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INSTALACOES ELETRICAS INDUSTRIAIS 72 EDICAO Joio MAMEDE FILHO Engenheiro eletricista Diretor de Planejamento e Engenharia da Companhia Energética do Gear (1988-1990) Ex-Diretor de Operaciio da Companhia Energética do Ceard — Coelee (1991-1994) Ex-Diretor de Planejamentoe Engenharia da Companhia Energética do Ceara (1995-1998) Ex-Presidente da Comité Coordenador de Operagies do Norte-Nordeste — CCON Ex-Presidente da Nordeste Energia S.A. — Nergisa (1999-2000) sAtual Presidente da CP: — Consultoria e Projetos Elétricas Professor de Hletrotécnica Industrial da Universidade de Fortaleza — Unifor (desde 1979) LTC EDITORA caPITULG PARTIDA DE MOTORES ELETRICOS DE INDUCGAO 7.1 INTRODUGAO Os motores elétricos, durante a partida, solicitam da rede de alimentagao uma corrente de valor elevado, da ordem de 6a 10 vezes a sua corrente nominal. Nestas condig6es, o circuito, que inici- almente fora projetado para transportar a poténcia requerida pelo motor, ¢ solicitado agora pela corrente de acionamento durante um certo periodo de tempo, Em conseqiléncia, o sistema fica submetido a uma queda de tensdo normalmente muito superior aos limites estabelecidos para o funcionamento em regime, podendo provocar sérios distiirbios operacionais nos equipamentos de comand e protecao, além de afetar o desempenho da iluminagao, notidamente a incandescente. Os equipamentos de comando, tais camo os comatores, podem operar diante de uma queda de tensa, de acorda com os valores normativos ou com a especificagae do proprio fabricante, Tam- bém, os motores sincronos e assfncronos, quando submetidos a tensdes inferiores aos limites es- tabelecidos, podem parar por perda de sincronismo ou por insuficiéneia de conjugado motor. A Tabela 7.1 fornece os valores percentuais de tensiio sob os quais os motores € diversos dis positives de comando podem operar indevidamente. Em virtude dos motivos expostos, durante a claboragdo de um projeto de instalagao eleétrica industrial devem ser analisados, dentre os motores de poténcia clevada, aqueles que podem de- gradara operagiio em regime normal do sistema, a fim de aplicar a solugao adequada do método de partida ou dimensionar circuitos exclusivos. Estes eircuitos tanto podem ser alimentados do QGF, come diretamente de um transformador, também exclusivo, Ao contrario do que muitos pensam, a partida dos motores nao afeta praticamente em nada o valor da demanda e o consume de energia elétrica, j4 que a demanda vista pelo medidor € integralizada no tempo de 15 min, muito superior ac tempo de partida dos motores, normalmente da ordem de 0,5 a 10s, enquanto © consumo em kWh também é extremamente pequeno, tendo em vista o baixo fator de poténcia de partida num tempo de pouca expressividade Durante a claboragéo de um projeto industrial, é de suma importincia verificar a possibilidade de partida simultinea de dois ou mais motores de poténcia muito elevada capaz de provocar gra- ves perturbacoes na instalagdo. Medidas preventivas devem ser tomadas de modo a evitar tal fe némeno, cujo assunte sera tratade com detalhes mais adiante, TARELA 7. Limites da tensio percentual ¢ seus efeitos no sistema ‘Tensao abaixo da qual os contatores da classe 600 V nao operam ‘Tensio em que os motores de inducio ¢ sineronos deixam de operar, quando funcionanda a 115%% de sua poténcia nominal ‘Tensdio em que os motores de indugao deixam de operar, quando em funcionamento a plena carga ‘Tensiio em que motores sincronos deixam de operar Parting DE MOTORES ELETRICOS DE INDUGKO 299 Em algumas instalagdes industriais, certas maquinas, como os compressores de ar, so instala- das de tal modo que, quando hé falta momentanea de energia, os seus respectivos motores retornam. automaticamente ao estado de operagiio apds o distirbio, Se estes motores estiverem ligados a spositivos de partida que permitam um baixe conjugado e a carga solicilar um alto conjugado de partida, entao hé grandes possibilidades de estes motores serem danificades se no houver um apropriado sistema de protecao, Como j4 mencionado, # iluminagao é afetada durante a partida dos motores que solicitam da rede correntes demasiadamente elevadas. As Limpadas fluorescentes sofrem pouca influéncia comparativamente as lampadas incandescentes, No entanto, so suscetiveis de apagar se a tensio resultante da partida for inferior a 85% da tens&o nominal, Ao contrério das liimpadas fluorescentes, as limpadas incandescentes ndo apagam quando submetidas a quedas de tensdo excessivas. Esto sujeitas, porém, ao fendmeno de cintilagiio, que prejudica a uniformidade do fluxo luminoso diamte de um observador. A cintilacao, ou simples- mente flicker, é tolerada para valores limitados do ntimero de partidas dos motores num determi- nado intervalo de tempo. Segundo a NBR 5410/04 recomenda, a queda de tensao durante a partida de um motor nao deve ultrapassar 10% de sua tensiio nominal no ponte de instalagao do dispositivo de partida cor- respondente, desde que respeitados os limites previstos para a quedu de tensdo fornecidos na T: bela 3.21. Pode-se adotar uma queda de tensdo superior a 10% em casos especiticos, quando so acionadas cargas de alto conjugado resistente, descle que a tensio minima das bobinas da chave de partida seja inferior 2 tensdo resultante durante a partida do motor. INERCIA DAS MASSAS Inicialmente, deve-se conhecer 0 conceito de carga, Genericamente, pode-se definir carga de um motor como 6 conjunto de massa formado pelos componentes da maquina que esti em movi- mento e firmemente preso ao eixo do motor. As cargas acionadas pelos motores elgtricos podem ser classificadas de duas diferentes formas: a) Carga com conjugado constante E aquela que apresenta o mesmo valor de conjugado durante toda a faixa de variagio de velo- cidade a que ¢ submetido 0 motor, Nesse caso, a demanda de poténcia cresce linearmente com a variagdo da velocidade. Como exemplo, podem ser citados os laminadores, os elevadores de car- ‘ga, esteira transportadora ete. b) Carga com poténeia constante E aquela em que @ conjugado inicial € elevado, reduzindo-se de forma exponencial durante toda a faixa de variagio da velocidade, Nesse caso, a demanda de poténcia permanece constante com a variagao da velocidade. Como exemplo, podem ser citadas as bobinadeiras de fios ou de chapas, cujo didmetro da bobina varia ao longo do proceso, necessitando maior conjugado motor para maiores digimetros e menor conjugado motor para menores didmetros, Quando o difmetro da bobinadeira aumenta, a velocidade do motor deve diminuir e vice-versa, mantendo-se, assim, cons- tante a yelocidade periférica da bobinadeira. ‘Agora, pode-se conhecer 0 conceito de momento de inéreia das massas. Assim, © rotor dos motores elétricos apresenta uma determinada massa que resiste & mudanga de seu estado de mo- vimento, Logo, o rotor reage quando, submetido a uma determinada rowcao. obrigado a acele- rar, A partir destas consideragoes basicas, percebe-se que a inércia do rotor é um ebsticulo a sua aceleracao, Da mesma forma pode-se consiclerar 0 movimento das massas que estao ligadas ao eixo do motor, no caso a carga, ¢ que, como O rotor, resiste A mudanga de movimentos. O momento de inéreia € uma carscteristica fundamental das massas girantes ¢ que pode ser definida como a resisténcia que os corpos oferecem & mudanga de seu movimento de rotagéo em tomo de um eixo considerado, que, no caso do rotor, é a sua propria massa, cuja unidade de me dda € o kg - m?, A inércia a ser vencida pelo motor € dict pela Equagdo (7.1). J. + d. (kgm?) (7.4) J, ~ momento de inércia do rotor do motor; JF, ~ momento de inércia da carga, 300 CapiTULO SETE 7.2.1 Momento de Inércia do Motor (J,,) Depende do tipo, do fabrieante e € fungaio do projeto do motor, Seu valor tipico pode ser en- contrado na Tabela 6.3. 7.2.2 Momento de Inércia da Carga (J,) F um valor particularmente caracteristico do tipa de carga do motor. A NBR 7094 fornece a expresso que permite determinar 0 valor maximo do momento de inércia F,, que deve ter uma determinada carga a ser acoplada ao eixo de um motor de poténcia nominal P,,, com Ai, de pares de pélos, ou seja: J, = 0,04 P22 NBS (kgs?) (7.2) nominal do motor, em kW; pares de pélos do motor. Pog — porenci N, — nimero d EXEMPLO DE APLICACAO (7.1) Considerar um motor cuja pot@neia nominal seja de 50 ev/380 W, IV polos, Determinar o momento de inércia miximo que deve ter a carga a ser acoplada ao seu cixo, J, = 0,04 ¥ (0,736 % SOY X 2! = 5,80 (kgm? A inéreia da carga determina 9 aquecimento do motor durante a partida, devendo-se, portanto, limitara acionamento ao que estabelece a NBR 7004. ‘Quando 4 carga € acoplada ao cixo do motor através de polia, engrenagem ou através de qualquer acoplamento que permita que a sua rolayio seja diferente da do motor, podle-se determinar 0 seu momento de inércia em relagiio ao cixo do motor através da Equagiio (7.3). jond le (3) eT We i Ji — Momento de inércia da carga em relagiio ao eixo do motor; W.. = velocidade angular nominal do eixe do moter, em sp W, — velocidade angular do eixo da carga, em rpm. A Figura 7.1 mostra um exemplo de acoplamento indirete entre carga ¢ motor, FIGURA 7.1 Acoplamento indireto motor- carga EXEMPLO DE APLICACAO (7.2) q Supondo que uma carga esteja acoplada ao eixo do motor de 50 cv mencionado anteriormente, deter nar o momento de inércia do conjunto, sabendo-se que acarga€ figada ao motor através de uma polia que permite uma rotaglo de 445 rpm. Parting o& Moores ELETRIGAS DE INDUGAG 301 x a) = 0,362 kg > m? 1.780 Wa 1,800 — 1,800 x O01 = 1.780 rpm S = 1,19 (escorregamento do motor) Os motores elétricos quando ligados apresentam um esforgo que thes permite girar @ seu eixo, Aste esforgo di-se o name de conjugado do motor. Jaa carga acoplada reage a este esforgo ne- gativamente, ao que se dd o nome de conjugade de carga ou conjugado resistente. | Conjugado do Motor ‘Todo motor dimensionado para acionar adequacamente uma determinada carga acoplada ao seu eixo necessita, durante a partida, possuir em cada instante um conjugado superior 40-conjuga- do resistente de carga. A curva do conjugade motor deve guardar uma distineia da curva do conjugado resistente durante 0 tempo de aceleracdo do conjunto (motor-carga) até que o motor acquira a velocidade de regime. Este intervalo de tempo & especificado pelo fabricante, acima do qual o motor deve sofrer sobreaquecimento, podendo danificar a isolagdo dos enrolamentos. Por esse motivo, cuidados especiais devem ser tomados na utilizagaio de dispositivos de parti- da com redugio de tensdo. Nessas circunstincias, © conjugado motor é reduzido, enquanto ocon- jugado da carga nao é alterado, Como conseqiiéncia, o tempo de aceleragio € aumentado e, sendo superior ao tempo de rotor bloqueado, pode danificar 0 motor. A Especificactio Brasileira de Motores ce Inducao, que leva no Sistema Nacional de Metrologia, Narmatizagiae Qualidade Industrial © nimero NBR 7094, define as caracteristicas de partida dos motores, que, em seguida, so analisadas resumidamente: a) Categoria N Abrange ox motores de aplicagao geral que acionam a maioria das eargas de utilizagiio pritica. Os motores enquadrados nesta categoria apresentam conjugado de partida normal e corrente de partida elevada. No dimensionamento de motores da categoria N, é aconselhiivel estabelecer 0 conjugado mi- nimo superiar em pelo menos 30% ao conjugado resistente da carga. Em situagdes eriticas, pode se admitir um conjugado minimo de 15%. b) Categoria H Abrange os motores que acionam cargas cujo conjugado resistente durante a partida ¢ de valor apronimada ao conjugado nominal, Os motores enquadrados nesta categoria apresentam conju- gado de partida elevado e corrente de partida normal ¢) Categoria D Abrange os motores que acionam eargas cujo conjugado resistente durante a partida ¢ de valor elevado, Os motores enquadrados nesta categoria apresentam conjugado de partida muito eleva- do e corrente de partida normal. A Figura 7.2 apresenta, esquematicamente, as curvas caracteristicas de conjugado X velocidla~ de dos motores de indugo, segundo as categorias mencionadas, 7.3.1.1 Conjugado médio do motor Muitas vezes, para facilidade de calculo, ¢ desejavel substituir a curva de conjugado do motor C,. pela seu valor média C,,., conforme representado na Figura 7.3, Neste caso, a soma das dreas Ale A2 deve ser igual & area A3, Cada categoria de motor obviamente apresenta uma expresso que determina o valor médio de seu conjugado, ou seja: 302 Caaituta SETE ws a2 Pe: 8 me ees aS un iS ‘4 es r E21 a 126 Sle ty | oe i | | po lena [ a E N = ae 5 FIGURA 7.2 (ened urvas tipieas conjugado * ° 10 2 0 0. 0 1 8 uO OCR) yelocidade Velocidade em Fungsioda Velocidade Sincrana Conjugedo FIGURA 7.3 ‘Curvas de conjugado de motor © de carga a) Motores de categoria N ¢ H n= OAS XC, + Cu) ( b) Motores de categoria D Com = 0,60 * C, [es 7.3.2 Conjugado da Carga O conjugado da carga pode reagir de diferentes formas, de acordo com a Equacao (7.6). C= Ca x Wh aH C, — conjugado da carga, em kgf +m; ou N+ m ou, ainda, em % de C,.8 conjugade da carga-em repouso, on seja, no instante da partida ou conjugado inere em kgf m; ow N= m, ou, ainda, em % de C,,. E obtido diretamente dos graficos conjugados da carga apresentados nos catilogos dos respectivos fabricantes das n quinas: bombas, por exemplo; — velocidade angular em qualquer instante a que esté submetido o motor, em rps. derando-se que a carga estd diretamente solidéria ao eixo do motor; ‘a — constante que depende das caracteristicas da carga; B — constante que depende da natureza da carga (bombas, ventiladores, britadores ete A partir do valor de fi, define-se a Forma da curva do conjugado da carga, ou se 2) Conjugado da carga constante Edefinido para = 0. Podem ser tomadas como exemple as cargas acionadas por guind britadores ete. Sua representagio prifica é dada na Figura 7.4, ou seja’ BURA 7.4 injugado da carga constante da carga linear PAaRTIOn De MGTORES ELETRICOS GE INDUGAD, 303 ee Conjugage ou Paténcia We Curva de Poténcia ‘Conpugado ov Poténeia ¢ C+ax we C=C, + e(constante) Nesse caso, a poténcia requerida pela carga aumenta na mesma proporgio da velocidade angu- lar, ou seja: PER, (7.7) K— constante que depende da carga, b) Conjugado de carga linear E aguele definido para 8 = 1. Pocem ser tomadas comoexemplo a serra para madeira, calandras etc, Sua representagio grifica é dada na Figura 7.5, ou seja: C=C +a W,, (linear) Nesse cago, # poténeia varia com o quadrado da velocidade, ou seja: PL= CL Wow + KX W2, (7.8) ©) Conjugado da carga parabolic E aquele deinido para B = 2. Podem ser tomadas como exemplo as bombas centeitugas, ven- tiladores, compressores, exaustores, misturadores centrifugos etc. Sua representagio grifica é dada na Figura 7.6, ou seja: C.