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Sousa, M. Zákia. Avaliação do rendimento escolar como instrumento de gestão educacional.

In:
Oliveira, Dalila Andrade (org.). Gestão democrática da educação: desafios
contemporâneos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

Sandra M. Zakia L. Sousa é professora doutora do Departamento de Administração Escolar e


Economia da Educação da Faculdade de Educação da USP.

A autora coloca que o discurso de se resolver o problema da realidade educacional brasileira se


sustenta sobre a ideia de ser o desenvolvimento econômico a condição essencial para que o Brasil
se insira no grupo dos paises desenvolvidos.

Segundo a autora o governo federal vem estimulando ações que visam responsabilizar
individualmente cada escola pela construção de seu sucesso escolar e conseqüentemente pela
qualidade de ensino.

Enfatiza que essa política educacional está pautada em um discurso de cunho neoliberal, que sae
em defesa de um Estado mínimo, em nome de uma maior eficiência e produtividade. E reafirma a
não intervenção Estatal na economia deixando os mecanismos de mercado agir livremente.

Coloca que no Brasil na área educacional, propostas e práticas vêm confirmando tal
posicionamento como: as escolas cooperativas, o vale-educação, as parcerias entre Estado e
empresas privadas na gestão e financiamento do ensino e a implantação de sistema de avaliação
do ensino.

Mostra que o sistema de avaliação do ensino expressa uma lógica de gestão pautada no controle
dos resultados individuais, onde os alunos realizam testes padronizados que indica
particularmente o desempenho apresentado pela unidade escolar. Anuncia que essa é uma
tendência internacional de intensificar e fortalecer o controle da qualidade de ensino por meio da
avaliação de desempenho escolar. Alerta sobre a natureza valorativa desta prática e questiona
sobre o conceito de qualidade assumido por este discurso.

Revela que avaliação educacional no Brasil foi inspirado em uma racionalidade hegemônica da
ciência moderna com forte rigor positivista, tendo uma lógica objetivista e quantitativista de
produzir conhecimento, e um modelo experimental que busca na informação meios e
instrumentos objetivos que valide a clareza das hipóteses a serem testadas.

Sousa atenta para uma outra forma de racionalidade aberta, crescente da razão dialógica que
caracteriza a ciência emergente como um paradigma social e tem o pressuposto que todo
conhecimento cientifico natural é cientifico social. Esta supõe que a construção do conhecimento
na educação não deve ser descontextualizada da realidade histórico-politico-social em que é
produzida.

Informa que no campo da avaliação educacional, nem a educação e nem a avaliação podem ser
compreendidas como processos tecnicistas desligados de valores. Relata que esta nova
abordagem requer uma metodologia sensível às diferenças, aos acontecimentos imprevistos, à
mudança, ao progresso e a manifestações observáveis aos significados latentes. E que a
informação não é unívoca, nem monopólio de um grupo ou estamento.

Rogério A. Venegeroles aluno de pós-graduação.


Apresenta uma trajetória teórica referente à avaliação da aprendizagem das décadas de 30 a 70
com ênfase na mensuração, no controle dos produtos e resultados, por meio de testes
padronizados que mede as habilidades e aptidões dos alunos focalizando alcançar os resultados
desejados.

Manifesta que a pesquisa educacional nos anos 80 denunciou uma visão eminentemente técnica
da avaliação, que tem como um de seus reflexos a sobreposição de uma perspectiva
classificatória do aluno. Esta desmascara as ideologias de classe presentes nos discursos e
práticas pretensamente neutras, indicando perspectivas para uma avaliação escolar comprometida
com a democratização do ensino.

Divulga que as razões que levam a implantação de um sistema de avaliação de rendimento


escolar, como instrumentos de gestão educacional, estão na concepção do papel do Estado, que
instala mecanismos que estimulam a competição entre as escolas responsabilizando-as pelo
sucesso ou fracasso escolar, premiando aquelas que apresentam “bons produtos” e se não
punindo, promovendo ações específicas nas que apresentam baixo rendimento, em relação aos
critérios de produtividade estabelecidos.

Alerta para o seu potencial de intensificar, sob a classificação aparentemente técnica, a


seletividade social na escola, resultando em um processo seletivo que leva à ”expulsão” dos
alunos que não revelam probabilidade de sucesso nos testes.

Conta ainda que a avaliação de rendimento da forma como vem sendo tratada, está pautada na
ideia do mérito não só da escola, mas do aluno individualmente.E o seu desempenho é resultado
de seu empenho, capacidade ou interesse, sendo o sucesso ou fracasso escolar e social a justa
recompensa.

Explica que da forma como está proposta a avaliação, dentro de uma perspectiva individualizada
de analise do sucesso ou fracasso dos alunos em testes de rendimento escolar. Constitui um
descompromisso do poder público com suas responsabilidades na área educacional,
secundarizando o papel e a importância das decisões e ações de natureza política, deixando de ter
centralidade às condições estruturais relativas à formulação e à gestão da educação responsável
pela ineficiência e ineficácia do sistema de centralidade.

Para concluir insisti na necessidade de avaliação do papel e funções que vêm sendo
desempenhados pelas instancias governamentais em direção à construção da escola pública de
qualidade que acata a uma lógica da economia de mercado que tende a promover, não a sua
democratização, mas o seu desmonte.

A autora é muito feliz quando demonstra a visão de educação assumida pelo sistema educacional
brasileiro. Cujo à lógica é mercadológica e tem na avaliação de rendimento um dos principais
instrumentos de controle dos produtos e resultados educacionais. Este discurso atende a uma
proposta de cunho neoliberal, com o objetivo de redefinir o papel do Estado na gestão das
políticas educacionais.

O texto destina-se a todos os profissionais da área de educação que buscam compreender o


discurso assumido pelo Estado, em busca de uma melhoria da qualidade de ensino da educação
brasileira.

Rogério A. Venegeroles aluno de pós-graduação.

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