É difícil, muito difícil aceitar essa inexorabilidade do Neoliberalismo. Não é apenas
uma questão de opinião ou de opção ideológica. Na minha percepção, trata-se de uma questão de sustentação, de sobrevivência. É como se faltasse o alimento, o ar puro e o espaço de manifestação do ser. Me imagino um pouco como o personagem do filme “Um dia de Fúria” que não consegue se “adequar” ao novo “status quo”, que é considerado como “Economicamente Inviável” pelo Sistema.
Fico pensando se me é possível “aderir” a essa onda, aproveitar as “chances” e
“oportunidades” que estão sendo propaladas aos quatro ventos desse nosso planeta. Mas não consigo ir muito além nessa divagação. Será que me faltam certas “qualidades” ou “habilidades”?
Agora procuro aprofundar o raciocínio e a reflexão à procura de respostas, saídas
ou explicações para o que está acontecendo. Procuro, no fundo de minha alma, avaliar sincera e objetivamente essa questão: o que, de fato, está acontecendo? Dentro do meu atual campo de visão e percepção e para começar, aspectos como ética do comportamento, liberdade de expressão, estabilidade e garantias de manutenção da vida. O comportamento ético é o que exatamente? Um estado adquirido, passado de pai para filho? Um atributo natural do ser ou condicionamentos de defesa? Uma conseqüência de processos que fluem oriundos do medo? Paro por aqui por falta de coragem e de disposição para prosseguir. É exatamente isso que gostaria de estar fazendo agora? A resposta é não. Só que não sei o que gostaria de fazer....