= ©, + a WE, (parabolico) Nesse caso, # poténcia varia com 0 eubo da velocidade, ou seja: P= OX Wo t KX WH, 9) d) Conjugado da carga hiperbélico E aquele definido para 8 = — 1. Poder ser tomados como exempla os toros elétricos, as bobinadeiras de fio, fresas etc, Sua representacao grifica é dada na Figura 7.7, ou seja: ¢,=0 C, = *— (hiperbstico) 304 FIGURA 7.6 Conjugado da carga parabético FIGURA 7.7 -Conjugado da carga hiperbélico Captruvo Sere “ oe ‘Curva da Carga Conjugado ou Poténcia Curva de Potsneia Curva de Pottneia \ Curva da Carga , ui N ~ Conjugado ou Poténcia. Nesse caso, a poténeia permanece constante, ou seja: P, = K (constante) Como todos os valores da Equagio (7.6) jd foram facilmente identificados, fica, por conseguinte, determinado 0 valor de a. 7.3.2.1 Conjugado da carga médio © conjugada da carga médio pode reagir de diferentes formas, de acordo com a Equagao (7.10). ve (7.10) x ie B+ +a Wy, — Velocidade angular a que esta submetida a carga que, neste estudo, é considerada solic dria a0 cixo do motor ¢, portanto, ambos submetides & mesma velocidade, Semelhantemente ao conjugado médio do motor, pode-se determinar o conjugada médio da carga, C.., representado na Figura 7.3, Nese caso, as dreas Ad e AS devem ser iguais, Com base na Equacdo (7.10), podem-se obter as seguintes expressdes: 4) Cargas de conjugado constante (Figura 7.4) p-0 C= O4+a (At) b) Cargas de conjugado linear (Figura 7,5) B-1 Cue = C05 MEX Woy (7.13) c) Cargas de conjugado parabétice (Figura 7,6) p-2 ©, +033 X eX W3, a3 EXEMPLO DE APLICACAO (7.3) PARTION 1 MOTORES ELETRICOS BE INDUGAG 305 d) Cargas de conjugado hiperbélico (Figura 7.7) p= 1 Particularmente, nesse caso, 0 conjugado é dado com base na Equagao (7.6) para C, = 0,.0useja: a Ow = (7.14) Um motor de 50 ev/IV pélos/1.780 rpm, categoria N, aciona uma bomba centrifuga. Determninar os con- Jugados médios do motor e da carga, sabendo-se que o conjugado da carga em repouso ¢ 25% do conjugado nominal de motor, A bomba, ctjo conjugado nominal & de 16 mkgf, estd acoplada diretamente ao eixo do motor, cujo conjugado méximo é de 240% do seu nominal, De acordo com a Equagao (7.13), 0 conjugada médio da carga vale: Cu = C+ 0,33 Xe Wi, (0 conjugado resistente das bombas é do tipo parabélico) O valor cle a 6 dado pela Equago (7.6) para a condigao de 8 = 2. C= 25% XC 0.25 % 19,95 = 4,98 Ket m = 19,95 kgf * m (Tabela 6.3) 16 kat m 1,780 rpm (a velocidade angular da carga ¢ a mesma velocidade do cixe da motor) 1,780 rpm 20,667 Cy = 4.98 + 0,33 * 0.0125 x 29,66" Cy = 8.6 kgf im De acordo com a Equagio (7.4), 0 conjugado médio do motor vale: Cm = 045 XKC, + C Coq = 240% Com Cu, = 24 X 19.95 = 47,8 kat m C, = 3X Cy, (Tabela 6.3) C. = 2. 19.95 = 59.85 ket m Come = 0145 47,8 + 59,85) Cy, = LODO kgf m2 ) 7.3.2.2 Estimativa do conjugado da carga Como seri visto adiante, a escatha das chaves de partida dos motores necessita do conheci- mento do comportamento do conjugado da carga ao longo do proceso de partida. E muito dificil encontrar no catélogo do fornecedor da méquina a curva conjugado * velocidade. Afora do uso dos laboratérios especializados, 0 conjugado da carga pode ser determinado de forma aproxima- da, registrando-se 0s valores de corrente para as diferentes condigbes de operagao do motor, des- de o momento de sua partida até o momento de operagio nominal, Além disso, deve-se fazer os mesmos registros nas condigdes de sobrecarga eventual, Para isso, pode-se aplicar a Equagao (7,15), ou sejaz 3 Ei MO TES LOY ngs say aa) ey We sn ~ poténcia nominal do motor, ev; ‘m ~ Nelovidade angular do motor, em rpm. zt 306 CaPiTuLo Sete EXEMPLO DE APLICACAO (7.4) Im motor de 100 ev/lV pélos/380 W aciona uma determinada carga, Foram registracas com um medidor digital de preciso as correntes durante 0 acionamento do motor, cujas valores estdo expressos na Tabela 7.2. O rendimento do motor 4 plena carga vale 92%. TABELA 7.2 Correntes registradas durante a aceleragiio do motor + Célleulo do conjugado nominat Pa X 736% 10° 100 ¥ 0,736 10? = 397 N+ m— C, = 39. kgf m= 397 Nm 7 2Xe Oem Men aX b770 + Caleulo da taxa de conjugado por comrente que produz torque Jag = VLA fcortente nominal) = 0.92 ~ Corrente que produz torque motor 1076.4 9% Igy = 0,92 X11 — Corrente que s6 produz perda 10,92) x 117 = 9.36.4. — Conjugado que produc torque, por ampere 37 y4N mA ny R + Célculo do conjugado durante a aceleragdo No momento da pasta Cues = (783 — 9,36) X 3,4 = 2.630 Nm Ca = 263 ed om ~ A 50% da velocidade de aceleragio Cg) = (S30 = 9,36) 6 3,4 = TION me Cy = LIT RE © — No final do perfodo de aceleragio ou conjugado nominal Cys = (IT = 9,36) 3.4 = 366N mC. = IT kets om A Figura 7.8 mostra as curvas de eonjugado ¢ corrente durante aceleraglo do motor. J6 a Tabela reprodu os dadas da Figura 7.8, 7.8 as conjugado ¢ corrente % Pantiom pe Motores ELETRIOaS BE INDUGAO 307 Curvas Conjugado - Corrente / Tempo ConjugadoCorrente 0:00 040 020 0:30 040 0:60 100 140 120 1:30 Segundos — Garrente —Conjugado A determinagito do tempo de aceleragiio de um motor acoplado a uma carga € baseada no co~ nhecimento das curvas dos conjugados do motor e da carga tragadas num mesmo gréfico. Divide-sea velocidad angular em intervalos de pequenos increments, calculando-se para cada incremento o tempo correspondente & aceleracao nesses intervalos, com base: no conjugado mé- dio desenvolvido a cada incremento. ‘A seguir sera explanada a metodologia de citleulo: a) Conhecer os momentos de inércia do motor (/,,) ¢ da carga (J, na unidade kg +m’. b) Conhecer as curvas dos conjugados do motor e da carga representadas yenericamente no gréfico da Figura 7.9. ¢) Escolher os inerementos percentuais ¢ aplicé-los sobre @ velocidade angular sincrona W,. Normalmente, atribuem-se incrementos regulares de 10%, exceto para os intervalos da cur- va, onde os conjugados assumem valores de acentuada declividade. W,= 0% W, rpm W, = 10% > W, rpm d) Determinar a diferenga entre as velocidades AW = Wy— Wy rpm €) Determinar, pelo grifico da Figura 7.9, 0s conjugados percentuais do motor (Cy, Cad ¥e- locidade angular W, e W,, respectivamente. 100 0 0 ne 308 CAPITULO SETE f) Determinar, ainda, pelo grifico da Figura 7.9, os conjugados, em percentagem, da carga (Cs, €.)8 volocidade angular W, ¢ W., respectivamente, g) Caleular as médias percentuais das conjugados do motor (Cj,) ea carga (Cy,) no intervalo eonsiderado. (7.16) (TATy h) Calcular o conjugado de aceterago percentual desenvolyide no intervalo considerado. Coon = Cam ~ Cru (9) (7.18) i) Calcular 6 conjugado nominal do motor. 0.116 % Pan gem (7.49) Py — poténcia nominal da motor, em cv; W,q ~ velocidade angular nominal do motor, em rpm, Os motores assincronos, funcionando com carga nominal, possuem escorregamento varidvel entre 165%. {j) Calcular o conjugado de aceleragao no intervalo considerado, Com % Com (kgf m) k) Calcular o tempo de aceleragdo do motor entre os instantes de velocidade angular W, ¢ Wy. Lng + SW fxs 7.20 94% Cy ® oat Esse proceso se repete até 0 motor atingira velocidade de regime. Por serum método normal: mente trabalhoso, é conveniente que seja elaborado um programa para computador. Quando nip’ sé deseja uma maior preciso no resultado, 0 tempo de acelerago pode ser obtido através dos conjugados médios do motor e da carga durante todo o intervalo de acionamento, isto &, do estado de repouso até a velocidade de regime. EXEMPLO DE APLICACAO (7.5) Determinar 0 tempo de aceleragiio de um motorde categoria N, ao quall ests acoplada ume bomba hid lica, cujas-curvas conjugado > velocidad estio mostradas na Figura 7.9. Os dados disponiveis do motor, carga e do sistema sto: + poténcia do motor: 100 cv; + Kensio do motor: 380/660 V5 + momento de inéreia do motor: 1,0600 kg» m? ¢Tabela 6.3}: + momento de inéreia da carga: 9,4 kg © m? (valor dado); + conjugado da carga: 47% do conjugado nominal do motor (veja grdfico da Figura 7.93, + velocidade angular sincrona do motor: 1.800 rpm; + escorregamento: 1,15; + tensio da rede de alimentago: 380 Vs tipo de acionamento: direto da rede. 4) Incrementos perventuais W, = 0% XW, = 0 1.800 = Orpm = 10% XW, = 0,10 1.800 = 180 rpm 'b) Variagao da velocidade no intervato de 0.4 10% AW = W, ~ W, 180 — 0 = 180 spm Pantin DE MoToRES ELermieos DE INDUGAD 309 ¢} Conjugadas percentuais do motor Pela grifico da Figura 7.9, tem-se: 10% 61% d) Conjugados percentuais da carga 40% 30% ©} Médias percentuais dos conjugados do motor e da carga. 10 +67 = 68.5% Cu = a = 35.0% 1) Conjugado de aceleragie percentual Cre = Com ~ Cue = 68,5 — 35 = 33.5% = 0,335 2) Conjugade nominal do motor = NOX Pon 18100 p99 go 1.1% L800 ~ = 1,780 1pm 100 © conjugada nominal do motor pode também ser obtido a partir da Tabela 6.3, em fungo da velovidade nominal do motor, em rpm, h) Conjugado de aceleragao no intervalo eonsiderado ¢, om % Care = 40,2 x 0.335 = 13,47 kat +m ’) Tempo de uceleragdo do motor no intervala considerado AW _ 10,46 180 O4xC, 94 X13AT 1,0600 + 9,4 = 10,46 kg» m? =148 5 0 Captruto SETE A aplicagio desea metodologia a cacia intervalo de tempo considerado até o motor atingir a velocidade de regime permite calcular o tempo total gasto napartida, A formagio da Tabela 7.3 auxilia aseqiiénciade céleulo. tempo total de aveleragio da motor € F = 12,03 s, e Esse mesmo valor poderia ser obtido também com base nos valores médios de conjugado do motor da carga, ou seja: a) Conjugado médio do motor Por se tratar de motor de categoria N, ac tt Cue =10453 +. = + O38 0 x WE Coe = 0.40 40,2 = 16,08 ket sm KR, = 40% = 0.40 {erifico da Figura 7.9) “Da Equagio (7.6), toma-se o valor de a para B = 2, = EG. _ 18:9 16,08 Wine 29,67" = 47.0% X Cyy = OAT X 40,2 1.800 = 0,011 1.800 ia 60 29,67 rps (acoplamento direter carga © motor) 16.08 + 0,35 x 0.0032 x 29,677 17,0 kgf sm 0.0032 8,9 kgf =m = 29,67 ops ¢) Tempo de aceleragio De acordo com a Equagiio (7.20), toma-se a valor do tempo de acelerago do motor. Jue X AW _ 10,461,780 = Jac KAW. _ 10:46%1.780 _ 1 65 TNE, SawiTg NS Cup = Coys ~ Coy = 300 — 17,0 = 17,0 ket De forma imprecisa, esse valor ainda poderia ser obtide tragando-se aproximadamente 0s valores médios dos conjugades motor ¢ da carga, conforme se mostra no griifico da Figura 7.9, ou seja: 5 — 33 = 42% (valores marcados com aproximagilo no gedfico da Figura 7.9). 142. 40.2 = 16,88 ket m Dine & AW 10,46 % 1.780 O4XC, 94 K16.88 Observar que os trés resultados so praticamente iguais. E importante também saber que 0s motores de indugdo wifisicos acionados sob carga plena apresentam um tempo total de aceleracio varidvel entre 2e 15 s, ‘ha maioria dos casos. Quando 0 acionamento ¢ feito através de redugao de tensio, o tempo de aceleragio & fungiio dos ajustes aplicaclos aos dispositives de partida, Tre 1098 1 Influéncia da Partida de um Motor sobre o Consumo e a Demanda de Energia Elétrica ‘A partida de um motor eletrico de indugao pouco influencia no consumo e na demanda regis- trados no medidor de energia elétrica de uma instalacdo, a) Influéncia sobre o consumo O medidorde consumo de energia elétrica registra somente a poténcia ativa absorvida peta carga hum intervalo de tempo determinado, Como o fator de poténcia de partida dos motores elétricos PapTips oF MoTores Euerriens ne INDUGAO 311 de indugdo é muito pequeno, da ordem de 0,30 a 0.40, eo tempo de partida destes motores € tam- ‘bém de valor reduzido, o consumo de energia no intervalo de partic &, conseqtientemente, muito pequeno b) Influéneia sobre a demanda Muitas vezes se confunde a corrente de partida elevada, caracteristica do acionamento dos mo- tores elétricos de indugdo, com um conseqilente € proporcional aumento de demanda, Na realida- de, mesmo o motor partindo no periodo dé demanda miixima, o acréscimo de demanda € muito pequeno, Isto se deve ao fato de o medidor da concessioniria de energia elétrica registrar a de- manda maxima integrando todas as demandas transitérias no perodo de 15 min, Logo, a partida domotor, apesar de solieitar da rede uma corrente elevada, tem uma duragdio muito pequena quando- -vomparada com o tempo de integragao do medidor, Ademais, a corrente de partida ¢ acompanha- dade um fator de poténcia muito baixo. E como o medidor registra poténeia ativa, kW. € nio po~ iéncia aparente, kVA, a poténcia aliva envolvida neste transitério é relativamente pequena, quan- do comparada com a poténcia total solicitada pela rede de alimentagaio A partida com carga ou através de chaves de redugao de tenstio é, acentuadamente, mais lenta que a partida com motor a vazio ou utilizando dispositivos de partida direta, Ainda continuam Validas, porém, as afirmagdes anteriores, pois, mesmo que o intervalo de tempo na partida tenha sido ampliado, a poténcia ativa correspondente € severamente reduzida, Assim, ¢ aconselhdvel desligar todos os motores ligados desnecessariamente, a fim de economizar energia elétrica, Para demonstrar a grandeza do acréseimo do consumo e demanda durante a partida de um motor de indugo, veja o exemplo seguinte: EMPLO DE APLICACAO (7.6) Considerar uma induistria dotada de varias cargas, dentre elas a de um motorde 200 ev/380 V—I¥ pélos acionado diretamente da rede. O-consumo médio mensal da instalagao & de 100,000 kWh e a demanda regis- trada de 685 KAV no horério de ponta de carga. Determinar os acréscimos de consumo ¢ demanda durante a partida do motor de 200 cv. Os valores da tarifa de consumo e demanda de energia esto contidos na Tabela 1.13. O tempo de partida do motor é de 2 s, o-fator de poténeia 0,35, 8) Demanda de partida do motor, em kW {3 0,38 1.871,2 = 0,35 = 431,05 kW L872 0s f= 0,35 {valor de resultado prético) b) Energia consumida no intervalo de partida de 2's =, =D, XT, = 431,05 = —2_ = 0.230 kWh ? 