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ETM eu aor Cae Me aie Cem A eet Filosofal: Provas Irrefutaveis de sua Existéncia Sociedade sas Ciencias Antigas A PEDRA FILOSOFAL PROVAS IRREFUTAVEIS DE SUA EXISTENCIA PAPUS TITULO ORIGINAL: PAPUS, LA PIERRE PHILOSOPHALE, PREUVES IRREFUTABLES DE SON EXISTENCE PARIS, ED. CARRE - 1889 CAPITULO T essennnnnnsne O OCULTISMO E A ALQUIMIA .. CAPITULO Teneo O QUEE A PEDRA FILOSOFAL? CAPITULO TIL sees A FABRICACAO DA PEDRA FILOSOFAL E SUAS DIFERENTES CORES... CAPITULO IV.. UMA EXPLICAGAO SOBRE TEXTOS ALQUIMICOS CAPITULO V A QUIMICA MODERNA E A PEDRA FILOSOFAL... CAPITULO Vises A PEDRA FILOSOFAL: PROVAS DA SUA EXISTENCTA esses CAPITULO VIL. A VALIDADE DA PEDRA FILOSOFAL .... CAPITULO VII. A TABUA DE ESMERALDA, DE HERMES TRISMEGISTO, E SUA EXPLICAGAO PASSO A PASSO... CAPITULO IX. : PRIMEIRA OPERACAO: CAPITULO X seen = SEGUNDA OPERACAO: CONFECCAO DO ENXOFRE CAPITULO XI. = TERCEIRA OPERACAO: CAPITULO XI AS MULTIPLICAGOES. CAPITULO XII senrnen 0 VERDADEIRO ALQUIMISTA... CAPITULO XIV nensesno VESTIGIOS DA ALQUIMIA NA EPOCA ATUAL CAPITULO XV UM ALQUIMISTA PRATICO. CAPITULO XVEosnnnene : COMO ESTUDAR ALQUIMIA E CONCLUSAO.. CONCLUSAO. INFORMACAO SUCINTA SOBRE ALQUIMISTAS E ESTUDIOSOS MENCIONADOS NESTA OBRA CAPITULO I 0 OCULTISMO E A ALQUIMIA E comum a opiniao de que a Alquimia é uma arte falsa, cujo propésito € fabricar ouro de maneira artificial, e que na Idade Média levou muita gente crédula & rufna. Em primeiro lugar, uma questéo se apresenta, e consiste em saber como se deve considerar a Alquimia, sob 0 ponto de vista da Ciéncia Oculta. Para isso, omitiremos 0s comentirios e declaragGes relacionados com a Alquimia, que aparecem em certas Enciclopédias da atualidade, e nos referiremos somente aqueles que consideram os alquimistas como mestres em sua ciéncia. Por exemplo, tomemos a obra de Raimundo Lulio. © que encontramos nela? Nada além das regras desta 4 arte especial, considerada como a iinica preocupagdo dos alquimistas. Com efeito, em toda obra séria, na qual se faga referéncia a filosofia hermética, encontraremos o seguinte: 1. Uma filosofia profunda que serve de base a uma sintese natural, a qual tem como ponto de partida, a teoria da evolugdo exposta até suas tltimas conseqtléncias, e a teoria da unidade da substincia e do plano (por fim, o axioma alquimico que diz: “Tudo esta em tudo”). 2. Uma criteriosa aplicagao dos princfpios da Cabala hebraica, vinculados com a tradigdo egipcia e gnéstica. 3. Numerosas prticas de cardter fisico, quimico e biolégico que apGiam essas teorias. Em tais circunstancias, quando s6 0 que se quer ver na Alguimia so préticas de natureza quimica, 0 que se faz é mutilar, de modo por demais indigno, um ensinamento completo cuja pratica basta para justificar sua teoria cientifica, Um alquimista verdadeiro era, pois, a0 mesmo tempo, médico, astrénomo e astrélogo, fildsofo, cabalista e quimico. Ademais, os estudos eram muito sérios € prolongados, e eram transmitidos mediante iniciagdo, pelo mestre, a um ou dois discipulos diletos, ocultando-os cuidadosamente dos profanos. Juntamente com aqueles sabios — verdadeiros fil6sofos herméticos — aparecem os charlatdes ignorantes, cujo tinico propésito era adquirir riquezas materiais. A tinica coisa que conseguiram fazer sempre foi desacreditar a Alquimia. Por isso, varios milhares de livros escritos em francés, que se encontram em nossas bibliotecas sob 0 titulo de “Filosofia Hermética”, contém o seguinte: Tratados de hist6ria natural; Tratados de fisica e quimica correntes; Tratados de Alquimia propriamente dita, ou de preparagdo da Pedra Filosofal; Tratados de Filosofia e Cabala, ou de Astrologia e; Espécies de enciclopédias, que so um conglomerado de todos os géneros. yaene Esta observacdo permite comprovar que a tradig4o esotérica est4 representada, em todas as suas vertentes, pela Filosofia Hermética. Como aconteceu a transmissio desta tradigéo do Egito ao Ocidente € 0 que vamos ver. O estudo daqueles que sio depositérios do Esoterismo nos permitiu comprovar que os essénios por um lado, e os gnésticos por outro, foram os tinicos que guardaram as chaves da Ciéncia Oculta Os essénios, assentados na Palestina, afastados de toda atividade politica, fundaram muitas sociedades secretas. Os gndsticos, ao contrério, procuraram difundir seus ensinamentos por todas as partes. Sob a liberdade concedida as faculdades regionais, para que divulgassem os ensinamentos esotéricos, foram escritos muitos tratados sobre as praticas da Ciéncia Oculta, segundo as tradigdes, da Universidade egfpcia propriamente dita. Esses tratados, cuja redacdo remonta efetivamente ao século II de nossa era, tinham como finalidade fundamentar a meméria e inclinar-se & transmissio oral. Havia dois grandes tipos de tratados: 1. Os que se ocupavam do mundo invisfvel, da alma e seus poderes, ou seja, da Psicurgia e; 2. Os que se ocupavam da aplicago dos poderes da alma na Natureza, ou seja, da Teurgia e da Alquimia. Dos primeiros, que so principalmente os fil6sofos, possuimos alguns fragmentos, de cuja tradugio se ocupou inteiramente © estudioso Louis Ménard!. Dos segundos, possuimos uma enorme " sPlermés Trismégiste”, de Louis Ménard, em | volume 5 quantidade de tratados, aos quais de pode chamar apropriadamente de obras de Alquimia. Acredita- se, de maneira geral e coincidente, que a parte pritica do Ocultismo chegou A Europa por meio dos frabes. Eles introduziram na Europa as ciéncias (que eles tinham recebido dos gndsticos que estavam no Egito) muito tempo depois da introdugao da Gnose. Bem, a Gnose possufa uma parte mégica. Recordemos os milagres de Apol6nio de Tiana, de Simio 0 Mago e de outros gnésticos célebres, e descobriremos a verdadeira origem desta Filosofia Hermética (origem esta que, & primeira vista, parece tio nebulosa). A Alquimia representa, pois, a via de transmissao da Ciéncia Oculta no Ocidente. Por esta razio, agora nos ocuparemos dos trabalhos e teorias dos que se intitulam “fithos de Hermes”. A seguir, e de maneira sucessiva, veremos o seguinte: 1. O propésito exotérico dos alquimistas. A Pedra Filosofal. Sua realidade ¢ o que se pode dizer sobre seu preparo. 2. Os textos sobre os quais os alquimistas baseiam suas opiniGes filos6ficas. A Tabua de Esmeralda e suas aplicagdes. 3. A explicagdo das hist6rias simbélicas que é possfvel encontrar nos textos de Alquimia, 4. Como exemplo destas aplicagdes, faremos extensos comentirios sobre a preparagio da Pedra Filosofal, segundo um texto de estilo simbélico, do século XIX, pertencente a Cyliani (do ano de 1837), 5. Finalmente, falaremos da Alquimia de nossa época ¢ de seus atuais cultores. CAPITULO 0 QUE EA PEDRA FILOSOFAL? qué se entende por Pedra Filosofal? Esta questo, apesar de ser to simples & primeira vista, é bastante dificil de resolver. Recorramos a dicionérios sérios ¢ leiamos as ponderadas recopilagdes feitas por uns poucos “sabios” que se dignaram estudar esse tema, A conclusdo é bastante facil de expor. Pedra Filosofal, transmutacao de metais iguala Ignorancia, Engano e Loucura. Como resultado disto, se refletirmos que, em suma, para falar de tecidos mais vale recorrer a quem os comercia do que a um doutor em literatura, talvez nos ocorra estabelecer 0 que & que pensam os alquimistas, acerca da questo que nos ocupa. Agora, em meio &s consentidas obscuridades e os numerosos sfmbolos que enchem seus tratados, ha um ponto em que todos esto de acordo: 0 que se refere A definigao e as qualidades da Pedra Filosofal. A Pedra Filosofal perfeita é um p6 vermelho que tem a propriedade de transformar todas as impurezas da Natureza. Geralmente se acredita que a Pedra s6 pode servir, segundo os alquimistas, para transformar 0 chumbo ou 0 merciirio em ouro. Isto é um erro. A teoria alquimica deriva de fontes por demais especulativas para poder colocar desse modo seus efeitos. Posto que a evoluco é uma das grandes leis da Natureza, tal como o Hermetismo ensina, a Pedra Filosofal faz evoluir rapidamente aquilo que as formas naturais demoram longos anos para produzir e, por esta razdo, os adeptos dizem que ela age tanto sobre os reinos vegetal e animal como sobre o mineral, e bem se pode chamé-la de 6 remédio dos trés reinos. A Pedra Filosofal é um p6 que pode adotar muitas cores diferentes, segundo seu grau de perfeigao, mas que, na prética, s6 possui duas: a branca e a vermelha. A verdadeira Pedra Filosofal € vermelha. Esse po vermelho possui trés virtudes: 1. Transforma em ouro 0 meretirio e o chumbo em fusio, sobre os quais se deposita uma polvilhada. (Digo em ouro, e nao “num metal” que se aproxime mais ou menos, como acreditava, ignoro 0 por qué, um sabio contemporneo).? 