo, a temperatura de cerca de 1000 °C o hidróxido de
ferro se transforma em óxido de ferro, o fosfato de amônio e magnésio hexahidratado em
pirofosfato de magnésio, etc. As temperaturas de calcinação estão relacionadas com a
estabilidade térmica e são determinadas a partir das curvas termogravimétricas das
substâncias presentes no precipitado. A calcinação é feita em mufla, sendo utilizado papel de
filtro na filtração.

2.7 - Pesagem
A etapa final da análise gravimétrica é a determinação da massa do precipitado através
da pesagem.

15
3. Materiais e Métodos

3.1 - Aparelhagem
Balança analítica; béqueres de 100 e 150 mL; balão volumétrico de 100 mL; chapa
elétrica; funil de colo longo; papel de filtro; funil de vidro de fundo poroso; estufa; banho-maria;
dessecador.

3.2 - Soluções, Reagentes e Amostra


Amostra de aço; HCl 1:1; HNO3 1:1; ácido tartárico a 30 %; NH4OH conc.; AgNO3 1 %;
solução alcoólica de dimetilglioxima 1 %.

3.3 - Procedimento Experimental


1. Pesar aproximadamente 0,1 g da amostra (anotar a massa pesada da amostra para fins de
cálculos) e transferir para um béquer de 250 mL.
2. Adicionar cerca de 20 mL de HCl 1:1 e aquecer até dissolução total (realizar na capela).
3. Adicionar 10 mL de HNO3 1:1, levar à ebulição para expelir todo o óxido de nitrogênio
(realizar na capela).
4. Diluir para 100 mL com água destilada e adicionar 40 mL de ácido tartárico.
5. Neutralizar com NH4OH até ligeiro excesso e filtrar em papel de filtração rápida, a fim de
separar o precipitado formado, lavando o mesmo com água quente (receba o filtrado em
béquer de 600 mL).
6. Aquecer o filtrado até próximo de 80 oC, adicionar 50 mL de dimetilglioxima e em seguida,
NH4OH conc. até leve reação alcalina.
7. Digerir em banho-maria por 20 minutos, deixar decantar e em seguida, filtrar em funil
convencional usando dois papéis de filtração média, previamente tarados após secagem
em estufa a 110 - 120°C durante 1 hora.
8. Lavar com água quente até que o filtrado não dê reação positiva para cloreto com AgNO 3 a
1 %. Verificar se a precipitação do níquel foi completa com a adição ao filtrado de alguns
mL de dimetilglioxima.
9. Secar o precipitado contido nos papéis de filtro em estufa a uma temperatura de 110 -
120oC, durante 1 (uma) hora.
10. Esfriar em dessecador e pesar.

4. Análise dos Resultados

1. Colete os dados dos companheiros de laboratório que utilizaram a mesma amostra


2. Determine a massa de níquel e a concentração em porcentagem na amostra.

16
3. Faça um tratamento estatístico da porcentagem de Ni na amostra.
4. Comente sobre os erros e suas fontes.

5. Questões
1. Qual a razão do uso da dimetilglioxima na precipitção do Ni?
2. Com quais elementos e quais os meios a dimetilglioxima forma complexos?
3. Qual a função do ácido tartárico?
4. Qual a causa da insolubilidade do dimetilglioximato de Ni?

6. Referências Bibliográficas
1) Baccan, N.; de Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; Barone, J. S. Química Analítica
Quantitativa Elementar, 2a ed., Edgard Blücher LTDA, São Paulo, 1979.
2) Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J., Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analítica,
Trad. Marco Tadeu Grassi, Pioneira Thomson Learning Ltda., São Paulo, 2006.

17
3º EXPERIMENTO
DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO EMPREGANDO SISTEMA DE ANÁLISE POR INJEÇÃO
EM FLUXO (FIA)

1. Objetivos
− Trabalhar com sistema de Análise por Injeção em Fluxo (FIA)
− Traçar curva analítica
− Determinar fósforo em amostra desconhecida

2. Introdução
O fósforo além de ser veiculado pelos fertilizantes é principalmente introduzido nas
águas através de detergentes e pesticidas, ele limita os processos biológicos e em excesso
pode levar a eutrofização de rios e lagos, ou seja, provoca o enriquecimento da água com
nutrientes que favorecem a proliferação de algas tóxicas.
O fósforo se apresenta em diferentes formas químicas, fósforo inorgânico (ortofosfato,
PO43-; polifosfato, P2O7) e fósforo orgânico (combinado com a matéria orgânica). Os polifosfatos
e os fósforos orgânicos são convertidos a íon ortofosfato (PO43-) através da digestão com ácido
sulfúrico e persulfato, respectivamente.
O íon ortofosfato reage com molibdato de amônio e tartarato de potássio e antimônio
em condições ácidas para formar um complexo. Este complexo é reduzido com ácido ascórbico
para formar um complexo azul que absorve luz a 880 nm. A absorbância é proporcional à
concentração de ortofosfato na amostra. A reação de formação do azul de molibdênio é aceito
mundialmente para realizar a determinação espectrofotométrica de ortofosfato.
Em 1975, o pesquisador Jaromir Ruzicka propôs o sistema de Análise por Injeção em
Fluxo (FIA). Este processo consiste na inserção da amostra e de um reagente em um fluido
carregador que transporta a mistura reacional para o detector.
O processo de análise por injeção em fluxo (FIA) é considerado uma poderosa
ferramenta para análise de rotina em larga escala, apresentando baixo custo operacional e
elevada freqüência de amostragem.
Neste experimento o sistema FIA utilizado será um sistema de fluxo em confluência, no
qual a amostra é transportada por água e o reagente é adicionado posteriormente em
confluência, possibilitando o uso de uma menor quantidade do reagente.

3. Materiais e Métodos
3.1 - Instrumentos e acessórios
Bomba peristáltica; injetor manual; conectores em acrílico; tubos de 0,8 mm (i.d.); tubos
de Tygon (vazão específica); banho de aquecimento; espectrofotômetro com cela de fluxo
adequada.

18
3.2 - Soluções de reagentes e amostras
Solução reagente deve ser preparada adicionando-se 680 mL de água em um Béquer e
35 mL de ácido sulfúrico concentrado (H2SO4). Após homogeneização e resfriamento adicionar
215 mL de solução 4% (m v-1) de molibdato de amônio e 72 mL de solução 0,3 % (m v-1) de
tartarato de potássio e antimônio. A seguir, transferir a solução para um balão volumétrico de
1000 mL e completar o volume com água.
Pesar 6,0 g de ácido ascórbico e dissolver em 100 mL de água.
Solução padrão estoque de 25,0 mg P-PO43- L-1, foi preparada dissolvendo-se, 0,1099 g
do fosfato monobásico de potássio (KH2PO4) o qual foi seco por 1 h a 105oC em 800 mL de
água. Após dissolução, completou-se o volume para 1000 mL com água.
Soluções padrões de trabalho nas concentrações de 1, 2, 4, 6, 8 e 10 mg P-PO 43- L-1
foram preparadas a partir de adequada diluição em água da solução padrão estoque de
fósforo.

3.3 - Procedimento Experimental

1. Ligar o banho de aquecimento e o espectrofotômetro (880 nm) para que o banho atinja
a temperatura desejada (37 oC) e o espectrofotômetro estabilize.
2. Montar o sistema, de acordo com a Fig.1.

Ácido
1,0 ascórbico
Molibdato + 150 cm
1,0 Banho a 37 oC
tartarato

2,3 H2O
200 cm 880 nm

Amostra
Injetor
Bomba
Peristáltica

Figura 1. Diagrama de fluxo para determinação de ortofosfato. Os números 1,0 e 2,3


representam as vazões de 1,0 mL/min (tubo cinza-cinza) e 2,3 mL min-1 (tubo verde-verde),
respectivamente. Para a amostra tubo violeta-violeta ou violeta-preto.

