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CHAMO ATENÇÃO QUE CASO NÃO CONSTE NA BIBLIOGRAFIA TUDO O QUE FOI

APRESENTADO NESTE RESUMO, ENFATIZO QUE ESTE RESUMO NÃO É SOMENTE DE


MINHA AUTORIA, MAS CONJUNTAMENTE COM LIVROS DA MATÉRIA, DE SITES DA
INTERNET E DA EXPLICAÇÃO DADA PELO PROFESSOR QUE ME LECIONOU A MATÉRIA
DURANTE O ANO LETIVO E DE MINHAS PRÓPRIAS INTERPRETAÇÕES.
NÃO TENHO INTENÇÃO NENHUMA DE PLAGIAR OU COPIAR NINGUÉM.

ASSUNTO:

Ao contrário do que costuma se pensar no senso comum, juridicamente, crime hediondo não é o crime praticado com extrema violência e com requintes de

crueldade e sem nenhum senso de compaixão ou misericórdia por parte de seus autores, mas sim um dos crimes que no Brasil se encontram expressamente

previstos na Lei nº 8.072/90. Portanto, são crimes que o legislador entendeu merecerem maior reprovação por parte do Estado. São os crimes que estão no topo

da pirâmide de desvaloração axiológica criminal, devendo, portanto, ser entendidos como crimes mais graves, mais revoltantes, que causam maior aversão à

coletividade.

O termo hediondo significa ato profundamente repugnante, imundo, horrendo, sórdido, ou seja, um ato indiscutivelmente nojento, segundo os padrões da moral

vigente.

O crime hediondo é o crime que causa profunda e consensual repugnância por ofender, de forma acentuadamente grave, valores morais de indiscutível

legitimidade, como o sentimento comum de piedade, de fraternidade, de solidariedade e de respeito à dignidade da pessoa humana. Repousa na idéia de que seus

autores são portadores de extremo grau de perversidade, de perniciosa ou de periculosidade e que, por isso, merecem sempre o grau máximo de reprovação ética

por parte do grupo social e, em conseqüência, do próprio sistema de controle.

São considerados crimes hediondos

1 Homicídio quando praticado em atividade típica de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, parágrafo 2º,

incisos I,II, III,IV e V);

2 Latrocínio;

3 Extorsão qualificada pela morte;

4 Extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada;

5 Estupro, art.213 caput e §§1º e 2º;

6 Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

7 Epidemia com resultado morte;

8 Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais;

9 Crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da lei 2889/56.

São crimes equiparados a hediondos

1 Tráfico ilícito de entorpecentes;

2 Tortura;

3 Terrorismo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_hediondo

http://www.infoescola.com/direito/crime-de-estupro/

A recente Lei Ordinária Federal nº 12.015, de 7 de agosto de 2009, trás a alteração do artigo
213 (estupro) do nosso Código Penal, ao mesmo tempo em que acrescenta o artigo 217-A
(estupro de pessoa vulnerável), traz ainda a alteração do Título que passou a vigorar com a
denominação DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL, revogou ainda os artigos 214
(atentado violento ao pudor) e 224 (presunção da violência) previstos na antiga denominação
DOS CRIMES CONTRA OS COSTUMES.

ANTES - NO CRIME DE ESTUPRO: Art. 213 do CP: “Constranger mulher à conjunção carnal,
mediante violência ou grave ameaça.”

OBSERVAÇÃO: A tradição secular vivenciada desde 1940 em que somente podia o homem ser a pessoa ativa e a mulher a pessoa passiva no crime de

estupro. Assim, estava implícito, que somente a mulher podia ser a vítima, o agente passivo, enquanto que, o homem, somente o homem podia ser o autor, o

agente ativo do crime de estupro, vez que, por conjunção carnal entende-se ser a penetração do pênis na vagina, ou seja, somente configurava-se o crime de

estupro quando o homem usando da violência ou grave ameaça fazia penetrar o seu pênis na vagina da vítima, admitindo-se também a tentativa quando o ato não

fosse concretizado por força de um motivo qualquer, assim como, a co-autoria que podia tanto ser homem ou mulher.

NO CRIME DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR: era o ato sexual violento contra a


vontade da vítima diverso da cópula vaginal entre as partes.

1
Art. 214 do CP: “Constranger alguém, mediante violenta ou grave ameaça a praticar ou
permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal.”
Assim, no extinto crime de atentado violento ao pudor, tanto o homem quanto a mulher podia
ser vítima ou autor daquele delito. O homem podia praticar o atentado violento ao pudor
contra a mulher ou contra o próprio homem, enquanto que a mulher podia praticar tal crime
contra o homem ou contra a própria mulher.
Em decorrência de tal modificação não restou alternativa para a continuidade do art. 214
senão a sua revogação, embora tal revogação não tenha deixado ao desamparo jurídico-penal
a figura da futura vítima daquele extinto delito que passou a partir de então a ser vítima do
crime de estupro.

