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Sébado 30 do Julho de 1983 I Série — Nimero 74 DIARIO DA REPUBLICA PREGO DESTE NUMERO - 136$00 E A aniatre meena srk ino om Ainaaees Fa 1 dedamaivo ove tea Pte be plana pare ends aa, 28 idl de Repbicn Senn ais Beare rots Rptedow Dil de duende da erie Compligiadar nao ara Revie Tada «correspond deve ser did 7° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA AVISO Por ordem superior € para constar, comunica-se que nao serdo aceites quaisquer originals destina- dos ao «Diério da Republica desde que nao ta gam aposta a competente ordem de publicacao, assinada @ autenticada com selo branco, SUMARIO Ministrio de HatitagSo, Obras Pillicas © Transportes: Decreto-Lel n.* 349-c183: Aprova 9 Regulamento de Estruturas de Beto Armado ¢ PPreEstorcado. MINISTERIO DA HABITAGAO, OBRAS POBLICAS E TRANSPORTES Decreto-Lei n.° 349-C/83 de 30 de Julho No quadro da actividade de actualizagio da regu- lamentagdo técnica de construgdo, foi oportunamente reconhecida a r2cessidade de abordar 0 dominio das estruturas de betdo armado e pré-esforgado. ‘Com efeito, 0 regulamento até agora em vigor, aprovado pelo Decreto n.° 47 723, de 20 de Maio de 1967 — que corresponde, aliés, a uma etapa muito importante no progresso dos conhecimentos, entéo em. répida evolucdo —, além de nao contemplar as estru- turas de betdo pré-esforcado, necessitava de actuali- zagdo face ao desenvolvimento técnico entretanto ve~ rificado, Acresce que a promulgacdo, pelo Decreto n.° 235/83, de 31 de Maio, do Regulamento de Se- uranga e Acgdes para Estruturas de Edificios ¢ Pon- tes, que estabelece as novas condigGes gerais a obser- var na verificagao da seguranga de todos os tipos de estruturas, independentemente da natureza dos mate- riais constituintes, imporia, por sis, a necessidade de revisio do regulamento de 1967. ‘© Regulamento de Estruturas de Betéo Armado Pré-Esforcado que 0 presente decreto aprova foi ela- borado pela subcomisséo especifica da Comissao de Instituigdo € Revisio dos Regulamentos Técnicos do Conselho Superior de Obras Publicas e Transportes, com base em estudos ¢ propostas do Laboratério Na- cional de Engenharia Civil, que participou também de forma muito activa nos trabalhos daquela subcomis- ‘Com a promulgacdo deste Regulamento ¢ do regu- lamento relativo a seguranca e acydes, anteriormente referido, passa o meio técnico nacional a dispor, neste dominio, de regulamentagdo actualizada ¢ perfeitamen- te harmonizada com as directrizes j4 adoptadas pelas grandes organizagSes técnico-cientificas internacionais que a tal harmonizagio tém dedicado a sua actividade. ‘Assim: © Governo decreta, nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigéo, 0 seguinte: Antigo 1.° E aprovado o Regulamento de Estrutu- ras de Betéo Armado e Pré-Esforgado, que faz parte integrante do presente diploma. Art, 2.° $40 revogados o Regulamento de Estrutu- ras de Betdo Armado, aprovado pelo Decreto n° 47723, de 20 de Maio de 1967, bem como as alteragdes © rectificagdes nele introduzidas pelo De- creto n.° 47 842, de 11 de Agosto de 1967, € pelo Decreto.n.° 99/76, de 23 de Julho. ‘Art. 3.° Durante’o prazo de 2 anos a contar da data da publicacao do Decreto-Lei n.° 235/83, de 31 de Maio, que aprova o Regulamento de Seguranga ¢ ‘Acedes para Estruturas de Edificios e Pontes, pode- 2832-(100) To ser submetidos & aprovagéo das entidades com- petentes projectos elaborados de acordo com a legis- lagdo revogada pelo artigo 2.° Visto € aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Maio de 1983. — Gongalo Pereira Ribeiro Teles — José Carlos Pinto Soromenho Viana Baptista. Promulgado em 23 de Maio de 1983. Publique-se, © Presideme da Repiiblica, ANTONIO RAMALHO EANes, Referendado em 30 de Maio de 1983. © Primeiro-Ministro, Francisco José Pereira Pinto Baisemao. MEMORIA JUSTIFICATIVA A necessidade de remodelar a regulamentagio na- cional sobre estruturas de betdo armado publicada em 1967 deve-se fundamentalmente a significativa evolu- io dos conceitos sobre seguranca estrutural entretanto serificada, j4 consagrada, alids, no Regulamemo de Seguranya ¢ Acgdes para Estruturas de Edificios Pontes. Por outro lado, a caréncia de regulamentagao sobre estruturas de betdo pré-esforcado, ha muito re- conhevida, ¢ a moderna unificagdo de conceitos que permite englobar no mesmo corpo de conhecimento este material e 0 beto armado aconselhavam seu tsatamento conjunto no mesmo regulamento. A evolugdo da regulamentagao portuguesa tem re- flectido a actividade internacional neste dominio, prin- cipalmente a que é conduzida pelo Comité Euro- international du Béton (CEB), cuja acgdo tem tido em vista no s6 0 avango tecnolégico, mas, princi- palmente, a harmonizagdo dos preceitos regulamenta: res dos diferentes paises, acg&o esta, aliés, em que a conttibuicdo portuguesa’ tem sido continua e muito proficua Note-se que a publicacdo do regulamento portugués de 1967 se seguiu a elaboracio da primeira versio das Recomendacoes do CEB, publicada em 1964 ¢ remo- delada em 1970 com a introduga0 de disposigdes re- lativas a betdo pré-esforgado. Porém, 0 grande desen- volvimento entretanto verificado nos estudos sobre se- guranga estrutural evidenciou a conveniéncia de os prineipios gerais relativos a esta matéria constituirem regulamentacao especifica, aplicavel, portanto, a todos os tipos de estruturas, independentemente’ do material constituinte. Foi esta j4 a orientacdo segui- da pelo CEB na edigdo de 1978 das Recomendasées, profundamente remodelada em relacéo as anteriores, € que, sob o titulo genérico de Sysidme internatio- nal de réglementation technique unifiée des structu- res, 6 vonstituida por dois volumes: Régles unifides communnes aux différents types d’ouvrages et de ma: tériaux ¢ Code modéle CEB-FIP pour les structures en béton. (© presente Regulamento, aplicavel as estruturas de betdo armado ¢ de betdo pré-esforcado, foi elabora- o, juntamente com o Regulamento de Seguranca e Acgées para Estruturas de Edificios e Pontes, de mo- doa integrar-se na linha de orientagao exposta. A preparagao deste diploma, tal como jé sucedera ‘com a do regulamento de 1967, constituiu encargo da Subcomissio do Regulamento de Estruturas de Betao 1 SERIE — 8 174 — 3-7-1983 Armado, da Comissio de Instituigio ¢ Revisto dos Regulamentos Técnicos do Conselho Superior de Obras Pblicas © Transportes. No entanto, ¢ como tem sido prética habitual, os estudos de base e pre- parayao de todos os documentos de trabalho foram efectuados pelo Laboratério Nacional de Engenharia Civil Antes de se proceder descrigdo e justificagao — nevessariamente sumarias — das principais.dispo Bes contidas no Regulamento, convém sublinhar que, devido ao facto de grande mniimcro delas constituir inovagdo, se exige dos utilizadores uma atengo pai ticular para a sua adequada interpretayao. Aliés, visando tal objectivo, introduziram-se no texto, sempre ‘que foi julgado util, comentarios ao articulado, com © intuito de esclarecer, justticar ou exemplificar a ma- téria especificada; estes comentarios, impressos em tipo diferente, nao constituem, porém, matéria regula. ‘mentar. A apresentacdo dos diversos aspectos que se julga de interesse focar, feita seguidamente, acompanha a divisdo tematica do texto. yosigdes gerais Como j4 foi referido, o presente Regulamento foi elaborado tendo em atengao a existéncia do Regula- mento de Seguranga ¢ AcgGes para Estruturas de Edi- ficios ¢ Pontes (RSA), com o qual directamente se ar- ticula. Consequentemente, é indispensdvel 0 conheci- mento detalhado do RSA, pois nele esto consignados 8 principios fundamentals da seguranca que interes- sam aplicagdo do presente Regulamento, nomeada- mente critérios de verificagao da seguranga, definigao de estados limites, quantificagdo e combinagio de acgdes € coeficientes de seguranca. © tratamento conjunto dado aos problemas do be- tao armado ¢ do betdo pré-esforcado justifica-se ndo 86 por ser hoje prética corrente a utilizagao de armaduras ordindrias © de armaduras de pré-esforgo desempenhando no mesmo elemento idéntica fun resistente, mas também porque as teorias do compor: tamento do betéo armado so facilmente generaliza- veis a0 betdo pré-esforgado. Quanto ao campo de aplicagdo do Regulamento, para além da extensdo a0 betdo pré-esforcado, ele é Praticamente idéntico ao do regulamento anterior, ha- vendo no entanto a registar que so pela primeira vez tratados os problemas ligados com a seguranga em re- lagao a fadiga e bastante aperfeicoados os aspectos relativos ao comportamento das estruturas sob a accao dos sismos; foi ainda dado maior desenvolvimento aos capitulos relativos a disposigdes construtivas ¢ a exe- cugdo e controle. A nao inclusdo no Regulamento de regras especifi- ‘cas para estruturas em que se utilizem betdes leves ou muito densos, estruturas mistas ago-betdo € certos ti pos de estruturas pré-esforgadas justifica-se em face da pequena importancia ow frequéncia que o empre- go de tais téenicas assume ainda no Pais; 0 mesmo se passa, de certo modo, relativamente a estruturas sujeitas a acgdes térmicas intensas Nao se julgou oportuno tratar também da accdo do fogo sobre as estruturas, pois tal problema deve ser articulado com a regulamentagao geral de seguranca contra incéndio que vier a ser promulgada no Pais No que se tefere ao problema das competéncias ¢ responsabilidades dos intervenientes no projecto e na T SERIE — Ni" 174 — 30--7-1983 direcclo das obras, entendeu-se que tal_matéria — porque envolve aspectos predominantemente juri dico-profissionais © no apenas técnicos — deve ser objecto de legislacdo especifica, de ambito generali zado a estruturas dos diversos tipos ¢ materiais, ¢ que reflicta devidamente um justo equilibrio entre os in reresses dos diversos intervenientes no processa cons- trutivo © 06 interesses da colectividade. Estas as razdes por que a redacgo dos correspondentes artigos do Ke- gulamento ¢ feita por mera referéncia genérica a tal Tegislacao, que, no entanto, carece de remodelagio © le aperfeiyoamento, © sistema de unidades adoptado no Regulamento € 0 Sistema Internacional de Unidades (SN), 4 con. sagrado em norma portngtiesa, © que ¢ de utilizacio cada vez mais generalizada a nivel nacional © na tite ratura ténica ¢ regulamentar estrangeira € internacic. nal. A simbologia empregada segue as directivas do CEB, € fundada em largo consenso internacional ¢ privilegia na sua formagio as designagdes em lingua Ingles 2 —Seguranga € acgdes Os critéring de segurangat adoptados, por Forca alias do estahelecido no RSA, nao diferem conceptualmente dos critérios utilizados’ na regulamentagdo anterior continuando pertanto a ser reulizada a verificagte dt seguranga em relagio aos estados limites; melhorou: se, porém, a voneretizagao de vettos estados limites lillimos, tais como os de encurvadura e de pungoa mento, ¢ atribuit-se maior importancia € desenvolvi ‘mento ao estado limite de fendilhagao, a fim de vobrir fos problemas especificos do betao préestorgade. E de assinalar, no entanto, que a formulacao das combinagses de aegdes ¢ propria quantificagan es tas foram substancialmente alteradas, dependendo ago- ra de situagdes da estrutura (em exploracdo normal ‘ou em certos periodos transitorios), do tipo de esta do limite (Ultimo ou de utilizacao), do tipo de acyies envolvidas (permanentes, variaveis ou de acidente) © da duragdo atribuida aos estados limites de wtilizagao, (muito curta, curta ou longa}; a quantificagdo das ac- goes necessaria para atender aos diversos tipos de Sombinagdes assim resultantes € feita no RSA consi derando valores caracteristivos ¢ de combinagao para 1 estaddos limites ltimos, e valores raros, frequentes © quase permanentes para os estados limites de uti lizacao. Houve, naturalmente, que. nova orginica regulamentar, definir neste Regulame os valores de avgdes especialmente ligadas ao hero, armado € a0 betdo pré-estorgado (certas acgoes 160. Togicas, pré-esfargos. © suas perdas, coeficientes de comportamento para quamificagao de acgdes sivuticay) cc. bom assim, enumerar os estados limites a conside: lar ¢ estabelever oy valores dos correspondentes coe. Fictentes de seguranga. inda de agordo com a Wo 3 — Materi No capitulo reterente aos materia incluem-se disposigdes relativas ao bello, as armaduras ordina: rise As armaduras de pré-esforgo, tendo em v1 lundamentalmente, a detnigad dos Valores dle cileulo 2832-(101) das diferentes propriedades mecinicay que devem ser considerados no dimensionamento das estruturas. No que se refere aos hetdes, estabeleceu-se um n0- vo escalonamento de classes, ue abrange uma gama alargada de resisténcias, tendo como principal objec: tivo cobrir as nocessidades das estruturas de betdio pré- cesforvado. Esta classificacdo dos betdes esta de acor: do com as normas internacionais sobre a matéria, continuando-se, no entanto, a privilegiar a resistencia determinada por ensaio de cubos na designagao da por ser ainda este tipo de provete 0 de utili- zacao’ mais Trequente no Pais. Foi dado grande desenvolvimento & materia relati va as propriedsdes reoldsicas do betdo (retracgiv udncia), cm virtude da grande importancia que tais propriedades tém no comportamento do betdo pré ‘sforgada, Quanto a0 diagrama de cilculo tensoes-extensoes do berio, adopiou-se o dianrama parabola-rectanguto em vez do diagrama parabolico preconizado pelo regula- mento de 1967, por ser esta a tendéneia geral na mo- derma regulamentacao. Nas disposigaes rel vas ay armaduras ordindrias, em que naturalinente se tiveram em contas as carite= teristicas da produyao nacional destes materiais, 10- ram incluidas as redes electrossoldadas ¢ especiticadas owas exigéncias selativamente aos ensaios de dobra- gem ¢ de aderéncia cle vardes, ¢ foi abordado 0 pro- blema da soldabilidade dos agos para efeito da reali zagdo de emendas. Quanto ses diugramas de vileulo, adoptou-se para os acos endurecidos a fio wm dia grama simplificado bilinear idgntico ay preconizado, para os acos Jaminados a quente, solugao que apre- senta vantageny de ondem pritica, nomeadamente por diagrama para ayos . independentemen- permitir a uulizagio do mesic com at mesma capacidade resistent te do. seu processo de fabrico. Mantevese a orientagio do ant que se refere a classitieagdo © homolog jor regulamento no 9 das ar. pelo Laboratorio Na- maduras ordindrias, a efectua cional de Engenharia Civil Relativamente ay armaduras de pré-esforgo, 0 fac~ to de apresentarem uma grace viriedade de’ tipos caracteristicas nao permitia, como seria desejavel. 0, Sew enguadramento em classes como no caso das, armaduras ordindrias, Q texto lumta-ve, por tal mo- tivo, @ enunciar as propricdades cuja quantificagao, interessa directamente ao project © 4 estabelecer “os stitérios de definigdo dos diagramas de calculo a uti lizat. Contudo, para relaxacao sao apresentados ele- mentos que. para as sifiazdes mats correntes da pra- tica, perinitem quantiticar esta_propriedade. 