Sei sulla pagina 1di 21
Dados Internacionais de Catalogago na Publicaggo (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Bracil) Bibliograia, ISBN 978.85-249.0768-5 |. Desenvolvimento econdmico —Aspectos ambientais 2, Desenvolvimento sustenidvel, 3. Gestio ambiental 1. Titulo 01-0231 cDD-3082 indices para catélogo sistematico: 1. Meio ambiente: Eeologia humana 308.2 Enrique Epistemologia Ambiental 5" edigao Tradugao de Sandra Valenzuela Sse a ENRIQUE LEFF a epistemologia ambiental é impulsionada por uma fora centrifuga. Nao a do luminismo da azo, mas a que emerge da pulsdo interna do saber, que busca 2 esté no horizonte, mais além do ser, do conhecimento, do jé pensando, para chegar a0 que ainda nao existe A coeréncia dessa aventura epis totalitirio da razéo, de um paradigma do cor onsabido. £ isso que vincula e dé consisténcia ao trajeto que vai do racionalis: mo eritico & ontologia de Heidegger, a0 deslocamento da relacio entre a teoria e ‘ real para a relagao do ser com 0 pensar, do saber com a identidade; cer para a construgdo do futuro pela criatividade do encontro A epistemologia ambiental manifesta-se em um desejo o sul que para 0 nomte: que gosta de variar seus ocasos, ao sabor das estagées, pintando os céus das cincias e das téenicas no sistema produtivo faz confluir éa lta ideol6gi- lade de atividades de pesquisa num projeto de desenvolvimento da acumulagio def ppropondo o problema da orpanizagio de pr. a devido 3 sua arti- No entanto, deste igfo de uma ciéncia em outra, em eujo caso a ciéncia const daciéneia dominante. O caréter constitutive da matersti: ¥ ago das ciéneias néo se limits a uma ciplinar; consistente na importagio de conceitos ¢ paradig Jidade de sua splicago a projetos sociais determin Ge objetos te6ricos de um campo do conhecimento ao outro. Os objetos tedricas 32, A interdisciplinaridace surge como uma necessidade pritica de art de cada ciéncia atribuem-lIhe especificidade e sio intransfertveis, ina agdo dos conhecimentos; mas constitui uin dos e ” eXRQUELITE tantes sobre o atual desenvolvimento das ciéncias, justamente por apresentar-se como o fundamento de ums arciculagfo te6riea. Fundada num principio posit ‘mas surgem da integragio das partes constitutivas de um todo visivel. 33. Desta postura ideotdgica surgei os problemas de aplicagdo de um ‘método da interdisciplinaridade. No campo tedrico, propte-se a legalizagao de * pertencentes a disciptina “x” a partir das leis que regem a disciplina Mas, em ue sentido pode a realidade, as coisas, os dados pertencerem a ”O real pertence @ uma ciéncia nao como objetos isolados, mas como 0 conjunto de determinagdes de seus processos, as quais nfo podem ser a sem serem absorvidas por ela. A importagdo smo o & também a ages mateméticas de um processo real a outros fendme empfricos, Mas isso nao fianda novas ciéncias nem permite sua articulaga do real faz surgir um proj ‘0 propésito de treinar ineligéncias capares de apreender quase 2 maneira da filosofia da Gestalt, a unidade da realidade”™. Partindo destas, Premissas, a interdisciplinaridade propés-ve como uma metodologia tanto para wologias estruturais entre diversas disciplinas que processos da realidade, ¢ se formalizou numa Teoria Geral de Sistemas (FGS). 2 ‘0s. Assim, as transformagdes sociais, as inovagGes ci l6gicas ¢ a construgdo de uma ravionslidade ambiental pen vo sobre a oferta natural de recursos, 0 equilfbrio werifico & a poluigo ambiental, 35. Os principios desta pritica inte inar como urna metodologia saber foram transferidos para o campo da teoria, pretendendo fico. Desta forma surgi- comuns, oU unta metalinguagem que permitam integrar € unificar 0 con realidade™. A matéria € diversa e 56 pode ser apreendida pela especi- ncius legitimamente const 36. A andlise estruturalista em ‘0 isomorfismo matemétice que-estabelece-a5-similitudes formals enite sister teéricos que respondem a diferentes ordens de materialidade € o que permititia pensar em sua unidade”, A TGS formula modelos aplicéveis