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Curso de Direito
NOME DO ALUNO
CIDADE
2005
NOME DO ALUNO
CIDADE
2005
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO
2 – OBJETIVOS .................................................................................................................10
2.1 – Geral......................................................................................................10
2.2 – Específicos.............................................................................................10
3 – JUSTIFICATIVA..........................................................................................................11
4. EMBASAMENTO TEÓRICO
5. METODOLOGIA
5.2 – As Fontes........................................................................................................21
6. CRONOGRAMA............................................................................................................23
7. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................24
1. INTRODUÇÃO
É fato que desde o início das relações humanas, nas eras mais remotas, o
comum. Dessa forma, cada indivíduo passou a ceder parte de seus objetivos pessoais para
estas normas, prevalecendo o bem geral sobre o individual. Destarte, essas regras evoluíram
adaptação gradativa dos ordenamentos jurídicos e das modalidades punitivas, embora tenham
castigo ao mal praticado pelo infrator. Contudo, o senso crítico de juristas, filósofos e
crise de modalidades punitivas e gerando a possibilidade para que novas formas de punir
surgissem. Neste contexto, da mesma forma que a pena de morte e os castigos físicos foram
superados em determinado momento histórico pela pena de prisão, esta também tem sido
criminalidade.
No entanto, não se pode negar que a ruptura com o passado punitivo é difícil e
gera a resistência, pois durante toda a história da pena sua conotação foi puramente repressiva
e qualquer modificação neste propósito acaba por incidir em um prejulgado descrédito, face o
temor e às expectativas dos resultados que serão alcançados. Assevere-se, porém, que os
princípios norteadores da aplicação das penas alternativas, não elidem o ideal correcional da
pena, mas agrega à resposta penal a possibilidade de reabilitar e ressocializar o infrator para
que retorne ao seio da sociedade. Da mesma forma, a experiência registrada pelos países
pioneiros na aplicação das penas alternativas à prisão demonstram que elas constituem
Uma questão importante se refere à crise da pena de prisão. Esta pode ser
observada com mais clareza através do caos do sistema penitenciário, visto que os
nada contribuindo para uma reabilitação eficaz do detento para que este possa reingressar na
sociedade.
Dessa forma, se torna evidente que a prisão não reabilita, e sim corrompe,
sendo necessária uma mudança estrutural no direito penal vigente, revendo-se as modalidades
do condenado, tornando-o mais perigoso à sociedade do que na ocasião de sua prisão. Assim,
a remeter um cidadão à prisão com o ensejo exclusivo de atender o desejo punitivo do Estado,
acaba por representar um temor e uma falta de compromisso com o futuro do condenado e da
humana do delinqüente.
substituir, paulatinamente, a falida pena de prisão. É importante lembrar que, mesmo sendo
uma questão polêmica e atual, a aplicação destes tipos de penas já era preconizada no Código
Penal Brasileiro de 1984, aderindo às tendências do Direito Penal moderno. Porém, no ano de
1995, quando o Brasil participou do Congresso das Nações Unidas, realizado no Cairo, as
penas restritivas foram revitalizadas. O foco central desse congresso foi à discussão a respeito
foram acolhidas pelo então Presidente da República, que encaminhou à Câmara dos
prisão na legislação pátria, dando azo à Lei 9.714 que entrou em vigor em 1998.
por sua vez, deixou de ensejar o castigo para pugnar pela reabilitação do delinqüente. De
outro lado, o novo Estatuto Penal se tornou alvo de inúmeras críticas, notadamente no que diz
respeito a sua incidência em legislações especiais, como a Lei dos Juizados Especiais e
Crimes Hediondos.
como uma realidade “in abstrato” no direito penal brasileiro, mas para que se tornem um
instrumento punitivo “in concreto”, não constituindo mera utopia jurídica, indispensável se
faz que o instituto seja prestigiado por todos os segmentos da sociedade como operadores do
com seis penas alternativas substitutivas. Com a nova lei, o quadro aumentou e, atualmente,
conta-se com dez. Tais sanções visam a substituir a pena privativa de liberdade quando não
superior a quatro anos (excluídos os crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa) ou, qualquer que seja a pena, quando o crime for culposo; ressalta-se que o réu
reincidente em crime doloso não terá o direito, bem como aquele cuja culpabilidade, os
superlotação dos presídios, sem perder de vista a eficácia preventiva geral e especial da pena;
vítima.