3,600 ©) Energia consumida no intervalo de 15 min de integragio do medidor 0,239 + 200 0,736 (“3 a) = 36,95 kWh E d) Demanda registrada pelo medidor no intervalo de 15 min gonsiderando-se toda a carga da instalagio Tigada D,, =| 685 — 200 0,736 + 36,95 HM) 300)" 5 274 = 29,12 kg - mt? 'b) Momento de inérecia motor-carga yg do, + J, = 6,66 + 29,12 = 35,78 kgm? Jy, = 6.66 kg = mi? (Tabela 6.3) 314 CAPITULO SETE €} Poténcia de perda nos enrolamentos durante 4 partida + Enrolamentos estatéricos 3X 0,016 2.619,9° =329.31 kW 1.000 8 X dug (Figura 7.10) 68 X 385.2 = 2.619, A + Enrolamentos rotorivos De acordo com a Equagie (7.23), tem-se: (01974 X 38,78 % 1.800" _ 49 oy yyy OP TS T,. = 1,58 (Figura 7,10) d) Poténeia total de perda na partida P,= P+ P= 329,31 + 623,77 = 753,08 KW ©) Poténcia de perda em regime normal Pog = Pag X 0,736 % 1 = 300 x 0,736 x ” 71 = 0,96 (Tabela 6.3) 1) Poténeia de perda eficaz 2X Te + PAT) [793,082 1,5 + 9,22 x 240 YT. 1.191,5 27,03 kW 140s (Figura 7.10) 5+ 240 + 950 = 1,191.58 2) Temperatura do motor devica ao ciclo de carga ATX Py _ 100 27,03 = Ste Ey = MON 08 aos ec! Pe 9,2 cca AT, = 100°C (Tabela 7.4) Conelui-se que © motor fica submetide a uma temperatura muito superior ao limite de sua classe de sal no caso, 155°C, Portanta, € necessério alterar o ciclo de operagdo, permitinslo um maior tempo entre ciclo. AY, Cortente em Percentagem da Nominal FIGURA 7.11 Curva corrente X velocidade o 0 7% 0 ww mt angular de wn motor Veloeidade Angular om Percenlagem da Velocidade Sincrona Partioa De MoTores ELETRICOS OF INDUGAD 315 TEMPO DE ROTOR BLOQUEADO E aquele durante o qual 0 motor pode permanecer com o rotor travado, absorvendo, neste pe- riodo, a sua corrente nominal de partida sem afetar a sua vida dtil, O fabricante normalmente informa na folie de dados do motor o tempo de rotor bloqueado a partir da temperatura de operagdo, bem como a sua corrente de rotor bloqueade, Estes valores as- sume uma importancia fundamental na montagem do esquema de protegao dos motores, ‘Ortempo de rotor bloqueado € calculado em funcao do grafico corrente x velocidade angular for- necido pelo fabricante, Tomando-se os valores médios destas correntes para os intervalos de tempo de aveleragio determinados, obtém-se a curva média corrente tempo de aceleragdo. No ponto de inflexao dessa curva marca-se 0 tempo de aceleracdo que corresponde ao tempo de rotor bloqueado. Acurva corrente X velocidade angular é uma caracteristica propria do motor, Ji a curva cor~ rente % tempo de aceleracdo ¢ fungdo da carga ¢ do sistema utilizado para 6 acionamento do motor. DE APLicacAo (7.8) ‘Tomando como base o Exemplo de Aplicagiio (7.5), determinar o tempo de rotor bloqueacio do motor em: questo. “raga-se inicialmente a curva de conjugado aveleragio X velocidad, Com hase no grifico da corrente % velocidude angular, didlo na Figura 7.9 € na Tabela 7.3, dos tempos de aceleragao, determina-se a curva mé- dia corrente tempo de aceleragao vista na Figura 7.12, O ponto T,, mede o tempo de roror bloqueado, que, no caso, é de 11,48 s, no ponte erm que a curva mostra o sett ponta de inflexo. Para excmplificar a determinagao de um ponto no grafico ca Figura 7.12, considerar que o tempo de 1,48 scorrespande 8 velocidlade de 10% da velocidade angular sincrona do urafico da Figura 7.9. Comesse valor, obtém-se a corrente de partida que wale 5,7 vezes a corrente nominal, ot 1s 4 ts 16 Meh EMA DE PARTIDA DE MOTORES ‘A adogiio de um sistema de partida eficiente pode ser considerada uma das regras bisicas para se obter do motor uma vida Gtil prolongada, custos operacionais reduzidos, além de dar a equipe de manutengao da industria tranqiilidade no desempenho das tarefas didrias. Os critétios para a selegdio do método de partida adequade envolvem consideragdes quanto & capacidade da instalagiio, requisites da carga a ser considerada, além da capacidade do sistema perador. Os principais tipos de partida e suas caracteri do nas segdes seguintes, its particulares serdo objeto de estude detall E 0 método de partida mais simples em que nda so empregados dispositives especi acionamento do motor. Apenas sio utilizados contatores, disjuntores ou chaves interruptoras. 316 1.6.2 Partida Através da Chave Estrela-triangulo IGURA 7.13 squema de ligagiio tripolar de have estrela-tridngulo CapiTuLo Sere Os motores somente podem partir diretamente da rede se forem satisfeitas as seguintes condi- goes: + acorrente nominal da rede é to elevada que a corrente de partida do motor nao é relevante; + acorrente de partida do motor ¢ de baixo valor porque a sua poténcia é pequena; + upartida do motor é feita sem carga, 0 que reduz a duragdoda corrente de partida e. qiientemente, atenua os efeitos sobre o sistema de alimentagao. vonse- Os fatores que impedem a partida direta dos motores sao: + a poténcia do motor € superior ao maximo permitido pela concessionéria local, normalmen- tc estabelecida em 5 cv, quando a unidade de consumo é alimentada em baixa tensio pela rede da concessionéria; + acarga a ser movimentada necessita acionamento lento e progressive. Em instalagdes elétricas industriais, principalmente aquelas sobrecarregadas, podem ser usa- das chaves estrela-tringulo como forma de suavizar os efeitos de partida dos motores elétricos, Come jd observado, 56 € possivel o acionamento de um motor elétrice atrayés de chaves estre- la-triangulo se este possuir seis terminais avessiveis e dispor de dupla tensao nominal, tal como 220/380 V ou 380/660 V. O pracedimento para 0 acionamento do motor € feito, inicialmente, ligando-o na configuragio estrela até que este alcance uma velacidade proxima da Velocidade de regime, quando, entio, esta conexdo é desfeita e executaca a liga¢io em triangulo. troca da ligacao durante a partida é acom- panhada por uma elevago de corrente, Fazendo com que as vantagens de sua reduciio desapare- gam se a comutagao for anteeipada em relago ao ponto ideal, A Figura 7.13 representa esquematicamente uma chave esirela-triingulo Coneetada aos terminais de um motor. Durante a partic em estrela, o conjugado ¢ a corrente de partida ficam reduzidos a 1/3 de seus valores nominais. Neste caso, um motor $6 pode partir através de chave estrela-tridingulo quando © seu conjugado, na ligagao em estrela, for superior 20 conjugado da carga do eixo, Devido a0 baixo-conjugado de partida e relativamente constante a que fica submetido 0 motor, as chaves es- trela-tridngulo so mais adequadamente empregadas em motores cuja partida se dé em vazio, ‘A seguir, sdo apresentadas algumas vantagens e desvantagens das chaves estrela-tridngulo: a) Vantagens + custo reduzido; + elevado niimero de manobras; * corrente de partida reduzida a 1/3 da nominal; + baixas quedas de tensfio durante a partida + dimensdes relativamente reduzidas, b) Desvantagens Terminals Partina of MoToRes ELeTRicns DE INDUGAD 317 + conjugado de partida reduzide-a 1/3 de nominal; + a tensfio da rede deve coincidir com a tensio em triangulo do motor; + motor deve alcangar, pelo menos, 90% de sua velocidade de regime para que, durante a comutagio, a corrente de pico nao atinja valores elevados, prosimos, portanto, da corrente de partida com acionamento direto. ‘A Figura 7.14 caracteriza o diagrama que relaciona a corrente de partida pela corrente nominal quando 6 motor esta submetido a um conjugaddo resistente M,. Conectando-se 0 motor em estrela, este acclera a carga até a yelocidade aprosimada de 85% de sua rotagiio nominal, quando, neste ponto, achave ¢ levada A posigdo tridngulo. Assim, a corrente, que era de praticamemte 170% da nominal, alcanga o valor de 380% da corrente nominal, nao apresentando, portanto, redugao sig- nificativa, jé que na partida em estrela o seu valor atingiu 270% da corrente nominal, A Figura 7.15 mostra o comportamento do conjugado do motor em percentagem do nominal rekativamente A sua velocidade de acionamento. 0 2 40 60 a 100% 0 2 40 60 Bo 1h 1 : + _ + Che Ba + i | > FRE t 5 Tee T T C + rh + at 6 TTT TT wo LI {i 0 2 4 60 a0 100% 0 20 4 (80 BO (100% Welocidade Velocidade FIGURA 7.14 FIGURA 7.15 Curvas corrente % velocidade Curvas conjugado X velocidade Observando-se a Figura 7,15, caracteristica do mesmo motor, partindo na conexdo em estrela e acelerando agora até 959% da velocidade nominal, obtém-se uma corrente de partida de 130% da nominal. Quando neste ponto a chave é comutada para ligagdio em tridngulo, a corrente atinge 0 valor de apenas 290% da nominal, melhorando as condigées do acionamento, Se 0 acionamento fosse direto da rede, a corrente atingiria o valor de 600% da nominal. A Figura 7.17 mostra o.com- portamento do conjugado motor nas mesmas circunstincias. A Tabela 6.2 orienta a lizagaio de motores triffisicos, relacionando as tensdes nominais de placa com a correspondente tensio nominal da rede de alimentado, indicando a possibilidade de acionamento dos mesmos através de chave estrela-triaingulo. i | 5 wi pa t | a 4 i Y | i * EET é! 4 ‘ $A4 — bpd 0 2 6 68 BO 100% “oO 20 400 60 100%. Velocidad Veleidade FIGURA 7.16 FIGURA 7.17 Curvas eorrente velocidade Curvas conjugado X velocidade 318 7.6.3 Partida Através de Chave Compensadora Capiruo Sere A chaye compensadora é composta, basicamente, de um autotransformador com varias deriva- Ges, destinadas a regular o processo de partida, Este autotransformador € ligado ao circuito do estator. 0 ponto estrela do autotransformador fica acessivel ¢, durante a partida, é curto-circuitada e esta ligacio se desfaz logo que o motor é conectado diretamente a rede. Normalmente, este tipo: de partida € empregado em motores de poténcia elevada, acionando cargas com alto indice de atrito, tais como britadores, méquinas acionadas por correias transportadoras, calandras semelhantes, A Figura 7,18 representa esquematicamente uma chave compensadora construida a partir de tes autotransformadores monofisicos As derivagdes, normalmente encontradas nos autotransformadores de chaves compensadoras slo de 65% ¢ 80%. Relativamente as chaves estrelu-tridngulo, podem-se enumerar algumas van- tagens © desvantagens da chave compensadora, a) Vantagens: + na derivagie 65%, a corrente de partida na linha se aproxima do valor da corrente de acio- namento, utilizando chave estrela-tridingulo; + acomutagao da derivagao de tense reduzida para a tensio de suprimento nao acarreta ele vagio da corrente, jé que o autotransformador se comperta, neste mstante, semelhantemente | a uma reatincia que impede o crescimento da mesma; + variacdes gradativas de tape para que se possa aplicar a chave adequadamente 4 capacidtade do sistema de suprimento, b) Desvantagen: * custo superior ao da chave estrela-trifingulo; + dimensées normalmente superiores as chaves estrela-tridngulo, acarretando o aumento na volume dos Centros de Controle de Motores (COM). Deve-se alertar para 6 fato de que: VRASV KE V, — tensio de linha ou de alimentacio do autotransformador: 4) — corrente de linha, V, — tensao de safda do autotransformador equivalente ao tape de ligagdo; J, ~ corrente de saida do autotransformador. ExemPto pe APLICAcAO (7.9) Determinar a tensio nos terminais de um motor de 50 cv (68,8 A/380 V) durante a sua partida quandoa ‘chave compensadora estd ajustada ao tape de 80%. V, = 0.80 % 380 = 308 ¥ Nessas condigoes, a corrente nos terminais do motor também se reduzira ao valor de 80% da correme! 4, = 0.80 X 68,8 = 55.04. Acorrente de linha assume o valor de: 4, = 0,80 X 1, = 0.80 X 55,04 = 44.0.4 ‘0 conjugado de pantida fica reduzida relativamente ao valor nominal de: ©, = 0.8 X 0.80 x 064 x Cy 7.6.4 Partida Através de Chaves Estaticas (Softstarter) Popularmente conhecidas como chaves softstarters, siio constituidas de um circuito elet acoplado a um microprocessador que controla um conjunta de tiristores responsiiv s pelo ajustes tenso aplicada aos terminais do motor. Ademais, através de ajustes acessiveis, pode-se controlar torque do motor ¢ a.corrente de particia a valores desejados em funcao da exigencia da carga. As principais caracteristicas das chaves de partida estaticas s Partioa of MoToRES ELETRICOS DE INDUSAD 319 7.6.4.1 Corrente nominal da chave A determinagio correta da corrente nominal da chave estitica muitas vezes ¢ prejudicada pela falta de informagio das condigdes aperacionais da motor. Assim, a dimensionamento da corrente nominal da chave estatica pode ser realizado, de forma pritica, aplicando sobre a corrente nomi- nnal do motor um fator de sobrecarga, cujo resultado &a corrente que deve ser adotada para a chave estétiea, de acordo com a Tabela 7.5. TABELA 7.5. Fator de multiplicagao de corrente da motor ‘Compressores, Bomba centrifuga ‘Ventiladores inferiores 2 25.ey ‘Ventiladores superiores a 25 cv Moinhos ‘Transportadores Maquinas centrifugas Misturadores: 7.6.4.2 Acionamento em rampa de tensdo a principal fungao da chave de partida estitica quando empregada para substituir as chaves de partida eletromecdnicas. Essa fungio gera na saida uma tensio controlada de valor crescente € continuo, a partir do valor ajustado, conforme pode ser observado na Figura 7.19. Circuito de Almantag ao ‘Chave de Comando Raton do eae: ‘Rampa de Subida da Tensi&o a < = | | j 9 \ \ \ \ 3” i i 1 I i ¥ | i fr Il i - aint ——p Tepe Tempo do Partesa FIGURA 7.18, FIGURA 7.19 Ligagao da chave compensadora Elevagdo da tensiio aplicada a) Ajuste do valor da tensa. em rampa ‘As chaves de partida estaticas podem ser ajustadas no médulo de tensao, de forma a se ter uma tensdo inicial de partida responsdvel pelo conjugado inicial que ir acionar a carga. Ao se ajustar a tensio de partida num valor V, e um tempo de partida ou tempo de rampa 7, a tensdo cresce do 320 CarITULO SeTE valor V, até atingir a tensdo de linha do sistema no intervalo de tempo T,, conforme esté mostrado na Figura 7.19, Ajustado o tempo de rampa 7,,na chave estética, 0 seu valor poder ndo ocorrer na final da partida em fungao das condigdes operacionais do motor, tais como momenta de inéxcia da carga, curva conjugado X velocidade do motor e da carga ete. O valor do ajuste da tensdo de rampa pode ser determinado aproximadamente pela Equagiio (7.27), ou seja: (7.27) tensdo nominal do motor, conjugado nominal de motor, conjugado nominal da carga no momento da partida; conjugado nominal do motor no momento da partida. © valor do ajuste da tensao de partida V, é fungdo do tipo de carga que se deseja acionar, con forme se pode explanar através dos seguintes exemplos: + Bombas Neste caso, a tensio de partida nao deve receber um ajuste elevado, a fim de evitar o fendmes no conhecido como golpe de ariete que se traduz pela onda de pressdo da coluna de Ifquide da- rante os processos de partida e parada, Por outro Lido, a tensao ndo pode receber um ajuste muito baixo sob pena de nio se realizar 0 processo de partida, Durante a aceleragao da motor, 0 conjue gado do motor deve ser, n0 minimo, superior a 15% do conjugado resistente, neste easo, 0 con jugado da bomba, As bombas so cargas beneficiadas pelas earacteristicas da fungdo da tens de partida. + Ventiladores Assim como as bombas, o valor de ajuste da tensao de partida V, deve ser baixo mas sufi para permitir um torque motor adequado & carga. O ajuste do tempo de partida 7, nlio deve se muito curto, Em geral, usa-se a limitagao da eorrente de partida para estender 0 tempo de 7, enquanto a inércia do sistema é superada, O conjugado de partida do motor deve estar, no mi nimo, 15% acima de conjugado de ventilador. 