4 = Estados © Regnlumente estabeiece que a veriticagdo da se guranca em relagao aos estados limites tltimos scja tm geral efgetuada em termos de esforgos, excepto 0, caso de analise plastica de tajes, em que tal verifica edo deve em principio scr feita ant termos de accoes, Porém, relativamente aos estastos limites ultimos que envolvem fadiea, o critério adoptado para a veritica ao de seguranca ¢ formulado, aliis como habitual mente, em termos de tens6e No capitulo relativo a determinagdo dos estorgos re- istentes, so abordadas de modo sistematico os es- Foreos norms ¢ de Mesao, © esforeo transverse, © 2832-(102) pungoamento ¢ 0 momento de torgo, bem como a associagdo destes esforeos. Além da considerario do puncoamento, ¢ de assinalar a introdugdo de algumas inovagdes sighificativas relativamente a0 esforso trans- versoe & torgdo, que traduzem progressos técnicos recentes. ‘A consideragio da encurvadura como estado limite liltimo individualizado eo desenvolvimento dado a esta matéria no Regulamento constituem uma melho- ria importante, com directa influéncia na seguranca das estruturas. 5 — Estados limites de utilizasio Os estados limites de utilizaglo considerados no Regulamento so 0 estado limite de fendilhagio ¢ 0 estado limite de deformacao. estado limite de fendithacéo ¢, em geral, subdi vidido nos estados limites de descompressio € de I aura de fendas, que devem ser escolhidos, em cada caso, em funcao do tipo de combinacdo de acgdes, da agressividade do meio ambiente e da sensibilidade das armaduras & corrosio. Salienta-se a importéncia dos estados limites de fen- dilhagio no dimensionamento das estruturas de betio pré-esforcado, uma vez que, impondo-se sempre para tais estruturas uma verificagdo da seguranga em rela- Go ao estado limite de descompressio, tal condicio- na directamente 0 valor do pré-esforgé a aplicar. J4 em relagdo as estruturas de betdo armado, a verifica- 40 da seguranca relativamente & fendilhaao pode em geral continuar a limitar-se, como no regulamento an- terior, a que as armaduras satisfagam determinadas disposigdes constr Quanto 20 estado limite de deformacto, slo apre- sentados 05 critérios gerais para o célculo ‘das defor- mages ¢ estabelecidos alguns valores para as flechas maximas de vigas e lajes de estruturas correntes. Por outro lado, o Regulamento estipula relagdes entre 0 vao ¢ a altura dos elementos flectidos, cuja observan- cia € suficiente, em muitas situagdes préticas, para garamtir a seguranca em relagdo a este estado limite 6 — Disposiges de projecto e disposigdes construtivas Nos capitulos relativos as disposigdes de projecto & construtivas so tratados os problemas gerais das ar- maduras, os problemas especificos de diferentes tipos de elementos estruturais ¢ incluidas regras com vista a melhorar a ductilidade das estruturas perante as ac- {des sismicas. No que se refere as armaduras, salienta-se, para além de inclusdo das disposigdes relativas as ‘arma- duras de pré-esforgo e as redes electrossoldadas, 0 desenvolvimento dado as questdes relacionadas com amarragdes ¢ emendas. ‘As disposigdes especificas relativas a elementos ¢s- truturais foram elaboradas por forma a abranger a maioria dos tipos de elementos que se apresentam na prética, incluindo-se alguns casos ndo contemplados ‘no regulamento anterior, tais como lajes fungiformes, paredes, vigas-parede e ‘consolas curtas. Além disso, foi tratado com particular desenvolvimento 0 pr blema das zonas dos elementos sujeitas a forgas concentradas, tendo especialmente em vista 0 dimen- sionamento das pecas junto das amarragdes das armaduras pré-esforgadas. I SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 As disposigdes relacionadas com a ductilidade das estruturas, com a finalidade de melhorar o seu com- ortamento ‘perante as acgdes sismicas, sdo abordadas de forma pormenorizada ¢ de acordo com as perspec- tivas mais recentes de tratamento deste problema. ‘Convém acentuar que o cumprimento de tais ‘gOes tem incidéncia directa no elagio &s acgdes sismicas, pois elas conferem as es- truturas melhor capacidade de absorc&o de energia, permitindo assim tirar maior partido do seu compor- tamento ndo linear. 7 — Execugho dos trabalhos e garantia de qualidade Relativamente a regras de execugdo dos trabalhos, sto estipuladas tolerincias correspondentes as dimen sbes das secedes dos elementos ¢ ao posicionamento das armaduras ¢ tratados os problemas mais impor- tantes ligados execucdo dos moldes ¢ cimbres, as operagdes de descimbramento e a montagem ¢ pro- tecedo das armaduras ordindrias ¢ de pré-esforgo, bem como questdes especificas relacionadas com a técnica de aplicagto do pré-esforgo. Os assuntos referentes a fabrico, colocagdo e cura do betdo sdo apenas enun- ciados, pois 0 seu tratamento ¢ feito com o desen- volvimento adequado no Regulamento de Betdes ¢ Li gantes Hidrdulicos. ‘Com a incluso de um capitulo relativo a garanti de qualidade, procurou-se, fundamentalmente, estabe- lecer metodologia e definir os principais conceitos so- bre tal matéria numa base internacionalmente aceite, enunciando-se os principios gerais que deverdo infor- mar a elaboracdo dos cadernos de encargos, em par- ticular no que respeita aos controles preliminares © de conformidade ¢ & recepgao € manutengdo das obras. Lisboa, Margo de 1983. — A Subcomissdo: Jtilio Ferry do Espirito Santo Borges — Vitor Manuel Vieira Anastécio Monteiro — Anténio Maria Pereira Teixei- ra Coelho — Anténio Mexia Heitor — Antonio Rebe- lo Franco e Abreu — Armando de Araujo Martins Campos e Matos — Artur Pinto Ravara — Edgar Antonio de Mesquita Cardoso — Fernando Vasco ‘Costa — t Francisco Jacinto Sarmento Correia de Araui- jo — Joaquim Augusto Ribeiro Sarmento — Joaquim ‘Campos dos Santos Viseu — Joaquim da Conceigdo Sampaio — Jodo d’Arga e Lima — Jorge Manuel Garcia da Fonseca Perloiro — Manuel Agostinho Duarte Gaspar — Manuel Bravo — Manuel de Pinho Vaz da Silva — Mario Cirilo Neves Castanheta. REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE BETAO ARMADO E PRE-ESFORCADO: SUMARIO, PRIMEIRA PARTE Disposigdes gerais CAPITULO 1 Generalidades Antigo 1.2 — Objecto ¢ campo de aplicasto.” ‘Ange 2'° — Autoria dos profectos ‘Antigo 3.° — Organizagao dos prajecos 1 SERIE — N.* 174 — 307-1983 Antigo 4 ‘Antigo 5. ‘Antigo 6.° — Simbologia © u = Verificacto ¢ aprovacdo dos projestos — Direceo técnica das: obras, dade. CAPITULO Concepsao das estruturas Antigo 7.2 — Critrios gers, ‘Amtigo &° — Esruturas sujitas a acgBes sismicas CcAPfTULO Ut Critérios gerals de seguranca Antigo. 9.° — Verificapto da seguranca, ‘Antigo 10.° — Estados limites ultimos. ‘Arigo 11.° — Estados limites de utlizacto. caPtTULO Iv Materiais e suas propriedades A= Betio ‘Antigo 12.2 — Generlidades Antigo 13.2 — Tipos e classes de betbes. ‘Antigo [4° — Naturera-e dosage minima do ligant. ‘Antigo 150° — Tensio de rorure a. compresso, ‘Antigo 16.° — Tensio de rotura a tracy ‘Antigo 17.° — Médula de'elastcidade © coeficiete de Poisson ‘Artigo 18.° — Retracgio ¢ fluéncia 19° — Valores de cilculo das tensdes de rotura, ‘Atti 20,° — Relagdes tensbes-extensdes de céleulo, — Armaduras or ‘Amtgo 21.° — Caractersticas gers. Atugo 22° — Tipos correntes de armaduras ordinérias, ‘Antigo 23.° — Classificaho e homologardo de armaduras ordinéis ‘Antigo 24°° — Médulo. de elastcidade ‘Antigo 25.° — Relagdes tensGev-extensoes de cleo. C= Armaduras de pré-esforso Antigo 26.° — Caractersticas gers. ‘Actgo 27.° — Médulo de elastcidade. ‘Artgo 28.° — Relarag, [Arto 29°° — Relagdes tensdesextensdes de cileulo CAPITULO ¥ ‘Acgoes Antigo 30.° — Generalidades. ‘artigo 31.° — VarlagBes de temperatura ‘Antigo 32.° — Retraceto do betio. ‘Antiga 33°° — Accio dos sismos ‘Artigo 34° — Acgoes de préesforco CAPITULO VI Pré-esforgos Antigo 38.° — Generalidade. ‘Antigo 361° — Valor maximo do pré-esforgo na. origem, ‘Antigo 37 x8. 38. = Perdas instantineas devidas a atrtos 20 longo das armaduras, = Perdatinstanidneas devidas a deformado do betdo, — Perdas instantiness not disposiives de amacragto. 40." — Ouuras_ perdas instantaneas de pr€-esforgo. 412 — Preesforgo ini ‘Antigo 421° — Perdas diferidas resutantes da retracio e fuéncia, do betdo e da telaxacio das armaduras Antigo 43.° — Preesforeo final Amigo 44° — Valores caractersticos do. pré-estore. ‘Amigo 45.° — Transmissao do pré-esforgo ao bel 2832-(103) SEGUNDA PARTE Verificagio da seguranca capiTuLo vi Yerificagao da seguranca em relagdo 0s estados limites ultimos de resisténcia A= Regras de veriicagio da seguranca Antigo 46.° — Generaidades. 47° — Verificapdo da seguranga em terms de esforeos he — Veriteagdo da seguransa de lajes em termos de sepbes B-— Esforgos sctuantes ‘Artigo 49.° — Estroturas reticuladas ‘Antigo 50.° — Lajes Amigo 51,2 — Estruturas de outros tipes. C= Esforsos resistentes Adiga $2.° — Esforgos normals e de flexio, ‘Antigo $2.° — Esforgo tansverso, ‘Antigo 4° — Pungoamento, ‘Antigo §§.° — Esforco de toro. ‘Antigo 56.° — Enforgo de torgdo associado a Nlewdo ou a esforgo CAPITULO VIL Verificagiio da seguranga ‘em relagdo a0 estado limite altimo de encurvadura ‘A= Disposigdes gerais Antigo $7.° — Generalidades. ‘Arto $8.° — Estruturas de nbs fixos ¢ estruturas de nos moves ‘Antigo $9. — Etheltera. dos pilares. Comprimento efectivo de encurvadvra ‘Antigo 60° — Verificaydo. da. seguranca das estruturas Verifieasdo da seguranca dos pllares ‘Antigo 61.© — Critrios de verifcasto da seguranca ‘Antigo 62.° — Momentor actuanter nas secgdes ertcas [Amigo 63.° — Excentricidades adicionais ‘Antigo 64° — Limite de esbeteza CAPITULO 1X Verificagiio da seguranca em relagdo aos estados limites de utilizacio ‘A= Disposigoes gerais Artgo 65.° — Generalidaes. ‘Amtigo 66.° — Regtas de verificapto da sepuranca 1 — Fenduinagio [Artigo 67.° — Asresvidade do ambiente © sensibiidade day arma ‘durae a corrosto. Antigo 68.° — Estados limites de fendithagio a considerar. ‘artigo Estado limite de descompressto. ‘Antigo Estado limite de largura. de fendas. ‘Antigo 71.° — Verifcagho da tensio méxima de compressio, — Deformasio Artgo 72.° — Extados limites de deformagto & consierar ‘Antigo 72.° — Determinacao das. deformagoes. 2832-104) TERCEIRA PARTE Disposigdes de projecto disposigées construtivas CAPITULO X Disposigies geraiy relativas a armaduras Ants 28 princis e sesamin, Arse akiy_wunjanta de agen de tapos diferentes Artis io day urmaduran hig 77.) Distancia. mvs entre armaduras Atti *S.° — Recabrimento mining die armas arn nice Anise Corvaturs misinsa dae armuaduras Adkrncit das armaduray ay bet. = Aiatragao We varoes de armaditas ortincits Amatrayad de rslee eceeaneohlades, 8 tartans de armaduras de preston Bi Tiyan de Naroes de armacurts oraiaras, $8 Thoma Ge tedeseectrooldadas, So Pinch de aeunaduras de preston CAPITULO XE Disposigdes relativas a elementos estruturais, Antigo ‘Arise Aigo nine Anise Arve ‘aries Anno Anise xe Arise Avie Anis Actiso Arig Antigo Ange Antiee Amigo Antigo Aris ‘argo ‘Auge ‘Antiso Ania Antigo Aria NYS Largusa do Banoo comprimids da spas em T 80. = Alcea ania ‘RI? Amato longitudinal minima © auision, Sh FSpmeantente ons dow varGes. Wi aemadurs Tonga 920° — Ierrupyae' da armadura longuudial 8X — Armatura longitudinal nos apoios Bk — Ardara de estore transverse. 82 Atmmadurs de tore Yo Attu de alm 97 — Armaduta de Tigavie dos banvos a sims YR" = Avmadusa de stspensio. Apres incase. wo Aentiddes pact abana de Toru de ses 1 Lajes macigas 100° —- Genera tol: = Vio ori tone “espera Tos — The raadas ama $0 diexeae sujetas a cares 104 = Armaan paneipal nnn WS” — Expagamoato manime dos side. a armada Wo." — teterapedo dt armadura principal, Armaan sts “noi tus, — Armadura de esforgo transve = Anmalura de distibuigdo das ites ermaiey NO tecso. toy" asmadira nos bordos lives Tus — Armaduts de: pongoatnente TIL’ — Ariuaduta dy les armada numa «i dire su Jelly catgan concentra © = hades age 112° = Generales 1s © Vio tosis, Espevsura mi 114 ~ canara © espavamente das nerve 11S" = Egposcura minim da Tats Hes = Armaduca das 17» = Rriwadurs ennima da lajta D = Lajes tungitormes U8." = Generates, LI9.) = Determinagao’ de estoneon FSERIE-~ Noo 174 3. agxt Pitas Ani 1M Bimensds minima, Arie 20°. Armada longitudinal Atti 132. — Alina teanmenal F— Paredes Amivo 123." — Generates 25 Espssura nia Arto 128” — Aumudura sett Atuee 14° Armadura honicomal iia 127 Atma de cntapsn Gown sparede Anigo 128-7 — Generaldades Aas 139." Yue teorico. Espasa minima cts 110." — Dimenvenamente en relacdo a momento Resto, Arig 431." — Dinesionamenco at sel a0 fang) transeee, Aiugo 12" — Disuibuigdo dt srmadura principal. Avis 100° Armada de aims Artis 14 Atmadura de suspensio. Apoios indiretos, 1 Cometay curtas Aaeuan 185. Generaidades Aitiso 136." Crtero. de dimensionamento Atupo 18" Armada mini, Di igo da armada, 1 — Zonas se elementos sujetas 3 Forgas concentradas Arto 188.8 — Generalidades Arupo 19 — Veriteayio da presse tosal no bets, Aries 10." — Tensoen de trace a abvorsers Caso de ain 9 orga coment Amigo 141" ~ Teandes de tragsd0 9 absorver. Cave de varias Hs oh vonentrade CAPITULO XIE Disposigdes retativas a estruturas de ductilidade melhorada Aruigo 142° — Goneraidades ‘Antigo 143." — Vitus de porticos. ‘rig Ua." — Palres Arig HS Non depres, Attigo Ub" — Paredes © diafeagins, QUARTA PARTE Execugao dos trabalhos garantia de qualidade CAPITULO xu rabalhos A = Woterincias Exccugio dos Arty 142° — Generaidades, Antigo 138.° — Ditsensdes. das seegdes. Attiso 199.’ — Posiionamento dat amadurts ofdindriay. AArtigs 150° Povisonamento das armadutas Ge pression. Artigo 151." — Ravobamenta dy armaduras. 1B — Moldes ¢ cimbres Antigo 152° — Caracterisicas gerais dos moldes ¢ cimbres Antigo 153.° — Desnoldagen ¢ dewimbramento. C— Armaduras ordinérias Antigo 184 Aetps 155 = Transporte © armazenamenta das ssmaduras = Cowte'e dobragem de var0es, Ne 174 — 30-7-1983 Adiga 186." — Soldadura de vardes. ‘Artigo 157.” — Emenda e amarragao de vardes ‘Arigo 188." — Montagem ¢-colocagio das armaduras D— Armaduras de pré-estoro Antigo 189.° — Transporte e armazenamento das armaduras. ‘Artiga 140" — Corte © dobragem das armaduras ‘Artigo 161:° — Emenda ¢ amareasio dis atmaduras ‘Antigo 162." — Montagem © volocagio das armaduras ‘Autigo 163.° — Baiohas ee brico, colocagzo ¢ cura do bet Antigo 168." — Fabrico ¢ colocacto do hetio ‘Antigo 165.° — Cura do. betdo = Operagoes de pré- agos endurecidon Iho por toredo e/ou tracyio. ‘Nast iltimo caso, 0 CEB também sugere um diagrama de cit culo consttuido por um irogo linear. seguido de um trago curve, ‘com seguinte expressio. anaes: Em ta0gto: B+ oan (A — 0. Em compressio: t= Sh 0803 (—2 02 Ey (Fea) Notes finalmente gue a iitagd das exenstes de alongamento « de encurtamento dor agos a 10x10"? 