É indiscutível que a pena de prisão em todo o mundo passa por uma crise sem
precedentes. A idéia disseminada a partir do século XIX segundo a qual a prisão seria a
atualmente uma atitude pessimista, que já não tem muitas esperanças sobre os resultados que
Urge, pois, que seja encontrada uma solução intermediária que não privilegie o
cárcere, nem espalhe a idéia da impunidade. Portanto, as penas alternativas têm representado
É induvidoso que o cárcere deve ser concebido como última via para a
problemática da violência, pois não é, nunca foi e jamais será solução possível para a
pois de nada adiantam leis severas, criminalização excessiva de condutas, penas mais
análise aprimorada, visto que se apresentam como uma perspectiva real para substituir
penalidades existentes.
Por qual motivo a pena privativa de liberdade não atingiu o objetivo a que se
propunha?
à prisão, que eram acanhadas, pois, na verdade, abrangiam somente penas inferiores há um
2 – OBJETIVOS
Alternativas correlacionados.
recuperação do indivíduo;
alternativas.
3 – JUSTIFICATIVA
estatutos repressivos.
diversas feições, sem, contudo, ter conseguido resultados capazes de reduzir a criminalidade a
patamares aceitáveis.
contribuirão para que o cidadão adquira uma noção exata quanto à aplicação das penas
alternativas (incluindo a multa), visto que não se sabe ao certo se tais penas são efetivamente
Do ponto de vista jurídico, esta pesquisa é relevante porque através dos seus
resultados será possível, em meio a inúmeras reflexões, atentar para a efetiva aplicabilidade
das penas alternativas enquanto solução para o quadro caótico do sistema penitenciário
brasileiro. Nota-se que os tribunais têm se mantido muito distante desse conflito, dessa crise
Foi a partir dos ideais liberais dos filósofos iluministas e dos princípios norteadores
das recentes Regras de Tóquio que as penas alternativas à prisão surgiram. O principal intuito
é de oferecer uma nova oportunidade aos condenados, antes de partir para a solução de enviá-
los ao mundo degradante da prisão, devendo esta se reservar aos criminosos perniciosos.
deixando de castigar o condenado para recuperá-lo e reintegrá-lo à sociedade, visto que a cela
é uma tortura moral que provoca inúmeras reações negativas ao condenado, caminhando em
245): “los cárceres son y es doloroso decirlo, verdaderos focos donde se gesta el delito, se
Outros renomados penalistas como Miguel Reale Junior e René Ariel Dotti
também se manifestaram em prol das penas alternativas. Segundo Reale Junior (1983, p.48), a
política criminal deve ter um realismo humanista, que vê a pena como reprimenda, que busca
acordo com Dotti (1998, p.235), as medidas não institucionais despontam como grandes
alternativas. Dotti ilustra que tais medidas deverão ser trilhadas como um novo caminho para
grandes descobertas.
No plano jurídico a Lei 9.714/98, alterou a redação do artigo 43 e seguintes do Código
restritivas de direitos”. Essa denominação, por si só, tem provocado inúmeras discussões,
destacando, que as modalidades punitivas deveriam ser classificadas como penas privativas de
que a referida discussão não é objeto deste estudo, uma vez que as expressões que definem as
penas alternativas não incidem de maneira crucial nos resultados que elas pretendem alcançar.
Contudo, sem análise das referidas expressões, cumpre salientar que os debates e conflitos
sobre o tema deveriam remeter-se às questões que possam importar no aprimoramento destas
são autônomas e não “acessórias”, portanto não podem ser aplicadas cumulativamente com a
pena privativa de liberdade. Também por serem de natureza substitutiva devem sempre
Além disso, com a Lei 9.714/98, as penas alternativas à prisão deixaram de ser mera
requisitos legais. Dessa forma, o juiz está sempre obrigado a apreciar a aplicação de tais
penas, devendo justificar, fundamentadamente, se decidir que a pena não é aplicável ao caso
aos ditames legais. Neste sentido, fixada a pena de reclusão ou detenção com supedâneo no
substituir a pena privativa de liberdade aplicada por uma punição alternativa e, na falta de
possibilidade de aplicação das penas restritivas de direitos, é que o magistrado poderá recorrer
ao instituto do sursis, que com a nova legislação passou a ocupar posição subsidiária. A
decisão do julgador deve ter como parâmetro a análise cumulativa dos requisitos de ordem
objetiva e subjetiva elencados nos artigo 44, incisos I a III, do Código Penal.