3. Na posição indicada na Fig. 1, (amostragem) a alça de amostragem (L) está sendo


preenchida pela amostra, que está sendo direcionada para o descarte. O carregador (água)
flui juntamente com os reagentes (molibdato e ácido ascórbico) após terem sido
homogeneizados numa bobina de 150 cm. Essa mistura passa pelo banho de aquecimento
e segue para o espectrofotômetro onde será feita a medida de absorbância e em seguida
irá para o descarte.
4. Injetar inicialmente água destilada, a qual representa o branco e em seguida as soluções
padrões para traçar a curva analítica. Quando o injetor muda de posição (injeção), o volume

19
selecionado da amostra é introduzido no percurso analítico, sendo transportado pela H2O
originando uma zona de amostragem.
5. Retirar o tubo de dentro do recipiente contendo a amostra para não haver consumo
desnecessário. A amostra encontra-se com os reagentes, passa pelo banho (bobina de 200
cm) onde ocorre a reação e segue para o espectrofotômetro. A medida da absorbância é
proporcional a concentração de fósforo na amostra.
6. Anotar o valor máximo de absorbância.
7. Voltar o injetor para a posição inicial, para que o mesmo seja preenchido com nova alíquota
de amostra.
8. Fazer as medidas, de cada amostra, em triplicata.
9. Ao terminar, lavar o sistema bombeando água por todos os tubos usados durante 5 min, em
seguida, deixar passando ar para secar os tubos.
10. Desligar o banho e o espectro. Desligar a bomba e soltar os tubos.

4. Análise de resultados
1. Determine a concentração de P-PO43- das amostras analisadas.

5. Questões
1. De que são constituídos, basicamente, os sistemas de análise em fluxo?
2. Cite três tipos de detectores que podem ser empregados no FIA?
3. Calcular a freqüência analítica (número de amostras/hora), o consumo de reagentes para
uma determinação (sem contar os padrões) e as figuras de mérito do método (desvio
padrão, limite de detecção, limite de quantificação, etc)
4. Faça uma análise crítica do sistema FIA.

6. Referências Bibliográficas
1) American Public Health Association- APHA, Standard Methods for the Examination of Water
and Wastewater – 20a ed. , 1998 (pág. 4-149).
2) Reis, B.F., Química Nova 19(1), 1996, 51-58.
3) Ruzicka, J.; Hansen, E.H., Anal. Chim. Acta 78, 1975, 145-157.
4) Reis, B.F., Giné, M.F., Kronka, A.M., Química Nova 12(1), 1989, 82-91.
5) Korn, M., Primo, P.M., Sousa, C. S., Microchemical Journal 73, 2002, 273–277.
6) Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J., Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analítica,
Trad. Marco Tadeu Grassi, Pioneira Thomson Learning Ltda., São Paulo, 2006.

20
4O EXPERIMENTO
TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DE H3PO4 COM NaOH

1. Objetivos
− Trabalhar com o pH-metro
− Conhecer as técnicas utilizadas em volumetria
− Titular ácido poliprótico com base forte.
− Determinar H3PO4 em amostra comercial

2. Introdução
Na análise volumétrica, a quantidade de um constituinte de interesse (analito) é
determinada através da reação desta espécie química com uma substância em solução,
denominada de solução padrão, cuja concentração é exatamente conhecida. Sabendo-se a
quantidade da solução padrão necessária para reagir totalmente com o analito e a reação
química que ocorre entre as duas espécies químicas, têm-se condições de determinar a
concentração da substância analisada. O processo volumétrico utilizado para introduzir a
solução padrão no meio reacional é conhecido como titulação, sendo então a solução padrão
denominada de titulante. Por esta razão é que geralmente se associa a terminologia volumetria
a titrimetria.
Análises volumétricas são amplamente utilizadas em processos de análise química, e
juntamente com a gravimetria, resolvem cerca de 80 a 90 % dos problemas de análise química
em indústria. As principais vantagens da volumetria estão na sua rapidez, comparada com a
gravimetria, na sua precisão e exatidão, na facilidade do procedimento e pequeno número de
etapas, e na simplicidade da aparelhagem utilizada. O aparelho volumétrico mais importante
neste tipo de análise é a bureta que é utilizada para introduzir o titulante no meio reacional.
O principal aspecto dos métodos volumétricos é a reação química utilizada. Nem todas
as reações químicas são apropriadas para as determinações volumétricas, sendo necessário
que as mesmas satisfaçam pelo menos os seguintes requisitos: i) devem ser muito rápidas; ii)
devem ser completas no ponto de equivalência do sistema químico; iii) devem possuir uma
equação química bem definida, sem reações paralelas; iv) devem permitir fácil detecção do
ponto final do processo, isto é, apresentar variações bruscas das propriedades físico-químicas
do sistema próximo ao ponto de equivalência.
Outro aspecto importante em determinações volumétricas é a utilização de solução
padrão (titulante), que deve ter concentração exatamente conhecida. Pode-se também,
preparar a solução padrão por diluição de uma solução padrão (primária ou secundária) mais
concentrada.

21
Em uma análise volumétrica ou em uma padronização deve-se estimar a grandeza da
amostra a ser titulada, de modo que seja utilizado um volume de titulante de aproximadamente
3/5 do volume total da bureta.
A técnica volumétrica é rápida e de fácil uso sendo comumente aplicada em escala
macroscópica, apesar de ser útil em microanálises. Quando aplicada para análise de
macroquantidades, a exatidão deste procedimento atinge geralmente 0,1 %.
As reações de neutralização (ácido-base), de óxido-redução, de precipitação e de
complexação são as mais utilizadas em volumetria. Neste experimento, usaremos a reação de
neutralização, ácido-base . Não será utilizado indicador, pois os pontos de equivalência serão
determinados através da medida do potencial do sistema.

3. Procedimento Experimental

1. Calibrar o pH-metro, cuidadosamente, com tampão pH 7 e pH 4;


2. Pipetar 25 mL da solução problema A para um Béquer de 250 mL, adicionar cerca de
50 mL de água;
OBS: Todas as medidas de pH ou potencial deverão ser realizadas da seguinte maneira:
a. Transferir do volume da solução titulante sob agitação.
b. Cessar a agitação e aguardar 10 segundos (usar cronômetro fornecido pelo
professor).
c. Anotar o pH ou potencial.
3. Inserir o eletrodo no sistema e medir o potencial inicial ou pH inicial;
4. Ajustar a bureta no sistema para que a solução seja inserida no Béquer;
5. Adicionar 1 mL de solução padrão de NaOH 0,1 M e anotar o potencial;
6. Adicionar mais 1 mL e anotar o potencial
7. Continuar adicionando de 1 em 1 mL até o valor de pH ou potencial atingir um patamar
(acompanhar o experimento com papel milimetrado).
8. Repetir mais uma vez esta titulação;
9. Fazer o mesmo procedimento para as soluções problema B e C.
10. Com os dados obtidos calcula-se a concentração molar da solução.

4. Análise dos Resultados


1. Faça um tratamento estatístico apropriado dos seus dados e determine a concentração da
solução de H3PO4.

5. Questões
1. Por que apesar do H3PO4 ter 3 hidrogênios ionizáveis, nós só conseguimos ver dois pontos
de equivalência? Escreva as equações químicas.

22
2. Por que não foi utilizado um indicador? Como foi determinado o volume consumido?

6. Referências Bibliográficas
1) Baccan, N.; de Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; Barone, J. S. Química Analítica
Quantitativa Elementar, 2a ed., Edgard Blücher LTDA, São Paulo, 1979.

23
5º EXPERIMENTO
DETERMINAÇÃO DA ALCALINIDADE E ACIDEZ EM AMOSTRAS DE ÁGUA

1. Objetivos
− Explorar e complementar dos conhecimentos sobre a volumetria de neutralização;
− Adquirir habilidades para trabalhar com bureta automática;
− Determinar alcalinidade de uma amostra de água, determinando as espécies iônicas
responsáveis pela mesma, a fim de decidir sobre a sua utilização.

