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Quem foi Jean Piaget? “A tolice das criancas, talvez, seja idéntica ao absurdo dos sonbos. Para aqueles que néo ndema sua lingua endo possuem a chave que bre as portas de sua sabedoria enigmitica, os sonbos so, de fato, nada mais que loucas ¢ insignificantes perturbagoes do sono. Mas para aqueles que se dao ao trabalho de decifré-los, eles a contém revelagées de uma sabedoria perdida. jancas sto sonbos. Sob a sua mansa aparéncia infanil se esconde 0 segredo de nossa felicidade perdida.” Rubem Alves, A alegria de ensinar, p.60. Piz set considerada cientfica, uma pesquisa deve seguir uma metodologia com procedimentos rigo- rosos de verificacio, coleta de dados, anilise e inter. pretacio dos resultados. Tal cuidado torna possivel a réplica, ou reproducio, do trabalho de investigacio e, conseqiientemente, di 2 outros pesquisadores acesso. aos elementos necessarios para que possam julgar as conclusdes ¢ 0 ponto de vista do seu autor. E com esse rigor cientifico que Piaget, afastando-se de especula- ‘Ges apenas filosérficas, realiza suas pesquisas ¢ desen- volve sua teoria, na qual procura desvendar os proces. ‘808 flundamentais de construcao dos conhecimentos. Mesmo ao redigir sua autobiografia, Piaget mantém certas normas de procedimento. Conforme afirma, 0 interesse pela vida de um autor também deve ser cien- tifico. Para tanto, apenas os aspectos intelectuais im- portam, porque é mediante eles que se pode compre. ‘ender melhor sua obra. Com essa preacupacio, cle ex. Pde em sua autobiografia muitas das idéias desenvolvi das nas suas varias obras. Nascido em 9 de agosto de 1896 em Neuchatel, Suica, Piaget cresceu em um ambiente intelectualizado.’Seu ai, escrevendo principalmente sobre literatura medie- Val, ensinahe o valor de um trabalho sistemitico, sério € rigoros0.O meio familiar se completa com uma figura materna inteligente ¢ enérgica. Precocemente ele se 0s jogos infantis, dedicando-se aos estudos. Entre 087 € 10 anos se interessa por assuntos variados e chega a escrever pequenas notas sobre 0 que lia. Obras que o leitor poderd consultar para conbecer mais sobre a biografia de Plaget: PIAGET, (5) (29); BRINGUIER, (45); EVANS, a. S Realiza seu primeiro trabalho cientifico aos 11 anos. Tendo tido oportunidade de observar um pardal parci- almente albino em um parque piblico, ele envia um artigo de uma pagina para uma revista especializada, que 0 publica. O préximo passo é escrever para o dire- tor do Museu de Historia Natural de Neuchatel, pedin- dothe autorizacéo para estudar sua colecao de passa- 108, fOsseis € crusticeos. Aceito 0 pedido, com bem pouca idade, Piaget se torna assistente do diretor do ‘museu e com a sua ajuda escreve varios artigos, inte- ressando-se especialmente por moluscos. Alias, € so bre moluscos que elabora uma tese, doutorando'se em biologia aos 22 anos. Seus primeiros estudos ¢ trabalhos sio importantes para sua formacio cientifica. Além da biologia, interes- sase por religiio, filosofia, légica, psicologia, ‘metodologia cientifica matematica, quimica. Escreve de ‘modo sistematico, como se no soubesse pensar sem escrever € estivesse preparando artigos para publica- oes. A medida que organiza seu pensamento, pouco a Pouco ele vai descobrindo que, a0 contririo do que supunha a principio, muitas posices filos6ficas apre- sentam idéias engenhosas mas carecem de base expe- rimental. Contribui para tal suposicio, além dos estw- dos ¢ dos trabalhos de pesquisa jé realizados na area da biologia, seu interesse pelo problema do conhecimen- to, que considera um tema fascinante de estudo. Decide, entio, consagrar sua vida ao estudo do co- nhecimento ¢ constr6i algumas hipoteses centrais para © encaminhamento de suas investigagdes posteriores, ‘como: onde ha vida, hi forma organizada. E, se existe onganizacio, isso significa que no se deve considerar 