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FE LLLLLa A g = ic] = g 5 = = idnca me aise interamente daguele que fio meu ponto = e partida, a pritica pedidtiica, Fei muito valioso, para mim. = rar em contato com 4 pressio social & qual eu tinha'de g ssponder enquanto médico num hospital para criangas. 9 .© mesmo tempo, apreciei bastante o permanente desaio & = a pritica provada e das consultasterapeuti 5 B Obras Fecolhidas ‘ais atividades proporcionaram-me a possi ‘e modo amplo que cu vinha na mesma époce aprendendo través da prética psicanalitica propriamente dita.” <~. .W. Winnicott, E.R.CP. (Lond,) ‘AEDICO, PADDINGTON GREEK CHILDREN’S HOSPITAL, LONDON W2, AEDICO-CHEEE, DEPARTAMENTO DE CRIANGAS, SLINICA PSICANALITICA DE LONDRES, LONDON Com uma introdugdo de: -K 200800 | s227 AGL 1480401 Da podatia & psicandise ons m9 DA PEDIATRIA A PSICANALISE D.W. WINNICOTT [Nao possiveldefinira verdadeira na turezn das pesquisas de Winnicot, aio ser ‘que as abservemos evolu no interior de tuna certa fase ede um erto cima de deba- tes fedricas e clinicos éa British Psycho~ vic Society. A década de 1928 a 1938 foi talver @ época mais viva e criativa da pesquisa na Sociedade Britinica. A pre- senga soberana de Freud estava n0s bast- dores, la em Viena, Seu trabalho havia reeebida 0 acréscimo da hipStese estruta- ral da mente em termos de ego, superego ¢ ide da revisto da teoriade ansiedade, que pusera 0 ego no centro do funcionaméato psiquico ¢ da cealidade comportament Pouco antes ele havia também introds do 0 conceito de dualidade pulsional: os instintos de vida e morte. Um longe em Budapeste, a prodigiosamente critivae fértil mente de Ferenczi abriano- vas perspectivas para a ousadia de psica- nalistes, Paralelaments, Ana Freud © Melanie Kl fam as suas pesquisas ra anise de criancas. Para a Sociedade Briténice, um mo- mento de impoitineia capital foi o convite feito a Melanie Klein pelo entto presidente Dr. Emest Jones para vir ensina etrabalhar ‘em Londres em 1926. Seutalento todo par- ticular para compreender fantasia incons- cientes da eriaaga pequena través da téenica do brinquedo tomou conta da ima- sinagao de seus colegas britanicos, na mes- sma medida em que levantava suspetas © resisténcias em Berlime Viena. DA PEDIATRIA A PSICANALISE DA PEDIATRIA A PSICANALISE OBRAS ESCOLHIDAS por D. W. Winnicott Com uma Introdugio de M. Masud R. Khan Tradugao Davy Bogomoletz 200803 5227 (616.053.2:159.964.2 WIN idap 1480401 Imago cont 919586) OV. Wien by segs what eg Te Wi Tet ‘Teadupt: Davy Bogemeletr Luciana Ms P-Besit Sines Na wre cop — 6189289 COU 816053261689 00-0988, Reservas todos o2 presto no Brat ‘Pineda Sumario Preficio do autor Agradecimentos Sobre a Tradugto Introdugdo de M. Masud R. Khan PARTEI 1 Nota sobre Normalidade e Ansiedade nl Agitagto PARTE II UL © Apetite e os Problemas Emocionais WA Observagio de Bebés numa Situapo Padronizada ¥ Consultas no Departamento Infantil Vt Psiconeuroses Oculares da Infancia vn A Reparagdo Relativa a Defesa Orgenizada dda Mie contra a Depress vi Ansiedade Associada & Inseguranga 1% Tolerincia ao Sintoma em Pediatria: Relato de um Caso X Um Caso Tratado em Casa PARTE Itt XI ADefesa Maniaca XU Desenvolvimento Emocional Primitivo Xml Pediatriae Psiquiatria 1931 1931 1936 1941 1942 1944 1948 i952 1983 1955 1935 1945 1948 10 i 37 1 1 112 133 148 156 163 168 187 199 218 233 DA PEDIATRIA A PSICANALISE OBRAS ESCOLHIDAS por D. W. Winnicott ‘Com uma Introdugio de M. Masud R. Khan ‘Tradugao Davy Bogomoletz “Tilo Ocginat hough Paaarice wo Paychonnlyis righ © 1958 yD. Wien. ty agen ak Pac Te Wie Tost “Trades Davy Bogoroletz apa CaP-Brai. Cashyaytos Sine Naciona dos Edi B wre Winicon,0-W. Dea Words, pain pcan: ois con wane de ancl Roe toon Dany Begone ce ona ago a, 208 o-0888 16.89 re poder ser ceproduzia por ‘hoc meron, poses eomesaico cou lereneo sm peonsstoexpressa da Editor 2000 IMAGO EDITORA ua Saree Rodrigues, 201-A — Fstcio prise 0 Bast Prise in Broil por D. W. Wisicot Sumario Preficio do autor Agradecimentos Sobre a Tradusao Introdugdo de M. Masud R. Khan PARTEI ‘Nota sobre Normalidade e Ansiedade 1m Agitagéo PARTE I tO Apetite ¢ 05 Problemas Einocionais IVA Qbservagdo de Bebés mura ‘Situagao Padronizade 'Y_ Consultas no Departamento Infantil Vi Psiconeuroses Oculares da Infancia Vit A Reparaglo Relativa a Defesa Organizada “da Mle contra a Deptessio Viti Ansiedade Associnda & Inseguranca 1X Tolerdncia ao Sintoma em Pediatria: Relato de um Caso . X Um Caso Tratado em Casa PARTE Ill x1” A Defesa Maniaca xi Desenvolvimento Emoctonal Primitivo >a Pediatrie Psiquiatia 37 7 a 112 133 148 156 163 168 187 § 199 218 233 sav” Memérias do Nascimento, Trauma do ‘Nascimento e Ansiedade xv ‘0 Odio na Contratansferéncia ade om Relagdo 20 nto Emocional Psicoses ¢ Cuidadas Maternos ‘Objetos Transicionas e Fendmenos Transicionais ‘A Mente e sua Relagdo com o Psicossoma Retraimento e Regressto 'APorigo Depressva no Desenvelvimento Efnceiona N Formas Clinicas éa Transfer soay A Preocupagéo Materna Primaria xxv A Tendéncia Anti-Social xvi Pediatria e Neurose da Inféncia. Bibliografia indice BW. winntcor 1949 1947 1950 1952 1951 1949 1954 1954 1954 1955 1956 1956 1936 254 2m 288, 305 316 332 34 393 399 406 4t7 424 28 Prefacio ESTE Livao reine diversas contibuigdes que apresentei diante de audiéncias cientificas. CO estudante nfo deve procurar nestas piginas informagdes bisicas so- bre a psicanalise. Considerei que estes conhecimentos j4 esariam de posse os letores, pois 0s que me ouviam eram predominanterente psicanalisas. ‘ive a intengo de expor meus proprios pontos de vista, ede teste as idéias que me ocorreram ao longo de meu trabalho Minha experiéncia clinica é um tanto variada. Nunca me afasti mente daquele que foi omeu ponto de partd, apr ica. Foi valioso para im estar em contato com a pressBo s qual eutinha fer enquanto médico num hospital pera criangas. Ao mesino tempo, apreciei bastante o permanente desafio da prética privada edas consultaste- ‘apéuticas. Tas atividades proporcionarar-me a possibilidade de aplicar de ‘modo ampio o que-eu vinha na mesma época aprendendo através da pritica psicanalitica propriamente dita. “Tenhoa espéranga de que este livro consiga mostrar quea pediatria éum dos caminhos legitimios em diregto & psicandlise, e até mesmo um bom ca- minho. Julgou-se conveniente agrupar os trabalhos dest liv em ts segbes. [Ne primeira foram reimpressos dois capitulos de ura livro anterior (Winni- 1931), agora esgotado, nos quais ¢ des para pediatre. (Os trabathos incluidos na segunda segdo jé mostram terem sido escritos por umm pediatra, mas um pediatra que se havia voltado para a psicandlise. ‘Na terceira ego encontra-se a minha contribuig&o pessoal para teoria a pritica atuais da psicandlise. 1957 Agradecimentos Gostaria de reconhecer meu débito para com minha secretéria, a Sra. Joyce Coles. ‘Agradego ao Sr. M. Masud R. Khan pela compilagio do indice e por nu- ‘morosascriticas e sugestbes de grande utilidade. Registro aqui eminhe gratidio para com as seguintes pessoas, eitores ¢ instituigdes pela permissdo de reproduzir textos jé publicados anterior- mente: 0 editor do British Journal of Medical Psychology, o editor de Case ‘Conference; Sra. W.M. Davies ¢ Jonathan Cape Ltd, pelo poem ‘Infai dos" Collected Poems of W. H. Davies, reproduzido na p. 244; Wi Heinemann Ltd; 0 editor do International Journal of Psycho-Analysis; 4 itor de Payehe; o editor da Revue Francaise de Paychanalyse; a Royal Society of Medicine Sobre @ Tradugao Davy Bogomoletz rmanter em lingua portuguesa um estilo que, a meu ver, Winnicot teria revessenessa lingua, Se erro alvo em excesso ou nfo, so leitorpode- saudose Jeannine Kalmanoviteh, que radu iy Winnicott parao francés. ra edigdo (1969), conseys gostava de ser simples, mas nem serapre.. Agradeyo também a is, com quem dseut a traduyto de impediu i Oliveira Dias ¢ Zeljko Lopate, dos grandes pensadores. idade, propdem —— ¢ eu aceito — taduzir concern como Cap. XV. Ohifeneoitilieore- -eza Humana deixei esse termo no ori- ido por "sem compaixlo ou séncia de piedade cu compsi- radePsicandlise em 13/09/97, édel ie (Carta 26), em The ira infancia: Em ing em que obebé ainda para ‘psico-soma’, mas mantive ohifen (compulsério em i sei um poueo mais, e surgiv ‘psicossoma’, indicando uma unidade. Em innicott comenta que o problema da Psicossomdtica & justamente ese hifen, ou soja, a cst entre a psique © 0 soma, Introdugdo' por M. MASUD R. KHAN suave concentragio. tum olhar perspicaz erespeitoso, que nos focalizava ¢ absoluta aceitagdo. Uma espontaneidade de lado e quieto, Jamais conheci outro analista que fosse to inevita elemesmo. Era essa caracteristica de-er inviolavelmente elemesmoque Ihe permitiu ser tantas pessoas diferentes para conhecemos tinha o séu préprio Winnicott, ¢ ele jamais atopelon a idéia rmacio de seu modo pessoal de ser. No entan- ott. Comecei propasitalmente por seutalentoclinico serps travam-se em perpétuo dislogo, ¢ suas téoriassfo simplesmenten sbstragio daquela constante pessoa que era W apeuta. E novamente, Winnicott o hot —o titubear humano buscando aprender os fatos. Ele era avesso aos dogmas i era nfo-conformisia desde 0 bergo; nada era eseqaitio dtm etetura 2 Daw. WNNICOT vverdade. O que havia de estabelecido era. espectro da experiéncis. Todas as cempregedas natarefa de encontrar o sentido das realida- a, Com as quais defromou-se durante fantos anos. ‘Como é de praxe entre os ingleses, ele eserevia no mais simples vema- culo, Nao ha retirica nem linguagem técnica assustadora em sua écriture mente, ¢.coma intengo de relatar. Ngo tenta- ng ermatilha de inaginar que sempre compreendiam o que ele estava dizen- do. Essa méconnatssance paradoxal Ihe era bastante agradavel. Sim, ele era rmuitissimo orguthoso, e sus auto-estim s6 era ameacada por seus proprios erros, nunca pela censura hela Quando comecei escrevereste ensaio,os anos passaram voundo diante dos neu olhos. Lembrei-me da primeira vez em que ouvi Winnicott falar decidi que eu ira saber mais sobre ele ¢ sua forma de trabalhar, Gragas a0 saudaso Dr. John Rickman, Winnicott permitiu que en assistisse a uma de 0 do rabiseo’ no Hospital Paddington Green. Nada ppoderia ser menos parecido com a esperada atmosfera médieo-clinica, Bra ‘um verdadeiro acontecimento. Alguém menos generoso diria que se trtava je. Ele falava com os pais enquanto 4 . de significado privado ‘nunca na presenga de participantes ¢ testemunhas recalcitrantes. Fojentao que me convenci de que, por tris de toda a ingenuidade ea pe- riclitante inocéncia e esponiasieidade de seu comportamento, escondia-se dda grogas as suas experiéncias clinicas e pessonis. DA PEDIATR A PSICANALSE 13 Realidade Intema Versus Devaneio (Fantasia) Nao ¢ possivel definir a verdadeira natureza das pesquisas de do ser que as observemos. 