2. Introdução
A alcalinidade de uma solução é a medida da sua capacidade de neutralizar ácidos. É a
soma de todas as bases provenientes de sais de ácidos inorgânicos fracos (bicarbonato,
borato, silicato e fosfato) e de sais de ácidos voláteis (acetato, propionato, butirato, etc.) e não
voláteis (benzoato, lactato, humato, etc.).
Em muitas águas superficiais a alcalinidade é função dos carbonatos, bicarbonatos e
hidróxidos, por isso ela pode ser tomada como uma indicação da concentração destes
constituintes. Se os boratos, fosfatos, silicatos e outras bases estiverem presentes, elas podem
contribuir para os valores medidos da alcalinidade. Os valores da alcalinidade são usados na
interpretação e controle dos processos de tratamento de água e efluentes.
Existem três espécies de alcalinidade: de hidróxidos (OH-), de carbonatos (CO32-) e de
bicarbonatos (HCO3-). Para identificar e quantificar as diferentes espécies de alcalinidades
presentes numa amostra é realizado uma titulação com um ácido padrão usando-se dois
indicadores ou medidor de pH para detectar o ponto final da titulação.
Os carbonatos podem estar presentes juntamente com os hidróxidos ou com os
bicarbonatos, porém os hidróxidos e bicarbonatos não podem estar presentes ao mesmo
tempo numa mesma amostra. As seguintes reações mostram o que ocorre quando cada um
dos três tipos de compostos é titulado com ácido:
a) Hidróxidos: OH- + H3O+ → 2H2O
b) Carbonatos CO32- + H3O+ → HCO3- + H2O
c) Bicarbonatos HCO3- + H3O+ → H2CO3 + H2O
A alcalinidade total de uma amostra de reator anaeróbio é composta por dois tipos
diferentes de bases:
 Alcalinidade parcial (5,75 < pH inicial < 8,00) – ânions de ácidos fracos (bicarbonato,
borato, silicato e fosfato) denominada de alcalinidade real para reatores anaeróbios.
 Alcalinidade intermediária (4,30 < pH < 5,75) – ânions de ácidos orgânicos (ácido húmico,
acético, propiônico, etc.), denominada de alcalinidade falsa para reatores anaeróbios.

24
O método comumente empregado na determinação da alcalinidade é o volumétrico,
com detecção potenciométrica, até atingir um pH pré-fixado ou condutimétrica, quando o ponto
final é determinado matematicamente, após adição de excesso de titulante.
A determinação da alcalinidade total, por potenciometria é feita por titulação com
solução padronizada de H2SO4, quando ocorrem as reações mostradas nas equações abaixo:

2 HCO3- + H2SO4 → H2CO3 + SO42- + H2O ... eq.(1)


2 CH3COO- + H2SO4 → 2 CH3COOH + SO42- …eq.(2)
2 H2PO4- + H2SO4 → 2 H3PO4 + SO42- ... eq.(3)
O acúmulo de ácidos orgânicos voláteis indica desbalanceamento entre velocidades de
consumo de matéria orgânica dos diferentes tipos de bactérias responsáveis pelo desempenho
adequado do sistema de tratamento anaeróbio. Os sais de ácidos voláteis gerados durante a
degradação anaeróbia são responsáveis por uma falsa alcalinidade.
Quando a concentração de ácidos voláteis ultrapassa cerca de 500 mg/L, ou melhor,
quando não existe mais efeito tampão devido à ausência de alcalinidade a bicarbonato, há
probabilidade de ocorrência de problemas graves com o sistema de tratamento, devido à
diminuição do pH. A determinação de ácidos voláteis pode ser realizada por cromatografia
gasosa ou por meio de métodos volumétricos, utilizando pHmetro ou condutivímetro.
A adição de NaOH entre pH de 4,0 até 7,0 permite a reação, principalmente, com os
ácidos orgânicos e outros ácidos fracos presentes, estes geralmente presentes em menores
concentrações.

CH3COOH + NaOH → CH3COO- + Na+ + H2O ..... (eq. 4)


2H3PO4 + 2NaOH → 2H2PO4- + 2Na+ + 2H2O ..... (eq. 5)

O método volumétrico, embora não seja adequado a trabalhos que exijam elevada
precisão, pode ser utilizado para monitoramento de sistemas de digestão anaeróbia pela sua
facilidade de execução.

3. Materiais e Métodos
3.1 - Aparelhagem:
Béquer de 100 mL; pipetas volumétricas de 50 mL; balança analítica; bureta automática;
pipetas de 50 mL; agitador magnético; pisseta com água destilada; pHmetro; eletrodo de vidro;
chapa aquecedora; centrífuga ou bomba de vácuo

3.2 - Soluções, Reagentes e Amostra:


1. Solução padronizada de ácido sulfúrico, H2SO4 0,05 M;
2. Solução padronizada de NaOH ~ 0,010 M (ou 0,010N).
3. Amostras de águas.

25
3.3 - Procedimento Experimental
1. Centrifugar (2500 rpm por 10 minutos) ou filtrar a amostra para remoção de sólidos
suspensos.
2. Transferir 50,0 mL de amostra a ser analisada para o Bécker de 100 mL.
3. Colocar barra magnética para agitação.
4. Retirar o eletrodo da solução de KCl, lavá-lo com água destilada e secá-lo em papel
absorvente.
5. Introduzir o eletrodo no Béquer contendo a amostra, com a extremidade acima da barra
magnética.
6. Ligar o agitador magnético.
7. Medir o pH da amostra. Se o pH for superior a 5,75, adicionar solução padronizada de
ácido sulfúrico até pH 5,75. Anotar o volume gasto (V1).
8. Continuar a adição até pH final de 4,3. Anotar o volume gasto (V2).
ATENÇÃO: V2 é o volume total. Não subtraia de V1.
9. Para pH inferior a 5,75 proceda da mesma maneira acima, até pH final de 4,3. Anotar o
volume gasto (V2).
10. Abaixar o pH até valor menor que 3,0 com solução padronizada de H2SO4 ~ 0,05M.
Desprezar o volume gasto. (A redução do pH até 3,0 destruirá os íons bicarbonato).
11. Adicionar pérolas de vidro à amostra.
12. Aquecer em chapa elétrica. Quando começar a ferver marcar 3 minutos (remoção de
ácido carbônico).
A fervura da amostra remove o gás carbônico remanescente na solução.
H2CO3 → CO2 + H2O
13. Resfriar, corrigir o pH até 4,0, com solução de NaOH 0,01 M.
14. Adicionar solução de NaOH 0,010M até que o pH mude de 4,0 para 7,0. Anotar o
volume gasto.

3.4 – Análise dos Resultados


Carbonato de Cálcio (CaCO3) foi um padrão muito utilizado para determinar a
concentração de soluções ácidas. Por esse motivo, em algumas situações, a alcalinidade é
expressa como carbonato de cálcio, cuja massa molecular é de 100,0 g mol-1.

1. Alcalinidade parcial, como CaCO3 (mg L-1) = V1 * M*100.000


Va
sendo: V1 = volume, em mL ,de ácido gasto na titulação até pH 5,75
Va = volume da amostra, mL;
M= molaridade do ácido empregado

2. Alcalinidade total, como CaCO3 (mg L-1) = V2 * M*100.000

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Va
sendo: V2 = volume, em mL, de ácido gasto na titulação até pH 4,3.
M= molaridade do ácido empregado;
Va = volume da amostra, mL

3. Ácidos voláteis, como HAc (mg L-1) = V * M * 60.000


Va
sendo: V = volume gasto de NaOH de pH 4,0 até 7,0
M = normalidade do NaOH
Va = volume da amostra (50 mL)

4. Questões
1. Como podem estar presentes em uma amostra de água as diferentes formas de
alcalinidade?

5. Referências Bibliográficas
1) American Public Health Association- APHA, Standard Methods for the Examination of
Water and Wastewater – 18a ed. , 1992
2) Cavalcanti, P.F.F.; van Haandel, A. Engenharia Sanitária e Ambiental, 5 (1,2), 2000, 47.