2. Constitui um enérgico depurativo do sangue e, quando é ingerido, cura qualquer enfermidade; e 3. Também atua sobre as plantas e as faz crescer, amadurecer e dar frutos em algumas horas. Estes trés pontos parecero muito fabulosos para muitos, mas todos os alquimistas esto de acordo sobre isso. Ademais, basta refletir para perceber que estas trés propriedades formam uma s6: {fortalecimento da vitalidade. A Pedra Filosofal é, pois, simplesmente energia Vital condensada’ numa pequena quantidade de matéria, Age sobre 0 corpo com 0 qual entra em contato, como se fosse levedura. Um pouco de levedura é suficiente para que uma massa de pao se “eleve” e cresga. Da mesma forma, basta um pouco de Pedra Filosofal para fazer crescer a vida contida em qualquer matéria, seja mineral, vegetal ou animal. Por esta azo, os alquimistas denominam a sua Pedra: remédio dos trés reinos. Agora sabemos 0 bastante sobre 0 que € a Pedra Filosofal. Assim poderemos entender sua descrigG0, num relato de carter simbélico e ali, nossas ambigdes deverdo ter um limite. CAPITULO III A FABRICAGAO DA PEDRA FILOSOFAL E SUAS DIFERENTES CORES Vejamos agora como se fabrica a Pedra Filosofal. Descreveremos as operacées essenciais: extrair do merctirio comum e corrente um fermento especial, ao qual os alquimistas denominam Merciirio dos filésofos. Fazer agit esse fermento sobre a prata a fim de obter, igualmente, um fermento, Fazer agir 0 fermento do meretirio sobre 0 ouro, a fim de obter também, um fermento. Combinar 0 fermento que se obteve do our com o fermento que se obteve da prata e 0 fermento mercurial num matraz (Balio de vidro, geralmente de fundo chato, usado em operagdes quimicas), de vidro verde, muito sélido e de forma oval, tampar hermeticamente esse recipiente e colocé-lo para cozinhar num forno especial, que os alquimistas chamam de atanor. A tinica diferenga entre 0 atanor e os demais foros é que, por sua estrutura, permite animar durante longo tempo e de uma maneira especial a combinago explicada, E entio (durante esta cocgdo), ¢ somente entdo que se produzem certas cores sobre as quais se baseiam todos os comentarios alquimicos, A matéria que esse “ovo” contém se torna primeiramente negra e se petrifica em sua totalidade. Esse estado se designa com 0 nome de cabega de corpo. De repente, a partir dessa cor negra, aparece uma cor branca brilhante. Essa passagem, do negro ao branco, da escuridao & luz, 6 uma excelente pedra de toque para reconhecer uma hist6ria simbélica que trata da Alquimia. A matéria assim “fixa” serve para transmutar os metais impuros (chumbo ou merctirio) em prata. ? Marcellin Pierre Eugene Erthelot 5 Conforme “Traité Méthodique de Science Occulte” (Tratado Metédico de Ciéneia Oculta), do autor. Se 0 fogo é mantido, entdio se vé como essa cor branca desaparece pouco a pouco e a matéria adquire diversas tonalidades, desde as cores inferiores do espectro (azul, verde) até as cores superiores (amarelo, alaranjado) e, finalmente, chega & cor vermelho rubi. Entdo a Pedra Filosofal esté quase terminada, Disse “quase” terminada, pois, neste estado, dez gramas de Pedra Filosofal nao transmutam mais do que vinte gramas de metal. A fim de aperfeigoar a Pedra, ha que introduzi- la num matraz com um pouco de Merctirio dos fildsofos, e comegar a aquecé-lo. A operagao original, que requereu um ano, agora ndo exige mais do que trés meses. Entio, as cores reaparecem na mesma ordem que da primeira vez. Neste estado, a Pedra transmuta em ouro dez vezes seu peso, Entio, deve-se recomecar a operagdo que desta vez dura somente um més, e a Pedra transmuta mil vezes seu peso de metal. Por tltimo, realiza-se a operacao final e se obtém a verdadeira Pedra Filosofal perfeita, que transmuta dez mil vezes seu peso de metal, em ouro puro. Estas operagdes s4o conhecidas pelo nome de multiplicagdo da Pedra. capiTuLo IV UMA EXPLICAGAO SOBRE TEXTOS ALQUIMICOS Quando se 1é um texto escrito por um alquimista, é preciso estabelecer a que operagio ele est se referindo: 1. Se fala sobre a fabricagtio do Merctirio dos fil6sofos, entio, com seguranga resultard ininteligivel para 0 profano; 2. Fala-se da fabricagdo da Pedra propriamente dita, entio o alquimista falard com clareza; 3. Se se refere & multiplicagao, entdo sera absolutamente claro. Em posse desses dados, o leitor pode consultar a obra de Guillaume Louis Figuier, intitulada “A Alquimia e os alquimistas”, e se nao the desgosta a diversao, ler as primeiras cingiienta paginas. Ento, the serd fécil decifrar o sentido dos relatos simbélicos que parecem tio obscuros para esse autor e que o fazem aventurar-se em tio divertidas explicagdes. Vem a calhar, como prova disso, 0 seguinte relato que ele considera incompreensfvel: “Hé que comecar ao por-do-sol, enquanto 0 marido Vermelho e a esposa Branca se unem no espirito da vida para viver no amor e na trangililidade, na proporedo exata da dgua e da terra”. Eis aqui sua interpretagio: Poe-se no matraz, de forma oval, dois fermentos a saber, 0 ativo ou Vermelho e 0 passivo ou Branco. Também lemos 0 seguinte: “Adianta-te do Ocidente, através das trevas, até o Setentrido” (as regides do Norte, polo Norte). Esta é a interpretagio: Os diversos graus do fogo. Também nos deparamos com isto: “Altera e dissolve 0 marido entre 0 inverno e a primavera, transforma a dgua numa terra negra, € eleva-te através das variadas cores até 0 Oriente, no qual se mostra a Lua Cheia. Depois do Purgat6rio, aparece o sol branco e radiante” A interpretagiio €: Cabeca de corpo, cores da Obra, Quando estudamos um relato simbélico, devemos buscar sempre 0 sentido hermético oculto que ele, quase com certeza, encerra. Posto que a Natureza é idéntica em qualquer lugar, o mesmo relato, que expressa os mistérios da Grande Obra, podera significar tanto 0 curso do Sol (mitos solares) como a vida de um her6i fabuloso. Somente 0 iniciado se encontrard, pois, em condigdes de captar 0 terceiro sentido (hermético) dos mitos da antiguidade', enquanto que o sabio s6 verd neles os primeiro e segundo sentidos (fisico € natural: 0 curso do Sol, © Zodiaco, etc) ¢ 0 leigo compreenderd somente o primeiro sentido (0 relato relacionado com o herdi). Deste ponto de vista so célebres, entre os alquimistas, as aventuras de ‘Vénus, Vulcano e Marte®. De acordo com tudo 0 que foi dito, esté claro que, para preparar a Pedra Filosofal, & necessério tempo e paciéncia. Falando em termos alquimicos, quem nao eliminou de si mesmo 0 desejo® do ouro, jamais serd rico. Para convencer-se disso, basta ler as biografias dos alquimistas do século XIX: Cyliani e Louis Paul Frangois Cambriel*. Em seu aspecto fisico, a Pedra Filosofal seré, pois, um pé vermelho de consisténcia bastante parecida A do cloreto de ouro, e seu odor é 0 de um sal marinho calcinado. Em seu aspecto quimico, trata-se simplesmente de um incremento da densidade, se admitirmos a unidade da matéria, idgia esta que conta com considerdvel apoio por parte dos fil6sofos quimicos contempordneos. Efetivamente, o problema que se deve resolver consiste em transformar um corpo cuja densidade é de 13,6, como € 0 do merctirio, num corpo cuja densidade é de 19,5, como € 0 do ouro. Esta hipétese da transmutagao discorda das mais recentes novidades da quimica? Isto € 0 que agora trataremos de explicar. CAPITULO V A QUIMICA MODERNA E A PEDRA FILOSOFAL Sao dois os quimicos quem, em nossa época, impulsionaram suas investigagdes pelo obscuro campo da Alquimia, Um deles é Guillaume Louis Figuier que, em 1853, publicou “A Alquimia e os Alquimistas”, obra da qual teremos oportunidade de falar. O outro € 0 professor Marcelin Pierre Eugene Berthelot, membro do Instituto, que publicou, em 1885, “As Origens da Alquimia”. 4 “Fastesintiatiques, La Magonerie occulte”, de Joseph Marie Ragon. 