não poderá ser superior a quatro anos se o crime for doloso, inexistindo limite para
substituição, se o delito for de cunho culposo. No mesmo sentido deverá observar se o delito
não foi praticado com violência ou grave ameaça contra pessoa, pois, se presentes estas
Devido à alongada digressão sobre cada uma das modalidades das penas alternativas à
prisão, será realizada uma reflexão genérica sobre as modalidades punitivas instituídas pela
nova Lei 9.714/98 para demonstrar que seu teor finalístico rompe com os antigos ideais de
Penal, com redação dada pela Lei 9.714/98. Doutrinadores como Cesar Roberto Bitencourt e
Luis Flávio Gomes, militam pela reparação do dano causado à vítima, lamentando o fato de
que esta obrigação constitua letra morta na legislação pátria. Neste sentido, consignam que o
crime não pode ser visto como mero enfrentamento entre o autor do delito e as leis do Estado,
pois esta tendência acaba por esquecer que na base delitiva existe um conflito humano, que
gera outras expectativas, que transgridem a mera pretensão punitiva, devendo priorizar-se a
reparação e não a punição do dano sofrido pela vítima. Neste sentido destaca, Bitencourt
(1999, p. 129):
A punição prevista como prestação de outra natureza, tem sofrido críticas dos
operadores do direito por considerarem que a pena fica a mercê do poder discricionário do
juiz, permitindo que a esfera judiciária invada o âmbito do legislativo, indevidamente, através
da ação arbitrária do magistrado que deve escolher a pena cabível ao caso concreto. Nessa
A perda de valores contido no art. 43, inciso II, do Código Penal, não reservou melhor
sorte, pois também tem sido alvo de inúmeros questionamentos jurídicos. Porém, Martins
artigo 46, ambos do Código Penal, mas já existia na legislação nacional, desde o Código
Penal de 1984, embora praticamente esquecida no âmbito prático. Mirabete (1989, p. 269)
no artigo 43, inciso V, e no artigo 47 e incisos, do Código Penal, devendo ser aplicada em
estrita consonância com a prática delitiva, ou seja, com o mal uso do direito violado. Esta
punição tem pleno assento legal, pois além de haver ganhado nova redação com a Lei
9.714/98, no artigo 47, do Código Penal, encontra-se amparada por dispositivo Constitucional
(artigo 5º, inciso XLVI), bem como no novo Código de Trânsito Brasileiro, como medida
Administrativa (artigo 160, § 2º) e Judicial (artigos 256, 261, 263 e 272). Ainda, constitui
efeito da sentença condenatória, face o artigo 92, III, do Código Penal, porém é aplicado
cárcere definitivo, mas de qualquer forma restringe parte do tempo do condenado, pois o
submete a atividades com fins pedagógicos. Dessa forma, o condenado deve cumprir cinco
horas semanais, em sábados e domingos, para não coincidir com o horário de seu labor e não
positivamente seu tempo, sem permitir que a estrutura familiar seja atingida pela pena.
Muito embora em países como Portugal, Bélgica e Espanha, essa punição tenha
alcançado resultados eficazes, o Brasil não dispõe de uma política criminal que viabilize sua
punitivo brasileiro, antes prevista no artigo 60, § 2º, do Código Penal, como substitutiva à
pena de prisão. Atualmente, com a redação dada pela Lei 9.714/98, essa pena encontra-se
disposta no § 2º, do artigo 44, embora exista compreensão doutrinária de que o artigo 60, 2º,
pode ser utilizado subsidiariamente. Cumpre discordar deste entendimento, pois a nova
abrangência, uma vez que, antes da edição da Lei 9.714/98, alcançava os delitos punidos com
até seis meses de prisão e, atualmente, pode ser aplicada aos crimes apenados com prisão de
até um ano. O § 2º do artigo 44 prevê que até um ano de prisão a multa pode ser aplicada
isoladamente como substitutivo penal e, superado este lapso, deve ser cumulada com outra
pena restritiva, embora algumas delas, como a perda de bens e valores ou prestação
por oferecer tratamento desigual aos condenados face o seu poder aquisitivo.
específicos de presos.