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6º EXPERIMENTO
ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ATÔMICA COM CHAMA (FOTOMETRIA DE CHAMA)
PARA ANÁLISE DE AMOSTRAS DO COTIDIANO

1. Objetivos
− Conhecer os princípios de métodos óticos.
− Determinar o teor de Na+ e K+.
− Comparar o valor encontrado nas amostras com o valor rotulado
− Aprender a operar o fotômetro de chama

2. Introdução
Há três tipos principais de métodos espectrométricos para a identificação de elementos
presentes em amostras e para a determinação de suas concentrações: (1) espectrometria
óptica, (2) espectrometria de massa e (3) espectrometria de raios X. A espectrometria óptica
consiste em converter os elementos presentes em uma amostra em átomos gasosos ou íons
elementares por um processo chamado atomização. A absorção ultravioleta/visível, emissão ou
fluorescência das espécies atômicas no vapor é então medida. Neste experimento será
estudada a espectrometria de emissão atômica, que antigamente, era conhecida como
fotometria de chama.
Na espectrometria de emissão atômica com chama, os átomos do analito são excitados
por uma chama, que leva momentaneamente os átomos a um estado de energia mais alto ou
estado excitado. Os átomos excitados, após alguns nano-segundos, relaxam para o estado
fundamental fornecendo, fornecendo suas energias como fótons de radiação visível ou
ultravioleta.
A amostra líquida deve ser convertida em aerossol líquido-gás para introdução na
chama. O aerossol flui para o interior de uma câmara de spray, na qual encontra uma série de
chicanas que removem as gotas maiores deixando apenas as mais finas. Assim, a maior
quantidade da amostra é coletada no fundo da câmara, onde é drenada para o recipiente de
descarte. O jato gasoso da amostra (spray) é misturado com o combustível e gás oxidante na
câmara, os quais são então incinerados em um queimador.
Os espectros de emissão são afetados por variações na temperatura da chama:
temperaturas mais altas aumentam a população total de átomos da chama e, assim a
sensibilidade. Um espectro de emissão típico normalmente tem a forma de um gráfico de
potência relativa da radiação emitida em função do comprimento de onda ou freqüência. Ele é
constituído por uma série de linhas estreitas (picos), em comprimentos de onda característicos
das espécies como, por exemplo, para o sódio a cerca e 330 nm, para o potássio a
aproximadamente 404 nm e para o cálcio a 423 nm. Os espectros atômicos são, assim,
denominados espectros de linha.

28
Na literatura são listadas diferentes combinações de combustíveis e oxidantes, que
originam os vários tipos de chamas empregadas em espectroscopia atômicas. Temperaturas
em torno de 1700 a 2400 oC são obtidas com os vários combustíveis quando o ar serve com o
oxidante. Nestas temperaturas, somente espécies facilmente excitáveis tais como os metais
alcalinos e alcalinos terrosos produzem espectros de emissão úteis.
A espectrometria de emissão atômica com chama é utilizada em análises clínicas,
controle de qualidade de alimentos, além de inúmeras outras aplicações, para averiguar a
quantidade de íons de metais alcalinos e alcalino-terrosos, como sódio, potássio, lítio e cálcio.

3. Materiais e Métodos
3.1 - Equipamento
- Fotômetro de chama DM-61 (Digimed) com câmara de nebulização para introdução de
combustível e ar comprimido.
- Micropipetas com diferentes volumes.

3.2 - Reagentes e soluções


1. Solução padrão estoque de cloreto de sódio
- Ver no rótulo do frasco qual é a concentração em mg.L -1 de NaCl e converter para mg.L-1 de
Na+.
2. Solução padrão diluída de sódio
- Pipetar os volumes necessários para preparar soluções padrão de sódio com concentrações
de 5, 10, 20, 40, 60 e 80 mg L-1 de Na+ a partir da solução estoque, usando micropipeta
automática, e transferir para balões de 50 mL.
- Completar o volume com água destilada.
3. Solução estoque de cloreto de potássio
- Ver no rótulo do frasco qual é a concentração em mg.L-1 de KCl e converter para mg.L-1 de K+.
4. Solução padrão diluída de potássio
- Pipetar os volumes necessários para preparar soluções padrão de potássio com
concentrações de 5, 10, 20, 40, 60 e 80 mg L-1 de K+ a partir da solução estoque, usando
micropipeta automática, e transferir para balões de 50 mL.
- Completar o volume com água destilada.
5. Amostras de bebidas isotônicas e soro fisiológico

3.3 - Procedimento Experimental


3.3.1 - Determinação de cloreto de sódio em soro fisiológico.
1. Diluir a amostra de soro fisiológico 100 vezes e reservar.
2. Todas as medidas devem ser realizadas, pelo menos, em triplicata.
3. Inserir o branco no fotômetro e anotar o sinal obtido.

29
4. Inserir os padrão de 5 mg L-1 de sódio e anotar o sinal quando a leitura estabilizar.
5. Inserir novamente o branco até que a leitura decresça para zero (caso isto não aconteça,
zere novamente, o aparelho).
6. Introduzir o padrão seguinte repetindo a mesma metodologia usada para o primeiro padrão.
7. Por último, inserir a amostra e anotar o sinal obtido.

3.3.2 - Determinação de sódio e potássio em bebidas isotônicas.


1. Diluir a amostra de soro fisiológico 100 vezes e reservar.
2. Todas as medidas devem ser realizadas, pelo menos, em triplicata.
3. Inserir o branco no fotômetro e anotar o sinal obtido.
4. Inserir os padrão de 5 mg L-1 de sódio e anotar o sinal quando a leitura estabilizar.
5. Inserir novamente o branco até que a leitura decresça para zero (caso isto não aconteça,
zere novamente, o aparelho).
6. Introduza o padrão seguinte repetindo a mesma metodologia usada para o primeiro padrão.
7. Repita o mesmo procedimento para o potássio.
8. Por último, inserir a amostra e anotar o sinal obtido para sódio e para potássio (o fotômetro
de chamas usado nos experimentos possibilita leituras simultâneas de sódio e potássio).

4. Análise dos Resultados


Traçar as curvas analíticas para todos os padrões, verificar se obedeceu a Lei de Beer
no intervalo em que foi traçada e expressar a equação da reta e o coeficiente de correlação
(R2).
Mostrar numa tabela a comparação de todos os valores obtidos com os rotulados e
calcular o erro relativo.

5. Questões
1. Por que elementos como sódio, potássio, lítio e cálcio podem ser determinados em chama
ar/gás/combustível (GLP)?
2. Por que, em alguns casos, foi necessário diluir as amostras?
3. Calcule o limite de detecção e o limite de quantificação dos métodos.
4. Neste experimento foi utilizado método da curva analítica (ou curva de calibração) para
determinar a concentração dos analitos. Quais os outros métodos de calibração que poderiam
ser empregados?

6. Referências Bibliográficas
1) Okumura, F.; Cavalheiro, E.T.G.; Nóbrega, J.A., Química Nova, 27, 2004, 832
2) Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J., Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analítica,
Trad. Marco Tadeu Grassi, Pioneira Thomson Learning Ltda., São Paulo, 2006.

30
7O EXPERIMENTO
DETERMINAÇÃO ESPECTROFOTOMÉTRICA DE FERRO EM AMOSTRAS DE
SUPLEMENTO ALIMENTAR

1. Objetivos
− Introdução à análise espectrofotométrica quantitativa
− Método da curva de calibração
− Abertura e tratamento de amostra real de um produto comercial

Para análise de ferro, podem-se utilizar vários métodos dentre eles o da 1,10-
fenantrolina (fen) e o do tiocianato (SCN-). No primeiro método, o íon Fe(II) reage com fen para
formar o complexo vermelho alaranjado, [(C12H8N2)3Fe]2+ e a partir daí mede-se a concentração
deste metal. No segundo caso, apenas o Fe(III) reage com o tiocianato (SCN -) resultando em
diversos compostos em solução. Dependendo da concentração de SCN-, obtém-se um série de
complexos de coloração vermelha intensa do tipo [Fe(SCN)n]3-n, onde n = 1, 2, ... 6.
Quando houver problemas de estabilidade da solução, deve-se utilizar, por exemplo,
ácidos fortes (HCl ou HNO3 - 0,05-0,5 M) para suprimir a hidrólise do Fe(III) a Fe(OH) 3. O uso
do ácido sulfúrico, porém deve ser evitado, pois o sulfato forma compostos de coordenação
com Fe(III).
Além dos cuidados citados, metais como prata, cobre, níquel, cobalto, titânio, urânio,
molibdênio, mercúrio (mais de 1,0 g L-1), zinco, cádmio e bismuto devem ser eliminados, pois
podem interferir. Os sais de mercúrio(I) e de estanho(II), se presentes, devem ser convertidos a
sais de mercúrio(II) e de estanho (IV) para não influenciar na coloração da solução. Os contra-
íons como fosfatos, arsenatos, oxalatos e tartaratos interferem, pois formam complexos
estáveis com o Fe(III), entretanto a influência de fosfatos e arsenatos pode ser minimizada em
meio ácido.
Neste experimento, será determinado o teor de ferro em amostra de suplemento
alimentar por meio espectrofotométrico usando curva de calibração, via método direto e adição
de padrão.

