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Se conhecer a verdade na sua frmula universal e genrica bastasse, seja para a sabedoria na vida, seja

para a salvao da alma, Jesus no teria se encarnado na forma de um indivduo humano singular,
concreto e vivo. Bastaria que enviasse um livro, como no Islam. E nesse caso Ele no teria dito: "EU sou a
Verdade". Ele diria, como no Islam: "A Verdade o Livro."
A verdade s existe na intuio da realidade concreta e viva por um ser humano concreto e vivo, no
momento em que essa intuio acontece. Tudo o que est escrito apenas o registro de atos de intuio
j acontecidos, que tm de ser REVIVIDOS para tornar-se verdades de novo. A verdade uma
PRESENA, no uma proposio, uma coisa dita ou escrita. Isto mesmo que estou escrevendo,
expressando uma intuio que tenho, e que no momento verdade na minha conscincia, s ser
verdade de novo quando voc, depois de ler o que escrevi, intuir a mesma coisa que intui, com a mesma
evidncia gritante que tem para mim agora.
O reconhecimento da identidade de duas proposies -- base de todo o raciocnio lgico -- um ato
intuitivo, no um mero "pensamento". Apenas a sua MATRIA se constitui de pensamentos. Embora as
proposies tenham de ser pensadas, a identidade delas no existe s no pensamento.
Se no fosse assim, a prpria distino de intuio e pensamento seria impossvel. A mente produz, cria,
constri os pensamentos, mas INTUI as relaes entre eles. Intuir o mesmo que perceber, com a
ressalva de que este ltimo verbo se usa mais com relao s percepes de objetos sensveis.
Basta meditar um minuto na sentena de Jesus, "EU sou a Verdade", para entender que a Verdade uma
Pessoa, uma Presena, no uma proposio ou seqncia de proposies. Mas, para esse minuto
chegar, s vezes preciso esperar uma vida inteira.

Michel Santana: Professor, ento todas as proposies so relativas?


Olavo de Carvalho: No. A verdade de uma proposio no est nela, mas na referncia a um objeto
intudo.

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