ATENÇÃO: Não há mais o TIPO, mas existe sim a CONDUTA .

Complementando este item é de acolher-se a explicação do colega Delegado de Polícia do Estado de Sergipe THIAGO LUSTOSA LUNA, quando de um dos seus
“É importante frisar que não houve abolitio criminis da conduta
artigos pertinente recentemente publicado:
prevista no artigo 214, a ensejar a aplicação dos efeitos benéficos e retroativos constantes no
artigo 2º, parágrafo único, do Código Penal. Ela apenas foi incorporada ao artigo precedente
(213), ou seja, “mudou de endereço”. Nas palavras de Luiz Flavio Gomes: A isso se dá o nome de continuidade normativo-típica. O que
era proibido antes continua proibido na nova Lei.”

DEPOIS - NO CRIME DE ESTUPRO: Art.213 do CP: “Constranger alguém, mediante violência


ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique
outro ato libidinoso”.

OBSERVAÇÃO: Houve a supressão do termo “mulher”, e de resto agruparam-se as duas redações transformando-as em uma só, ganhando assim uma

nova roupagem, passando o homem a ser também sujeito passivo e até a mulher podendo ser também o sujeito ativo em tal delito.

Quanto à questão da tentativa e co-autoria continua a admitir-se no novo dispositivo penal.

A elementar do tipo da ultrapassada denominação relacionada ao crime de estupro, que


revelava seu sujeito passivo somente a mulher, fora substituída pela expressão alguém. Tal
supressão e substituição destas palavras modificaram todo o sentido desse crime. A partir de
então o sexo do ofendido é indiferente para a caracterização do delito. Não exclui o crime a
circunstância de ser a vítima menor, inconsciente, débil mental, enfermo, deficiente físico,
homossexual ou prostituta… Todos protegidos em sua liberdade sexual. Neste sentido algumas
vítimas dessas classes sociais figuram como qualificadora para o autor do delito.

A nova Lei trouxe à baila as figuras qualificadoras do crime de estupro nos próprios §§ 1º e 2º
do art. 213 e no recém criado art. 217-A. Sendo esse último relacionado ao estupro de
vulnerável.
Art.213 do CP: “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato

libidinoso”.

§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.

§ 2o Se da conduta resulta morte:

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos

Enquanto que no estupro de natureza simples (caput do art. 213) o seu agente ativo pode ser
condenado a uma pena que varia de 6 a 10 anos de reclusão, com a forma qualificada
decorrente da conduta criminosa em que resulta lesão corporal de natureza grave para a
vítima, ou sendo essa menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos (§ 1º do art. 213)
a pena é acrescida e o autor pode sofrer uma reclusão de 8 a 12 anos. Se da conduta resulta a
morte da vítima (§ 2º do art. 213) a pena passa a ser de 12 a 30 anos de reclusão, ou seja,
atinge ao máximo da condenação estabelecida no nosso ordenamento jurídico-penal.

ATENÇÃO: É bem sabido que a Lei só retroage para beneficiar o réu, e em assim sendo, o novo sentido do crime de estupro que já está em vigor é

somente atribuído aos infratores atuais, enquanto que os outros processados ou condenados anteriormente pelo antigo crime de estupro ou pelo extinto crime de

atentado violento ao pudor, por não serem beneficiados com a novidade continuam no mesmo patamar jurídico.

ATENÇÃO: Quando se junta dois artigos, um não deixa de existir em razão do outro, mas ocorre sim a junção de dois crimes.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estupro

2
http://www.infoescola.com/direito/crime-de-estupro/

PROBLEMAS COM O NOVO ART 213:


http://www.fabiocampana.com.br/2009/09/artigo-da-nova-lei-do-estupro-beneficia-estupradores/

http://www.mp.go.gov.br/portalweb/conteudo.jsp?page=7&base=7&conteudo=noticia/631aea36a37afc6835a7b10e28c2a3d5.html

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/PGR+IMPETRA+ADIN+NO+SUPREMO+CONTRA+NOVA+LEI+QUE+TIPIFICA+CRIME+DE+ESTUPRO_65832.shtml

CRIME COMPLEXO – O que é? http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_complexo


É aquele crime que atinge vários bens jurídicos penalmente tutelados (direitos ou interesses individuais ou
sociais de extrema relevância, por isso penalmente protegidos, já que o Direito Penal é a "ultima ratio" ) , é a fusão de vários crimes
contidos num mesmo tipo penal.
EX: Latrocínio (roubo + homicídio),

EX: Extorsão mediante seqüestro (extorsão + seqüestro),

EX: Extorsão mediante seqüestro qualificado pelo resultado morte (extorsão + seqüestro + homicídio)

A ação penal no crime complexo

(CP) Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação

àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
Segundo artigo 101 do Código Penal quando o tipo penal for um crime complexo e contra
qualquer dos tipos penais que o compõem caiba ação penal pública, o Ministério Público será o
titular da ação penal.