9s clementos como isolados. Na combinacio dos ele- mentos se encontra o problema das relacdes entre 0 todo € as partes que o compéem, ou seja, ha sempre uma l6gica na organizacio dos elementos. isso ocor re em todos os dominios da vida, organico, mental, so- cial. Diante dessa hipotese, cle vislumbra a possibilida- de de investigar seu tema de interesse, 0 conhecimen- to, € explicé-lo do ponto de vista biolégico. Piaget estuca o conhecimento de modo diferente dos muitos fil6sofos que meditaram solitariamente sobre 0 tema € se preocuparam apenas em pesquisélo no adul- to. Sua intencao é atingir uma explicacio fundamenta- da em trabalhos de pesquisa e, para tanto, sente neces- 37 sibs iti | | sidade de se voltar para a psicologia. Porém, a psicolo- gia da época Ihe parece insuficiente para uma andlise ‘nos moldes pretendidos. O que ele almeja € a constru- do de um método objetivo de investigacio para averi- guar as questdes relativas ao conhecimento. Esse inte- resse 0 conduz a elaborar uma psicologia que desse sustentacao experimental as suas hipsteses, a psicolo- gia genética, que estuda o desenvolvimento das fun- ‘G6es mentais desde seu ponto de partida, ou genese: “E eu me interessava pelos problemas do conheci- <1 PIAGET In: BRINGUIER, mento, considerando que eles podem ser abordados P15. 43). cientificamente, como por um biologista. EntZo, para achar um ponto entre a biologia e a teoria do conheci mento, era preciso estudar 0 desenvolvimento mental, © desenvolvimento da inteligéncia, a génese das no- bes [...] E eu penso que, para fazer epistemologia de uma maneira objetiva e cientifica, no € preciso tomar © conhecimento com um C maitisculo, como um esta- do sob suas formas superiores, mas achar os processos -(&¢ formacao, como se passa de um menor conhecimen- to a um conhecimento superior, sendo isto relativo a0 nivel € a0 ponto de vista do individuo.O estudo destas transformagdes do conhecimento, o ajustamento pro- gressivo do saber, € o que eu chamo de epistemologia genética € que é a tinica perspectiva possivel para um bidlogo; em todo caso, é 0 que eu penso.” Em outras palavras, Piaget elabora a psicologia gené- tica porque deseja investigar 0 processo de formacio psicoldgica das nocdes que pretende compreender, a fim de estabelecer uma formalizacio das progressivas etapas do desenvolvimento dos conhecimentos. Julga importante apoiar suas hipéteses ¢ possiveis conclu- ses em observagées experimentais. Dessa maneira, decide pesquisar a crianca em desenvolvimento, des-p9.< de o nascimento até a adolescéncia. Sua preocup: € portanto, epistemol6gica:desvendar os processos do conhecimento na sua evolugio. Esti constituida a epistemologia genética, uma ciéncia interdisciplinar separada da filosofia e, no ‘entanto, ligada a todas éncias humanas ¢ também & biologia. Piaget parte da idéia de que 0 conhecimento no é um estado mas sim um proceso ¢ Como tal deve ser Considerado sob 9 angullo do seu desenvolvimento no tempo. Definido como um processo continuo, susceti- vel de progressos,o conhecimento é essencialmente a passagem de um nivel de menor conhecimento para 38 — PIAGET, p.35;40, (3). > um outro de conhecimento mais amplo. Ora, estudar as ultrapassagens significa insistir no fato de que entendélas requer que se pesquisem suas razdes ¢ 0 ‘mecanismo presente nos progressos, em diferentes eta- as. As justificativas para 0 modo como pretende elabo- rar sua teoria do conhecimento, seus métodos de veri ficacao ea busca de recursos em outras ciéncias deno- tam uma vez mais aquela honestidade € aquele rigor ientifico apontados anteriormente. Piaget postula que, mesmo bem articulada, uma reflexio solitaria ou a ané- lise do conhecimento como aparece na fase adulta podem conduzir 0 estudioso a cometer algumas im- prudéncias A sua primeira conviccio diz respeito & necessidade de comprovacio: nada afirmar sem antes estar