5 Idem ao anterior. $ Ver o admirével tratado intitulado “Luz no caminho”, de Mabel Collins, Editora Pensamento 2 “Hermes revelado”, ver no final deste estudo. Curso de Alguimia em 19 lies” 9 Estes dois sibios da ciéncia oficial, especialmente 0 dltimo, tém autoridade nesta matéria e sua opinido merece ser analisada por toda pessoa criteriosa. Ambos consideram que, tanto a Alquimia como © que ela prope, so belos sonhos, dignos de épocas passadas, e negam formalmente a existéncia da Pedra Filosofal (ainda que Figuier prove, sem sabé-lo, a sua existéncia). No entanto, declaram que, cientificamente, a questo nao pode ser negada, a priori, E Figuier quem diz: “No estado atual de nossos conhecimentos, nao se pode provar de maneira absolutamente rigorosa que a transmutagao dos metais seja impossivel. Algumas circunstancias se opéem a que o ponto de vista alquimico seja rechacado como um absurdo, em contradigdo com os fatos”. Em muitas passagens de seu livro, Berthelot mostra que, longe de opor-se a quimica contempordnea, a teoria dos alquimistas tende, ao contrério, a substituir hoje em dia 0 que antes se pensava dessa filosofia. Eis aqui alguns parégrafos que abonam esta opinido: “Através das explicagoes de cardter mistico e dos simbolos com os quais os alquimistas se envolvem, podemos entrever as teorias essenciais de sua filosofia. Essas teorias se reducem, em suma, a uma pequena quantidade de idéias claras e plaustveis, algumas das quais oferecem uma analogia alheia aos conceitos de nosso tempo”. Também diz: “Por que ndo podertamos formar o enxofre com o oxigénio ou formar o selénio ¢ 0 telirio com o enxofre, através de procedimentos convenientes de condensacao? Porque 0 teltirio e o selénio nao poderiam transforma-se, de maneira inversa, em enxofre, e este, por sua vez, metamorfosear-se em oxigénio? Com efeito, a priori, nada se opde a isto”. E conclui dizendo: “Repito, nada pode ser afirmado, com certeza, no sentido de que a fabricagdo de corpos simples, a priori, seja impossivel..” Tudo isto é suficiente para mostrar que a Pedra Filosofal nao é algo fatalmente impossivel, segundo © critério de sdbios contemporaneos. O que agora devemos averiguar é se temos provas positivas de que a Pedra Filosofal existe. CAPITULO VI A PEDRA FILOSOFAL: PROVAS DA SUA EXISTENCIA Afirmamos que hé provas irrefutaveis de que a Pedra Filosofal existe, e passaremos a expor os fatos sobre os quais baseamos nossas conviegdes. Dissemos “os fatos”, pois o que se demonstra através de raciocinios mais ou menos sGlidos, pode ser considerado absolutamente sério. No campo da histéria, 0 que se afirma sobre o passado costuma ser facil de ser comprovado hoje e, por isso, verdadeiramente irrefutdvel. Agora, vamos expor os argumentos invocados pelos adversérios da Alquimia, contra a transmutagdo. Estes s40 os fatos que, por si s6s, poderao refutar vitoriosamente cada uma dessas objegdes. 10 Coube ao mais velho dos irmaos Geoffroy encarregar-se, em 1772, de efetuar 0 processo dos alquimistas diante da Academia. Se dermos crédito a0 memorial que ele apresentou, 0s numerosos casos de transmutagdo, sobre os quais os adeptos baseiam sua f6, podem ser explicados facilmente como fraudes. Fildsofos irrepreensiveis, como Paracelso e Raimundo Lulio, deixariam de lado, por um momento, as especulagdes abstratas para escamotear astutamente diante de pessoas crédulas ¢ abobadas. No entanto, analisemos os meios para enganar, dos quais eles disporiam, e procuremos estabelecer condicdes experimentais, que anulem tais argumentos. Segundo Geoffroy, os alquimistas se valem dos seguintes elementos, para enganar os assistentes: 1. Criséis de fundo duplo; 2. Carbonos (ou varinhas ocas), previamente recheadas com ouro em pé; e 3. Reagdes quimicas desconhecidas naquele tempo, e perfeitamente conhecidas hoje em dia. A fim de que se concretize uma dessas condigdes, € necessério que 0 alquimista esteja presente na operago ou que tenha tido contato, de antemo, com os instrumentos empregados. Portanto, a primeira e imprescindivel condig0, para determinar experimentalmente uma transmutagao, € que 0 alquimista esteja ausente. Além disso, ser4 preciso que ndo tenha colocado suas mios em nenhum objeto que sirva para essa transmutacdo. E, para responder ao iiltimo argumento, é indispensdvel que as premissas fundamentais da quimica contemporinea sejam incapazes de explicar normalmente o resultado obtido. Para que nosso trabalho encontre uma prova mais s6lida ainda, é preciso que seja 0 préprio leitor quem possa controlar com facilidade tudo o que sustentamos. Por esse motivo, extrairemos nossos argumentos de uma tinica obra: “A Alquimia e os Alguimistas”, do jf citado Figuier. Antes de prosseguir, recordemos as condigdes mais essenciais: 1 Auséncia do alquimista; 2. Que nao tenka tocado nada do que 0 operador utilize: 3. Que o fato ndo possa ser explicado pela quimica contempordnea. Inclusive podemos adicionar uma outra condigio: 4. Que o operador nao possa ser suspeito de cumplicidade. Abramos o livro de Figuier, edigao de 1854, capftulo III, na pagina 206. Ali nao encontramos um s6 fato, mas trés! que respondem a todas as nossas condicdes e que vamos comentar, um a um. O operador nfo s6 no é alquimista, mas é um sabio respeitado e um inimigo declarado da Alquimia: isto comesponde, com mais forga ainda, & nossa quarta condigao. Falemos, em primeiro lugar, de Helvetius e de sua transmutagdo. Citemos textualmente Figuier: “Johann Frederick Schweitzer (1625 — 1709), conhecido pelo nome latino de Helvetius, era um dos adversarios mais acirrados da Alquimia e tinha alcangado notoriedade por um texto contra 0 “po simpatico” (sympathetic powder) de Sir Kenelm Digby (1603 ~ 1665). Em 27 de dezembro de 1666, recebeu em Haia, a visita de um estranho, vestido como um homem comum do norte da Holanda, que se negou, obstinadamente, a dizer-Ihe seu nome. O estrangeiro disse a Helvetius que, inteirado de sua disputa com Sir Digby, vinha para dar-Ihe provas concretas de que a Pedra Filosofal realmente existia. Numa longa conversa, 0 adepto defendeu os principios herméticos e, para dissipar as diividas de seu adversério, mostrou-lhe a Pedra Filosofal: estava numa caixinha de marfim e era um p6 metélico cuja cor era a mesma do enxofre. Helvetius insistiu para que 0 desconhecido demonstrasse as virtudes de seu “po”, mas 0 alquimista se negou e se foi, nao sem antes prometer que retornaria trés semanas depois. Enquanto conversava com esse homem e examinava a Pedra Filosofal, Helvetius raspou-a para separar, com a unha, algumas particulas. Quando s6, tentou por & prova as supostas virtudes dessas u particulas. Fundiu chumbo num crisol e fez a projecdo. No entanto, tudo se dissipou numa fumarada € 86.0 que restou no crisol, foi um pouco de chumbo e terra vitrificada. Helvetius pensou que aquele homem era um impostor, e teria esquecido o ocorrido se, trés semanas depois, e no dia assinalado, o estrangeiro nfo tivesse reaparecido. Negou-se a fazer ele mesmo a operagao, mas cedendo aos rogos de Helvetius, deu-Ihe um pouco de sua “Pedra”, cuja espessura era de apenas a de um grao de milho. E como Helvetius expressou seus temores de que tio pequena quantidade de substincia careceria de qualquer propriedade, o alquimista, considerando que até mesmo esse presente era muito dispendioso, retirou a metade e Ihe disse que 0 que restava era suficiente para transmutar algo em torno de uma onca e meia de chumbo. Ao mesmo tempo, tratou de informar-lhe sobre as precaugdes que deveria ter para que a Obra tivesse éxito e, sobretudo, recomendou que, no momento da projecdo, recobrisse a Pedra Filosofal com um pouco de cera para protegé-la da fumaga do chumbo. Nesse instante, Helvetius compreendeu por que tinha fracassado em seu intento de transmutagao: no tinha recoberto a Pedra com cera e tinha sido descuidado com uma precaugao que era indispensdvel. O estranho prometeu regressar na segunda-feira seguinte para assistir 4 experiéncia, Na segunda-feira, Helvetius aguardou inutilmente. Assim passou todo o dia, sem que ninguém aparecesse. Ao anoitecer, a esposa de Helvetius, incapaz de conter sua impaciéncia, convenceu-o a tentar a operagio sozinho. Entio, ele o fez, na presenga de sua esposa e de seus filhos. Fundiu uma onga e meia de chumbo, projetou sobre o metal fundido a Pedra recoberta de cera, tampou convenientemente 0 crisol e 0 deixou exposto a ago do fogo durante um quatro de hora. Ao cabo desse tempo, o metal tinha adquirido uma bela cor verde: era ouro fundido que, coado e resfriado, adquiriu uma espléndida cor amarela. “Todos os ourives de Haia estimaram como muito alto o valor desse ouro. Povelius, avaliador das moedas da Holanda, submeteu-o sete vezes a prova do antiménio sem que seu peso diminuisse.” Foi assim que Helvetius narrou esta aventura. Os termos e pormenores precisos de seu relato excluem toda suspeita de impostura de sua parte. Este fato maravilhou-o de tal maneira, que escreveu seu “Vitulus aureus” (aia, 1667, obra reproduzida no “Museum Hermeticum Reformatum” Francfurt, 1678, e “The Hermetic Museum Restored and Enlarged”, Londres, 1893) Assim ele narrou o ocorrido e saiu em defesa da Alquimia. CAPITULO VII A VALIDADE DA PEDRA FILOSOFAL 0 jf exposto satisfaz a todas as condigdes requeridas. No entanto, Figuier, sabedor de quao dificil é compreender, incluiu algumas explicagdes, numa edigao posterior de sua obra (1860). Desejoso de encontrar por toda a parte, a priori, a existéncia de fraude, este foi o principal argumento que Ihe ocorreu: 0 alquimista contratou um ciimplice, 0 qual introduziu nos crisdis de Helvetius um composto de ouro, de facil decomposigao com o calor. E necessério demonstrar a ingenuidade desta objegao? 1. Como haveria de escolher exatamente o crisol que Helvetius usaria? 