a diferentes estro- turas tedricas, mas a0 reduzir a especificidade dos processos reais a suas car is formais comuns, desconhecem-se os principios materiais — “a natu- reza dos elementos ou forca do sistema” — dos quais dio conta as diferentes cigucias e que permitam aprender as causas e formas de articulagio de seus ‘que 0s produzem. Daf o cariter ide ‘como ferramenta conceitual para compreender a dinimica dos processos hists- terefimbio de mensagens — a partir da analogia ou a ia de suas estruturas, o que abriria uma via heuristica para desentranhar as estruturas profundas, “inconscientes”, determinantes do processo cultural, 0 método es tages fundamentais na perspectiva do conhecimento cientffice: por ui lado, idade de fazer surgir as estraturas fundamentais de um processo a partir das homologias formais de suas manifestagdes fenomenol6gicas; por outro lado, a redugio da explicagdo destes processos a uma estrutura gerativa ou determinante — por exemplo, a explica- 0 ENROL BISTEMOLOGIA AMHLENTAL, “ ‘20 dos processos epigenéticos ¢ de desenvolvimento a purtir do DNA; a exp! cago da histéria a partir das estruuras econdmicas”, Esta formalizagao das correspondente ao estado de elaboragio de atlises estruturais compa- fore da articulagdo das esferas de materialidade com que o materi mo hist6rico articula as relagGes sociais de produgdo com o processo de dese volvimento das forgas produtivas, bem como com as formagbes ideol6gicas e as regras de casamento que nk 1m a reprodugHo social. Também difer ‘que podem surgir para 0 problema da interdeterminagc dos 8, as regras de organizago cultural, as relagSes sociai produgao e as formagdes do inconsciente, a partir da perspectiva da arti as ciéncias correspondentes a cada uma destas esferas de materiatidade © suas respectivas ordens de racionalidade. matéria, O fisico, 0 biol6gico, o linglifstico, o histérico, o inconsciente, como objetos cientificos so auténomos € no formam uma hierarquia fundada em sua gnese histérica, A antropologia e a histéria nao podem ser reduzicias a uma de compreensio transdisciplinar podem afetar 0 desenvolvi e generalizagio de st le conceitos ou uma objetos cientificos. Desta maneira, a termodinémica de sistemas abertos coloca 1 possibitidade de se unificar a ordem fisica € biolégica e torna-se possivel iransferir os conceitos ce entropia e as andlises de fluxo de energia para o campo da antropologia; da mesma forma, procurou-se estender as leis da genética ¢ da evolugao biolégica pura o campo da hist6ria e da sociedade, ‘gerando uma sociobiologia®. Mas nem o biolégico se reduz a uma termodina- ralizada,!" nem € possivel explicar a histéria como um processo de por meio de umn nivel geral de form: cada ciéncia para apreender as diferentes ordens de materialidade do 39. © projeto interdisciplinar proposto pela TGS dé assim cot , a concepgao dos fendmes mos de uma contradi¢&o dos elementos const sobrepesada pela procugao de seus objetos ¢ cone: principio de contradigaa s6 pode ser concretizado no conceito de I fos que dio conta das cleterminagies de um: contradigbes discursivas das formages 38. A historia recente das ciéncias gerou paradigmas transdi ——«cnfogues-metodolégicos. sobre sistemas complexos.que-ofececem-s de integrar diversos rrocessos materia e ordens do tretanto, 0 projeto al6gica dos conceitos 10 qual se produzem seus efeitos de conhecim ureza” dos processos de que dio conta as di Jas como ama estrutura fundamental, determin: Os fenémenos de desenvolvimento apareciam assim fundados na reprodugao de rroturas genéticas das a0 acaso; de seu desenvolvimento da produgo ao acaso de mutagies Jo 20 meio ambiente. O processo reduzidos a seus nfveis fundamentais numa ordem epigenética de evolugio da © suporte molecular da emergéncia, € por si mesmo ineite ¢ desprovisto de propriedades teleondmicas"®. As mutagdes produzidas ao acaso conformam rnovas estruturas que determinam o aparecimento de especies e processos at nifo estio contidos nas estruturas prévias. Por