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Colecso HORIZONTE DE CINEMA 2 Cinema © Trasstiguracto ‘ewardo Geade 2, Signos « sigueasto ac Clneon Dislonkso dar Ciacatae (© Signiteante Imaglutlo—Puleantliee © Cinema fn ds Co CHRISTIAN METZ O SIGNIFICANTE IMAGINARIO. Psicanalise e Cinema LIVROS HORIZONTE ‘Title origina: LE SIGNTPIANT 1MAGINAIRE — Pycnanayse ot [© Copyright by: Unlon Géatrals @stions, Paria, 197 10/8, Sexi exnatiquer dvgita por Mike! Datrenne © Livros Horttonte — 3980 ‘radugto de: Annie Durko ye mere, tin ei teow ea wan Pinar aban me mae sn Peete ESE Tae wn tn, woe pn ‘Bmite Benvenate (Hommage solletty, Eaitions €y Seu, 1878, Pp os oes «rents acre # oP oo attra 1 © SIGNIFICANTE IMAGINARIO 0 signifcante magindeo 41 © tmagintr « 9 whom objector no ciema « aa tole do cota ei 29 nema, He SSS 1-2 0 Imagintrio do Invetiguto. eset, hngustin, istin, ‘Buceotlar’ frei, oatran polantins ‘Viraaeapiles de evans pleats pobre 0 ener: Eecoatiae & i ata ‘On grands Temes So ssc, y & Mestineagto, pete Sobre tov Saeed soma ‘rep de lgua atcigo de entitaso. 4. A pando pereber © saps eetpe do caus, roo do eaten de cies, 5. Negaso, fat. 1 © IMAGINARIO EO «BOM OBIECTO NO CINEMA E NA TEORIA DO CINEMA Qualquer reflesio psicanalitca acerca do cinema, reduziéa 4 sua jntengao mals fundamental, poderia defines, em termas Tazanianos, como. um esforgo para extrait 0 objectocinema. do Smagindro e traelo para simbico, spersee, asim, aumentst ‘isa rfleso com uma nova provincia: actvidade de deslocament, Ssctvidade territorial, avangada simboliznt, isto &, no campo do filme como nos outros, 0 itinsttio palcanlitico €fogo de entrada fasts, em relaglo 20. d= semiolégic, mesma (cbrctudo) se uno de uina semiologia mais clisica, ete preocupar com, a enunciagi. ‘0 ethar superiial ou a avider ritual de descobrir «madam as» 0 mais frequentemente posivel talvez vom um abandeno fu uma viagem ai onde, mais simplesmente — menos. simpler mente, claro, eu aceto a tentsdo (a tentaliva) de cavar um puso’ mals a prdpra marcha do conhecimento, quo sem cessat Fimboliza novos fregmentos do steal» a fim de or anenat 8 «rex Iidndes,—ellé fGrmulas que néo imaginames, Pel menos durante algum iempo elas enesixemse como ral» elo menos durante ‘algum tempo: tentemos enzo imaglnar slgumat Frequentemente se dise, ¢ com razio, que o cinema era “Tecnica, por out lado, que ¢ prop fe uma. epoca bi (a do captaismo) © de'uim estado da seciedade, a civilizgio dita industrial. "Tecnica do imogindro, mas em dois seniidos. No sentido ondinfio da palavra, como’ bem o most toda uina tendéncia rftiea que culminou com Edgar Morin, uma vez que a msioia dos fer conse em ras fon, «pone foro ins Tepouam, © parr do spice, aie © gina primero Tagan ono e cn to end acne, em {feo ain, opto 90 segs tena ifs com ae Sign 9 ope funda So «ipreo Stine” di antes do Ego que tambon canue pas Gogh aurea Sorel 3 eiptho fe leneo home a0 et mri fio ta fa al J van dike re Friuli de iodo criti mat odo como pre Side pvagio' posra ton fin, 0 ae nc do acre Gene (cicero gn), Ning dvidn de que foto € Tutto ple Jun tro tptio que ron one Srtufe gue mt cx. se foe comsear como um Terdolsro pogo piles, um proete dn. noo membros SEuinndoment pera Pru, a'nan diane —e mame Sole pr gurquar =e 1 8 dtr om alguns pore flrs eencule immense amilean dp imei com "Teer Go ipsa, com + fgua tenia sf a 1 Sd cnet, que marca do met mad e Ia lest, ago prose ao homer dat gun ines fac pave. © simbiio exit no x6 nos fines como também mas sfimagier de quem dle fas, por sonsepinis no exo que e100 ‘ comeyr, Por ero que 0 sina no scene are po- fn wi conbesimen, pois © tpho nla inerrtads, fan tesa eo sintoma ho operasdes sible. Todavia, € ne Gsra que se sua a eqerange de um pouco mas de scr, ¢ Sim dos sur avetares gue “nor ined no. compreendt», Snqvanio © imapintrio¢o lugar de ma operigad Taal fairl © cme, ge ening Dare saneas Mont Enancar 0 ‘imbotco a0 te propo. imaging e-devaver Simo um oibar Arrancar, es de neahum modo compet hone; pelo menor, nso no seido de um egesimento © deme fuga (de um medo) pos v inagidrio tanibim agulo aut precio reencontar, prtiamente fara tle nos no submersmot ‘Etefa sem fin Se agai pudewe realizar (em matin sinemsogré fies) 'uma pequena porte des trea, 6 me daria por ste, ‘Com eft, o problema, do cinema ndo far mais do 9 se redupicar num probiema da tora do cinema e nds pate thor rear eonhecmenin a 080 ret Gago "que Smee (ab 0 somos como pessoa, 0 que somos como cultura ¢ soviedede). Tal ‘como nat Tatas polices, ss nosias Gnas armas slo as do adver- Slr, tal como ha antopsogia, a acs nica font € o indigena, fal como na cura analtiea, 0 nosto unico saber € o do analisado, qual é também (as palaveasutizadas 0 dizem) © analisant, EO reormo ¢ apenas ele —movimeato, comim aos meus tts sexemplos», que s30 meis do que exemplos—, € 0 reloro que dstine tomads de posicho em que se Insugura o conkecimeato Se o esforgo da cléncia estiver constanfemente ameacado de reait ragufle contra o qual se constitu, € porque. se consul tanto histo coma conra iso, e que as duas propaigees de ceca maneia, ‘Ho agulsindnimas. (De modo muito semethante, as dfesas neve ‘cas eniprogadae contre aang, foram se elas propeas anslogenas pois nasceram na angistia) No tesrco. que user delimtar no ‘Sinema a patie do Imaginirio © de simbdlco, 0 ttabalbo do sit ‘lio corte constantemente 0 1sco de ser submersido no préprio Imagini que limenta 0 claema, que toma o filme agradavel © ‘que assim suscla Tnclusivaments a existncia do teico Vonade de estudsr @ cinema», como se diz correntemente): em tama, as condigSes objectives que dio crigem 2 teria do cinema fandemse com agin qe oman ea fain pecie€ peer nenfemente a ameagam de derapar para 0 set proprio contro, ‘nde 0 discurso do objeto. (0 disurio indigena da insituigdo ‘Snematogeiics) vem insidiosomence tomar o lugar Jo. dscurso sobre 0 objeto Bo ieo que hé que corer, nio tems por onde esolher, pols aloo correct & pra fomoy uns vii coms Rzem alguns joralstas de eineme, tagarela-se sobre 08. filmes de forma a prolongor a incidéncia afectiva © sor lmagindeo, 0. ficazmente rea. [Num outro texto tenei mostrar que 0 espectador de cinema smansém com of Himes verdedctesstelagSes de objeto». Noutto Togar's quis precisr, no seguimento. de Jean Lou's Baudry mas bliquamente em relagdo ar suis notivels andiss*, aqulo que © Yexeurlzmo do espectador fina a er com a expevincia primor Gia do expelho,¢ também com 2 ceaa primitiva (com um voyeW Fismo unilateral, sem exibisionismo por pale do cbjecioelhedo) pote altura de-recordar alguns dados de grande impor tacia para a comtindagio deste estado, dados que preeisem 2 minha intervengao pevtencem & histéia do movimento psice nulligo. Aoife de claro de objeto» — rlaso ferent tia, Bem distinta das relagSes reals com or object reais, e que fo’ obstante contribu! para They dar forma — consti uma at ontibaigbes especticas de Melanie Klein eo campo freudiano, f inscrevese tode ela no interior daqulo que se tomers, pare ‘Lacan, « dimensto do imaginéric. Azontce que 0 discume Tact. iano” ladelts, sem nea os tocar, alguns temas. Kieinianes ‘obiecos percals, papel do selo, Importines do estado oral, fantasmas persecutives de fasmentaclo, posses deprssivas d¢ perds, etc), mas spends do lado. do imaginsio, Por oso Tada, + Eonhecese a principal crfdca que Lacan far a Mélanie Kel teducio da payehé a um sé dos ses cxos, © imasindro, eustocia de ma teora do simbolce, «devido a nem requer vishambret ¢ tstesoria de signifieates."~Por outro Tado, & exoertncia do ‘spel tal como a descreve Lacen situese esseaialmente na ver tente do imaginisio (= formagio do Bu por idenificacde com un Fantasma, com uma imapem), mesmo que 0 espetho também per sta um primeiro acesso a0 simbslice, por infermédlo da mis aque segura cranea frente ao espetho,¢ cao reflexo, funcionando {igul como grande’ Outro, aparece forgosamente no’ campo espe- Gules a0 Tado do. da cianca ‘Em ums, 0. que ev anal ou tentel anlar, nos meus dois primeiros estudoe de inspiragio freudlana (redigidos_ varios meses antes deste), If se encontra estbelecido, sem que eu © {enka precisamente querdo, mum dos flancos da linha de crite, do imapindro: a fiecHo cinematonrica como instinct semiont flea, num dsses ensalor,e, 0,000, a relacko espectadonseran amo identficacto specular. B por isso. abe. eu agora cuerle thordar o meu objecto pelo seu flanco simbslice, ou, de proferen Gl. ela porta Tae cis, O mp snho atl de flr fo sonho ‘cinematogréfico em trmos de codigo: do 6digo desse oR Ao creates Para o especiador, o filme pode ocasionalmente ser um ymau objecton:acontece entfo.o despracerfilmico, que teto alg tes (igs 114116), € gue deine fluo de cron expectadors com certor fines, ‘Todavia, a relagio de bom objector, numa perspctiva de evtce sciosistriea do cineme, € male fendamen- fal porque €ela e nlo 0 seu inverso (que aisim surge como © 2 rulogro localzado dale) que constiui a finslidade da ion {uiib cinematogetice "e quc esa lime ‘enle-consanteonte nants sete Tnstiuiglo cinematogrtice (lo a isn: no apenas & indiste do cinema (qu funcion pata ehcher als © Bo 4 cova) as temben a maguinaia mental —oota india — ‘que os expectadoresshabitendor ao cinomay hisoriamente Iie Fotizaram e que os tora apios pata eonsuir os mes, (A instr {uo est fora de nos een em 6s, inltnamente clectva ¢ fatima, soolgice¢ puicenlitcs, do mosmo modo que a pro fo gral do ncrtsfem por corliio individual © Edipo, a cae apd, ou tales, outros estas de socledade, figuras peigles ‘dfeestes mas que Au mance, também imprimem # asi So em nie) A sogsnda miguina, io é = ropa socal da Imeapalclogia espettoril, tom por fondo, tal como pamcre, tuner Nos be ince poste ous scan de bt ‘Teme neste caso o cma fle» ¢'um falhado da istigs: ‘amos 20 eines porgue feos, votade, fo poraie. no cae ‘epupdncia e vamos a esperaga, de que 0 fine agradae © ‘up © contri. Asim, pra filmico e deoprezr imc, epsar de coresponderem a0 dls objector mani fabicads pela slvagem perccuiva desta por Melanie Klein, nlo se eacondram fpara‘aGs cm posgdo de simera antic, ma ver a silo ‘bo te todo fom por objetivo © razr fico © apenes es Num sistema social em que o espectador néo esti consiren- {ido fisicamente a if ap cinema mas 20 qual, so obstant, ¢ tpor- fante que vi, de modo a que 0 dinbelro dado & entrada permita rodar Outros’ filmes e assim assegure a suloreprodusio da insi- luigdo — a caacteristica propria de toda a verdadeica insti Ee serena oy esaimoy da ua feet —, no hi outra solugzo sendo a de insalar dispsives que Eaham’ como finaidade eleio dar a0. especiador 0" dsr ‘espontines» de Trequeniar as sal ede pagar 0 acesso a clas. ‘A mdquins exterior (o cinema como indistia) e « méquna interior (@"prcologia do espctador) lo. extso apenas em rlasS0. de rmetifors, em que esta decal aquela, a cinterioriza> como umt rmoldagem invertda, uma cavidade receptive de forma tote, ‘mas também em elagso de matonimia ¢ Je_complamentardade fegmental: 4 vonale de ir ao cinema & uma especie de reflexo (que a inddsra do filme dev forma, mas € igualmente um elo 8 real n0 mecanismo de conjunto desta india. Esta vontade ocupe tm dos postosexteciai no eireuto do dinhero, na rotpdo. dee ‘apitais sem @ qual nio se podeviam erodars mals filmes: & um Posto privilegiado, pois intorvém logo e seguir eo Irajecto do ‘ire (que Suporte @ ivestimento nancrre ats empresas de cinema, 1 fabricapio material dos filmes, a sus dntabuigso. © paseagem fm sala) inaugure 0 circultotegresso que leva o dishelro,s¢ possvel aumentado, desde o-orgamenta individeal dos expectado- Fes até a0 das casts de produgio ou dos seus apoics banciris, futorizando. assim a prepararao de novos. lms. A economla libdinal(prazer fimieo na sua forma histvicamente concreta) manifesta deste modo a sua corespondencia com a economia poli- ica (© cinema ectl como empresadimento. de mereado), sendo aligs— como 0 mosica a propria enstacie dos eestudos de me ‘eadon —um dos elementos espeticos desta eonomia: € inso que Pdicamente o temo motivardo waduz