2. Materiais e Métodos

2.1 - Materiais, Reagentes e Soluções


- Pipetas volumétricas 5, 10 e 50 mL. Balões volumétricos de 50 mL .
- Proveta graduada 10 mL. Béquer 250mL. Cubetas para espectrofotometria.

31
- Sulfato ferroso heptahidratado FeSO4.7H2O, ácido nítrico concentrado HNO3, água oxigenada
30 volumes H2O2, ácido ascórbico 1% (m v-1); orto-fenantrolina 0,25% (m v-1), acetato de
amônio 2,0 mol L-1.
Solução padrão estoque de ferro (1000 mg.L-1em Fe)
- Pesar 0,498g de sulfato ferroso heptahidratado, acidificar a solução padrão estoque com
HNO3 conc. até pH ~2,0 (para evitar a hidrólise do ferro (III) presente no sal) e completar o
volume com água destilada para 100 mL em balão volumétrico.

Solução padrão intermediária de ferro ( 20 mg L-1em Fe)


- Preparar uma solução de Fe(II) intermediária de concentração 20 mg L-1 a partir da solução
estoque de 1000 mg.L-1, preparada anteriormente. Utilizar um balão volumétrico de 100mL.

2.2 - Procedimento Experimental

2.2.1 Preparo da curva de calibração


− A partir da solução intermediária, preparar soluções padrão com 0,124 mg L-1, 0,248 mg L-1,
0,500 mg L-1, 1,00 mg L-1, 1,500 mg L-1 e 2,00 mg L-1 de Fe (II). Para isto, tomar 6 balões de
50 mL e transfira para cada balão, com auxílio de uma pipeta, os volumes necessários da
solução de 20 mg L-1 Fe (II), para que sejam obtidas as concentrações desejadas.
− Em seguida, adicionar: 2 mL de ácido ascórbico 1% m v-1 (homogeneizar após esta adição),
2 mL de ortofenatrolina 0,25% m v-1 e 10 mL de acetato de amônio 2 mol L-1.
− Completar o volume dos balões com água destilada.
− Preparar também uma prova em branco [todos os reagentes, exceto Fe (II)].

2.2.2 Tratamento da amostra (USAR ÓCULOS DE SEGURANÇA)


A amostra deve ser preparada em duplicata, bem como um branco em paralelo às
amostras. Este branco é feito seguindo os mesmos passos para a decomposição das
amostras, porém, sem empregar a amostra.
− Em um béquer de 100 mL, adicionar a 1 mL da amostra de Suplemento alimentar, 10 mL
de HNO3 concentrado e aquecer em temperatura branda (de 4-5 no marcador do
aquecedor) durante 30-40 minutos. Cuidado ao manusear o ácido.
− Usar um vidro de relógio sob o Béquer. Você observará fumos marrom-alaranjados se
formarem durante o aquecimento, provenientes da produção de vapores de NOx. Isto indica
que a amostra está sendo decomposta. Cuidado, não deixar a amostra secar!!
− Após praticamente toda a matéria orgânica estar decomposta (você perceberá que o
marrom inicial ficará bem mais claro na solução), retirar o béquer do aquecimento e
adicionar, lentamente 5 mL de H2O2 (30 volumes) de 1 em 1 mL. Ao adicionar este reagente
você perceberá um borbulhamento dentro do béquer. O H2O2 é responsável, pela

32
decomposição dos pigmentos coloridos presentes na amostra, e auxilia o HNO3 na
oxidação da mesma, aumentando a eficiência da decomposição.
− Levar novamente ao aquecimento por mais 3 minutos.
− Retirar novamente o béquer do aquecimento e adicionar outros 5 mL de H2O2, da mesma
maneira que foi feito anteriormente e voltar a aquecer.
− Após a solução estar totalmente límpida, reduzir o volume até quase a secura. Se durante a
redução de volume reaparecer a cor marrom na solução, adicionar pequenos volumes (± 1
mL) de H2O2 até que a solução se torne límpida.
− Deixar esfriar, transferir o volume para um balão de 50 mL, adicionar 2 mL de ácido
ascórbico, 2 mL de ortofenantrolina e 10 mL de acetato de amônio. Completar o volume do
balão e homogeneizar (esta é a solução amostra).

2.2.3 Leitura das absorbâncias (amostra e padrões)


2.2.3.1 Método direto
Amostra:
− Ligar o equipamento e proceder ao ajuste do espectrofotômetro para o comprimento de
onda onde o complexo Fe(II)-ortofenantrolina apresente o maior coeficiente de absorção
(510 nm).
− Ajustar o 0% e 100% de transmitância, empregando a solução da prova em branco.
− Fazer a leitura da absorbância em 510 nm na solução amostra preparada no item 2.2.2.
Padrões:
− Transferir para um balão de 50 mL os volumes necessários da solução padrão
intermediária de 20 mg/L de Ferro para obter padrões de 0,124; 0,248; 0,500; 1,00; 1,50; e
2,00 mg/L de Ferro.
− Adicionar 2,0 mL de ácido ascórbico, 2,0 mL de ortofenantrolina e 10 mL de acetato de
amônio.
− Completar o volume e fazer as leituras dos padrões em 510 nm a partir da solução diluída
para a mais concentrada.
− Lavar sempre a cubeta com a solução que será medida, enxugando suas paredes com um
papel absorvente macio.

2.2.3.2 Método da Adição Padrão


− Transferir uma alíquota de 20 mL da solução amostra para balão de 50 mL, adicionar 4
mL de ácido ascórbico, 4 mL de ortofenantrolina e 20 mL de acetato de amônio. Completar
o volume com água destilada e homogeneizar (esta é a solução amostra preparada).

33
− Pipetar 4 alíquotas de 10 mL da solução amostra preparada e transferir para balões
volumétricos de 50 mL, em seguida acrescentar 0, 5, 10 e 15 mL da solução padrão
intermediária de ferro 20 mg/L e diluir para 50 mL.
− Medir a absorbância em λ = 510 nm.
− Repetir as medidas de absorbância pelo menos mais duas vezes.

3. Tratamento de Dados e Análise dos Resultados


− Construa a curva de absorbância versus concentração de Fe.
− Ajuste a curva através de regressão linear e calcule a concentração de Fe nas amostras.
− Comparar com o valor especificado pelo fabricante reprovando ou aprovando o
medicamento e por quê?
− Realizar o tratamento estatístico adequado, especificando a precisão e exatidão do método.
− Compare os métodos de curva de calibração e de adição de padrão, comentando sobre
qual seria o método de escolha para o controle de qualidade na área industrial.
− Comente sobre as possíveis fontes de erros no método utilizado.

4. Questões
1) Escreva a equação química balanceada da reação do Fe com orto-fenantrolina.
2) Definir o que é especiação e citar exemplos. É possível realizar especiação com métodos
espectrofotométricos? Justifique e proponha uma maneira para especiar Cu(I) e Cu(II) em
águas naturais.

5. Referências Bibliográficas
1) Baccan, N.; de Andrade, J. C.; Godinho, O. E. S.; Barone, J. S. Química Analítica
Quantitativa Elementar, 2a ed., Edgard Blücher LTDA, São Paulo, 1979.
2) B. M.Mendham, J.; Denney, R.C.; Barnes, J.D.; Thomas, M.; VOGEL: Análise Química
Quantitativa, Trad. J.C. Afonso, P.F. de Aguiar, R.B. de Alencastro, 6a ed., LTC, Rio e Janeiro,
2002.