OBSERVAÇÃO: O STF considera o estupro como sendo um crime complexo, o que não é. Crime

complexo, seria, por exemplo, o latrocínio. MAS SE DO ESTUPRO RESULTAR MORTE OU LESÃO CORPORAL, ESTE PASSA A SER COMPLEXO.
(STF Súmula nº 608)- Estupro - Violência Real - Ação Penal
No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada.
Referências:
- Art. 102, Irretratabilidade da Representação e Art. 103, Decadência do Direito de Queixa ou de Representação - Ação Penal e Art. 108, Extinção da Punibilidade e

Art. 213, Estupro - Crimes Contra a Liberdade Sexual - Crimes Contra os Costumes e Art. 223, "caput", Formas Qualificadas e Art. 225, Ação Penal - Disposições

Gerais - Crimes Contra os Costumes - Código Penal - CP - DL-002.848-1940

OBSERVAÇÃO: Ação penal


Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.

PRETERDOLO– O que é? http://pt.wikipedia.org/wiki/Preterdolo


É aquele crime na qual pode-se encontrar o dolo inicial na conduta do agente, e culpa no
resultado, em outras palavras, dolo no antecedente e culpa no conseqüente. Quando forem
encontradas as duas modalidades da conduta (dolo e culpa) numa ação estamos diante de um
crime preterdoloso, pois há um misto de dolo na conduta inicial e a culpa no resultado
advindo.
Sendo assim há dolo na conduta inicial do agente e o resultado desta é diverso do almejado
por este.
EX: Ana queria lesionar Rui, mas acaba o matando.

Não se admite tentativa nos crimes preterdolosos, haja vista que, o resultado lesivo gravoso
está fora do campo de vontade do agente, sendo produzido de forma culposa. Segundo o
Código Penal, em geral não se admite tentativa nos crimes culposos por lhe faltar livre
vontade e consciência de querer praticar um Crime e obter um resulto diferente do almejado.
Vontade livre e consciência são elementos da conduta dolosa. Assim ficaria afastada a
possibilidade de ocorrência da tipicidade, que é o amoldamento perfeito da conduta praticada
pelo autor com o tipo penal; e o agente não responderia por dolo nesta última modalidade.
O Crime preterdoloso, qualificado pelo resultado, pode ser:
a) Conduta dolosa no antecedente e conseqüente: Ex. Crime de roubo agravado pela morte, latrocínio; (art. 157, §3º)

Roubo

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à

impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta

anos, sem prejuízo da multa.

b) Conduta Culposa no antecedente e dolosa no conseqüente: EX: Crime de lesão corporal culposa, cuja pena é aumentada de 1/3, se o agente,

dolosamente, deixa de prestar imediato socorro à vítima; (art. 129, §7º)

3
Lesão corporal

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)

c) Conduta culposa e resultado agravador Culposo: Crime de incêndio culposo agravado pela morte culposa. (art. 250, §2º, c/c art. 258, 2ª parte)

Incêndio

Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:

Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.

Aumento de pena

§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos.

Formas qualificadas de crime de perigo comum

Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte,

é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio

culposo, aumentada de um terço.

d) Conduta dolosa e resultado agravador culposo: Ex: Crime de lesão corporal seguida de morte, no caso em que o agente não queria produzir o resultado

morte;
O art. 19 do Código Penal Brasileiro define os crimes preterdolosos, como sendo aqueles que
são qualificados pelo resultado.
(CP) Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.

TEORIA DO DOMINIO DE FATO – O que é?


1. INTRODUÇÃO
A Teoria do Domínio do Fato está relacionada ao tema “Concurso de pessoas”, que vem
disciplinado no Código Penal.
TÍTULO IV - DO CONCURSO DE PESSOAS

Regras comuns às penas privativas de liberdade

(CP) Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.

§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de

ter sido previsível o resultado mais grave.

Circunstâncias incomunicáveis

(CP) Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.

Casos de impunibilidade

(CP) Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a

ser tentado.