outro lado, as estruturas genéticas, ‘20 combinar-se com as protefnas alostéricas e por meio de “novas redes de coor- denagio” em nivel celular, dio lugar & emergéncia de novos processos funcionais no desenvolvimento morfogenético dos arganismos vives. Desta for tuem-se 0s diferentes niveis epigenéticos no desenvolvimento da matéria vi AL. As descobertas da biol ram desta forma combater nogiio de “adaptag3o de mais apto”. A selegio natural apareceu como eft’ Jagbes definidas por suas estruturas genéticas € nao como a agio de in epigenéticos de desenvol pelos mecanismos préprios do desenvolvimento bi ‘morfogénese avangou, com as contribuigdes da topologia, na formalizacio dos, processos epigenéti io ecoldgico, desconhecendo os efeitos no pro- censo de dosny olvimento psicol6gico, da lingua, das formagbes do inconscien- rm 6 -mudanga e seus produtos finais estio sufocados pelas predisp portamento geneticamente influenciadas, que ticas biolégicas do ser humano im- puseram através de toda a histéria constrangimentos a seu comportamento 30- emergéncia destas novas e: as formagées do inconsciente —-fazem da histéria um pro- cesso que determina a estrutura genética das populagdes biolégicas, enquanto que seus efeitos sobre toda formagao social condicionam a transformagio de de regras de casamento e das le surgem sias normas de fecundidade, los cle uma preocupacao pela orig: lo das prticas sociais e dos proces encontra urn denominador comum fo como as operagbes adaptativas de um ‘comportamento soc je SSgiea-e-das-telagbes-suciais-de-produgae, cone ade, cujos efeitos determinam 0 processo ontogenético de todo ser humano, 43. No campo cien 1ovos fundamentos genéticos da bi dos como © pri sentido, surgiu uma sociobio- iva de simtese tebrica, capaz de tragar as determinagées J. 0 projeto de Wilson funda-se em sua evolugio biol6gica que a precedeu (...e que...) as diregdes que pode tomar esta 5 Astculagio de conhecimentos e materiatismo histérico 45. Toda possivel articulagéio entre ciéncias depende do sentido de seus corpos te6ricos. © materialismo hist6rico surge como um todo teérico consti- wdividus ow de uma populagio bioiégica a seu meio ambiente, “ + BMOU ‘um proceso complexo de reprodugfo/trans 46, Uma visio holistica do mundo produziu a Revolugio de Copé pelo desejo de ver “o todo (coresponder) com suas partes com umta simp! de maravilhosa”™. A epistemologia materialista funda-se na articulag conceitos de uma teoria como a necessidade pensada do real que produz. um feito de conhecimento de uma realidade complexa e no como uma integraZo as partes da realidade empitica. O pri uma articulagao te6rica foi determinagio especificos, "Este projeto epistemo- éncia da instncia econdmica que haveria de set com- pletada por cigncias das superestrut 0s de cada regio — ideolégico: » politicos — estabelece-se pela Ws dos conceitos da teoria conta do proceso da luta de classes na produgo e nas formagbes superestruturais. As categorias de contradigio e superdeterminaedo so incapazes de da deste process complexo, en- quanto que, embora demarquem uma problemit . mo produzem ne- hum efeito concreto de conhecimento sobre seu fumeionamento', A categ filoséfica de “determinagio em seal das outras instncias, sua aul sobre a sua propria base”. Apen 47. A concepgao do ma 10 hist6rico como um corpo teérico asti- culado de regiGes com uma autonomia relativa abriu uma possibilidade de pen- ser 0 todo concreto de pensamento e a realidade como uma atticulago dos provessos especificos de cada esfera, ou como a resultante da visio do todo a partir da perspectiva de alguna de suas instancias ou registros, Mas, como Marx indica na Introduedo de 1857, 0 efeito de conhecimento nio surge da conver PSTEUCLOCIG AMBIENTAL “6 se de miltiplas dete . integragio das hom ‘malizagio dos elementos empiricos das de conhecimento da histéria. 