nov inquslos picoso3i- Toglcos que esio dievtamente ao seriga da vend, ‘Seu into em delinir 4 insituio cinemsiogélica como uma jnstincia mals vasta que a tndisiia do cinema (ou que nogio correnee ambigia de «cinema vometcals) & or sa ‘este duplo parentesco —~ moldagem e smento, decal ¢ paste — feptre a. pscologia do espectdor (einulvidual» apenas em ape ‘facia; como noutro lugar qualquer, © que hd de individu 0 spends a6 suas varagdes mais ténues) eos mecanismos finan. feiros do cinema, Taber 0 lslor se Srte com a mins insstncia reste ponto mas seria conveniente imaginar entdo o ques PED ftria na ausincia de um ta estado de cola telamoe do supor {ald menos)-aexisenci. de alga corpo especial de poll, fu de um qualquer dispostivo rapulamentar de contro « pos. feriri (zuma catimbadela nos bilhetes de identidade, a entrada das salts. a fim de forgr as pescas a ir 20 cinema, Isto € um podacinho de fipdo cients que uilizo de forma absirds mat fue, pelo menos, possul a vantagem, paradoxalmenta duplice, de Sorresponder simultanesmente ums situario que, na sue forme ‘etalizada e-foclzada, lo. delta de tot os seus exemplos fesis (como noe regimes politicos em que cerios filmes de ro. ‘ganda directa so pratcemente . cinthigue (Pars), ne 48" (70), pp. 28 eaten, 2 sa gem tin ts srt ‘SSlong, 47, yiaefafeanedyee ce agama. op 96H 1 Ei citer a rey ig ats8in-tommanicaton, 3, ons Se atta stm wa Pete lo Veramung (= 8 (e)measio), 192, pp 2-18 n0 vl Bias’ pp ISiIBe de Dscrur, Pipe, Bors, Windhoek, 19TE 2 2 (© IMAGINARIO DO INVESTIGADOR Pengunto a mim mesmo qual seré de facto © objecto dest texto, Que inertna motris € esa sem a qual nso teria o deseo de o escrever, acabando pois por no o escrever? Qual é 0 meu Itnagingro neste momenta? Apesar de ni fer mas esperanges, 0 aque € que eu tento levar a cabo? Parecemme tatarso de. uma pergunta no sentido. material desta palavia uma frse terminada per-um onto de inerrogs- (Hoe que, como not sonhos, etd ineramente incerta perante ‘mim, armada dos pés 8 cabegs. Vou desdobrila em seguida, mas om ess cofilene um pouco obsessivo que faz parte de qualquer Ssplreese de igor. Soletremos emtio: «Cual € conttibuicso que a psicandlise freudiana pods fornecer a0. estado. do sigificante Imagini?» Em fume, o conteddo manifesto do seu onto ¢ 9 sua iner- pretagio (assim @ espero) fag 0 argo. — Para jg velo nee tes pontos vivos, ts. pontas odas. Examiaemolos separedamente (@'Traumadeuiung aso. nes tonvide. assim como 2 necesidade minima de ter umn epleno»), asociemos um pouco partir de ‘ada tm dele. Eses pontos oo as palavas wcontribulcdon, «pst andl freudians» c, scbrerudo, eignficante Imaginiiow Primeiro: «contrbuigSow, Este termo dizme que a psicané lise nfo pode sera nica discipling ineressada no estudo. do HHpnificante cinematogfiso ¢ que € necosivio oniat atclar o feu contrbuto. com outros, pera comegar, e muito directamente fom 0 da semolope clase, iste é de Inepraydo Tingusia, Pa principal guia das mins primeiresinvestigages filmes, bo En din, der do véios cuit — Porque adteciamentes? orgoe {linguistn e's poitandine aio amb sinsins do simbdlico; #0 ‘camo, tefletirmos nso, ab ds Gnsayciacay que Lem om Aja imeisto e ghico o faco da signficagio como tal. (Eve nema gue sodas a lenis we nterstam por sly mat ca Ae mancia tao frontal exchsva) Posse comidera, om od Spresadamente', que a lnguttiea — com cs ets patente pr lmos, nomesdamente ‘login. simbsica. modema parila ‘xploragio do provo secudira,e-n pcan » do proceso Brimarios significa ito qoe a dust junit recobrem todo o campo 4p Jactosigiapao tomado em st meso. A linguistics © a sie nde so an vas sfontes» prinipas da semiclogs, as uss ‘isis que so smitcs de uma ponte utr, pot imo que tanto ume como outra devem st its, por sua ver, humo ferera perspetiva, que Vem a se como que 0 4 pana de fando comom'e permancne: 0 vt directo day sos Usdes, 0 crlce hstrca, © exame dos infwestratures. Dest vez S jungdo € muito. menos féil ee & que a outa 0 ©, porque © Sigificante tem as sas propis li (priméias ou secundaria), nt economia polica também. Mesmo Wenieamente, se se pensar to tabstho. qotdiane do investgedor, nat sas leurs, na 0 documenta, etc. a pra; correm 0 risco de negigenciar tudo agullo que nos ies ‘icapa 80 psiqusmo consiente e inconscients do cincaste como individuo, Udo o que € marca socal directa e que faz que nunce ringuém teja © autor» das sige cobras» —infludncias © presbes de ordem sMeoliges, estado objetivo dos cigos e das tenicas lnematogrifices no momento ds rodagem, ele. Por isso aquclas vis no tém validade (e julgo que elas tm uma) a nio ser que : 3 seu propio sea dete inco balizado (= priatpio de pert Stacia ergo depois dura oat, tf 2 sss tearem claamente como fenatve do aiogéstico (Rosogtlica ou araceil) que inidem sobre pesoas (teas), assuming dee modo a ua dopla indiferenga face a0 textual € 20 social. orem, tuo seria euaio fait deinlereaga pars com © significant bo que Tespste sql vis, so bem que pot vezs ino se faga quando se comeniam os seus suivletes ierdion No sera nao, ¢ a por dos motives. Nao apes eta pes ulnar tm como’ princpfo contr coros spectro filme om ure anos sigiicants Gignficaies mieten de um pig Socnor aperens), como também pode aontesr que or wayor mics asim redos percaram deo wanbem, no aio do fe, Allo que o-semilogo inl no splano do 'sgnificane"s, Ot temas abivaisdo_um ‘inet, eb ah personages, ¢poce em fue naturalmence stun ap sun nrg, poem informar nes tbre Sua antares pesol, mas a mance como ce mobilize (ov 100. Iulzg ‘selma, somo plaice mania sy sequal, tambem © podem fazer. tan Gan vias de pesquisa no sto exictamente Scstador de sigiisdos. O gue est powsvom de expeciica € 9 intrestrse por pees ¢ alo por fais de dicrso (= tos Hlmicos ou clas cnematogréicos estes ion a Ines inte reesam devia & sun lopca itera. mat antes comm melo eat ao qual, agu ca vim procure inicyies gue lies er mitam compreender mor a penn. PSICANALISI DO ARGUMEENTO Isto leveme a uma terciraorientapio, a qual considera com smal clareza 0 filme como diseueo. E menos simples de detectar ‘que as dost primeira, c sinda nlo sel se ela se desenha bem clo Fumente no meu esprit, Por esas razbes, enum primelto tem} fim tani simpifiendor, vou designdle como estudo psicanalico dos argumentos de filmes, Claro que tal oxientagio mo incide Sempre sobre o argumento no sentido mais limitave da palavra (ee folbas estas a pair das-quals 0 filme fol rodada)esten- dose também s numefowos tacos que nfo figuram nese esqueleto ttetto (0 qul,aliés, nfo existe nalgumas rodagens) mat Que, 180 fbstane, dependem do argument em setido Tato, em sentido Yerdadeir: argumento implcto, se. necesstio fo, argumento ‘efiniivo apée = montage —ne medida em que se tratar ands En de elemenoe que ti. gualguer cota ver com a ing, «situ Sees personage, plage, eventual seatudo de costumes te uma’ alae, a tematcamenleta oo Sime, encareda' efor eco ei on porno, Duin dea mana ge Inenio figura ua once bane ambigu, fugidie, © por tanto mais iteresane". Por alguns doe ses upeios et do Indo do sgiiada: 6 0 que aconece w cloemos 8 sua Irene, or vin epee de comutado, os diverse ellgos aravés dos fins € apecnide ‘elo cpecaio, cdgos- cicadas GE tnalogt visual e Eudhva, moategem, ce) ou nlocinemaio frais, como a lingan aon ines soot: talese do atoms Sue seriem pra comunicaro argument, que nao se coalundem chu le com rela aon qua sora ui sigacad, Sian aes deine comb 0 count ds temas spans do ime, como Sun dimenséo mais tral (= denotogio trcnstancids). Nao ¢ Svideatemente 2 siguiieagso mais imporanis. co fie, mae & fndapensives ee quoenos ic man alm como o quer or et ds pacanliticos de argumentos. Ester estdor tom somo primero fo o de cansormer o argument mom signicens ede ol {pate dle sigllagdes Tenor inelataente vives bert lay ov malor, abn cabe ear (ques dia: compe smeblas B que aio se tata de pretender revelar us seni esco- Sido, uma optic de sogado argument, armaco os pes 0 Sabeya do cao © peremptrio como oul, dee se dinguindd Spee uh pul e ogi gue mks ve parce ot tog ee esondiaes afi © de o, uma ver aie © ‘Semnaido ser du menus txicae Zurn que o nlocicondi, (Weue cao, er neceniio fazer de propésto para 0 econde Ss proprioneonhor io tem senda ate, seo compresndermos oa anes tho segundo sotto abo soo, fo Bat do que um, gue € manifesto ed sceno ama de inca conclude de “igiizagesnaparetes) ‘Também uo se tela de queer cua’ ine Gumenit oy curonrb) com ts ou gato ves Ae sentdce cada vee mais eprondon, conserando sil, de Sim fixoe Tn e a concepto de cade‘um dele como uma ins {Gos que tom, na expagao (com dierenar degra), a mee trdem de rlaoee que o argument verdadero (para © Smplee iene, © argument, so hima do que um): sen winday 90 ciao, deamalpiado,seredtar mim sgnfeado Vedons,« deve ‘oodo bloguea a infnla procure do tmbelco, que mum setido {Gamo 0 imegindio, do gual se toe) nde todo ele nena ga 3 [Neste poato, ¢ no que concernc as passgens corespondenies de Langage of Cindna’", nomeadameate 4 no¥ao do «aisema (2% tale it tomo & apresenlava ness ivro bude em pare Ge opinido (Go, se x0 preere, € 0 que cu cotsieto como um eoainouo da ‘poitanalise 8 linguistics) E lato que ha sitxia textual so por Fo entende Gualguer coisa que e sempre de ordem estrutral ( elasional (mas nao Torgosamente exausvel), que € propria de lsh fme dado ¢ nso do cinema, qu se disingue de quuqeer ‘codigo mas combina virios. Porem, jd azo crio que cada Lume fenbe un sistema textual (aguele qué eu propus, pp: i 83, para 0 filme Zaiolerance, de Griith , no ¢ venio um dos posses, time etapa num trabalho do lterpretagio, capa que, ness aura, io foi suliientemente apresealada como tal); também aio cei, ‘ouforme previa a posiblidade num capitulo especial (Vi. 4), fenhe virios sistemas textuais bem distintoe ¢ em mimero fxs (Garis sleturase dem meno lime). Actualmente neste (Ou heses) sistema) veo, de preferéaca, comodidades de trabalho wep é exaclamente por iso que primsizo se me tinham impos [Em cada fae, convem ver em que estado esto os utensiios exes S30 tuna espécie de ablocoe de interprelapios jé estabelecidos ou pres fentidos pela sndise, coauntos de sgnfieagao (ou um vaso con- Junto unit, segundo os cass) que a anise, nos diferentes momen tos da suo marcha de fecto inmermindvel, j6-arancou 2 espessura indefinde. do sistema textual tal como agora o entendo. Este sit tema ndo é outra colsa seo essa perpétua possibiidade de ume Sse tat sbi, ou ind ats ape, dew sare Inento dos elementos sepando ua outa configurepao, do levante ‘mento de uma nova erremetida significacional, ‘no anulando as precedentes (como no iaconstente, em que tudo se crescents), fas compltandoas ou, outta vex, deformendo-es.e complican: ous, de qualquer mantia marcando poatos aqu eal, designando tm poueo de lado (sm pouco, ou mais que um pouco). 