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TEORIA GERAL DO PROCESSO

Noções Introdutórias
Primeiras Linhas (Capítulo I – Direito Processual: Conceito, Denominação, Posição
Enciclopédica e Evolução Científica.)
1. Conceito de Direito Processual: o Direito Processual pode ser definido como ramo do
Direito que estuda o conjunto de normas e princípios que regulam a função jurisdicional do Estado
em todos os seus aspectos e que, portanto, fixam o procedimento que se há de seguir para obter a
atuação do direito positivo nos casos concretos, e que determinam as pessoas que devem
submeter-se à jurisdição do Estado e os funcionários encarregados de exercê-la. A moderna
doutrina brasileira vê neste o complexo de normas e princípios que regem o exercicío conjunto da
jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante e da defesa pelo demandado. Ou ainda,
como o ramo da ciência jurídica que estuda e regulamenta o exercício, pelo Estado, da função
jurisdicional.
2. Posição Enciclopédica: não há nenhuma dúvida na doutrina especializada quanto à
inclusão do Direito Processual dentro da família do direito público, uma vez que o Direito
Processual deve ser sempre interpretado como um ramo do Direito em que há um predomínio do
Estado.
3. A Existência de uma Teoria Geral do Direito Processual (Capítulo II)
Não é pacífica em sede doutrinária a existência de uma Teoria Geral do Direito Processual.
É inegável, porém, o imenso número de institutos afins a todos os ramos do Direito Processual,
podendo servir como exemplo o fato de que todos os citados “ramos” têm uma base comum,
formada pela “trilogia estrutural do Direito Processual”, a qual é formada pela jurisprudência, pela
ação e pelo processo. Além desses três conceitos, porém, outros há, comuns a todos os ramos do
Direito Processual, como os conceitos de preclusão, ato processual, ônus processual, coisa
julgada, recursos. A diferença entre os diversos ramos do Direito Processual é tão-somente de
grau, não de qualidade ou de natureza.

Evolução Histórica (Capítulo I – Direito Processual: Conceito, Denominação, Posição


Enciclopédica e Evolução Científica.)
3. Evolução Científica do Direito Processual: o Direito Processual tem sua evolução
científica dividida em três fases muito nítidas: a fase imanentista, a fase científica e a fase
instrumentalista.
A primeira fase, chamada imanentista, é a anterior à afirmação da autonomia científica do
Direito Processual. Durante essa fase o processo era mero apêndice do direito material. Dizia-se,
então, que o direito material (como o direito civil, por exemplo), sendo essencial, era verdadeiro
direito substantivo, enquanto o processo, mero conjunto de formalidades para a atuação prática
daquele, era um direito adjetivo.
A fase científica do Direito Processual, assim denominada por ter sido uma fase em que
predominaram os estudos voltados para a fixação dos conceitos essenciais que compõem a
ciência processual, tais como os de ação, processo e coisa julgada.
A fase instrumentalista trata-se de um momento em que o processualista dedica seus
esforços no sentido de descobrir meios de melhorar o exercício da prestação jurisdicional, tornando
tal prestação mais segura e, na medida do possível, mais célere, tentando aproximar a tutela
jurisdicional, o mais possível, do que possa ser chamado de justiça. O processo deixa de ser visto
como mero instrumento de atuação do direito material, e passa a ser encarado como um
instrumento de que se serve o estado a fim de alcançar seus escopos sociais, jurídicos e políticos.

Fontes do Direito Processual (Capítulo III – Fontes e Interpretação do Direito


Processual Civil)
1. Fontes do Direito Processual: a expressão “fonte do direito” não pode ser entendida
senão como o lugar de onde são oriundos os preceitos jurídicos. As fontes do Direito Processual
Civil se classificam em formais e materiais. Fontes formais são aquelas que possuem força
vinculante, sendo portanto obrigatórias para todos. São as responsáveis pela criação do direito
positivo. Já as fontes materiais não têm força vinculante, servindo apenas para esclarecer o
verdadeiro sentido das fontes formais.
Fonte formal do Direito Processual Civil, em sentido lato sensu, é a lei:
a) Constituição Federal: a Constituição da República é fonte formal do Direito Processual
Civil. As normas contidas na Constituição e que dizem respeito ao Direito Processual podem ser
divididas em dois grupos: o Direito Constitucional Processual e o Direito Processual Constitucional.
O Direito Constitucional Processual é o conjunto de normas de índole constitucional cuja
finalidade é garantir o processo, assegurando que este seja, tanto quanto possível, um processo
justo.
O Direito Processual Constitucional é o conjunto de normas de índole processual que se
encontram na Constituição com o fim de garantir a aplicação e a supremacia hierárquica da Carta
Magna.
b) Lei (stricto sensu): apenas a lei ordinária, e não a lei complementar, é fonte formal do
Direito Processual. Uma vez que em nenhum momento a Carta Magna exige a elaboração de lei
complementar para a regulamentação de qualquer instituto de índole processual, esta não pode
ser tida como fonte do Direito Processual Civil.
Além da Constituição e da lei ordinária federal, também é fonte formal do Direito
Processual Civil a lei estadual. Porém, estas destinam-se apenas aos procedimentos em matéria
processual (art. 24, XI CR). Por procedimentos em matéria processual devem-se entender os
procedimentos administrativos de apoio ao processo, e não o procedimento judicial, já que este é
indissociável ao processo e compete privativamente à União legislar sobre matéria processual (art.
22, I CR).
Por fim, no que se refere aos juizados de pequenas causas (art. 24, X CR), têm os Estados
e o Distrito Federal competência (concorrente com a União) para legislar sobre processo e, nessa
hipótese, não há como se negar à lei estadual o caráter de fonte do Direito Processual
propriamente dito.
c) Tratados internacionais
d) Regimentos internos dos tribunais