218 33% 0" respec Samente se junca em Tungto dor erties definios no artigo sa para eterminagdo doe esforgos rententes das secede: al as ca consequenca do mexmo argo, a tenido de compressio hs ftmadaras poders em alguns casos sev liutada A estensho de B10" C — Armaduras de pré-esforco Artigo 26.° — Caracteristicas gerais 26.1 — As armaduras de pré-esforgo devem ser ca- racterizadas pelo seu processo de fabrico, pela sua constituicdo ¢ pelas suas propriedades mecdnicas ¢ de aderéncia. 26.2 — A determinagao das caracteristicas das arma- duras deve ser efectuada de acordo com as normas portuguesas em vigor ou, na falta destas, segundo ‘outros documentos normativos adequados. armaduras de pré-esforgo apreseniamse com uma tio grande jade de tipos © caracterisieas que se torma muito difie F SERIES. 4 = 307-1983 guide fay de anol stemtico na regulamentaglo. Por outro tas, esas srmsadunas nai un eauentemente problems pecifiens quate 2 amarzavoes, Painhas, sistemas de apices, de foras. cle © que cxsem seterminagdee ¢ verificagdes spropviadas ‘Quam ao proceso de Tabnco, se armadints slo em eral Ob das por cndureamenta a fo (nomeadamente por extiragem ore Filager. acompanhado habitatmente de taramentos térmicos © Imecinicos detinados 4 methorar ay Nias propridades ‘As armaduras-de pré-esforya podem ser constituidas por fos, ‘ardes ou cots, ou por assnciagao de los ou eordées parallos (cabos er fee), ou ainda por smociagdo de cordies dispostos em halce em corm de sm co foneitudinal comum (eahoe. em cor Ado). A istincse entre Fo © vatso ests ligada 8 possibiidade de fornecimento em roles. © € fcita habitualmente pelo didmetro de | mam: por cord eniende-se um conjunto de fos enolados em hice em torno de um eixe fongitadinal comunt, podendo este ea ser materialioado por um fio No que se refer as propriedades mecinisas, torna-se necesario coohecer © diagrama torscevestensben fou foryae-dtormagoes), Pa fo que € em ger suficiete conheser 0 médulo de eavticdade, as {enées comencionais de proporcionafdade 3 001%, 0.1 0,38, a tensio de roiura ea exlensdo uniforme; alge diso, ha que de ferminar a extenso ape rotura eo comportamento ein enseios de Adobragem alternads ow de torgan simple. Outta propriedade me nicl cine conhecimento ¢ importante # a relavayao, sendo hab oat cistinguir entee agos de celavagio. normal © apoe de Bala Te lund (Obtos estes por tratameios expe). Dspendendo do rp de snema de prbesforco, poders ser necesic (er em conta itr Iropriedades, ais vom, por exemple, a apidao para a soldadura Ca possitlidade de formagio de hotdes ou ondulagbes termina para’ amarraeie. Em alg casos, ha também que earacteriz a3 rmadurae quanto & fevsléncut fadiga € quanto & sensbiidade TInterowa ainda ter sis vonta as propriedades de aderéncia, no sno easo da armaduras pre-tensonadas. para tansmissio do pre ‘sorco ao beide, como, et seal, para ielhoree © comporamento face eventual fendi. No que se refere a normas de enaio para a determinagio das Dropviedae anterionmente teed, eaten i documentos labo Fados por organizicéeisternacionais (RELEM, CEB, FIP, ISO) que sobrem pratiamente as nevessidades © que poderdo ser wiliados fnquanto ‘p30. se digpuser de normas macionas, Aligs, sobre. a3 ftacersticny dos agos para prévecforco, tem mito intersse & Sm Silla ila publicagde FIP" Report om Prewressing Stee 1 Trpes and properties. Antigo 27.° — Médulo de elusticidade © valor do médulo de elasticidade a adoptar para as armaduras de pré-esforgo deve ser baseado em de- terminagdes experimentais. Nos casos, porém, em que nao seja nevessirio grande rigor_no conhecimento desta grandeza, poder-se-i tomar o valor de 200 GPa. Artigo 28." — Relaxag ‘A relaxagdo das armaduras de pré-esforgo, que de- pende fundamentalmente da tensdo inicial aplicada & da temperatura, deve ser determinada por ensaios que Permitam obter os valores necessirios para o dimen- sionamento, Em geral, os ensaios devem ser efectua- dos para tensdes iniviais de 0.6, 0,7 © 0,8 da tensdo de rotura e para a temperatura de 20% A caracerzasso das armaduras de pre-eforgo no que se refere A relauacao € fequentemente Telia apenas pela indicasao dos Valo feaede relanagao te ae 1000 B, ‘Quand haya necesidade de extimar valores de relaxagto ao fim de om tempo 1, wspenior 8 100, a pare de ares corcespon Genter a um tempo fy. se menor aie 1000, poderted recorrer em que Soyer = pers de tom ao im do tempt 2832-4113) opri.r — perda de tensio a0 fim Jo. tempo 1 13-— Gxpoente caja valor depende do "ipo de ago © da endo inal e, pode suarne entre Qls'e O25 a falta de-dados mais precion sect saliciens considerd-lo igual a 0.20 Para estimar o valor da relaxagio a tempo infnito, poseré aplicar-se a expressio anterior vonsiderando 2-10 h ‘Quando. 40 se asponha de Fsultados experimentaic no sj neceasrio grande rigor, poder 0,56 + 1,25 = em que x representa a profundidade da linha neutra nna secedo em que se reduziu 0 momento e dé a al- tura til da mesma secedo. (Os valores de 8 so ainda condigdes: No caso de estruturas de nds fixos: Om Vas, ea ‘que Vay — valor de efleuo do esforgo actuante de punyoamento or unidade de comprimento do contorno erico — deve ser de- ferminado atendendo As indiagSes que se segue. 'No caso de a forca de punyoumento Veg actuar sem excentri- dade relatvamente wo baricentro da free carresads, vss pode set onsiderado constante ao longo do contorno critico ¢ com 0 valor: vse Ht em que u ¢ 0 perimetro daquele contorno. ‘se, porém, a forga Vag actuar excentricamente, 0 valor de vse ¢ varvel ao longo do contorno erfico de punjoamento, podendo ‘onsiderarte of teguntes valores para a verifier dx sepuranga ayes vert) 1 SERIE — ‘Area carregada de contorno rect vse SE (tts dette) [estas expressdes os simbolos tém 0 seguinte significado’ ¢— excentrcidade de Vag (ex € es sfo as componentes ‘segundo as direcsdes x ¢ 9): 4, — diametro do contorno critico (soma da altura til Como dldmetro da rea carregada) 1 by —dimensdes do contorno exltco medida: segundo as ireogbes xe 9 paralelas 408 lados ‘da Area © punsoumento ecto ¢paricuarmete de considera nas estruturas fungiformes, em especial quando sujeitas © forcas hore Zontas, assim. como em certor calor de sapatas de fondagdo de piace. ‘Chama-se ainda a atengio para que s6 haverd em geral que con- siderar 0 problema do puncoamento nos seguintes caso" Se a Arca carregada ¢ circular, 0 seu didmetro no excede asd, ‘Se rea carregada & rectangular, o seu perimeito no exce- de 1c, nem excede 2 a relacdo entre'0 seu comipriento ea sua larguras ‘Se & drea caregada tem outras formas, as suas dimensdes no ‘xcedem limites obtidos por analogia com os casos Fora dos limites indicados haverd em geral que considerar, a0 longo do contorno creo, zonas em que a verifiasao da seguranga deve ser feta pelasregras correspondents a0 punsoamento ¢ 20. nas em que tal verficardo deve sequt as tegrat especifcadas pi © esforgo transverso. Assim, por exemplo, no caso de a Area car- egada ter forma rectangular muito alongada, pode considerarse Que as 2onas de puncoamento se stvam apenas junto a0: caltos, Interessando tropos de contorno crea com um comprimento tO: tal que no. deverd ser superior a 11d nema 6a+ 3d, sendo a menor dimensso da. aren Por outro lado, a actuagdo de foreas concentradas em zonas pré- imas de bordos livres ou de aberturas deve ser cuidadosamente ‘analisada, considerando contornos criicos de punsoamento adequa: os, justificados: com base em literatura eapecializada, Note-se ainda que € também aplicdvel a0 pungoamento 0 ex- posto em relapdo 20 esforgo transverso na alinea @) de 83.2 € na parte final do. comentario a0 artigo 53." Artigo 55.° — Esforgo de torso 55.1 — A determinacao do valor de célculo do mo- mento torsor resistente de secpdes, cheias ou vazadas, de elementos sujeitos a toredo circular, deve ser efec- tuada com base na consideragio de uma trelica tubular formada por bielas de betéo comprimidas e or armaduras traccionadas transversais e longitudinais situadas na periferia da seco. $5.2 —O valor de célculo do momento torsor re- sistente, Tra, ¢ dado pelo menor dos valores obtidos elas expresses seguintes: Tra=Tea+ Tia Tra=Tid fem que os termos Ted, Tid ¢ Tid dependem da geo- metria da seccdo ¢ ainda, respectivamente, da classe do betdo, da armadura transversal de torgdo ¢ da ar- madura longitudinal de toreéo. © termo Teg € dado pela expresso: Tea=2 71 hep Aef em que 71 é uma tensio cujo valor ¢ definido no quadro VI (artigo 53.°) € hes ¢ Aes so, relativamen- te a uma secgiio oca eficaz, ficticia, contida na sec- ‘sao real, a espessura da sua parede e a drea limitada ela sua linha média. Esta secedo oca eficaz obtém- -se tragando uma linha poligonal fechada cujos vérti- 1 SERIE — N° 174 — 307-1983 ces coincidem com as armaduras longitudinais de tor- ¢fo e tomando, para um e outro lado desta linha, dis- lancias iguais ‘a der /12, sendo der 0 didmetro do maior circulo que nela pode ser inscrito; a secedo oca ficaz no pode ter pontos exteriores a secgio real. © termo Tia € dado pela expressio: Tra=2 Aes A Soya em que: ‘Au — itea da seccio da cinta que constitui a ar- madura transversal de torgao; 5 —espagamento desta armadura; Jord — valot de céleulo da tensao de cedéncia ou da tensio limite convencional de propor- cionalidade a 0,2% do ago da armadu- ra transversal de torso, termo Tia é dado pela expresso: Tia=2 Ae AX Soya em que: “ ‘Aa — tea total das seegdes dos vardes que cons- Tituem a armadura longitudinal de toredo; eg — perimetro da linha média da secsd0 oca ficaz; € 08 restantes simbolos tém o significado anteriormen- te referido. valor de céleulo do momento torsor resistente de- terminado de acordo com as expressdes anteriores deve satisfazer ainda a seguinte condi¢ao limite: Tra S212 hep Aer em que 72 é uma tensio cujo valor é definido no quadro vil (artigo $3.°), 55.3 — No caso de secgdes em T ou em L, as re- ‘gras estipuladas nos nimeros anteriores podem ainda ser aplicadas desde que se considere como secgao oca eficaz a que resulta da justaposicao das sec¢des ocas, eficazes relativas aos rectangulos componentes, supri- mindo os trocos de parede justapostos por forma a se obter uma tinica parede contornando toda a secedo. Esta parede tera, em principio, espessura hep dife- rente de rectngulo para rectangulo, devendo considerar-se 0 menor valor de es para o célculo de Ted € para a definicdo do valor limite superior de Tra; além disso, 0 comprimento de cada rectangulo componente do banzo ndo deve exceder 3 vezes a es- pessura deste (figura 4). 2832-123) [As regras indicadas neste artigo so aplciveis, como ¢ refer do, a secsdes sujetas a toroHo circular (que, em tcoria da elastci- ate, ¢ dexignada por torglo de Saint-Venant), nas quais ¢ aceité ‘el onsiderar que ©. momento torsor indus apenas um Muxo fechado de tensBes tangencais,sendo portanto despreziveis as ten- ses normals resultantes de empenamento. Estas regras ndo <0 por {sso ajustadas a seegdes suscepsiets de forte empenamento, como 0 caso de seegdes abertas de paredes esbelts (por exemplo, em Tou em U) ‘Quanto 8: disposigdesrelativas a seegdes em T ou em L, conti das em 55.3, convém refer que, n0 caso de 0 banz0 ser muito tsbelto relativamente & alma, poderd jusifear-se nfo considerar a sua contribuigdo para a determinagio do momento torsorressient, NNote-se que o momento torsor est usualmente associado a twos esforgs, pelo que havera que ter em conta as dsposigdes do artigo sepuinte. Um aspecto particular a observar referee & anu Tago do termo Tey em muitos casos de asociagio de momento torsor com esforgo transverso, Artigo 56.° — Esforgo de torgio associado a flexio ‘ou a esforgo transverso 56.1 — No caso de secgdes sujeitas a torgdo cir cular associada a flexio, simples ou composta, a de- terminagao dos esforgos resistentes deve ser feita independentemente para cada um dos esforcos, con- siderando separadamente as armaduras longitudinais de torgao ¢ de flexao. $6.2'— No caso de secgbes sujeitas a toreio cir- cular associada a esforgo transverso, a determinacao dos valores de célculo do esforco 'transverso e ‘do momento torsor resistentes deve ser feita independen- temente para cada um dos esforgos pelas regras indi- cadas nos artigos 53.° ¢ 55.°, considerando separa damente as armaduras transversais de torcio e de esforco transverso, ¢ atendendo ao expresso nas ali nneas seguintes: @) Os valores de Ved € de Te sto dados por: No caso de r+ 7r71 wd sendo Vsq € Td, respectivamente, os valo- res de cdleulo do esforco transverso e do momento torsor actuantes; b) As condigdes limites para os valores de célculo do esforgo transverso ¢ do momento torsor resistentes si Vaan) bw d Tra (itz) her Aer 2832-(124) CAPITULO VIII Verifieagio da seguranga em relacdo ao estado limite ultimo de encurvadura A — Disposigées gerais Artigo 57.° — Generalidades ‘As regras contidas no presente capitulo referem-se ‘ verificagao da seguranca em relagdo @ encurvadura de estruturas reticuladas constituidas por vigas ¢ pi ares, de nés fixos ou de nés méveis, para as quais (08 efeitos de 2.* ordem ndo possam ser desprezados. (0s problemas especiais de encurvadura, como, por exemplo, os aque envolven enfunamento 08 bambeamento, Alo so sbordados hho Regslamento. havendo portanto que ecorter © bibliografia es Decilizada; nfo é tratado tambery 0 problema das estruturas rel Suladas, en que os pilresexdo sults a fortes esforgos de treo. Artigo 58.° — Estruturas de nés fixos e estruturas de ‘nds méveis Consideram-se como estruturas de nds fixos aque- las cujos nés, sob efeito dos valores de célculo das acgdes, sofrem deslocamentos horizontais de valor des- prezavel; em caso contrério, as estruturas sao consi deradas ‘como estruturas de nés méveis. Entende-se que os deslocamentos dos nds slo desprezveis quan- doo forem os efeitos secundirios a cles devidos. Do pont de vista prdtico pode considerar-se que as estruturas sio de nos fnos Quando for satfeta & condigdo: (Ex ho VEE Sa sendo y=0,20,tm, para m (niimero de andares) inferior a 4, © 1770,6, para m igual ou superior a 4. Nesta expresso os simboios Saniicar ‘ny — altura (otal da estrutura acima das fondagdes; £1 — soma dos facores de rigiez de fled, em fase no Tendlhada, de todos 0s elementos verticals de com traventamento na diecsBo considerada; se estes ‘lementos no tiverem riser constante em altu- a, deve considerar-se uma rigider equivalente, SN — soma’ dor esforgor normals 20 nivel da fundarto, no ‘multipleados pelos coeficientes yg, corresponden- {es A comblnagto de acyBes rlatva ao estado li- mite Ulime em consderapto. E necessério ainda que os elementos de contraventamento se- jam dispostos de modo garantirsuftciente rgider de torelo 20 fonjanto de trtura Artigo 58.° — Esbelteza dos pilares. Comprimento efectivo de encurvadura 59.1 — A esbelteza, d, de um pilar de seceéo cons- tante ¢ definida, para uma dada direc¢do, pela expresso: so em que: Jo — comprimento efectivo de encurvadura na di- regio considerada; T SERIE — N° 174 — 307-1983 i —raio de giragdo da sec¢do transversal do pi- lar na direcgao considerada, supondo-a constituida apenas por betdo. 