1a dos debates tebrico de 1928 21938 foi talvez a Gpoca mais viva. critiva da pesquisa na Society. A presenga soberana de Freud estava nos bastidores 1 em imo da hipétese estrutural da ‘mente em termos deego, superego c id (1923) ¢ darevisio dateoria da ansie~ lidade comportamental. Pouco antes ele havia também irtroduzido o conceito dda dualidade pelsional: os instintos de vida e morte (1921). Um pouco mais Jonge, em Budapeste, a mente prodigiosamente criativa e fértil de Ferenczi abria novas perspectivas para 2 ousadia dos psicanalistas. Paralelamente, vir ensinare trabalhar em Loncires em 1926, Seu talent todo parti compreender as fantasies inconscientes da crianga pequens através. do brinquedo tomou conta da imaginacao de seus colegas brit ‘mesmamedida em que levantava suspeitas eresisténcias em Berlime Viena. Gostaria agora de fezer uma pausa para felar um pouco das pessoas im- portantes da Sociedade Briténica ao longo dessa décads. Eram todos muito jo humanistica liberal, Emestoneseraa grande ff gure de autoridade. Havia também James Alix Strachey, e Adrian e Karen. Steven —do grupo de Bloomsbury. £ havia John Rickmaa, umn quoker que chegou A psicandlise através de seu trabalhona Rit ine, muito prestigiada por seu trabalho com Guerra. Ella Sharpe, que se torncu psi .E também Joan Riviere, Barbara Lo ‘apenas a sua vigorose criatividade. Foi a esse grupo tio ativo de pessoas que Melani seu trabalho. Foi uma década Klein apresentou 6 didlogo franco e sberto na Sociedade luenciaram o pensamento detodos. Até entéo ela ainda ndo havi levade o seu trabalho a0 nivel da apostasia. Vindo dapediatria, Winnicott chegou apsicanslise nesseclimatio cheio.de vivaci- “ Bw. vannicort ipar, @ j& havia estabelecido sua posicao clinica rood, de 1931. Nesse livro ele se havia colocado to que seu tral _gou-se por umas quatro décadi era um colega tio revolucionirio e desconfortével para os psicanalistas quanto o fora para os Winnicott era ‘mas também perturbada, e wilizou 20 maximo ambas as facetas er sua vida e em seu trabalho. Ndo poupou nada de simmesmo. Fezuma longa andlise pessoal, primeiro com James Strachey € ‘em seguida com Joan Riviere, Descobriua si mesmo através de seus relacio- rnamentos pessoais e profissiorais. Para Win iduo humano era jsolado e incognoscivel, que poderia personalizar-s¢ e conhecer-se someinte através do outro, como ele o descreveu ém seu trabalho “A Capacidade de Estar $o” (19586). Foi para explicar esse paradoxo humano crucial que ele investiu com extrema diligéncia seus esforgos clinicos e sua perspicécia, ‘A primeira formulagio coatendo o seu ponto de vista sobre apessoa hu- nana surgiu no traballio“A Defesa Maniaca”, tido numa Reunige Cientifica "Psycio-Analytical Society no dia 4 de dezembro de 1935. Esses arentemente sem importéncia surgem aqui para mostrar que enfrentar desde 0 inicio um tipo de problema muito especial com seus colegas an mente desdeniado. ‘Apresentado em 1935, reunir num livro esta primeira colegao de trabalhos seus, que eure deparei ia datilografada desse tex sido publicado cm lugar algum naqueles mais de vinte anos. Foi entao pu- blicado na primeira ediglo deste livro em 1958 (Cap. XI). Nesse trabalho, (com fantasia, mas com 8 arte da defesa maniaca a incapacidade de reco me, (..) A fantasia ¢umva parte idedeintema. possivel dizer ‘que fantasia (ev usaria agora o term 0 fa 1957) e0devaneio consituem manipulagdes onipotentes da 1a, O controle onipotente da fe implica em fazer ‘mesma, O individuo chega i ealidade ex de fantasia onipoten tes elaboradas no esforga de eseapar de real enna, A PEDIATR A PSICANAUSE 8 sara de ‘psicossome" ( argumento inaugurado por Winnicott nesse trabalho foi por ele explicita- do com maiores detalhes, ¢ numa linguagem mais pessoal, im seu ensaio “Desenvolvimento Emocional Primitivo” (Cap. XU), exatamente dazanos depois. Aqui Winnicott wa trés processos que consttuest os primdt- dios da realidade interna, e que tém inicio muito cede: Jntegragdo, personaizagao e, seguindo-sea estes, a avaliagto do tempo € {do espago ede outra propriedades da réalidade —em poucaspalavres,at0- sade de conseiénia (realizapio) A isto ele acrescentou: E possvel asumi que em seu comeyoteériaa a personaidoge encont aoimegrada que na devinegragho ropressva hi um exado rims ara o quel a rptessiolevo 0 individuo, Postlanes, pois uma ni fegrapdo priméri. E aqui ele reintroduziu o conceito de dissociag20 — que devia pesquisas de Glover, divida que ele nunca reconheceu: {A patti do problems da no-integrago surge outro, oda dssociagdo. A dis- sociagdo pode ser 8 dissociagio na realidade interna no artigo “Distorgdes do Ego em Termos de Verdadeiro e Falso En (Self)” (1960). O texto integral dssse trabalho pode serconsiderado indispensivel para a compreensdo do seu trabalho cl E preciso Ié-o vérias vezes, porque seu estilo éextremamente denso, © certo ponto eriptico. Menciono aqui apenas sua distingdc entre neces- ‘sidades do ego enecessidades do id, porque esta passagemn con: volucioniria mudanga de énfase em relagio a teoria © & pr época. O trecho mais importante é 1 Para reduc non-nepration ocorre-e proprotem Ficnasugeto-(N.d0"} le Dw. NICOTT precocial stig ds een a rin, no mera dst des sios Na regi gue exo ean, dsbntvecioa locas cannons define crag coo ine tos Ee pod sr eterno uate ron ou sa pad, Og? darian et ucumalano fg oii elie nan eta er gees demanas do wre prtidat con fzendn prt doe, e180 6 a biome. Quinde exe desenvolvimento sconce a atsnges oid or moraine flsineto dope, ord0 Vers eras ud eg aide Tondo rcr crescendo morenio an quasi do esrdem condicies deine! fristagdes experimentadas zaese de fat. Dessa hipétese a respeito do Verdadeiro ¢ do Falso Eu cle extraiu em segui- dda uma importante conelusto para a nossa pritica elinica: E possivel enunciar um prineipio, dé que ao trabalher analiticamente ne Jirea do Falso Eu iremos mais longe pelo reconhecimento da nfo existén- cia do paciente do que por umn longo e persistente trabalho sobre os seus ‘mecanismos de defesa. O Falso Eu do paciente¢ capaz de colaborar inde finidamente com o analista na andlise das defesas,jogando, por assim ‘comerou a exisic","Fsicamente voct €um homer, mas a agora néo sabe nada sobre masculinidade por experineia prépria" assim por diante. reconhecimento de um fato importa ‘camino para a comunicago com o Verdadeiro ‘que havia feito um bocado de anélise fil com base no Falso rando maciganrente com oanalista que pensava ser este oseu eu tt a vez: “O Gnico momento em que senti esperanga foi quando {que ndo tinha esperanca alguma, mas eontinuou com ami- innicott considerava que o fantasiar pode se trensformat izado paramanter a organiza¢do do Falso Eu de uma pessoa. sn disso, ue a técnica clissice, com suatendéncia amera- spretar 0 significado do comportamento do paciente em termos de “nine tb ere aa eas oceans cu. A lator abe precber eo set deymro—nem dela nemmeu Mad Khan pein’ casi foitaduzida NT. DA PEDIATR, A PSCANALISE "7 sistemas de fantasias inconscientes, poderia, em certos casos de extrema dissoviago da realidade interna, tomar-se ciimplice do FalsoEu do paciente, e erpetuar sua patologia com comentirios interpret ‘motives para acreditar nisso a partir de sua exper nica, pois muitos es de um tipo ou de outro c procuravam pe- lade interna das pessoas, tomnando-as capazes de pereeber de que ‘modo essa dissociasao especifica em Verdadeiro e Falso Eus operava den- tro delas. Para Winnicot foi se tomando cada vez mais importante defi da imaginagZo, da ilusio e do brincar no espago transicional de onde provém todos os gestos de auto-realizagao verdadeiramente espontaneos, os p: terna viva. into entre o menino ou menina con ‘organizaglo psiquict interna ¢ modificado de acordo com as expeciatives sir’ pelo pai ou pela mBe, ou por aqueles que vierem atornar-se crianga ¢oth 0 mundo externa. Do pesto dependéncia e da imaturidade em dire ‘doeu, que dfo sentido aoagire ao viver, eque constroem a capacidade para aso com objetos deanior mais maduros sem perda da identidade DA PEDIATRIAA PSCANALSE 43 Ew havia discutido