16 em TLengoge ef Cina eu dava uma grinde limportncia ac aspesto inkmico do sistema fexcal, produgso mais do que produto, que ' stingue’ do exatsmo eatacterisico dos cdigos. Actulmente pereseme, que cla arremetda, esta «actividades ndo jogs apenas Bo interior de um sistema texsal mas, para um mesmo Hime, entre cada um eo soguinte que se descobrir; ou eno, se se com 1 miuto portugates Inolernsia, Ano: 3818 (8, do Ty 36 sidera que existe apenas um ssiema, anaista nunca mais acabaré Ge o explorar endo deve procurar Um atime. Deste modo, as anilses de argumentos elemento. entre culres do. sntma. textual — protendem it mals Tonge que. préprio argument, que 2 sinliga pura, como por eres se diz (mas sem rigor, pos ese nivel manifesto inclu am bem as personagens, a sua posigdo socal, os Togares.degsics, fr indlcagger de Epoca e multor cuts tragos que ultrpacsan eco). No sentido lato que The atribuo, a insincia.urgumen: tistca oscil doravante para o lado do significant, uma vez. que deizou de Sor rforda aos e6digos de exprossdo que a comunicam ‘mas Bs Interpretapces a que dé acesso. De foyma a mostrar, como fzaba de o fazer uma exe de doutorsmenio™, que um dos ssen Tidoss de Red River, que Howard Hawks, €-o de apreslar ‘uma jusificasdo da proptedads privada © do dircito de conauist, fe que um outro dor revs tenidos se dove procurar do lado ds hhomowsewslidede maseulina na sua varlante misogina, 0 que se deve examinar antes de tude 0 argumento do filme a fim de hele encontrar cs indies. corespondentes, © argumento. deixou de ser um significado: em neshuma parte do filme est claramente ici agulo que ee eta de dar. Enudar aumento parr de um ponio de visa psicanalico (ou mais fargamente emidice), € consitublo em significante, 'Nette aypocto 0 argumesto assomcibe-se ao sonko, tal como rmultas produgées humanes, O sonbo manifeo, ito é, simples Iente, © sono —vconteddo. do sonho» em Freud. em oposicdo fos spensamentos do sono» —, € um significant para inter pretagio e, nlo obstane, ele préprio nfo pode extabelecerse (ser ontedo, €, pare comesar, comunicarse 2) apersepeto conseenic 4 sonhader) a ndo. ser como significado de diferentes e6digos ‘de expresio entre cs quais a lingua (nfo so sonha nas linguas {gue #8 no sabem). No haveria sonho manifesto, logo aio haveris Interpretasio, se, por exemple, © sonhader no, identifiasse ne- num dos objetosvisusisoniios, sto 6, seo ebdigo da prcepeao focilizade The fose estenho, € devo a ele resonhecer alguns je outros, impessivels de identifica, adquirem 0 seu verdadeiro o argumento é um + ue portugues io vermetta, Ano: M6, UN. do 7) 7 valor enigmatic, ou entéo que os objects compésitoe (= conden ‘Sigfo)surpem como tis, o que pressupceslguma idla, ow alguma fuspeita, sobre ce diferentes abjetos que se sobrepuseram num pelo menos, sobre a. sua plurlidade. propo. imaginsio também necesita de se simboizar, © Freud notava™ que sem ee erase sundae eign) nfo hier en roraue © protest secundirio € condigio de possblidade do acsiso 8 onseincia, Pela mesa razZ0, 0 argumento, instinca conscente f peveebida, deve primelro str sgnfiado ‘anes de gue s0 Ihe potta fazer simifcer 0 que quer que sea Pt As_anfces de argumentos no #80, portant, estudos_ de significades. O que me impresiona & que por yeas clas seam que qualqser sgnificane tem ele proprio necessdade de ser significado, © que qualquer significado, por sua vez, nfo pode ser seni significante.(E Isso mesmo, ext reper {usiio inzesans, o trabalho do simbdlico: no se podem cons fuir elementos em significance spuros» e outros em signfiendos spurose ~ alié, este adjectivo € muito inctmodo—a nao ser em felagio. a um efdigo preciso, uma pesquisa detenminada: 4 ut Segmento, e a um nico, na cadeia indefinida de significacdo) ‘Quanto to argumento, aeontece que. se confundam duas cosas ‘iferentess 0 su Tugar mo ‘exo, no filme Ciaslincia manifests de parte # pate), onde cle € 0 sigaficado apazente de sgnficntes Bparentes, eo Seu lugar no sstoma textual, insténeia no manifesta de que ele €0 sgnficate aparente (ou polo menos um dos sign ‘cantes‘aparente). Neste ponte, as sugesies de ingustica e a5 de peicanlizetocamse de manera clare. Apoiendome apents nat primeirs, the distinguido com culdado o texto, desenslamento [tested © 0 sistema textual, que munca € dado e'nfo preexse 20 trabalho de construgio do vemislogo": jf era definr a sua dis tein como gue val de um contetdo manifesto 8 sux interpre. tagio. O sistema textual faz pare dese estatuto que Freud por ‘eaes nomeava o fofnte™,e que simultaneamente eobre o incon cenle © © preconsciente ‘Alguns estudos de argumentos orientam-e_essencialmente ificagses inconeietes, correspondendo esse modo Sp que é mais comum esperarse de-uma porspectiva de inspirago ‘eicaneltice. Outros incidem principalmente eo nivel dat signif {Expbes preconsclentes: € 0 que acontece com a maior pare. dos fextudor dito +ideolépcos» (dei atvés um exemplo, 4 Propéallo fe Red Riven viredos para ecamadss de sentdos» que no fgu- ‘am clramente no filme mas que canstuem o seu implica mais do que o set inconsclente, Dist ado rea gue ce etudor do preconsciente argumentsico sje Torgnamente emenoe Pica Fiison tudo depende da mancra comb si orietadon © © plc sie comperia ‘uma tera. o_preconsente (vad a0 ome. fava esta losinla como abr, nleresovse mullo por eh omeadamente na Pacopoologin do vida quotidiona conser fue ina episode sacpunds censure» Snemicemente Tiada, > Primcieyseparavetopiarenteo preconcene") —~ Dat tambsm ‘io emita que issloga sua ume produgio excloivament pre Conscener € mas provivel que, como. motes cutee formagos foals, tonka ah Sue camadatpoconiientes cs suns cada inconsicnts, perar stan nas teem sid, sole posse xploradat (ada meso, antes de Dslene, Gunter e Lyotrd) © ‘Herve mais ou menos dx iclogin na sua concepsso clin Simplemene (@ isso € ura quesio defacto, io de dre), os tstador ideoiics, de momento, Incidem qosse sampre sobre 8 ‘dsoepinprecosciens. Como s¢ sabe, € avo que Thea censor Dales Guster, proospados que ttio em procirar = marca a histoia no. pra inconsent ¢ simitaeamente baste ‘éptsor ecrca da prpria nogdo de ideiogi, pelo menos nas ‘ss formas atu De qualquer mancita, as andiss de arguments, se forem razoavelmente profundas ¢ diserom outa coisa mals quo evidin- ‘Sas, explanam a perspective de um eaten» de que qucrem apro- simira. Sem vid que & por so gu em eros css, li mente se distinguem de uma culra espécle possfvel a" quar portanto—de tabathos pelcenltcos sabre ce files: os que tm fm visa, como os precedente, o sistema textual, einterpretssSo, fs gue ele te lg « pn do cejulo do mati ico ‘manifesto sigaficados © significants), e nfo spenas a pati do Unico ignificado manifest (0 arpumentc). Eo filme intlro que ‘agora se constitu em slgnficante. Deste mode, o que & surpreen- ‘dente ne interrotacto simultanesmente (deoglea epsicansiice ‘que Jean-Peul Dumont e Jean Monod” propuseram de um filme de" stanley Kubrick, 2001: Odiseia no Esporo, € 0 haverem ‘mobilzedo final, como indices, vitios elementos, retirados de femftica do flme'e outros que pertencem ao signficante propria mente cnematogrdfico, ou pelo menos 2 utlasdo que dele faz © flme em ext. Nas intas entrar de ocortnclas © de coscor ‘enviar catbsecdas pelo autres, eacontamon, por excmpl, {@ 199), ce Hens eTeavelling paa's frentn e ervelng pare ‘is tacoma noua Pasagens se encore «Grevidedes, «ARE Vidades, «Nave sspcialn, «Oso lang ao ar polo maccom, ee ote procens vane diflcidader no medida em gue os slemen ton cinematogréficn eos eementonanpumensios nig io TOE Ildores da ema oncina (or autores tom maa tendecla @ ‘digas 9 Signin) cna media em qe ago. que Eins, que nos Gd o mas ence asso a0 soa fx, som ‘divide slog dane com cs outor © ao uns nem cute, nem ‘Sus soms. Poré, mum pont, sis imponant, ao femor mals do que aprovar 0 mlodor 0 sgnficane imico £180 Indica flome,o teu significado no gue conesrne ss spnifcagtes lentes oie, todo material aparente & pasivel do uma leur sn: Soa. (Esconteamos al ums consisted. banal mes. erdadta {Tus sempre mal enaocada« efowmas de am filme informa, thao acerta dele quanto 0 sconteGdor accren do acu endo verdadero ‘Non? 25 de Communications (19754, o admixivel extudo de Raymond Bellour sabre North by Norhve?™ de Hitsosk ‘norte malt bem, parsceme, aslo que se pode esperar de uma ‘ordagen’pcnaics sinisbamet sta suc {io argimento eb sus avulacbo repro. A evrutira edplans este em cvidnci. por esta anise tnlo informa o-argmento {Gor assim dizer, ent grande ela) como or exquumes Ge men. {agen na sequticis, em mais pequena eccale, de mancre que nite significance 0 gnicado manifees do file rela {aio manifesta) € de uma redupicasio especlar ou de uma Insti, de una: metsfora de microsoma 1 macrocoma" Intent esié duplemente ancorndo no. sparen, ale #2. poe. let dust vets, em Zuas pindezy segundo om morimento em emia om ‘ste movimento que nao" ¢ exactementecnemalopaico © fur nfo concern apcogs 8 Rina comada, mas que se nstala {foca ene ce ois (e oe noutorfimes outa se), aproxima. Inaos realmente da orem 0 sistema texitel fl como e8 © entondo yo, ttuo transla: La Mort ua rouse; tule ports rues nttign Poach 18 do «0 As pesqusas deste género (a quanta que enumere) sto, portato, estados de sistemas textuis, Ax do tereiro grUPO, pare 5s quale conservaria 0 nome de estudos. Je arguments, também (©'s80, mas segundo um dngulo de incdéncia mats parcial: 0 argu ‘ent @ um dee dados aparente mas alo 0" Unico, um dos ele Tnenios que ace intoduzem ne inirpretayao mab no o dic. {Ao isola arficiaimente dos outros, corremos evidentemente 0 Fsco de destigurae 0 conjunto do stem textual, uma Yer que Sig fra uh odo, so haeria vasa vale ws lies de argumentes no wu proprio principio. Mas para multos filmes, nem todos sem interes, o invonveniente € menos real ‘do que parece porque a dimensio do argument desempenha neles tam papel considerivel ¢ trabalho do sgrifieante. enematogrs Fico 'é bastante reduzido. Em compensapdo, para outros filmes (oltre este ponto), andlse do argumente ¢ wina abordagem Jogo primeira vista insicente, alts em diversos graus, to ddversos quanto a imporiaca relative do sigumento Ro sistema fextal, muito vetlel segundo os filmes, PRICANALISE DO SIGNIFICANTE-CINBMA A medida que desdobro (apenas so nivel do preconsciente, de momento) esl imagindre cleafico que se exprimia inicia mente aumna nica frase, vourme aproximando pouco a powco dos problemes colocados 4 um estdo peo sgnifiante do cinema como fal, o patamar da eospcificidade cinematogeificay. & proprio das fndlger de argumentor fazer abstracrao. do sinificante ma inspiagio freudiana enconra aio seu iar tel como o enconta ‘in nos extidosestticon exteriores a0 cicina (¢ com 2. mesmas them soohecidasdifculdades, que por esse vazio deiare! de ldo). sas pesgulss podem ser pelcanalfcas mas, no fundo, nBo slo Cinematogrfies(apetar de, por isso mesmo, estavem mulio adapt ‘das a aguns fies). O que clas «preanlizams nao € cineme may uma hstria que azontece ter sido. contada por ele (e hi Imutas)O argimento de um filme pode ser atedo exactamente Como um romance e, aqui, podiamcs acompanhar em bloco todo © desler |fcissico ds relies entre a psicandlve ea etica Tterdria (= asedncia do vis, por consegulnte, do uma aulética tranafertnela, 0 aleance exacts’ do mélodo.propesto por Mauron, ‘ce), Em tims, 0 que ditingue or estuden de. srgumentos Cc Também or estudos nosogréficos ou caracterolépcos) da via que a gui teato defini, ¢ para « qual me encaminho aravesando pr tir tado 9 qu eit nio nko €exastament, somo quis or {eélo por meio desta tavebsa, que eles sejm indfeentes 90 flglficaie mas sim que 0 slam em relgSo ao sigpificante cine: mato, "Talvesslguém se admire pelo facto de, 20 falar Jongamente sobre eves esto de srpumenton, em saguor ‘er do ida Ae Tembrer gue cls ss tornam imposes no caso de certs fies os filmes. sem angumento: Coes sabsiactons, ines de. «va {Gurdas. dos ance 1920-1950, filmes de pesquisa actus, etc. Ov Enlio (é a mesma consatago em estado stenuado) que o ineresse ‘ewes entudos, quando sf possvels, val deerscendo'b medida que © fme epreendido mals escape (nem gue sea conservando Ue “inties) 80" regime. completo da naracsorepresenosso. (HA {olos or casos inermsdron: os fms de Eensicn slo digo Is sion menos que « prodocio corrente de Hollywood) —E Caracteraico desis filmes, num OU oul fet, que 0 sign Sante sinematogiico abandone © etatuto de voitlo neue, © transpaente so servigo.mediato dem slgifcado manifesto 6 se So argument), « que, Peo contri, tnda 8 fnserever 0 seu prOpro logo, © eneatregarse de ume parte cad Topas imports delicate & Conjno 3 fie, ill fando assim cb estos de arguments numa. proporsio crescent tomandoor impostves em casos exten. "Quanto acs trbathos da quart catesoria (estudes complete io stems txt), iningvemse, pelo condi el sua reocs pacio. elo significant, sendo mesmo susceptres de exlaeret ‘vse functonamento de maneiraparcularmenteeflcr, ne mediée fm que apreendem, como em qualquer estudo textual, no quadro sam corpus Tnitado om ii, alguns Times do mesmo tor fo do merino gener), por conepuinteexplorzvel em grande’ por tenor. No enfant, 6 conhecimenta psicnaiio, do sinfiante 4p cinema (60 slarifcamectneme) nla € 0 su obecto propio © nico (ese objeto € a esata de um fime, dao nome que Thes 4d). Algures* tentel mostrar que ssema fextea,« nterpetacto ‘de cada filme nn sua singlaridade, se constitu por defini mama ‘specie de gar mito em gue o# cSsigos epeciicos (mois ot toenoe proprios do cinema ¢ 86 ele) ¢ os Sdlgosnfo-speaficos {fs ou menos comune efinguagens» diversas e a um extado Ae ultra) ce vem encore eenlacar uns nos guts. Com eft, fmbora as figuras de nema, cosideradas na sun spnificagSo mais ited, ee dcsem cl mesmar anatsar nim sgiiante © mum 2 significado, ¢ a figuras cultura também, as primeiras, apesat ‘dao, arromemte qlobulmente no sigificcate ¢ as segundas no Signiiad (manifesio), esto desde © momento em que se ence tam signficagdes menos pontsis ¢ prdsimas, desde 0 momento, fem suma, em ques comogs a abarcar 0 filme intero (como Drecisamente 0 fazem or estudos do sistema textual) © alo jé 0 fvalore de fal movimento de cimara ou de tal frase do dslogo Em qualquer arte do que so trate, © significa Iateme de uma “lobran singula tem sempre qualgéer coisa ver com este engate aire um significant global ¢ um sigalficado lobal, ou, dizendo toslhor, entre uma eypocfcldade © uma generlidade ambss sign Ficantes, Tretase do uma instancio — de uma Impulsto, de prefe Hincla=, que estf sempre profunda © intimamente revolvida © Imisturede: @ que ela nos «diz» rolacionase com essa propria arte relacionsse também com uta coisa (com o homem, s sociedade, 1 autor), mas dings tudo fio simultaneamente, como de uma sO ets A obra de dceminada ar cule gc ea aie ao mesmo tempo que nol apreveta, porque a obra €simultaneamente menos ja essa arts, Onslguer filme nov mostra o cinema e € morte desc cinema. por isto que existe espaco para um ginero particular de tefledes”picanlitioas sobre o cinema, retlexses culo espectico ‘erin preisamente 0 de indie sobre 0 proprio cinema («nfo sobre OF filme), sobre significant como tl, Como em qualquer outro ager, toemes com eertera fendmencs de caalgamento e acute lrncremos em nfo. erigir agressivamente (medrosamente) eta ‘viniagio de trabalho nim sector fortfcado, soltrio © isslado dos outros. © conhecimento psicanalitico do sigifieante cinems togrifico pode progreir bastante gragas «studs textusis espe CSamentetentos aos funconsmentor propels do cinema no seu fexto,e tamblm gragas 3 andl de certs filmes em que 0 tr ‘etho do cineme £ mas fmpertante que noslrer (pareeme ser a fester dos tls, nameadaments, que sio de grande aleance pet fica como a de Thiery Kuntel), Uma outa via—aquels que {inha em vista e 3 qual agora chogo—consiste em examiner ‘ictamente fora de qualquer filme particular, as_implicardes pcanaiias 60 clnematogsfico; € 0 que faci, cu pelo menos Eemeparl, na segunda metsde deste texto (capclos 3.4,5) e na ontinuaclo deste livo. ‘Durante os anor que se seguiram a 1968, 0 equipa dos Cahiers da Cinéma, em Prange, deempenhiou um pape importante fo aparosimento desta nova oventagho de pesquisa; estou a penstt fambe “6 fem particular (mas fo a6, visto que havia um conjunto) em ‘ea cai de Jean Colo de Pad on ny estador dese genera foram por vez sieados devido 4 Sun abscriade ou rbuscament moda © porue samy tint de reds, to cps, cesta sen Seimando tereng sem reaimente © ecupar. Negune casoe (Bem sempre, lenge disso) esl erdcar no cotm completamente 20 Indo, tas de modo neshm podem fazer eguecer 0 ntrsre «14 scoldade ds aberira, do eee, da deco" desgnada eno ext sim tho frequents haver na tern cinematopticeansson, uma ‘reocupasSo em eslarecer tm termes frevdanos fendmenoe somo {foraciecempo, 0 engiadrementa,# montage corto filme sem em proftndidade? Sebese efectvamente que as diferentes «lingagens» (pn turn, misia, cinema, ete) se distingvem umas das utter — lomo 4e feo sdo varias — peo seu significant, tua defini fisea fe percepdve tanto como not tragor forms evtraturls que dal reaultam, e nfo pelo. seu significado, ou nfo imeditamente em todo o caso. Nao existe nenhum slpnificado que sje proprio da Tieratura ou, pelo contro, do cinema, nenhuin cprande sip ado global» que se pudessearibvir, por exemplo, 96.2 pintura ‘outro avatar_mitico da crenea no significado timo). Cada rmeio de expresso permite dizer tuo. «Tudos: entendemée este ‘tudo como um nimero indfinido de sclsaso(?) em vasteima Cabertura de uma Tingvssem a outra, Evidentemente que cada tn (diz sue manera‘ € prciamente por iso que por Vere: fe fem esse sentimento de um grande significado. Signifeada ave ‘lo obstane, € muito mal nomeado, uma vez que no nes podemes fproximar dele"senfo' em termos de sizificane- 0. cncmatorr fico nde onsite em nenhumaTistaesttcn de temas ou de asunes ‘que © cinema estaria especialmente apf a water» e para os quis 4 outeas artes trim ome menor evocacfor (concepeto roars: mente metafsiea e. que procede por estincae). Apenss se node Gefnir, ou. melhor, present, como uma maneita de far de seia aue for (ou de nade, isto & como um sfelto de simifcame: am coer sretco de seiicato ("um sien) Tefpeitante 20° funcionamento ntrinieso e 3 préprinsdopcéo do nema em ver de outra méauina, de outra ‘sparethazem — Em terms lingulstios, dia que squle que evi ovesclarecimeno da psleanslse nfo € apenas cada. um dos filmes (no apenas os “ filmes) mas igualmente 0s tragos pertnentes da matSca do sign ficanle no cinema e os e6diges cincmatogdficcs que cess tapos autorzam: @-matéria do signficante ea forma do significant m0 fentige de Helmsley Podese estar 0 signicnte mes nio forgosamente 0 cinema em geral» (= eouneiar proposigoes em que cada uma Wale para todos of fimes), visto gue hi muitos patamares inter rméiion. Os agrupamenton de mes de Trace ample, ‘at como ‘© conjunto dos filmes de um cizeosia, ou de um egénero» histo. Fleamente muito circuscit dio lugar a pesquses que esto proximas das andes texunis. Mas tambo exstom_cazporiss Finis vastas,espcis de eaupergncross que eo preferia designer como outros tanios grander regimes civemotogrfios: cada um ‘corresponds tambem um grupo de filmes, mus apenas virtual nent pols o grupo &imenso eno ruorza a numerasdo expla (c também porque ests regimes se etlagam froquentmeate, de Ianeira que un mesmo Tine perencssimultneamente a Véros regimes). 0 paradoxo destes repimss, gue correspondem i Pin ‘pals fémmulas de cinema conhecldas st hol, € que muito Ire ‘Geniemente els so evancseentes e inceron nas suas fronts, ‘Equals se esboroam numa serie inefinida de cess periculres, ro entanto, muito claros ¢ bem desenhados no seu cent de ridade, € por iso que podem set definidos em compreensio, ‘oem. extensdo.Tstuiges mal dfiiday, mas instiuges plenas, O sepectedor habitvado 20 cinems ( indigena) no, se Enguna miso, sio cateorss menals que possi c sabe mancir. ode fer visto muitos , eontudo € 0 termo lo mareado (coisa bastante rara), o filme {e lego, que é admitdo primeiroe em relagio 40 qual éxste um resto, Esta panicular dsposgio da marca pode obsorvarse todas fe yeues que uma sociedade opce uma normalidade a uma margi ralldade:'0 tarpnal como bem o diz a palavra) & um «depose, Ura reso, ndo pode vale como termo positive © pritelro. Mat como 0 postive € também © maioririo (e 2 pulavea «notmal» ‘onto smlanesmente estas daas ‘des, o margital, mals "ao, Serum rx, Nesta eV ume se possuem um alee Ine mente secioideolGyico (3 posigdo objecivamente dominante do filme de flegio repercatese nor cotes mentals habtwas), e tam ‘bém estes times dio sccsto @ um lates, um latene que, nesta Patragem, apenas designe! no seu afvel precnsciente; a epee 3p preconscente que slo maniidar 8 datincia da consiéncia de rmaneira bastante segulr, mas sem precsar de ama cura analitca pars ela ecoder, ov de uma Yerdadsira vaga de recaloamento, Hi [ave nfo se apressar o depostar no crédito do inconsciente qualquer Implito ou iodito, mesmo que sje um tanfo_ permanente. ‘Todavia, podersein indagar mais perto das suas rales inconcien- {es ate eateuto marginal do filme de nfoficezor Basta no com fndir dua etapa (0 filme de fegio € aqucle em gue o significant cinemato- rifico nfo tabalhs por sus propria conta mas se dedicaintie Inte a apefar os vesipos des se abrinse imediate mente 3 tansperSacia de um signi tealidade € fabricada por ele mas que ee finge apenss Gr nove ransmitir coma que fora de tempo, como se cla tivesse ‘xistido.anteriommente (=llo referencia): outro exemplo de {in produto que é 0 retorno da sua produo. Este efeto de exi> a tincia anerior — ete sudo, sssiro ds um soutonts, de ums Inticiaescncial —¢ Sem divi um dor grandes enintos Ua stamente inconsciente) de qualguer Hesio, nas numerosts cle as em que ene. Awim,o tse de fega represutasimulanes este sera spots ane tena pe at fsquecet)¢ um ceo regime de Tunclonamenio Jee signin, fem preciso, aguele que € pressmene roqanio pou 0 tnt esc iit eter mit ces, onan fie fubmergic mais ou menos 20 seu argument). O gus distin os mes de feo, poranto, no €'# wauséncay de om treo pripio do signiane, mie a sua prosenpa segundo 0 modo de dlneganio, sabese. que este tipo de presen € um dos mais {omer que exsem Convém ests site Jogo de presengauréni, reteatigo por André Basin sob 9 name de «psniicagio cis Sits, convém explorat 0 sgniicnie de sim no sed tome Sctinal Em cons, coma tse, goaio mais om Hine fe reds & degee menor importantes toro eludo do si ‘ante pare arta textual Nao hi conteigoor a fommule de ica Jo sigaficane am mecerismo complko que tnd 950 fonksce bem imas que, quaguer que seja 40 eta, cOncerae umn tlevade numero de iimes ey por consepunce, nenhum dle parla Exist asim grandes categorise (filme de feo, fllme a cores, fiime em eiemascopo, sfc) que 80 mostam mulo mencs Somo conjenee enumeraven ‘de ines (samo sue por vezer 0 fejsm, até un certo pont) do. que como as dieentes faces do rsrio cinema, ou pelo menos agus limes que fe tos most. oir 0 futuro recrvenor outros, Podemonce interes or eis fom tes, rateae nda de etude 9 signiiantesieme aeves {deem ov outro dos sets grandes modes fstitacionas, ‘Nome penpectva semioligca, « disincto meodol6ica mals marcante io € aguela qse opie o lime singular (= um Cine ¢ un 50) 40 siegral» do cinema (= todos 9s files exsente),man i ‘8 exude de fextr eos extudos de eigo. Now dois esor, pode poe de fms, reuse 2 um 3 tot anise ‘extn e sargavelsalé-a0 conunio do cnema nas Tse odie A ditnca existent tem como Inideneia propia feparar on rupor dominivis em exsorbo dayicles cua pre Giitooo enoriade Torque abordegem se impose pela Side do texto atase ent do orpun, que nb se podem Speen Yer sento pelo erado resto ee alguns dragon pernenes Sigificante Ch pardo' comuns «um numero indsermineso de « ‘kes; estes Skimos, lis, a parr da sua_definighohistévice ou sociolgica,s80, menos grupos de filmes do que aspecios do Sinema. Av sua andlise assemelhase. dquelas que incidem sobre tod 0 cinema s faz parle do mesmo guboro de pesquisa. ora (ented taiver se u's Se teamo tla), @ por averse ee {amnem s prpsiadatagto Go puna o'seccndaro (gor Cone’ See ee See eae ‘do pronome pessoal, ultrapassam 0 extado do cenanciados puro © a ee Seo a eae cet a a) gl to snooty cata 2 Sets pas ee ot cs ees See Mee oi a iets 0g re an Roman pon a on, Lhe gti a eerie ie Ee gic “Brae Kriononon, Git én wags Lacan 000. tener tate de ‘Foam ations, cian nr eee See Seam eae cme coee BSS See Bis amalth'e spor acct er eagrnade iaferafmonte nay cube Se Pelee op mote wemiain @ Sit of © comnts Sh mg em tet ee a tema guetta parugrate ¢conteatie elo mv insmpleta os tat, X"patopatolopia da ida qutudona 69 Dito de Rapin, al as 'inate Len, formar, em certo edo, cconsgtay creck im tte fare cit ceerace ¢'mute tole que canto Jam sea ‘Bein, 6" todo da dosobertn eatin Nose obras, mista que nae ‘Sutras alae aisestamente, com sumerane exemple coor ¢ ata it'Gae “opecitesaane ‘80 patnagcon: daw propraa wine 3 ‘ * cr eon tn ss smug feb Smee setpoint certaans 4 primetea “eb pons cevvana, aims: et. pA), ice da paths patton tis sseene eaineatimte, 90 ‘melre categoria, a das obras «tuérieas>, Z ee ee ee wae ee ine ome coe) oe teeny Ge mie an oop. aie Sis athe die es dtc Peas Soin Se ee Tn pues ae wenn, po. momo ines ob Bia a cela P Ph ee Hist Pat aiactem aerate te ae el aetna ne act score i fear eet cn pert atm ae co Se ae wet ta pees tte spicier ea See pee er, iS cee, SSPE ee’ Zee aie Soe oe Se en ee cheat ten TEs tad adr cane ree ames oh tres te marca cose ee, Ce eta es ae eae eee rey ca saree meee came See att Gt PE aaa eda Covet ao lvtg de Domllgue, Fermander, ates mencio- ‘nado, os cOdigos de montagem caros a Kisenstein (~ fragmentagto cre dese cee arte meee rms Soe eer ene ee aoa (sore, Dist pra foo, um ing pode er siccie. : ow PER Lei a ake ee Te 24 ome De, ape ot He, a Ge bape BAY I tat ke, ae Sbattie tarts Sao, a etn 2 et ee sShace Rete & 2 ob eer Sa. che Ponta “Oaimard, 106), “Langage of Otsinan, nomesdunent p. fh Por'getmpin. no cape I do ci/indnsnenty, 2015 (n _Métopnycologe Ja Wada, p80 72,18; 68 sinda em tLe Mo ee 50 (ga, 003, p82 da tego trance dow Kase de Paychonayne Senha e'R Heenasd, Pesto bibiouague Payor i9t Resane ‘tg eta cepcto de rater pordae mere sonodlorrejande a0 {nboascente ao aetido derotive, Map ip, nko ei porate ‘Siem tende'a entrar em opasigho com ‘iaconacientes; por =xemplo Pepe Site, Feta aps eat oS te Se FS Sa eon a ot, loro des rives, 9p. cae 604.) = “Satna Neue 30 Langage of Cuma, tteranca ons ‘Trma"deter pale itarnies fot adrlraeimente ext el (Para o4s ed Galle), por Cause Baitn bake are Ropar st 3 IDENTIFICAGKO, ESPELHO «Qual € 4 contribvigio que a psicenlise freudians pode foreeet a0 conheeimento do sigoificente cincmaloprtico?