2. Como pensar que ele fosse to tolo para nao diferenciar um crisol vazio de um cheio, ou seja, uma aleagio de um metal puro? 3. Porque nao ter 0 trabalho de reler o relato dos fatos? Entdo, Figuier teria percebido duas questoes importantes: Em primeiro lugar, a seguinte frase: romou uma onca e meia de chumbo. Isto indica que a pesou, a manipulou e esteve em condigdes de verificar facilmente se era chumbo mesmo; 12 4, Em seguida, este pormenor: tampou convenientemente seu crisol, 0 que impede toda evaporagao posterior; 5. Ainda que suponhamos, inclusive, que Helvetius foi realmente enganado e que, sendo um experimentado sbio, confundiu ouro com chumbo, a prova da transmutagio nio esté menos evidente, pois 0s criticos esquecem sempre o seguinte fato: Se existe uma aleago que oculta em si © ouro, entio, depois da evaporagio € oxidagdo, pesard muito menos que © metal inicialmente empregado. Ao contrério, se de alguma forma agregou-se ouro, o lingote pesaré muito mais que 0 metal inicialmente empregado. A transmutago de Claude Guillmermet de Bérigard (ou Beauregard), de Pisa (1578 ? ~ 1664), que comentaremos mais adiante, prova irrefutavelmente a nulidade de tais argumentagGes. Finalmente, para destruir para sempre o que Figuier afirma, basta assinalar que tanto os ourives de Haia, como 0 avaliador das moedas da Holanda, comprovam a pureza absoluta daquele ouro, 0 que seria impossivel se tivesse havido qualquer aleagdo (Por aleacdo se entende a unio intima e homogénea de dois ou mais elementos, sendo ao menos um deles um metal.) Aqui, cai por seu proprio peso, a explicagiio que a critica dé a este fato: “Na atualidade s6 podemos explicar esses fatos admitindo que o merciirio e o crisol utilizados ocultavam certa quantidade de ouro, dissimulada com uma habilidade maravithosa”. Dissemos que s6 um fato plenamente comprovado bastava para demonstrar a existéncia da Pedra sofal. No entanto, sio trés os fatos sujeitos as mesmas condigdes. Vejamos os outros dois: Isto € 0 que relata Bérigard de Pisa, citado pelo proprio Figuier: “Contarei o que outrora me aconteceu, quando eu tinha muitissimas davidas de que o meretirio pudesse converter-se em ouro. Um homem habil, desejoso de tirar-me essas diividas, deu-me uma porgdo de p6 cuja cor era bastante parecida com a da papoula silvestre, e cujo odor era o do sal marinho calcinado. Para destruir toda suposig&o de fraude, eu mesmo comprei 0 crisol, 0 carvio e 0 merctirio de diferentes comerciantes, a fim de que por nada do mundo pudesse haver ouro em qualquer desses elementos (pois isto € feito freqiientemente pelos que transformam a Alquimia num embuste). Juntei um pouco de pé a dez medidas de meretrio, expus tudo a um fogo bastante forte e, em pouco tempo, toda a massa se transformou em quase dez medidas de ouro. Diversos ourives puseram-no & prova € reconheceram que era ouro purissimo. Se este fato me tivesse ocorrido sem testemunhas, sem a presenga de drbitros estrangeiros, eu teria podido supor a existéncia de alguma fraude. No entanto, posso assegurar com confianga, que 0 fato ocorreu tal como eu 0 conto” Aqui, quem realiza essa operagio € um sfbio, mas que conhece os truques dos fraudadores e, para evité-los, emprega todas as precaugdes imagindveis. Finalmente, citemos também a transmutag30 efetuada por Frangois-Mercurie van Helmont (1618 — 1699), em seu laboratério de Vilvorde, perto de Bruxelas. Van Helmont recebeu de um desconhecido um quarto de gro de Pedra Filosofal. Foi enviado por um adepto que, ao descobrir 0 segredo, desejava convencer de sua realidade o ilustre sAbio, cujos trabalhos honravam sua época. O proprio van Helmont levou a cabo essa experiéncia, sozinho em seu laboratério. Com o quarto de grdo de p6, que recebeu do desconhecido, transformou oito ongas de merctirio em ouro. Hi que convir que esse fato era um argumento quase irrefutavel que se poderia invocar em favor da existéncia da Pedra Filosofal. Era dificil enganar Van Helmont, © quimico mais habil de seu tempo. Ele proprio era incapaz de qualquer impostura e ndo tinha interesse algum em mentir, pois jamais se aproveitou do que observou. Por fim, visto que a experiéncia teve lugar fora da presenga do alquimista, é dificil compreender como poderia realizar-se a fraude. Van Helmont ficou to convencido do fato que passou a ser visto como partidério da Alquimia. Em honra dessa aventura, deu a seu filho recém-nascido, 0 nome de Mercurios. Ao menos este Mercurios Helmont no desmentiu seu batismo alquimico. Fez com que 13 Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 — 1716) compartilhasse seu modo de pensar. Durante toda sua vida buscou a Pedra Filosofal. E verdade que nao a encontrou, mas difundiu fervorosamente seus conhecimentos. Retomemos, agora, esses trés relatos ¢ comprovaremos que satisfazem As condigdes cientificas expostas. Na verdade, 0 merctirio e 0 chumbo continham ouro? Nao creio, levando em conta: 1. Que nem Helvetius, nem van Helmont, nem Bérigard de Pisa acreditavam na Alquimia; 2. Que em nenhum caso 0 alquimista tocou os objetos empregados; 3. Finalmente, na transmutagio de Bérigard de Pisa, se 0 merciirio contivesse ouro e esse ouro tivesse permanecido, depois de volatilizado 0 meretirio, o lingote obtido teria pesado muito menos que o merctirio empregado, o que nao ocorreu. Nao se pode crer que, mesmo depois destes argumentos, ainda persista no mundo, pelo menos um argumento nada verdadeiro, por certo, mas muito perigoso: Todos estes relatos extraidos de livros impressos, ndo sdo a obra dos autores que os assinam, mas de habeis alquimistas impostores. Certamente, estamos frente a uma objegdo terrivel, que parece destruir todo nosso trabalho. No entanto, a verdade ainda ha de aparecer, vitoriosa. Com efeito, existe uma carta que pertence a uma terceira pessoa, tf eminente como as outras. Foi dirigida a Jarrig Jellis, pelo fil6sofo Baruch Spinoza (1632 — 1677). A carta prova, irrefutavelmente, que a experiéncia de Helvetius foi real. Eis aqui a passagem importante: “Depois de conversar com Voss sobre 0 assunto de Helvetius, riu-se de mim, assombrando-se de ver-me ocupado em tais bagatelas. Para assegurar-me da verdade, acudi ao moedeiro Brechtel. Este, que tinha posto a prova 0 ouro, assegurou-me que, durante a fusdo, tinha aumentado ainda mais seu peso, quando Ihe introduziu prata. Era preciso, pois, que esse ouro, que transformou a prata em ouro novo, fosse de um cardter muito particular. Nao somente Brechtel, mas inclusive outras pessoas que tinham assistido @ prova, me asseguraram que as coisas se passaram assim. Em seguida fui ver Helvetius e ele préprio me mostrou o ouro e o crisol que ainda continha um pouco de ouro grudado em suas paredes. Disse-me que tinha introduzido no chumbo fundido, Pedra Filosofal do tamanho de um quarto de grao de trigo. E disse-me que tornard esse fato conhecido no mundo inteiro. Parece que esse adepto jd efetuou a mesma experiéncia em Amsterda e ainda é possivel encontré-lo nessa cidade. Estas so todas as informacdes que pude obter sobre esse assunto”. “Booburg, 27 de margo de 1667, Spinoza” (“Opera posthuma”, pagina 553) Tais so os fatos que criaram em mim esta convicgao: Ha provas irrefutdveis de que a Pedra Filosofal existe, a menos que se negue para sempre 0 testemunho dos textos, da histéria e dos homens. CAPITULO VII A TABUA DE ESMERALDA, DE HERMES TRISMEGISTO, E SUA EXPLICAGAO PASSO A PASSO 14 “E certo, sem mentira e muito verdadeiro. que esta embaixo € como o que esta em cima, € 0 que esté em cima 6 como o que esté embaixo para realizar os milagres da unidade. E como todas as coisas provieram e provém do Uno, assim todas as coisas nascem nesta coisa tinica por adaptagio. O sol € 0 pai, a lua € a mae, o vento levou-o a seu ventre, a terra é sua nutriz, 0 pai de tudo, o Thelema de todo 0 mundo, esté aqui sua forga é total se se converte em terra. Separaris a terra do fogo, o sutil do denso, suavemente, com grande diligéncia. Ascende da terra a0 céu e descende diretamente & terra, e recebe a forga das coisas inferiores e superiores. Por este meio. terds toda a gléria do Mundo e toda obscuridade se afastard de ti. Esta é a forga de toda forca, pois ela vencer4 toda coisa sutil e penetrard toda coisa slida, Assim foi criado o mundo. Disto fard e surgirdo inumeraveis adaptagdes, cujo meio esté aqui. Eis aqui por que me chamam Hermes Trismegisto, possuidor das trés partes da filosofia do mundo. que disse sobre a operagio do Sol se cumpriu e se consumou”” A Tébua de Esmeralda comega com uma trindade. Hermes afirma, assim, desde a primeira palavra, a Lei que rege toda a Natureza. Sabemos que 0 Ternério se reduz numa hierarquia cujo nome é: os trés Mundos. Portanto, estas palavras nos apresentam, para que as