8) Ajuste do tempo de partida em rampa O tempo de partida T,, pode ser determinado a partir da Equagiio (7.27), ou seja: Tea xt qa T, — tempo de partida do motor ligado diretamente A rede de alimentagaio, O ajuste da tensao de partida deve ser de tal magnitude que permita alcangar um conjugado} aceleragiio suficiente para vencer o conjugado resistente. Em geral, esse ajuste deve correspond 1.75% do pulso de tensdo de partida, De forma pratica, o tempo de partida pade ser admitido ta bern igual ao tempo de partida do motor com chave estrela-tridingulo, Durante o tempo de partida T,, © microprocessador, eonvenientemente instruido, eleva at io nos terminais do motor, iniciando-se com o valor da tensio de partida, ou tensao inicial rampa, que pode ser ajustada, em geral, entre 15% e 100% da tensde do sistema ¢, ao cabo tempo Y,,, a tensdo de partida assume o valor da tensio do sistema, Se o motor atingir a rotag nominal antes do tempo T,, entao a chave de partida estdtica transfere a tensio plena do sist aos terminais do motor. A Figura 7,19 mostra a curva de corrente resultante durante o proceso de aceleragiio do mol em partida direta e com chave estatica. A curva de caracteristica de corrente X tempo esté def da na Figura 7,20. Considerando-se que © conjugado motor varia de forma quadrética com a tensio ¢ a co eresce de forma linear, pode-se limitar 0 conjugado de partida do motor, berm como a sua co de partida, mediante o cantrole da tensao eficaz que ¢ aplicada aos terminais do motor. PaRmiDA OF MOTORES ELETRICOS DE INDUCAS 321 Corrente Velocidade Angular 7.20 FIGURA 7.21 a da corrente de partida Caracteristica corrente X tempo 7.6.4.3 Desaceleragao em rampa de tensdo Muitas cargas necessitam de uma desaceleragao suave. Assim, no caso de uma esteira trans- portadora de garrafas, é fundamental que se faga uma parada lenta,a fim de evitar que as garrafas tombem, quebrando-se ou derramando o Nquido. Outro case tipico s40 as bombas centrifugas que, quando desligadas, podem produzir o denominado golpe de arfete que consiste numa brusca para- da da coluna d’ gua, podendo provocar a ruptura da tubulagdo ou danos & prépria bomba. Na in- diistria t@xtil, pode-se citar 0 exemplo de paradas bruseas nos filatdrios ow teares que acarretam a quebra dos fios, prejudicando a qualidade do tecido, ‘As chaves estiticas permitem que se desacelere o motor de duas diferentes formas. A primeira forma consiste em tornar repentinamente nula a tensio nos terminais de safda da chave, fazendo o motor parar por inércia das massas acopladas ao eixo, No segundo caso, a chave estatica controla tempo de desaceleragio do motor, deerescendo a tensdo de seu valor nominal até um valor mini- mo de tensio, conforme Figura 7.22. Terstio a Sulnes: —, ed ‘Tempo ty Tempo 7, ~ tempo de desligamento; V, — tenstio nominal; V, tensdo de desligamento inicial; Vy —tensao de FIGURA 7.23, do motor desligamento final. Pulso de tensfo A fungao de desaceleragdo em rampa V, € normalmente ajustada no valor em que se quer que © motor inicie a sua desaceleragio, A tensdo V, vai reduzindo o seu valor na forma de uma rampa declinante até o valor da tensio de desligamento final Vz, quando @ motor parar de girar. Neste instante, a tensdo € retirada dos terminais do motor. O tempo de desligamento T, pode ser ajustado entre 1 ¢ 20's, sendo que a tensa inicial de desligamento V, ¢ igual. em geral, a 90% da tensio nominal do sistema, enquanto a tenstio de desligamento final Vy € cerca de 85% da tensao de partida V,, ot seja, no nivel mais baixo de 322 FIGURA 7.24, Limitagao da comente de partida Capiuie Seve juste corresponde a 47% da tensiio nominal do sistema, Quando a chave esté conectada a um PC pode-se obter através de software tempos de desligamento de até 1.000 s, Tratando-se de sistemas cle bombeamento deve-se ajustar o tempo de desligamento entre 5 ¢ 15 s, podendo-se chegar a um valor nao superior a 80 s, Porém, em geral, as chaves 1ém ajustes proprios do tempo de desliga- mento entre | e 20s. 7.6.4.4 Pulso de tensao de partida As chaves de partida estaticas sdo dotadas de uma fungio denominada pulso de tensio de par- tida Vi. (kick start) de valor ajustével. Sua finalidade é ajudar as eargas de inércia elevada a ini ciar o processo de partida. O valor dessa tenso devera ser suficientemente ¢levado para que s¢ possa obter um conjugado do motor suficientemente elevado para vencer © conjugado inicial da carga. Na prética, o pulso de tensao de partida deve ser ajustado entre 75 © 90% da tensdo da sis- tema, Jd 0 tempo de pulso de tensao de partida Ty, deve estar ajustade entre 100 ¢ 300 ms. Exis: tem casos em que é necessirio um ajuste maior. Um exemplo pratico para o uso do pulso de tensao de partida refere-se as estagoes de sane mento onde as bombas, que em muitos casos acumulam lama ou detritos no seu interior, necessi- jam vencer a sua inércia, E importante observar que ao se habilitar a fungao do pulso de tensao de partida, fica eliminada a atuagio da limitagio da corrente de partida e, portanto, 0 sistema elétrico pode sofrer clevadas quedas de tensiio durante o tempo ajustado para o pulso de tensito, Esse recurso 86 € aconselhavel em condigdes muito desfavordveis de partida, pois elimina as vantagens da chave estitica quanto a. uma queda de tensio reduzida na partida do motor, A Figura 7.23 mostra o perfil de tensdo re: sultante da habilitagao da fungao de pulso de tensao. 7.6.4.5 Corrente limitada de partida J afungiio que limita a corrente que circula na rede a um valor conhecido no instante da partida: do motor. E dada pela Equagio (7.29). Vv. Vv, ipmig fi 3 Jn ~ corrente de partida do- motor conectado diretamente na rede; V, — tenso nominal nos terminais do motor no momento da partida. As chaves de partida estaticas permitem que a corrente seja mantida num valor ajustével tum determinado intervala de tempo, ensejando que cargas de inércia elevada sejam aceleradas custa de baixas correntes de partida, Pode-se usar este recurso para partida de motores em sist mas elétricos com baixo nivel de curto-circuito, O perfil de corrente resultante dessa fungao mostrado na Figura 7.24. ; {mein &/ ‘\ 7 i aeteen ‘| Tempo” ‘A fungao da corrente limitada é desligada quando o motor entra em regime de operagii. entanto, se a partida do motor for bloqueacia por insuficiéncia de conjugado, a protego da estdtica entra em operagio desligando o motor do sistema. O tempo de limitagao da corrente, ser suficiente para que 0 motor alcance & sua rotacao nominal. ELetricy DE InoUgAG 323 7.6.4.6 Prote¢ao do motor As chaves de partida estéticas sfio dotadas de um conjunto de protegdes destinadas a garantir a integridade do motor ¢ Facilidades operacionais, ou seja 8) Rotor bloqueado Algumas chaves possuem umn relé eletrnico de sobrecarga acionado sempre que 0 rotor for travado no seu processo de aceleragio; ou ainda, quando o tempo de partida ajustado for aleanga- do o relé interrompe a ligagao do motor com o sistema elétrico. A unidade pode ser configurada para dar protegiio de sobrecorrente ou de subcorrente de acordo com os valores ajustiveis. b) Seqligneia de fase Esta protegio garante que motor no opere com 0 sentido de rotagdo invertido ao se efetuar por engano uma mudanga de fase no sistema de alimentagio. ©) Final de rampa ascendente Esta fungo ativa um relé com contatos aeessiveis quando a tensio nos terminais de saida da chave atinge a tensao do sistema, Tem como finalidade acionar um contator posto em paralelo coma chave de partida estiltica desligando-a do sistema com 0 objetivo de eliminar as perdas pro- vocadas por ela. 7.6.4.7 Economia de energia elétrica Se © motor esta operando em carga reduzida, consegiientemente a baixo fator de poténcia, a chave de partida estética otimiza o ponto operacional do motor minimizando as perdas de energia reativa, fornecendo apenas a energia ativa requerida pela carga, o que caracteriza um procedimento de economia de energia elétrica A fungaa de limitagao da corrente de partida € aplicada com yantagens em situagdes em que o motor permanece funcionande a vazio por um lango perioda de tempo. Iste é feito mediante a redugao da tensio forecida nos terminais do motor durante o tempo em que o motor desenvolve a.sua operacao em carga reduzida ou a vazio. Ao se reduzir a tensio reduz-se a corrente a vazioe, conseqiientemente, as perdas na ferra que & proporcional ao quadrado da tensio. Para se ealcular a quantidade de energia economizada é necessério que sejam conhecidos a po- téncia do motor, o ntimero de pares de pélos, a carga, o tempo de operacao ¢ as caracteristicas bési- cas do motor, Dependendo do caso, pode-se obter uma economia de energia com caregamento ferior a 50% da poténeia nominal considerando que o motor opere nas mesmas condiges, porém sob fenso nominal, Esta fungao no oferece nenhuma vantagem quando aplicada em situagdes em que o motor opera em carga reduzida por curtos periodos de tempo. Na pritica, a fungiio de otimi de enengia s6 faz sentido se ativada quando a carga for menor que 50% da carga nominal durante um perfodo de operagiio superior a 50% do tempo de funcionamento do motor. As aplicagdes mais indi- cadas para-esta fungao-dizem respeito aos motores de serraria, esmeril, este! aeroportos ¢ cargas similares. ‘transportadoras de 7.6.4.8 Tipos de ligagao s formas, ou As chaves de partida estiticas podem ser ligadas ao sistema de difere a) Ligagiio normal Nas aplicagdes convencionais, a chave € ligada conforme o esquema da Figura b) Ligagdo com contator em paralelo ‘Visando a redugdo de perdas Joule em operagio normal recomenda-se utilizar um contator li- gado em paralelo, conforme a Figura 7.26, ©) Ligagao em partida seqtiencial de varios motores Pode-se utilizar uma mesma chave de partida estética para acionar um certo nimero de moto- res, conforme Figura 7.27. Se os motores forem de mesma poténcia e caracteristica de carga, pode- se utilizar 0 mesmo ajuste, Para poténcias caracteristicas de carga diferentes, devem-se ajustar 324 FIGURA 7.27 Ligagdo seqiiencial Caetiuta Sere fy ae my ep St at 1 \ i |__| Fee de Sobrecaraa Tats de Sotrecaraa ra Re [zh yy FIGURA 7.25 FIGURA 7.26 Ligagao normal Ligagao com contator 65 parametros para cada tipo de mot entre a chave e um PC. 0 que pode ser feito através do seftware de comunica d) Ligagao para partida simultinea de varios motores Neste caso, a capacidade da chave deve ser no minimo igual & soma das poténcias de t motores. Como ilustragia, pode-se observar o-esquema basico de ligagao da Figura 7.28. Para complementar a questo da ligagao das chaves de partida estatica, a Figura 7.29 esquema de comando remoto ¢ as facilidades que podem ser abtidas com 0 seu uso. 7.6.4.9 Comunicagao de dados As chaves de partida estéticas mais modemas podem ser conectadas um PC através de interface serial RS 232. Esta caracteristica amplia a potencialidade da chave, ja que € posstvel parametrizagiio a distdncia e 0 uso de safiwares dedicados aos ajustes que se fizerem neces PARTIDA DE MOTORES ELETRICOS DE INDUGAO 325 1 s 8 i 13 [abso -ai8 =a alec Contator da Rede 4_| aC 200-2400 i NL DOL +2ay tiemnaae FH] Dev t¥ Contator een Necersdr 2 Doslgar Paralelo a | Reaetar Ko 5 ag 7 Harley ae 6 faiha Z Lcheceit \ 5 £ Porwae Gone 2 Contaiopara Fie ef 1 M mi 7.28 IGURA 7.29 simultinea Diagrama de comando 7.6.4.10 Fator de poténcia Se for conectado um banco de capacitores aos terminais do motor para corrigir o fator de po- téncia, este deve ser desligado durante © proceso de partida do motor, a fim de evitar a queima clos componentes semicondutores da chave estitica, devido aos transitérios de corrente que po- lem ocorrer nese periodo. O comando de operagio do bance de capacitores pode ser realizado através dos contatos auxiliares da chave estitica, DE ApLicacho (7.10) Determinar a tensio de partida, o tempo de partida em rampa ea corrente de partida referentes a0 motor do Exemplo de Aplicagao 7.5. a) Corrente nominal da chave estatica + Corrente nominal do motor: fq, = 1354 A i + Tipo de maquina acionada: bomba centrifuga —> F, = 1,0 (Tabela 7.5) + Corrente nominal da chaye estitica: 1, 1354 Xl = 1354 A+ Ay = 158 A (Tabela 9.19) bs 1b) Tensio de