anteriormente 0s conceitos do verdadei ‘eus. Gostaria agora de fazer omesina.com o conceito de int mente importante pelo fato de modificar de maneira signifi to clissico de defesa, e tambi anfase excessiva hhumano”— desde o estado fetal até fim da inf situagdo bastante confortivel, criada pelos cuidados mi ambiente. Este, obviamente, ¢ « equagio ideal. Oa mesima forma, pensa Winnicott, #natureza permitin que as falhas — que representar‘am intru- sBesao recém-nascido— ocorressem demodo gradual, dentro de evntinuo processo de crescimento e maturagio. Mesmo a sparentementezraumitica experiéncia donascimento acomada-se no seio da preparagaie do ama cimento que levam o etoa ingressar na categoria de “beb&”. Neste sen diz Winnicott: Ni é dif ‘compreender, ¢ Freud ao deixou claro, que aexperisneia do nto nade tema ver com qualquer tipo de percoppaodo bebédeque cle esta se separanda éo compo da me, Podemos postular algun tipo de estado mental do feto, Creio ser nos bem se odesenvelvirnento pessoal do perturbagdes quanto seu aspecto fii el dizer que as o .odobebs tive Antes do 1a exista, nessa etapa, a eapacidade para u vel desse desenvolv na sade, as p u idade constituena esti agdes sio contraproducentes, por 120 precoce de desen orca do ego para que ocorra uma reagdo sem per Mas a isto ele acrescenta uma observagio: no processo natural a experténcia lo noscini cerbaa de alge que o bebé é canhece. Porum certo tempo. pode comegar a ser. a“ Dw WINCOTE formutegdo mais simples que sou espa de fazer sabre o proces ‘Tratase de uma fase tomporiri de reagBo © por dade; um exemplo de grande magnitude, mas perao avapreparad 2, de interfertncia no "continuar a ser’ peseoal, 1 peolongado rem t8o poderosoaponto de cortar oo da continuo pro sco pessoal do bebe Ao se a ‘adaptagio ativa do.ambi tanto, 0 nascimento nfoé uma _feto jé esté preparado.” Inerente 20 conceitode intrusto, segundo Winnicott, encontra-se a‘ne- ccessidade de reagit’, porque ¢ esta tltima que leva, quando persistente, & ar~ .¢lo de um Falso Eu: “O bebS incomodade pela necessidade de reagir € rurrado para fora de um estado de ser.” (Ver th. Winnicott 1972b), A es- samento €: pressupde que aunie esteja basicame ‘compreender 0 mod de vida individ sua eapacidade de ‘dent co bebé surge antes de este nascer, © co nseimento emesrao depois. Di rnascimento é ruptura do ‘cont dba reagao do bebé sel, jento daego, Na mai Jmpertente, determinando uina boa parte dos anseios por um ‘ais fatores adversos soto seve: (anio ser pelorenascimentono ente em seu desenvolvimento mente favoraveis. De acordo com Winnicott, so as reagdes intrusto que importam, € no a intrusio propriamente dita. As falhas na adaptagZo da m&e és necessidades | | (A PEOIATRIA A PSICANALSE “6 dda crianga produzeth “fases dereagao i ‘o‘continuar a ser’ da crianga, Um: tragdo, mas uma ameaca de: 1¢do.” Esse tipo de ansiedade, para ele, cconstitui o verdadeiro problema do paciente no estado de regressdo a depen- dene Em seu trabalho “A Agressividade ¢ sua Relacto com 0 Desenvotvi= mento Emocional” (Cap. XVI), Winnicott analise toda a questio da reagdo 4 intrusao.em termos da motilidadec das experiéncias de agressbo emerger- tes, e assinala trés padres encontrados nessas experiénccs [Num dos padtSes,o ambiente & constantemente descabsrto e rodescaberto em razdo da motilidade. Aqui, cada experiéncia no contexto do primirio enfatiza o fato de-que de 1d évivda, nese contexto, apenas como uma reagdoa intrusso, ‘Nuun tercero pedro, exiremo, tudo isto €exagerado a um tal grav, que _mlohémais sequer um lugar de repouso onde a experiéne -omo resultado temos 2 feléncia do esiado de io do qual evolui 0 uma extensBo dacasca tensio do ambiente mente, € pode nto s al, nesse cas, existe apenas escondido,e tees entBo que vverdadeiro. 0 falso eu ode feum verdae cfc vce se passasse apensar que o vorito recorrentsfOss6 com gu 5 Peder sce asia SES to quando ume causa sca defini enconrass Erescaie (tal como obstru- ao intestinal, apencisitesubaguds iets) ‘ores de eabera. que frequentemente merecem 0 nom 6e ecg ca, poder ocorrer en erangasansiosts. Em caries 8, ors, tega sfo muito claramenteo resultado de urs congsstf do slo ons 98 eee del Em outros,ndo parece exitir qualquer meceniso esse tipo. dem ocorrer associados @ convul Si A se idas no nariz, mas constitai uma . wie Tp eo ‘tome uma defesa menos eficiente contra GOES. Assi ro ae or ai um indicio capaz. de fornecer uma possivel explicagiio pare 0 oc ae truladas por alguém, fiquem gripadas com tanta frequéneis. "Em conjunto coma congestionasel ocorretendéncis acpistaxe (hemor rane psd on ce poe dion ae senoas contra a ansiedade, st , contra excess0 de ‘sem possi- bilidades de descarga, Em certos casos este 0 fats nse ani aarti sujeitas a cises de respiragto pesadne diy ‘a atag Se nos de ansiedade, que por vere sto confurdis com a8 DA PEDIATR A PSCANAUSE n ‘Muites eriangas sto levadas ao médico por apresentarem tendéncia a _desmaiar, especialmente durante as orapSes tmatinas na escola, ou quando tm de permanecer de pé num quarto aguecido, ou entBo quando esto junto ‘a multiddo de outras criangas. Isto pode acarretar — out dar a imprenssio de ‘confirmar — uma suspeita de cardiopatia, levando o médico a manter na ‘catna uma crianga na verdade saudével. pensar em sangue sem sr ‘nhe para cle, Fisioamenteestava em perfita sade Da mesma forma, a tendéncia e ter convulsdes nem sempre independe dda condig&o emocional da crianga. Criangas sujitas a epilepsia podem, es- pecialmente nas fases precoces da doenga, ter uma convulsto em situagBes ‘em que outras criangas sentiriam raiva ou medo. Em certos casos as convul- shes sto deflagradas somente em situagdes de tenstio emocicnal, ¢ em casos extreros ocorrem apenas no auge dew terrrstonumo. Por outro lado, um crise de ansiedade pode ocorrer to subitamente, sem razBo alguma, que ée- sitimo suspeitar de convulsio ainda que no haja tend crises convulsivas. O reconhecimento deste fatos é mente proloagado com bromet, se por un lado ‘um epilético, por outro écertamente muitoruim para ‘mente ansiosa, e portanto no necesseriamente enferma. cemocional da crianga, De imediato ¢ preciso considerar qu pende da capacidade da crianga para tolerar onivel de ansiedade. A dade de toleraraansiedade varia tanto quantoo grav eoconteide da mesma, ‘Qualquer mudangafisica que podera ser produzida pelo hipnotismo teria de ser encontrada também no consultériomédico. O poder do nconsciente so- bre 0 corpo s6 recentemente comegou a ser compreendido, mas parece que 0 metabolismo pode ser reduzido até quase a parada completa, omascimento de dentes pode ser adiado, feridas podem manter-se abertas¢0 cabelo é capazde cairsimplesmente em conseqiéncia de um desejo profundamente enraizado, Parece, também, que alguns ferimentos nfo se curam sitmplesmente come re- sultado de uma falta de interesse da criange, ou do tecido, em continuar vi- ‘vendo. Uin novo interesse pode reaviver tanto crianga quanto © poder cica- ‘eizante do tecido, Outros tecidas que nfo a pele também. apresentarn variae 2 .W. WINNICOTT ‘gdes quanto & sua capacidade de recuperarse, tendo em. vista 0 desejo da Crianga de viver (por exemplo, em casos de pneumonia). Sabe-se que a ausén~ ‘ia de pratificagfo oral pode adiar o desenvolvimento infantil, fazendo com aque. crianga demore a andar, movimente-se de mode desajeitado, demore a falar, endo Seja capazde brincar ede se comunicar com ou'ras pessoas. O me- canismo em funcionamento neste pontondo est claro. ‘Compreendemos melhor as mudanras ocorrides nos érgios devido @ excitasio. Fantasie eréticas so normalmente acompanhadas de ereyfo € ragbes vasomotoras ¢ movimentos ritmicos do co 6, suor e desejo de dormir ovorre em eriangas normais, inclu pequenas. - ‘Um dos efeitos da ansiedade sobre o conteido da fantasia € ode acarre- ‘ar o prolongamento dos estigios iniciai de masturbar-sea fim de compensar# falta de autoconfianga prevocada pela inibigSo. ‘Os efeitos dessa excitagdo prolongada podem ser dividides em hipere- mia (vasodilatapdo periférica tempordria que aparece sob a forma derubor © tabilidade vasomotora. - ‘nham uma regressto a fantasies do estigio pié-genital do desenvolvimento emocional. ‘Outra tendéncis € a que se manifesta relacionada a sensibilizagio da ‘pele, resultando emirritagRo anal, reagdo geral&iritagdo em forma de urti- céria, ou urticéria espontiinea. ‘A principal tendéncia de um organismo alterado por excitagde continua éne diregdo de uma hiperemia localizads. O nariz entupido é um exemplo DA PEDIAIRIS A PSICANAUSE 7 comum, mas qualquer tecido pode softer uma mudanga correspondente & cexegao do tecido eri ‘Mudangas vasom pele das partes envolv da pele apresentam-se na forma de manchas na em edemas nos tomozelos, em "md circulago”, em certas modificagdes da tendéncia normal a sangrat nos locais onde a pele ¢ferida. sides aqui apresentadas quanto so mecanismo pelo dos, drei algo sobre as olbos, o na- ize a garganta Os olhios , quero ver") ( piscar obsessive, outro modo corrente do olhar. Blefarte cronificada por esfregagio incessante (equivalente da mastur ago). Onariz (O cistirbio principal €a congestéo nasal por excitardc continu, diet mente associada & congestio e exeitagdo anal, com fantasias de certa natu- reza, Toi fantasias sto crutis eassociamn-seadesejosextremamente destru- tivos, dos quais a crianga ndo esté consciente. A hiperemia tem por conseqdéncia: ‘Uma sensagao de entupimento,o