estudemos, uma mesma coisa sob trés aspectos diferentes, Esta “coisa” ¢ a verdade e sua triplice manifestagio nos Trés Mundos, ou seja:B cers: a Verdade sensivel, comespondente a0 Mundo Fisico. Este € o aspecto que a Cigneia contempordnea estuda. Sem mentira: O contrério do aspecto anterior. A verdade filos6fica, a certeza correspondente ao Mundo metafisico ou moral. Muito verdadeiro: A unio dos dois aspectos anteriores, isto é, a tese e a antitese para construir a sintese. A verdade compreensivel, correspondente a0 Mundo divino. Pode-se ver que a explicag3o que dei sobre o niimero trés encontra aqui uma brilhante aplicagao. Mas continuemos, ordenemos em trés blocos a frase seguinte: O que esté em cima O que esté embaixo écomo { e } écomo © que esté embaixo © que esté em cima para realizar os milagres da unidade. Desta maneira nos encontraremos novamente, a principio, com dois Ternérios, ou melhor, com um Temério considerado sob dois aspectos, 0 positivo e o negati alto baixo Positivo {andlogo a Negativo (andlogo a Baixo: alto 15 Reencontramos a aplicagio do método da Ciéncia Oculta: a analogia, Hermes diz que © positivo (em cima) € anélogo a0 negativo (embaixo), ¢ afirma muito bem que ambos sto semelhantes. Finalmente, vemos a constituigao do quatro, pela reducao do trés & unidade °. Para realizar os milagres da unidade. Ou a constituigdo do sete, pela redugio do seis (os dois Ternérios) & unidade. Posto que 0 quatro € 0 sete expressam a mesma coisa!®, qualquer das duas aplicagdes pode-se efetuar, com certeza. Vejamos a explicago da segunda fase da explicago da primeira fase, e entdo teremos: Que uma Verdade deve ser considerada, antes de tudo, em seu triplo aspecto: o fisico, o metafisico eo espiritual. Entdo, a este conhecimento pode-se aplicar 0 método analdgico, 0 qual permitiré aprender as Leis. Finalmente, hd que reduzir a unidade a enorme quantidade de Leis pelo descobrimento do Principio ou da Causa Primeira. Em seguida, Hermes aborda o estudo das relagdes da multiplicidade com a unidade, ou da Criagao com 0 Criador dizendo: “E como todas as coisas provieram e provém do Um, assim todas as coisas nascem nessa unidade por adaptagao”. Aqui esté compendiado, em poucas palavras, 0 sagrado ensinamento sobre a criagdo do Mundo. A criagdo pela adaptaco ou pelo quatemério, desenvolvida no Sepher Yetzirah " e nos dez. primeitos capitulos do Berasit '? de Moisés. A unidade, de que tudo deriva, € a Forga universal cuja geragdio € descrita por Hermes: 0 Sol (positivoy & seu Pai, A Lua (negativo) sua Mie, Vento (receptor) a levou em seu ventre, A Terra (materializagio e desenvolvimento) & sua nuttiz, Esta “coisa” que ele chama Thelema (ou Thelesma: Vontade) € de tal importéncia que, mesmo correndo 0 risco de estender muito esta explicagao, transcreverei o que pensam muitos autores sobre esse tema, centrado na Luz Astral. “Existe um agente misto ~ natural e divino, corporal e espiritual - um décil mediador universal, um receptéculo comum das vibragdes do movimento e das imagens da forma, um fluido e uma forga a que se poderia chamar, talvez, de “a imaginagdo da Natureza” “Através dessa forga, todos os sistemas nervosos se comunicam secretamente entre si. Dela nascem a simpatia ¢ a antipatia, dela provém os sonhos e por ela se produzem os fenémenos da ‘segunda vista” ¢ a visdo sobrenatural. Este agente universal das obras da Natureza, ¢ 0 od dos hebreus e de Karl Louis Reichenbach (1788 - 1869), e € a Luz Astral dos martinistas”, “A existéncia e o possivel uso desta forga so 0 Grande Arcano da magia pritica”. * Conforme “Traté Méthodique de Science Occulte”, final do capitulo I, do autor © Fdem ao anterior 16 autor traduziu este livro importante, publicou-o no n° 7 da Létus (outubro de 1887) ¢ 0 reproduziu em sua obra “Traité Méthodique de Science Ovculte” paginas 572 e seguintes, 12 La langue hebraique restituée”, de Fabre d Olivet 16 “A Luz Astral imanta e aquece; ilumina e magnetiza; atrai e afasta; vivifica e destréi; coagula e separa; rompe e retine todas as coisas sob o impulso de vontades potentes.” (“Histéria da Magia”, de Eliphas Levi). “Qs quatro fluidos imponderaveis sio apenas as diversas manifestagdes de um mesmo agente universal que é a luz” (“A Chave dos Grandes Mistérios”; de Eliphas Levi, pagina 207, edigao de 1867). “Falamos de uma substancia que se expande no infinito, a substincia unica que é céu e terra, ou seja, que segundo seus graus de polarizaco, & sutil ou fixa. Hermes Trismegisto a denomina 0 grande Thelesma, E é chamada de “luz” porque reproduz resplendor. Ao mesmo tempo, é substancia e movimento, fluido e vibragao perpétua” (idem ao anterior, pagina 117). “O grande agente magico se revela através de quatro classes de fenémenos, e as ciéncias profanas 0 submeteram a provas sob diferentes denominagGes, a saber: calor, luz, eletricidade e magnetismo. O grande agente magico é a quarta emanagao do principio vital, do qual 0 sol é a terceira forma” (idem ao anterior, pégina 152). “Este agente solar esté vivo pelas duas forgas contrérias: uma forga de atragdo e uma forga de projecao, o que faz Hermes afirmar que este agente sempre ascende e volta a descender” (idem a0 anterior, pagina 153). “Beth — He - Shin”. Esta palavra, empregada por Moisés, quando é lida cabalisticamente, nos descreve e define este agente mégico universal, representado em todas as teogonias pela serpente, ¢ que os hebreus também denominaram OD = Mais, OB = Menos; Aour = Infinito. “Aleph ~ lod ~ Vay”. A Luz universal, quando imanta os mundos, chama-se Luz Astral; quando forma os metais, € denominada azoth ou merciirio dos sdbios; e quando da vida aos animais deve-se chamé-la de magnetismo animal” (Eliphas Levi) “0 Movimento é 0 alento de Deus em agao entre as coisas criadas. Este principio onipotente, uno & uniforme em sua natureza e, talvez em sua origem, & nada menos que a causa e 0 promotor da variedade infinita de fendmenos que compe as indiziveis categorias dos mundos. Como Deus, vitaliza ou decompoe, organiza e desorganiza, de acordo com as leis secundérias que so a causa de todas as combinagdes e permutagdes que podemos observar ao nosso redor” (“Nova Medicina: Nouvelle Médecine”, Louis Lucas). “O Movimento é 0 estado NAO DEFINIDO da forga geral que anima a Natureza. O Movimento é uma forga elemental, a tnica que entendo e considero que se deve utilizar para explicar todos os fendmenos da Natureza, pois ele é suscetivel de mais e de menos, isto é de condensacio e dilatacao, eletricidade, calor e luz. Também, é suscetivel de uma COMBINACAO de condensacoes. Finalmente, nele também se encontra a ORGANIZAGAO de suas combinagdes. O Movimento que se supde ATIVO nos dé, material e intelectualmente, a chave de todos os fendmenos” (idem a0 anterior). “O Movimento, que se supde niio definido, é suscetivel de condensar-se, organizar-se, concentrar- se OU tonificar-se. Produz uma forga de poder relativo quando se condensa. E capaz de conduzir ou dirigir drgdos especiais, ou conjuntos de drgdos, quando se organiza. Por dltimo, quando se concentra ou tonifica, €lhe possivel refletir-se sobre todo o organismo e dirigi-lo em sua totalidade” (idem ao anterior), 17 “Na alma do Ambito fluido do mundo, que penetra todas as coisas, ha uma corrente de amor ou atragdo, e uma corrente de ira ou rejeigdo. Este éter eletromagnético, que a todos nos imanta, este corpo aceso pelo Espirito Santo, que renova sem cessar a face da Terra, fixa-se pelo peso de nossa atmosfera e pela forga de atragio do mundo. A forga de tragio se fixa no centro do corpo, e a forga de projecdo, em seu contomo. Esta dupla forca age por espirais de movimentos contrérios que jamais se encontram, Trata-se do mesmo movimento que 0 do Sol, que atraf e repele sem cessar os astros de seu sistema. Toda manifestagdo da vida, tanto na ordem moral como na ordem fisica, é produzida pela tensio extrema destas duas forgas” (“El hombre rojo de las Tullerias: L’homme rouge des Tuileries”, de Paul Christian (J, B, Pitois), 1863) Confio que o leitor évido de aprender encontre nestas notas maiores esclarecimentos sobre o tema do que possam brindar-Ihe as melhores dissertagdes do mundo. No esteio de sua declaragao sobre esta forca universal, Hermes aborda o Ocultismo pritico, a regeneragdo do Homem por si mesmo, ¢ a regeneragio da matéria pelo Homem regenerado. Muito freqlientemente, os alquimistas aplicam em suas obras 0s principios do Esoterismo, aos quais j4 nos referimos. Para concluir esta explicag20, e como exercicio para os leitores que sintam curiosidade por esta questo, apresentamos a tradugdo da Tabua de Esmeralda segundo os procedimentos da geometria qualitativa. Imaginemos um tridngulo eqiiildtero que tem um ponto em seu centro: a verdade nos trés