+? era ‘sta perguntasonbo que eu puna a mim mesmo (o imaginsid ‘entfico a querer simbolzarse, e pareceme thle agora mais ov ‘menos desindodo. Esta palavra rovela bem que a Perguala con {Gouaeoeas: no formect_uma resposta, torneime apenas steno Aquila que queria dizer (nunce o sabemos antes de o ter esr), ‘do fie mais do. que queslonar minha porgunta. Este vanio ¢ ‘aqusles que 6 prec sesumir, € consttiva de qualquer set vidade epitemologie. ‘Uma vez gue eu quis marear o Tupar (como casas vazias, sgumat dat quale comezam # encherse sem esperarem por 2 que € melhor ainda), o lugar d= diferentes orientapies de ts bulho © nomeadaments da dlima, « exploragio psicanaltca do fignficnte, qual me Soleessa pariulerments, devo. agora Tentar insrever nesta qualquer cols tenho de evar a Tonge, mais clarumente em’ diesjZo. 0 inconsient Se eo even gre eer, in a Signtca ‘comegar, fazer ‘uma. nova pergunta: en os tragor eopecticas do sgiicante cnematopriico gue disinguom cinema da Tileratora, da pltura, lc, quals so aqueles que, pele sua naturea, mals diectamente apelam pira esse tipo de Saber que’s6 a psicanlie nos d4? PERCEPGAO, BEAGINARIO © sina de cia 6 percep ina esto: da til tne poe ets er Sede at 32 obs regio pcepine may reso —apnns gems, ‘Sorta O ds pintur, du ecu, da argutectar eda ftograls também 0. é. mas sempre com time, sendo ewes dierent Ststcla da percep euditiva, stasis, no proprio vss do eras dimers importantes can tengo o moviment (er Sntemente que bd tempo do esr, mas objeto chado no Se increve tm sepmento precisa do tempo, com st sue cone ‘Sugden consrangedoras © teres ap espciadn), 0. sig ante da misin € igunlnene preptivo, mat, al como os Oates ‘menos extena» que o do cinema: neve caso €8 vio que fat, Erno proprio sua, & palavre ouvide (avo pare o can) im sume, © gus chama a stagio, primeira vit, € que o cinems {mais perceptive, a € que anon podemos expiry do que tnllosoutor meios de expreaio; mobiiza n percepyzo segsao tim mslor ndmero de eos. (E por iso que por vere co ape Sento o lneine como tma esntse de foles ke atee, Ino Sigifien grande coisa, mas se nos sivermos lsh. quansativa Ae rit de pecopdo,€ verdade que 0 cama wenlobas mn SP significant de outras avi pode apreentarncr quad, fanermos ouvir misc, € feito de torn, te) "Todavia, eta eauperioridaden por sim dizer numérica dese parece so comparms © cinoma fom 0 testo, coma Opera © tos copectcuoe do mse alnera Ets limos tambay mh iam a vista e 0 ouvido sinbltneomente, a stagso ingles a audicto niolingusien 0 movimento, devenear do tmp {eal E por outro lado que diferam Go nema: nao tonslem eo Trogency at prcoptes gue propsem ao slo © ortha imcte Vip fm lp vedas a lope), © memo Que © ibn ocupa dare areprescotagin ado o qe a tastncie vee Eve éetvamenteproduigo, na sua pesncs, or sores humo 0 coco, ambéms eles presents. Nio se ala agut do probiems Tegio' man sim dos caracees dtinor Jo igen a ‘ised testo pode imar uma fb ov nso, mas sconce que in apo, mimicn se for procs, & lwadn sao por pessoe tele gue evoluem ny espayo nom tempo els, na propria ‘cons em gue 0 pico te encontra A corn cetan, gle Pe. ieamentnlo € chamada asim, €-0 Gran go cinemas frimeira vinta mals proto do fant): como precedentement, oul qo nela'se Seonrols pode set mis ov menor econ, mus desa ver 0 préprio dexnolar€ ficiio 0 act, © decor 1 palavan que se caver, tudo eta mente, cdo et read (Gamo uma inprenio mca que tal srs imeditamente, sem 53 outta colsa tr sido anes), ¢ isso inde & verdade meimo que © ‘egistado nio soja uma «hiséras e ndo vise slusio propriamente ficcional. Com eleto, € o proprio significant, e todo ele, que € registado, que € susthcas poquena banda perfurada que se enrca, {que contém dentro imensas palsagens, Batalhas carpal, « der Eada dos gelos no rio Neva, tempo de vidos Ineias,€ que, no tbsiane, fe dees encerrar numa calxa redonda de metal esial de tmodestas dimensies, prove evident de que el no cont «Tea. Ientes to fo 'No teatro, Sarah Bernhardt pode dizerme que & Fedet_ ov cniio, sea pega fosse de outra época ¢ recusese 0 Fegime tivo, dinmesn, como em cero teatro modemo, que ¢ Sarah Ber- nhardt. Mas de quslgusr maneita vere Sarah Berdhard, No einem também me podie pronunciar evtss duas espécies de. discursos, orem ela ous Sombra Que promunclra om Fre. ‘© actor nfo € 0 siico em cause. Existe hoje em din um teatro e um cinema sem actores, eu no qual dexaram, pelo menos, dz assumir essa funeHo.plendria e exclusiva que os. catecteriza ros espectéculos classcos! Mas aquilo que vale para Sarah ‘hard vale do mesmo medo para um objeto, um acesério, uma ‘adelra por exemplo. Na cena de teatro, essa eadeira pede, camo fem Tehlkoy, fer de conta que € aqucta em que cada noite s€ Asenta 0 avistocrata rural, rosso ¢ melaedtico: também. pode, pelo contri, (em Tones) explicerme que é uma cedete de featro. Mas enfim, € ume cadera. No einem, cla deverg Igual rmente escoher enive duas attudee (e mutas outras, itermédiat (Ou mais eapertes), mat nfo estard If quando o® espoctadores 2 ‘irom, quando tiverem do dsinguir essa excolhe: ela terlhoed Gelegado 0 seu eflexo, nda, pro. tne sus auidnca), Qualquer Blige ¢ um filme do © carcerinic do snema no € 0 iment que poe eve cunt repent nol oe Se ena ago 8 SS io spon tom Cao dtm fest sins ené to apo pret € memo porque &¢ {edovia cntinga » alo quando dea Seo represents). Nos soma, 0 Sesdobramen (Goss) infaada pls mine Tes Sal casontose presi por un primo’ debra, se fe ja realzndo que insta oc Por Stor 6 Iino combine uns cela pee ums srs nec Py No enema, fo 6 aponts 0 sgiieado fsa! & ave Bbw, te aie tov bel pa © mol 86 oth, Pe Si, o agate if vas ao cnems cmasprepion que cuts aes ve ebcceron's Tata dx feo epost do emo Sol sntnor perception go ot ise 9 Nome em Ue ‘ear o euua den pecpter eno f'o sey mime 60 Slvrs dr € gue ov ts pcp em cr sno fo odes oO ane, aaiilade de prepa € ole rl (inna Mio fataums) ta.ogercbidonio ralmene oot, € ‘fun sombre oto fatima, ose pl, tn ropleg nue Seve cpus de cetho.Divwed ques Shara afin de sents, blo fey tte, senda sep a pals Sess spreetano or oer stent): Me plo et, alo folor spescia com todo ene pomente lene peri, toon Aro ue pt st om, ny al ah ‘Peas eet do coven drone as pl Caer doln niente ise enn oil ne marae 42 eaidode eum gov bie rte part do Stu dpa puncte 0 cinema em aor een go ror Seon Gcmances wale sng,enbrethe tsa iii ieream ove percept, na a toro ele cae iets a ropa ln no abun, € tice sgante prea © SUIRITO OMNIPEROEPCIONANTE Deste modo, 0 fie & como que um exethe. Porim, num panto ete &lferente do espe primordial” se Bem ate, fal como neste, tudo possa vir projestars, uma essa exe, umn 6, qe’ nea nele se eflecte 0 corpo” do expectador ‘ume deteminado sito e-etpelbo tasfornass brovcemente em ‘iro sem Basho de etanbo. ‘A cxang iting no espelho os cet fellas de casa «também © ten objeto por esos, a mike, que sepura ot ‘rag em fene to erpeo. Nas pie imeeem, B dal que a idenilicasio grimiia (a formagio do Fo) entra aiguns dot ses caacieres prnepats cranga née amo vm outem, © 0 lado dem cutem Este cute ost farantthe oto primeira ¢ mesmo tes devida 8 sua autredey fan eagle. no Tego Jo snblco,« depot pela semabang 3 da sun imagem especlar com a da cenga (ambos ttm forma fftmna). Pertantor 9 Eu da flange formese por Mentifcao Como va eemelbinte esto smultaneamente cm dis sends, sotto emf. o out ser buna ae et no ch, Srretione propio ue € 0 coro e ae 0 ni, que ae The ake Shula, A crlange Mentifease congo propria como objsco. tio cama oc ante; Tyo go, moe yslquer eon, no ceran © espectador ae cinema. ‘no & una Sfanfa, © cranes que raiment enlvesse no esto do expelio {Gon aoe 18 cass apronimadamente seria com foda a cerera {ncapes de esoguro mais simples dor flmes. Asim, o qu fora pull ¢ catocn do copctador na tla oo relat, 0 dese ‘Sir intligel do fine poser dena asincia ve 0 facto de ‘Spector js fer sonbesdo expertnca do epelho (Go verde Stic), e, por comeguint, Ser ape de consttuir um mundo Ae objeston sem ele propo ter dele sreconheserprimeio X cs respet, 0 cinngencontnoe ido lado do sinbalca Co {uc € novmal) 0 expected sabe que exitem objects, que le Frdptio eit como sjeto que se forma tm abject para orem: Ee"conice see conbece o sea semethane, J nio & nesesiio {fue etn semelanga the sje Iteraimente dencria na tela como i no cope dau iftncia. Tal como gualgge outa acti: Gade lagrmenc scecondiin, 0 exereiio do cinema, presupse Tltapasada #indferenciogdo primitive do Bu © do Mas entio com que é que se identifica 0 espoctador dh 4 projeesto do filme? E que ele tem mesmo de se identifi iagnbfeagao na sua forma primeira deinou de ser para ele ume necesidadeseful, mas no cinema —sob pena deo filme se tormar incompreesivl,consderavelmente mls que os filmes sais Incompreensiveis —comsinua a depender de um jogo idatficats tio permanente som o qual nto haverla vida socal (deste modo, 4 mals simples das conversaspressupoe a alternincia do eu e do fu, por consoguote & aptidso dos dois espectadores a uma iden tifieagho.refproca e giratéla). Esta Idenieagso comnua, cajo Papel evsenciel, mesmo no racocinlo mals abstract’, Tol mot trad por Laein, e gue eta. pata Freud o ssontimento socials” (G sublimegio de ‘oma libido" homosserual ela propria reacclonal 2 rivalidade agrssiva dor membros de uma mesma geragio 4pos 36 1 morte do pal), que forma ¢ que reveste no caso particular de time prticn social entre outst, a pojecedo cinematogrficn? evidente que o espetador torn a pssbilidade de se iden car com a prnazr eso, man ecto aus Bi 0 | ou far gue isto apenas sea véldo para filme narrativorepre do. para 8 constluigio-plcanlitica do significale ‘0 especiador tami pode ‘dentifearse com ‘Saeor. em fitiesteis ou menor «aficrionsis» em que este limo fe faz passat por score 10 por personagem. mas continua pot Isso a ofereerse como ser humano (como ser humano pereebide), ‘por conseginte continua a permiir a Wentfcaese. Todavia, est Factor (meimo adicionado a0. porcedente © cobrindo asin) um grande nimero de filmes) nlo suficiente. Designa apenas, na fgumas das suas formas, « Identfcacso cecundéria (secundéria no proceso cinematogrifico, uma ver que 8 parte isso qualquer iden Ttiagdo alem da do espetho pods Ser tda como secundri) 'A explicaglo €insficient e por duas rates, a primeira das quais nfo € senfo a consequénci intemitente, anedética © super ficial de regunda (mas por isso mals visivel, © € por iso que 8 ‘chamo primeim). O cinema afsstase do teatro num ponto impor tants frequentemente allentado: aprosentarnos multas_vezs fon fas sequtncias que (lteralmente) se. poderiam chamar_sinume fase eonhecldo 0 tema do” cinemalogr- Fico desenvolvido por muitos teéricos do filme —, sequéneias em ‘gue sparecem spents objector inanimades,paisgens, ete, e que or vezes durante minutos inter, ngo oferecem nenhuna forms Fumana a ideaficarao espectatorial; deve contudo crense que fate permancce itacta nt a estrtuta profunda, uma ver que © filme, em tas momentos, funciona to Bem como noutos e. por ‘que filmes intiros (Jocumentirios geogriices, por exemplo) « ‘Ksenrolam em tals condigies, A tegunda ravi, mals radical, € Gque identifcagio com a forma humana. que sorte no éeran, 00 fmomento preizo em que se elects, no nos diz ainda nada {quanto a lugor do Eu especatorlal na instaurarso do significant. Fle Eu, asabo de o dizer, jf es formad. Porém, uma ver que ‘existe, temos razio em perguntar onde é que ele esd durante & projecsdo do filme. (A ideatcasao verdadelramente primis, 2 ‘4 espetho, forma o Eu, mas todas as ouiras pressupoem, pelo ‘ontrrio, que ele exe formado e posia ettoatse» polo objesto fou pelo semelhante) Assim, quando « ol meu sme Thante no eran, e mas ainda semdo 0 reconheca onde & que estou? Onde & que se encontra ete alguém que ¢ capaz de se roconkeser na cessifo propria? "Nio basta responder que o cinema, como qualquer pritca social, exige que 0 aperelho peguico dos seus participates estjt Inteamente consttdo. © que, portanio, « questo interesa 8 teoriaeleanalities geral ¢ no proprimente &'do cinema. & que (© meu Onde esta le? no pretends i to longs, ou mais exae ‘mente, fenta frum pouco mals Tonge: tratese do lugar gue ceups ‘ease By [d constituldo, que ocupa durante a sesso de cinema, ¢ ‘0 na vide social em geal © espectador exté ausente da tela: contraiomente 9 cvianga do espetno, nfo. pode idenificarse consigo mesmo como abjecto tas apenas com objecoy que cxsim sem cle Neste senido, 0 ‘ron aio & tm esplho. O pevccbido, desta vez, est todo ele do {ado do objeto e nada equivale 8 imagem propia, a esse misto tinguler de percsbido e de jeto (de outro ede mim) gue fol prclsamente a figura necessria para os desprender um do outro No einem, sempre o cutto que esté no dean: eu estou Id para 0 re nads fag parte oer, plo contro fou ohn pereepeonants, Omnipercepsionane, tal como se diz cmipotente (Es Tamora eubiguidade> que filme oferece a0 seu espectada)s bomnipereepcionane, também, porque estou intelramente do Tado 4 Instncle perepcionante: ausente do ora, mas bem presente fala, lore orelhataberts sem os quais 0 percebido no teria finguém para 0 peresber, Insncia constitute, em sum, do Span de sina Got eu uefa ofl). Sot ees ‘los os sons mais extravaganes, ou a sua ligagio mas impro vével, mais afasada de toda a experifncia real, nio. Impede o tentido de se constitu (e para comesar nlo surpreende o expect dor, nko osurpreende realmente, no em espiio: el julga simples mente o filme estrnho) —, € porgue sabe que est6 no cinema ‘No cinema, o saber do sufi toma uma forma muito pre sem a qual neni filme seria possvel. Este saber € duplo (mas um e-8 mesma coisa): sei que pereebo 0 imaginsio (¢ € pr isso (que es suns extravaginlas, se neceséro extremas, nSo me ingule ‘tam serlamente) ese que sou eu que o.persho, Este segundo saber desdobrase por sua ver: sel que perecho realmente, que os meus Srglce dos fentidos sfo fisicmente afingldos, que no estoy 2 fantacmar, gue ® quarta parede du sla (0 devon) realmente dife rente das utes fs, que 8 sua frente hd um projector (ndo sou 8 ex que projecto, portant, ou pelo menos no sou eu szinho) — fet igvalments que sou eu que porceho tudo iss, que este Mate. Fiat perobidorimagtndrio vem deporse em mim como sobre um Segundo éeran, que € em mim que ele vem agroparse © otgan- fm que ese Im instaurandose somo sigificente de um corto tipo de scividade social inafiteionalada, dit cinema ‘© espectador, em conclu, identifica se consigo mesmo, om sigo mesma como puro aclo de pecepeto (coma despetar, como alerts como condigto de porstilidade do persebido ©, portato, omo que com uma espécie de sujeito (rancendental, anterior & aualguer TEetranho esptho, muito paresido com 0 de infincia mat rulto diferente. Mite 'parecdo" porque, ta como 0 asinala bem Jean-Louis Haury, durenie a soso estomee, do mesmo modo ‘gue crianga, em esiado. de submotiidade de sobrepecepss forges, ainda’ como s exianga, somor presa do imegindsay do funk, ¢somoto,pendoxainni, eaves de uma pepo el ato diferente, porgue esse esptho noe reeavia tudo salvo 6s rmesmos, porgue estamos muito simplesmente fore dele, enquanto fque a crlanga esté simoltaneamente pele e-2 fHente dele. Como cedisposiino (e num sentido multe toporético desta palavra), 0 ‘cinema esté mals embrenhado na verente do sinbelico,e também fs. secundarldade, do que o ess o espetho da crimge. Nio € “Riiprendene, vslo que VER MUNT-Tempo depos deste, mas 0 ‘gue ie interesn msi € que ele se ingereve na sus esteira segundo {in Incidncie simultenenmente tho directa e desfareda, sem equ ‘alente exacte em ovtror aparelios de sgnifiag A IDENTIFICAGAO COM A CAMARA A. andlise precedente juntese por vezes com outras que jf foram propostas © que no Vou repett:aquelss que, 4 propéito {4 pinture do Qusttacento, ov ste do cinema, isistem no papel ‘da perepeciva monocular (ogo, da elmara, ¢ do seu ~ponto de faga> que fnscreve no vcuo 2 colocacio do, sujltoespectader, numa posicdo omnipotente que € a do priprio Deus, ou, mais Itrgaminte, # de algom sigfcado timo. F € verdade qua’ 20 identifcarse’consigo mesmo como clhar, o espectador nia pode fazer outta coisa seo identfcarse tami com a ciara, qu 2 Xs antes dee olnou aquilo que ele agra ol, ¢ eujo lugar (= engus ‘amento) deiermina 0 ponlo. de fups. Duranis a essbo de pro- iio ct char et ane ma tem um eal oe ‘onsste mim outro sparlho que se choma precsamente «projec tors. Apatelho qus @ especiadar tem por detis des, ads da sua ‘apa nto &,o lugar exaclo om gue se enconta,fantasmatca tente, © afocos de qualquer viso. Mesmo fora. das alas ditas ‘eure, a tas nés jf aconteceu sentir o proprio olhar como uma Cspéte’de aol gtendo sobre 0 eixo Jo pescoco (Gemelhante 8 ‘uma panorimies) & deslocandose quando fos deslocamos (agora um ravelling)= como um fee de luz (sem as mindsculs poses ‘que, no cinema, 9 percorrem e 0 estriam) cujo poder subsituivo ‘em Urar do nedo as sucssvas © vavidvee fais. de eacurdio ‘em que se Val polando. (E, em cerla medida, & bem iso a per fepgto ea conciéncia, como diza Freud"; wma luz, no duplo Sentido de juminagio ede sbertura, como. no dispositive do finema que compora ambos, una luz limitada e mObil que nfo linge mais do que uma pegiens parte do real mas que, em com- pensigo, posswi 0 dom de o lumina. Sem esta identificacdo Som a emacs ndo se podiam compreender coros fstes que, 10 ‘Shan, eGo. consiantes: por etemplo, como < possivel que © ‘xpectador nfo ce surproonda quando a imegem «toda» (= pano- Flimica) sabendo contudo que Ao rodou a cabeya? f que cle no precisou dea rodst realmente, rodoue na sua qualidade de omn- dene, de idenificedo com 0 movimenta da cimara, como sito lranicendental e no come suet emptrico, ‘Toda e visio conte nem duplo movimento: projectivo (é farol que svarre»); ¢ intrjectivo: &-2 consiéncla como super fice sensivel de ropito (como Geran). Tenho simultaneamente a impresio de edelters, como ee dz, o meu olhar sobre as cases, fede que estas times, asim iominadas, vem daposiarso em mim (dectamamos entio que 840 clas que se wprojecam»: na minha feting, por exemple). E preciso langar no mundo uma expécie de torrent, que se chara clhar e explica todos 06 milos de mogoe- timo, pars que os objectos posam subir essa Torrente em sentido fnvero Gervindose todavia dela a Tim de enzontrar’o cams” “Trvieyir finalmente 8 nossa percepeio, que € agora cera mole, ‘io fonte emiesors "A tecnologis da fllmagem conforma-se cuidadosamente com este fantasma que, scompanha a percepsio, aliés bem banal, A lmara wassestada» sobre 0 objesto como uma arma de fog0 ‘rojeccio) ¢ 0 cbjecto vem marcer a sua impresio, 0 H8 o + Thase a este outro xespagos que é a utensilhagem tSnica (ima rast, na superticie recep plea (= nest. © pas ‘sla tae, pois ele faz parte da spare ‘no plano do imagingtio (Mélanie Klcia), marca a nose relegio com 0 mundo no sou co as primcitas da oralidade. Durante a feito o expestador € 0 farol de que Tale, redupica o projector ‘gee por sua ver reduplica a cimara, e¢ também a superficie Sensivel,reduplia 0 éoran que por sua vex reduplca a pelicula HES dois deixes na sala: 0 que chega ao devon partindo da cabina de projecgdo e,simullaneamente, da visuo espocatoial no sex tide de visio projectiva, e squsle que, pelo contri, parte do evan para vit edepostatse» na percepsto especatril no sentido 4e pereepeao introectiva (aa retina, segundo deren), Quando digo fue eveo> o filme, isso significa para mim uma singular mistors gues correntes contacee: 0 fiime © aquilo que Tosebo c € também agulo que pono em movimento, uma vez que nfo pre fxiste & minke @nirada na sala e que me Basta fechar os olhos pa fancamenio, eu sou a ‘cimara, angada como um dardo e, no obstante, registadora, consituigdo do sgnifiante no cinema baseinye numa ‘Jeeapelhos onganizados em cada, e ni. numa ‘ines, Nesie specie, 0 csema como wpco asseme- projector, pelicula, deram, cts), condigao objciva da lnsiuigao, s aparelhos, como se sabe, compari também eles ama sie de cpelhos, de lentes, de «luzes» de oburadores, de vidros foscos Sitavés dos quis e encaminka 0 feixeiluminante, trtase: douira redupicegéo, desta ver global, em que a ulensihagem se tans forma na (29 mesmo’ tempo que Ba fonte real) do, Se ean.‘ alam erenos ate ada Tienieo eeu Tito. 'No cinema como noutro lugar, o simbéliso nfo chegn a cone sissinge Sendo através e por cima dos jogos do imaginaro: pro- Jeoydorntrojesdo, presengaaustcia, fentaamas scompanhadores dda pereepeto, ee, Mesmo depois de sdquirdo, o Bu ainda asenta por debaio, nas figuras fabulosas gragas as quais (i adquirido, que duravelmente o maresram com 0 selo da llus8o. O processo {ecundétio nfo far mels do. que sesbrire (¢ nem sempre herme- ot ‘o suprimi. Ao polo em movimento, eu sou o aparetho de 4 Drojesio; ao reoebélo, zou 0 Goron. Nevis daas figuras, simul | ticaments) 0 proceso priméto, 0 qual permanece consantemente condiciona a propre posbiidade daqule que o cabe. ‘Cadcia de numerosos espelhos, o cinema € um mecanismo simultaneamente frigll © robusio: Como o corpo, humano, como tum vienaio de previsfo ou como ums insitugao social. ® que tle € efectivamente tudo iso 20 mesmo tempo ‘Eveu, neste momento, o.qus € que estou a fazer venio & junta a sodas esas reduplicagSes aguela.por meio da qual & tora tn nna? Nao eu eva erate a Yer one? Exe Daixdo de ver (e também de ouvir) que fundamenta todo o elificio Fao a viro eu dgualmente sobre (conrs) 0 edificio? © voyeur que feu era petante 0 ran, nao ser6 que nda 0 sou 0 momento fm que'é cle que € vst, postulando assim um segundo voyeur, squele que escrove presenismente, ainda eu? ACEROA DA TEORIA IDEALISTA DO CINEMA © up oa a pans, i ent a ea es re i cmd tice ey gl ere mis arieteli Spaat n le ee SRS ee a ES ane ONS ements hd aaa ris cher merce tas 2p et ee tae cee eee Ear area 2 See ee Ties Meee Seeman aoa sot ca tala Se Tele me lone ee ieee els Seat oh Seine tos aac wa Sh tote sae eh, esd ie cen ts ud aa sity a cue ces to ae Ee Sib re es oe Hees tks Sets gina Sac ites ine neh mS eas a oa a a eS ee Soret es Se a do ssentimentos experimentado pelo Eu iudido do espectador, ferecemes frequentemente excelentes descrigées deste, sen tenia, © nisso eis tem qualguer coisa de clentiico e lzeram avangir 0 nosso copheeimenio do cinema. Mas € & lusdo do Eu ‘que €0 seu pont frac, Estas forse coneervam um grande fate esc mas hd\gue as pér, por assim der, no outro sctide, como ‘imagem Optica do filme. Com efeito, € efectivamente verdude que 0 aparelho t5pico } do cinema se assemelha ao aparelno conceptual da fenomenclogs dds modo que este pode servi para eiclarecer aquele. (Em qual ‘quer dominio, als, se