partida (16,085 0150.2 ; 1608 FOISKHO? _ 345 y a 28,14 GC, X 10% % Cy = 0,70 40,2 = 28,14 ket - m (veja grifico da Figura 7.9) q CX 40% % Coq = 0,40 X 40,2 = 16.08 kgf + m (veja grifieo da Figura 7.9) 326 Caeituo SETE ©) Corrente inieial de partida 354 x 6, = 907.1 348 = 02 a 380 = O07 A 1 d) Tempo de partida 2,03 380 336 Ty, = 12,03 8 (veja Exemplo de Aplicagiio 7.5) 3.08 Deve-se observar que 0 motor tem uma elevada earga resistente, ¢) Pulso de tensio de partida Vige = 90% * V,., = 0.90 8 380 = 342 V Fy = 300 ms 7.6.5 Partida Através de Reator A utilizagiio de um reator em série com o circuit do motor durante a partida aumenta a impe~ dancia do sistema, provocando a redugaio da corrente de partida, ‘A ligagao do reator pode ser feita conforme a Figura 7.30, inserindo-se 0 mesmo entre os ter= minais do sistema de alimentagio e © motor, A Figura 7.31 fornece 0 esquema de impedincia do sistema. Barramente a bene | : 24 lox Reator FIGURA 7.30 Partida através de reator o Y FIGURA 7.31 Diagrama de impednciag A Tabela 7.6 fornece as relagaes de tensa, corrente ¢ conjugado de partida de motores de it dugéo com rotor em curto-circuito, utilizando diferentes métodos de acionamento, 7.7 QUEDA DE TENSAO NA PARTIDA DOS MOTORES ELETRICOS DE INDUGAD ‘A partida de um motor elétrico pade solicitar o sistema de maneira severa, causando pert Ges as vezes inadmissiveis. Em alguns casos, porém, & necessério realizar 9 acionamento sit {neo de dois ou mais motores, 0 que agrava ainda mais as condigdes do sistema de suprime Nesta segiio, portanto, sero estudados separadamente os efeitos ocasionados pelas duas co g0es de acionamento antes mencionadas. ‘Os motores elétricos, bem como algumas cargas especificas — por exemplo, os fornos a — provacam oscilagées prejudiciais & operacZo de certos equipamentos, principalmente os tronicos, além de irritar 6 observador. Analisando o gréfico da Figura 7.32 e considerando, exemplificagiio, uma tensio de 220 V, a queda miixima de tensio permitida na partida do m 17.32 de tensio permitidas de 120'V PaRTIOn De MoTORES ELETRICOS DE INOUGAD 327 TABELA 7.6 Possibilidade de ligago de motores de indugao com chave estrela-triangulo Direta =: 1,000 1,00 1,00 ‘Chae compensadora, x0 10,800 F aod | 080 aajustada nos tapes 65 0,650 oa2 | 065 50 9.500) 025 | 0,50 Reator ajustado nos 50 0,500 o2s | 0,50 tapes 45, 0.450 020 | 0.45 a5 0375 ota | 0,39 Chave estrela-tridngula z 0,330 033 | 0.33 gad noeinal de le no termina do UV, — tee no terminalis do mistorftensto de linha — parti’ plena tenein = if, = corrente de lintalcrrrente part x plema tensa ~ motonicortente de pamtids 3 plena tens elétrico acionade cinco vezes por hora deve ser de no miximo 15,4 V, a fim de ndo irritar 0 con- sumidor que esté ligado no seu circuito, ou seja\ ay, = 28 way = 22 vee =i5ev 120 120 AV, = 84 W (gréfico da Figura 7.32) Em percentagem vale: T% dio € fungio do nivel econdmico e O nivel de irritagaio das pessoas devido as oscilagées de tet social de cada individuo. Ha dois pontos importantes em relagao aos quais deve-se caleular a queda de tensdo durante a partida dos motores. O primeiro é de interesse da concessionaria local, que normalmente limita a queda de tenso no ponto de entrega do seu sistema distribuidor. Geralmemte, este valor fica limi- tado de 3% a 5% da tensdo nominal priméria. O segundo ponto ¢ de interesse do projetista, que deve limitar a queda de tensiio nos terminais de ligagdio dos motores ou em outros pontos conside- rados sensiveis do sistema. Além disso, deve ser ealculado o conjugado de partida do motor e com- parado com o valor do conjugado resistente, a fim de se poder assegurar ou no a capacidade deo motor acionar a carga acoplada ao seu eixo. ail Cua de Limite de Toterdneia Pest ‘das Osolagoes fe | v Be f Peter “ows 25 0001 25 10 091 2 5 Ba T 5 Por bia Por Hora Por Minato Por Segundo Variages da Te | Queda de Tensao na Partida de um Unico Motor Este é 0 caso mais comum de ocorrer na pritica, Normalmente, a operago dos grandes moto- res se faz por unidade, a finde reduzir 0 impacto das perturbagées sobre 0 sistema. 28, CaprruLo SeTE ‘A seguir, serd explanado o método de determinagao dos principais fatores resultantes do aciona- mento de motores elétricos, os quais permitirio ao projetista elaborar uma andlise técnica e econd- mica para decidir sobre a melhor opgdo de partida. Devem ser conhecidos, no entanto, os seguintes dados sobre 0 sistema elétrico, o motor em questi € as valores de base adotados, ou seja: * poténcia de curto-circuito ou impedaneia no ponto de entrega da instalagao, Devide ao pequeno comprimento, em geral, do ramal de entrada, pode-se atribuir o valor do curto-circuito aos terminais primairios do transformador. Deve ser expresso em kVA. + poténcia nominal do transformador, dada em kVA; + impedancia percentual do transformador: resisténcia e reatncia em percentagem; + impedancia do circuito desde os terminais secundirios do transformador até os terminais de lizagiio do motor; + poténcia nominal do motor, em ev; + fator de poténcia do motor; + rendimento do motor; + indicagdo do método de partida ¢, se for o caso, o ajuste pretendido da chave utilizada; + poténcia base, em kWA; + tensio base, em kV. ‘Com base nas elementos anteriores, segue a metodologiade célculo-em valor por unidade (pu), a) Cilculo da impediincia reduzida no ponte de entrega de energia + Resisténcia (R,,) Re + Reatdneia (X,,) 0 pu (valor muito inferior a reatancia) x, = Bw (7.30) P, — poténcia base, em kVA; P,,— poléneia de curto-ciscuito no ponto de entrega, em kVA. + Impedincia (Z,,) 2. = 0+ jXu (pH) 1H) b) Calenlo da impedancia do transformador + Resisténcia 2 Pasa (My Re= RX a x (*] (pu) (7.32) 0 y R,, — resisténcia percentual do transformador conforme a Equagio (7.32), ou seja: Ru = Fo 10 x P, 0) (7.38 Ry — resisténcia do transformador, em pur, nas bases P,e V,; P,, ~ poténcia nominal do transformador, em kVAs V,, — tensao nominal do transformador, em kV; V,, — tensio base, em kV. + Reatincia Pe (Ye) Ke Xn XX (§] (pa) 4 X,.— reataneia do transformador, em pu nas bases P.,€ Vi X,, ~ reatiincia do transformador em put, has bases P,€ Vy. PARTIDA GE MOTORES ELeTRICOS DE INDUGAD 329 + Impedancia Bug = Ra + iXu (oe) (7.35) ¢) Impedancia do sistema compreendido entre os terminais secundarios do transformadar e 0 QGF (Z..) + Resisténcia (R,..) = Fadi 99 = tA a 7.36) 8 1.000% Na @ Oey Ra = Raw (pu) 37) ee 1,000 % Vi Ry ~ resisténcia de seqiiéncia positiva do condutor fase, em mi/m (Tabela 3,22); L,, ~ comprimento do circuito medido entre os terminais do transformador e o ponto de conexio com 0 barramento, dade em ms N,, = miimero de condutores, por fase, do circuito mencionado. + Reatineia (X,,) A reatincia do cabo &: Xa (7.38) Xan = Xuq ¥ — 7.39) nt = Xa ™ To00 xe VE (pu) 7.39) X.q) ~ Featincia de seqiéncia positiva do condutor fase, em mOQ2/m (Tabela 3,22), Zoey = Roos + Kus (OY (7.40) d) Impedancia do barramento do QGE (Z..1) + Resisténcia (Ry) = Rua X bo 7.000 XN, ( (Al) Ruy, — resisténcia Shmica da barra, em mOQ/m (Tabela 3.38); N,, ~ nlimero de barras em paralelo; ZL), ~ comprimento da barra, em m. Box = Ran X— (pu 7.43) bis = Rasa ke cage - © Reatincia (X,,,) iy p % by Xue * Topo w, CP (7.43) X,q, = reatiincia 6hmica da barra, em mM/m (Tabela 3.38). A reatiincia, em pu, € dada por: P Xan = Xna ® Top ye (744) Zoos = Rasy + Xa: (PH) (7.45) e) Impedancia do cireuito que conecta o QGF ao CCMI (2,3) Os valores da resisténcia ¢ reatincia, em pu, respectivamente iguais a X,,., ¢X,,., sfio calcula- dos a semelhanea de R,,, € Xwi. Segundo a alinea ¢. 330 CaplTuLo SETE f) Impedéncia do circuito que conecta o CCML aos terminais do motor (2.3) Aqui também € vallida a observacio feita na alinea anterior. 2) Impedancia do motor (2.5) 0 cvalor muito pequeno quando comparade com a sua impedincia) i ro 4 X= 4 (Coa base da poténcia nominal do motor . pa = Pee X00736 aya mx Jog, — Corrente nominal do motor, em A; 1, ~ corrente de partida do motor, em As F,, — fator de poténcia do mot = poténcia nominal do motor, em ev. P. Logo, necessario tomar o valor de Z,,,, nas bases adotadas. Zan = 0+ Xen (PU) (nas bases Pe V,) h) Corrente de partida te ge pa nF Aa Ey Edy Flew Z,. ~ soma das impedincias dos condutores, em pes Z,, ~ soma das impedancias dos barramentos, em pu i) Queda de tensao nos terminais do motor AV, = 2 Xf, (pw) fl + 2, + be + Zu (pu j) Tensio nos terminais da chave de partida do motor =1- AV, (pe) + Partida através de chave compensadora AV. = ZX i (pu) i= KE, Ue) K — valor do tape de ligagao da chaves J, — corrente de partida compensada, + Partida através de estrela-triéngulo Observar que, ao se conectar a chave na posigio estrela, a corrente que citeula no bobit 43 inferior &.corrente nominal do motor (ligagio tridingulo), enquanto a tensao a que fica s tido cada enrolamento € 4/3 inferior a tenstio nominal do referide enrolamento. Conside Za impedancia de fase de um enrolamento, pade-se estabelecer a seguinte relacao: Partioa be MoToRES Evérrioas oF INDUGAO 331 V, = tensdo entre fases do sistema k) Queda de tensio nos terminais primérios do transformador AVG = Zu X Tye (PH) (7.55) 1) Conjugado de partida (7.56) Cog — conjugado nominal de partida do motor, em pu. Analisando-se as expressOes anteriores, podem ser comentados alguns pontos importantes para ‘© melhor entendimento do assunto: + quanto mais elevados e treqiientes forem os valores de AV,,,,. mais acentuados serio os efeitos de cintilacao da iluminagao incandescente ¢ perturbagdes em aparethos ¢ equipamentos; quanto maior a capacidade de curto-circuito de sistema de suprimento, tanto menor sera Z,,; conseqiiemtemente, mais reduzida sera a queda de tensio no ponto de entrega de ener; Assim, a capacidade de partida de um determinado motor de poténcia elevada é fungao, en- tre outros elementos, da capacidade do sistema da concessionaria de energia elétrica local; quanto menor for a impedancia resultante dos transformadores da subestagao, menor sera a queda de tensaio no sistema secundiirio de distribuigao de forga e luz. DE APLICAGAO (7.11) Considere a indiistia represemtada na Figura 7.33. Sabe-se que: + lensio primdria de Fornecimento: V,, = 13,80 kV; * tensdo secundaria de distribuigao: V, = 380 V; + tensdo nominal priméria: ¥,, = 13,80 KV; + poténcia nominal do transformadar: P,, = 1.000 KVA; » impedancia do transformador: Z,, = 5.5% (Tabela 9.11); + poiéncia de curto-cireuito no ponte P: P,, = 200 MVA, Deseja-se caleular para 6 motor de P,, = 300 ev: + as quedas de tensaa percentuais, durante partida direta e compensada a 65% da tensdo nominal; + as tensdes nos terminais do motor, durante partida direta e compensada a 65% da tensio nominal; + as tensOes nos terminais de alimentagio do transformador, nas concligdes de partida a tensdo plena e compensada a 65% da tensio nominal: + os conjugados de partida, durante 0 acionamento direto e compensado a 65% da tenstio nominal + A queda de tensio no ponto de entrega de energia, cujo valor deve ser igual ou inferior a 3%. ae40 mae SO Rede de Alimentagao industrial P 332 Capiruto Seve Desenvolver uma andlise semethante com a aplicagdo da chave estrela-triangulo, 4a) Escotha dos valores de base + poténcia base P, = 1,000 kVA; + tensdo base V, = O38 KV, b) Impedancia reduzida do sistema no ponto de entrega de energia + Resisténcia R, =O pu + Reatiincia PF, _1.000 P_200.000 005. pu Za. = Ry + X= 0 + 70,005 px ©) Impediincia do transformador + Resisténcia = Pe 1000 4.144 = 0,0110 pu (na base da poténcia nominal do transformador) R= "TOxe, 10x10 ~ 11,000 W CTabela 9.11) R, =k, x{ fe) x{ Ye y= 00110 > L200 (238 a vy 1.000 ~ (0,38, R,, = 0,0110 pu (nas bases da poténcia e tensio bases) + Reatincia Xk, = (Zh= 18% = 0,0538 pu éna base da powéncia nominal do transfor mador) 2 2 00538 x 1000 5. (3) Ys 000” (0,38 LX, = 0,0938 pu (nas bases da poténcia ¢ tensdo bases) + Impedineia Ba = Ry + ik, = 0.0110 + f0,0538 pu d) Impedincia do sistema entre os terminals secunddrios do transformador ¢ 0 do. QGE + Resistencia (R,.,) Roo = 0,0958 mft/m (Tabela 3.22) Re Xs _ 00958 12 = = = 0000287 11 I T.000X Ny 1000 4 Rey ™ Rag ® athe my 000287 x 1.000 . 1.000 * Vy 1.000 * Racy = 0,00198 pu + Reatancia (X,.,) Xq = 0.1070 m0/m (Tabela 3.22) wget = LOOT gant TOWN, LOW*4 Ker = Xan XP m0, 00032-1008 000 x VE 1.000% 0.38 K,, = 0.00221 pu + Impedincia Zar = Byer + Ky = 0.00198 + $0,002 pu ) Impedaneia do cireuito compreendido entre os terminais de saida do QGF ¢ os terminais de gio. do COM2 Parripa De MoTORES ELETRICOS DE INDUGAG 333 + Resistencia (R,..) Ry Xie _ 0.0958 80 = Au Xhe 2 = Ren 1000%N, 10004 ee Rez = Rag XL = 0,00191x 10 1.000 Vi 1,000 0,387 Ry, = 0,01322 pu + Reatincia (X,..) Kigg = tin Xba. = O10T0%80 _ goggia. TOWN LO00% 4 arap aes oR 1000 V2 Kg = 0,01482 prc Impedancia Bao = Rez t Ryey = 0.01322 + (001482 pus f) Circuito de alimentagio do motor + Resistencia (R,) Ruy Xbox _ 01868 28 %, Rig Mh .00261 8 TOOK N00 x2 RTO a 1.000 3 = Ryn ¥—— = 0,00261 4 0 Ras Ran 1,000 V2 PRE 1,000 0, 38% R,, = 0.01807 pur + Reatincia (X,,) ig = aX bs = O1OIE X28 9 on 150.0, 000% N., 1.000% 2 ie = ig i 1.000 = VE 1.000 x 0,38" X,. = 0.01038 pu + Impedincia Roos + Box = 0.01807 + jO,01038 pre 2) Impedineia do sistema até 0s terminals do motor ig Bag + Dai + By + Logs j0,005 + 0.0110 + j0,0538 + 0,00198 + 0.00221 + 0.01322 + 0.01482 + 0,01807 + 0,01038 Z, = 0,04427 + j0,08621 pu» Z, = 009691 pu h) Impedineia do motor R.,, = 0 (valor muito pequeno quando comparade com a reaiincia) ane Mist r, = 68 0,147 pu (na base de 300 cv) fm = 68 (Tabela 6.3) Pag wm foe M0736 _ 300% 0,76 oe TEVA xh 0,96 X 0,88 a = Puy ( Mm) =k Xe »(% ) = 0,147 ogo) 0,38 2613 0,562 pu (na poténcia ¢ tense de base} 0 + 0.562 pre 334 GaPiTuLo SETE iy Corrente de partida, 0.04427 + J0,08621 + j0,562 = 0,04427 + 70,64821 0,649 pu 1 i= = 1,5408 "0,649 me J) Queda de tensao nos terminais do motor na partida dircta AV, = Z, XJ, = 0,09691 1.5408 = 0,1493 pu = 14,9% k) Tensio nos terminais do motor na partida direta do motor Vg = 1 — AV, = 1 = 0.1493 = 0.8507 pu = 85.07% da tensiio nominal do motor, ou seja: 380 0.8507 = 323.2 V 1) Queda de tensio na partida através de chave compensadora no tape 65% AY, = Z, % J, = 0.09691 X 0,650 = 0,0629 pie = 6,299 T= REX B= 0,657 X 1.540 = 0,650 pu K = 65% = 0,65 (tape de ligagao da chave compensadora) m)'Tenso nos terminais de alimentagio da chave compensacora no tape 65% L = AV,, = 1 ~ 0,0629 = 0,937 pu = 93,7% da tensio nominal, ou seja: 380 * 0,937 = 356 n) Queda de tensio na partida através de chave estrela-t 0,0492 pu = 4,929 0,5084 pe aul AV, = ZX 4, 7, = 033% 7, = 0,33 % 15408 0.09691 > 0.5084 ©) Queda de tensio no ponto de entéega de enetgia AV, = Zu % Jy = 04005 * 1,408 = 0,0077 pu = 0,77% ) Conjugado de partida + Partida direta da rede é x(t) ba x(! 