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MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. SECRETARIA DE QUALIDADE AMBIENTAL NOS ASSENTAMENTOS HUMANOS Esplanada dos Minstéris ~ Bloco B ~ sala 801 70068-900- Brasilia - DP 6140091373 ~ marisa. zebetto@mma.gov-br Oficion.® 52% 05 -SQA/PQA/PRORISC Brasilia, 7@e junho de 2005" ‘A Sua Senboria 0 Senhor HIDERALDO JOSE COELHO Ministério da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecudria Departamento de Fiscalizagao de Insumos Agricolas Coordenagio de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo A, sala 317 70043-900 — Brasilia - DF Assunto: Projeto de Instrugio Normativa em Consulta Publica Prezado Senhor, Conforme acordado, encaminho, em anexo, manifestagdo referente a0 Projeto de Instrugdo Normativa que aprova os limites maximos de agentes fitotéxicos, patogénicos a0 homem, animais e plantas, metais pesados t6xicos, pragas e ervas daninhas admitidos nos fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes, publicado para consulta publica, conforme a Portaria n° 49, de 25 de abril de 2005. A manifestagdo ora encaminhada traz algumas observagbes para as quais nfo se havia atentado quando da elaborago do documento encaminhado, via correspondéncia eletrénica, para o enderego joseleal@agricultura.gov.br, ainda na vigéncia do prazo estabelecido pela referida Portaria, pelo que solicita-se a compreensio de V. Sa. em considerd-las, mesmo que extemporaneamente, Manienho-me a disposigdo para os esclarecimentos que se fizerem necessérios, ‘Atenciosamente, wan HY MARISA ZERBETTO Gerente de RORISC (Fis, do Oficio n® 105 ~ SQA/PQA/PRORISC A Coordenagao de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos Departamento de Fiscalizagao de Insumos Agricolas Ministério da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento Assunto: Projeto de Instrugao Normativa ‘Vimos nos referir a0 Projeto de Instrugo Normativa (IN) submetido a consulta piblica pela Portaria MAPA/SDA n? 49, de 25 de abril de 2005, que aprova os limites méximos de agentes fitotéxicos, patogénicos a0 homem, animais e plantas, metais pesados téxicos, pragas ¢ ervas daninhas admitidos em fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertlizantes, apresentan¢ algumas consideragdes e sugestes com vistas a contribuir para o alcance do objetivo maior que, certamente norteou a elaboragdo desse Projeto de Instrugio Normativa, ou seja, o de se evitar a ocorréncia de efeitos téxicos e nocivos a plantas, animais e seres humanos ¢ a contaminagio de solos e aguas. Consideracées: 1) Sobre os limites fixados e contaminantes selecionados ‘A grande variagdo de valores limites méximos estabelecidos para metais pesados entre os ‘Anexos do Projeto de IN suscita duividas sobre os critérios que nortearam a adogao desses, valores, especialmente em se considerando que tais limites no tém vinculagio com a quantidade e freqléncia de uso dos fertilizantes ou corretivos em uma mesma drea. Além disso, comparando-se com a proposta de resolugio do Conselho Nacional do Meio Ambiente ~ CONAMA sobre uso agricola de lodo de tratamento de esgoto, cuja elaboragio foi acompanhada por representantes de alguns setores do MAPA e dessa Coordenacao de Fertilizantes, verifica-se que os contaminantes ¢ respectivos valores que constam do Anexo VI do Projeto de IN, referente a fertilizantes orgénicos da Classe D condicionadores de solo, no stio compativeis. De modo a se evitar grandes problemas ng implementagdo de normas contflitantes, especialmente para 0 piblico externo, sugerimos: que seja promovida uma harmonizagio entre os projetos de normas. Outra questo importante, diz respeito ao fertilizante orgnico Classe C. Sabe-se que os residuos domiciliares urbanos possuem em sua composi¢ao uma propor¢io significativa de restos orginicos que, se devidamente segregados e estabilizados, constituem material yalioso do ponto de vista agronémico. No entanto, em razio de falhas no processo de segregago, os mais variados materiais, em nimero e em grau de periculosidade, passam a integrar 0 produto final, de tal forma que a lista de parametros constante do Anexo V da IN em andlise torna-se insuficiente para garantir a utilizago agricola segura deste material. ID Sobre a atribuigio do estabelecimento de limites de contaminantes em material secundirio obtido em processo industrial O Artigo 17 do Anexo do Decreto n° 4.954/04 instituiu que tanto o registro, como a autorizagdo ‘para uso e comercializagio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes serfio negados sempre que ndo forem atendidos os limites estabelecidos em atos administrativos préprios, no que se refere agentes fitotdxicos, patogénicos 20 homem, animais e plantas, assim como metais pesados téxicos, pragas e ecvas daninhas. is. do Oficio n.