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Grande desejo

Adlia Prado

No sou matrona, me dos Gracos, Cornlia, sou mulher do povo,


me de filhos, Adlia. Fao comida e como. Aos domingos bato o osso
no prato pra chamar cachorro e atiro os restos. Quando di, grito ai.
quando bom, fico bruta, as sensibilidades sem governo. Mas tenho
meus prantos, claridades atrs do meu estmago humilde e
fortssima voz pra cnticos de festa. Quando escrever o livro com o
meu nome e o nome que eu vou pr nele, vou com ele a uma igreja, a
uma lpide, a um descampado, para chorar, chorar, e chorar,
requintada e esquisita como uma dama.

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