tem de comogar por uma fenomenolog do bjecto que ce quer comprocade, pola dscrigdo recapiva> das Sas apaencias, 86 depois € que pode comesar a rica; os psice halstas, € necessério lembrilo, em a sua prépria «fenomenolo Gian) —O thdo da fencmenologia propriamente dita (sstea)! Som revelapdo’Onica que remote. a um’ sujlto-persopefonantc ‘cogito perepivos), a um sujet para o” qual apenas pode hhaver qualgher coisa, mantém afinidadss esueitas © precisa com 2 insaurasgo do signifcanie de cinema no Eu, tal como eu tentel abordar, com o espectadorrefugiado em si mesmo como pura instincia de percopio, estando todo.e perebido «do outa ladon. [Nesta medida, o Cinsina ¢ efecivamente uma cart fenomendls- flees, como frequentemente se disse e como dizia 0 proprio Mer TeauPonty®. Mas 46 0 pode ser porque. a: suas. determinardes cbjectivasnisso 0 tomam. A posigdo do Eu no ciema nfo reside ‘numa semelhanga mirsculosa entre o cinema as carscterisicas naturals de tds » pereepe; pelo conciro,esth prevista e mar ada de antemio pela instuig (atensihagem,dispsigso da sala, Sispsiivo mental que inteioiza tuo isa), e também por cara. tersticas mals grais do apaelno psiquico (iis como a projecslo, ‘estratura de epelho, ete). Estas tiumas dependem menos este Tamente duma €poca da histria social e de ume tecnologa mas io € por iso que exprimem a soberana de ume «vocasio hur ‘manav pelo contri, alo elas préprias enformadas por cetas particuaridades do homem como animal (como 0 vnieo_animal fe nfo € vim anima) a Hiflesigeeit primitva, « dependineia em Felagdo 20s cuidados de infncia (fonte durivel do imagindvio, das relagdes de objeto, das grandes figuras orais da. alimentagio), a prematuragio mots da cranga, que condena a reconhocerse ine for mo de via ogo 20 exteroe dea ena) fin anlecipar uma unidade muscular que ainda aio post 8 fm concluio, a fenomenologa pode contribu para o- hecment do cinina (eels fel0) na medida em qua considera {ur se aomeha s ee, mas-o cinema e # fepomenoloia, ma sua Sinum isda de dominio percep, & que devem tr explcados falas condgsesrens-da svlegade © 80 home. |ACERCA DE ALGUNS @UBCODIGOS DE IDENTIFICAGKO fea sn pnnaldne, io 6 0 eg. Min tab ade ‘Sino qs os sar warts interme eetas firs cod Gvyus ed a apo dine da Identfieasto cla a con on eta airs aia Boone ee eee {de instante ex enw no Filme avavés dn cata do meu ol. ioe Seca aera enc imran inate rare ce ot gieeraatiaet sratntate Ger cee ita ass Sock Sialic ae Eh inie S owemacen ee ee ed Seco near er cease Sarma rate i terme aetna ee Dre Ee ci ies ee aban ea Exist viras espéces de imagens subjectivas;noutro local no segsimento de Jean Mitzy, tenet dstingulas umas das futtas”, De momento, voume demorer numa delas, aquela qu Segundo a formula adnitida, wexprime o ponto de viste do cineastay (Gino © ponto de vista de uma personagem, outro subcaso tr: 4 ele ee an ee, enemy ii, gt mers Coe Boies ener Sar ng og Te Bovis snes Se ute cm comida aie Ne Sale ope ee ree Teme ae ay ee ene aoa Einhcer 6 tial aes a, rai ae el, i pete» iis aye real bp rs ree re ene ee ee ate eee es epee acs oe eee sei er Ge ee soa eee cree conte eee ees Sons Te Pe pee rycen ot mae Sareea ventas anthes Cape shah oes ee Si ip ne Tee Shs tet me te cee Sin Tete Sarita eet he sah et Si i eee fe Secs em agora os othares, Num fine de fis, as personageas ofan a fun os, Ae Cre ti om Oo sfuro» ‘ne calla es idemicagies) que uma peteonapem ale ara cute que esté momentaneamente fora decampo, ou elo que {ej olds por el. Se traapetemor um Taro € pongo usher fredecho ns spoin fo sitdr a Yr oe are sco deetimo 6 de evar fora-dccampo (a personage forede-canpo tom poranto um pois smut fom el olka ert © ra), Ralguns ass, 0 cler da personage foredecampo oth eeforgado elo temo 2 Inugem subject. num. oue as suns variances, gecalnente Bapiada prinelio— tal somo se diz-de um itiririo ou de ui eaieto —"pelo olhar da persona ‘gm forede campo (= primeiro desiobramento), personagem ae Pambem expoctador e por sonsequincia, primeiro delegado do Yerdadcito espetador, mat que nio se confuhde com ele vst que interior, endo 20 campo pelo menos B ics. Esta personagem, Invisvel ¢ qu so considera qu esti a ver (ial como 0 especiadcr), ‘al ser aponbads oblguaments polo olhar do espectador e dese Penbaré-o pepe de intermedirio forgado. Ao esporse a vereds epectatril, este © perorso que sepue a linha das identifie sii can azn ace ec a, a pps Es Os exemplos deste ipo s80 multo mais numeroses ¢ cada tum deles bem mais complexo do que agul disse. Neste ponto, « sds textual, a partir de sequéncis (micas precisa, €'um ins trumenso de conbesimento inubsttlvel. No fundo, apenas queria ar qoe M40 hi solugio. dz continodade entre 0 jogo de {rianga no eaetho e, na outa pont cata figuras localzadas das ‘bdigoe inematogafccs. O espetbo € 0 lugar da ientieagbo Pmiria, A idenlificagio com © proprio olhar ¢ secundita em Felaglo 20 espetho, isto é, para uma teora geral das actividades ‘dali, mas ¢ instodora do cinema e por iso priméria quando Se fale dele: & propriamente a identfcapdo clnematogrdfica prim fia, (eldenticagio primivias nfo sela exacto do ponto de vista Dricanaliticn; identiicegso socundérias, a este vespello. mals fxacto, tomarsela_ambiguo para uma pscandlise clnematogr- fica). Quanto. ds identificaBer com as personageas, elas proprias om os seus diferentes nivels(Personagem fors-de-campo, ete), slo Ss ideniicagdes einematogrétices recundévas, teria, ele 6 66 Pegarmos nelas om bloo a fim de as opor simplesmente & iden SikGpio do eopciador com o seu ola seu conjnio coat, to singular, = lentcago einmatoprtaecndae Frewd observaa, a propsito do aio sexual’, qe as prt ces mat comets pou ham pands ninete de Tuntee pa ‘Se ta ns ean cdi deena de hs intctas de mod a que sea potel ua eteagio sonade ‘ada como normal. (& a nevrose ot psicoe qu, dsoclandoas € pondo fora de jog guna del (ela ume epee ae cme infin qrgar 8 gal o asin po sawucivopene sumer), (O's dr ver‘ fimo, apreienente tao snp no cxcepeio a tla Tepe, Deode qe comegamos ® anasto {ronos umn comple imbreaio,mutas vexeceredada’ sabre Sinema, das fongbes do imagining, do teal © do nbc, 8 Gua, numa on oui forma, igulienenecssia em oder {Weeas da vida soc a soa mfetayso ematogdicn 0 tanto, paicilamenicimpresionanie de observer iso dus gt ‘rama poquens sper (Newa modays ove do cincsn pode Sim dit forocer sigue ioe pane ncomo us es ea Pesacos,devido fogs et Sas, tes or mgle mut line {da uma ver que t Gite disciplines lo elo arose de ‘gual moa) Para compreender o filme de ficgio, cu tenho de simulta: | seamenie shlgir set» pesonagen {~ proeo.imaina) t fim de que sta bene por projec nnslpica, do todor ob tssemay de intgdade gue tapo dened mm, nie aia er cla (= repro a rl). de odo gue a Hop i posse ‘Suter como ta (= como sina: 0 parece re, De gual Taompremder 0 ie (amplemen) cabo deer oT cow stent,» fe fog come resin ef prensa det sien some sipiteane© imag Fo do cinema pea 0 sinilne vito gue o epider deve i cocina «sin ein Rat, come ote inwua 0 B0 molto anplanene a imapinko,osspelbo sept & dea, apart sinc, wn por win fx se cavéngieTodava, Mo € 0 fanana” Tugr oparaneyiee Sabo. ‘emimagindrio, visto que a aiéoca do objeto’ eon eidigon Sta fsinls, fo ale efecivamente profusion ela pit de mt 6 ‘entithagem: 0 cinema € um coro (am corpus, pare semislgs), tom fig de que se pode pote nan} iis ae Varian de ete ats, 2 ata et le Gen, pp 201 © 246-215 (~ sentiment sil ‘de sexstsa): vr tatsin Ca propia du paactin) Pout intro {ic cen fagoke Vie Nerul, Seas Lapian™ "Due Sergi, BUS, 288), op t000 6 30, 4 Ver André Green, eLicran bi-fuce, un ool desire latter igo, 2.28‘ Poyenamaiye et Cimmay Para Jato WO, ne ae Ei rein ge ato tere continuo), Com se pode wean pte [fem gue ¢supoe 8 muohe snilat asinpante’nulgune pasioe © do Sate Geer OEE mt tts ump, 26-00 Lateran den Ren Geka Soto super rept dupa, mero extern cla ‘towne pp, TS-T4 (og press, peigaoon so om at iene eens onseldncia'¢ ume fuogho que ‘percobe uma rack Dart I Sime ea mare peyton, conertace 29 ‘untae de Alas Hagan GF at aa So), Mapua a ofc acute ele ds dates ssn ego pbeads so tg Bong Rue mer syonton cn gy ee paces te ima melas que Csi ows dupe’ ne de come hada top, ie an fs ge 72, ‘bo feta equ aoalaa 0 Hl Ge Bathelque st Prychoogl de Cints 2 Sens Se ibn, Buca Caters, Par) tose son 45 ‘ag Ge auc itaevo™ tegen mene 9) Rages lcatnS tycaie! Weea Stefi, Cae: Sed of". image ue best 9 elegio imagen Pop Sete Shed Sadiete "9)"@ latte popes, ied & gent) Racarntow Secreta 0 aur crores sire {igen stern: uh ty proplg ea wma una sy cotene aan ines images tk bjt Se) Ger Sieintt? imagen peta eta! ts, Somes opal foo cota) Engen ct sera ‘ities 50 que (ona ‘nom ate ‘wean, patearel cn ‘Pequnae ute: ‘h imagem ser-asbjestive ou sutsaan (= aguelo folotne So" que « ahian, sendo ers lino sage, sie propre co owt, ita daguae-qus tba), aa const a Cora Tals [enero agutacn intern daa’ como Magda, gual ako vaste aicultaes"parcalars: finaunent, Smages-focnrdnst, 1"qunh em princi, ato © main do" que una varodaae 60 tages ! macal mas que se for aprowsiads na forme de flah-back come {torn tetamateAimicosapedfen tte le aceiade ‘she PS" Keer deter prolamas, vor Mickel Geils, Le fm: t fermaton tte ta roman (ese Gear Silo sta ptcae tranets “iene! ron), PUR 300! ter dias, War “A 4 A PAIXAO DE PERCEBER © exerccio do cinema nto possivel sno através das pai ses percepts: desejo de ver (= pulafo excépca, esoptafiia, ‘yoyeurismo), que era 0 nico em jogd na arte do modo, ¢-desejo fe ouvir, que se juniou Sgucle com 0 advento’ do. souoro (6 spulsio invocentes, uma das quatro principals pulsies sexuais pare Lacan's sabese que Frevd a isolow com mence claeza ‘tuase que nem a trata como ta) Estas dass pulsses sexunis distinguemse das outras por sassenarem mais-na caréncia (oe pelo menos de mancira mals precisa, mais singular), que es matca logo de entrada, mais inde Aue a outrar, do lade do imaginaro. “Todavia, num ou nowt gray, esa carateristica € prOpr de eodas as pulicessexusls na medida em que diferem doe ine tos ou das neesrdedes puramente orginleas (Lacsn), ou, pata Fread, das pulses de autoconservagio (epulsées do Eu» gue © autor tendeu dep @ enexar 20\narcissmo, sem contuda eso te resolver por comples). A\pulsgo sexual nlo estabelece com © seu sobjecton una relagio tWo estével e forte come o fet, por fxemple, a fome u's ted, A Tome ndo se pode vatisazer endo pele comida, mas. comida satisfala de certs: deste modo, ob Instintos so simultancamente mais © menos diffs de contntar «ue as pulses; os instintos dependem de um objecto bem real que flo ‘dmite subsiuleso, mas, dependem apenas dele. A puso, pelo contri, ¢ até um cerio ponto, pode satisfazerse fora do em le em por 0 Dado), 8 prineica vista € capae de past ‘organism om perigo imedioto (dal vem o reclcsmento) AF ‘ecessidedes de autocontervagio Zo podem nem recalearse nem fublimsrse; 9 pulser sewn sfo. mais escorregadias © scomo- 10 uiclas, como Freud divia com insistincia® (mais radicalmente perverts, diré Lacan)’. Invstsamento, ag pulsber soxile perme ‘ecm sempre mais ot! menos inaisfeitas, meso aps fer eingido 1 sau objective; © deseo tenaice bem depreta” apis a. cUrla Vertigem da sua aparcnte eatineio, alimentase om Targa medida fe st mesmo. como dese, tem oF seus rltmos préprios, mullas veues bastante independentes dos do prazer obido (prazer 8 que Datecia especiticamenteasprar) a catncia © allo que cle quer reeacher, © € simultaneaments aquilo que procura manier spre {Em aberto de forma a sobteiver como dejo. No fundo, no tem bjecto, em tod ¢ caso objecto real através dos cbjectos eas, (que S89 todos ces substitutes (lanto mals numerosos e interme: vei), 0 devejo persegie um objosto imagindsio eobjecto pet Aidoe) que €0 seu mal yerdadlno objeco,uin object que sempre {oh perdido e sempre fol desjedo como tl Endo em que € que se pode der que as pulses visual ¢ audiiva maniém ime rela mals fore, ov mal partclae, com Srausdncia do su object, com a procura nfinita do imegingea? ‘que spulsio percepconantes se egrupar com exe