Tal teoria distingue com clareza as figuras do autor e do executor, admitindo com facilidade a
figura do autor mediato, além de possibilitar melhor compreensão da co-autoria.
Autor: é quem tem o poder de decisão sobre a realização do fato. É não só quem executa a
ação típica, como também aquele que utiliza outrem, como instrumento, para a execução do
crime.

É uma teoria que se assenta em princípios relacionados à conduta e não ao resultado. Nos
dias de hoje, grande importância é dada à pessoa do mandante do crime, pois se trata na
verdade do responsável direto da idéia incutida na cabeça do executor do fato tido como
típico. Ademais, formula todo o planejamento estratégico para a execução do delito, na
maioria das vezes se escondendo por trás de crianças, que por não possuírem
responsabilidade penal acabam não respondendo pelo delito.

Várias teorias existem a respeito do conceito de autor. Passaremos a analisá-las. Dentre elas
temos:
1.1. Teoria Extensiva
Conforme ensinamentos de Damásio de Jesus, para essa teoria, autor não é só quem
concretiza o comportamento típico, como também aquele que, mediante as formas de
participação, realiza conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido. Wessels declara que a
teoria subjetiva associa-se à direção de vontade e à posição interna do colaborador para com
o fato, concluindo: autor é quem atua com vontade de autor (animus auctuori) e quer o fato
como próprio. Mero partícipe é quem atua com vontade de partícipe (animus socii) e quer
ocasionar o fato como alheio. A crítica que recai sobre essa teoria é a de que o sujeito que,
apesar de não cometer o fato, o tivesse desejado como seu, poderia ser considerado autor.
Da mesma forma, seria considerado partícipe o sujeito que, mesmo praticando a conduta do
núcleo do tipo, quisesse o fato como alheio.

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http://sisnet.aduaneiras.com.br/lex/doutrinas/arquivos/TeoriaDominio.pdf

http://www.chicoleite.com.br/leitura.php?id_materia=52

http://blogmocmp.blogspot.com/2009/09/nova-lei-do-estupro-e-objeto-de-adi.html

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.

Ação Penal Pública

Há quatro tipos de ação no Processo Penal brasileiro,

(1) a ação penal pública incondicionada,

(2) a ação penal pública condicionada à representação,

(3) a ação penal de iniciativa privada e

(4) a ação penal privada subsidiária da pública.

A Ação Penal Pública Incondicionada (APPI) é a mais comum. Todos os crimes previstos na legislação brasileira sobre os quais o texto não explicite que é

cabível outro tipo de ação, cai aqui na pública incondicionada. O titular deste tipo de ação é o Ministério Público, o qual decide se vai oferecer denúncia, se vai

pedir novas diligências ou se vai arquivar a ação (mas tudo depende de decisão do juiz). E não adianta a vítima perdoar o acusado, não querer que haja denúncia

etc. a vontade da vítima nas APPI’s não vale nada.

EX: Furto, roubo, receptação, tráfico de drogas, homicídio, aborto, peculato, estelionato etc.

A ação nestes casos é indisponível, ou seja, o promotor não pode de jeito nenhum como desistir da ação (art. 42, CPP), deixar de atuar durante o processo (no

entanto, ele pode pedir a absolvição) ou oferecer acordo ou transação penal (somente quando autorizado pela lei, como na lei 9.099/95).

O processo tem início quando a denúncia oferecida pelo membro do ministério público é recebida pelo juiz.

Caso a denúncia não seja recebida, cabe RESE (art. 581, I, CPP). Já se o promotor pedir o arquivamento e o juiz discordar (o que é bizarro, porque já demonstra

um pré-julgamento e uma atuação inquisitiva) os autos devem ser enviados ao Procurador-Geral que decidirá pelo arquivamento ou pelo oferecimento da

denúncia (art. 28, CPP).

É possível, quando o crime tem vítima (no tráfico de drogas não há, p. ex.) que esta atue como assistente da acusação (art. 268 a 273, CPP). Não só a vítima,

mas também o representante legal, o cônjuge, o ascendente, o descendente ou o irmão também podem atuar como assistentes (devidamente representados por

um advogado).

observação: o tipo de ação não define o procedimento a ser seguido. Os critérios para fixação do procedimento são outros e para cada procedimento há um

critério diferente.

Ação Penal Pública Condicionada à Representação

ação penal pública condicionada à representação (APPCR), como o próprio nome já diz, depende da representação da vítima (art. 24, 38 e 39, CPP) para

instauração do inquérito policial (art. 5º, §4º, CPP) ou para o oferecimento da denúncia, caso o inquérito seja desnecessário por já haver provas suficientes (art.