59.2 — © comprimento efectivo de encurvadura, lo, é definido pela distancia entre os pontos de momen- to nulo da distribuicdo final de momentos ao longo do pilar, ‘A determinacao de fo para os pilares de estruturas reticuladas deve ser efectuada tendo em consideracao as no linearidades fisicas e geométricas. Nos casos correntes, poder-se-a, porém, por simplificacao, defi- nir Jo do modo seguinte: fo=nl ‘em que 1 € 0 comprimento livre do elemento e 9 é tum factor que depende das condigdes de ligacdo das suas extremidades e que pode considerar-se com os se- ‘guintes.valoré Pilares de estruturas de nés fixos: 0 menor dos valores dados por: 90,7 40,05 (ay +a2)<1 17=0,85+0,05 amin <1 Pilares de estruturas de nés méveis: 0 menor dos valores dados por 92 1,040,15 (cr +42) 9=2,0+0,3 amin em que: ai — pardmetro relativo a uma das extremida- des do pilar, dado pela relacdo entre a soma das rigidezes de flexéo dos pi- lares que concorrem no né ¢ a soma das rigidezes de flexio das vigas que ai também concorrem; ‘2 — pardmetro idéntico a a1, relative & outra extremidade do pilar; ‘amin — 0 menor dos valores de a. Nas extremidades de pilares ligadas a elementos de fundagio devem considerar-se os seguintes valores No caso de sapatas que confiram ao pilar encas- ‘tramento parcial: «= 1; No caso de sapatas que confiram ao pilar encas- ‘tramento perfeito (por exemplo, macigos de grandes dimensdes): a No caso de sapatas cuj segure transmiss4o de momentos: a ligagdo ao pilar nao as- 0. Artigo 60.° — Verificaglo da seguranca das estruturas 60.1 — A verificagao da seguranca das estruturas re- lativamente ao estado limite ultimo de encurvadura de- ve ser efectuade adoptando os mesmos coeficientes de seguranga estabelecidos no artigo 47.° para os esta- os limites iltimos de resistincia, e tendo em conta as ndo linearidades fisicas ¢ geométricas do compor- tamento da estrutura. 160.2 — No caso de estruturas de nds fixos poder- -sed em geral reduzir o problema & verificagdo da se- 1 SERIE — No 174 — 307-1983 guranca de cada um dos pilares, efectuada de modo indicado na parte B do presente capitulo, atribuindo- -Ihes comprimentos efectivos de encurvadura determi- nados de acordo com 0 artigo 59.° e considerando- -08 solicitados nas suas extremidades pelos esforgos resultantes de uma andlise linear da estrutura, efec- tuada segundo 05 critérios estabelecidos no artigo 49.° 60.3 — No caso de estruturas de nds méveis, se nao for de temer instabilidade de conjunto, poder-se-4 pro- ceder de modo andlogo ao indicado em 60.2, consi derando para esbelteza de cada pilar de um dado andar 0 valor médio das esbeltezas dos pilares desse andar, ndo se podendo, porém, relativamente a cada pilar, ser conduzido a uma capacidade resistente su- perior & que se obteria considerando o pilar como per- tencendo a uma estrutura de nds fixos. © problema da verificagdo da seguranga das estuturas relativa mente 4 encurvaduta ¢ basiante conipleso, pois implica o conhec mento da deformada fital da estrutura no seu conjunto, entrando fm consideragdo vom modifica dos efeitos das accdes devida 'deformagto (ado lineatidade geometric) ¢ com a alteracio das ‘aracleristieas de rigder dos elementos em fangdo dos esforgos de Senvolvides (ado linearidade fisia), No entanto, para as estruturas cortentes, e€ dentro de certo li mites, sho acetdvels procesos simplificades, tas como os preco: fizador no artigo. Chama-se no envanio A atenedo para que 90 C450 fe estruturas de nds mévels com pulares multo exbeltos,apresen tando grande deformabilidade horizontal, a aplicagao de (as pro- ‘ensos poderd conduit a resultados pouco realistas e por vezes in seuot nes ans deve coneqvetemens, posede uma B — Verificagiio da seguranea dos pilares Artigo 61.° — Critérios de verificagiio da seguranga 61.1 — A verificagao da seguranga dos pilares re lativamente & encurvadura pode em geral ser reduzi da a verificagdo de estados limites tiltimos de resis téncia por flexdo com compresséo em certas secgdes eriticas do pilar. Tal verificagdo deve ser efectuada se- paradamente em relagdo a cada uma das direcgdes principais de inércia da secedo do pilar, e ser com- plementada por uma verificagao interessando simulta- neamente ambas as direcgdes referidas. Esta verifica- do complementar pode ser dispensada nos casos em gue, por motivo da existéncia de diferentes condigdes, de ligagdo do pilar, as suas secgdes criticas, numa ¢ noutra das direcgdes principais de inércia, nao se si- tuem na mesma zona do pilar. No caso, porém, dos pilares que satisfagam as con- digdes indicadas em 61.4 ndo se torna necessério pro- ceder A verificagdo da seguranga em relagio & encurvadura. 61.2 — A verificasdo da seguranga segundo uma da- da direogao deve ser efectuada considerando que 0 va- lor de cdleulo do momento flector actuante, Msa (de- Finido no artigo 62.°) na seceao critica e na direcgao fem causa € acrescido do momento definido pela expresso: Nsa(ea+e2+ed em que Nsa é 0 valor de célculo do esforgo normal actuante € 0S restantes simbolos representam excen- tricidades adicionais definidas no artigo 63.° ¢ cor respondentes a direcedo considerada; nesta verificagio 2832-(125) nao € necessirio ter em conta a flexdo desviada re- sultante da existéncia de momento na outra direccio, 61.3 — A verificagao complementar referida em 61.1 & uma verificagio em flexo desviada que, de modo simplificado, pode ser efectuada admitindo uma interacgdo linear expressa por: M’sux , Mises Mrase * Mass S em que: M’'sa,x=Msiix+ Nod (@a,x+ 626+ €c.s) M’sa,y=Msa,y+Nsa (Cay + C29 + €y) © Mra.xo € Mka.yo S80 08 valores de célculo dos mo- mentos resistentes segundo cada um dos eixos princi. pais de inércia da secgZo em flexdo nao desviada, composta com um esforgo normal de valor igual @ Noa. 61.4 — A verificagdo da seguranca em relagdo & en- curvadura pode ser dispensada nos casos em que se verifique uma das seguintes condigdes: [As relagdes entre os valores de célculo dos mo- ‘mentos flectores e esforgos normais actuantes, Msq e Nsa, sejam as. seguintes: Mit 335 para A670 Msp » Mist 53,5 h para 4>70 em que /h representa a altura da seccao; ‘A esbelteza seja inferior ou igual a 35 no caso de estruturas de nés méveis e, no caso de es- truturas de nds fixos, satisfaga a condigao: Maus eso — 15 Se em que Msi,b ¢ Msaa tem o significado ¢ os sinais indicados em 62.2 ¢ d & a esbelteza definida em 59.1 Notese que as regras dadas para a vericaydo da seguranca em relageo & encurvadura de pilares s80 também aplicavels, natural Imente, a outros elementos’ comprimides, tals como escoras, gas Sujeltas a esforcos de compressdo, pacedes, etc. A razio de se ter feferenciado as regres em causa aos plares Jevese a0 facto de ser para estes elementor que, na grande maioria dos caves, 0 fendme: fo tem maior acuidade Artigo 62.° — Momentos actuantes nas secgdes criticas 62.1 — Nos pilares pertencentes a estruturas de nés méveis, pode considerar-se que as secgdes criticas se localizam junto das extremidades dos pilares, sendo, portanto, em relagdo aos valores de célculo dos mo- mentos flectores Md, ai actuantes, que deve pro- ceder-se a verificagdo da seguranca de acordo com os, critérios estabelecidos no artigo 61.° 62.2 — Nos pilares pertencentes a estruturas de nos fixos, a seccdo critica ndo se localiza em geral junto das extremidades dos pilares (mas antes numa zona intermédia), ¢ © valor de cAleulo do momento Msa 2832-(126) 2 considerar deve ser o maior dos valores obtidos pe- las seguintes expresses: Msa=0,6 Msaa+0,4 Msa,b Msa=0.4 Msao em que Msi2 € Msa,b sto os valores de célculo dos momentos actuantes nas extremidades do pilar, supondo-se |Msz,o|>|Msa,o| € atribuindo-Ihes o mes- mo sinal ou sinais contrérios consoante determinam uma deformada do pilar com simples ou com dupla ‘curvatura, respectivamente. Artigo 63.° — Excentricidades adicionsis 63.1 — As excentricidades adicionais €, €2 € ec, referidas no artigo 61.° — designadas, respectivamen- te, excentricidade acidental, excentricidade de 2.* or- dem e excentricidade de fluéncia —, devem ser quan- tificadas de acordo com os mimeros seguintes ¢ ser tomadas com 0 sentido mais desfavordvel no plano de encurvadura em consideragao. 63.2 — A excentricidade acidental, e, que se des- tina a ter em conta os efeitos das imperfeigdes geo- métricas da execucdo dos pilares ou da deficiente av liagdo da posicéo da resultante das forcas neles actuantes, deve ser quantificada em face das condi- ¢0es particulares de cada caso. Nos casos correntes, porém, pode tomar-se para é2 um valor igual a 40/300, com 0 minimo de 2cm, sendo le 0 compri ‘mento efectivo de encurvatura definido no artigo $9.° 63.3 — A excentricidade de 2.* ordem, ez, correspon- de & flecha do pilar, relativa & secgdo critica, que torna maxima, nesta secgdo, a diferenga (M’ra — Nsa €2), em que’ M’pa é um momento resistente que, sob a acgdio de Nsq ¢ satisfazendo as hipdteses do artigo 52.°, € compativel com e2. Pode admitir-se que a relacdo entre a excentrici- dade e2 ¢ a curvatura do pilar na secgdo critica, +, & expressa_ por: " 4 et 710 Nos casos correntes, ¢ de modo simplificado, poder- -se-4 adoptar para + 0 valor dado pela seguinte expressio: em que A representa a altura da secciio no plano de encurvadura considerado e 9 um coeficiente dado pela expressai cujo valor, porém, ndo deve ser considerado superior A unidade; nesta expresso, Ac representa a area da seogdo transversal do pilar. 63.4 — A excentricidade de fluéncia, eq, que se des- tina a ter em conta o acréscimo de deformagdo do pilar devido aos efeitos da fluéncia, deve ser quanti ficada em face dos esforcos actuantes e das proprie- dades reoldgicas do betdo. 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 Nos casos correntes, pode considerar-se para esta excentricidade 0 valor dado pela expressio: _ (Ma (tes te) Nig) com (He +60)[exp (- )-3] Ne— Nie em que: Msp, Nsg — esforgos devidos as acgdes com ca- racter de permanéncia (que pro- vocam fluéncia), néo afectadas do coeficiente 7/3 a — excentricidade acidental, definida em 63.2; Ye (tee, to) — coeficiente de fluéncia que poderd, em geral, tomar 0 valor 2,5; Ne — carga critica de Euler, definida por 10 Ee28 Ie/I3, em que Ec.28 € 0 médulo de elasticidade do betdo cujos valores so indicados no artigo 17.°, Je € 0 momento de inércia da secc&o transversal do ilar, na direce&o considerada e Teferido drea de betdo, ¢ lo € © comprimento efectivo de en- curvadura. A excentricidade de fluéncia poderé, no entanto, ferada nos casos em que se verifi- que uma das seguintes condigdes: a<70 Note-se que, no caso de pilares préesforcados, os valores de Neg, Noy € Mig que figuram nas expressdes apresentadas para 0 cilcutlo de'y e ¢, devem incur, alem dos efeitos hiperesaticos do Dré-esforco, os efeitos Hostéticos devidos ao pré-esforgo insalado nesses pilares Artigo 64.° — Limites de esbetteza s pilares no devem, em caso algum, ter esbelte- za X, definida em 59.1, superior a 140. CAPITULO Ix Verificagio da seguranca em relagio aos estados limites de utilizagio A — Disposigdes gerais Artigo 65.° — Generalidades Para a verificagdo da seguranca em relagdo aos ¢s- tados limites de utilizagao (fendilitago e deformayao) interessa considerar, de acordo com 0 RSA, estados limites de muito curta duragdo, de curta durago e de longa duragio. A estes tipos de estados limites cor- respondem, respectivamente, os seguintes tipos de combinagdes de acgdes: combinagdes raras, combina- ‘GOes frequentes € combinagdes quase-permanentes. Artigo 66.° — Regras de verifieagio da segurangn 66.1 — A verificagdo da seguranca em relacdo aos estados limites de utilizagao deve em geral ser efec- 1 SERIE 30—7-1983 tuada em termos dos pardmetros que definem esses estados limites, devendo os valores atribuidos a tais, pardmetros ser iguais ou superiores aos valores que eles assumem devido as acgdes, combinadas ¢ quanti- ficadas segundo as regras estipuladas pelo RSA. 66.2 — Os valores dos parametros que definem os estados limites, bem como as teorias de comportamen- to a utilizar, constam das partes B e C do presente capitulo, respectivamente para a fendilhaco ¢ para a deformacio. Observerse que, de acordo com o RSA, para os estados limites de utlizagdo ot coeficientes de seguranga "y, telativos 8s acpdes (permaneates e varives), e 05 coeticientes de sepuranga ym, rela: Livos as propriedaces dos materais, devem ser consideradoy igual a Unidade B — Fendithagio Artigo 67.° — Agressividade do ambiente e sensibili- dade das armaduras & corrosio 67.1 — Para a escolha dos estados limites de fen- dithac&o em relag8o aos quais ha que verificar a se- guranga, interessa considerar a agressividade do am- biente ¢ a sensibilidade das armaduras 4 corrosdo. 67.2 — Do ponto de vista da sua agressividade, os ambientes classificam-se do modo seguinte: Ambientes pouco agressivos: ambientes em que a humidade relativa é habitualmente baixa e em que ndo é de esperar a presenga de agentes cor- rosivos (interiores de edificios de habitagdo, de escritérios, etc.); Ambientes moderadamente agressivos: ambientes imteriores em que a humidade relativa é hat tualmente elevada ou em que & de esperar a presenga tempordria de agentes corrosivos; am- bientes exteriores sem concentrago especial de agentes corrosivos; Aguas ¢ solos nao especial- mente agressivos; Ambientes muito agressivos: ambientes com for- te concentracdo habitual de agentes corrosivos; liquidos agressivos (4guas muito puras, aguas salinas, etc.); solos especialmente agressivos. 67.3 — Do ponto de vista da sensibilidade & corro- sto, ¢ para efeitos de aplicagéo do presente Regu- lamento, consideram-se como muito sensiveis as ar- maduras de pré-esforgo © como pouco sensiveis as armaduras ordinérias. Consideram-se geralmente como muito sensives & corrosto as sarmaduras com éidmeto inferior a 3 mm e, independentemente do ‘idmetro, as armaduras de ago endurecdo a frio quando submeti- fas permanentemente a tensSes de Wacqlo de valor superior 4 $00 MPa Foi com base neste critrio que se estabeleceu a diferenciato indicada em 673, que nfo contempla os casos particulars em que ‘st adoptem medidas espeiais que confiram uma eficiente protec: ‘go. das armaduras contra. a corrosto. Artigo 68.° — Estados limites de fendilhagio a con- siderar 68.1 — Os estados limites de fendilhagao a consi- derar para assegurar a conveniente durabilidade das estruturas devem ser escolhidos em relagio a cada ti- po de combinacao de acgdes referidas no artigo 65.°, tendo em conta a agressividade do ambiente e a sen” sibilidade das armaduras 4 corrosio. 2832-(127) De acordo com o disposto no artigo 11.