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O poliamor
HLVIO
ARNALDO
JABOR
a.j.producao@uol.com.br
Antes, os
homens
desejavam as
mulheres. Hoje,
queremos ser
desejados.
Banhada em
lgrimas de
paixo, ela
agarrou-se s
suas pernas.
Era o amor,
enfim.
O que nos
excitava, nos
fazia
apaixonados,
era ver em seus
olhos a busca
de proteo,
quase um
apelo de
socorro.
ta, falo da vanguarda das
gostosas. Transar com uma
mulher hoje passar por
um teste. E surge a dvida
mxima: o que dar s mulheres? Carinho? Proteo?
Porrada? Desprezo? Companheirismo? Dar o qu? Dinheiro? J servimos para
sustent-las, mandar nelas:
Oh, bobinhas... No assim, assado.... Mas no sabemos mais o que oferecer.
Diante disso, o amor vira
uma batalha de desencontros e dores, uma guerra
constante e excitante, cimes afrodisacos, dios excitantes para o make-up fuck (a f... melhor que h).
Os amores duram semanas;
casou, perdeu a graa. Os jovens ricos vivem em harns
de luxo (ah, verde
inveja). Claro que o amor
dos desvalidos continua
igual: porrada, alcoolismo,
e abandono. Repito que falo
das vanguardas neossacanas.
Creio que a revoluo sexual se deu mais por via das
mulheres do que dos homens. Elas mudaram desde
a plula at hoje, impulsionadas pela tecnologia veloz,
pela indstria da punheta
das revistas porn, pelo fetichismo das partes ao contrrio do todo. So pedaos
que vemos. O conjunto nos
angustia. Disse-me uma psicanalista outro dia que o
que mudou foi a transformao do sexo em ginstica,
num atletismo em que as
perverses proibidas se
transformaram em brincadeiras polimorfas. Ningum
peca mais. E a culpa? O que
foi feito dela? O limite o
qu? A morte? H um recrudescimento da sacanagem
como parques de diverses.
As famosas surubas de antigamente (oh, crime nefando...) hoje so cirandas-cirandinhas felizes e gargalhantes. O bom e velho orgasminho no basta mais.
preciso ir mais longe. At onde?
Talvez busquemos um
xtase permanente num
mundo que se aquece, nas
beiras da catstrofe, num
presente enorme que no