34
8O EXPERIMENTO
ANÁLISE DE EXTRATOS VEGETAIS

1. Objetivos
− Explorar a técnica de extração com solventes
− Ilustrar a técnica de cromatografia de adsorção e em papel
− Identificar as frações encontradas nos extratos de vegetais

2. Introdução
A cromatografia foi introduzida pelo botânico russo Mikhail Tswett em 1906, para
separar os vários pigmentos de plantas, como as clorofilas e xantofilas, passando soluções
dessas espécies através de colunas de vidro recheadas com carbonato de cálcio finamente
dividido. As espécies separadas apareceram como bandas coloridas na coluna, o que explica o
nome que ele escolheu para o método (do grego chroma, que significa cor, e graphein, que
significa escrever).
A cromatografia abrange uma série de técnicas de separação, em que os componentes
da mistura são distribuídos entre duas fases: a estacionária e a móvel. A fase estacionária, que
pode ser um sólido ou um líquido, permanece imóvel, enquanto a fase móvel (líquido ou gás)
se desloca através dos interstícios ou sobre a superfície da fase estacionária.
A análise cromatográfica é dividida em quatro categorias: líquido-líquido, líquido-sólido;
gás-sólido e gás-líquido. Podem ser ainda classificadas em cromatografia plana e em coluna.
Em qualquer caso, a separação dos componentes resulta da migração diferencial dos mesmos
através da fase estacionária sob a influência da fase móvel. O mecanismo envolvido na
distribuição dos componentes entre as duas fases é variável.
Na cromatografia líquido-sólido, pode ocorrer adsorção na superfície do sólido, reação
química reversível de troca iônica ou formação de complexos ou outros. Na cromatografia gás-
sólido, é usual a ocorrer adsorção, mas também pode ocorrer aprisionamento dentro da
estrutura microscópica do sólido ou uma reação química reversível com o sólido. Na
cromatografia líquido-líquido, há partição do soluto definida pelas solubilidades relativas do
soluto nos dois líquidos. Na cromatografia gás-líquido, a partição é definida pela pressão
parcial de vapor do soluto na solução.
A cromatografia de adsorção, historicamente, foi a primeira técnica cromatográfica a ser
praticada. Esta técnica consiste em preencher um tubo de vidro com um adsorvente finamente
dividido. O adsorvente é embebido com um solvente e, então, a amostra é colocada no alto da
coluna. O cromatograma é desenvolvido por meio de lavagem com novas porções do solvente
até que os componentes se separam em zonas ao longo da coluna. As diferentes zonas podem
ser recuperadas mediante extração da coluna do adsorvente, corte da coluna em secções e
tratamento de cada porção com um solvente adequado para efetuar a absorção do respectivo

35
componente. Ou, então a separação é completa por eluição, isto é, por meio de lavagem da
coluna com suficiente solvente para que os vários componentes sucessivamente apareçam no
efluente.
A cromatografia em papel foi introduzida em 1994. Trata-se de um tipo de cromatografia
líquido-líquido, em que a fase líquida estacionária é constituída de umidade adsorvida em
papel. O papel comumente utilizado consiste de celulose finamente purificada. A celulose atua
como trocador de íon fraco, bem como absorvente. Também são encontrados formas
modificadas de papel onde os mesmos podem estar impregnados com alumina, sílica gel,
resinas trocadoras de íons, etc.

3. Materiais e Métodos
3.1 - Aparelhagem
Tubos de vidro, Béqueres de 50 ou 100 mL, pipeta graduada de 10 mL, almofariz de porcelana
com pistilo, tubos de ensaio, papel de filtro cortado em tiras de 12 x 12 cm, bastão de vidro.

3.2 - Reagentes
Alumina (200-400 mesh), éter de petróleo, acetona, álcool comercial

3.3 - Procedimento Experimental


3.3.1 - Preparação da amostra
1. Separar 5 g de material vegetal (folhas), das quais foram removidas as nervuras centrais;
2. Adicionar 100 mL de água destilada e ferver por 2 minutos;
3. Resfriar rapidamente e decantar o líquido;
4. Secar as folhas com papel absorvente e colocá-las em um almofariz com mistura de éter de
petróleo (30-60 oC) e acetona numa proporção de 8:2. Não ultrapassar o volume de 50 mL
para a mistura;
5. Triturar para obter uma solução verde que é decantada em um tubo de ensaio.

3.3.2 - Preparação da coluna


1. Preparar a coluna com 10 gramas de alumina. Inserir um chumaço (pequeno) de algodão
para a coluna de vidro e em seguida transferir cuidadosamente a alumina seca
(aproximadamente 6 cm);
2. Fazer escoar o éter de petróleo, tomando cuidado para a coluna não secar;
3. Verificar se não ocorreu formação de bolhas ou rachaduras na coluna.

3.3.3 - Separação
1. Transferir, com auxílio de um conta-gotas, uma porção suficiente para eluir pela coluna, da
amostra para o topo da coluna (ler antes o item IV).

36
2. Abrir a torneira até a solução atingir o nível do recheio;
3. Iniciar a eluição com éter de petróleo.
4. Coletar a banda amarela quando esta começar a sair da coluna.
5. Mudar a fase para acetona e coletar a banda verde.

3.3.4 - Acompanhamento da eluição por Cromatografia em Papel (CP)


Para coletar frações representativas, verifique suas relativas purezas através da CP e
realize o procedimento abaixo para frações do extrato bruto e para frações intermediárias na
mudança de cor do eluído.
1. Recortar tiras de papel de filtro com medidas de 12 x 6 cm.
2. Marcar com lápis, o ponto inicial, através de uma reta.
3. Use tubo capilar pra fazer uma mancha pequena a cerca de 3 cm da ponta da tira com as
diferentes frações a analisar.
4. Fixar a outra ponta do papel em um bastão de vidro.
5. Colocar uma alíquota de álcool em um Béquer e apoiar o bastão na borda do copo fazendo
com que a extremidade da tira de papel fique mergulhada no álcool.
6. A mancha em análise deve ficar um pouco acima do álcool.
7. Deixar o sistema em repouso e observar a separação dos componentes. Observar se há
necessidade de mudar o solvente eluente.

4. Análise dos Resultados


Recolher as frações, tentar determinar uma faixa de RF (recorrer à literatura) através da CP e
tentar identificar as classes de componentes nestas frações.

5. Questões
1. Qual a diferença entre a cromatografia de coluna e a cromatografia planar?
2. O que vem a ser eluente e o que ocorre durante a eluição?
3. Ao analisar uma mistura contendo os componentes A e B, observa-se que o componente B
é o último a ser eluído. Por que isso ocorre?

6. Referências Bibliográficas
1) Mendham, J.; Denney, R.C.; Barnes, J.D.; Thomas, M.; VOGEL: Análise Química
Quantitativa, Trad. J.C. Afonso, P.F. de Aguiar, R.B. de Alencastro, 6a ed., LTC, Rio e
Janeiro, 2002.
2) Ohlweiler, O.A., Química Analítica Quantitativa, vol. 1 e 2, 2a ed
3) Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J., Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analítica,
Trad. Marco Tadeu Grassi, Pioneira Thomson Learning Ltda., São Paulo, 2006.

37
9O EXPERIMENTO
ANÁLISE DE UM SAL HIDRATADO UTILIZANDO RESINA DE TROCA IÔNICA

1. Objetivos
− Ilustrar o emprego de resinas de troca iônica em química analítica
− Determinar o teor de água em sulfatos de metais de transição
− Verificar a reversibilidade da reação na resina de troca iônica