°, os esta- dos limites de fendilhagao a considerar podem ser 0 de descompressio 0 de largura de fendas. (68.2 — No caso de armaduras ordinérias, 0 estado limite a considerar ¢ 0 de largura de fendas, nas con- digdes indicadas no quadro vit QUADRO VIL Extados tiles de fendhagto ‘Armaduras ordindrias nti Cention i oe ‘ance Povco agressivo Frequentes | Largura_de_fendas, 3 mm, Moderadamente Frequentes | Largura_de_fendas, agressive 2 mm, Muito agressive Raras Largura de fendas, 1 mm 68.3 — No caso de armaduras de pré-esforgo, 0s es- tados limites a considerar so 0 de descompressao e (© de largura de fendas, nas condigdes indicadas no quadro Ix, ‘QUADRO Ix Estados limites de fendthacto Armaduras de pré-estorso Canines Aste ane Frequentes | Largura_e_fendas, 2mm Pouco agrestivo Quase permanentes | Descompressio. Frequentes | Largura de_fendas, Moderadamente pecealemieey agressive ‘Quase permanentes | Dessompressi. apes Raras Largura de fendas, wea 0,L mim, Muito agresivo Frequentes | Descompres eS A verificasdo da seguranga em relardo & fendihacdo em estru- turas de belo armada ¢ pré-csforgado (A parte consideragdes de ‘ordem extética) destina-se, fundamentalmente, a garantir que, du- rane a vida da obra, as armaduras nfo softam corrosio que com- ‘rometasignifcatvameme a fua resitécia. Tratase, portanto, ba: Seamente, de um probleme ‘de durabiidade. ‘Compreende-se por iss0 a dependéncia enire os estados limites 4 fendlinagio a considerar e 2 agressividade do ambiente, a sen Sblidede das armaduras A corrosio ¢ & permanéncia dav acy6es (que provocam a fendifhasdo “Alem da quantficardo dos estados limites, outas exigdncias de vem também set respeiadas, tis como a espessura dos recobrimen: {ot (er amigo 78.*)'e w composieho do Beko (er artigos 13." °) ‘Tem intereste ainda chamar & atens40 para que 0 problema da fendihagdo pode estar ligado apenas ao tipo de utliacio que vai ser-dada & estrutura; € © caso, por exemplo, dos depositos, em ‘que a estanguidade exige a ndo existncia de fendas. Trata-e, po- em, de situagdes particulares, que como tal devem ser encaradas. "Tal como ¢ referido no comentério 20 artigo 1l.°, paderd em certos casos ter ainda interese a consideragio do estado limite de 2832-(128) formasio de fendas, particularmente em fases de construgio de es trutoras de betao preestorcado, Note-se que os estados limites de fendlhapo considerados di ‘em fundamentalmente respelto @ fendlhagdo transversal 48 arms dura de clementor suits a esforgos normals e de fexio. A Initagdo. da. fendihagdo de outros tpos, como, por exemplo, a Gevida a enforgos transersos e de torgdo, ¢ a Que se desenvoWe paralelamente 4s armadures[ongitedinls, €assegurada por dispo- Sieoes consrutivas apropriadas, indicadas no. Regulamento ‘Além das vericagdew de fendihapao referidas, deverse-to efec tah ainda verficagdes complementares da tensio de compressao fo beldo, tal como € especfieado no artigo 71." Obseniese finalmente que as exgincias esipuladss celatvamente ‘aos estas limiter de fendilhagio devem, obviamente, ser cons ‘eradas como misinas, podendo jusiicar-se em mulls casos, até por razde de ordem econdmiea, a imposigdo de exgencias mais Artigo 69.° — Estado limite de descompressio [A seguranga em relago ao estado limite de descom- pressdo considera-se satisfeita se ndo existirem, nas seogdes do elemento, traccdes a0 nivel da fibra extre- ma que ficaria mais traccionada (ow menos compri- mida) por efeito dos esforcos actuantes, com exclu- so do. pré-esforgo. ‘A determinagdo de tensdes necesséria & verificagdo desta condigio deve ser feita considerando as seccées fem fase no fendilhada, descontando os vazios cor- respondentes eventual existéncia de armaduras ain- da nao aderentes ¢ admitindo comportamento elésti- co perfeito dos materi No caso de se pretender ter em conta a contribu gio de armaduras aderentes, 0 valor do coeficiente de homogeneizacdo a=Es/Ee a considerar deverd reflec- tir a influéncia da duragao das acgdes sobre o valor do modulo de elasticidade do betdo; nos casos cor- rentes poderd considerar-se a= 18 para acgBes com ca- acter de permanéncia (que provocam fluéncia) © po- deré tomar-se a=6 nas restantes situagdes. (© estado limite de descompresso € definido em relagio a fibra ‘extrema da seopdo de modo a assegurar que, para a combinagdo ‘de acgdes em cavaa, as atmaduras de pré-sforgo se situem em 20- ‘a comprimida, Noiese que ha casos especiais em que se jusifica fer em conta 0s efeitos devidos 4 presenga das armaduras ordina- fins resultanes quer das tenses de tracrHo que sBo induzidas pelo limpedimento que ests armaduras provocam a deformacdo five do bbetio por retracrdo e fluéncla, quer da resstncia que tals arma: Gras Opbem a0 fecho das Tendas quando € admitida fendinagdo para uma combinagio de acyoes mals desfavordvel do que aquela Gm relacio qual & efestuada a verificagao do estado limite de escompressdo ‘Artigo 70.° — Estado limite de largura de fendas 70.1 — A seguranca em relagdo ao estado limite de largura de fendas considera-se satisfeita se 0 valor ca~ racteristico da largura das fendas, ao nivel das arma- duras mais traccionadas, ndo exceder o valor de w es- pecificado no artigo 68.° ‘A determinago daquele valor caracteristico, ws, pode ser efectuada pelas expressdes seguintes: we= 1,7 Wm Wm=Srm ésm em que Wm — valor médio da largura das fendas; Srm — distancia média entre fendas; cm — extensio média da armadura. 70.2 — No caso de elementos sujeitos a tracgao ou a flexao, simples ou composta, a distancia média en- 1 SERIE 0 174 — 30-7-1983 tre fendas ¢ a extensdo média da armadura podem ser caleuladas do modo a seguir indicado: a) Distancia média entre fendas: ¢ —recobrimento da armadura; s—espagamento dos vardes da arma. dura; s deve ser considerado igual a 15@ quando 0 espaca- mento exceder este limite; 21 —coeficiente dependente das caracte- risticas de aderéncia dos vardes, que deve ser tomado igual a 0,4 para vardes de alta aderéncia'e igual a 0,8 para vardes de ade- réncia normal; contudo, para es- te efeito, os vardes de ago A 400 EL'e as redes electrossol- dadas de ago A500 EL podem ser considerados como de alta aderéncia; na — coeficiente dependente da distribui- ‘edo de tensoes de tracgdo na sec- $40, dado por: fem que €1 € €2 Sio, respectiva- mente, as extensdes aos niveis inferior ¢ superior da area do be- to envolvente da armadura, cal- culadas em secgdo_fendilhada; @ — difmetro dos vardes da armadura; er — telagdo As/Agr, em que As é a ‘rea da secgao da armadura (ex- cluindo as armaduras pés-tensio- nadas) € Ac é a drea da secgdo do betdo traccionado envolvente da_armadura; esta area Agr é definida como 0 somatério ‘das eas de influéncia de cada vardo da armadura, cada uma das quais deve estar contida num rectangulo centrado no vardo e com lado igual, no maximo, a 152 e deve ser limitada pelo contorno da secgéo, nao deven- do sobrepor-se as areas de in- fluéncia de vardes contiguos; além disso, as areas de influén- cia devem situar-se totalmente na zona traccionada da secs (figu- ra 5); T SERIE — N.° 174 — 30—7-1983 b) Extensio média das armaduras traccionadas: esm= [181 B2 ()'| em qui 5 — tensio de trace2o na armadura (ou variagdo de tenséo no caso de armaduras de pré-esforgo), cor- respondente 20 esforgo resultan te da combinagéo de acgdes em causa; esta tensdo deve ser cal- culada em sccgéo fendilhada; E,— médulo de elasticidade do aco; oy — tensao de tracgao na armadura (ou variagao de tensio no caso de armaduras de pré-esforgo), cal- culada em secgao fendilhada, correspondente a0 esforco que provoca 0 inicio da fendilhagao; este esforco & 0 que, em seccdo nao fendilhada, conduz a uma tensdo de tracgdo maxima no be- to de valor fem, definido no artigo 16.°; 81 —coeficiente dependente das caracte- risticas de aderéncia dos vardes da armadura, que deve ser toma- do igual a unidade para vardes de alta aderéncia e igual a 0,5 para vardes de aderéncia normal; contudo, para este efeito, os va- Toes de ago A 400 EL e as redes electrossoldadas de ago A $00 EL podem ser considerados como de alta aderéncia; 82 —coeficiente dependente da perma- néncia ou da repetigao das ac- Oes, que deve ser tomado igual 4 0,5 no caso de combinagoes frequentes ou quase permanentes € igual a 1,0 no caso de com! nagdes raras de acgdes, No caso de armaduras pré-esforeadas, as variagdes, de tensio as ¢ ayy devem ser calculadas a partir do estado correspondente ao anulamento das tensdes de compressio induzidas pelo pré-esforgo no betdo en- volvente da armadura. © valor da extensio média das armaduras nao pode, em caso algum, ser considerado inferior a 0,4 os/Es. 70.3 — Nos casos correntes de vigas e de lajes considera-se satisfeita a verificagio da seguranga em relagdo ao estado limite de largura de fendas, quan- do Se trate de armaduras ordindrias ¢ de ambientes pouco agressivos ou moderadamente agressivos, des: de que sejam cumpridas as disposigdes relativas’a es- pagamento de vardes contidas nos artigos 91.° ¢ 105.° As expresses indicadas no artigo para cileulo da distancia me dia entre fendas e da extensto meaia das armaduras referem-2e 4 fendilhagdo transversal as armaduras de tracgdo c, embora ded das para fendilhagdo estabilizada, podem ser aplicadas a casos de fendiagto no estabiizada, ‘Para a determinagdo das tensSes nas armaduras em secedo fen dihada pode admititse comportamento slastico perfeito dos ma: 2832-(129) terais com um coeficiente de homogencizacto adequado & nature ‘a (durapdo) das acgdes; no entanto, pode, por simplificaglo, fdopiarse para tal cocficiente @ valor de a= 18 Notes ainds que, no caso de elementos de betio préesforgado, 4 verfiapio da sepuranga em relagdo ao estado limite de largura fe fendas fica em geral sasfeta se 0 valor da tendo de tracyao ta fibra extrema da secjd0 mio eaceder 0 Valor caracterstico da fensdo de otuta do belo a taco simples indcado no artigo 16° 1 determinasdo daquele valor da tensSo pode ser eleciuada Ue acor: fo com as hipoteses estipuladas no artigo 69 Artigo 71.° — Verificagio da tensio maxima de com- Pressio A verificagio da seguranga em relago aos estados Timites de fendilhagao deve ser complementada por uma verificagio de tensio méxima de compressio no betdo, efectuada para as combinacdes raras de acco O valor desta tenso € limitado em geral a 0,8 fod, em que fed € 0 valor de cleulo da tensao de rotura 4 compressdo definido no artigo 19.° No caso, po- rém, de o betdo nao ter atingido a idade de 28 dias, ‘o valor limite da tensdo deve ser 0,8 ferj/ye, em que Fer € 0 valor caracterstico da tensio de rotura do inetio& compressao, referido a provetes cilindricos, determinado para a idade j em consideragio © ye © cocficiente de. seguranga definido no artigo 19.°, cujo valor € 1,5 ‘A verificagio. em causa deve ser feita admitindo comportanto eléstico perfeito dos materiais © con derando a secgio fendilhada ou nao fendilhada con- soante existam ou nao tensdes de traceio (calculadas em secydo ndo fendilhada) de valor superior ao valor Sem, Gefinido no artigo 16.° ‘A limitasdo da senso de compressio visa obsiar a eventual feo dittasdo longitudinal do betdo ov a deformagao excessiva devida A tivéncia, Ede notar, no entanto, que @ veificagdo desta tensio maxima 6 serdcondicionante em easos pariculare, tals como fases de api acho do preesforgo ou seegoes flecudas fortemente armadas Artigo 72.° — Estados siderar ites de deformacio a con- 72.1 — Os valores limites das deformagdes (flechas, rotagdes, deslocamentos) a considerar em correspon- déncia com as combinagdes de acgdes referidas no ar- tigo 65.°, com vista a verificagao da seguranca em re- lacdo ao estado limite de deformagao, dependem do tipo de estrutura e das condigdes da ‘sua utilizagao, devendo, portanto, ser convenientemente estabelecidos em cada caso. 72.2 — Nos casos correntes de vigas ¢ lajes de edi- ficios, a verificagdo da seguranga em relagio aos estados limites de deformagao poderé limitar-se a con- sideragdo de um estado limite definido por uma fle- cha igual a 1/400 do vao para combinagdes frequen- tes de acgdes; porém, se a deformacao do elemento afectar paredes divisérias, ¢ a menos que a fendilha- do dessas paredes seja contrariada por medidas ade- quadas, aquela flecha nao deve ser tomada com va- lor superior a 1,5 em. 72.3 — A verificagdo da seguranga referida no rniimero anterior considera-se satisfeita desde que se cumpram as condigdes expressas nos artigos 89.°, 102.° © 113.9 Artigo 73.° — Determinagio das deformagées 73.1 — Na determinagdo das curvaturas necessérias a0 cileulo das rotagdes © das flechas de elementos su- jeitos a flexdo simples ou composta, devem ser dev damente considerados os comportamentos em fase no fendilhada e-em fase fendilnada. ‘A fase fendilhada pode, convencionalmente, cons derar-se como tendo inicio para um valor da’ tensao de tracg&o no bet&o igual ao valor médio da tensdo de rotura por tracgdo, ferm, definido no artigo 16.° Na fase fendithada deve ser tida em conta a con- tribuigdo do betdo entre fendas através da considera- cao de uma extensio média das armaduras calculada Ge acordo com a expressdo indicada em 70.2, sem considerar, porém, a limitagdo a referida para ‘o va- Tor desta extensio’ média, 73.2 — Na determinagao das curvaturas correspon dentes a acgBes que se exercem durante intervalos de tempo relativamente longos, devem considerar-se de- vidamente os efeitos da fluéncia e da retracgio do betdo. [A aplicacdo das disposgdes dest artigo relativas a0 céleulo das ‘curaturas pode ser falitada pela consideragdo’ das repras a se pir indicades, ‘As curvaturas + sto definidas pela expressto rood fem que te € «S40, respectivamente, a extensio no Beto 20 nivel AG Alva tats comprimida da secgdo ¢ a extensto na armadura mais traccionada (ou menos comprimida), consideradas com os respec: ‘Nas zonas nfo fendithadas, aquelas extensdes sto determinadas admitindo. que 0 comportamento. dos materais ¢ eldstico pereito feque @ beldo teste 4 tacydo: nas zonas fendithadas admitise-d fambem comportamento elastco perfeto dos materials, desprezar sek a resistencia, tracqdo do betio, e a extensdo «)Seré toma a com 0 valor om caleulado de acordo com 70.2. A Curvatura total a0 fim do tempo f, devida a acobes perma rnentes ¢varidveis, pode ser ealelada pela soma da curvatura eis- thea (cortespondete 20 instante em que slo aplicadas as acjOes) fiat curvaturae devas func ¢-& retraccdo do bet. ‘A determinagio da curvatura devida & fuéncia apresentacon- tudo difieuldades, decorreates nfo s6 do defciente conhecimento {os efeitos dos numerosos parkmetros que condicionam a fluéncia ‘do beta simples mas tambem devido aoy efeitos resullantes da pre- Senga de armaduras, Porée, nos casos corretes, esta parcela da Curvatura pode ser determinada, de modo simplificado, pela dite fenga entre a curvatura ao fim do tempo 1 devida apenas & parte permanente das accdes eA curvatura elistica correspondente & es fa mesma parte das acgdes. No que fespeta a curvatura devida a retracedo, a considerar nos casos em gue fal seja pertinente, deve ter-se em conta ndo 58 a {esracgdo live do betio mas também os efeitos devidos 4 presen: (2 de armaduras aderentes (saccionadas comprimidas). ‘Tem interesse chamar ainda a atenefo para 0 facto de os valo- res caleulados das deformagdes poderem diferi sensvelmente dos ‘aloes reais, paticulamente nos easos em que of valores dos mo- Tnentos actanfer sfo vzinhos dot momentos de fendiharto. O des- tho entie 0 valor calculado ¢ o valor real depende, entre outros Factores, da dipersdo das caracteristicas dos materias, do melo am- bente ¢ das condigdes e histéria da aplicasdo das acres, Esa tispersto de valores deve ser devidamente tida em consideragto hhaquelescasor em que © conhecimento da deformario assima par- ticular importinela no problema em causa (por exemplo, estrutu- tas préesforgadas em consola executadas por avangos sucessivos), T SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 TERCEIRA PARTE Disposi¢des de projecto e disposigdes constru CAPITULO xX Disposigdes gerais relativas a armaduras Artigo 74.