nome 8 pulsio esipicae'a pulsio invocante—, contraramente 8 btras pulses sexutls figura concretamente @ ausencla do seu oblecto por melo da distncla a que o mantém © que faz pane da sua Prop, deste: iin dolla e dite ‘« Dslcotnologa dive clasicamante os ws Gena e'6 ouvidoy dos outros sentdos que se processam todos fradealmentee que a chama esentidos do eontactos (Pradines) facto, gosto, olfacio, sentido cinestsio, ete, Freud nota que © ‘oyetrlsmo, nso se assemethando com 0 sesmo, mantém sem. pre uma soparacso entre o object (aqul, © objecio olhado) e-@ Jonte puisionl iso &, 0 rio geredor (o olha); o voyeur nio ‘tha o sea lho om oralidade ou 2 snaidade ‘exerci da puisto va instauray, at Eeto ponto,umna confusdo pera, uma cabertura (= contacto, aboliggo fndencial da distn- a) enize a fonte« o objectvo, visto que o cbjectivo €o de oblet fom prover a0 nivel do 6rpsofonle (= Siferente, de-uma diferenga de economia, melhor dizendo, mas & precsamente por iso que 6 importante —,enquanto que e flega0 finematogrifice € sentida de preferéacia como a presenga quate -real dese proprio ireal;o sigificene, jf imagisario t rua me ri, & menos sensivel na sus matvalidade propria, jg mais em ‘enefiio da diegese, tendo mals 2 submergise nea, ter depo sitado na sua conta pela crenga especatorial. O equllbrio esabe- Tecese um pouco mais perto do representado eum pouco mais Jonge da representasi. Pela mesma razio, o teatro de ficgéo bassiase tendencial- mente no acior(representante) © o cinema de ficgae de preteen. ia na_petsonagem (representado), Esta diferenga foi frequents ‘mente slientada pela teria do cinema, nel formando um tema clea, No campo psicialitic, também fol noteda, nomeads mente por Octave Mennon! mesmo quando 0 espectador_ de ‘inemaso identifica com o comedians mais do gue com © papel {rm peuco como no teat), ¢ com o comediante enguanto stars, ‘edela,personagem sinds, © fabulos, ele proprio ficeonal — som (© roelhor des seus apis que o cspectador se Identifica Dirsed que esta difeenca (em causes muito mals simples, que no teatro o mesmo pepel pode ser interpretado por vir Somediantes quando se passe de uma encenacho para outea, que , sty dels i da progeny uo qu no nun funce hévérias realirgies (varios wdisebuigdese) para um mesmo filme, de manera que © papel eo seu intérprete diva ficam defi ritivementeaisociados um to outro? Tudo Iso € verdade © no 6 fstrno & flagso. de forges, Wo deigual quando se passe do teatro para o cinema, entre 0 actor en petsonagem. Mis nlo ¢ tum facfo ssimplese nem independents da distncia entre os sgui= Fieantes eepestivor, pelo contro, do ¢ mais do que uma aspecto ‘ease diferenga (implesmente mals evidente), Se pag-l tatrl pode mudar de Interpret & porgue sua represeaapfo € real © Iobilizepessous daviamente presentes (podem, por iso, vari). Se o papel cinematogrfico esd para sempre unio, a0 seu inter prete€ porque a tua repesentagio exige 0 refleco do actor e no Savior é porque o-refleno (0 sglficante) é reisado, nfo podendo por cobseguinte viiar mi Introd ie aractamestir prsiandove, devido Ax guns craters Diese aes eles rene ae raat a ae ease Eerie A ere, ease Peta Sree Beata doting dea pulsionss, pp. 33-36. TS Sse oe peme op sat iS aS re ae var um dow parigratoe (ams ‘gttlado) de um artigo ‘de sean-Prtucls tyceabt sBasaenan pp. 357300 In Cina: Fase ea instars, ene @ihdigu, Pars 0” 24 de 197). Tots arf date hore 5 propor de Trmpreaion de, seats au eines, artigo eis’ no &F de ‘Benin rar te signification ox Sinema Kak SSSR toes Sa eats) BP iho Ge Clete pour PImaginaire ow FAutro Scbne (Le Sem dic nie Se a a epee Sev © © Ge)NEGAGAO, FEITIG Como se vi, sio vitios 0s caminhos através dos qusis 0 nema se eran inconsiente © ner fender mOvimentos que 9 polendie caclarces todavia tow not condusem ie carats is espeifica do sgnfcanteisituconlizad Del alge posse Snore denes cance o da eating sipeaar'o 20 voy. carlo © do cblconeno, htumbén un tere, 9 0 fal ‘Desde o flere anigo de Fred que inaugurou a gust, «nig eoamenteo flew fio 3 sug, ho seeio gus ela inspira. Pata Tica, sinde com ms clareax fpara Exean, a tastagio € primero a da mie, e € por iso que as Principals igus gue inspira sh stm ceto panto comans ts Sang don dole texos. A cianga que apsrobe 0 corpo Ga mse ‘ee couida, pela via perceptive, pelo estemunbo dow stds, 2 adoitr que’ exstom sereshumanos privades de penis. orm, interpretard—esia invitvel consatagdo em temmos de’ deren anatémica entre os sexos (= pénis/vagina). A ceanca julga que fos seres humianos possiem todos tim pis na origem, © por so fomproende aqulo que viu como sendo 0 efeito dums mitasi0, ‘qual Ihe reduplica'o medo de Ihe vir » acontcee o mesmo (0t flo, na mening a partir de uma ceria idade, o medo de que isso | [dhe teoha acontzido). Taversamente,€ ese proprio terror que fe projcta no expesticalo do corpo maternal, e que convide a nele lervuma auténeia‘no sto em que a anatomia ve uma conforms (Ho difeente- Nas suas grandes linhas, a encenagao. da castro ‘Mo varia conforme mela entendermos, como Lacan, um drama Cssencialmente simbélico, em que a castrapdo recupera, por meio 4 conjunco dat perdas smlaneament a ‘reais ¢ imagindrias que a crianga ja sofreu (traumatismo do nas- ment, slo mateme exremenis, ec), ou, peo contro, ver ‘por tendénsa, como Fredy 8 tomar a cnsnaqeo um pou mai iawn Pernt enta evlapo de uma carénca (a gish nos sp ima jé'd0 sigan do ines), a ciang, fim de Bio eae ‘uma angisia mito fot, fee do desdsbrar a sue ctenge (otro tra. cinematogrifico)¢ mance doravante em permangacia das pin conta (prova de gus a percopedo fal ainda aim, {eve or reas efetton, Todor ce seres manos tm pei (renga Griginiris) ¢-eAlgune sores huranon alo tm pénise, (exten Got entidon Bm sum, a cranga conservare definiivament ‘sun cong antiga deaizo da nova, mas manic ambem 8 08 ees peep y-men npg ave nna» ut resuen de prcopeio, negagio, «Verlegrumgs para Pre ‘sin se nwa a tate dus, 0 prop aectto. defodas ‘2 livegene de que em segids 0 orem serd capaz os mais diversos domis, de fos sh jog nfntamente cam Plexo, incnscencs e por vetes consents gus le val permite Ente wore» eo endo err, que mais ums Yer 0 audario fresher (ou nega) problemas deliados. (Se cede um de ns {ots um pooo franco congo mesmo, apecebeein de que una renga verdasiamente complete, sem nenhume sretaguarday em ‘Gur no contro que se eb ioraia-gusseInposive a vida ‘sortie = i © mesmo tempo, 4 crianga,atsrorzede por aul que via cou entoviy tend fetado, com mais o menos suceso seundo ‘scan, defer pea Smo ea otha nai qu se viré 2 formar fig: mums peea de roupa, por exemple, que encobre A {adore denobern ov que a pevede up inlero,mes, se te A fo neve statumente atte ¢ ia ce forma de regan, de -rzan pants 0 perebido,embort a sue ‘propria exotcia’ vets dineccamena tstemuthar que per Exo fot peesidp” O ace Tligo vat tomurse « eobdso “Gp enabel-tapento a potenia ¢ do. ceo & Trico, condigao\ for veztsindepensvel leicioo verdadero): nour cvlugies Tao werd mais Jo que wma condgfo favorecent, com sm peo Telsvo alas vail em rslgdo aoe culos tag da situa Togena do. conjino. (Me umn ver se conta que-a deese Sona oa we oh tenes, eno a dt oe ‘Tngistin se tora ela propria soxigena. Arado @ sndoga: © a ares semi tnt acto, isos tanben edenton ie Ewe Span aliments neomo que tao Fe objenivo) O Te 2 fe lice ¢ geralmente consderado como a xperversio» por exce- lenca, visio que Inervém ele proprio no de cinema. igualmente por iso que oteérico de cinema conserva fergoaumente —a custa de um novo retomo que o leva intro gar a tenlce, a cimbolizar felis, por eonsegsinle a mantelo So mesmo fempo que dissolve — esse Intrese pela aparalhagem emo quel nip seria motivado a etudéle, ‘Com efoto, esa utensifiagem no € apenas fisien (=eitigo propriamente dic); hi também se suae mares disutsvas, os see root Eb mus acai a ERE Sic etumhiay nen Bo ee acer ka ere eteies oes oe eee ea | a ae prolongamenios no préprio texto do filme. Manifestase aqui © ‘movimento caracteritico da Worl: a pastagem da fosenasdo pelo tGenico no ertado extico dos difereates codigos sutorieados por essa utenslhagem, No cinema a. prevcupapao. pelo. sgnificnte deriva dum ftticlsmo que se coldoou © ml postvel na ua ver tente de conhccimento. Se relomarmos 4 érmela por melo da qual” (Octave Mannoni define a negosao (= «Eu sti bem... mas memo asim), 0 studo do signifcante € uma posieio libidinal que con. tem enfraquocer 0 «mae mesmo aime € eproveltar esa pou panea enereética a fim de aprofundar mais 0 #Eu sel bems, que fesse modo se transforma em :eEu ni ei sbsolulamente nada, mas desejo saber 'FEITIGo E QUADRO Tal como as outas estruturas psigucas que se encontam nes fundamentos do cinema, o feiticismo ado lntervém spones ni onsiuigo do signiicante mas também nesta ou naqucla day ruts Configuraydes mais particulars. Temes dsta ver os enguadramen fos, € também certs movimentos de aparlho (estes iimes podem lis definise como modificsbes progressivas do enquadramene) (© cinema com tmdtica dleectamonte ertiea fo 330.6 pot scato) joga de boa vontade com os limites do quedo € com s+ revelages Imprevstas, se necesério incomplete, que a elmare mite quando mexe. A censura tem ago uma polavra a dizer fensura dos filmes c censure no sealido de Freud. Qucr sea acb forma esttica (enquadremeato) ou dinimica (movimentos de aps. relho), 0 pincpio € 0 mesmo: tratase de aposar simultancamente itgao do descjo'e na sus retengio (que € 0 sou contro ‘as que a favorece), fazendo variar =o iafiito, come precisa. mente 0 permite 2 técica dos estédos, o lugar exacto da fromtira fque detém o olfar, que pie fermo a0 «viston, que inaugure © Dlongée (ou 0 conica plongée) mals tencbroso para onion, para'o adivinhedo, O enquadramento cos seus deslocamentas (que Aeterminam 0 lugar) sio em si mecmos sispensies, als multo ullizados nos filmes de suspense, e contnuem 4 sefo Torn des "Tem wma afinidade interna com a metinice do devsjo, sus rte damentos € relangamentos, c conservam-na fora das sequenelss cties (e Unie difeenca veside no quanturt que € cublimad © Inaquele que © nio 2). A maneia como 0 cincma, com oF seus nquadramentos pasteadores (pesteadores coma 0 lher, como. & cari), encontra 0 meio de revelar 0 espaso tem algo aver com ‘ma esp de pemmansns despir, de simptesse genealizado, um Sripicse menos drecto mis mas sperfigoado, vito gos Perite também restr de nove espago,sbtar & visa aqua que nea mee moet (or uy apes a rah ‘momenio do naciment do fellgo, aerienge que five mst cto har bem depres faz marche ats), sfipieareexburaado. de ash bck, "sequences iverias qe em segida reat sina tthor oii. amb se pen aproximar dss proceos ‘& oeultagdodesoeutanio saree spontagSess siaematgriicay, Ssbredo quendo so ints eels se sana foreman 8 pre: ‘eupasio pels doragem e pela expecaiva(abertua c echo Pro ‘resis cn fundio, in, Fandiceencadeadoe mito calangndo, ‘emo oe Sterbers suc, 6 Cade) We father 9 porate stato ge 6 bac ‘elsu len, als quand me. sen Che pour Henao «Pan cng Ie ire ou ott woe do Hine oan aa 7 ect tmaronann (pear do annus var com fgg TR TT Tl att Eh, 1 Betas este fenimeno um pouss mae demoragaménte em trusigeset Class (Lit do Evi pur ta sigmiication au stoma). lavarature arenas) oo ing Rone: du mone come Seas: {rxsion "6, sano p"360 i pwr Mimosa ow are "so, ter © manusenta deste argo, Thery Hunts, cna ‘oaane a ates para feta qu, eee paragrae, sacs tara {hn poco demir do lngo go fettatmm c apenen el’ diguraa fn 5 oe acomtam dp mann modo an parcoraso eionatrafcn eh {feral nipertrtia a pulko pavealpereoplnantey som te suas SGceoacSexprogrestetretenctia atrasce eieladon’ es VES Nccvagt, prec St (ail de cia) ¢ haves Travia top. somone ei Basen eset (= jogs oor" eagandraento e Sear deecamenon) 9 Memento rope fellcintspareonme t's cer @ Linke do acrem & Efpeacto do visto e 0 alovien, a eparagem’ go eae. esse gue senctta © into ou © nSoorte mals‘do gus aysea arate sus ‘Sereadura)? ceostramoe a propria perverese ecdpic, 2 Qual are fens 2 dtria algae 80 Sogo

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