24, CPP).

A vítima (ou seu representante legal, caso ela seja incapaz) devem exercer o direito de ação (a representação) dentro de 6 meses após o conhecimento do autor

do crime (art. 38, CPP, e art. 103, CP).

Disso decorre uma pequena discussão, caso a vítima fosse menor quando ocorreu o crime e seu representante legal deixou de representar dentro do prazo legal,

pode a vítima, quando se tornar capaz (fizer 18 anos), exercer o direito de representação? É quase pacífico que sim e o prazo de 6 meses começa a correr no dia

do seu aniversário.(cf. Mirabete, Processo Penal, p. 101)

A representação é, obviamente, uma faculdade da vítima. Ela decide se dará ao Estado poderes para investigar um crime e processar alguém. É possível a

retratação da representação, no entanto, ela só pode ocorrer até o oferecimento da denúncia. Após o oferecimento da denúncia a ação passa definitivamente para

as mãos do Ministério Público e a vítima já não pode mais decidir sobre nenhum aspecto os rumos do processo (art. 102, Código Penal).

É possível a revogação da retratação. Assim, enquanto estiver dentro do prazo decadencial de 6 meses a vítima pode apresentar nova representação, mesmo que

tenha se retratado da última.

Para saber se a ação é condicionada à representação, é só ver a redação do crime no código penal. São exemplos: Perigo de contágio venéreo (art. 130), ameaça

(art. 147), violação de correspondência comercial (art. 152), divulgação de segredo (art. 153), furto de coisa comum (art. 156), o estupro e o atentado violento

ao pudor quando a vítima não tem dinheiro para financiar a ação privada(art. 225, §1º e 2º) etc

Ação Penal de Iniciativa Privada

A ação penal de iniciativa privada (APIP) depende exclusivamente da vítima (ou de uma das pessoas previstas nos art. 31 e 33, CPP) para ter início, meio e fim.

O processo nestes casos terá início com o recebimento da queixa (art. 41 e 44, CPP) e as partes são chamadas de querelante (acusador/vítima) e querelado

(réu/ofensor). Da decisão que não recebe a queixa cabe RESE (art. 581, inciso I, CPP).

A queixa deve abranger todos os (prováveis) culpados (princípio da indivisibilidade), caso contrário, o perdão a um estende-se a todos os outros (e o Ministério

Público é responsável por fiscalizar isso, art. 48, CPP). Ou seja, ou processa todo mundo ou não processa ninguém.

O direito de queixa decai em 6 meses após o conhecimento do autor do crime. Também pode ocorrer a perempção (desistência tácita) se ocorrer um dos fatos

descritos no art. 60, do CPP.

Exemplos de crimes de APIP no Código Penal:

Crimes contra a honra (art.138 a 140); esbulho possessório de propriedade particular (art. 161, §3º); Dano do inciso IV (art. 163); introdução ou abandono de

animal e m propriedade alheia (art. 164); fraude à execução (art. 179); Violação de direito autoral (art. 184); estupro e atentado violento ao pudor quando não

houver violência (art. 213 e 214).

observação: Não confundir tipo de ação com procedimento. Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa...

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Ação Penal Privada Subsidiaria

Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (APPSP) só ocorre quando o Ministério Público não cumpre sua função, não oferecendo a denúncia no prazo legal (art.

100, §3º, do Código Penal e art. 29 do Código de Processo Penal).

Neste caso, o ofendido (vítima) ou seu representante legal podem oferecer queixa e se tornam os titulares da ação. O MP, na condição de assistente, deve, no

entanto, aditar a queixa caso seja necessário, oferecer denúncia alternativa, participar de todos os atos do processo, fornecer elementos de prova, interpor

recursos etc.

Caso o querelante se mostre negligente (perca prazos, não interponha recursos, não compareça à audiências) o MP deve retomar a titularidade da ação.

A APPSP não cabe quando ocorre o arquivamento do inquérito a pedido do MP (súmula 524 do STF). No entanto, como diz Mirabete (Processo Penal, p. 111), é

possível a APPSP quando for “proposta após o pedido de arquivamento que ainda não foi apreciado pelo juiz, se o MP só se manifestou pelo arquivamento após o

prazo legal” ou referente a delitos não abrangidos na denúncia oferecida.

http://oprocessopenal.blogspot.com/2008/04/ao-penal-pblicaincondicionada.html#ixzz0gVOioP1r

http://oprocessopenal.blogspot.com/2008/04/ao-penal-pblica-incondicionada.html

http://www.smithedantas.com.br/texto/sumula_608.pdf

ASSUNTO:
Estupro de vulnerável

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário

discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.