° — Armaduras principais e¢ secunddrias Nas estruturas de betio armado e pré-esforcado de- vem dispor-se, além das armaduras principais dimen- sionadas de acordo com as regras estabelecidas neste Regulamento, armaduras secundérias que garantam a eficiéncia do funcionamento daquelas armaduras, assegurem a ligagdo entre partes dos elementos que tenham tendéncia a destacar-se, ¢ limitem o alarga- mento da fendithagao localizada. Como se sabe, os esquemas estruturas adoptados para 0 dimen- sionamento das estruturas nem sempre conseguem traduzit toda a complenidade do seu comportamento real, havendo, consequente. mente, necesidade de dspor, para além da armaduras directamente relacionadas com os esforgos obtidos a partir de tals idealizapdes (armmaduras principal), outras armaduras que assegurem bor com. portamento’ global das estruturas: estas armadvras, dita «tect Girasy, so particularmente necessiias quando existam sngula SadesTocaleadas devidas quer a variagdo brusce de geomeria d Devas (nds, aberuras, varagoes de secede, ete.) quer a actuagdo Ge Forgas cm zonas restritas dos elementos estruturals (carga 2O0- entradas, zonas de amarracdo dos cabos de pre-esforgo, Zonas de femendas ¢ amarragdo. de var6es) Em muitos casos a determinaedo das armaduras secundérias pode ser efectuada a partir da consideracdo de adequados equilbrios de {orgas nas zonas de perturbacdo em causa; algumas das disposi bes construivas constants desta trceira parte do Regulamento tem fomo base anaises dese tipo. Nos easos em que existam nos clementos estruturais superfices segundo as quais Raja tendencia para desizamento devido a ten- oes tangenciais (por exemplo, em pecas betonadas por fas), ais fuperfcies devers se atravessadas por armaguras secundarias con: Yehientemente amarradas, fazendo’ com essas supertlles Angulos Compreendidos enire 45° ¢ 90°. O dimensionamento desea arma dlras pode ser efectuado pela chamada wregra das costras», dda seeuinte expresso: vy Ant (4 cone in em que sg — valor de edleulo da forga tangencial por unidade de comprimento. na superficie em consideracdo; ‘Ay ~ tea da’ secgdo da armadura existente no comprimen- 5 —espasamento das armaduras; Jont ~ valor de ediculo da tensio de cedéncia ou da tensto Timite convenciona de proporcionalidade 0.2% 40 a — Angulo das armaduras com a superficie considerada. No caso de actuarem também foreas normals & superficie em sconsiderapdo, 0 seu efeto deve ser devidameate td em conta RO Gimensionamlemo das. atmaduras em causa. Artigo 75.° — U izacio conjunta de acos de tipos diferentes. A utilizagao_conjunta de agos de tipos diferentes exige que tal facto seja devidamente considerado no dimensionamento ¢ que na obra se tomem precaucdes que evitem erros resultantes de incorrecta identific ho dos aces. T SERIE =." 1 = 30-7-1983 ‘Artigo 76.° — Agrupamento de armaduras 76.1 — No caso de armaduras ordinérias, os agru- pamentos de vardes que haja necessidade de utilizar Ado devem ser constituidos por mais de 3 vardes; admite-se, porém, que, para armaduras verticais sem- pre comprimidas, este nimero possa aumentar para 4, Alem disso, os vardes de um agrupamento devem ser dispostos de tal modo que, numa dada direcsio, ndo existam mais de 2 vardes em contacto. Em qualquer caso, porém, o didmetro equivalente do agrupamento, Qn, definido pela expresso: v no deve ser superior a 5S mm; nesta expressdo, Zi € 0 didmetro de cada um dos 'n vardes do agrupa- mento. Para observancia das regras do presente Regulamen- to em que 0 diametro dos vardes seja pardmetro con- dicionante, deve considerar-se para 0s agrupamentos © seu didmetro equivalente. 76.2 — No caso de armaduras pés-tensionadas com bainhas cujo didmetro nao exceda $0 mm, cada agru- pamento pode comportar, no maximo, 4 bainhas, dis postas de tal modo que, numa dada direcgdo, nao haja mais de 2 bainhas em contacto. No caso de bai- nhas com didmetro superior a 50mm, s6 ¢ permiti- do 0 agrupamento de 2 bainhas e, no caso de vigas lajes, apenas na direccdo vertical. 76.3 — No caso de armaduras pré-tensionadas, ca- da agrupamento sé pode comportar 2 armaduras. Antigo 77.° — Distincia minima entre armaduras 77.1 — A distancia livre entre armaduras ou bainhas ou entre agrupamentos destes elementos deve ser su- ficiente para permitir realizar a betonagem em boas condigdes, assegurando-lhes desta forma um bom en- volvimento pelo betéo ¢ as necessérias condigdes de aderéncia. 77.2 — No caso de armaduras ordinérias, a distan- cia livre entre vardes nao deve ser inferior ao maior didmetro dos vardes em causa (ou ao didmetro equi- valente dos seus agrupamentos), com o minimo de 2em. 77.3 — No caso de armaduras pés-tensionadas, a distancia livre entre bainhas ou entre agrupamentos ndo deve ser inferior ao maior didmetro das bainhas em causa nem a 4,0 em e 5,0 cm, respectivamente nas irecgdes vertical ¢ horizontal; no entanto, no caso de um agrupamento na horizontal, as distancias as bai- nhas mais prOximas nao devem ainda ser inferiores a 1,2 € 1,5 vezes o maior didmetro das bainhas, res- Pectivamente nas direcgdes vertical ¢ horizontal 77.4 — No caso de armaduras pré-tensionadas, as distdncias livres no devem ser inferiores ao maior dos diametros das armaduras em causa nem a 1,0cm e 2,0 em, respectivamente nas direccdes vertical e hori- zontal. No caso de um agrupamento na vertical, as distan- cias as armaduras mais proximas ndo devem ser in- feriores a 1,5 vezes 0 maior diémetro das armaduras em causa nem a 1,0.cm e 2,5 cm, respectivamente nas. direcgdes vertical © horizontal. 2832-(131) No caso de um agrupamento na horizontal, as dis- tancias as armaduras mais préximas ndo devem ser inferiores a 2 vezes 0 maior didmetro das armaduras em causa nem a 3,0 cm, quer na direcgao vertical quer na_direcgdo horizontal 77.5 — A exigéncia de distancias minimas especifi- cada em 77.2, 77.3 € 77.4 ndo se aplica ao cruzamen- to ou @ emenda por sobreposigdo de armaduras. ‘As distincias entre armaduras, além de obedecerem 20s mini sor indicados no atigo, deve, ainda, ser compatilizadas com Ermdxima dimensto do inerte utilizada’ com vista a assegurar um Sear envolvimento das armaduras pelo. betBo 'Nos casos em que haja grande densidade de armaduras, os va es das diferentes camadas devem ficar alinhados em planos ver ticals, com reserva de espaco para passagem de uma agulha de vibraggo. Artigo 78.° — Recobrimento minimo das armaduras 78.1 — O recobrimento das armaduras ou bainhas (ou dos agrupamentos destes elementos) deve permi- tir realizar a betonagem em boas condigdes e assegu- rar ndo sO a necessdria protecgdo contra a corrosio mas também a eficiente transmissio das forgas entre ‘as armaduras ¢ 0 betdo. 78.2 — Os recobrimentos minimos a adoptar em elementos nao laminares em que se utilize betdo de classe inferior a B30 e armaduras ordindrias devem ser 0s seguintes: Em ambientes pouco agressivos Em ambientes moderadamente agressivos Em ambientes muito agressivos 20cm 0m havendo que aumentar em 1,0 cm estes valores no caso de armaduras de pré-esforgo. Os valores referidos podem, no entanto, ser dimi- nufdos: de 0,5. cm, no caso de elementos laminares; de 0,5 cm, para betdes das classes B30, B35 ¢ B40, € de 1,0 cm, para betes de classes superiores a B40, Estas diminuigdes so cumulativas, ndo se devendo, porém, em caso algum, adoptar recobrimento inferior a 1,Som. Algm de satisfazer as condigdes anteriormente es tabelecidas, o recobrimento minimo nao deve ser in- ferior a0 diametro das armaduras ordindrias (ou a0 didmetro equivalente dos seus agrupamentos). No ca: so de armaduras pré-esforcadas, 0 recobrimento mi. imo no deve também, para as armaduras pés- -tensionadas, ser inferior ao didmetro das bainhas com ‘© minimo de 4,0 cm e, para as armaduras pré-tensio- nadas, ser inferior a 2 vezes 0 diametro das armadu- ras com © minimo de 2,0 cm; em agrupamentos na horizontal de armaduras’ pés-tensionadas, 0 recobri- mento lateral ndo deve ainda ser inferior a 2 vezes (© maior diametro das bainhas. Tal como se refer para a distincia entre armaduras, os reco brimentos deverdo também ser compatibilizades com a maxima di mens4o. do inerte utiliza 'Nowcaso de esiruturas sujetas a ambientes muito agressivos e, ‘em especial, se a6 armaduras forem multo sensiveis 2 corrosio. 3 fficdein da protecgdo conferida pelo recobrimento deve ser conse: ‘gulde tambern 8 custa da utlizgao de betDes com boas caracters Ticas de compacidade e de uma betonagem especialmente cuidada ‘Note-se tinda que, no caso de agrupamentos, o recobrimento deve ter naturalmente contado 3 partir do contorno do agrups mento, 2832-(132) Certas conus partivulares, como, por exemple, exigenias de proteccd0 contra o fogo, pode!20 impor a uilizagio de tecobei mentor superores 208 minimos indiados no artigo: Porem, quan- ddo-0 recobrimento ultrapassar §,0.cm. € recomendavel 0 emprego ‘de una armadura de pele Antigo 79.° — Curvatura méxima das armaduras 79.1 — A curvatura maxima que pode ser impos! a uma armadura deve ser tal que nao afecte a resis- t@ncia desta ¢ no provoque © esmagamento ou fen- dimento do betdo por efeito da pressdio que se exer- ce na zona da curva 79.2 — No caso de armaduras ordindrias, as dobra- gens dos vardes devem ser executadas com diametros ‘nao inferiores aos indicados no quadro X. QUADRO x Dikmetros interores minimos de dobragem Srl ‘A500 ER A800 EL 79.3 — No caso de armaduras ordinérias forman- do lago, 0 diametro de dobragem nao deve ser infe- rior ao dado pela expresso: (0.74142) 3 © em que oxs¢é a tenséo na armadura no inicio da do- bra, correspondente ao valor de célculo do esforgo ac- tuante, ¢ @ €a menor das duas quantidades seguin- tes: distancia entre 0 plano do lago e a face da pega; distancia entre © plano do lago'e 0 plano do lao vizinho. Artigo 80.° — Aderéncia das armaduras a0 betio 80.1 — A aderéncia das armaduras a0 betdo, pro- priedade que interessa no apenas ao problema do 1 SERIE — N.” 175 = 30-7-1983 yamento conjunto dos dois materiais, mas tam- bém & defini¢do dos critérios de amarragao ¢ de emen da das armaduras, é quantificada basicamente atra- vés de uma tensdo de rotura de aderéncia, cujos va- lores dependem das caracteristicas de aderéncia das ar- maduras, da classe do beto ¢ das condigdes de en- volvimento das armaduras pelo betao. 80.2 — Do ponto de vista da aderéncia, as arma- duras ordindrias classificam-se em armaduras de ade- réncia normal ¢ armaduras de alta aderéncia. Quanto As condigdes dependentes do envolvimento dos vardes elo betdo, considera-se que estes se encontram em condigées de boa aderéncia quando, na ocasido da be- tonagem, formem com a horizontal um Angulo com- preendido entre 45° ¢ 90°, ou quando os vardes es- tejam integrados em elementos cuja espessura, na di- recs da betonagem, nao exceda 2S cm; no caso de esta espessura exceder 25 em, considera-se que os va- 10es estdo ainda em condigdes de boa aderéncia se se situarem na metade inferior do elemento (ou na me- tade inferior da parte betonada numa mesma fase de etonagem) ou a mais de 30cm da sua face superior s valores de célculo da tensio de rotura da ade- réncia, fod, das armaduras ordinérias sao indicadas no quadro’ x1 QUADRO XI da tensdo de roture da ie armadoras ordindris (') Ps) 80.3 — Nos casos em que as armaduras estejam submetidas a elevados gradientes de tensdo, parti cularmente se forem de grande didmetro, deverd proceder-se a uma verificagdo local da aderéncia, que consiste em satisfazer a condi¢ao: em que: reSd— tensiio de aderéncia correspondente ao falor de célculo do esforgo actuante; AFisa— diferenga entre as forcas na armadura em 2 secgdes distantes de Ax, sendo Ax< 102 (correspondente ao valor de céleulo do esforgo actuante); u— perimetro da seccdo da armadura; no ‘caso de agrupamentos, sera o perime- tro da secedo de didmetro equivalen- te definido em 76.1; Jog — valor de célculo da tensdo de rotura da aderéncia. 1 SERIE — N° 174 ~ 30~7-1983 80.4 — As disposigdes relativas a amarragdes ¢ emendas por aderéncia sao indicadas nos artigos 81.° a 86." 0s valores de cileulo da tensdo de rotura da aderénca especi- Ficados emt 80.2 resultam da aplicacio das seguites expresoes: vardes de aderéncia normal: fay=0,3 fag Vos em MPQ); Vardes de alta aderéneia: fas 228 faa No caso de elementos sujitos predominantemente a acydes va ridveis que determinem varagbes de tenslo muito repetidas e de frande amplitude nas armadutas, sed prudente reduz estes valo- Fes, considerando as suas consequtncias nas condipbes de amarra- (Ho ede emenda das armaduras. Artigo 8} — Amarragio de vardes de armaduras ordindrias 81.1 — As extremidades dos vardes das armaduras ordindrias devem ser fixadas ao betdo por amarracées, que podem ser realizadas por prolongamento recto ou curvo dos vardes, por lagos ou por dispositivos me- cdnicos especiais. 81.2 —A utilizacdo das amarragdes por prolong mento dos vardes, que, quando curvo, pode incli gancho ou cotovelo com as caracteristicas geomét cas indicadas na figura 6, depende da capacidade de aderéncia dos vardes a0 betdo € do tipo de esforcos a que estes esto submetidos. Assim, tratando-se de varées de aderéncia normal devem utilizar-se apenas amarragdes com ganchos, excepto se 0s vardes es Yerem sempre sujeitos a’ compressio, caso em que convird usar amarragdes rectas. Para 0s vardes de alta aderéncia devem utilizar-se amarragdes rectas, excep- to se 0s vardes estiverem sempre sujeitos a iracsio, caso em que se permite a utilizagdo de ganchos ou cotovelos. 81.3 — Nas zonas de amarracdo de vardes, 0 be- tao deve ser cintado por uma armadura transversal (estribos ou cintas) distribuida ao longo da zona de amarragio, no caso de varées traccionados com amar- rages Tectas, e concentrada junto aos extremos dos vardes, nos restantes casos; em particular, nas amar- ragdes de varées comprimidos, a armadura de cinta gem deve ainda abranger uma zona que se estenda, para além da amarra¢io, de um comprimento igual a 4 vezes 0 didmetro’ dos vardes amarrados. A exigéncia desta armadura pode ser dispensada no caso de amarragdes de vardes traccionados em zonas dos elementos sujeitas a compressao transversal a di reegao dos vardes (devida, por exemplo, a uma reac- gio de apoio) e no caso de vardes cuja distancia a face do elemento ou a outros vardes seja relativamente grande. 