0.140: 7 1 + Partida através da chave compensadora co ) 0,723xC., (asco ee 0,301, Com os resultados obtidas, podem ser feitas as seguintes consideragoes: + a queda de tensiio na partida direta esta acima do limite maximo de 10%, E oportuno abandonar solugao e instalar uma chave compensadora ou estrela-tridneulo; + a queda de tensiio coma chave compensadora no tape de 65% permite uma queda de tensio abaixo limite recomendade de 101%, padendo ser a solugiio adotada. Deve-se analisar também, antes, a dado motor no tape 80%, que, se for 0 caso, é uma solugao ainda mais adequada; + aquedade tensio coma chave estrela-tridngulo permite também uma queda de tensio abaixe do te recomendado de 10%. Tratando-se de um equipamento de menor prego, deve sera solucio da, devendo-se nao esquecer @ ajuste de tempo correto da chave para a passagem da posto para a posigao triéngulo: + oconjugado do motor com a chave estrela-triéngulo & muito baixo, devendo-se adotar esta solugaoi inas na condigio de o motor partir praticamente sem carga-e se este dispuser de seis terminals: Paaniba DE MOTORES ELETRIGGS DE INDUGAO 335 Outra altemativa é utilizar a chave de partida estética para motor de 300 ev. Para se obter uma corrente de partida que produza uma queda de tensao igual ao limite de 10%, pode-se ajustar a chave de partida estitica na tensdo de partida de 90% da tensio nominal com uma corrente de par- tida de: AV =Z x1, 0,10 = 0,09691 4, +, = 1,0318 pu © tempo de partida pode ser escothido de acordo com a Equagio (7.27), considerando-se que © tempo de Ppartida direta do motor tenha sido calculado em 5 s. Yercs et ¥, 0,90 = TeX =555 + aqueda de tensio no ponto de entrada da instalagiio € bem inferior ao maximo admitido, que é de 3% no presente ci Uma andlise detalhada nos resultados finais permite ao Ieitor varias conclusoes intcressantes. .2 Queda de Tensdo na Partida Simultanea de Dois ou Mais Motores Os estudos efetuados até agora analisaram a partida individual dos motores de indugio, As vezes, porém, é necessirio que dois ou mais motores de grande poténeia sejam acionados simultanea- mente como parte de um processo qualquer de produgao, sendo sempre conveniente evitar tal manobra, isto porque pode produzir severa queda de tensiio na instalagdo, acarretando distirbios que, se niin estudados adequadamente, podem interferir no funcionamento de outros equipamentos, A severiclade das partidas simultaneas pode ser atenuada ou nao, dependendo da localizagao dos motores acionados, Se estes estiverem ligados na mesmo circuite terminal, ou de distribui- go, as condigGes tomam-se significativamente mais desfavordveis do que se estiverens ligados em cincuitos de distribuigao diferentes Quando os motores estao ligados ao mesmo barramento da CCM, o procedimento adotado para o edlculo da queda de tensAo € praticamente igual ao j4 explanado anteriormente, computando-se, neste caso, as correntes de partida dos respectivos matores, somando-as vetorialmente em funga0 dos fatores de poténcia correspondentes que atingem valores entre 0,30) ¢ 0,40. LO DE APLICAGAO (7.12) Determinar a queda de tensito na partida dos dois motores de 30016475 cv, mostracos na planta da Figura 7.34, cujos dados sao: + tensio nominal primdiria: 13,80 kV; + tense nominal secundaria: 440 V; + poténcia de curto-circuito ne ponto de entrega de energia: 150 MVA; + tados 0s condutores so de cobre com isolacdo em PVC e capa externa protetora, os dados relativos 208 motores {440 V) foram extraidos da Tabela 6.3. a) Dados de base cia bases P, = L000 kWAS + Lemsdo base: V, = O44 KY, b) Impediincia reduzida da sistema de alimentagiio + Resisténcia (Ry) R= Oru + Reatingia (X..) x, = fh = 1.00 P, 150.000 01,0066 pu + Impedancia (Z,,.) me = 0+ 70,0066 pc 336 Caeliuto Sere ©) Impedtncia dos transformadares “Transformador de 1.000 kVA.” — Resistencia Fx = 11000 1g, = 0.0110 pu tna base de 1.000 kVA) OxP, 10x 1.000 P., = 11.000 W (Tabela 9.11) Ror = — Reatiincia 0.0550 pu (na base de 1.000 KVA) = 0.05507 — 0.0110? = 0,0538 px ~ Impedincia ay = Rar + Kon = 00110 + 70,0538 pu + Transformador de 750 kVA — Resistencia 113 pu (na base de 750 kVA) BM 1.000 , (0,44 =k, XR 3x x Ba Rit p ( “| BOR sa (es) Ry = 0,01506 pu (na base da poténcia base de 1,000 kVA) — Reavincia Xes = $0,073 ? = 0.07173 pu Zoo = 5,509 = 0,0550 pu (na base de 750 KYA) Pf Yue) 1,000 ax x|—"] =0, 30K TX Za, = 0,0733 pre (na base da poténcia base de 1,000 kWA) = Impedaneia Za = Ryo + ihaz = 0.01506 + j0,07173 pu Logo, a impedancia em paralela resultante dos dois transformadores wale: 5 (Rar + Moi) AR + Kos) (Ran ies) + (Rca + FX) {0.0110 + j0,0538) x (0.01506 + J0,07173) (0,0110 + j0,0538) + (0,01506 + j0,07173) eove peers a) “TB nrrinarncio wo fe) | 7 75 100 oslo a a laxs240 un? Mars 9 “8 2 59 = a ow o a 18 tered | faredomn a Sosa mer tS = sow sow ) | aa 1 és Ct (25m) [2aateemar —_seeaaoarmne_ _yf Motiedo FY ove) ff 18 750 FIGURA 7.34 Lavout da indistria Rede oe Almentacto | PAaRTiod DE MOTORES ELETRICOS DE INDUGAG 337 B,, = 000369 + 10,0159 _ 9 99629 + j0,03070 pu 0, 02606 + 30,1253 _Aimpediincia dos cirevitos entre os transfarmadores © © QGF foi desconsiderada por ser de pequeno valor. d) Impedaneia do circuito de alimentagao do CCM | + Resisténcia (Ryo) Ry = 0.0781 mQ/m (Tabela 3.22) ip Ee a 1.000 %M,, 1.000% VF 00,0781 1,000 331.000” 1.000% 0,44 + Reatdneia (X,,) Xo, = 0.1068 mfl/m (Tabela 3.22) Kya Mabey A 1.000% N,. L000 x V2 30X0,1068 1.000 0.00551 pu 3x 1.000 1.000% 0.44" faci DX) = 0.00403 + 70,0055 pac ¢) Impedincia do circuito de alimentagao do COM2 + Resistencia (R,) Ry, = 04958 mOQm (Tabela 3,22) 80 X 0,095 1,000. Rea“ p.o00 Togo coer ~ 008? PF + Reatiincia (X,,,) Xo = 0.1070 mOm (Tabela 3.22) 0,107 1.000, Xu = fox 0.1070 = 0,01105 pu 2 SF 1.0007” 1,000 * 0,44 Baas = Ras > Xucg = 0.00989 + 0,01105 pu f) Impedincia do cireuito de alimentagao do motor de 475 ev (23 # 240mm") + Resisténcia (R,,.) Rg, = 0,0958 mOJm (Tabela 3.22) = 28% 0.0958 1.000 Ree Seer oesd “28 1K 1,000 5 0,447 = 0,00692 pu + Reatiincia (¥,..) X,n = 0,1070 mm (Tabela 3.22) 28 <0,1070 1.000 ),00773 pu 2% 1,000” 1.0000, e Docs = Ras + Nagy = 0100692 + 70,0077 pre 2) Impedincia do circuito de alimentagdo do motor de 300 ev (2% 3 ¥ 150mm?) + Resisténcia (R,.) Rg, = 0.1502 m0 (Tabela 3.22) 25 0.1502 J 1.000 21.000 1.000% 0.4 R, 0,00969 pur + ReauinciaX..0) iq) = 0.1074 mijn (Pabela 3.22) 23 -0,1074 1.000 21,000 1.000 x 0,44 x, 0.00693 pu (338 by Dd Captruto Sere Bac = Ras + Kyos = 0400969 + /0,00693 pus Impedincia dos motores Motor de 475 ew = 0 (valor muito pequena quando comparado com a impediancia) 0,131 pu (na base de 475 cv) 0,736, = 400,1 kVA. 0,96 x 0,89 4 y 1.000 (0,44 * ! a |= (131 X —— x | Kae tage] al 1 oes) qq) = 0,320 pow Loy = 0+ J0,320 pu Motor de 300 ev Rago = 0 (valor muito pequeno quando comparadlo com a impedtincia) Ils = 0,147 pu (na base de 300 ev) p., = Paw % 0,736 _ 300%0,736 _ 96) aga 1,96 X 0,88 Von ous AO 3 AR 261.3 O44 Xoney = 0,562 pur Zomy = 0+ 0,562 pu Corrente de partida Motor de 475 ev = 1 2... ~impediincia dos condutores Ze, = 10,0066 + 0,00629 + 70,03070 + 0,00989 + j0,01105 + 0.00692 + j0,00773 4+ 70,320 Zy) = 0.02310 + 70,37608 pu Zu, = 0.37678 pu Motor de 300.¢v Lele i Z,, 0,61206 ine 1.63382 pur {70,0066 + 0,00629 + /0,03070 + 0,00403 + j0,00851 + 0.00069 + 70,0693 + j0,562 02001 + j0,61174 pu Zao = 0,61206 pu Queda de tensa nos terminais dos motores partindo isoladamente Motor de 475 ¢v AV (2g + Zp +2, + Za) RT (J0.0066 + 0,00629 + #0,03070 + 0.00989 + {0.01105 + 0,00692 + /0,00773) * 2y AV, = (0402310 + 70,05608) 2,65406 106065 X 2,65406 = 0.161 prc = 16.1%. Motor de 300 cv Paripa DE MOTORES ELETRICOS DE INDUIGAG 339 May = (Ze +2, 42, +2) % AV = 70,0066 + (0.00629 + /0,03070 + 0.04403 + 70,00551 + 0,00969 + 70,0693) % 1.63382 Vigo = (0.02001 + j0,04974) * 1,63382 Wins k) Queda de tensiio nos terminais dos motores de 300 © 475 ev partindo simultaneamente 0836 X 1,63382 = 0.087 pu = 8.7% © proceso de cilculo pode ser entendido facilmente, analisando-se o diagram de blocos simpliticado da Figura 7.35. Determina-se, inieialmente, a queda de tensto no ponto A (barra do QGF) com base na soma das correntes de partida dos dois motores e as quedas de tensio devidas i corrente de partida de cada motor no seu ramal de alimentagao correspondent. Em seguida, soma-se a queda de tensio em cada ramal & queda de tensio no ponto A, obtendo-se a queda de tensio no ponto de conexio de cada motor. | U] Aue 20s 8 Ic 7.35 unifilar basico aoe er 1) Quedade lensio no ponto A devida & partida simultinea dos dais motores Considerando-se que os fatores de poténcia na partida dos motores sejam iguais a 0,40, tense Fe a 0,03310 + 70,37608 " 0,02001 + j0,61174 _ +.0,02310 + j0,37608 + 0.02008 + 0.61174 __0,04311 + j0,98782 ® (0.02310 + 0.37608) x (0.02001 + f0,61174) + 0,22960-+ j0,02165 ie = 0.21600 ~ j4,28198 pr Jpg = 4,287 pt Mais simplificadamente pode-se obter? Fe Ia oo Jy, = 2,65406 + 163382 = 287 pu A queda de tensdo até © ponto A da Figura 7.35 val AVG = (Za + Zu) % tye = (0.0066 + 0,00629 + 7003070) 4,287 AV yg = 0,037 X 4.287 = 0,158 pu = 15,8% m) Queda de tensio no rama AB AVeg = Ze Toa AV, =(0,00403 + 70,0055 + 0,00969 + 70,00693) % 1,63382 AV, = 0.0185 * 1.63482 = 0,030 pu = 3,0% ny Queda de tensiio no ramal A-C Py Baby = AV, =(0,00989 + (0.01108 + 0,00692 + j0,00773) x 2.65406 AV, = 0402520 2.65406. = 0,066 pu = 6,6% 340 Capituco SeTE ©) Queda de tensio nos terminais. dos motores + Motor de 475 cv AV yy = 0,158 + 0,066 = 0,0224 pu = 22.49% + Motor de 300 cv AV... = 0,158 + 0,030 = 0,188 pu = 18.8% ].8 CONTRIBUICAO DA CARGA NA QUEDA DE TENSAO DURANTE A PARTIDA DE MOTORES DE INDUGAO Alé entiio, nia se dew a importéneia merecida & contribuicdo da carga no processo que resulta na queda de tensio durante 0 acionamento de um motor de indugao, isto é, diferenca na queda de tensdo entre ligar © motor com toda a carga do projeto ligada ou ligar o mesmo motor antes de ligar a referida carga, Numa instalaco industrial, em plena operagao, quando se aciona um motor de grande potén- cia, a carga existente pode contribuir moderadamente na queda de tensio durante a sua partida, Se existe dificuldade na partida do motor com as outras cargas ligadias, ¢ aconselhdvel acionar inici- almente © motor de grande porte para posteriormente processar a ligagao das demais cargas. (EMPLO DE Apticagao (7.13) Considerar o Exemplo de Aplicagio (7.12). Simular a partida do motor de 475 ev com os demais motores do ©CML2 em operacio. Depois, considerar também oy motores do CCM em carga plena, Admitit que to- dos os motores tenham fator de poténcia 0,86 e rendimento 0,95, a) Corrente de carga nominal dos motores 300,736 =45,0kKVA > fy oox0,95 § = BROT 67 5 EVA oe Jy 0,865 0,95 1002 0,736 WO KYA > iy 0,86 0,95 Pog = POETS 9g. ky os ly = 0,86 X 0,95 Pyy = 20020.736 = 979.0 VA ty 0,86 0,95 gg = EOS 8 dong wa te 0,86 0,95 b) Corrente de carga do CCM2, exceto a do motor de 475 ev Considerando-se os fatores de poténeia de cada motor, a corremte de carga corespondente vale: 2X 500 & O86 + 2X BRS X 0,86 + 2 x 1180 x 0,86 + 1 x 259,9 % 0,8 2 590 x O51 + 2X BBS O51 + 2% 1180 O51 + 1% 2599 x OSI {680,12 + 403,32 = 700,64, 0,518 pu Ip = Tay = 307 pe Parmipa De MOTORES ELETRICOS DE INDUGAO 341 ) Queda de tensiio na partida do motor de 475 ev com toda a carga do CCM? ligada Considerandlo-se um fator de poténcia de 0.40 durante a partida do motor de 475 ev, obten-se as corren- tes ativa ¢ reativa, tespectivas, em pu * Corrente de partida do motor de 475 cv J,, = 2,65406 pu (veja 0 Exemplo de Aplicagao 7.12) 2.65406 * 0,40 = 1,061 pie (corrente ativay 2.65406 * 0.91 = 2415 pu (corrente reativa) 0,518 + 1,061 = 1,579 pu j0,307 + 2,415 = j2,722 pu 2 = 3,0146 pu © Queda de tensao nos terminais do motor de 475 cv: AR, = 2x7, B= ha + My = VS79 + 2.722 AV., = (10,0066 + 0,00629 + 10,03070 + 0,00989 + JOO1105 + 0,00692 + 40,0773) J, AV, = (0.02310 + j0,05608) (1,579 + j2,722) = — 01162 + AEST pur AV, = 0,190 put = 19,0% +A queda de tensao sem a contribuigdio da carga vale: AV.s = 0,161 pu = 16.1% (veja a iter j da Segdio 7.7.2) Logo, a carga em operag’o no CCM2 contribui com 18% para-a queda de tenso na partida do motor de 475 cv, ou seja AV, = 19,0 ~ 16,1 = 2.99 A, = = x 100 = 18% d) Queda de tensio nos terminais do motor de 475 ev com toda a carga do sistema ligada Neste caso, todos os motores do CCM1 ¢ do CCM? esto em operagio. + Comeme de carga do COM | 59,0 % O86 + 1X 259.9 x 0.86 + 1 X 354.5 X 0,86 = 579.1. A 59,0. OSI + 1x 2599 x O51 + 1X 3545 X051 = M34 A Mad ve = 732 7, = 0,441 + 0.261 pu 1, = 0,440 + 0.261 f, = 0,512 pe 1 = 0,261 pu + Queda de tensfo na barra do QGF devida somente it carga CCMI (0.00629 + 40,03730) = (O44 1 + 70-261) = — 0,00696 + 0.01809 pu 0.0193 = 1.93% + Queda de tensao nos terminais do motor de 475 ev AY, 0,190 + 0,0193 = 0.209 = 20.9% Conclui-se que a contribuigiio da carga da instalagio, de uma forma geral, nao é muito significative du- runte a partida dos motores elétricas, 342 7.9 ESCOLHA DA TENSAO NOMINAL DE MOTORES DE POTENCIA ELEVADA ‘Capituta SEE FIGURA 7.36 Esquema bisico de partida de motores com elevada queda de ensio. ‘Quando se trata de projetos industrials, onde existem motores de poténcia elevada, superior a estudar detalhadamente a tensao nominal