seguro, Sem um controle metédico verificavel, sem o alicerce de uma pesquisa cientifica feita com rigor metodolégi- co. A segunda conviccio se refere 4 importancia da colabora¢io interdisciplinar: “Se a epistemologia genética é possivel, cla deve ser também necessariamente interdisciplinar [...] Além da troca de idéias entre fisicos, quimicos, l6gicos, matema- ticos, a continua colaboracio impede que alguém de- senvolva a ‘impressio de bastarse a si mesmo’? Mediante tal colaboracio, crescem as possibilidades de se separar 0 que provém de opinides particulares e os dominios nos quais possa haver concordancia entre estudiosos de diferentes areas de conhecimento, inde- pendentemente das suas crencas. Ou seja, importa sem- pre colocar uma hipétese em termos tais que a mesma ossa ser verificada por outros pesquisadores. Apés 0 doutoramento, em biologia, Piaget parte para Zurique € um ano depois muda-se para Paris,a fim de fazer cursos de psicologia,logica ¢ filosofia das ciénci as. £ convidado para trabalhar na padronizacao dos tes- tes de raciocinio de Burt com criancas parisienses. Ao conversar com elas, propondo-lhes as questdes do tes- te, interessa-se vivamente pelas respostas que 0 teste classificava como erradas Do seu ponto de vista, as respostas infantis indica- vam mecanismos de raciocinio diferentes daqueles dos adultos. Pesquisarido mais profundaménte esses meca- nismos, Piaget descobre que os raciocinios mais sim- ples, que implicam relacdes l6gicas como a inclusio da 39 Parte no todo, apresentam dificuldades para as crian- [a5 até determinado nivel de desenvolvimento. Jen Pig Para ilustrar essa dificuldade, nada melhor do-que um exemplo colhido em um manual de atividades de } matematica para o primeiro grau. O contetido é “con. juntos” (nocio de conjunto e elemento, de atributos, subconjuntos, pertence/nio pertence). Numa das ati- Vidades de fixacio, a crianca deve tracar dois diagra. mas, um de cada cor, para fazer 0 conjunto de animais € 0 de animais que voam. As figuras ilustradas sio: bor- boleta, beija-flor, tucano, pintinho, coelho, cobra e jaca- ré,¢ a crianca deve responder o que ha mais: animais ou animais que voam. Para nés, tratase de algo bastante clementar: com- Preendemos que o conjunto dos animais (0 todo) € for. mado de varios subconjuntos (as partes), animais que Yoam, que rastejam, que vivem na agua ¢ assim por di- ante. A conclusio é simples:ha mais elementos no todo do que em cada uma das suas partes. Apesar de repetir algumas frases ouvidas, a crianga nao raciocina sobre elas do mesmo jeito que nés. .O exemplo de Alberto Alberto (10 anos ¢ 5 meses) esta cursando a £7) Quarta série do primeiro grau. Apresentamos 22 a cle aatividade comentada acima. Iniciamos nossa conversa falando sobre os animais desenhados, seus nomes, caracteristicas e como vivem, ap6s 0 que erguntamos: 40 — Quantos animais tem aqui no livro, Alberto? — Sete. — Quantos sio os animais que voam? — A borboleta, o beijaflor, o tucano ¢ 0 pintinho, s6 quatro. O coelho pula, a cobra e 0 jacaré andam ‘de bartiga no chio. —A pessoa que fez o livro quer saber 0 seguinte: 0 ue hé mais, animais ou animais que voam? que voc acha? —Animais que voam, tem quatro;animais $6 tem trés. — Tem gente que acha que essa pergunta pode ser respondida de uma outra maneira. Que ha mais animais. ‘Vocé concorda? — Nio.Té errado, porque ela pensa que 0 coelho,a cobra € jacaré sabem voar, mas cles no sabem. Decididos a investigar melhor, continuamos folhean- do o manual até que nos detivemos no subtitulo “Per. tence”, Lemos com Alberto a instrucao “ligar cada cle- ‘mento a0 conjunto a que pertence” e em seguida pas- samos a comentar uma das atividades: — Veja, Alberto,a pessoa que fez esse livro acha que agalinha ¢ o pato pertencem ao mesmo conjunto. Voce concorda? A galinha pode ficar junto com 0 pato? — Nao, porque eles nao sto da mesma espécic. — De