mundos. Cada lado do tridngulo representa: Verdade Moral (lado esquerdo); Verdade Intelectual (lado direito) e Verdade Fisica (base). O que esta em cima (representado por um tridngulo eqitilétero com seu dpice para cima) é como 0 que esté embaixo (representado por um tridngulo eqiildtero com seu dpice para baixo). Para cumprir os milagres da unidade. E como todas as coisas provieram e provém do uno (representado por um circulo com um ponto em ‘seu centro) assim todas as coisas nascem nesta coisa tinica por adaptagdo (que € representada por uma cruz dentro de um circulo). CAPITULO IX PRIMEIRA OPERAGAO: MERCORIO DOS FILOSOFOS Um alquimista do século XIX, conhecido somente pelo pseudénimo de Cyliani, passou mais de quarenta anos estudando a Pedra Filosofal. Segundo ele, conseguiu seu objetivo em 1837, depois de espantosas dificuldades. Por seu valor monumental damos a seguir, a forma de preparagio completa, escrita por Cyliani em seu livro intitulado “Hermes revelado” (Hermés dévolé), Esta obra é absolutamente inacessivel. O estudo que publicamos é precedido pela narrago de um sonho durante 0 qual um “espirito planetario” revela a0 nosso alquimista 0 segredo que ele tanto buscava. Depois deste relato, comeca o tratado que quase constitui, por si s6, a obra de Cyliani, “Tomei a matéria que contém as duas naturezas metilicas e comecei a embebé-Ia, pouco a pouco, com 0 espirito astral, a fim de despertar os dois fogos interiores que estavam como que apagados, secando ligeiramente ¢ triturando tudo com movimentos circulares com 0 calor do sol. Depois, repeti tudo e umedeci cada vez mais, secando e triturando até que a matéria tomou o aspecto de uma massa ligeiramente espessa. Entio, verti sobre ela uma nova quantidade de espirito astral, de modo que a cobrisse, ¢ deixei tudo assim durante cinco dias, ao cabo dos quais decantei 0 Kiquido ou a dissolugdo, que conservei num lugar frio. Depois, sequei diretamente no calor solar a matéria restante no vaso de vidro, de uns trés dedos de altura. Embebi, triturei, sequei e dissolvi, como j4 tinha feito antes, e repeti isso até ter dissolvido tudo o que era suscetivel de sé-lo, tendo 0 cuidado de verter cada dissolug3o no mesmo vaso, bem tampado. Coloquei-o, durante dez dias, no lugar mais frio que pude encontrar. 18 Uma vez. transcorridos os dez dias, pus toda a solugio para fermentar num reci quarenta dias, ao cabo dos quais se precipitou uma matéria negra pelo efeito do calor interno da fermentagio. Entio, destilei-a sem fogo, o melhor que me foi possivel, e coloquei-a num vaso de vidro branco, com tampio esmerilhado, num lugar timido e frio. Tomei a matéria negra e fiz com que secasse com 0 calor do sol, como ja disse, repetindo as embebigdes (ago ou efeito de embeber. Penetragdo dum liquido em um sélido poroso) com o espirito astral, que interrompi to logo notei que a matéria comegava a secar. Deixei que secasse sozinha. Fiz isto tantas vezes quantas foram necessérias para que a matéria tomasse a aparéncia de um peixe negro e brilhante. Entdo, a putrefagdo foi total e interrompi o fogo exterior para nfo danificar a matéria com a combustdo da alma branda da terra negra. Por esse meio, a matéria se transformou em algo parecido com esterco de cavalo. De acordo com 0 que dizem os fil6sofos, hd que deixar que aja 0 calor interior da propria matéria, A esta altura, é preciso recomegar com o fogo exterior, para coagular a matéria e seu espirito. Depois de deixar que seque sozinha, deve-se embebé-la, pouco a pouco cada vez mais, com seu liquido destilado que est reservado, o qual contém seu préprio fogo. Tritura-se e a coloca para secar com suave calor solar até que tenha “bebido” toda sua égua Por esse meio, a égua se transforma inteiramente em terra, e esta tiltima, por sua dissecagio, se transforma num pé branco ao qual também se chama “ar”, que cai como uma cinza que contém 0 sal e 0 merciirio dos filésofos. Nesta primeira operago, observa-se que a dissoluco ou a gua se transforma em terra, e esta, por sutilizaglo ou sublimagio, se transforma em ar puro. Aqui interrompe-se o primeiro trabalho. Toma-se esta cinza, que se faz dissolver, pouco a pouco, com a ajuda do novo espirito astral, deixando, depois da dissolugdo e decantagdo, uma terra negra que contém o enxofie fixado. No entanto, se repetimos a operagio sobre esta tiltima dissolugZo, tal como acabamos de descrever, obtém-se uma terra mais branca que da primeira vez, que € a primeira “dgua e de repete assim de sete a nove vezes. Desse modo se obtém 0 ménstruo universal, merciirio dos filésofos ou azoth com cuja ajuda se extrai a forga ativa e particular de cada corpo. E conveniente observar, antes de passar da primeira “agua, assim como as seguintes, que & necessario repetir a operagao precedente sobre a cinza que testa, se 0 sal, pelo fogo central da matéria, no se eleva suficientemente pela sublimagio filosGfica, a fim de que, depois da operagio, s6 reste uma terra negra, despojada de seu merctirio, Preste-se aqui muita atengdo: depois que a matéria inche, durante a fermentagio que segue dissolugdo, forma-se, na parte superior da matéria, uma espécie de pele nova, sob a qual encontra-se uma infinidade de bolhinhas, que contém o espfrito. Entdo se deve manejar 0 fogo com prudéncia, posto que 0 espirito adota uma forma oleosa e adquire certo grau de secura. Quando se transforma em terra, pouco a pouco, a quantidade de Agua necesséria para que se dissolva, hi que ter 0 cuidado de nao comecar a embebé-la antes que a terra se tenha secado convenientemente. Tio logo se dissolve a matéria, ela incha, entra em fermentagao e produz um ligeiro rufdo que emana em forma de bolhas. A fim de realizar bem a operagdo que acabo de descrever, é necessirio observar 0 peso, 0 fogo do atanor € © tamanho do vaso. O peso deve consistir na quantidade de espirito astral necessério para dissolver a matéria. O fogo exterior do atanor nao deve ser demasiado e ha que dirigi-lo de maneira que nao faga evaporar as bolhas que contém o espirito, sem que nem a “nata” nem o enxofre ardam somando-se a0 fogo exterior. Tudo isto de modo que o fogo se impulsione bastante longe da matéria seca depois da sua fermentaco ou putrefacHo, a fim de nao ver o vermelho antes do negro. 19 Por titimo, 0 tamanho do vaso deve ser calculado segundo a quantidade da matéria, de modo que s6 contenha uma quarta parte de sua capacidade. Entenda-se bem isto: tampouco deve-se esquecer que a misteriosa solugao da matéria ou as bodas mAgicas de Vénus com Marte se realizam no templo do qual jé de falou, numa bela noite, com 0 céu sem nuvens e em calma, o Sol no signo de Gémeos, e a Lua em seu primeiro quarto total, com a ajuda do amante que atrai o espirito astral do céu, o qual se retifica sete vezes até que possa calcinar 0 ouro. Uma vez que a operacao culminou, se possui o azoth, © merciirio branco, 0 sal e 0 fogo secreto dos filésofos. Alguns sébios fazem dissolver diretamente na menor quantidade de espirito astral necessério para tomar uma dissolugo espessa. Depois de dilufdo, eles o deixam num lugar frio para obter trés partes de sal. O primeiro sal tem 0 aspecto do silicio, e 0 segundo, do salitre com pequenissimas agulhas. O terceiro, € um sal fixo e alcalino. Os filésofos os empregam separadamente, e ha outros que os juntam, como indica A. de Villeneuve em seu “Pequeno Rosdrio” (Petit Rosaire), de 1306, sob 0 titulo de “Dois Chumbos”, ¢ os dissolvem em quatro vezes seu peso de espirito astral a fim de realizar todas as operagdes. O primeiro sal € 0 verdadeiro merctirio dos fildésofos, & a chave que abre todos os metais, com cuja ajuda se extraem suas tinturas. Dissolve radicalmente tudo, fixa e amadurece tudo de maneira uniforme e, por ser de natureza fria e coagulante, fixa tudo. Em sintese, € uma esséncia universal muito ativa, € 0 vaso em que se efetuam todas as operagdes filosGficas. Portanto, observa-se que 0 merctirio dos sdbios & um sal que eles denominam dgua seca, que no motha as mios. No entanto, para sua utilizagao ha que dissolvé-lo num espfrito astral, como j4 0 dissemos. Empregam-se dez. partes de merctirio por uma de ouro. O segundo sal se usa para separar 0 puro do impuro, eo terceiro, para aumentar nosso merciirio de maneira continua.” CAPITULO X SEGUNDA OPERAGAQ: CONFECGAO DO ENXOFRE A tintura que se extrai do ouro comum é obtida pela preparagaio de seu enxofre. Isto é resultado de sua calcinagfo filos6fica, que o faz perder sua natureza metilica e o transforma em terra pura. Tal calcinagio ndo pode ter lugar com o fogo comum, mas somente com o fogo secreto que existe no merciirio dos sdbios, devido a sua dupla propriedade. A virtude deste fogo celeste, secundado pela trituragdo, penetra no centro do ouro comum, se libera