Podem ser considerados fontes materiais do Direito Processual Civil os princípios gerais do
Direito, o costume, a doutrina e a jurisprudência:
a) Princípios gerais do Direito: são aquelas regras que, embora não se encontrem escritas,
encontram-se presentes em todo o sistema, informando-o.
b) Costume: é a conduta socialmente aceita e que é realizada para criar uma “sensação de
obrigatoriedade”.
c) Doutrina: as lições doutrinárias são essenciais para que se possa conhecer, com
precisão, o que é o Direito.
d) Jurisprudência: o entendimento dominante dos tribunais a respeito de determinada
matéria.
Obs:. A “súmula vinculante” só pode versar sobre matéria constitucional, não se
configurando, pois, como fonte do Direito Processual (a não ser evidentemente quando se tratar de
matéria constitucional que verse sobre processo). A “súmula vinculante”, registre-se, não deve ser
vista como fonte material do direito, mas como fonte formal, estando no mesmo plano das normas
jurídicas abstratas.

Princípios
1. Introdução
2. Princípios Constitucionais
a) Princípio do Devido Processo Legal: a garantia do devido processo legal surgiu
como sendo de índole exclusivamente processual mas, depois, passou a ter também um aspecto
de direito material. O devido processo legal substancial ( ou material) deve ser entendido como
uma garantia ao trinômio “vida-liberdade-propriedade”, através da qual se assegura que a
sociedade só seja submetida a leis razoáveis, as quais devem atender aos anseios da sociedade,
demonstrando assim sua finalidade social.
O devido processo legal, no aspecto processual, deve ser entendido como a garantia de
pleno acesso à justiça. Tal acesso não pode ser tido como uma garantia formal, em que se
afirmasse de forma hipotética que todos podem propor ação, provocando a atividade do Judiciário.
Deve-se entender a garantia do acesso à justiça como uma garantia de acesso à ordem jurídica
justa.
A garantia do acesso à justiça (ou do acesso à ordem jurídica justa) deve ser uma garantia
substancial, assegurando-se assim a todos aqueles que se encontrem como titulares de uma
posição jurídica de vantagem e que possam obter uma verdadeira e efetiva tutela jurídica a ser
prestada pelo juciário.
Na busca do pleno acesso à ordem jurídica justa a doutrina reconhece três grandes fases
de desenvolvimento. Num primeiro momento faz-se necessário lutar pela assistência judiciária
gratuita. A segunda onda do acesso à justiça foi a da proteção dos interesses metaindividuais, com
a tentativa de se descobrir meios de proteção dos instrumentos coletivos e difusos. A terceira onda
busca o chamado novo enfoque do acesso à justiça, passando a preocupação do processualista
ser a de descobrir meios capazes de garantir uma prestação jurisdicional capaz de satisfazer o
titular das posições jurídicas de vantagem que busca, no Judiciário, abrigo para suas lamentações
e pretensões.
b) Princípio da isonomia: a isonomia (ou igualdade) está intimamente ligada à idéia de
processo justo – isto é, de devido processo legal –, eis que este exige necessariamente um
tratamento equilibrado entre seus sujeitos.
O princípio da isonomia só estará sendo adequadamente respeitado no momento em que
se garantir aos sujeitos do processo que estes ingressarão no mesmo em igualdade de armas, ou
seja, em condições equilibradas.
c) Princípio do Juiz Natural: o princípio do juiz natural só será entendido em todos os
seus aspectos se ficar claro que a garantia tem duas faces: uma primeira, ligada ao órgão
jurisdicional, ou seja, ao juízo, e não propriamente à pessoa natural do juiz. Uma segunda faceta
do mesmo princípio, porém, diz respeito à pessoa do juiz, e está ligada à sua imparcialidade.
Proíbe, também, os juízos de exceção e determina que os processos tramitem perante o juízo
competente.
d) Princípio da Inafastabilidade do controle jurisdicional: a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Trata-se do princípio da inafastabilidade
do controle jurisdicional, segundo o qual, fica assegurado a todo aquele que se sentir lesado ou
ameçado em seus direitos o acesso aos órgãos judiciais, não podendo a lei vedar esse acesso.
e) Princípio do contraditório:

Norma Processual
1. Classificação das Leis: costuma-se classificar as leis, segundo a natureza de suas
disposições, em substanciais ou materiais e formais ou instrumentais.
Substanciais ou materiais, isto é, leis de direito substancial, ou material, são aquelas que
definem e regulam as relações e criam direitos. A esta categoria pertencem as normas de direito
constitucional, administrativo, pena e as de direito civil e comercial, o que quer dizer que há normas
substanciais de direito público e de direito privado.
Por formais, ou instrumentais, se entendem aquelas leis que têm por objeto as leis
substanciais, regulando os modos e as formas segundo os quais o estado faz valer as leis
substanciais.
2. Leis Processuais: são aquelas que regulam o exercício da função jurisdicional. Pode-se
dizer que leis processuais são as que regulam a atuação da lei material no processo. Enquanto as
leis materias criam direitos e obrigações ou definem situações, as leis processuais se destinam a
realizar aquelas leis em face de um concreto conflito de interesses.
As leis processuais, segundo o seu objetivo, regulam:
a) a formação dos órgãos juridicionais (leis de organização judiciária);
b) a capacidade das partes quanto à realização de atos processuais;
c) as formas de atuação da lei, os direitos e deveres dos órgãos juridicionais e das partes
no processo, a forma e os efeitos dos atos processuais;
Muito embora na sua generalidade as normas processuais sejam de natureza instrumental,
a doutrina distingue muitas dentre elas que se revestem das caracteristicas das leis substanciais,
poquanto, como estas, atribuem direitos ou criam obrigações. Típicas leis processuais substanciais
são, entre outras, as que concedam as ações correspondentes (ex.: o titular de uma letra de
câmbio vencida tem ação executiva contra o devedor); as que instituem os tribunais, regulando-
lhes as funções; as que disciplinam a condenação nas custas; as que impõem o dever do
testemunho.
3. Natureza das leis processuais: Carnelutti observa que, com referência às normas
materiais, é possível distinguir o seu caráter da qualidade do interesse que tutelam, se público, se
privado. Formula ele o princípio de que a natureza pública ou privada das normas materiais deriva
do caráter do interesse protegido. Daí caracterizar-se uma norma instrumental segundo a
qualidade do órgão ao qual ela confere o poder: uma norma instrumental será de direito privado,
quando do órgão ao qual ela confere o poder é o próprio interessado; será de direito público
quando o poder, que ela dimana, é atribuído a órgãos públicos. Assim, pode-se afirmar que o
direito processual civil compreende um complexo de normas em que, predominando as de direito
público, se entrelaçam, com freqüência, os elementos publicístico e privatístico.

Noções preliminares
1. Interesse: consiste na posição favorável a satisfação de uma necessidade.
2. Conflito de Interesse: o conflito de interesses pressupõe, ao menos, duas pessoas com
interesse pelo mesmo bem. Existe quando à intensidade do interesse de uma pessoa por
determinado bem se opõe à intensidade do interesse de outra pessoa pelo mesmo bem, donde a
atitude de uma tendente à exclusão da outra quanto a este.
3. Direito objetivo: é o sistema de normas destinadas a disciplinar a conduta dos individuos
na sociedade, as quais se revelam como ordens, ou mandamentos – imperativos ou proibitivos –
ou como diretrizes ou preceitos dispositivos, mas que também se fazem obrigatórios quando as
partes não hajam convencionado ou tenham agido de modo diverso.
4. Relação Jurídica: é o conflito de interesses regulado pelo direito.
5. Sanções: são medidas estabelecidas pelo direito, como conseqüência da desobediência a
um imperativo legal.
6. Direito subjetivo: é o poder atribuído a vontade de alguém para fazer valer seu interesse,
em conflito com interesse de outrem.
7. Sujeitos e objeto da relação jurídica: sujeito ativo, ou do interesse protegido, que será
também o do direito subjetivo, quando a proteção do interesse dependa necessariamente do
concurso da vontade de seu titular; sujeito passivo, ou do interesse, subordinado, ou da obrigação.
O objeto dos interesses conflitantes pode consistir em qualquer espécie de bens, desde
que tutelados pelo direito.
8. Lide; Pretensão: Lide é o conflito de interesses qualificado pela pretensão de um dos
interessados e pela resistência do outro. Pretensão é a exigência da subordinação de um interesse
de outrem ao próprio.
9. Processo: é um meio ou instrumento de composição da lide. É uma operação por meio da
qual se obtém a composição da lide.

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