° /05 ~ SQA/PQA/PRORISC O Projeto de IN veio estabelecer assim esses limites de contaminantes aplicdveis aos fertilizantes, corretivos, inaculantes e biofertilizantes, no que se refere as concentragées méximas admitidas, inclusive para os fertilizantes orgdnicos da Classe B. O Pardgrafo unico do Art. 1° do Projeto de IN prevé, todavia, que em se tratando de material secundario obtido em processo industrial, a ser utilizado na agricultura, deverdo ser atendidos aos limites definidos em legislagdes ¢ normas especificas, sendo que na auséncia destas, serdo aplicados os limites estabelecidos nos Anexos da IN, sem prejuizo do disposto no art. 16 do Anexo do Decreto n° 4.954/04. Considerando-se as disposigdes do Decreto n° 4.954/04, conclui-se que as referidas egislagdes e normas especificas a que se refere o parigrafo nico do art. 1° do Projeto de IN serio definidas pelo proprio MAPA. Porém, em nosso entendimento, os limites méximos aceitiveis de contaminantes niio podem variar em fungio de tratar-se de “registro” ou de “autorizagdo” para comercializago e uso como esté sendo indicado nesse Projeto de IN, pois 0 principio bisico é o da nao contaminagio, o que independe do processo burocritico que esteja norteando © processo ou da denominagio que se atribua a0 material ou produto que va ser levado a campo, ou ainda da existéncia de garantias minimas de ordem agronémica. II) Sobre a viabilidade de uso na agricultura de material secundirio obtido em processo industrial No que se refere a0 estabelecimento de legislago ¢ normas apliciiveis aos fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes, a Lei n° 6.894/80 e 0 Decreto n° 4.954/04 asseguram competéncia plena a0 Ministério da Agricultura, Pecudria e Abastecimento - MAPA, sendo que no Artigo 16 do Anexo do Decreto n° 4.954/04 sio estabelecidas duas incumbéncias “ao drgao de meio ambiente”, uma delas de natureza normativa. No § 1° é previsto que para fins de comercializacio para uso na agricultura de material secundario obtido em processo industrial o interessado deverd obter autorizagiio do MAPA, fazendo-se necesséria, para tal, a apresentagdo, dentre outros documentos, de um parecer conclusivo do érgio ambiental quanto a viabilidade do uso desse material em termos ambientais, além de um parecer de uma instituigdo oficial ou credenciada de pesquisa sobre a viabilidade de seu uso em termos agricolas. Ja no § 2° encontra-se estabelecido que para utilizagio do referido material como matéria-prima na fabricagio dos fertilizantes, corretivos, inoculantes ¢ biofertilizantes “deverio ser atendidas as especificagdes de qualidade determinadas pelo érgio de meio ambiente, quando for 0 caso”. De acordo com 0 Decreto, portanto, a ago normativa conferida ao orgio ambiental diz respeito somente a qualidade da matéria-prima a ser utilizada na fabricagio dos citados produtos, quando essa se caracterize como material secundério obtido em processo industrial. No que se refere a viabilidade de uso, certamente um parecer dessa natureza se vincula & composigao do material, ou melhor, do residuo industrial. Uma vez que esses materiais nao guardam um padrio de composicao, podendo sofrer variagio significativa, inclusive no teor de elementos téxicos, a expedigao de um parecer conclusivo, seja sob a viabilidade do aspecto ambiental ou agron6mico, incluindo a fitotoxicidade do material, é assunto que se vincula ao estabelecimento de limites de contaminantes e critérios para determinacao dos mesmos. O Decreto foi instituido trazendo tais incumbéncias para “Srgio de meio ambiente” sem uma prévia discusstio sobre o assunto, mas, diante do acima exposto, parece-nos ser importante € necessario que 0 MAPA promova a disoussio sobre esse assunto com ly (ls. do Oficio n® (05 ~ SQA/PQA/PRORISC instituigdes de pesquisa ¢ érgios ambientais, antes da edigao da Instrugdo Normativa ora em anilise. Observa-se também, no que se refere 4 exigéncia de que trata o Art. 2°, do projeto de IN em andlise, de classificagao do material secundério segundo a norma da ABNT - NBR 10004, que nao ha indicagaio sobre quais entidades estariam aptas a emitir tanto 0 documento como o laudo de classificagdo de que tratam, respectivamente, 0 caput € 0 pardgrafo tinico desse artigo. Seria necessaria a definigo de critérios, por parte do MAPA, para a sclegio de entidades idéneas passiveis de emitir tais documentos @ fim de garantir a veracidade das informagées atestadas € 0 correto enquadramento do residuo nas disposi¢des da referida norma, IY) Sobre a utilizacio de material secundario obtido em processo industrial como matéria~ prima na fabricacao dos fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes: O Art. 16 do Anexo do Decreto n° 4.954/04 estabelece que para a “utilizagio como matéria-prima na fabricagdio dos produtos especificados neste Regulamento, deverdo ser atendidas as especificagdes de qualidade determinadas pelo érgio de meio ambiente, quando for 0 caso”, 0 que, em nosso entendimento, pode compreender inclusive os teores limites de metais pesados e outros elementos t6xicos, Entretanto, 0 art. 3° do Projeto de IN deixa diividas sobre em que situa especificagdes de qualidade serdio observadas ja que estabelece que “Os estabelecimentos que produzem ou importem fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes deverdo manter controle periédico das matérias-primas e dos produtos no que se refere aos contaminantes previstos nesta Instrugdo Normativa” essas Sugestio: Que sejam realizadas discussdes mais aprofundadas sobre todas 2 disposigdes da legislagio, incluindo 0 Decreto n° 4.954/04, com vistas a0 controle dy contaminantes, buscando-se assegurar sua efetiva implementacio e a integraglo © harmonizagao de esforcos entre os setores da agricultura, do meio ambiente e da sadde. MARISA ZERBETTO Gerente do Projeto de Redugao de Riscos Ambientais Ministério do Meio Ambiente - 8° andar — sala 817 Brasilia / DF Fone:(61) 409.1373

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