a ser escolhida, a fim de assegurar 500 cv, € necessit as condigdes de partida adequadas na rede secunddria de alimentagio. No-entanta, a tenssio nomi- na! do motor, conseqtientemente a sua corrente nominal, nao influencia a queda de tenso no sis- tema primério, que permanece invariada para qualquer valor de tenséio secundaria, Em geral, os motores de até 600 ev sao Fabricados em baixa tenstio, ou seja: 220, 380 440 V, Os motores solicitados acima desta poténcia sao fabricados sob encomenda e, geralmente, sio de média tension. Motores abaixo de 600 cy solieitados em média tense geralmente tém projetos es- pecificos. Estes limites de tensio-e poténcia obedevem, a rigor, a requisitos econdmicos. Quando se projeta a instalagdo de um motor de poténcia elevada, € necessario determinar a queda de tensio durante a sua partida, tanto na rece de suprimento da concessiondria, como na rede interna da planta, Se a queda de tensfo durante a partica estiver acima dos limites permnitidos pela concessiondria, sera necessdrio estudar um meio de acionamento adequado, se isto for posst- vel, em fungao dos requisitos operacionais da carga, Caso contririo, faz-se necessdrio especificar um motor de baixa corrente de partida, por exemple, de letra cédigo A, Entretanto, se a queda de tensdo na rede da concessiondria permite 0 acionamento direto, ¢ 0 mesmo nfio acontece com & instalago interna, o que € mais comum de acontecer, pode-se especificar a tensio nominal do referido motor com um. valor mais ¢levado, por exemplo, 2,200, 4.160 ou 6,600 V, dependendo da necessidade de manter a queda de tensao em nivel inferior ao maximo exigido para aquela ins talagdo em particular. Em algumas instalagdes, como estagdes de bormbeamento de agua, onde nao existem, em ge val, equipamentos com grande sensibilidade as quedas de tensdo de curta duragio, podem-se per mitir acionamentos de motores de grande poténcia que provoquem quedas de tensao acima dos limites de operagao das bobinas dos contatores. Nestes casos, projeta-se um sistema em correnié ‘continua a partir de uma fonte formada por um baneo de baterias ligaelo a um retificador-flutuador, ‘A tensio do circuito de corrente continua normalmente empregada € de 24, 48, 125 ou de 220¥, subendo-se que a mais freqiiente €# de 125 V, Os ampéres-horas do bance sio fungio da poténel consumida pelacarga a ser ligada neste sistema, Desta forma, tadas as bobinas dos contatores devent ser especificadas para screm ligadas no circuito de corrente continua que esta isento dos efeitos das quedas de tensdio no sistema alimentador, devido ao acionamento dos motores. Em geral, nas instalagoes que contém grandes méquinas, hd necessicade da aplicagio d¢ unt sistema de protegao através da utilizagio de relés secundarios, o que por si 36 ja justifica a aquisi: 40 do sistema de corrente continua, cujo custo € bastante elevado, A Figura 7.36, que representa um esquema unifilar simplificado, resume as informagées riores do Conjunto oo i or Fas | 4 Banco de Baterias ieee tae Pasta DE Morores ELerricos 0 INDUGRO 343 10 SOBRETENSOES DE MANOBRA (Os motores de indugdo com rotor em curto-circuito podem provocar no sistema de alitenta- 40 severos niveis de sobretensao quando so desligados da rede durante 0 processo de partida direta, Também quando os motores, acionados diretamente da rede e sem carga no cixo siio des- ligados, podem ocorrer fortes sobretensdes de manobra que devem ser evitadas, Estas sobretensies io mais notadas em unidades superiores a 150-cy ¢ inferiores a 500 ev, nas tenses compreendi- das entre 4,16 ¢ 13,80 kV. ‘Odesligamento stibito dos motores assincronos deve-se principalmente ae rotor travado, i par tida para verificagao do sentido de rotagJo, & aluagio intempestiva do relé de protegao e até ao acionamento por deseuido, O fator principal da ocorréncia de sobretensdes deve-se ts imterrupgdies de correntes altamente indutivas, como se verifica na partida dos motores elétricos de indugao, As sobretensdes depen- dem do valor instantineo da tensio aplicada aos terminais do motor, quando ocorre a passage da corrente por zero. ‘Também a configuragaio do sistema supridor, associada as condigdes cons trutivas do disjuntor, contribu fortemente para determinar a amplitude da sobretensdo, Um outro fator importante € a corrente de desligamento de motor. Quanto maior for, mais severa é a ampli- tude das sobretensées. £ interessante observar que os motores de poténcia muito elevada nde provoeam sobretensbes capazes de prejudicar o sistema. 1 CONTROLE DE VELOCIDADE DE MOTORES DE INDUGAO ‘Ao se analisar a Equagao (7.57) percebe-se que hd dois métodos basicos de variaglo da velo- cidade dos motares de indugao, isto €, variando-se ¢ mimero de pdlos ou a freqlléncia, No primei- 10 caso, a Variagdo da velocidade se dé de maneira discreta, como é Sbvio, na proporgiio 1:2. J4 no segundo método, a velocidade pode variar de forma continua com a variagio da freqiiéncia. 1.1 Conexao Dahlander Este método de partida implica a utilizagio de um motor de indugia de construgio apropriada, em que, na maioria dos casos, cada enrolamento de fase € constituide de duas bobinas ligadas em série, com o ponto médio acessivel ¢ os mesmas enrolamentos ligados em tridngulo, conforme se mostra na Figura 7.37. O principio fundamental deste tipe de acionamento se baseia na seguinte expressio bisica: (FST) W, ~ velocidade angular sinerona do motor, em rps: F ~ freqiiéncia da rede, em Hz; P — niimero de polos Variando-se 6 nimero de pélos, obtém-se proporcionalmente uma velocidade varidvel, Como o grupo de bobinas de fase é conectado de forma a resultar, por exemplo, uma relago de numero de polos de 1:2 {poténcia constante), pode-se alterar 0 nimero de polos, ligando-se adequadamente 9s terminais disponiveis, obtendo-se, desta forma, um motor de duas velocidades, Dahlander 344 1.11.2 Inversores de Freqiiéncia Capirico Sere Normalmente a partida do motor se dé na velocidade mais baixa, quando-as bobinas esto eo- nectadas em A, conforme a Figura 7.38, onde o conjugado é elevado. Quando 0 motor adquire uma yelocidade constante, permuta-se para a conexiio YY, conforme a Figura 7.39, alterando-se © nmero de pélos e obtendo-se a velocidade superior, que é a de regime normal. No caso de motores de ito polos, a partida realizada na conexao sincrona, em A, é de 900 rpm. Alierando-se a conexiio da Figura 7.37 para YY, obtém-se P = 4 pdlos, em que a velocidade sincrona é de 1.800 rpm, P=4 pélos, P= a pélos Ay So w yy, an, +5, ols { R s T FIGURA 7.38 FIGURA 7.39 Ligagao delta Ligaglio VY Utilizando-se a Equagao (7.57), tem: + Em baixa velocidade aT 2 8 8 W, = 15 60 = 900 rpm w = 2XF 2% 60 _ 120 + Em alta velocidade 2xF = 30 x 60 = ‘Os motores podem ser solicitados com suas conexdes intemas ligadas, de modo a desenvoh uma poléncia constante ou um conjugado maximo praticamente constante, No caso apreset anteriormente, © motor esti conectado para desenvalver um conjugado maximo pratica constante. Assim, se a poténcia do motor em questo € de 100 cv na velocidade superior, na tida, au seja, em baixa yelocidade, a sua poténcia é de apenas 63 cy, No entanto, em ambas conexdes 0 conjugado maximo é basicamente o mesmo. Nas industrias de quimica e petroquimica, cimento, siderurgia textil, bebidas ete, € ampl utilizadoo controle de velocidade dos motores elétricos em fungao do proceso de manufatur Até poueos anos atris estas questdes vinham sendo resolvidas com a aplicacaio de motores corrente continua quando se desejava um controle de velocidade continuo, Porém, com 0 da eletrénica de poténcia foram desenvolvidos equipamentos apropriados, denominados inv res de freqiiéncia, associados & microeletronica, de forma a permitir o.uso de motores de it com rotor em curto-circuito em substituic¢ao aos motores de corrente continua, Os motores de indugaio sio robustos, de facil manutengio e de custo reduzido comparado: demais. J: os motores de corrente continua sio caros.e de manutengio freqiiente © onerost, O controle de velocidade dos motores com rotor em curto-circuito € possivel com 0 uso inversores de freqiiéneia que so equipamentos constituides basicamente por um retificadore! inversor, conforme mostrado na Figura 7.40, M740 ema bisico de wm inversor ncn Parripa D£ MOTORES ELETRICOS INDUGAG, 345 Conversor lewersor oor 0-380 ¥ 380 0 = 100 Hz 380 ¥/60 He Alimentago Tiésice 7.11.2.1 Operagao com velocidade inferior 4 nominal A maioria dos motores de indugo utilizados € do tipo rotor em gaiola de esquilo com autoventilacao. Como se sabe, as perdas de um motor tém origem no ferra.e no cobre. As perdas no cobre de- pendem do valor da carga acionada, J as perdas no ferro sto praticamente constantes com a vit- ‘ao da carga. Quando a motor opera n condigies nominais de carga ¢ velocidade angular, as perdas no ferro e no cobre assume 08 seus valores nominais. Porém, quando o motor, controlado pel ‘versor de freqiiéncia, assume velocidades angulares inferiores a sua nominal, mantendo a mesma ‘carga girante por redugdo do fluxo refrigerante, aumentard 0 aquecimento no motor, Nesse caso, necessério superdimensionar a poténcia nominal do motor ou utilizar um motor com fator de servigo elevado, dependendo da solugo da Faixa de velocidade em que iri operar © motor, No entanto, como ocorre em muitas aplicagées se ao-reduzir a velocidade angular a carga também diminuit, como no bombeamento de liquidos através de bombas centrifugas, a corremte decresce e, consegiientemente, as perdas diminuern, compensando a deficiéneia de ventilagao, Be acordo com a Equagao (7,64), 0 conjugado ¢ diretamente proporcional uo flux Pque, por sua vez, € proporcional A relagio VIF. Sendo © motor autoventilado, em velocidade reduzida, mantendo 4 mesma carga, a temperatura se eleva na interior do motor, necessitando-se reduzir @ torque para manter a temperatura dentro dos limites da classe-de isolamento, de acordo com a Tabela 74, 7.11.2.2 Operagao com velocidade superior a nominal Nestas circunstincias a tensao é ajustada no seu valor m4ximo (tenso nominal) enquanto a freqiéneia seria incrementada, devendo ser limitada pelo conjugado méximo de motor ¢ pelos esforgos meciinicos aque ficariam submetidas as partes méveis do referido motor, incluindo-se at © priprio rolamento, A maxima velocidade a que é possivel submeter omotor, limitada pelo aumento da freqiéncia, pode ser dada pela Equacao (7.58) = 067 X Wy, x Eat (7.58) Cy — conjugado maximo do motor; C,., — conjugado nominal do motor; W,,, ~ velocidade nominal do motor, em rpm, DE APLICACAO (7.14) Determinar a maxima velocidade que atingiria um motor de 600 cv/1V polos/380 V, cuja relacaio do con- jugado méximo para o conjugado nominal (C./C,) €-de 220%, 0,67 % 1,800 X 2,20 = 2,653 rpm 653 — 1.800. 1.800 100 = 47.3% 346 Captruo Sere 7.11.2.3 Tipo de controle Existem dois tipos de inversores de freqiiéncia, caracterizados pela forma de controle, a} Controle escalar E assim classificado o inversor de freqiiéncia que faz o motor operar controlando a tensiio e 4 freqiéncia,, mantendo a sua relagdo constante para qualquer valor da velocidade de operagao. Nesst circunstiincia, a velocidade do motor pode variar em faixas estreitas, em fungi do seu escorregar mento, O inversor de freqigncia de controle escalar € utilizado em aplicagées rotineiras que nto neces: sitam de controle de conjugado do motor ¢ cujo controle de velocidade esteja na faixa de 6 a 60 Ha E aplicado em motores de indugao com rotor em gaiola convencional sem nenhum sistema de realimentago em maha fechada O inversor de controle escalar usa a velo © freqiiéncia e disparar os transistores, jade do motor como sinal para fazer variar a tensio | b) Controle vetorial E assim classificado o inyersor de freqiiéneia que faz o motor operar com uma elevada precisie de velocidade ¢ uma clevada rapidez na mudanga de velocidade e de conjugado sendo, portanta, mais utilizado em méquinas operatrizes que necessitam de um rigido controle na velocidade Os inversores de controle vetorial sie fabricados em duas versées: + Inversores de freqii@ncia sem sensor (senseless) Esses inversores so mais simples € niio tm regulagdo de conjugado, + Inversores de freqii@ncia com realimentagao controlada pelo campo magnético (enconder} Esses inversores podem controlar a velocidade ¢ a conjugado do motor tomande como refe- réncia a corrente do proprio motor, sendo mais empregados no controle fino de velocidade motores. Assim, 0 inversor de controle vetorial determina a corrente do estator, a de magnet Go ea corrente requerida para produzir @ conjugado necesséria para a operagao do motor. 