vcio de fungar,tendéncia a epstaxe (angramento). Obstrugdo do flaxo dear, respira Ressecamento ds mucosas, ‘uma vulnerabilidede eurenta bocs. 1% .W WNNICOTT CObsirugdo do flaxo de secregbes dos seins da face, com aumento defen ‘e propensto A sinusite; por anda, eis infecta- ‘arecidiva Geralmente associada 2 cougestifo, encontram-se a sensi ‘mentada da mucosa nasil eo hibito de futuear 0 mariz. A dé | levando inclusive & hemorragia, eflete a crueldade presente na fan da qual, no entanto, x crianga encontra-se essencialmente attibuir as mexidas no nariz.a vermes de que esse hébito de futucar onarizequi- vale & masturbagfo anal A garganta (wenhume mudanga fica): tais fenémenos. ireto para o sujeto -sensagao de gargantadoloriga, rouquidlo igacdo coma ten a qualquer fala ou mésia, ¢ até mesmo Tuidos. Isto provoca cansero & ‘ba asecura ea rouguidio, Muitas pessoas, quando léem, acompanham ‘com movimentes das cordas vocais, como se estivessem Jendo em Isto provoca cersago da vore expla o conselho muitas vezes dado ‘acantores dequento deveriam lerantes de subir aopelco. Umasituagio car regada de ansicdace aumenta ainda mais esse cansaco da gargata, pares Claro que tal sintoma tem a ver com uma intensa hostiidade inconsciente, facomo um sintoma castigo ta ‘vés da perda de urea voz privilegiada, sentimento de culpa peo fat de pos- Suicuma boa voz) aum paciente quento desenvolveu umaafoniabistécica, ‘golado, ou acompanhando tais dstirbios, pode existiro pigaro obses- sivo, Nemogide em que isto piora oestado da voz, também pode ser conside- ado como sutodestrigio. Por vezes umimenino na puberdade nto conseque utilizar o novo poder da fala maseulina. eau falard em flsete ou corre orisco de imitar incons- ‘ientementoa vozde slguma gerotz oumulher conhecida Istopode acarretar ‘cansago das cordes vocais e pode sex perfeitamenteassocindo ao fenémeno (n gargantaansiosz. Uma menina podera,similarmente falar em tom grave ‘cimitar uma voz masculina, conhecida ou nfo, mas é menos provével que isto esteja assbeledo 2 musdangas fisicas seeundéria. [Amaioria desses sntomas, assim como as doengasfisicas, pode ser us tizada por uma crienga (imconscientemente) para a satsfasao de desejos inconscientes e para a neualizagao de sentimentos de calpa (também ia- + conscientes), Ou entdc pode acontecer que uma erienga, por assim dizer, A PEDIARIA A PSCANALSE 15 specialize em uma ou outra tendéncia mérbida, de acordo com o interesse stribuido ao problema (por exerplo, quando o médico cham a doenga por ‘umnome, ou ndica um ratamento interessante). préprio desconforto pro- vocado pelo sintoma e seu trtamento prestam-se muito beri, com bastante freqdéncia, aneutralizar um sentiment de culpa, por exemplo, quando uma taquicardia impede (¢ nko o deveria) a pritica de esportes dos quais o me nino gosta muito, mas que The provocam sentimentos de culpa quando & bem-sucedido, ou quando dores de cabega revorrentes (nda devidas 8 pro- blemas oftlmalégicos) impedem a menina de ler ivros 4 cexpectativa ou 0 medo de proporcionar informagdes ¢ Por causa da tendéneia a transformar uma suave colina de ansiedade clara do quadro da ansiedade criangas fisicamente saudaveis ladas como doentes de reumatis c,, ¢mantidas na cama — talvez durant lém do mais, o tratamento compreensivo de uma cienga ansiosa, que sgeralmente significa apenas a observegaoinstiva endo ansasa por part do ‘médico, acelera em muitos casos a recuperagao da sade pen. Causas Fisicas da Ansiedade No estudo das causas mais comuns da ansiedade, base nfo fisica, Sdo justamente as causas no fisicas a5 noradas, devidoa mé vontade dos médicos e outres pessoas em reconhecer a cexistencia do inconsciente e admitira importincia ea intensidade do erotis- amo da hostilidade infantis. ‘Mas as préprias doencas fisicas podem alterar profundimente 0 estado psicolégico de um paciente. Um exemplo cotidiano desta verdade ¢ dado pelo paciente febril que tantas vezes fala coisas sem nexo. fica excessiva- mente nervoso 20 receber a niaco. As vezes a inica manifestardo clinica da pneumonia ¢amania aguda, ouo delirio. ‘As doengas do cérebro sto capazes de produzi mento em todos os graus possives,p dade, a inteligéneia ¢ a rapidez ‘comium éa coréi, que provocs inst « flutuagdes no autocontrole. 1% Ww. WNICOTT A encefalte letargica, em conseqdéncia de sua natureza epidémica, pode a qualquer momento provocar alteragdes na personslidade devidas & doenga cerebral, Comportamentor anti-sociais, ns céticos podem ocorrerem pacientes enteriormente normais devidoa encefé- lite, pela modificagdo dos fatores que levam os seres humanos a agi ‘modo mais ou menos civilizado: a doenga cerebral perturbou o dese} equilibrio. Para.além da coréia, reumatica, aguda ou latente, éacompanhada de um aumento do necvos Isto sugere um interessante problema, que pode ser formulado da seguinte'maneira: ‘A febre reumatica ativa provoca ins ide emocional? O nérvosis- mo causa predisposigio a febre reumética? Hé casos de criangas nervosas ‘iJo nervasismo & ceusado por febre reumatica que nko se manifesta claa- mentee nenhum outro modo auséncia de atte, cardioptia, coriae 1A primeira proposigdo¢ inegavelmente core geralme 2. Nio ha certeza de que o nervosismo predispée 4 febre reumética, 3. preciso admitiraposstilidade de que em casosrarosains.abilids- Doengas Fisicas Mascaradas por Ansiedade s,ocorrendo numa crianga nervose, podem sermas- daansiedade, 0 estedo febril nfo apenas sumenta a doente, que os sintomas .doenga, como por exemplo berculose vertebral ou da ba gor numa condigdo em que a crianga normal far do a ida de estar doente adquirido um significado deculpa, que para essa crianga especificando épos- Capitulo I Agitacao! (1931) NA PRATICA clinica encontramos usualmente tréstipos de agitagfo: aquela devida & excitagio ansiosa, os tiques ¢ a cordia Pelo fato de esta itima, me~ ‘nos comum que as outras duas, avarretar tendéncia & febre reumatica e a doenga cardiaca,o diagndstico diferencial entre um tipo de agitagao e outro 6 deveras importante. Um erro pode sigificar que uma crianga ido propensa 8 doenga cardiaca seja mantida na cama, quando estaria bem melhor brin- cando por af, ou entéo que uma crianga softendo de cortiaseja punida na es- ‘cola por uma agitagdo que esté fora de seu controle voluntirio, e execute ‘tabalhos pesados e patticipe de jogos precisamente quando seu coragao de- veriareceber oméximo de repouso possivel. Ambos os eros slo igualmente deploraveis. . Felizmente, cada tipo de agitagao tem suas marcas caracteristicas, de modo que, havendé um cuidado razoavelmente atento, a divida quanto 20 diagnéstico nko ser muito freqiente. Agitago Ansiosa Comum A agitagdo comum nao possui uma base organics, -vinculada da coréia, ¢ conseqiientemente da doenga cia deve ser deixade sem tratamento algum e, tanto qu sequer considerada. teiramente des- ede preferén- el, sem ser 1 Raed inet em Cine Meteo» Dire of Cho! Lands, Hema, 1 0.4, wCOTT ‘Normalmente esse tipo de agitapio nfo aparece de um snomento para ‘outro, endo, por assim dizer, parte da natureza dacrianga, €por este aspecto historico especitico jé paderia ser distinguido da coréia. Em certos casos ha relatos de seu surgimento em seguida 2 aconteci- rmentos que provocaram ‘amanka excitaydo ou ansiedade, qug a eriangs nfo fi capaz de lidar com eles, porque a idéia por tris do episbdio deu margem a sentimentos que a criange nfo pode tolerar. Acontecimentos desse tipo po- dem ser sibitos¢ imprev'siveis, como quandoumarajada epentina de vento cescaneara uma janela,faza porta bater com estrondo ecria uma enorme con- fusto, Ou entZo provocarem sentimentos intensos demais de medo ouraiva, ‘como quando urna erianga recebe uma informasio sexual indesejada, ou vé (0s pais juntos na cama, cu assiste a uma briga entre adultos, O mesmo pode ‘ocorrer par ocasiao do rascimento de um inmo ow irmé, ou devido 4 visto de uma pessoa com a pema paralisada, ou dos dentes falsos de alguém etc. (A coréia também pode comegar num momento de grande tensfioemocional ‘ou depois de um grande esforgo mental, como por exemplo um exame €s¢0- Jar.) Estas eriangas agitalas, excitadas, precisam estar sempre fazendo algu- ‘ma coisa ou indo a algum lugar, A excitagdo Leva imediatamente a wm au- mento da egitagao (como ocorre também nos easos de coréia). Enquanto 08 ‘movimentos da coréia dominam acrianga, os movimentos da erianga ansio- ‘a fazem parte de seu esforgo por dominar a ansiedade. A crignga tomnd-se tentdo umn “problema”, nfo péra quieta, “apronta” toda vez que a deixam de- socupada, e ¢ sempre “impossivel” & mesa, seja por conser como se alguém the fosse roubar a comica, ou por derrubar copos e derramar liquidos a ponto de todos acharem timo quando ela finalmente pede para sair da mess, ‘Aqui podem ser encontradas todas as variages possi insuportivel em casa, mas na escola comporta-se como um anjo, Outra ¢ ‘mandada para exame médico pelo professor por suspeita decoréia, enquanto os pais nfo notaram qualquer anormalidade 6 a ansiedade, da qual em geral podem sernota- dos virios outros indicios. O mais comum é ura aumento na urgéncia ¢ fre ia da micgdo. Pode ocorrer umn aumentona freqdéncia ens urgencia da om ou sent cétices, ou somente fortes crises de agitado. Pode ocorrer também uma apasente insénia, em que a crianiga € @ cira a acordar. O sono pode ser perturhado por terrores notumos, ainda que isto seja mais caracteristico das criangas “itri- tantes” do que das criangas “irvitadas”. Pois sao criangas superexcitadas, ow A PEDIATR A PICANALSE ” “agitadas”, mais do que aflitas com tudo ¢ todos, com 0 escuro ou por estarem sozinhas etc, Certamente, as duas coisas esto freqiientemente mis- turadas, sss criangas fazem amigos com fecilidade, brincam selvagerente 0 dia inteiro e geralmente estdo felizes, torando-seinrtadas mais em situa ¢6es de tolhimento ou restrigdo. Se imaginarmos uma criaage desse tipo, Jembramo-nos de inimeras eriangas entre 0 cinco e 08 dez anos, magras ¢ jas, sempre vidas e répidas. Movimentos repetitivos — Tiques é encontrarmes criangas com de coréia,e de agitaro comum. tique pode persistir quando « crianga de- senvolve a coréia, © pode ser encontrado também em criangas excitéveis. ‘Com certeza, deve-se investigar as condi¢des do local — por exemplo, um exame oftalmalégico no caso da crianga que pisca 0s olhos —~ mas 2 anor- rmalidade reside na necessidade de executaro ato repetitive, de modo que se um movimento é curado, a probabilidade de que surja outro & grande, Ome- Ihor eatumento ¢odenko prestaratengdo aomovimeto. E gosivel que cle entepreseritosteria ‘persista, mas nesse caso nenhum dos tratamentos gers éxito, Coréia Nada & mais fil, para quem esté fami 2, do que diagnosticar um caso tipico de is de: fo, nenhuma parte do corpo ficend : f i mesma € se toma ininteligiv jorna-se uma tarefaarriscada, Mesmo o deitar de costas 6um trabalho conse- tivo, A instabilidade emocionel manifesta-se pela alternncia entre sorrisos espasmédicos e chores incontrolados. ‘Uma respostaexplosivatpice & deflagrada quando se pede & cranga ‘para mostrar a lingua e depois recolhé-ta de volta, Se, engeanto a crianga mente calma. A fala tropera ca .W, WNICOTT forgaamdo dela altemadamente entre a a afetada pela coréia tende a perder @ im que mao aleanga.aposigao seguin- doenga mantém a presséo sobre o dedo tenta seguraro dedo do médi posigo supina e a pronagio, cor peluma linha que ao mesmo tempo indica con sagdo. Se ela atende ao pedido do médico no frente do corpo com os dedos estendidos e separados, os pulsos apresentam uma tipiea flexio e os dedos ficam hiperestencidos. Se os movimentos invo~ |untérios s40 mais intensos num dos lados do corpo, énesse lado que a posi- dos dedos se mostrard mais pronunciada specifica dos movimentos provecados .gnosticada no instante em que acrianga.é vista: De fato, no hospital, 0 mento para diagnostcar um caso leve de coréiaé quando um ou- entdondo consciente de si sagdo da garganta dartrte e& cardiopatia (cardite) reumatdides, iio no tecido cerebral ‘mais a um provavel edema do < im sintoma ou marca permanente sZo encon- ‘trados posterior ‘Accrianga recupera-se da cozéia, ¢ acura pode ser um pouco acelerada com uso de aspirina,O iinico perigo deriva da doenca cardiaca de natureza reuméticaa ela associada, A maioria dos casos de cori no raz complica- ‘gdes, mas a recidiva é comum, e pode acontecer de a ariite ou cardiopatia, reumiticas aparecerem em vez da coréia, ou em associago com a mesms, ‘emvez de, xem associagto com, a coréia. Nao é muito freqliente que‘ car- ic lique acoréia numa crianga que jamais teve um edema articu- ipicamente, a coréia surge em determinado dia com uma paresia (en- fraquecimentonéo paralisante) de um brago e uma perma domesmno lado, 25 sociados a movimentos involuntérios dos mesmos. Tanto a paresia quanto ‘0s movimentos podem surgir isoladamente, io. E muito raro que os ‘movimentos sejam sinétricos no inicio, embora possam freqlieatementetor- nar-se generalizados em poucos dias. Quando os movimentos mostram-se Joealizados, nunca aetam um membro superior e outro inferior em dos di- DAPEDIATRI A PSICANALISE a ferentes,e é muito raro que 0s movimentos afetem um membro eno sejam pperceptiveis no outs» membro do mesmo lado. A paresia toma-se mais Sbvia pela descoordena¢ao, e oesforco volunté- rio leva.a um resultado que ¢ tanto retardado quanto explosivo. Quando nao ‘hf tentativa alguma de produzir um movimento voluntétio, todo 0 corpo ou as partes mais afetadas movem-se incessantemente. Sempre que possivel,a crianga toma o movimento proposital, como se se envergonkasse de se per- ceber em movimento sem nenhura propésito, “Como regragerl, as extremidadesdfcilniente manter-se-Boiméves por um ‘momento sequer, Elas etato sempre ealzando moviments dessjeitados ou ‘magnificas coaorydes, Os omibros sto por vezes levantades, por vezesen- colhidas, a cabega ¢ tangas par baixo e para o lado, come que devenhondo cireuls. Os miseulos da face também participa, os ols fechum-se e abrem-sealtenadament, a testa ¢farzida erapidamerte exiceda, os cantos a boca torcdos pare um ov duro lado.” Henoch, 1889, p. 197). . Durante cordia a crianga reage de um modo exagerado acada epis6cio ‘com conotagaes emocionais, © essa instbilidade emocional persiste em ‘muitos cas0s por meses ou anos ap6s o desaparecimento da coréia. A mesma perturbaglo mental pode ser encontrada em casos de febre reumética, com ‘ou sem 05 movimentos da coréia, Hi ainda alguns outros pontos de interesse sobre a coréia,apesar de no serem de uilidade paraodiagnéstico. A coréia afta trés vezesmais es meni- ‘nas que os meninos. Néo hé tazdes aparentes para esse favoritism. Por ou- tro lado, a agitagdo comum ocorre, aparentemente, com mais frequéncia em ‘meninos do que em meninas. A coréia € uma doenga ligeiramente sazonal; a agitagdo comum eos tiques, n4o. A coréia pode ser correlacionada aregies «© posigdo social j a agitaglo e 0s tiques, nfo. [Em certos casos, os ataques de cordia aperecem repetidamente, e sem produzircardiopatia ou atrte reumatices. Num certo caso, uma crianga eve coréia por varios anos, sempre no dia do seu aniversério. Aparentemente, serd possivel um dia determinar em cada ce césos de‘cortia verdadeira uma certa percentagem néo sujeita a manifestades reuméticas. No momen- to isto nfo ¢ possivel, fazendo com que todas as criangas atingidas pela co- +éia devam ser tratadas como casos cardiacos poten: de tensdes emocionais. Numa enfermaria seria interessante isolar a cama ‘com um cortinado, mas nfo nos casos em que a crianga fica ansiosa, como se ‘a estivessem punindo, Em casa deve ser encontrado para ela-um lugar onde outras criangas nfo possam irrémper e provocar excitagiio. Muito pode ser 2 2.W. WiNNCOT feito através de um cuidar simpatico ¢ tranquilo, e durante a convalescenga devem ser fornecidos ocupagEo para os dedos ¢ alimentos para a mente, ‘como acorre em todas as doengas prolongadas. Certascriangas nfo toleram muito bern o repouso, pois na cama ndo hes 6 possivel empregar 0s modos ‘costumeiros de lidar ccm @ ansiedade produzida por seus pensamentos. NEo deyemos esquecer que para uma crianga nessas condigBesa presenga de um ‘genitor muito amoroso pode funcionar, ainda que indiretamente, como urna tortura, devido a estimulagio, podendo-se esperar que a crianga melhore mais rapidamente fore de casa. No entanto, é justamente o genitor muito ‘amoroso que se opord.« que crianga seja removida de casa, mesmo que para seu ber. (Os tratamentos medicamentosos ndo sto satisfatérios, como os mime- ros 0 demonstram. ‘Quando nto trataca, a conéia em geral desaparece por simesma. A inica ‘complicago mais séria ¢a deenga cardiaca, eparaisto nfo se conhece trata- ‘mento algum, exceto 0 repouso. Discussio do Diagnéstico Embora a coréia sjafacikmente disgnosticvel, nfo ¢reraa agitacio de ‘outro tipo ser confundida com ela, e por estarazto ¢ itil résumir os aspectos do diagnéstico diferencial, mesmo com risco de uma repetiglo. ‘Num caso tipico de agitago comum, a inquictago ¢ parte da natureza dacrianga. A crianga afetada como um todo. Associades @ agitago, ocor- rem aumentos na freqGéncia ¢ na urgéncia da micglo. Ao contrério, uma sanamnese cuidadosa do surgimento da cordia verdadeira revelard geralmen- tequeuma crianga razoavelmente nonmal tornou-seagitadamum determina- do dia, Os movimentos, no periodo iniial, correrto quase sempremais nos ‘membros de un dos Indos do corpo que nos do outro. Hé freqientemente ‘uma paresia associads, sempre nos membros mais agitados, ou seja: os me- -vimentose a paresia correm em conjunto. A micsloem geralndo éafetada, ‘Apés alguns dias, quando a crianga esté de cama no hospital ou numa casa de repouso, esses indicedorés podem se tomar muito menos vistveis,¢@ tunilateralidade © a paresia poderdo desaparecer. ‘A historia do surgimento dos tiques no & importante para 0 diagndstico —os movimentos pedem ter surgido repentinamente, podem ter comeyado depois de um susto, podem estar associadosa uma mudanga de temperamen- DA PEDIATR A PSICANALSE 83 10. Os espasmos tomados habito podem ser muito desagradavsis vsispara os que sto obrigados a vé-los. ‘ Normalmente é possivel, portanto, diagnosticar a corti cardiopatia reumética, antiga ou recente, é felize desnecessérie decistode restringi softe de coria Enecessrio enfatizar aqui o fato de que o termo ‘pré-coréico’ nfo tem sentido algum no estado atual dos conhecimentos médicos. A agitagdo no predispbe diretamente &coréia, endo hd relago entre tiquesecoréia.E ver- ‘dade que a coréia pode estar em alguns casos igada a uma tenado excessiva -deume crianga que nfo uu susto. Mas ligago entre a caréia¢oesforso da crianga por sair-se bem, (01 sua reap 20 susto, no é ralizada, quase impossivel de ser disting 0 caso a seguir ilustra'a seqdéncia ineomum: trauma —coréia — car- iopatia reumstica e atrite 8 ©.W. WINNICOTT _Exame médico: Excets uma ligeta feb (37,7) nfo foram notados outros fates. (Os movimentos era tipicos de coréia, embora igeros, eo coragdo mostrava-se inteiramente natural “Seguimento: Osmovimentos logomelnoraam ras contiuaram mais visiveis no Jado esquerdo que nc dieito, Deitadana came, deseavolveu um enrijecimento do pescogo, presumivelnente pr artritereunitica, As amigdalas estavam muito pe- ‘quenas e saudéveis; na verdade, & p sta pareciam ter sido removides. cos eram os seguintes: ‘0 tGnus estavs aumentando, © batimento do épice estava dentro dos limites normnais (carea de fom & esquerda, no S*espaga intereostal). Em ambient silen- ‘lesa podia-se ouvir, na continuseo do 2° som, um sopra cbaixo ea esquerda do ro diastlico impunh usando regurgiteg ‘Apés quinge semanas de intemagio ela estavabem, exceto por seu coragdo que continuava a dar siais deregurgitagdo aértia. Naohavia hiperofia perceptive, wimentosrecomeparam, e ainda que pertia- quaéro por outros sete meses, a0 fim dos quais voltou a esta bem. "Teint ¢ dois pises aps o primer staque, ela deseavolveu novamente 8 ¢O- fia, estenose mitral avangada eregurgitago abt va ea dese presumir também a presenca de cardi ativa. {sto mostra como percurso da doenga pode prosseguir, apesar de todos os euidados e observacdo possiveis. © caso a seguir ilustra 0 processo: DA PEDIATR A PSCANAUSE Deciowacia pela prime verso cnsulrio soci ans ade, ‘ eto de un eanalisno'— que uma boa rua paaeramee tober dica de uma criance. pss ‘sioperir Histérico médico: Teve escatlatia duas vezes, amigdales 2 rico mein ,amigdalas = adendides remo- Histéria familiar: mie tevefebre reumitica Guas vezes, ¢consta que seu co- rapfo foi afetado naquela 6poca. Hé uma irmA de ojto anos um inmio de seis Anotagdes sobre. caso: A crianga felize ativa,ecome bem, mas esti sujeita glial qua bm de ue ven agin fx arias. Nth una fata definide para o surgimento desses estranhos sintomas. Pode-se dizer que eles rio: Esta crianga est fisicamente sauda dores ¢ 2 agitapto. paler, desnaiose,novamete, igamento emuma dasmlos. De- de. Criangas arsosessofrem fre doaexaminei novamente nfo encontrei mudancas em sua. nncao 8 sitapdo, que ndo erade 6 Ww. wkNNCoTT ‘Atgum tempo depos els fi intemada nam hospital como um caso de erithema ‘nodosum! No entanto, écomum acontecerem contasSes nes canelas ¢ €m oU- ‘aptlo permanecia normal la nfo estava, cerienente, sujeita nem a reumatismo nem a coréi. épocaem queis tiques nio sofreu al do grupo A de Lancefield é 0 germe intimamente relacionado com ia da febrereumética. Noentan- to, varias teoria tém sidoaventadas para explicar o mecanismo de a¢0 do es- treptococo no desencadeamento da moléstia, sem que qualquer uma tenha aclarado de modo satisfatério os miltiplos aspectos clinicos. Acredita-se pre- sentemente que todasas alteragBes decorram de um processoimunolégico.” Notas do Tradutor Atual A inclusdo destes des primeitos artigos no livre Da Pediatriad Psica- -gunda ediglo francesa do livro, revista e ampliada, organizada 1 Etta nodoso ou tubercle — inflansgo agua d pee crateriand el formagto de 9 Gules ov tubétulos aubddosdolnoss e manchassucesivamente veel, visees © rds nos joelins, pease antebrgosacompankados de ere DA PEDIATR A PSCANALSE a7 cepa de Winnicott tra”, pois ele nunca fundamentais: o extremo cuidado no diagnéstico preciso de ura condigao desfavoravel. (© mesmo tipo de conflito de diagnésticos, levando & persepgao de 0 idade a esquemas teéricos pode jonais séros ¢intelizentes. PARTE II Capitulo 11 O Apetite e os Problemas Emocionais' (1936) NA LITERATURA PSICANALIFICA e de outros campos ligados& psicologia, encontra-se umna ampla concordéncie quanto ao fato de que os distirbios doapetite sd muito comuns nas doengas psiquidtricas, mas creio conhecimento de até que ponto ¢ importante o ato de comer ainda nko se deu. E raro, por exemplo, encontrar o termo voracidade nos escritos psico- légicos, e no entanto trata-se de uma palavra com um significado muito bem definido, que retine em si o psicolégico ¢ o fisico, o amor € 0 6dio, © que € aceito eo que nto pode ser aceito pelo ego. O tinico estude psicana- tico que conhego onde a palavra voracidade ia em ermos essen € Amor, Odio e Reparagdo, de Melanie Klein e Joan Riviere (Imago ‘0 fato de que nao ha uma linha divisoria nitida entre as seguintes condigOes: ‘morexia nervosa na edolescéncia, dificuldades na alimentagdo durante a in- 1 Lid peace a SepS0 Misi & Bish Peycholgial Society, 1936 2 ©. WRNICOTT ios de apetite devidos a certas condigées especificas em mo- iigBes ds amamentagdona primeira infincie, mesmo 3 seriam: onascimenta de no peri ‘umnovo bebe, per decase, prime ‘comer sozinha, in sistent, reages a ais casos egrupam-se num Gnico e grande universo: num extremo da ‘scala esto as dficuldades de amamentacio de bebés, eno outro, a melan- colia,2toxicomania, ahipocondria eo suicidio. Dizendo de outro modo, em todos tips de dea, bem como na site, podes conelirqueo comer adultos, peréebem-se muito se vinculado 4 defesa con- endo, que a psico- Através daandlise de criangas claramente 0s diversos modos de traaansiedade ea depressio. Pode:se logia dos bebés e das eriangas pequens nfo é tio simples como poderia parecer & primeira vste,¢ que uma complexa estrutura mental? poderia ser atribuida mesmo ao recém-nascido. (© primeiro passo para a apreciagao da fungdo oral é o reconhecimento do instinto oral. ‘Quero sugar, comer, morder. Gosto de sugar, comer, mor- der. Fico satisfeito depois de suger, comer, morder.” [Em seguida vema fantasia oral. “Quando sito fore, penso em comida, ‘Quando como; penso em engolir a comida. Penso no que gosto de ter dentro, «e penso no que gosto de jogar fora, e penso em jogar isso fora.” lugar vem a vineulagSo mas sofstcada cate ete tema da remenda claboragdo das duas per- sobre o que se passa como estéointerior da 1a PEDIATR A PSICANEuse 3 fonte do alimento, a saber, o corpo da mie. ‘Penso também no que ocorre com a fonte do alimento. Quando estou com muita fore penso em roubar e até em destrir a fonte de alimentos, entdo me sinto mal respeito do que tenho dentro de mim e-penso em maneiras de me livrar disso, to rapide € completamente quanto possivel.” Esse tipo de fantasia oral pode ser dedurido da observagao de bebés © ciangas pequenas brincando com um objeto, como espero poder demons- tear, esta elaboragto sem fim que constitui o ‘mundo interao’. O termo ‘in temo’ desta expressto diz respeito primariamente 4 barrga e,secundar mente, &cabera e 20s membros, e a qualquer parte do corpo. O ini tende acolocar os econtecimentos da fantasia dentro desi ai com 0 que acantece dentro do corpo. Esse mundo interno & normalmente um mundo vivo de movimentos © sentimentos. E possivel manté-lo inativo, quando temido, ena doenga é pos- pode vir assumir o controle sobre o individuo, Esta parte da fantasia oral parece-me insuficientemiene reconhecida ,€ seme ocorre a iia de 0 permanentemente fenbum caso de c6lic tipagdio pode ser inteiramente cientes inconscientes da crianga sobre o interior de seu corpo. ‘Mesmo que tentemos circunscrever nossa atengfo & doenga fisica no in- terior do corpo, ainda assim i reagSes da criangaa uma dos fantasies da crianga sobre seu i seria completo sem nos referiemos as Deve parecer muito engragado para mesa dentro de seu est6mago, esperando que a comics sejaservida. Um ga- rotinho de quatro anos disse que pode ouvir os homenzinhos batendo com seus pratos depois que ele come, Um outro disse que hi um fila de eriengas sentadas nurma cerca dentro da me, ¢onascimento ocorre quando o pai en- tra e pBe um deles para fora com um pé-de-cabra, 8 0. wixncoTT Volta e meia ocorre de um artista que pinta um quatro qualquer nos dar uma idéia de seu mundo interno na forma de entranhas.’ O resultado é horri- vel para a maioria das pessoas. Elas véem nacos ¢ pedagos por toda parte, fa- zendo com que um agougue parega um alivio. E admirével a coragem de um artista desse tipo, mesmo quando nos incomoda a sua fuga da fantasia para anatomnia ‘© incidente que relato a seguir parece-me ilustrar 0 modo pelo qual a ‘percepedio da fantasia sobre o interior da bariga ¢ realizada através do senso de humor. Caso 1. Uma me touxe 0 seu filho ao hospital e, 2 tentar contar-me que mesmo; 0 médico falou que ele parcia um bocado bronzeado’.Entao cen dis- se", parece que pastou uma boa temporada dentro, no ose ddos da palavra.” As fantasias sobre gravidez encobrem fantasias mai (Caso 2, Um merininho foi trazdo ao hospital por causa de uma dor na bar siga.Efreqente me yedirem para examinarcrianga que sentem dors ainda dentro. E deve ser um bebé merino. Ele no queria perder o bebe, preferia deixé-o Id dentro. Tinha algo aver com 0 amor pelo papai E muito facil chegar a esse tipo de fantasia emergente, mas nfo creio » que. crianga ganhe muita coisa pelo fato de conseguirmos descobri-la.E & rasanatimicas. . DA PEDIATIA A PSICANAUSE 6 .W. WAKICOTT ‘Talsituagdo, em que acriangahesita quanto possibilidade de stisfazer a ‘oracidade sem acirrar a raiva e ainsatisfagdo em um dos pas, ¢ilustrada por sinha observagdo na situago-pedrao de um modo inteiramente claro pare ‘quem quer que seja. Sendo normal o bebé, um dos grandes problemas com 0s ‘quasele rd se deparar a administagao dorelacionamento com duas pessoas zo mesmo tempo. Ein ta situagdo-padro sou, por vezes, testemunha do pri- meio &xito nessa direglo. Em outros momentos, pereebo como os sucess0$ © fracassos de suas teniativas de estabelecer