quais espécies eles sio? A galinha é da espécie de galinha, ¢ 0 pato, da espécie de pato. — Nessa outra atividade nés nem vamos ver o que a Pessoa que fez 0 livro acha (dobramos a folha de ma- neira a ver apenas uma parte da ilustracao). Eu s6 que. ro saber © que vocé acha. Como se chamam esses ani- mais desenhados? Juntos fomos nomeando-os um a um: minhoca, abe- tha, caramujo, borboleta, joaninha. — Quais desses animais voce colocaria num mesmo conjunto? Depois de pensar durante alguns segundos, Alberto responde: — Eu punha a minhoca, a abelha, 0 caramujo ¢ a Dorboleta...a joaninha nao ia ficar no mesmo conjun- to porque ela nfo tem antena e os outros tém, 41 —Vocé acha que tem um outro jeito de reunir esses ‘mesmos animais, em conjuntos diferentes desse que acabou de ser feito? — Nio, 86 tem um jeito. © ctitério de reuniio proposto pelo manual para juntar 08 animais em duas subclasses dizia respeito a0 atributo “asa”. Nao se discute a validade desse ou de qualquer outro critério, o que est em pauta é a impo- sigao de respostas. £ negada a crianca qualquer chance de pensar de modo diferente. Permanentemente, cla é massacrada porque tem que encaixar 0 seu pensamen- to naquele que o adulto predetermina como sendo o ‘inico possivel. Retomaremos os exemplos posteriormente. Por en- quanto, este nos serve para ilustrar que, do ponto de ‘vista do processo de desenvolvimento dos conhecimen- tos, ha uma etapa em que a crianca pensa ora no todo ora nas suas partes, mas em momento algum nos dois simultaneamente. Quando Alberto afirma haver mais, animais que voam do que animais, ele reduz 0 todo a uma das suas partes €, conseqiientemente, compara partes entre si, daf a sua conclusio. ‘Tudo perfeito, mas s6 com Alberto. A dificuldade es- t4 do outro lado, do lado da escola que se presta a sub- meter criancas tio jovens a esses exercicios, que sio » incapazes de estimular 0 desenvolvimento do racio- inio, como veremos oportunamente. Em contrapartida, mostram-se perfeitos quando o que se pretende € do- mesticar toda uma geracio. A teoria de Piaget nos es- clarece a respeito do que esta subjacente ’s teorias que defendem essa domesticacio. Ao se distanciar da filosofia, Piaget recusa em parti cular duas interpretacdes epistemol6gicas, que consi dera inaptas para explicar 0 desenvolvimento do co- nhecimento:empirismo e inatismo. Vale colocar alguns dos pressupostos basicos dessas duas interpretacoes, a fim de compreender as criticas que Piaget les faz. A énfase na necessidade de se realizarem pesquisas 4 pyacer G9). antes de emitir opinides € o que Piaget denomina “base experimental ou empirica”, isto é, experiéncias cient ficas para coleta dos dados de pesquisa. O uso dessa expressio — “base experimental ou empitica” — foi interpretado por alguns como motivo para considerar Piaget um empirista, interpretacio que denota grave desconhecimento de sua teoria t E 42 Em quase todos os seus escritos, Plaget critica com insisténcia 0 empirismo e 0 inatismo. Este trecho basetase em Sabedo- 1a e ilusDes da losofia (5), em que também se afirma antiempirista (p.55-60; 191). 0 tnatismo parte da bipdtese de que exis tem estruturas preformadas ou predeterm?- nadas desde 6 nascimento, que evoluem conforme a maturacao bioldgica. Para Piaget, atense a tal bipétese implica imitar © papel ativo que a crianca desempenba no decorrer do seu processo de desenvolvimen- to e Himitar igualmente a contribuicto dos Jatores soctats préprios das transmissdes educativas e lingiifticas.Apelar para a ex: clusividade do fator maturacdo biolégica significa na redlidade deixar em aberto a ‘matoria das questées relativas-ao modo como 0s conbecimentos aumentam. ‘O empiriemo segue caminbo inverso.S80 (privilegiados apenas dots fatores, um Higa do a experténcia perceptiva, que forneceria informagées dos proprios objetos, © outro relativo ds transmissdes lingitisticas, as (quats propiciariam os progressos ligados ao raclocinto légteo; enquanto fonte do pensa- ‘mento discursivo, a linguagem estrutraria @ inteligéncia da-crianga. Veja também: PIAGET, (1), (2); > PIAGET & INHELDER, (23). Piaget afirma'se antiempirista porque nao cré que a linguagem constitua uma descricio adequada das cot 28, como também nao cré que se possa reduzir toda atividade da inteligéncia 3 elaboracio de représenta- bes figis da realidade. Conforme explica, defender a Posicdo empirista significa acreditar que a inteligéncia no transcende o nivel das transmissdes sociais. Piaget considera que a inteligéncia é essencialmente desco- berta, invencio, ¢ nio simples reproducio de informa- Ges transmitidas por outrem.A crianca constréi sua inteligéncia, seus conhecimentos € tal Constructo no € devida unicamente a experiencia perceptiva, visto ‘toda experiéncia comportar uma estruturacio cuja amplitude € importéncia a filosofia empirista ignora Ele também recusa a hipétese de que as informa- ‘gOes dadas pela linguagem sejam sempre compreendi- das do mesmo modo, independentemente da etapa do desenvolvimento da crianga. Confirma essa hipétese 0 exemplo de Alberto, que demonstra suficiente domi nio lingiiistico. Posteriormente daremos outros exem- plos, contudo esse € suficiente por ora para ilustrar a afirmacao de Piaget de que subjaz aos dizeres das cri- ancas um modo de raciocinio que é, definitivamente, diferente daquele do adulto. Essa descoberta foi tio importante que levou Piaget a prosseguir analisando o raciocinio Verbal das criancas durante mais alguns anos. A partir dessa anilise, ele define seu campo de investi- ‘gaclo. Convencido de que as formas de raciocinio que implicam relagdes como a exemplificada acima se de- senvolvem pouco a ponco, decide estudar 0 problema das relagGes légicas, conciliando-o com seu interesse pelo tema do conhecimento € com sua formacio bio- B Togica. Com tal decisio, parte para Genebra em_1921, indo trabalhar no Instituto Jean-Jacques Rousseau. Du. ante dois ou trés anos estuda a influéncia do meio so. cial € da linguagem sobre o pensamento infantil. Em Outras palavras, Piaget busca compreender a l6gica da ctianga no dominio da conversacio, ou seja, das inte. rages verbais. Assim, entre 1924 e 1932, publica cinco obras:A lin- guagem e 0 pensamento da crianca (1924); O racio. cinio na crianga (1924); A causalidade fisica na ert. Anca (1926); A representacao do mundo na criam. (4 1927); O julgamento moral na crianga (1932) Apesar de nao ter ainda comecado as pesquisas so. bre os processos fundamentais de formacio ou de gene. se do conhecimento, decide publicar as obras citadas, mnsiderando-as trabalhos preliminares, por duas ra. A primeira diz respeito aos limites da sua investiga- ‘fo, jf que pesquisara apenas a linguagem e o pens. mento, Na época desses primeiros trabalhos, ee julga. social sobre o pensamento infantil, no descobre a im. Portincia das ages ¢ suas coordenacdes, Tal desco. berta s6 foi possivel com o trabalho de observacao sis. tematica realizado com os préprios filhos, nascidos entre 1925 € 1931 Piaget conclui que a inteligéncia progride por cons- » trugbes sucessivas em diferentes niveis e procede da ~ aco em geral. O conhecimento esti sempre ligado 3 aslo, ago sobre a pessoa de outrem,acio sobre 0 pré- prio corpo, aco sobre os objetos inanimados.. Ebon. {anto, interagindo com tudo o que arodeia, como meio, que a crianca constréi sua inteligéncia, ao mesmo tenn o due estrutura esse meio, Piaget acentua a importan. ia de compreender a simultaneidade dessas constru, ‘Oes retracando as ctapas de tal interacio. E, como afiema, se insiste sempre nessa interacio € se enfatiza a importincia das acdes da crianca € por due os defensores das tendéncias empiristas’ “se es. disputas classicas em torno da questio de saber se € 2 44

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