2. Introdução
Os materiais inorgânicos tanto naturais como sintéticos que possuem a capacidade de
trocar íons são conhecidos, já há muito tempo. Assim, como os zeólitos naturais, ainda usados
no tratamento de água, muitos óxidos, fosfatos, fosfomolibdatos e fosfotungstatos são também
bons trocadores iônicos. Os materiais orgânicos contendo em sua estrutura grupos ionizáveis
como –SO3H, -COOH, -OH (fenólico), -SH e –NH2, também apresentam tais propriedades.
As chamadas resinas de troca iônica são de natureza sintética, e são constituídas por
uma matriz polimérica na qual, grupos ativos, ácidos ou básicos, foram introduzidos por uma
reação química apropriada. A maior parte das resinas é formada pela copolimerização do
estireno com divinilbenzeno (DVB), resultando em um polímero de rede cruzada,
tridimensional. O DVB é o responsável pela formação das ligações cruzadas (cross-linking) e a
porcentagem dele determina propriedades tais como: solubilidade, grau de expansão,
porosidade e rigidez da resina.
A estrutura fundamental da resina pode ser vista como um íon grande, permeável,
insolúvel, que não se difunde e cuja carga se acha neutralizada pelas cargas opostas de íons
relativamente pequenos que ficam ao seu redor. Estes são trocáveis e difunde-se tanto para
fora como para dentro da rede tridimensional cruzada.
Dependendo do grupo iônico as resinas podem ser classificadas em catiônicas
(constituem de um ânion polimérico e cátions ativos) e aniônicas (cátions poliméricos e ânions
ativos). O ânion polimérico pode ser obtido pela introdução de grupos sulfonato (-SO3) na
estrutura do polímero e ter como cátions ativos o H+ ou Na+. Por outro lado, os cátions
poliméricos podem ser preparados pela introdução de um grupo amônio quaternário (-NR3+) na
estrutura do polímero e ter como ânions ativos OH- ou Cl-.
Todas as resinas de importância analítica apresentam diversas propriedades em
comum. São praticamente insolúveis em água e em solventes orgânicos e os íons ativos
podem ser trocados reversivelmente com outros íons contidos na solução sem que ocorra
mudança física apreciável no material.
O equilíbrio envolvido em um processo de troca de uma resina na forma hidrogeniônica
pode ser representado pela seguinte equação:

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nRSO3-H+ + Mn+ = (RSO3-)nMn+ + nH+
(sólido) (solução) (sólido) (solução)
onde: Mn+ é um cátion com n cargas positivas e R representa a parte da matriz da resina.
Analogamente, para uma troca aniônica, envolvendo uma resina na forma –OH, tem-se:
nRN(CH3)3 + OH- + An- = [RN(CH3)3+]nAn- + nOH-
(sólido) (solução) (sólido) (solução)
Assim, se uma solução de um sal BX for passada através de uma resina catiônica na
forma H+, ela será convertida numa solução contendo o ácido HX e o cátion B+ ficará na resina.
Se, ao contrário, for passada por uma resina aniônica na forma OH -, será formada a base BOH
e o ânion X- permanecerá na resina. Esta operação é freqüentemente executada em uma
coluna. Dependendo das afinidades relativas dos cátions pela resina e do comprimento da
coluna pode-se conseguir troca completa, sendo, portanto, uma técnica analítica quantitativa e
de fácil execução. Uma vez que o processo de troca iônica é reversível, a resina pode ser
regenerada à sua forma original passando através da coluna uma solução concentrada
contendo o cátion originalmente presente na resina.
Algumas separações analíticas difíceis de serem conseguidas pelos métodos clássicos
podem ser feitas facilmente utilizando estas resinas, como é o caso dos íons lantanídeos.
Nesse caso, e em inúmeras outras separações de íons de metais de transição, a ação
combinada de resinas com agentes complexantes, tem sobremaneira facilitado o processo de
separação e conseqüentemente barateado o custo de obtenção desses elementos.

3. Material e Métodos
Materiais
Buretas de 25 e 50 mL, Béquer de 50 ou 100 mL, pipeta graduada de 20 mL, Erlenmeyer de
250 mL, provetas de 10 e 50 mL, tubos de ensaio (2 pequenos), bastão de vidro.
Reagentes
Resina catiônica Amberlite IR-120H+ 50-100 mesh ou similar, sulfato de cobre penta hidratado;
ácido clorídrico 2 mol L-1, nitrato de prata 0,1 mol L-1, papel indicador de pH

4. Procedimento Experimental

- Preparação da coluna contendo a resina hidrogeniônica


(Se a resina estiver a muito tempo em uso, proceder a regeneração).
1. Adicionar um pouco de água destilada em uma bureta e, com o auxílio de um bastão de
vidro, introduzir um chumaço de algodão que deverá ficar junto à torneira.
2. Medir 10 mL de resina com uma proveta e com o auxílio da água destilada transferir para a
coluna. A resina, dentro da coluna, deve ficar totalmente coberta por água destilada.

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3. Lave a resina com água destilada (a velocidade de escoamento do líquido que sai da
coluna, deve ser mais ou menos 60 gotas/minuto) até que o pH da água que sai da coluna
seja igual ao da água destilada (verificar com papel indicador). Isto indica que a resina está
bem lavada.

4.2 - Análise de um sal hidratado: determinação do número de moles de água de


cristalização

1. Pesar em Béquer limpo e seco de 50 ou 100 mL, uma amostra de 0,2 a 0,3 g do sal
hidratado (CuSO4∙5H2O).
2. Dissolver o sal em cerca de 20 mL de água destilada.
3. Transferir, cuidadosamente e quantitativamente, essa solução para a coluna contendo a
resina.
4. Gotejar lentamente (cerca de 30 gotas/minuto) a solução proveniente da resina num
Erlenmeyer de 250 mL. Não se esquecer de manter a resina sempre coberta com líquido.
5. Colocar cerca de 20 mL de água destilada no Béquer que continha a amostra, transferir
para a coluna e continuar recolhendo a solução no erlenmeyer.
6. Repetir por mais 3 vezes a operação de lavagem (a finalidade desta operação e transferir
para o erlenmeyer todo o ácido formado na coluna).
7. Adicionar 3 gotas de vermelho de metila* (dimetilaminoazobenzeno carbonato de sódio) à
solução eluída e titular o H+ trocado pelo Cu2+, com solução padrão de NaOH 0,1 mol L-1.
Anotar o volume gasto.
(*) O vermelho de metila tem coloração vermelha em meio ácido e amarela em meio
alcalino.
8. Após viragem, certifique-se de que realmente foi recolhido todo o ácido liberado pela resina.
Para isso passar mais 10 mL de água destilada e recolher o material em outro erlenemeyer.
Em seguida adicionar 3 gotas de vermelho de metila à solução e se houver mudança de
coloração do indicador, titular até e observar nova viragem do indicador, anote o volume
total gasto de NaOH. Repetir esta etapa até que não haja mais a viragem do indicador.
9. Faça um branco com o mesmo volume de água utilizado no experimento e titule-o com a
solução de NaOH 0,1 M. Subtraia o volume gasto no branco, do volume total gasto na
reação de neutralização.
10. Calcule o nº de mols de água de cristalização.

4.3 - Recuperação da resina

1. Preparar 30 mL de solução 2 molL-1 de HCl por diluição do ácido concentrado 12 mol L -1


(Cuidado: o HCl concentrado é volátil e tóxico, devendo ser preparado na capela).

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2. Passar esta solução lentamente pela resina (30-50 gotas/minuto), observar a coloração
da solução que sai da coluna e interpretar.
3. Lavar a resina com água destilada até que o eluído não dê mais teste positivo de íon
cloreto (num tubo de ensaio coloque algumas gotas do líquido eluído e 2 a 3 gotas de
solução de nitrato de prata).
4. Colocar a resina regenerada num frasco reservado para esse fim.

4. Análise dos Resultados

Calcular o número de mols de cobre e o número de moles de água de hidratação na


amostra estudada.

5. Questões
1. Identifique três métodos baseados na separação mecânica de fase.
2. Qual a diferença entre as estruturas de uma resina trocadora de íons do tipo ácido forte e
ácido fraco?
3. O Fe3+, o Al3+ e muitos outros cátions tendem a co-precipitar com o sulfato de bário durante
a determinação de íon sulfato. De acordo com o que vimos neste experimento, como esta
interferência pode ser evitada? Explique.
4. Explique como traços de elementos metálicos contidos em amostras de águas naturais
podem ser concentrados utilizando as resinas trocadoras de íons.

6. Referências bibliográficas
1) Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J., Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analítica,
Trad. Marco Tadeu Grassi, Pioneira Thomson Learning Ltda., São Paulo, 2006.
2) Mendham, J.; Denney, R.C.; Barnes, J.D.; Thomas, M.; VOGEL: Análise Química
Quantitativa, Trad. J.C. Afonso, P.F. de Aguiar, R.B. de Alencastro, 6a ed., LTC, Rio de
Janeiro, 2002.

