PROPOSTA DE RESOLUO DA FICHA DE AVALIAO ALBERTO CAEIRO

Grupo I
A
1. O poema abre com uma comparao entre o olhar do sujeito potico e o cu e a gua
ao sol. No primeiro caso, o elemento em comum a cor, azul, no segundo a calma. Esta
comparao reflete de forma evidente uma filosofia de vida caracterizada pelas sensaes,
pela mera contemplao da natureza que o rodeia, sem qualquer interferncia do
pensamento. como se os seus olhos fossem um espelho da natureza.
1.1.O sujeito potico traa esta caracterizao dos seus olhos precisamente porque eles so
imparciais ao que veem, no questionando, nem recebendo com admirao o que veem.
1.1.1. Essas razes so veiculadas atravs de uma orao subordinada adverbial causal.

2. O que dito nas segunda e terceira estrofes corroboram a ideia defendida pelo sujeito
potico, introduzida na primeira estrofe, de que o importante so as sensaes e no a
racionalizao dessas sensaes.
2.1. O sujeito potico apresenta dois argumentos. Um argumento surge na segunda estrofe,
introduzido por uma orao subordinada condicional, que, juntamente, com a orao
subordinante, exprimem uma relao de causalidade entre a situao (hipottica) de o sujeito
potico se interrogar e espantar e as consequncias na Natureza (nenhuma). O segundo
argumento, apresentado como informao adicional entre parnteses, marcado
linguisticamente por uma orao subordinada adverbial concessiva e uma condicional,
representa uma relao causa-efeito: entre a mudana da Natureza e os sentimentos do
sujeito potico face a esse cenrio.
3. Com esta expresso, o sujeito potico procura dizer que no apresenta qualquer
agradecimento, dado que, subjacente a esse ato, estaria necessariamente uma racionalizao
do processo, que precisamente o que ele quer evitar.
B.
Tpicos:
Tomada de posio em relao citao
Caractersticas da poesia de Caeiro referidas na citao e exemplificao com versos ou
poemas:
- o papel central da Natureza: o Poeta escreve sobre o que v numa paisagem campestre
Exemplos: Toda a paz da natureza sem gente, s vezes, de repente, bate-me a natureza de
chapa,
- elementos que aparecem na sua poesia: a luz, a terra (Quem me dera que eu fosse o p da
estrada)
- carter deambulatrio do Poeta: Tenho o costume de andar pelas estradas, o passar da
estaes (E anda pela mo das Estaes).

Grupo II
1. (C); 2. (B); 3. (D); 4. (A); 5. (D); 6. (B); 7. (C).
2.1. O verbo dever um verbo auxiliar modal e o verbo ser o verbo auxiliar que compe
com o particpio passado aceite a voz passiva.
2.2. O verbo surge na voz passiva.