e anima o duplo fogo central do ouro: 0 mercurial e o sulfuroso. O primeiro fogo celeste, depois de ter extraido a tintura do ouro, a fixa pela sua qualidade fria e coagulante, e se toma perfeita, podendo multiplicar-se tanto em qualidade como em quantidade. Uma vez que esta terra alcangou fixidez, adquire a cor da flor do pessegueiro, que dé a tintura ou 0 fogo que entio € 0 ouro vital e vegetativo dos sdbios. Isto tem lugar pela regeneraco do ouro com nosso merciirio. H que comear, pois, a dissolver 0 ouro comum em sua matéria espermética com nossa Agua de merctirio ou nosso azoth. Para chegar a isto, ha que reduzir © ouro numa cal ou éxido de um vermelho escuro muito puro, e depois de té-Io lavado vérias vezes com agua de chuva bem destilada com pouco fogo, deixa-se secar ligeiramente com 0 calor do sol. E quando o calcinard com nosso fogo secreto. Nesta ocasido os fil6sofos dizem: os quimicos queimam com 0 fogo, e nds com a Agua. Depois de ter embebido e triturado ligeiramente 0 éxido de ouro calcinado, que esta timido; depois de t8-lo feito absorver seu peso de sal ou de terra seca sem que molhe as mios e depois de que tudo se tenha incorporado devidamente, deve-se embebé-lo diretamente e aumentardo, de modo sucessivo, as embebigdes até que tudo parega uma massa pouco espessa. Entdo, se por por cima certa quantidade de Agua de merctirio, proporcional & matéria, de maneira que esta fique submersa. Deixa-se tudo no calor suave do banho Maria dos sdbios durante cinco horas, a0 cabo das quais se decantard a solugdo num vaso que sera devidamente tampado e ser 20 deixado num lugar timido e frio. Toma-se a matéria que nao se dissolveu e deixa-se secar com um calor parecido com o do sol. Quando esteja suficientemente seca, recomecario as freqllentes embebigdes e trituragdes, como jé explicamos, a fim de obter uma nova dissolugdo. Esta se juntaré com a primeira e se repetiré 0 procedimento até ter dissolvido 0 que possa sé-Io, sem que fique mais, do que terra morta, sem valor algum. Uma vez. concluda a dissolugdo, coloca-se num vaso de vidro bem tampado, do qual jé falamos. Sua cor é parecida com a do lépis-laziili. Deixa-se este vaso no lugar mais frio possivel, durante dez dias. Depois coloca-se essa matéria para fermentar, como ja explicamos na primeira operagio e, pelo correspondent fogo interno desta fermentago, se precipitard uma matéria negra. Esta matéria sera destilada habilmente e sem fogo, pondo-se 0 liquido separado pela destilagdo (0 qual flutuaré na terra negra) num vaso bem tampado e num lugar frio. Toma-se a terra negra separada pela destilagdo de seu liquido, deixa-se secar sozinha e, depois, embebe-se diretamente com 0 fogo exterior, ou seja, com 0 merciirio filos6fico, porque a arvore filosGfica precisa, de tempos em tempos, ser queimada pelo sol e, logo, ser refrescada pela dgua Deve-se alternar, pois, 0 seco ¢ 0 timido, a fim de apressar a putrefagio, e quando se perceba que a terra comega a secar, suspendem-se as embebigdes. Depois, deixa-se secar sozinha, até que alcance secura apropriada. Repete-se esse procedimento até que a terra pareca um peixe negro: ento, a putrefagdo esté perfeita. Devemos lembrar 0 que foi dita na primeira operagio, a fim de nao deixar que 0 espirito se volatilize ou as “flores” se queimem, suspendendo de propésito 0 fogo exterior no ‘momento em que a putrefagdo é total. A cor negra que se obtém ao cabo de quarenta ou cingiienta dias (sempre que se administrou devidamente o fogo exterior), é uma prova de que 0 ouro comum se transformou em terra negra, a que os fildsofos chamam de esterco de cavalo. No momento em que a matéria tem cor branca € concluiu a coagulagio, deve-se fixé-la, secando-a ainda mais com a ajuda do fogo exterior. Para isso, segue-se 0 mesmo procedimento que foi usado na coagulagao anterior, até que a cor braca se transforme na cor vermelha que 0s fil6sofos chamam 0 elemento do fogo. A matéria alcanga sozinha um grau de fixidez tao grande que o fogo exterior ou comum jé nao a afeta e jé nao pode prejudicé-la mais. Nao somente hé que fixar a matéria como acabamos de fazer, mas também hé que pettificé-la, induzindo-a ao aspecto de uma pedra triturada, valendo-se para isso do fogo ardente, isto é, do primeiro fogo que se usou, e seguindo os mesmos meios antes descritos, a fim de transformar a parte impura da matéria em terra “fixa” e despojar também a matéria de sua umidade salina, Ento se comega a separar o puro do impuro da matéria. Este é o iiltimo grau da regeneragio, que se consuma com a solugdo. Para chegar a isto, depois de ter triturado devidamente a matéria e de té-la posto, como ja explicamos, num vaso de sublimagao (de trés a quatro dedos de altura, de vidro branco de boa qualidade e de uma espessura que seja 0 dobro do normal), verte-se sobre ela a égua mercurial, que € nosso azoth, dissolvido na quantidade de espirito astral necesséria e que j4 indicamos, graduando seu fogo de maneira que a mantenha num calor temperado, enquanto no final, se junta uma quantidade deste merctirio filos6fico com a finalidade de fundir a matéria. Desse modo, toda a parte espiritual da matéria se introduz na agua, e a parte terrosa vai ao fundo. Decanta- se seu extrato, coloca-o em gelo, a fim de que a quintesséncia oleosa se junte e suba a superficie da Agua e ali flutue como 6leo, despejando-se 0 resto na terra como coisa indtil, Esta terra aprisionava a virtude medicinal do ouro, portanto, carece de valor. Observe-se bem que nao hi que prolongar muito a petrificagdo da matéria para nfo transformar 0 ouro calcinado numa espécie de cristal. H4 que regular com habilidade 0 fogo exterior para que seque pouco a pouco a umidade salina do ouro calcinado, transformando-o numa terra branda que cai como cinza, como resultado de sua petrificagdo ou dissecaco mais ampla, O dleo que se obtém 2 pela separagiio € a tintura, o enxofre, 0 fogo radical do ouro ou a verdadeira coloragao. E também 0 remédio universal, verdadeira cura para todos os males que afligem a humanidade. Num dos equinécios, toma-se a quantidade necesséria deste Gleo para tingir ligeiramente uma colher de sopa de vinho branco ou rosé destilado, porque uma grande quantidade deste remédio destruiria o radical \imido do homem e the tiraria a vida. Este dleo assumir todas as formas possiveis e tornar-se p6, sal, pedra, espirito, etc., pela sua dissecagao, com a ajuda de seu proprio fogo secreto. Este dleo & também o sangue do leio vermelho: os antigos 0 representavam com a imagem de um dragao alado que descansava sobre a terra, Finalmente, este 6leo inalterdvel € 0 merctirio aurifico. Uma vez feito, pode-se dividi-lo em duas partes. Conserva-se uma parte, em estado de 6leo, numa redoma de vidro branco bem fechada com tampa esmerilhada, e conserva-se em lugar seco, a fim de usi-lo para fazer as embebigdes nos reinos de Marte e do Sol, como explicarei no final da terceira operagdo. A outra porgdo deixa-se secar até que se reduza a p6, seguindo os mesmos passos j4 indicados para dissecar a matéria e coagulé-la. Entio, divide-se esse pé em duas partes iguais. Dissolve-se uma parte em quatro vezes seu peso de merctirio filosdfico, para embeber a outra metade com o pé reservado”” CAPITULO XI TERCEIRA OPERAGAO: CONJUNGAO DO ENXOFRE COM 0 MERCURIO DOS FILOSOFOS “E por esta etapa que quase todos os filésofos iniciam suas operagdes, o que induziu muitas pessoas a erros. E também nesta operagio onde se junta o enxofre dos fil6sofos com 0 merctirio dos filésofos. Quase todos os sibios chamaram de “fermentagdo” esta ultima operagdo, posto que o enxofre se dissolve de novo nela, fermenta, entra em putrefagao e termina sua nova regeneragdo na qual tem dez. vezes sua forga. Esta operagio difere das duas anteriores, 0 que faz com que os fil6sofos a integrem com sete graus, a cada um dos quais assinalam um planeta. Para efetuar esta operago, deve-se tomar a metade do p6 que esté reservado, do qual jé falamos, e embebé-lo pouco a pouco, pois que embebendo-o numa quantidade muito grande, se dissolveria diretamente 0 enxofre no azeite, que se sublima quando submerso na agua, e isto impediria que 0 enxofre e 0 merctirio se juntem. Esta é uma grave deficiéncia que impede que muitos fil6sofos tenham éxito. Por isso, hé que embeber a matéria, gota a gota, em aspersdo, a fim de conseguir que se unam a Lua com o Sol dos Anjos e, juntos, formem uma massa espessa. O fogo extemo que serve para efetuar estas embebigdes, € aquele do qual j4 falamos no momento em que fizemos dissolver em p6 o quarto de azeite aurifico na quantidade de merciirio filosdfico necessério para isso. Este fogo exterior se regula de acordo com a quantidade de matéria. Neste ponto, deve-ser ter 0 cuidado de manter a matéria untada pelas