§ 4o Se da conduta resulta morte:

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

Corrupção de menores

Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente

Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer

lascívia própria ou de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.”

Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável.

Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou

deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.

§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.

§ 2o Incorre nas mesmas penas:

I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste

artigo;

II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.

§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

ASSUNTO:
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou

ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Inc


http://www.apatroaesuaempregada.com.br/Textos/assedio_sexual.htm

Para MARCELO FORTES BARBOSA, desembargador da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, o assédio no emprego não é mais tão

freqüente. E justifica: "Os casos já diminuíram bastante porque a mulher, hoje, é mais independente. Ela tem condições de enfrentar o homem importuno". O

assédio geralmente ocorre a portas fechadas. Porém, para que o assediante seja punido, e o assediado indenizado, as provocações devem ser claramente

demonstradas. Assim, não basta a mera alegação do assediado. A alegação deve ser confirmada pelos meios de prova habitualmente aceitos em Juízo.

Seguramente, os melhores meios são a gravação de conversas, ainda que por gravador oculto, e cartas, bilhetes e e-mails, nos quais se comprove a prática de

reiterados e ofensivos convites à dignidade do trabalhador.

Na ausência de qualquer prova documental, cabe a prova testemunhal, ocasião em que deverá ser avaliado o comportamento do assediante, especialmente com

relação aos outros funcionários, se havia um histórico de queixas anteriores, quais foram as atitudes tomadas pelo empregador, etc.

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A ação indenizatória por dano moral está expressamente prevista na Constituição Federal de 1988, por seu art. 5.º, inciso X, que diz: são invioláveis a intimidade,

a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

O Código Penal Brasileiro, recentemente, no art. 216-A, tipificou como crime o assédio sexual por chantagem, assim considerado o comportamento que visa

"constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência

inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função". Ocorre que, além do assédio sexual por chantagem enquadrado como crime, não se pode esquecer que existe

também o assédio sexual por intimidação, conhecido, ainda, como assédio ambiental. Este último caracteriza-se, segundo a doutrina, "por incitações sexuais

importunas, por uma solicitação sexual ou por outras manifestações da mesma índole, verbais ou físicas, com o efeito de prejudicar a atuação laboral de uma

pessoa ou criar uma situação ofensiva, hostil, de intimidação ou abuso no trabalho". Situa-se nesta última hipótese a conduta do empregador que, além de dirigir

galanteios e elogios à empregada, sugere-lhe que compareça ao trabalho mais decotada, repetindo por várias vezes que gostava dela e chegando até mesmo a

convidá-la para morarem juntos, dizendo-lhe que assumiria sua filha. O comportamento do empregador, sem dúvida, revela assédio sexual por intimidação ou

assédio sexual ambiental, acarretando para a empregada constrangimento no trabalho e transtorno em sua vida conjugal. A conseqüência do comportamento do

empregador autoriza a rescisão indireta e a compensação por dano moral.

 Observa-se que a norma sob comento não se utilizou do verbo "assediar", preferindo o mesmo núcleo verbal do constrangimento ilegal,”constranger alguém”, do

estupro, do atentado violento ao pudor, etc., velho conhecido em nossa legislação penal e cujo estudo parcial já fizemos no início do nosso trabalho;

 ressalva-se, contudo, que no assédio sexual o legislador não especificou o meio pelo qual se leva a efeito o constrangimento, ou seja, se mediante violência,

grave ameaça, etc. Assim, qualquer meio pode ser utilizado para o constrangimento, ainda que não seja a violência física ou a moral. Meter-se-ia neste rol, por

exemplo, a fraude. De toda forma, tal constrangimento poderá também se exteriorizar através da violência física ou da grave ameaça (agressão moral), devendo,

porém, ser feito com a intenção induvidosa de se obter favores sexuais (vantagem ou favorecimento). Assim, o assédio sexual criminoso pode ser definido como

um constrangimento físico, moral ou de qualquer outra natureza, dirigido a outrem (homem ou mulher),

 com inafastáveis insinuações sexuais, visando à prática de ato sexual, prevalecendo-se o autor (homem ou mulher) de determinadas circunstâncias que o põem

em posição destacada e de superioridade em relação à pessoa assediada, seja em razão do seu emprego, da sua função ou do seu cargo.

Veja-se, a seguir, o conceito cunhado por Luiz Flávio Gomes:

"É um constrangimento (ilegal) praticado em determinadas circunstâncias laborais e subordinado a uma finalidade especial (sexual). Três, por conseguinte, são as

características desse delito:

(a) constrangimento ilícito (constranger significa compelir, obrigar, determinar, impor algo contra a vontade da vítima etc);

(b) finalidade especial (vantagem ou favorecimento sexual);

(c) abuso de uma posição de superioridade laboral".