relacionamentas simultinéas com dduas pessoas etn casase refletem em seu comportemento em mewconsultrio, por vezes assisto ac surgimento de uma fase de dificuldades a esse respeito, ‘ou entio & sua superacto espontdnes.' XE como se os pais proporcionassem, ambos, gratificagses dos desejos sobre 0s quai a cringa se sente em conflito,tolerando a expressto desses sentimentos em relay a eles. Na minha presenga, a crianga niem sempre jar se da minha boa vontade em relapgo aos seus interes- ses, o8 0 consegue apenss aos poueos. ‘Acexperiéneia de, ousadamente, desejare pegar a espétula e apossar-se dela sem, de algum modo, alterar a estabilidade do ambiente imediato fun- a somo uma espécie de aula scbreo objeto, com um valor que estamos considerando, e de fato aolongo detods a ipo nfo sao apenas temporariamente reassegu- experincias gratificantese de urna atmosfe- raamistose em torno d a construgdo de sua confianca nas pessoas ‘domundo extemo ede um sentimento geral deseguranca. A crenga da erian- ‘gants coises boas e208 bons relacionamentos dentro desi também é forale- ida, Esses pequenes passos na solugo dos problemas centrais ocorrem na ‘vida didria do beb@ e dacrianga pequens, ea cada vez que o problema éresol- DA PEDIATIA A PSCANAUSE 19 vido algo¢acrescentado ao sou sentimento de estabilidade, imento de gral, fortalecen- do as fundagses de seu desenvolvimento emocional. Nao causara surpresa, portanto, minha afirmagio de que no decorrer de minhas observag6es eu provoco também algumas mudangas em direcSo a sade, Experiéncias totais ‘Oquehé de terapEutico nesse trabalho é2 possibilidade,crefo eu, dé que sma experiéncia ocorra em toda a sua extenséo. Disto podem ser trades al- gumas conclusdes sobre uma das coisas que fazem com queo ambiente em que vive o bebé seje considerado bom. No tivo de um bebé, 2 ponto de vista da mae. Ela detesta intrometer-se em expe ‘aamamentagEo, 0 sono ou & defecagao. Durante as minhas abservages, eu artificialmente dou ao bebé o ireito de completar uma experiéncia que, para aula sobre o objeto, re desse trabalho com bebés na medida em que 0 analista esté ido, procurando seu caminho em meio floresta de dados ofe- a achard interessante olhar por tras da mul- lumbrar até que ponto a andl pensa sobre asituago-padrio—relativamente simples — que descrevi aci- fa, Cada interpretago é urn objeto reluzente que excita a voracidade do pa- ciente. Notas sobre o terceiro estégio 120 .W.winNicorr como uma extensfio de sua personalidade.' No presente trabalho no che- {guei a desenvolver esse tema. Na terceira fase o bebé pratica o gesto de li- ‘vrar-se da espatula, c et gostaria de fazer um comentério a respeito de seu significado. ‘Nessa terceira fase o bebe sente-se corajoso a ponto de jogaraespatula no chao e deleiter-se com 0 ato se dla, eu gostaria de mostrar 0 quanto isto me parece relacionar-se com 0 jogo descrto por Freud (1920), ‘no qual o menino procurava domi imentos sobre a auséncia da mie. Por muitos anos observei ituagZo sem ver, ou sem reconhcer,aimporticcia desse tere cia desseestégio trouxe uma vantagem pritica para mim, porque enquanto 0 ‘bebé mandado embors ao final do segundo estagio ficava perturbado com a porda da espatula, uma vezaleangado oterceiroestigio o beb& pode serleva- i la pera trés sem cair no choro. -Embora eu conhece: {jogo com o carvetel,e sempre tenha me sentido estimulado por elaa realizar cobservages detalhadas das brincadeiras infants, foi somente nos dltimos anos que passel aperezber@ intima conexdio entre 0 meu terceio estigioe 05 comentirios de Freud, ‘Atuslmente parece-me possivel compreender as minhas observagbes como uma extensio pea tris dessa observapio espectfica de Freud, Acredito que o carretel, representando a mie do menino, ¢ jogado longe para indiear {que o mening livra-se da mie, porque o carretel que ele possui representa a “Tendo pasado. conhecer a seqUéncia completa de incor- e,agorapercebo que oato de langar ocarretl para longeé icando as outras partes implicitas, ou ogadas num estégio ante quando a mie se aasta, trata-se no apenas da perda as também de um teste para orelacionamento dosme- na, Esta mie interna rflete, em grande medida, os ss ‘proprios sentimentos, que padem ser amorosos ou aterrorizantes, ou alterna- rem rapidamente entre uma atitude e outra. Quando 0 menino pereebe que conseguiu tomar-se senhor de seu rlacio-namento com sua mie interna, Po- arse dela agressivamente (Freud o assinala claramente), cle pode aceitaro deseparecimento de sua me externa sem emer em demasia o seu retome. [Nestes ltimos anos pude compreender(aplicando o trabalho de Melanie * Kieia) a funglo, na mente até mesmo do bebé, do medo de perder 2 me ou 1 Vee Cap. XV DA PED A SCANALSE wt certo ponto interdependentes. A perda da mie intema, que para o bebé o cariter de uma fonte de amor e proteg! ‘aenormemente a ameaca de perder amaereal espétula para longe (e creio que o mesmo se io esti apenas livrando-se de uma mf ext agressividade eesté sendo expelida, mas que pode ser trazida de volta; em mi- nha opini2o, o bebé esté ao mesmo tempo externalizando uma mae interna ‘caja perda teme, a fim de demonstrar a simesmo que essa mie interna, agora representada pelo bringiiedo no chéo, ndo desapareceu de seurmuindo interno, ‘io foi destruida pelo ato de incorporago, continua amiga esinda quer brin- cat. Desta forma a criangarealiza uma revsto em seus relscionamentos com pessoas e coisas tanto intema quanto extemnamente. em verdade, jamais pode- ‘entendimento de Freud em sido alcangado sem 0 co- 3, Podemos ver que as ten perigo as pessoas que a crianga ama na realidade tard feltando até que a cri conseguiu efetuar a repar cla tanto teme. Resumo Neste trabalho procurei descrever um modo pelo qual épossivel obser- var bebés objetivamente, baseado na observagdo objetiva ée pacientes em analise¢ ao mesmo tempo esteitamente nas que ocorrem em casa. Descreyi uma cconsidero uma seqiéncia normal de eventos nessa situage-padr2o. 12 ‘9. WNNCOTT seqtiéncia hé muitos pontos nos quais a ansiedade pode tornar-se manifesta cou permanecer implicta,e para um desses pontos, 20 qual chamsi de mo- mento de hesitacSo, pedi uma atendo especial através da apresentago do caso de uma menina de sete meses de idade que desenvoiveu asma por duas vezes nese esti. Moti que a estes ina ansedade, bem como a de um-superego na mente do bebé, e sugeri que o comportamento ern no poert se comprocaidlamente ano segues as ma aexisténcia de fanasias do bebé. ‘Outras situagSes padro poderiarm ser facilmente estabelecidas, a fim de ‘razer luz outros interesses infantis eilustraroutras ansiedades. O contexto por mim descrito parecé-me especialmente interessante pelo fato de que qualquer médico pode uilzé-o, evando confirmagdo ou amodificago de rminbas observagSes, ¢ por proporcionar além do mais um método prético polo qual certos principios da psicologia poderiam ser demonstrados clini- ‘eamente sem causar danos a0s pacientes. Capitulo V Consultas no Departamento Infantil’ (1942) OTEXTOA SEGUE é um relato feito & Sociedade dos casos atendidos no De- de Psicandlise, em Lonéres, no periodo de ‘um ano. © que eno dizer, portato, nioédiretamente analitico, mas creio ue ird interessar aos ‘Uma dasrazBes que levaram criagto do Departamento Infanti foi ade colocar uma clinica a disposigo das criangas trazidas ao Instituto para se- remexaminadas. Era fécil prever as dficuldades e decepyées que esse traba- ‘ho do Departamento infantil certamente acarretari, e que minha descricéo desse ano de traalho mostra claramente. Tai casos vem simplesmente s0- ‘mar-se aos milhares de outros que igualmente tenho que enfrentar eomomné- ico aum Hospital Pedistrico. No periodo de um ano dediquei-me a cada um dos eatos,investindo de- liberadamente o meu tempo e fim de faz8-Io,e também para estar em condi- ‘0es de produzir 0 relatério ora apresentado a Sociedade. Gostaria de esclarecer que estou expondo um relato dos casos realmente encaminhados ao Departamento Infantil no decorzer de um ano, ¢ que no incluo aqui 0s casos i pra tratamento com formandos, todas eles provenientes de outras fon Allguns dos pacientes acabaram por jamais comparecer as consultas Por exemplo: Um médico ligou a respeito de sua filha de trés anos e meio, 4uchaviarecenteniente comegados apresentar uma forte gagueira, Era filha tinica. Aparentemente, a menina havia se apegado intensamente a uma tia {ue dels cuidave enquanto os pais nfo estavam em casa, O pesar devido & partida de tia nto se manifestou até que uma amiguinha dessa menina tam- | Apresentie British Paycho- Analytical Soci m3 de jun de 192, Publicado pot. Piycho-Aral, vol XXI, 1982 134 Ww. vnNnicarr bém foi embora da sue vizinhanga. Elaentrowentdo, gaguejar. No inquérito ficou claro que o deser crianga transcorrers normralmente até esses dois trava-se razoavelmente estavel e amoroso, Com Tonge, nfo podendo vir andlise sem correr orisco de ca respondi & persunta do pui sobre a necessidade de um trtamento analitico, izendo que em minha op apresentar sintomas bastante ‘outros aspectos ea satis procurar ajuda psicanalitia por enquanto, Ume semana depois omédicote- Ieforou novamente, desta vez para dizer que 08 sintomas da crianga haviam desaparecido. Todos provavelmerte concordario com a idéia de que no ¢ correto cexaltaro valor que uma endlise teria, se aplicada, num caso em que a anélise ‘do era possivel. Os paisque comparecem consulta sentem-se culpados em relagdo