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A CIDADE ENCANTADA

De entre as narrativas que uma Criada dos tempos do


Bisav me repetia em criana e que eu mais tarde ouvi,
com detalhes e pormenores interessantes, da boca do Povo,
a lenda da Cidade Encantada foi aquela que mais me
impressionou e seduziu...
Quando a boa Velhinha, satisfazendo a minha curiosidade
infantil, descrevia as ruas amplas e bem lanadas, ladeadas
por palcios magnficos, com seus Templos majestosos, com
a sua vida agitada de grande fulcro de civilizao, l nos
abismos do oceano, eu ficava, cismando, com o corao
confrangido e, quanta vez, na minha ingenuidade, pedia
sinceramente a Deus para que permitisse que numa dessas
noites de S Joo, quando dizem que a cidade submergida
sobe flor da gua e os sinos dos seus Templos clamam na
voz forte dos bronzes, e em todos esses seus Palcios
esplendorosos lampejam fogos de mil cores e sobem aos
ares preces e louvores, no mais volvesse para as
profundezas do Atlntico a cidade um dia, nos sculos que
se perderam no rolar dos tempos, desaparecida com esse
Continente que, dizem, dos mares da Madeira se estendia a
terras distantes...
E ficava a cismar na vida da Cidade Encantada no fundo do
mar, h sculos e sculos e no lendrio Continente que ora
as guas cobrem...

Ponta do Sol - Madeira


EB1/PE da Lombada, Turma 3 ano A
2014/ 15

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