OBSERVAÇÃO: Atente-se que o constrangimento exigido pelo presente dispositivo penal pressupõe o perseguir com insistência, importunar, molestar,
com perguntas ou pretensões insistentes, não bastando para a sua configuração simples palavras elogiosas ou meros gracejos.
Os sujeitos ativo e passivo: poderão ser o homem ou a mulher, até porque na sociedade atual não há mais espaço para diferenciação

comportamental entre os sexos, além do que o tipo traz o pronome indefinido "alguém", a confirmar induvidosamente esta afirmação (no pólo passivo), exigindo-

se, apenas, aquela relação de superioridade do sujeito ativo em relação ao passivo.

Para a sua consumação bastará que o sujeito ativo constranja o outro, por qualquer meio, direta ou indiretamente, à prestação de favor de natureza sexual.

O constrangimento "pode ser formulado diretamente, a viso aperto ou facie ad faciem, sob a ameaça explícita ou implícita de represálias (imediatas ou futuras), ou

indiretamente, servindo-se o agente de interposta pessoa, ou de velada pressão, ou fazendo supor, com maliciosas ou falsas interpretações, ou capciosas

sugestões, a legitimidade da exigência."

É delito que se consuma, portanto, independentemente da vítima ter-se submetido à proposta: para a sua configuração basta o mero constrangimento e a

finalidade espúria.
OBSERVAÇÃO: Se a vantagem ou o favor for efetivamente prestado estamos em face de mero exaurimento do delito, salvo se por si só configurar-se
outra infração penal, como estupro ou atentado violento ao pudor, quando estaremos, então, diante de um concurso de crimes.

A tentativa: é admissível, na hipótese, por exemplo, da interceptação de uma carta na qual constava a ameaça e o pedido de natureza sexual.

 A grande dificuldade do tipo sob análise encontra-se nas expressões "vantagem ou favorecimento sexual", por se tratar de um tipo penal aberto, diferentemente

do que exige o princípio da taxatividade da norma penal incriminadora.

Para a tipificação do delito previsto em nosso Código Penal, entendemos ser necessário que o constrangimento feito pelo agente tenha como fito manter com a

vítima ato sexual: conjunção carnal ou ato libidinoso diverso. Mais uma vez, louvemo-nos no mestre Hungria:

"Conjunção carnal é a cópula secundum naturam , o ajuntamento do órgão genital do homem com o da mulher, a intromissão do pênis na cavidade vaginal." "Ato

libidinoso é todo aquele que se apresenta como desafogo (completo ou incompleto) à concupiscência", tais como o coito anal, a felação, a heteromasturbação, os

contatos físicos voluptuosos, etc.


OBSERVAÇÃO: A lei não se refere a ministério, pelo que estão fora do âmbito de alcance da norma, por exemplo, os padres, as freiras e os pastores (sob
pena de admitirmos interpretação mais elástica, incompatível com a exegese das normas penais incriminadoras. Aqui, mais uma vez, vale a advertência de Dotti,

pois comprometido estaria o princípio da taxatividade).


OBSERVAÇÃO: Adverte-se que para a configuração do tipo o agente tem que se prevalecer da condição de superior hierárquico ou de sua ascendência (é
perfeitamente possível que mesmo não sendo superior hierárquico, o agente detenha em relação à vítima certa ascendência, como é o caso de um professor em

relação ao seu aluno), ou seja, este delito só se perfaz caso o constrangimento seja feito em razão do exercício do emprego, cargo ou função. Assim, ainda que um

superior hierárquico constranja um seu funcionário, com aquela finalidade odiosa, mas o faça em contexto divorciado de suas funções, outro delito pode vir a se

consumar, menos este do art. 216-A.

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Exige-se, igualmente, como já se disse, a finalidade de obter vantagem ou favorecimento sexual (na doutrina tradicional seria o chamado "dolo específico"), bem

como a condição de superioridade do agente em relação à vítima, decorrente de uma relação de emprego ou do exercício de um cargo ou função. Não há de se

cogitar a modalidade culposa.

http://br.monografias.com/trabalhos/novo-delito-assedio-acoso-sexual/novo-delito-assedio-acoso-sexual2.shtml#_Toc141375666

A Suspensão Condicional do Processo


No delito de assédio sexual é possível, em tese, a suspensão condicional do processo, ex vi do art. 89 da Lei nº. 9.099/95, pois a pena mínima é de um ano,

bastando que o autor se enquadre nos demais requisitos objetivos e subjetivos exigidos para o sursis processual; ademais, é crime afiançável e susceptível de

liberdade provisória.

