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"Talvez seja mais fcil para o leitor entender a lgica e a coerncia de um sistema cu

ltural
tratando-o como uma forma de classificao. Muito do que supomos ser uma ordem inere
nte da natureza no passa,
na verdade, de uma ordenao que fruto de um procedimento cultural, mas que nada tem
a ver com uma ordem objetiva". ?
parte mais complicada em que assume a subjetividade do cosmos.
"Que todas as sociedades humanas dispem de um sistema de classificao para o mundo n
atural parece no
haver mais dvida, mas importante reafirmar que esses sistemas divergem entre si p
orque a natureza no tem meios
de determinar ao homem um s tipo taxionmico. Por isso o morcego muitas vezes coloc
ado numa mesma categoria com
as aves, da mesma forma que a baleia vulgarmente considerada um peixe. No norte
de Gois, uma dona de penso nos
afirmou que o "rato era um inseto impertinente". Constatamos, ento, que como inse
to eram classificados todos os seres
vivos que perturbam o mundo domstico.
Finalmente, entender a lgica de um sistema cultural depende da compreenso das cate
gorias constitudas pelo mesmo.
Como categorias entendemos, como Mauss, "esses princpios de juzos e raciocnios ...
constantemente presen-tes na
linguagem, sem que estejam necessariamente explci-tas, elas existem ordinariament
e, sobretudo sob a forma de hbitos
diretrizes da conscincia, elas prprias inconscien-tes. A noo de mana um desses princp
ios: ela est dada na linguagem;
est implicada em toda uma srie de juzos e raciocnios, tendo por objetos atributos qu
e so aqueles do mana".6 O leitor brasileiro entender melhor esta definio se trocar a
palavra mana por panema, azar ou reima."

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