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$2 oO StLfNcio DE pEUS je de terremoto em seu pexsamento, Sua primeira reagio 6 a fogs, 0 esf6rga malogtado para se evadi co real, mas Camus descobre que ésse caminho Ihe esti fechado: o fracasso de Caligula © prova; le vai esforgar-se ento por conciliar a ibsesséo' do absardo com a da felicidade sensivel, Désse esforgo de conciliagio vio sir Le Mythe de Sisyphe (1942, VEtranger (1942) ¢ Le Malertendu (1943). 2. O mito de “Sisijo” © impossivel “nio &”. © céu ni absurdo encerra 0 homem noma prisio: nao hé fu: Que fazer? Se a vida nao tem setttido, como vive: mente? Seré preciso abandonar a existéncia pelo suicidio? ‘séo as perguntas que agora se propoe Camus, ‘E preciso imagi ditoso” (MdS, p. 168), resume-the o pensar isifo devia trensportar um enorme'bloco de pedra para o alto de uma mon- tana. Cada vez que o desventurado chegava 20 cimo do monte, o bloco escapava-lhe das mios e rolave até baixo, Si- sifo ia’ buseé-lo de novo e recomegava os seus esforgos. " Esta lta indefinidamente recomecada, numa etertia rotagio de pe- sadelo, simboliza a descoberta do absurdo onipresente no uni- verso,” Ors, &te Sisifo & forcoso imagini-lo “fel A obra nio é um verdadciro tratado de ia. A par lavra “absurdo” repetida quase em cada pagina, foi relacionada com a palavra “nade” com a qual Sartre realizava entio cinantes prodigios de virtuosidede na sua obra L’Bire et le Néams; ela pregou uma boa pega a Camus, “Esta palavra “absurdo” — confessa éle em 1951, — teve uma sorve desdi € confesso que chegou 2 irtitar-me"; e acrescenta: Pai Quando eu analisava o sentiment do absurdo em Le Myihe de Sisypbe, andava & procura de um método ¢ nnio de ma doutiina. Praticava a diivida metédics, Pro- curava fazer a “edbua rasa” 2 partir da qual se pode co- megar « consttuir (Nouvelles littéraires, ibid). ALBERT CAMUS 33 ra coisa para suspeitar, desde a aparigio da obra: 0 autot dizia claramente que se tratova em seu livro “de uma de uma idéia _preconcebide, de uma “obscinacto” 57), Essa “teimosia” € a mesma expressa nesta frase: Tratava-se antetiormente de saber se a vida devi ter uum sentido para ser vivida, que ela seri tanto melhor vi tiver (MAS, p. 76), Em ootres palavras: ttata-se de recusar qualquer solugio transcendence 20 problema do absurdo e tentar ver o que se torna a vida quando se descobriu que cla nio tem sentido. ‘A falta de sentido da vida mais uma hipdtese de traba- Se que I” presente no mundo, mas osa, ficark convene ze a peste”. Le mythe de Sisyphe representa, as- sim, uma espécie de “passagem para o limite”: supondo ‘que a vida ndo tem absolutemente sentido nenhum, que resta a0 omem que quer ¢ deve ser feliz? A tomada de posigio € tum tanto foreada; & ela que empresta aos trabathos dessa époce uma aparencia cerebral, O- verdadeito Carus nfo se manifesta néles; éles nfo passim de um momento da sua evo- Ingé0(1°), Convés dizer uma palavta sobre eles, Cor quantos menos sentido tiver' ‘A primeira solugio é ¢ do suicidio. A Martz do Malentendu recorre a esa escapatéris, B’ justa? Bis a pergunta que abre livro: HA apenas um problema filoséfico verdadeiramente € o suicidio (MS, p. 15). 34 o sirfxcio pe peus la negativa, detalnondo contudo haver © do corpo e 0 do espirite. Podemos wos também ceger 0 para uma crenga re- da sua des- : tal € 0 confirma © mundo nio & tio racionsl, nem a ésse ponto ix tacional, E’ desorrazoado ¢ nada mais. Para um ex ‘que a ra2io clara the revela; “desattszondo”, deve ater- lém désse ponto de partidas o pensi- mento enearcetase deliberadamente entre os muros’ do zacio- A segunda raxéo € a recusa de ser salvo, porque hé mais lade em ndo que a vide nfo tem sentido do ne algam: hon vertiginos, es « honesti- mtiteiomo de Noces, Com- negiviva de Deus a tinier cols qe a razio nos lesarrazoado; aliés, por ser 0 mundo ALBERT CAMUS 55 desarrazoado, € que a vida humana pode ser grande; menos “digna de ser vivida” se tivesse um sentido, circulo vicioso & evidente; 0 mondo ums vézes nfo que gta petigfo de princ temo € trapacear smento ou pelos seu larse setia confessar q que se descobrix que falensendu, re que, por consequen sentado em 1944, da gem a0 excapar 20 ch ne enero ara éses paises do fer fel ido um tragico jatar © préprio irméo, ela descobre 0 entio ¢ vai procurar nas frins Aguas a indiferenga mineral de Cams referindo-se a essa pega se roga de cair na tendlu & a menas bor das obras de Car de tese, "i acammmnae: i | | 56 o sirtnero pe pes io, na sua dupla forma, nada mais resta m ido do homem com o absolute. Como ‘em diante? _E* preciso imaginar Sisifo ditoso. A re- idade reapatece: 0 vocabulério novo de que cla deve ocul identidede da “moral” do Myrbe de Sixypbe com a da juventude de Argel ¢ de Oran cantada em Noces. fet o mais. po: exemplos da “vida rsonagens. acum uns anos a experigneia de vésias vida nas. Dom Joao, que ‘do encoritrara jamais a vida € absurda ¢ que por E’ por saber disso que se rorna i uma, Camus arranca a Dom Jodo ale deixa de ser 0 desvairado do. an ccontactos um impossfvel encontro com 0 amor beat ao contritio, um homem frio e Nicido que conhece dade do amor. Sabendo que nio pode ” de um tinier ‘amor, agarra-se 3 fico, mas de um trigico Nicido, séeo, ‘0 9 romantismo, Como nio insistirmos na fascinagio que um tal retrato exercer nas geracdes saldas da guerra de 1939-1945? O no desvairado que marca o ecotismo 1945, por exemplo em Les cords tranquilles, reftacio do que Camus havia dito a0 apresentar Dom Joio(") fade mais deplorivel que o etotisma triste que inva 3 gra”, mas cla & um reflero do desencanto dos hos do século, 3 absoluto, fre Svea ees “esntactn de elder 4 ALBERT CAMUS 57 A moral da Srenesi de goz0s ripidos, co ie obsessiona tuma parte da ju Camus, viver is de concentragio. mos a idéia_precon- pasa que qualg 8 do cémico sio imagens de ij, que soem sr rmecam sem

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