81.4 — Os comprimentos da amarraclo, Lo,net (Ci pura 6), sao definidos pela expressdo: ___2832-(133) no devendo, porém, em caso algum, ser tomados in- feriores a qualquer dos seguintes valores: 102; 100 mm; 0,3, no caso de vardes traccionados; 0,615, no caso de vardes_comprimidos. ‘Os simbolos utilizados tém 0 seguinte significado: Asal — secgéo da armadura requerida pelo cél- ‘culo; Asef — seco da armadura efectivamente adop- tada; a1 — coeficiente que toma o valor de 0,7, no ‘caso de amarragdes curvas em tracrdo, e & igual & unidade nos restantes casos; @ — didmetro do vardo ou diémetro equiva- lente do agrupamento; fod — valor de célculo da tensio de cedéncia ‘ou da tensao limite convencional de proporcionalidade a 0,2% do aco; fod — valor de célculo da tensio de rotura da aderéncia, definido no artigo 80.° a Fig. 6 81.5 — No caso de agrupamento de vardes, cada varlo deve ser amarrado individualmente com 0 com- primento de amarragdo correspondente a0 vardo iso- Iado, mas as extremidades das amarracdes resultantes. devem ficar separadas entre si de, pelo menos, 1,3 ve- zes 0 comprimento de amarracdo; no caso, porém, de agrupamentos que terminem em apoios, poder-se-A fa- zer a amarragio conjunta de todos os vardes, mas com o comprimento de amarragao correspondente a0, diimetro equivalente do agrupamento. 81.6 — No caso de se utilizarem amarragdes com lagos, considera-se assegurada a amarracio a uma dis- tAncia da tangente exterior do Iago igual a metade do didmetro interior do laco, acrescido de 3 vezes 0 did- metro do vardo. Para atenuar 0 risco de fendimento do betdo, deve dispor-se, em direcedo perpendicular ao plano do la- 0, uma armadura adequada, que pode, porém, ser dispensada nas mesmas condig6es enunciadas em 81.3 relativamente a dispensa de’ armadura ai referida. 81.7 — A utilizagdo de dispositivos mecanicos espe- ciais para a realizagdo de amarracdes necessita de ade- quada justificagao, A determinasio dos comprimentos de amarragio estipulada no ani ests de acordo com as prescrgdes do CEB, as quals forne ‘em resultados mais dferenciados que os que corstavam do regu: lamento de 1967. No entanco, para as. aplicagGes corres, ta diferenciacdo € muito atenuada 'No_quadro.seguinte figuram 0 comprimentos de amarracto a que se € conduzido nos casos correntes, considerando Anat Aves 2832-(134) 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 Yalores do comprimento de amarrarto, line * . - . a . a fe . | ANS NL Com gancho sso | oa | oe | aso | wo | ase | a0 | aor A235_NR Recta ro | 3s@ | we | we | we | a0 | 50 | ase aint 2 @ e 2 e 42 ato ER Recta 42 | 02 | 352 | soo | 2 | as no A800 EL ‘Com zancho woe | so | se | wo | soe | se | ase | ose A500 NR o 7 e peaery Recta [2 woe 35a | soe A — Condigdes de boa aderéncia. B— Outras condicdes de aderéncia, Artigo 82.° — Amarragio de redes electrossoldadas 82.1 — As extremidades dos vardes longitudinais das redes electrossoldadas devem ser fixadas ao betdo por amarragdes rectas Estas amarragdes, a menos do caso referido no n.° 82.3, devem em geral ter um comprimento supe- rior a 35cm e incluir © mimero minimo de vardes transversais a seguir indicado: Redes simples; redes duplas com vardes longitu- dinais de diametro igual ou inferior a 8,5 mm: Vardes de aderéncia normal — 3 vardes transversais; Vardes de alta aderéncia — 2 vardes trans- Redes duplas com vardes longitudinais de didme- ‘to superior a 8,5 mt Vardes de aderéncia normal — 4 vardes transversais; Vardes de alta aderéncia — 3 vardes trans- versais. © mimero de vardes transversais ¢ 0 comprimento rminimo indicados anteriormente podem ser reduzidos na proporsdo da relacdo Ascal/Asef entre a secpio de armadura requerida pelo célculo’€ a secydo de ar- madura efectivamente adoptada, devendo o nimero de vardes ser obtido por arredondamento ao inteiro su- perior ¢ © comprimento a utilizar nao ser inferior a 10cm. 82.2 — No caso de elementos sujeitos a acgdes que determinem variagdes de tensio de grande amplitude fe muito frequentes, o nidmero minimo de vardes trans- versais indicado em 82.1 deve ser aumentado de uma unidade. 82.3 — No caso de redes constituidas por vardes de alta aderéncia em que nio se possa contar com a con- Uuibuigio dos vardes transversais, as amarragdes de- vem ser estabelecidas adoptando as regras indicadas no artigo 81.° para as amarragGes rectas de vardes. No caso de redes duplas em que os vardes cons- titwam agrupamentos, poder-se-& porém efectuar sempre a amarrago conjunta dos vardes de cada agrupamento, mas com o comprimento de amarragao correspondente ao seu diémetro equivalente. No caso de redes em que ot varbes transversal desempenhem também fungdes resstentes (por exemplo, em Iajes armadas em 2 dlrecgdes), as exarragdes de tals varbes devem, obviamente, ser rea- lizadas de acordo com as tegras indicadas para’ os varbes long widinals. Artigo 83.° — Amarragio de armaduras de pt -estorgo ‘A amarragfio das armaduras de pré-esforco deve ser executada por meio dos dispositivos previstos pelo sis- tema de pré-esforco utilizado, tendo em atengio o estipulado no artigo 45.°, quanto a difusto do pré- -esforgo a partir da extremidade da armadura, e 0 estipulado nos artigos 138.° a 141.° relativamente as condigdes de resisténcia do elemento na zona da amarragio. Artigo 84,° — Emenda de vardes de armaduras or- dingrias 84.1 — As emendas dos vardes das armaduras or- dindrias — que podem ser realizadas por sobreposi- 80, por soldadura ou por meio de dispositivos me- cénicos especiais — devem ser empregadas 0 menos possivel ¢, de preferéncia, em zonas em que 0s va- 16es estejam sujeitos a tensdes pouco elevadas, 84.2 — As emendas de vardes por sobreposigo, ex- cepto nos casos referidos em 84.3, devem ser realiza- das de acordo com o disposto nas alineas seguintes: @) As amarragdes dos vardes na zona da sobre- posigdo devem satisfazer 0 disposto em 81.2, no que respeita 4 eventual necessidade de ganchos terminais, ¢ em 81.3, no que se refere A exigéncia de uma armadura trans- versal de cintagem do betio na zona da emenda; 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 6) Os comprimentos minimos de sobreposicio, Tho, 0 caso de vardes traccionados, devem satisfazer & expresso: by 2 lbynet no podendo, em caso algum, ser inferio- res a 152 nem a 20cm. Nesta expressio, own: deve satisfazer as condigdes inndicad>” em 81.4 ¢ a2 € um coeficiente cujos vaio- res sfo dados no quadro xi. No caso de vardes comprimidos, as emen- das por sobreposigéo devem ser feitas ape- has com trosos rectos, © 05 comprimentos minimos de sobreposigio 1b, devem ser iguais ao valor de ly definido no arti- g0 81 rmimero de vardes emendados numa mesma secco, no caso de vardes traccionados, po- derd ser a totalidade destes se se tratar de vardes de alta aderéncia de didmetro infe- riot a 16mm, nao podendo porém a sec- go dos vardes emendados exceder 4 da SecoHo total da armadura se se tratar de va- res de didmetro igual ou superior a 16 mm; no caso de vardes de aderéncia nor- mal, esta relagéo deve ser considerada igual a Ye %, respectivamente, para cada um daqueles escalées de dimetro. Para os efei- tos destas disposigdes, somente se poderd considerar que duas emendas no estio na mesma secgdo se, na direcs4o longitudinal do elemento, a distncia entre pontos mé- dios das emendas for superior a 1,5 Nos casos de vardes comprimidos, no ha condigées especiais a respeitar quanto 20 miimero de vardes a emendar. 90 QUADRO XII Emends de vardes de armeduras ordinéras Valores: do coeficiente a2 ee eee el on en T sya pr 2<102 ov b<50 12 | na | us [18 | 20 a>102 ¢ b>s2 naa [us | 84.3 — As emendas de vardes por sobreposigo em elementos sujeitos predominantemente a esforgos de tracgdo (tirantes) devem sempre que possivel ser evi- tadas, no podendo porém ser utilizadas se 0 didme- tro dos vardes for superior a 16 mm ou se a percen- tagem de armadura exceder 1,5. Para a realizaco de tais emendas devem aplicar- , na generalidade, as regras indicadas em 84.2 para ‘as armaduras traccionadas, atendendo porém as se- ‘guintes disposigdes particulares: 4) O nimero de vardes emendados numa mesma secgo no deve corresponder a mais de 4 da secgdo total dos vardes da armadura; 2832-(135) b) Na determinago do comprimento de sobrepo: sigdo, 12,0, por aplicagdo do disposto em 84.2, alinea b), para o caso de vardes trac- cionados, deve’ sempre calcular-se /,ner cOn- siderando que 0s vardes nao se encontram fem condigdes de boa aderéncia; ©) A armadura transversal de cintagem referida em 81.3, envolvendo toda a armadura na zona da emenda ¢ distribuida ao longo desta, deve ser constituida por vardes nao espacados de mais de 4 vezes 0 didmetro do varo emendado. 84.4 — As emendas por sobreposicao de_agrupa- mentos de vardes devem ser executadas vardo a va- rio € de tal modo que os pontos médios das cmen. das dos diferentes vardes fiquem separados entre si de, pelo menos, 1,3 vezes 0 comprimento de sobre- posigdo correspondente & emenda dos vardes isolados. ‘84.5 — O disposto nos niimeros anteriores & tam- bém aplicdvel a0 caso de emendas por sobreposigao com lagos, com excepao do valor do comprimento minimo de sobreposigao, /4,0, dado em 84.2, ali- nea b), que deve ser tomado igual ao didmetro inte- rior do lago, acrescido de 7 vezes 0 diametro do vario, 84,6 — As emendas por soldadura somente sio de admitir em vardes que possuam as necessirias carac- teristicas de soldabilidade, em face do proceso de sol. dadura utilizado. Para efeitos de dimensionamento, deve considerar- se para seceo de um vardo soldado, na zona da emenda, somente 80 % do seu valor nominal, poden- do-se contudo nfo ter em conta esta penalizagao se forem satisfeitas simultaneamente as seguintes condi- des: A soldadura for cuidadosamente realizada ¢ con- trolada; A secgdo dos vardes soldados numa mesma sec- io do elemento ndo exceder '/s da secyiio t0- fal da armadura; © elemento nao estiver sujeito a acgdes que de- terminem esforcos com variagdes de wrande amplitude © muito frequentes. 84.7 — A utilizagdo de dispositivos mecanicos espe- ciais para a realizago de emendas necessita de ade- quada justificagao. Artigo 85.° — Emenda de redes electrossoldadas 85.1 — As emendas dos vardes longitudinais das re- des clectrossoldadas devem ser realizadas por sobre- posicdo de trogos rectos ¢ satisfazer 0 estipulado em. 85.2, 85.3, 85.4 € 85.5. Tais emendas s6 sao permiti- das em zonas em que a relagdo Asdai/A sf entre a seegio de armadura requerida pelo célculo © a sec- ‘edo de armadura efectivamente adoptada, nao seja Superior a 0,7. ‘No caso de redes duplas com vardes lon; de diametro superior a 8,5 mm, s6 é permitida a rea- lizagao de emendas desde que a armadura seja cons- tituida por redes sobrepostas, néo podendo, no en- tanto, tais emendas ser realizadas na camada situada junto’ da face mais traccionada. 2832-(136) 85.2 — Os comprimentos minimos de sobreposig&o nas emendas, a menos dos casos referidos em 85.3 € 85.4, devem ser em geral superiores a 45 cm e incluir © ‘mimero minimo de vardes transversais a seguir indicado: Vardes de aderéncia normal —$ vardes trans- Vardes de alta aderéncia — 4 vardes transversais.. 85.3 — No caso de redes constituidas por vardes de alta aderéncia em que ndo se possa contar com a con- tribuigdo dos vardes transversais, os comprimentos de sobreposicao nas emendas devem ser determinados de acordo com as regras indicadas no artigo 84.° relati- vvas as emendas de vardes por sobreposigao de trogos rectos. No caso de redes duplas em que os vardes const tuam agrupamentos, poder-se-4 efectuar a emenda conjunta dos vardes de cada agrupamento, mas com © comprimento de sobreposic&o correspondente a0 seu. didmetro equivalente. 85.4 — No caso de elementos sujeitos a acgdes que determine variagdes de tensdo de grande amplitude € muito frequentes, ndo slo permitidas emendas de redes constitufdas por vardes de aderéncia normal; se 8 vardes forem de alta aderéncia & permitida a rea- lizagdio de emendas, mas, neste caso, os comprimen- tos de sobreposicdo deve ser determinados de acor- do com as regras estipuladas em 85.3. 85.5 — No caso de armaduras constituidas por re- des sobrepostas, as emendas destas redes devem ser desfasadas de uma distancia pelo menos igual a 1,5 vezes © comprimento minimo de sobreposicao. 85.6 — As emendas dos vardes transversais das re- des, quando desempenhem apenas funcdes de arma- dura de distribuigdo, devem ser realizadas com com- rimentos de sobreposicao nao inferiores a 20cm ¢ Que incluem, no minimo, 2 ou 3 vardes longitudinais, Consoante os vardes transversais tenham diametro nao superior a 6,5 mm ou superior a este valor; no caso previsto em 85.4, porém, o mimero de vardes refe- rido deve ser aumentado de uma unidade. [As emendas dos varSes transversals que desempenher também fungdes resstentes, analogamente ao indicado para as amarrapbes (comentario 20 artigo 82."), devem ser realizadas de acordo com 4s Tegras prescrtas para as emendas dos varées longtudinas. Artigo 86.° — Emenda de armadura de pré-esforco A emenda de armaduras de pré-esforgo deve ser realizada por meio dos dispositivos especificos do sis- tema de préesforco utilizado. CAPITULO XI DisposigSes relativas a elementos estruturais A— Vigas Artigo 87.° — Vio teérleo © vio tedrico a considerar no dimensionamento das vigas deve ser estabelecido tendo em conta as condi- gies efectivas de apoio. _1 SERIE — ° 174 — 30-7-1983 Nos casos correntes, 0 vao te6rico ser considera- do do modo seguinte: Nas vigas simplesmente apoiadas, 0 menor dos valores: 0 vao livre acrescido de 1 da lar- gura de cada apoio (dimensdo do apoio na direc¢ao do vao) ou o vao livre aumentado da altura util da viga; Nas vigas encastradas, 0 menor dos valores: a distancia entre eixos dos apoios ou 0 vao livre aumentado da altura itil da viga; ‘Nas vigas continuas: a distancia entre eixos dos apoios. ‘As rears estabelecidas podem aio traduzie convenientemente as condigdesefectvas de ligacdo,partcularmente para apoio de grande largura de vigas continuas. Neste caso, pode admitiese que Ea constitu por tramos com vios teéricos definidos segundo 0 ‘trig indicado para as vigas encastradas, ligados por trogos rig dos sobre os apoios: este ertério exige, pelo menos, uma largura 40 apoio nfo Inferior a 2 veres a altura Utl da vga [No caso de vigas em consola, as regras conduzir4o a adoptar pura vio tegrco ou o balanco ive aumentado de metade da atu al da viga ou o balango referido a0 eixo do apoio, respectiva ‘mente para uma consola iolade © para uma console pertencente 2'uma viga continoa Artigo 88.