7.11.24 Tensao nominal Deve-se utilizar o inversor de freqiiéncia com a mesma tensa nominal do motor. Para que nio se danifique © inversor de freqiiéneia com a queima dos seus diodos de ent deve-se preservar um deshalanceamento de tensio entre as fases inferior a 2%. Para motores de pequena poténcia, isto é, niio superiores a3 cy, pode-se alimenti-los atray de inversores de freqiiéncia trifsicos utilizando-se um sistema monofisico, 7.11.2.5 Corrente nominal A corrente nominal do inversor de freqiiéneia deve ser igual ou superior A corrente nominal motor aplicado ‘A Tabela 9.19 fornece a corrente nominal de inversores de freqiiéncia de fabricagao WEG. se considerar no dimensionamento de um inversor de freqtiéncia que © mesmo pode possuir remies correntes nominais, a depender das caracteristicas da earga ligada ao motor. No caso: carga do tipo conjugado varidvel, a capacidade de sobrecarga do inversor de freqiiéncia pode riar entre 10e 15%, Esse tipo de carga pode ser encontrado nos motores que acionam bombas! liquidos, como nos setores de tingimento das indtistrias téxteis, estagdes de bombeamento ete, ainda, nos moinhos de trigo que normalmente usam grandes ventiladores centrifugos. Se 0 mesmo inversor de freqiiéncia for utilizado nos motores que acionam cargas de con) do constante, deve ser dimensionado para suportar uma sobrecarga de no minimo 50*% de seu vi nominal, 7.11.26 Potén Os inversores de freqiiéncia fornecem uma forma de onda nao inteiramente senoidal, 01 implica perdas adicionais no motor em cerca de 15%. No caso de motores em operag nominal Paarita DE MaTORES ELETRICOS DE INOLGAD 347 cessdtio verificar se existe capacidade de poténcia de reserva na percentagem anteriormente vitada, De acordo com o que foi comentado, a poténcia do motor controlado por inversor de freqiién- cia pode ser calculada com a Equacio (7.59), Wi 11S ¥ P,, x (7.59) P.,, — poténcia nominal do motor, em ev; P., ~ poiéneia minima solicitada no eixo do motor, em ev; W,, — velocidade angular nominal do motor, em rpm; W,, — velocidade angular minima do motor correspondente a poténcia minima solicitada, em 1pm. Em geral, os inversores estiticos so dimensionados com um valor da corrente nominal supe- rior a corrente nominal do motor, a fim de atender qualquer necessidade de sobrecarga. ‘A aplicagao de chayes inversoras para controle de velocidade em motores de induylo deve ser precedida de uma anilise envolvendo as caracteristicas téenicas do motor, condigGes operacio- nais, componentes harmOnicas e outras consideragdes a seguir discutidas, O uso das chaves inversoras se faz sentir notadamente nas seguintes atividades industriais: + elevagaio e transporte de cargas; + bobinamento ¢ desbobinamento de papéis; + laminagio de ago; * extrusdio de materiais plastico’ + inchistrias téxteis, Para que se possa utilizar um inversor de freqiiéneia € necessirio que se conhega as suas carac- teristicas téenicas. O uso de inversores de freqléncia em motor com ventilagao forgada nao resulta em sobreaquecimento, jé que o ventilador ¢ acionado por ui motor auxiliar 7.11.2.7 Componentes harménicos Os inversores de freqiléneia so equipamentos geradores de correntes harmOnicas capazes de prejudicar 0 desempenho das cargas conectadas ao sistema. Para evitar essa condigao ¢ atender a TEF-519, é necessirio tomar uma das seguintes providéncias: 4) Determinar a poténcia total dos inversores de freqiiéneia, Se a poténcia total for igual ou inferiora 20% da carga total instalada, conectar em série como inversor de freqliéncia uma realdincia, normalmente ligada nos seus terminais, de forma a provocar uma queda de ten- so igual a 3% em relagao & tensio composta, na condigiio de carregamento nominal do motor. b) Se a poténcia total dos inversores for superior a 20% do total da carga instalada, é neces rio realizar um estudo detathado, envolvendo todas as cargas ¢ a sua sensibilidade quanto a0 desempenho operacional na presenga de componentes harménicos, Nao tem sido facil para os projetistas obter informages sobre a geragado de harmOnicos dos fabricantes de maquinas que contém controladores de proceso, Assim, a andlise anterior fica pre- judicada, em grande parte dos casos, pelo desconhecimento dos valores individuais da distorcao harmonica das méquinas e que devem ser consideradas juntamente com a distoryao harmOnica provocada pelos inversores, 7,11.2.8 Limite de velocidade Os moiores elétricos operados por chaves inyersoras de freqiiéncia podem desenvolver ve- locidade desde os valores minimos necessdrios (imediatamente superior ao valor nulo} até © valor maximo admitide pelo fabricante do referido motor, Esse limite tespeita normalmente o tempo de vida dtil dos rolamentos que sto afetados severamente pelo regime de velocidade aplicada, CaPiruto Si 7.11.2.9 Desempenho aperacional dos motores Olinversor de freqiiéncia libera para o motor uma onda senoidal distoreida em fungao dos come ponentes harménicos, tanto de corrente como de tensiio, que afeta significativamente as earact risticas dos motores de indugao, notadamente © seu rendimento, Para manter a levago de tempe- ratura do motor dentro de sua classe de isolamento, € necessérto reduzir 0 conjugade por meio um fator inferior a unidade, conforme ‘Tabela 7.7, Os motores elétricos operadas por inversores devem respeilar algumas condigées em servi que podem influenciar o seu desempenho, que estio intimamente relacionadas a0 comportameni da carga e as caracteristicas técnicas dos inversores, ou seja a) Efcito das correntes harménicas sobre os motores de indugio Quando 6 motor € operado por um inversor é aplicado aos seus terminais uma tensito com c ncias das tensdes tetido harménico, fazendo gerar correntes harménicas nas mesmas freqi cadas, Como resultado, tem-se: + pertlas nos enrotamentos; * elevagiio da temperatura: + reducio do rendimento Para compensar a elevaciio de temperatura sofrida pelos enrolamentos. deve-se reduzir 0 ¥ do torque nominal do motor na proporgao dada pela Tabela 7.7. Outra forma de compensar a ‘vagio de temperatura é adotar um motor de maior poténeia, ‘TABELA 7.7 Fator de redugio de torque por presenca de ‘harménicos fator de distorgao harmomice de tensiio pode ser determinado a partir da relagao da (7.60). ¥, — tensio fundamental em seu valor eficar V,, — tensio harmbnica de ordem N: N — ordem da harménica. Parriba DE MoTares ELETRICOS Dé INCUQAD 349 Para se obter o rendimento de um motor de indugao acionado por um inversor de frequéncia, pode-se empregar a Equagao (7.61) FA = (7-61) tht ” ‘7, — rendimento do motor funcionando com o inversor de freqliéneias 77 — rendimento do motor suprido por onda senoidal perfeita; F.,,, — fator de redugio de torque por distorgao harménica, (0 DE ApLicacao (7.15) Um motorde 300 ev/AW —palos/380 V, rendimento 0,96, deverd ser utilizado por um inversor de freqhién: cia que produz uma distorgéio harménica no sistema de alimentagao de 10%. Determinar o rendimento clesse motor quando acionade pelo inversor de freqiiéneia, 0, = + 0,867 — " 0,96 Fug = 0,86 (obtida da Tabela 7.7 = 0,94 Seo motor wilizado com o inversor de freqiléncia tem ventilagdo independente, o aquecimen- to do motor seri pouco afetado, No emtanto, se 0 motor & do tipo autoventilado, a operago com variagiio de velocidade faz elevar a temperatura do motor, em virtude da deficiéncia de ventilagao em baixas velocidades. A Tabela 7.8 fomece a redugao de conjugado percentual dos motores em funcao da redugdo da ventilagio como consequéncia da diminuigao du rotagdio do motor e a redu- {¢40 de conjugado em fungdio da simultaneidade da presenga de harménicos de tens e da redugao ‘TABELA 7.8 Fator de redugio de torque por presenga de harménicos 0 - 0,85 120 = 0.80 130 > O74 140 - 0.68 150 Ps 0,64 160, = 0,64 350 Capituto SETE dla rotagfio do motor, Para velocidades superiores & nominal, observa-se uma redugao de conjuga- do do motor motivado pelo enfraquecimento do campo magnético. EXEMPLO DE APLICACAO (7.16) Dimensionar a poténcia nominal de um motor de indugao com rotor babinadn, 440 W/V pélos, cujo eixa, esti acoplado a uma bomba dégua centrifuga com capacidade de 235,000 litres por hora, recalcando gus de uma altura de 20 me elevando para uma caixad'égua a uma altura de 30 -m. O-motore acionado por ums chave inversora de freqiéncia que controls, em certas horas, a quantidade de gua bombeada, variandow rotagio entre 100% ¢ 60% do valor nominal. Foi realizads uma medida nos terminais do motor ¢ registradaa presenga de componentes harménico de 3°, 5° ¢ 9° ordens, com valores, respectivamente, iguais a 55 V.44'¥ 39. + CAleulo da poténeia nominal do motor sem inversor de freqiiéncia De acordo com a Equagiio (6.2), tem-se' rs OXY XH 98% 235 x 70 i fF = 20+ 50 = 70m, = 196,6 = 196.6 kW P, = 200 ev Q = 235.000 ; = 235 mh i y= ‘1 = 0,82 (rendimento da bombap + CAleulo do fator de distorgdo harméniea devide as harménieas de tensto De acordo com a Equagiio (7.60), tem-se: 587 + 44? + 397 80,5 Le Fay = 100% 257 100. x “ag = 100 So = 100. 0,18 = 18% + Céloulo da poténcia nominal do motor acionado por inversor de fregligncia Através da Tabela 7.8 determina-se 0 fator de reduce de poténcia do motor eombinados os efeitos rotagio ¢ des harménicos, cujo valor é de 0,87, relativo A velocidad de 60% da nominal que € a menor laciio de operacio. Logo, a poténcia nominal do motor deve ser de 250 cv, ou seja: = 220.8 cv > Pry = 250 ev 0.87 7.11.2.10 Partida do motor Deve-se verificar se @ motor durante a partida pode provoear quedas de tensio supers 10%, conforme ji estudado anteriormente, Além disso, deve-se verificar se 6 conjugudo do} € suficiente para vencer 0 conjugado da carga. © emprego da técnica de controle de veloc maicrializada na chave inversora de freqiiéncia, po: satisfazer estas condigdes desde se mantenha constante a relagdo entre a tensio e a freqdéncia,o que resulta a manutencao do nominal do motor e possibilita ter-se correntes de partida muito baixas, acarretando, co iemente, quedas de tensiio modestas. Nido é economicamente vidvel a aplicagao de d conversoras de freqiiéncia com finalidade especffica de reduzir a queda de tensio durante a la de um motor em situacdes normais. No entanto, atilizando-as para a finalidade de cont velocidade podem ser ajustadas para permitir um acionamento com quedas de tenséo red Em geral, 0s motores acionados por inversores partem com freqléncias muito baixas, do-se as veres, a valores inferiores a 10 Hz, ‘A manutengde constante da torque implica que: te = constante By PARTIDA DE MGTORES ELETRICOS DE INDUGAO. 351 Ye KX E,XN (7.63) ,, — tensiio aplicada nos terminais do motor, em valor eficaz, em V: K ~ constante que vale 4.44: F,, ~ freqiéncia absorvida pelo motor, em H. NV — ntimero de espiras do enrolamento. E necessario que o valor de @seja constante para que o torque resultante também se mantenha ‘constante em toda a faixa de variagao da velocidade, jé que € dado pela Equagao (7.64). C=KXPXI,X cos (7.64) K-— constante de torque; 1, X cos uh — componente da corrente do rotor. Comoa poténcia do motor é dada pela Equagao (7.65) ¢ sendo W a velocidade angular dada na Equacdo (7.66), logo, reduzindo-se F,, diminui-se W, que, conseqlentemente, reduz P, j& que C mantém-se constante. P=CXW (7.65) W=2*7XF, (7.66) DE APLICAGAO (7.17) Considerar, numa instalagio industrial, uma bomba que trabatha com carga varidvel e € acionada fre- giteniementc, Calcular a poténeia naminal da motor, sabendo-se que.a bomba necessita uma poténcia no eixa de 148 ev quando esti operando na sua vazo minima, 0 que pode acorrer a uma velocidade de 700 mpm. O motor especificado deve ser de indugiie com rotor em curto-tircuito, IV polos, 380 VAG) Hz, 1.800 rpm, + Caleulo da poténcia nominal do motor De acordo com u Equagio (7.59), tem-se: 1.300 Pg = AIS 148 RG = ABT Ov Logo, o motor adotado seri-de 475, + Calculo da freqiléncia e tensdo no motor em operagao em baixa velocidad Vy _ 380 _ Vy Ww, 1800 700 Freqiigncia a que deverd ficar submetido o motor é de: 5 ax _ 4 700 a ARO; 120 ‘Tensio a que deverd ficar submetido.o motoré de: 23,3 He Vg 380 _ Vow » . Fr ww eT + Célculo da comrente ste partida com o inversor 147.7 “380 Ie = KX Loe ® By = 7.6 6105 % 0,388 = 1.800 A. [y'lyg = K = 7,6 (Tabela 6.3) Lg = 10,5 A (Tabela 6.3) q x, = 0,388 + CAlewlo da tensio e da freqiléncia para a corrente de particla igual a nominal 352 Capiruco STE ‘Como o inversor de freqiigneis permite reduzir a velocidade angular a valores bem inferiores, pode-se repular o potencidmetro a um nivel tal que reduza a corrente de partida ao mesmo valor da nominal, a fim de no acarretar perturbuge no sistema, ou seja: = =0,1315 76 We = K,—+ V, = 380 X 0,1315 = 49,97 = 50V Jpg = 7,6 X 0.1315 X 610.5 = 610,13. A feeqiiéncia a que fica submetide 0 motor é de > F = 236,8 rpm _4xW _ 4x236.8 120 120 7,89 Hz Os inversores de Freqténcia permitem que, nas operagdes de frenagem das motores a eles acopladas, soja regenerada a energia resultante, devolvendo-a a rede de suprimento, 7.11.2.11 Regime de funcionamento Deve-se observar seo regime de funcionamento do motor permite manter a clevagio de tem- peratura dentro dos limites normativos previstos para cada classe de isolamento, 7.11.2.12 Influéncia sobre os capacitores Como os capacitores sio afetaclos quando percorrides por correntes de freqdéncia elev deve-se tomar cuidado para evitar que o motor seja submetido & sobreexcitagio ou que surjam sobretensdes no sistema. 7.11.2.13 Sobretensdes no isolamento ‘A comutagiio efetuada em alta freqiiéncia provoca elevados picos de tensao que afetam a i tegridade do isolamento, notadamente entre fases ¢ entre fase ¢ terra, Comoa taxa de crescit to da tensio em relagiio ao tempo (dv/dt) é muito elevada e representa a subida répida da ten no processo de comutagio, o isolamento entre espiras também € afetado, senda que a prime espira é a mais solicitada ¢ representa 0 ponto de rompimento da isolagao. A forma de garantira integridade-da isolagdo ¢ utilizar um motor da classe de tensao de 600 com lensiio suportavel de pico de pelo menos 1.000 V, ou seja: Veeo = LIS V2 XV, = 1,15 X 42 x 600 = 976 V = 1,000 ¥ O valor 1,15 representa o fator de sobretensdo. Também deve-se especificar um motor tempo de subida da tensio (rise ime) igual ou superior a 2 jus. Com isto, tem-se 0 valor mi da derivada (dvy/dr = 1.000/2 xs = 500 Vis). 7.11.2.14 Limite do comprimento do circuito do motor Una onda de tenséo injetada no terminal de fonte do circuito do motor ¢ que tem uma minada impedincia caracteri inge © terminal de carga onde esto ligadas as bobinas mesmo cuja impedincia caracteristica ¢ significativamente superior & primeira, resultando 0 némeno de reflexao e retracio da onda de tensfio, Em fungao desse fendmeno, estudado no Manual de Equipamentos Elétrices, do autor, o motor € submetido a elevacdo da tens&o nos 9 bores, ‘A Equagio (7.67) fornece o comprimento critico do cabo além do qual poderia surgi menos perigosos para a isolagio do motor. big * Mow 6 Te a Parting n= MoTORES ELETRICOS DE INDUAD 353 7a Tarmpo de Gresciments da Tenséo — jis V,, ~ velocidade de propagagio da onda de tensao, em geral, igual a 150 m/ys; F,, ~ tempo de crescimento do pulso de tensio (rise time). A Figura 7.41 fornece o comprimento eritico do circuit do motor em fungio do tempo de cres- cimento da tensio. De forma geral, 0 comprimente do circuito do motor niio deve ser superior a 25 m,

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