aos sintomas e doencas de seus flhos, ¢0 comportamento domédico ‘determinard se eles ido voltar para casa calmamente,retomando aresponsa- bilidade tdo bem assumida até entéo, ou se entregardo ansiosamente essa idade nas mios do médico ou da clinica: obvimente melhor tenham essa responsabilidade na metdida em que a podem ntequando nlo hd chance de a an 1 doenga reat da criangs. ‘Caso 1 Ellen, onze ares, vivendo em Londres. Pri te familiar de Bien agora dade. ‘A.queixa era de que dl que ria acontecer a0 ley boletins da escola mosiravam altos ebaixos, eo motivo da consulta foi um episé- «dio de furto, que se torou mais digno de nota que os pequenos farts des criengas DA PEDIATANA PSCANAUSE na escola talvez por causa da auséncia de vergonbsa. Era fatal oferecer ram 20 longo de nosso tabatho, 136 0. WRNICOTT ‘A menina Iuerou muito com as visitas da assistente, mas nfo voltou& escola, a, especialmente quando a familia se instavel Este foi um caso agudo, Maisie tornouse uma ¢ pessou a balanarse compulsivamente de umn DA PEDIAIIIA A PSCANALSE 17 ‘teria ocorido numa andlise bastante razodvel. As fantasiaspassaram a ser explici= ‘Caso 4. Tormmy, de doze: 60 meu ponto de vista ia esse tipo de detalhe, porque nfo me parece correto tentarmos fazer 0 que nfo podemos fazer. Ndoadianta nos encami- narem casos sea crianga mora num bairro afastado, ando ser que haja con- digdes ext is de transporte ou que a erianca posse vir sozinha. E quanto este seria. Por tudo isto, as consultes se revelam um trabalho i ‘lo ser que se tenhia uma visto muite ampla das atribuipbes de quem as consultas, Caso 5, Novamente, um Londres. Refugiado da Alemar (0s pais do menino cones Ficar,Os paisno se deram conta de quenéo a, e arneu ver ficaran:extremamente decep- 138 DW wiNNICOTT cionados. Se, em algum momentono futuro distante, tvermnos um bom nimero de ‘tratando de eriargas, teremos que providenciar uma pequena casa perto jade possam viver algum tipo de vida em fa- rnilia¢ contiquar seus estudos eng santo fazer o trstamento, [Este menino sofreu virlas mudangas em seu ambiente fisco, ¢ feagiu mal a «cada mudanca. Disseram que ele fio conseguia se concentrar, era mal-humorado ‘e descontiava de comida e das criangas de sua idade, e de no ser amado, Ehavia tambérm aquestdo deel ser judeu, o qu até eno the fora ocultedo, Os pais que- riam muito que ele fosse ajudedo, Eu gustaria muito que eles o conseguissem. Empreguei bern isis de wniahora para realizar uma unamnese e para fazer amie entender que eu nads tina para lhe oferecer. ‘Caso. Um pouco menosinsatsfairio, Tessa, de reze anos, Morano subirbio. ‘de menina telefanou pedindo que ela fosseanalisade, porque nfo estava jaentrevisa cheguei a ‘onelusto de que menira nfo estava psi ia exagerada do pai que queria veramenina empurara ‘amis para cima tomendo-se médica, mes ela nBo se entusiasmava com a i Passei o caso para uma colega, que abordou a histria de mado mais deta ‘aconselhando sobre escolaridside, jd que ela conhecia bem essa irea.A época no ‘ede qualquer modo tera sido impossivel para amenina fa fil para essa mle, ¢ durante a sua iravider seguinte ela parcu de taz8-la, Desde 0 inci ficou claro que eunfo po- deria realizar sess6esditrias neste caso, nem poderia comprometer-me com um tratamento por tempo indefinido. No emanto fui em fre Tzando uma anélise, a0 mesmo tempo reconhesent Jando mandar em tina sido taziia a clini Na verdade foi bello bastante importante, pois omateral twazido pela meni a a seqQéncia e a ordem que nele havia, ‘btendo resultados especificos com minkas interpretagbes como se fosse uma andlise de verdade. Suasatividades com bringuedos desenhos e recortes me per ‘mitra interpretar emosteer que eu podia tolerarinveja do pénise idéias sobre staques violentos ac corpo da me, a0 pris do pai ea bebts ainda ndo nascidos. 1 Olhandopareiristeo que st pretendiaerzarem costo omens Nasional de Px ‘ological, ma a stbia 0 nome exate do mes. DA PEOIAIRINA PSCANALSE ~ 139 lame contou sobre suas brineadeiras sexuais com o indo. Parou de coubar, © mde, como acontece tants vezes, esqueceu que crianga algoma vez hava rou bdo, Bu dira que uma verdadeira ar 5c havie comevado, ¢ que fi reslizado um ‘uabalho suficiente sobre as suns reagdes 20s finais de semana aos feriados, eas- sim por diate, aponto de permi smo fim do tratamento quando a sua ‘vida tamou-se impossive. O que fiz, embora nfo fosseandlse, smente poderis ter sido feito por um analista com experiéncia em andliseslongasc livtes da pres ‘fo do tempo, nas quais possivel peritr que o material force por si mesmo a ‘tengo do analiste, enquanto este sprende aos poucos a percebero seu seatid. Caso 8. Um possivel easo para anise. Noris, de oito anos, morando no su brio esta vezambos os paiserammédicos. A mie veioe discutiuosproblemes sur- ‘gidosnarelagtocom 0 isto, ubviamente, evoupelomenosumahor lise, que eu s lhes ofereverei quando for pos deve dar aos pais aimmpressao de que ‘sina anélise vai eurd-to, ai Fazer com que cle seja como vocés querem, sem que vooés precisem fazer mais ads,” Nio entre- vistei e menino, Estou aqui a falar comigo mesmo, Tempos atrés, nas consultas da clini- sa sempre pensava que a psicandlise é o melhor tratamento pos- smé levava a sentir que eu fazia a minha parte quardo tentava.co- lise em agdo. Mas as consultas téra urn valor negative a no ser que a psicenilise seja mantida completamente fora da questéo — salvo iteiramente posstvel. Se, em adigao ao que é aconselhado, €a quandocla ‘outfos beneficios, apsicanalise pode ser oferecida e realmente colocadla em _finelonamento, tanto melhor. © caso seguinte foi bern mais satisfat6rio, embora este especto depen ddesse da minha capacidade de faze sdiatamente. Nao sei se algum dia chegaremos @ resolver o problema de haver sempre une vaga pronta © ‘esperando, Mas um material esitico tem um interesse todo especial, eanalis- 140 0. wiNNIcorT tas que nunca tém tempo para aceitar um caso agudo deixam de viver expe- rHéncias molto valisas, (Caso 9. Francis, de onze anos. menino foi trazido diretamente clinica por saan, que pia songz Ean msi violentoepatolégico em vétios estava aft por sua condigdo, sendo que ele proprio peda ajuda cons- riginsl om amie durou duashoras, foi muito importante. Deseo- jaro trtamento do menino imediata- balho, em que ele se comportou rmenina vem me ver sempie que hé um feria, utiliza o wetamento to plena- mente quanto possvel, dadas as cireunstincias. bom. Aos dezessesteve uma doenca DA PEDIATRI A PSICANALSE vat ‘va convalescendo de uma coréia, quisa. De qualquer modo, io: ‘um esndiato em formagao . ‘Caco 11. Nancy, vinte anos, morendo em Lond seers Apevia cao sper dai, para sempre da gressio impulsiva organizar-seemter= 1m tipo de colapso, ou se els enfreataria corajassmente © rt, dizendo qué hava pasado nos eames © eta exudando patna ‘masspiaElaparecaserediac queaserrevistas comigp ahi lgeavetcom ass ara! 142 .w. wNCOTT Jado antipéico que estva escondid dentro dessa pessoa bonitinha e bem errumada cera slgo que exigiaadivinhacao. Crefotf-a ajudado a escolher esse segundo cami funcionarios da escola preparatria (na verdade, uma escola bastante“ ‘vans ‘estavam interamnente onvencidos de quea meninaeraperi-gosa. Na verdade, la fazo tipodeumapprofessora de jardim de inffncia excepcionslmente boa, se puder suportara dor causaca & mde por viver longe dela." ‘Obviamente, era um caso de anise, mas eu nada far suuma lst de espera Fizcom que elasoubesse que psicand dia ela encontiara um emprego em Londres, e enti podk O trigico ¢ que nomomento em que clase inserever, ap pode nfo estar disponivel (O-cas0 seguinte é de um menino que foi ajudado por mim, apesar de nao poder vir andlse, Caso 12. Keith rs anos e meio, morando no subirbio. Keith me € enviads por um corhecido, um médico amigo meu. Esse médico é uum pouso psicélogo,e disse que a ele parecia claro que a me do menino (uma a casada com umn homem pertencente a um cls judaico) oestavane- me inter do cave pereei que haviaum choqueenre lectaimes sempre un pass adiants.Enqunto bel, rad tipo pas- sive stsfendo-seem ear deitadoe som. Quase nunca chorav em cotraste om 9 novo iio (agora com nove meses) que se comporta de modo bastante tunl, As queinas erom: no drm mmo com reméos. Gis com rive, no ace‘ta nna dese os doisanos. € sempreum problema peacomer, desde que pas- sou par os slidos. No tem gat? com as curs eranas,ensformando qual- ano, Nao Supotaouvirum ‘Nr. Alem disso, no pode ser ‘bebe porcausa do ciime que ato apareeeuatéquec io ‘hegou a uns oito meses de idade. ‘Atendi o menino uma vez por semana, visto que no era posstvel conseguit-Ihe ‘uma anilis. Enquan:o puderam trazé-lo agi com ele exatamente como seele esti- 1 Matar: Naney emsinou a eseca prepara sem outros inserts, ecomeqou atrbalar fess eto se organizandona dirsyo deum ntessepenespisval- A PEDIATR A PSCANALSE a vyesse em andlise,e le fomeceu um material que titha a ver com @idéia de lidar rmentalmente cou o pai ea me. Em canseqléncia do tratamento seu relaciona- exército, Quando a mie passov a ter apoiei no sentido de pararo trateme ‘ativa teria sido a de dizer para a familia do matido que o menino precisa ‘mais juda do que els podia he dar, esto iria diminuie novarnentea sua confianga ‘eeu tivesse dito que nada mais podere ser feito anto ser andlise, teria perdido ‘uma boa chance de fazer psicoterapia e se me limitasse aaconselhara mee po-

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