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Anexo 1:Modelo do relatório (diagramação e terminologias)

Química Analítica Experimental 11A – Experimento nº..., realizado em .../.../2010

Determinação de cálcio e magnésio em amostras de água pelo método


complexométrico com EDTA

Maria Augusta Silveira de Melo


Universidade Federal de Pernambuco, CCEN, Departamento de Química Fundamental, Cidade
Universitária, Recife, Brasil, 50740-540, Tel. 2126-8440/2126-7450

Resumo: A concentração dos metais alcalinos terrosos, cálcio e magnésio, presentes em amostras de água de caldeira foram
determinadas pelo método de titulação complexométrica com EDTA. De acordo com os padrões estabelecidos pela CONAMA,
as amostras estudadas apresentaram uma dureza muito branda.

Palavras-chave: complexometria com EDTA, cálcio, magnésio, dureza total, quitosana.

1.0 – INTRODUÇÃO 2.1 – Equipamentos, reagentes e soluções

Originariamente descrita como a capacidade da Todos os reagentes empregados foram de grau


água em precipitar sabão, a dureza é um dos mais analítico e as suas soluções preparadas com água destilada.
analisados parâmetros de qualidade da água [1]. Dureza é a Os solventes orgânicos foram utilizados sem prévia
denominação genérica dada à soma das concentrações dos purificação.
íons polivalentes, presentes na água, tais como: cálcio, Os reagentes sólidos foram transferidos do
magnésio, ferro, bário, estrôncio, etc... [2]. A prática recipiente de origem para tubos de ensaio de 20 mL com
atualmente estabelecida é assumir a dureza total como espátulas de aço inoxidável. Os reagentes líquidos foram
referência apenas às concentrações de cálcio e magnésio. A transferidos para o meio reacional utilizando-se pipetas
água mole ou completamente abrandada, resultante de graduadas de 5,0 mL. As lavagens com água destilada
tratamentos de abrandamento, é necessária para vários foram realizadas com pisseta de 250 mL
processos, incluindo: geração de energia, impressão e As soluções foram aquecidas em Banho-Maria
revelação de fotos, fabricação de papel e polpa e usando um béquer de 250 mL e uma placa aquecedora
processamento de alimentos e bebidas [3]. A água dura Corning modelo 10049 e resfriadas em banho de gelo
pode causar a formação de incrustações em superfícies de conservado em caixa de Isopor.
troca de calor, resultando em baixa transmissão de calor e
possíveis danos ao equipamento [4]. A água contendo sais 2.2 – Procedimentos Experimentais
com alta dureza, não espuma em presença de uma solução
de sabão, pois os sais formam precipitados com os ânions O experimento foi dividido em duas etapas
da solução de sabão [5]. A tabela 1, apresenta a distintas: 1)Determinação de cálcio e 2) Determinação da
classificação de dureza expressa em mg/L de CaCO3 mais dureza total.
comumente utilizada. Ainda não se demonstrou a 1)Determinação de cálcio
existência de efeitos adversos ou benéficos da dureza sobre Pipetou-se 100 mL da amostra problema,
a saúde transferiu-se para um erlenmeyer de 250 mL e adicionou-se
2,0 mL de NaOH 1 mol/L, para elevar o pH entre 12-13
testando com papel indicador universal. Em seguida,
Tabela 1: Classificação da dureza da água [6] adicionou-se 0,2 g de cristais de murexida à amostra e
titulou-se lentamente com solução de EDTA 1 mol/L até a
DUREZA TOTAL (mg/L CaCO3 ) CLASSIFICAÇÃO
mudança na coloração rósea para púrpura.
<15 MB Realizou-se uma prova em branco com igual
de 15 a 50 B volume de água destilada para facilitar a observação da
e 50 a 100 MDB viragem e corrigir possível contaminação da água destilada
com cálcio.
de 100 a 200 D
>200 MD 2) Determinação da dureza total
Branda(B); muito branda(MB); moderadamente branda (MDB); dura(D); Transferiu-se 100 mL da amostra para um
muito dura(MD) erlenmeyer de 250 mL e adicionou-se 1,0 mL de NH 4OH
concentrado para obter pH=10,0 e aproximadamente 0,1 g
Portanto, o objetivo deste experimento é do indicador preto de eriocromo-T. Em seguida titulou-se
determinar a concentração de cálcio e magnésio em água de com solução de EDTA 0,01 mol/L , lentamente e com
torneira e classificá-la dentro dos padrões acima citados. agitação constante até mudança da coloração de vermelho
vinho para azul.
Realizou-se uma prova em branco com igual
2.0 – PARTE EXPERIMENTAL volume de água destilada para facilitar a observação da

42
viragem e corrigir possível contaminação da água destilada remanescentes desses cátions ficaram abaixo dos LDs da
com cálcio e magnésio. técnica analítica empregada, que são menores ou próximas
àquelas concentrações estabelecidas pelo CONAMA. Além
disso, após solubilização da quitosana, a precipitação das
3.0 - RESULTADOS E DISCUSSÃO espécies metálicas com a quitosana em meio básico foi
realizada em 30 min, muito mais rápida que a remoção dos
A solubilização da quitosana em diferentes íons empregando a quitosana em coluna, com duração
ácidos, como acético, sulfúrico e clorídrico em diferentes variando de 2 a 8 h. Para algumas espécies metálicas, foi
concentrações, 0,05; 0,27; 0,55; 0,82 e 1,09 mol L-1, foi possível promover a co-precipitação em tempos da ordem
inicialmente investigada. Dos ácidos empregados para de 10-15 min, sem prejudicar a percentagem de remoção da
solubilização da quitosana, apenas o ácido clorídrico, nas espécie metálica.
concentrações variando de 2,5 a 7,5 g L-1 (g de quitosana
por mL de HCl 0,05 mol L-1), solubilizou totalmente a 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
quitosana. Com o aumento da concentração do ácido
clorídrico para 0,27 mol L-1, verificou-se uma diminuição [1] J.P. Collman, L. S. Hegedus, J. R. Norton, R. G. Finkc,
da solubilidade da quitosana onde foi possível obter uma Principles and Applications of Organotransitions Metal
solução de no máximo 2,5 g de quitosana L-1 de ácido Chemistry, Univerity Science Books, Mill Valley, CA,
clorídrico 0,27 mol L-1 (Figura 1). 1987.
[2] J. Oshita, K. Furumori, A. Matsuguchi, M. Ishikawa, J.
Org. Chem. 55 (1990) 3277.
16
[3] A. Dobson, D. S. Moore, S. D. Robinson, M. B.
14 Hurshouse, L. Nem, Polyhedrn 4 (1985) 1119.
12
[4] C. S. Yi, N. H. Liu, Organometallics 17 (1998) 3158.
[5] H. Matsuzaka, Y. Takagi, Y. Ishii, M. Nishio, M. Hidai,
10
Organometallics 14 (1995) 2153.
- I / mA

8 [7]T. Yashima, K. Sato, T. Hayasaka and N. Hara, J. Catal.,


6
26 (1972) 303.
[8] L. R. Martens, W. J. Vermeiren, D. R. Huybrechts, P. J.
4
Grobet and P. A. Jacobs, Proceedings of the 9th
2 International Congresso n Catalyssis, Calgary, 1988, vol. 1,
p. 420.
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000
t/s 6- QUESTÕES
Figura 1: Xxxxxxxxxxxxxxxxx,xxxxxxxxxxx xx xxx.
1)............................................................................................
Isso ocorre devido ao grande aumento da força
iônica acompanhada pelo decréscimo do pH. Esses
resultados estão em boa concordância com aqueles
encontrados por Dockal et al.[7]. Outro fator que influencia
a solubilidade da quitosana é o tipo de preparação
empregada, onde as desacetilações homogêneas (GD= 55- 2)............................................................................................
50%) levam a quitosanas solúveis em água e desacetilações
heterogêneas, com o mesmo GD, levam a quitosanas
insolúveis em água e ácido diluído[8].

4.0 - CONCLUSÃO
3)............................................................................................
A quitosana previamente solubilizada em meio
ácido e, posteriormente precipitada com o cátion metálico,
em meio básico foi mais eficiente na remoção dos cátions
metálicos estudados nesse trabalho, tendo rendimento
superior à quitosana sólida empacotada em coluna ou
precipitação com solução de hidróxido de sódio. O método 4)............................................................................................
proposto foi eficaz para remoção dos íons Cu2+, Cr3+, Pb2+,
Cd2+ e Hg2+ em solução, sendo que as concentrações

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