embebigdes, repetidas pelo tempo que seja necessdrio para fazer com que a matéria inche e entre em fermentagdo. Sua dissolugdo termina no momento em que a matéria adquire uma cor azulada. Esta dissolugd0 chama- se rebis ou merctirio duplo e 0 grau do merctirio. Esta dissolugao é seguida imediatamente pela fermentago. Entio se interrompem as embebigdes e o fogo exterior, e deixa-se que o fogo interior da matéria aja totalmente por si mesmo, até que a matéria caia no fundo do vaso e ali se torne negra como carvao. Entdo, comega o primeiro grau, chamado de Saturno, que se destila sem fogo e cujo Iiquido submerge a matéria negra, enquanto continua 0 processo ja descrito para as duas operagdes precedentes. Deixa-se que a matéria negra seque sozinha. No momento em que alcance um estado apropriado de secura, é embebida diretamente com o fogo exterior, interrompendo as embebigdes quando se vé que a matéria comeca a secar. Deixa-se que adquira por si s6 certo grau de secura e se prossegue, repetindo até que alcance sua putrefago total, entdo se interrompe o fogo exterior para 2 no danificar a matéria. Como resultado da ago do préprio fogo da matéria, esta se transforma de negra em cinza, sem que seja necessério aplicar-Ihe fogo exterior. Entdo se aleangou o grau de Jupiter. Neste grau se véem aparecer as cores do arco-fris, que s40 substituidas por uma espécie de pele de cor negra escura, adquirida pela secura. Ela se racha e se torna cinza rodeada, na parede do vvaso, por um circulo branco. Quando a matéria chegou a este ponto, poderia ser utilizada como remédio. Neste caso, haveria de deixar secar a matéria e fazer com que se convertesse num p6 branco, empregando os mesmos procedimentos ja descritos para obter esta cor; a qual o tomara vermelho com a ajuda do fogo secreto. Este remédio teria entio dez.vezes a virtude do primeiro, do qual ja falamos. No entanto, se desejar utilizé-ta para a transmutagio de metais, depois de té-la dissecado bem, nfo se espera que fique branca, mas faz-se que fique assim amalgamando-a, em partes iguais, com merctirio comercial comum, cuidadosamente purificado pela destilago, bem sublimado e revificado. Trata-se do “leite” ou da “gordura” da terra, Com efeito, no primeiro momento em que o merciirio se amalgama com a matéria, tudo se dissolve sob 0 aspecto de um liquido branco parecido com o leite, que a matéria condena num sal fixo, pela ago de seu préprio fogo. Entdo se recomecam as lavagens mercurianas, © que a torna cristalina, com a ajuda de sete lavagens diferentes: em cada uma delas agrega-se a0 merciirio revificado, de forma igual, como jé foi dito. Depois, por meia, terceira e quarta, quinta e sexta e sétima parte do peso da matéria fixa, a fim de que o peso da matéria seja sempre maior que 0 do merctirio revificado que se emprega. Mas, desde a primeira lavagem, ndo se deve interromper o fogo nem o do dia nem o da noite, ou seja, as embebigdes que contém o fogo da matéria, a fim de que nao esfrie 0 composto que € 0 latao dos fildsofos, que deve branquear pelas freqtientes embebigdes até que nossa matéria fixe 0 merctirio, com a ajuda de seu proprio fogo. Isto consuma o grau de Jupiter. Continuando deste modo, 0 lato se torna amarelado; depois azulado, e aparece sobre ele uma belissima brancura: entdo comeca o grau da Lua. Esta bela brancura tem 0 aspecto do diamante triturado e se torna um pé muito fino e sutil. Obtido © branco fixo, coloca-se sobre uma limina vermelha de cobre. Se fundir sem fazer fumaga, entdo a tintura se fixou suficientemente. Caso contririo, aplica-se fogo, prosseguindo assim até que tenha alcangado 0 grau de fixidez conveniente, e ali se interrompe 0 fogo, se quiser fazer somente a tintura branca, uma parte da qual transmuta cem partes de merctirio comum em prata melhor que a das minas. No entanto, se 0 que se deseja é preparar a tintura vermelha, ento se deve continuar com 0 fogo sobre a matéria. Se quiser que fique vermelha, nao se deve deix4-la esfriar. Segue-se aplicando fogo exterior, a matéria toma- se muito fina e tao sutil como é dificil imaginar. Por esta razio, deve-se dirigir bem seu fogo a fim de que a matéria nio se volatilize com a forga do fogo (o qual deve penetré-la por completo), mas que fique no fundo do vaso, convertendo-se num pé vermelho. Este € o grau de Venus. Continuando com sabedoria com o fogo exterior, a matéria adquire a cor amarelo limfo: este é 0 grau de Marte. Esta cor aumenta sua intensidade e se torna cor de cobre. Quando chega a este ponto, nao pode aumentar sua intensidade por si s6. Se continuarmos as embebigdes com o Sleo aurifico, entio a matéria se torna cada vez mais vermelha, depois, ptirpura e, por fim, de cor vermelho escuro, que forma a salamandra dos sdbios, a qual 0 fogo jamais pode atacar. Finalmente, introduz-se 0 préprio Gleo aurifico na matéria embebe-se gota por gota até que 0 leo do Sol se coagule na matéria e esta itima, posta sobre uma lamina quente, se funda sem fazer fumaga. Por esse meio obteve-se tintura vermelha e 0 outro fixo e coagulante, uma parte do qual transmuta cem partes de merctirio em ouro melhor do que o da Natureza” caPiTULO XU AS MULTIPLICAGOES “As duas tinturas das quais acabo de falar - a branca e a vermelha — so suscetiveis de multiplicar-se em qualidade e quantidade, enquanto ndo tenham sido submetidas & agZo do fogo corrente, o qual as, faz perder sua umidade radical, coagulando-as como terra cujo aspecto é o de uma pedra. Para que estas duas tinturas — a branca e a vermelha — se multipliquem temos que repetir por completo a terceira operagio. Ambos 0s pés ~ 0 branco e 0 vermelho — devem ser dissolvidos no merctirio. filosGfico, até que se fermentem e entrem em putrefagdo e, desta maneira, possam regenerar-se. Para chegar isto, deve-se repetir, pouco a pouco, as embebigdes, orientar 0 fogo e regulé-lo, de maneira sucessiva, como j4 descrevemos. Nesta segunda multiplicagdo, uma parte se projeta sobre mil partes de merctirio a transmuta em prata ou em ouro, segundo seja a cor do pé em metal perfeito. A multiplicagao em qualidade se realiza repetindo a sublimagio filos6fica. Esta acontece separando © puro do impuro com a ajuda do merctirio filoséfico. Repetem-se pontualmente as manipulagdes da terceira operagdo, depois de ter feito a dissecagdo com a ajuda do fogo da matéria e de ter reduzido a p6 todo o dleo branco se trabalhar 0 branco, e s6 uma parte do dleo vermelho se trabalhar o vermelho, a fim de conservar a outra parte para utilizé-la no grau de Marte e do Sol, assim que para inserir, como jé indiquei, se trabalhar o vermelho. A multiplicagdo em quantidade se realiza acrescentando merctirio comum revificado, como ja foi explicado. Se deseja realizar, a0 mesmo tempo, a multiplicagdo em qualidade, deve-se comegar, como regra geral, por sublimar a matéria separando 0 puro do impuro, dissecando-o em sua totalidade, se trabalhar o branco, ou pela metade, se trabalhar o vermelho, com a ajuda do préprio fogo, o qual se regularé da mesma maneira que o fiz na primeira operagfo, a fim de reduzi-los a pé. Cada pé sera dividido em duas partes iguais. Se dissolverd uma parte em quatro vezes seu peso de merctirio filos6fico, o qual servird para embeber a outra porgdo que est separada, repetindo por completo a terceira operagao. Se desejar, & possivel repetir estas manipulagdes até dez vezes: a matéria adquiriré, cada vez mais, uma forga que multiplicaré por dez, e serd tio sutil que a iltima vez atravessaré 0 vaso, volatilizando-se em sua totalidade. Normalmente interrompe-se na nona multiplicagio, ou do contrério se tora tao volétil que, com 0 minimo calor, fura 0 vaso e se evapora, o que faz com que, habitualmente, se interrompa a transmutagao de uma parte sobre mil ou dez mil no maximo, a fim de no se perder um tesouro tdo precioso”. Nao descreverei aqui operagdes curiosfssimas que eu realizei para meu grande assombro, nos reinos vegetal e animal, e tampouco ao modo de fazer com que 0 vidro se torne maledvel e que as pérolas €.as pedras preciosas tornem-se mais belas que as naturais, seguindo-se 0 procedimento iniciado por Denis Zachaire, pela utilizagio de vinagre, matéria coagulada branca e gros de pérolas ou rubis muito finamente triturados, moendo-os o coagulando-os com 0 fogo da matéria. Isto é porque ndo quero ser perjuro nem dar mostras querer transpor os limites do espfrito humano. caPiTULO Xi 0 VERDADEIRO ALQUIMISTA Jé falamos muito sobre a Pedra Filosofal. Falemos agora algumas palavras sobre seu feliz possuidor: 0 Alquimista. No geral, supde-se que este homem vive buscando perpetuamente 0 impossivel, entre fornos ardentes, crocodilos dissecados, corujas sinistras e gatos enfeitigados. No

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