É importante reiterar que a pena de prisão encontra-se falida por não conseguir
internacional. Contudo, faz-se indispensável uma análise das conseqüências que o cárcere
criminalidade.
prisão, entre elas os sérios problemas de gestão do sistema penitenciário que se encontra
superlotado e impede a eficaz execução da pena. Essa circunstância, associada aos problemas
cometimento de delitos. Assim, embora o Estado tente elidir sua parcela de responsabilidade
importância para o amadurecimento da reforma penal nos últimos séculos. Sua visão de pena
era utilitarista, ou seja, firmava a idéia de que a punição justa deveria estar subordinada à
punição útil, garantindo a certeza de que a pena seria um exemplo para o futuro e não uma
vingança pelo passado. Assim, suas idéias deram azo à sua máxima: “melhor prevenir delitos
O fim, pois não é outro que impedir o réu de causar novos danos a seus
cidadãos e afastar os demais do cometimento de outros iguais.
Conseqüentemente, devem ser escolhidas aquelas penas e aquele
método de impô-las que, respeitada a proporção, causem uma
impressão mais eficaz e mais durável sobre o ânimo dos homens e que
seja a menos dolorosa para o corpo do réu.
entre si, seguindo as regras de um "Código Penal" que a própria sociedade e os juristas
desconhecem. Neste sentido os registros ilustram que o ambiente da prisão é tenso e violento,
estimulando a criminalidade.
uma obra extremamente moderna de legislação, ela reconhece um respeito saudável aos
direitos humanos dos presos e contém várias provisões que ordenam um tratamento
Sua ineficácia no tratamento com o preso consiste no principal argumento dos que criticam
esse sistema sob a alegação do insucesso para exercer influxo educativo sobre o condenado,
da sua carência de eficácia intimidade diante deste, do fato de retirar o condenado do seu meio
encontram dentro dos argumentos que buscam demonstrar a ineficácia da pena privativa, a
saber: o ambiente carcerário como um meio artificial que não permite reabilitar o recluso e; as
condições materiais e humanas das prisões que impedem a realização do objetivo reabilitador.
Dessa forma, é constante a busca por alternativas que solucionem e/ou possam
minimizar o encarceramento do réu, como é o caso das penas alternativas à prisão, que visam
reeducar o condenado, sem que seja necessário o seu ingresso em um sistema penitenciário
5. METODOLOGIA
constituída principalmente de artigos científicos e livros, visto que permite a cobertura de uma
gama de fenômenos muito mais ampla; e a pesquisa documental. Embora esta última se
alternativas como uma forma de solucionar e/ou minimizar o quadro caótico o qual se
detento.
5.2 – As fontes
7.210/84, que são muito significativas no que tange às penas alternativas e função
ressocializadora do detento.
É conveniente mencionar como fonte de estudo e fundamentação teórica,
em estudo.
ser realizado. Dessa forma, através das fichas contendo registros de dados documentais
dos dados e leitura crítica e interpretativa das fontes, serão observados os critérios utilizados
por cada autor no que se refere à disposição dos assuntos. Assim sendo, tem-se uma noção de
comentários pertinentes expostos por cada autor, objetivando relacioná-las entre si, outros
posterior do trabalho de coleta dos dados particulares. Dessa forma, se torna possível a
Capítulo 1 X X
Capítulo 2 X X
Capítulo 3 X X
Capítulo 4 X X
Conclusão
e X X X
Introdução
Revisão da
Digitação X X
Entrega da
Monografi X
a
Defesa X
7. BIBLIOGRAFIA
BATISTA, Weber Martins. Direito Penal e Direito Processual Penal. 2. Ed. Rio de Janeiro:
Forense, 1996.
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. São Paulo: José Butshsky, 1978.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e alternativas. São Paulo:
RT, 1993.
DOTTI, René Ariel. Bases alternativas para o sistema de penas. São Paulo: RT-Vértice,
1998.
GOMES, Luiz Flávio. Penas e medidas alternativas à prisão. São Paulo: RT, 1999.
JESUS, Damásio Evangelista de. Regras de Tóquio. São Paulo: Paloma, 1998.
MIRABETE, Júlio Fabrini. Execução penal: comentários à Lei 7210/84. 8. Ed. São Paulo:
Atlas, 1997.
REALE JUNIOR, Miguel. Novos rumos do sistema criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1983.