Na realidade, melhor teria sido que o legislador estabelecesse pena máxima igual ou inferior a um ano para que se caracterizasse como crime de pequeno potencial

ofensivo, permitindo o processo no Juizado Especial Criminal, com a possibilidade, inclusive, de se extinguir a punibilidade pela composição civil dos danos (se se

tratasse de hipótese de ação penal pública condicionada ou de iniciativa privada) ou pelo cumprimento da transação penal (com aplicação de pena alternativa à

prisão). A propósito, a pena cominada parece ferir o princípio constitucional (implícito) da proporcionalidade, pois é superior a delitos como a lesão corporal leve

(art. 129, Código Penal), periclitação da vida ou da saúde (art. 132), omissão de socorro (art. 135), maus-tratos (art. 136), rixa (art. 137), difamação (art. 139),

injúria (art. 140), violação de domicílio (art. 150), para ficarmos apenas nos crimes contra a pessoa.

1) CRIME PRÓPRIO

É o crime que exige do agente uma determinada qualidade.

EX: a mãe no crime de infanticídio (art. 123 do CP)

EX: médico na omissão de notificação de doença contagiosa (art. 269 do CP).

2) CRIME COMUM

Ao contrário do próprio, é o que pode ser realizado por qualquer pessoa.

EX: roubo (art. 157 do CP)

EX: homicídio (art. 121 do CP).

3) CRIME DE MÃO PRÓPRIA

É o crime que só pode ser praticado pessoalmente pelo agente;

EX: falso testemunho e falsa perícia (art. 342 do CP)

EX: adultério (art. 240). Neste crime, não há de se falar em co-autor, podendo existir partícipe.

4) CRIMES HABITUAIS

São crimes que exigem uma constância ou reiteração seguida da conduta (habitualidade).

EX: rufianismo (art. 230 do CP)

EX: manutenção de casa de prostituição (art. 229 do CP).

5) CRIME COMPLEXO

É o tipo penal, que para sua formação, são usados dois ou mais tipos penais.

Ex: crime de roubo (art. 157 do CP), que na sua formação usou o crime de constrangimento ilegal (art. 146 do CP) mais o tipo do furto (art. 155 do CP).

ASSUNTO:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_funcional

CRIME FUNCIONAL– O que é?


Infração da lei penal cometida intencionalmente por quem se acha investido de um ofício ou
função pública, praticada contra a administração publica.
Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço

contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de

direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

ASSUNTO:
Considera-se Funcionário Público, nos casos infracitados: quem, embora transitoriamente ou
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública; quem exerce cargo, emprego ou
função em entidade paraestatal; e, ainda, quem trabalha para empresa prestadora de serviço
contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou

desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em

proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

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Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena

imposta.

Peculato mediante erro de outrem

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

- Funcionário público que se apropria de recurso público que estava em sua posse em razão do
cargo. O crime praticado é de peculato, art. 312 do Código Penal.
O crime de peculato acontece quando o funcionário público se apropria ou concorre para a
apropriação de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem
a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.

- Numa situação que se tem ou deveria ter o conhecimento que determinado tributo é
indevido, e o funcionário público o exige do contribuinte.
O crime praticado é de excesso de exação, 1º. § do art. 316 do Código Penal.
Excesso de exação acontece quando o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe
ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou
gravoso, que a lei não autoriza.

- Quando um funcionário público, propositadamente, não realiza o devido andamento de um


processo de sua atribuição, por interesse ou sentimento pessoal.
O crime praticado é de prevaricação, art. 319 do Código Penal.
Prevaricação é retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

-O funcionário público, por causa da função pública, solicita ou aceita certa quantia em pecúnia
para reduzir uma dívida de outrem.
O crime praticado, nesse caso, é corrupção passiva, art. 317 do Código Penal.
Corrupção passiva é solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem.

-Quando um funcionário público fica a par de violação de lei cometida por subordinado no
exercício do cargo e ao contrário de denunciar "Faz vista grossa".
O crime praticado é condescendência criminosa, art. 320 do Código Penal.
Condescendência criminosa é quando o funcionário público, por indulgência, deixar de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

-Quando ocorre favorecimento a interesse privado por parte de funcionário público junto a
órgão público.
O crime praticado é advocacia administrativa, art. 321 do Código Penal
Advocacia administrativa é patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

http://recantodasletras.uol.com.br/textosjuridicos/723400

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