° — Largura do banzo comprimido das vigas em T ‘A menos de determina¢o mais precisa, a largura a considerar para o banzo comprimido das vigas em T pode ser obtida, nos casos correntes, adicionando a largura da alma, de um e de outro lado, uma I Sura que nflo exceda o menor dos seguintes valores: "Yoda distancia entre seogdes de momento nulo; Y% da distancia entre faces das almas de vigas contiguas. No caso de vigas em L, esta largura sera adiciona- da uma s6 vez & largura da alma. ‘A largura do banzo determinada pelos critérios anteriores nao poderé, em caso algum, exceder a lar- gura real do banzo. ‘A largura méxima 1 considerar para o banzo comprimido das ‘vas depende de muitos pardmetros, nomeadamente do tipo de ac- ho (Conceotrada ou distribulda), daa earacersicas geoméercas da Via, das condigbes de apoio e'da relagdo entre o va0 da vige € adistincia entre vigas adjacentes, "Nos casos correntes de vigas continua, pode tomarse, para di tineia entre secpdes de momento nulo, um valor igual a 0,7 do ‘ho teérieo. Quando ngo houver mudanca de sinal do momento to longo de todo 0 vio, a primeira condio indicada no corpo o artigo sera referida 30 vlo te6rico. Artigo 89.° — Altura miaima 89.1 — A altura das vigas de betdo armado, a me- nos de justificacdo especial com base no estipulado nos artigos 72.° ¢ 73.°, deve em geral satisfazer a se- guinte condicao: tern em que: fh — altura da viga; 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 li=al— vao equivalente da viga, sendo I 0 vo tedrico ¢ a um coeficiente cujos va- lores so dados no quadro Xilt para condigdes de carregamento que nfo incluam cargas concentradas de efei- 108 significativos; 17 — coeficiente que, consoante 0 tipo de ago utilizado, toma os seguintes valores: A235 ‘A400 ‘A500 So 1 1 0, a a 1 QUADRO XiIL Altura minlna das vigas Valores do coeficiente Simplesmente apoiada Lo Duplamente encastada ‘Apoiada numa exttemidade ¢ encastrada na outra | 08 Em consola (sem rotagdo no apoio) 89.2 — No caso de vigas de betdo pré-esforcado, a regra indicada no niimero anterior pode ser também aplicada considerando = 1,6. 89.3 — No caso de vigas cuja deformagao afecte paredes divisérias, a menos que a fendilhagdo dessas aredes seja contrariada por outras medidas adequa- das, deve ser respeitada a seguinte condigao, além da indicada nos numeros anteriores: 4 go aS" em que I; € A so expressos em metros. ‘As repras estabelevidas neste artigo resultam da apicagdo de hi péteses simplifcadas para 0 cllculo de deformagbes e que cond fem a relagdo geal da qual derivam as expressOes apresentadas no artigo, consideran- {do em 82.1 uma relado flecha-bo a/= 1/400 e em 89,3 uma fe Sem, valores estes que. sfo preconizados, para fm caus correntes, em 12.2. Para outros valores limites finados para 2 echa relative ou absoluta obterse do, pela expressdo indicada, ‘ouras condigdes para f/h ‘0 vdo equivalente da viga, al, € 0 vio de uma viga sim- pleamente apoiada de solo constante (vga de referénda), que apre- fenie # meima relagdo entre a flesha eo vo que a da viga em ‘xiudo, quando Sujeta’a una carga uniformemente dstibuida que The proveque na zona central uma curvatura igual Aquela que = vga apresenta na mesma zona (em consolas, deve considear-se & ‘cuvatura na zona de encastramento). No caso de vigas contiauas ios vos no diam entre st signficativarnente (min 20,8 ln) Dodero adoptar-se para « os valores 0,6 ¢ 0,8 para os tramot in: termédios e exremos,respectivamente. No caso de consolas em con- tinuidade com outros elementos, 0 valor de a indicado no quadro it ndo.é aplicivel, em vislude da rotasio da secpio de encast mento da eonsola; € possivel no entanto revorrer a definigdo de ‘Wo equivalente para a deverminacao do valor de a adequado. O. ‘mesmo se pasa relaivamente a outrassituagdes, tis como Views ontinuas. de v40s “desiguais Ou efetos signficalivos de cargas ‘oncentradas (Quanto a0 coefisiente 9, ele pretende ter em conta o valor da curvatura maxima que se verifice na vga puro s combinagto.fre- fquente das acgoes em consideragdo, 2832-(137) Artigo 90.° — Armadura longitudinal minima e mi- xima 90.1 — A percentagem da armadura longitudinal de traccdo das vigas, g, ndo deve ser inferior a 0,25, no caso de armaduras de aco A235, a 0,15, no caso de armaduras de ago A400, ¢ a 0,12, no caso de arma- duras de ago A500. Esta percentagem ¢ definida pela relacdo: em que: Ag — rea da secgao da armadur ‘by — largura média da zona traccionada da sec- $40; no caso de vigas com banzo de compressio e em que a linha neutra se situa no banzo, a largura deste nao deve ser tida em conta para 0 calculo de b altura iti da secgio, 90.2 — A rea da armadura longitudinal de tracgao ou de compressio ndo deve exceder 4% da area to- tal da secgdo da viga. Artigo 91.° — Esparamento maximo dos vardes da armadura longitudinal Nos casos correntes de vigas, 0 espagamento dos va- res da armadura longitudinal de traccdo na zona dos ‘momentos flectores maximos ndo deve, para as arma- duras ordindrias, ser superior aos valores indicados no quadro XIV, a menos de justificagao especial com ba- se nos artigos 68.° € 70.° ‘QUADRO XIV Espacamento.méximo dos vardes éa"armadurs longitudion! de vigas | Povce agresivo (w=03mm | - | 12s | 10 secre amino wsazam| [Ls Os valores indicados no artigo para espacamento méximo dos varBes foram obtidos « partir das expressBes apresentadae 0 ati {0 70.* para o cilculo da largura das fendas em vigas cuja fendi- Thagdo esteja esablizada, tendo-se desprezado a contrbuigdo do belo entre fendas e adoptado para, valores da_ordem de 0,3 Joy. O facto de nao se impor condicionamento de espacammento para 0s agos A238 resulta de que, nas condigdes corrents, 0 BrO- blema da fendifhacdo ndo assume para estes agos importancia sig nifeaiva. De igual modo, para as sigas cuja armadura seja con icionada pelas percenagens minimas indicadas no artigo 90.° no ‘ha que exigi os condisonamentos. do presente tio. Note-e, finalmente, que nos casos de ambientes muito agressi- vos ou de armaduras de pré-esforro, o controle da fendilhagao nao pode ser conseguida apenas pela limitacio do expavamento dos vi bes mas, prieipalmente, pela diminieao da Tersio das atmadi ‘as (ou da varlaydo de tensdo, no caso de armadures Je pre- “estore. 2832-(138) Artigo 92.° — Interrupeéo da armadura longitudinal 92.1 — A armadura longitudinal de trac¢do das vi- as 56 pode ser interrompida desde que garanta a ab- sorgdo das forcas de tracclo correspondentes a um diagrama obtido por translacdo, paralela ao cixo da viga, do diagrama de Msq/z, em que Msq é 0 valor de célculo do momento actuante numa dada sec¢do € € 0 braco do bindrio das forcas interiores na mes- ma secgdo (figura 7). Omar oer Fig. 7 © valor da translagio, a1, depende do valor de cél- culo do esforco transverso actuante, Vsq, ¢ do tipo de armadura de esforgo transverso, de acordo com 0 que, a seguir é indicado: Nas zonas em que Vs¢<2 12 bw d: a=d— no caso de estribos verticais 0,75 d — no caso de estribos verticais as- sociados a vardes inclinados a 45°; .5.d — no caso’ de estribos inclinados a 45°; Nas zonas em que Vse> 22 by d Os valores indicados anteriormente para a poderdo ser diminuidos de 0,25 . estas expresses, 72 toma os valores indicados no artigo 53.° ¢ by ed tém o significado também af referido, 92.2 — Os vardes da armadura podem ser dispen- sados & medida que o diagrama (6) da figura 7 0 per- mita, devendo ser prolongados, para além dele, dos comprimentos de amarracdo definidos nos artigos 81.° © 82.°, respectivamente para armaduras ordindrias em geral ¢ para redes clectrossoldadas. 92.3 — No caso de os vardes da armadura longitu- dinal, depois de dispensados, serem utilizados como armaduras inclinadas para absorgio de esforcos trans- versos, eles devem ser prolongados, para além do tro- 0 inclinado, de comprimentos de’amarracdo obtidos dos definidos no artigo 81.°, aumentando-os ou diminuindo-os de 30% consoante a amarragao se si tue em zona traccionada ou comprimida da viga, respectivamente, Artigo 93.° — Armadura longitudinal nos apoios 93.1 — Nos apoios de encastramento (ou de conti- nuidade), as amarragdes que haja necessidade de af 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 realizar na armadura longitudinal de trac¢do corres- pondente ao momento de encastramento devem ser efectuadas com 0s comprimentos definidos nos arti- gos 81.° © 82.°, contados a partir de uma secgdo si tuada a uma disténcia da face interior do apoio igual a0 menor dos valores seguintes: largura do apoio, 2 vezes a altura util da viga. ‘93.2 — Deve ser mantido até aos apoios das vigas (sem mudanga de direcgio), pelo menos, “4 da arma- dura maxima de traceao correspondente ao momento no vao; as amarragdes destas armaduras devem ser realizadas de acordo com 05 critérios especificados nas alineas seguintes: 2) Nos apoios com liberdade de rotagdo (ou com fraco grau de encastramento), as armaduras devem ser amarradas a partit da face inte- rior do elemento de apoio, no caso de apoios directos, e a partir de uma secgao si- tuada a uma distancia da face interior do apoio igual a '/> da largura deste, no caso de apoios indirectos (ver artigo 98.°). Os comprimentos de amarragao devem ser de- terminados segundo os artigos 81.° e 82.° para uma forca de traccdo nas armaduras, Fs, dada por: Favs ent que: Vsq—valor de caleulo do esforgo transverso actuante no apoio; ‘ay — translagao referida no artigo 92.° Contudo, tratando-se de apoios directos, ‘os comprimentos de amarracdo assim deter- inados podem ser reduzidos de '/3, man- tendo-se, porém, os minimos especificados no artigo 82.°, ‘no caso de redes electros- soldadas, e apenas 0 minimo de 102 indi- cado em 81.4, no caso de vardes em geral; 2) Nos apoios de encastramento ou de continui- dade, as amarragdes devem ser efectuadas segundo 0 critério indicado na alinea ante- rior para 0s apoios directos. Se os apoios forem de continuidade, alguns vardes da ar- madura em causa devem transitar de vao para vao, através do apoio, sem interrup- sao. Artigo 94.° — Armadura de esforgo transverso 94.1 — As vigas devem ser armadas ao longo de to- do 0 vao com estribos que abranjam a totalidade da sua altura, 0s quais devem envolver a armadura lon- situdinal de tracgao ¢ também a armadura de com- reso quando esta seja considerada como resistente. As extremidades dos estribos devem terminar por meio de ganchos, podendo ser empregados cotovelos no caso de vardes de alta aderéncia; estes ganchos e cotovelos devem ser executados com'as dimens6es in- dicadas no artigo 81.° ‘A distancia entre 2 ramos consecutivos do mesmo estribo ndo deve exceder a altura util da viga nem ‘60 cm; a percentagem minima de estribos ¢ 0 seu es- 1 SERIE — N.° 174 — 30--7-1983 pacamento maximo devem respeitar as condigées es- tabelecidas nos numeros seguintes. 94.2 — A percentagem de estribos, ow, ndo deve, ‘em geral, ser inferior a 0,16, no caso de armaduras de ago A235, a 0,10, no caso de armaduras de aco A400, © a 0,08, no caso de armaduras de ago ASO0, Esta percentagem ¢ definida pela relagao: 100 em que: Aow — area total da secedo transversal dos varios ramos do estribo: bw — largura da alma da 2 72 bw d 5$0,3d, com o maximo de 20 em Nestas expressdes, r2 toma os valores referidos em 53.4 No caso de os estribos serem inclinados de um an- gulo a relativamente ao eixo da viga, os valores do espacamento indicados podem ser majorados pelo fac- tor (1+ colg a), ndo excedendo, porem, em qualquer caso, 0 maximo de 30 cm. 94.4 — A armadura de esforgo transverso constitui- da por vardes inclinados deve, tanto quanto possivel,, ser disposta simetricamente em relagdo a0 plano de flexdo e por forma que os vardes nao fiquem préxi- mos das faces do elemento. O espacamento longitu- dinal, s, destas armaduras nao deve exceder 0,9 d (1 eotg a), valor que deve ser reduzido a metade quando Vsq exceder 212 bw d. Na utizagdo de vardes inclinados como parte da armadura de ‘exforgo traneverso dever ser tidas em conta as recomendagdes ge Tals indicadas no. comentirio a0. artigo $3. ‘Por outro lado, e particularmente em face de valoves elevados de esforgo transverse, ¢ recomendivel 0 emprego. de estribos fe chados, isto €, constituindo quadres, embora sem necesidade de femendar os varbes consoante as reas regulamentaes das emer as, mas fazendo-os terminar por ganchos ou cotovelos consoante eindicado em 94.1 2832-(139) Artigo 95.° — Armadura de torgio ‘A armadura transversal de torgdo deve ser consti tuida por cintas fechadas por meio de emendas exe- cutadas de acordo com 0 artigo 84.°; 0 seu exspa- amento ndo deve exceder te (em que tes & 0 perimetro definido no artigo 55.°) com 0 maximo de 30cm, (Os vardes da armadura longitudinal de torgao de- vem ser dispostos ao longo do contorno interior das cintas, com um espagamento maximo de 35 cm; em cada Vértice do contorno referido deverd existir, pelo menos, 1 vardo. AA disposisdo das armaduras de torgdo na sesydo do clemento deve ser coerente com as hipstesesefecuadas de acordo com 0 af tigo $5.° para a definigdo da secplo oca eficar Artigo 96.° — Armadura de alma Nas vigas de altura superior a Im deve ser disposta uma armadura de alma constituida por vardes longi: tudinais colocados junto das faces laterais da viga ¢ distribuidos ao longo da altura da seccao transversal, de preferéncia na sua zona traccionada. Esta armadura de alma deve ser constituida por va- 15es do mesmo ago que o da armadura iongitudinal de tracgao, ¢ a drea total da sua secgdo, em cada face, nao deve ser inferior a 4% da area’ da seccdo dessa armadura longitudinal Artigo 97.° — Armadura de ligagio dos banzos & alma Em vigas com banzos, comprimidos ou tracciona- dos, devem dispor-se armaduras de ligagdo entre os banzos ¢ a alma, distribuidas ao longo dos banzos perpendicularmente aos planos de unido paralelos ao plano de flexdo da viga. Estas armaduras deverdo assegurar a absorgio das forcas longitudinais desenvolvidas por acco do esfor- 50 transverso ao longo daqueles planos de uniao. Nos casos correntes em que os banzos sejam beto- nados conjuntamente com a alma, poder dispensar- se 0 dimensionamento especifico desta armadura, desde que a drea da sua secgdo ndo seja inferior a metade da drea total da secedo dos estribos tenha (© mesmo espacamento destes. Quando os banzos estejam submetidos a flexio num plano perpendicular ao plano de flexao da viga, as suas armaduras de flexdo poderao ser consideradas pa- ra efeitos de armaduras de ligacao. Para o dimensionamento das armaduras reeridas neste atigo rae a ccegra das costurae» exposta no comentstia 20 Artigo 98.° — Armadu rectos de suspensio. Apoios indi- 98.1 — O apoio de uma viga secundaria numa vi- ga principal — apoio indirecto —, quando haja inter- penetracdo das duas vigas, deve realizar-se por meio

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