48, A problemética marxista da articulagdo intema das instincias do todo social para dar conta do processo de reproduc cultural nas “sociedades primi- inagdes” no € um: perestrutura transforn uma diferenciagio funci 49, Nesta perspectiva teérica, 0 que importa & descobrir a instincia que funcion de prodi struturas ecolégicas, as repras da la caso ocupam a fungo dominan- strutura, assim como as determinagGes das esferas da superestrutura mitos, representagbes simboticas e formagGes di as “superestraturas” € os processos idenl6gicos como aspectos cor ges sociais de produgdo ajuda a romper com um esquematisma estrutural articulaga0 de estruturas is que produzem 0 processo de produgio/tepro- dugio/ transformagio social em suas relagées com « cultura e com a natureza, 50. A soma das visbes parciais do proceso histérico nfo produzem a inte- gragiio dos conceitos especificos das diferentes regiées ou instincias do todo Social. Os conceitos do materialismo hist6rico sio jf°conceitos que articulam as Priticas diferencisiveis dessas regiGes e dos efeitos de seus processos materiais. © coneeito de valor no s6 integra os processos natirais, os processos de traba- Iho € os processos cientifico-teenolégicos para transformar-se em principio do Proceso econdmico. Toda formagio de valor, o estabelecimento de um tempo de trabalho socialmente necessécio, implica tanto o desgaste de energia da forga de wabalho como a realizacio das mercadorias produzidas. Neste sentido, processo ideolégico produzido pelas posigdes subjetivas dos agentes s Integra-se ao processo econémico gerando sujeitos de consumo, treduzindo 0 desejo numa demanda de mercadorias que permite a realizagio do valor". Desta, forma, se a constituiedo biol6gica da forga de trabalho apresent a elevagio da mais-valia absoluta, a acurulagao eapitalista pode prosseguir seu ritmo de expansio gragas & produgdo de uma mais-valia relativa prover processo de inovagao cientifico-tec , ¢ da possibilidade de realizar esta produgdo em expansio, agindo sobre a insaciabilidade do desejo inconsei Oc indica a luta de classes no processo de trabalho®, de Juta de classes atravessa todas as priticas sociais: as de consumo de mercadorias; as priticas teéricas e tecnol6gicas, as prt cas discursivast! dda estrutura produtiva, frente & psic l6gica, @ antropol FPISTHHOLOG AMBIENTAL . 52, As diferentes priticas sociais ndo so processos autnomos a partir dos ‘quais se integra a realidade do todo social. Pelo contrério, € 0 processo comple- Xo da reprodugo/ transforrnago do modo de produgdo, 0 qual gera um conjun- a destas esteras. Estas préticas no so produ- ‘nam campo do possivel que depende das determinagSes estruturais do modo de produeio e das condigdes que surgern dali para a pritica politica, pritica tedriea, pritica prodativa e as piticas discursivas, 53, © modo de produciio capital istérico, é uum modelo abstrato sobre o real, Mas forma¢ao social, ot sja, as determi- concretas. Estas det 3 des abstratas do modo de produgao, para dar conta do processo de 10, de reprodugdo ow de transformagio da sociedade®. produgao deve ser compk da producdo, parte con do proceso econéinico, processos a desenvolvimento das forgas produtivas, eogrifico como relagGes sociais de produgio das formacdes pré- nogio de FES. 0 proceso de reprodugio social aparece tulad dos processos econdmicos e dos processas superestru- turais, Estes iltimos deixam de ser um epifendmeno da infra-estrutura, uma “ evnigue Le determinagdo em tdincia pelo econémico, Mas a nogo de formagio tos que tornem mais concreta a articulagio entre das culeuras “pri como para aprender 0 processo de transformagao das sociedades tas sob o dominio do modo de produgiio capi igd0 de formagaes is de produce, 55, Para compreender 2 aniculagéo das formagées soviais pré-capitaistas Ac de modo de realidade e mostrando suas va- fiedades histérieas, eogrélicas e ‘regionais’ ™, Bste problema requer dar conta da forma como os process diferencisveis de reprodugio/transformagzo socioambientais ¢ o estabelecimento de unidades aml modo de produgio aparece auticulagio dos referidos 0 stas € exercida no s6 através mura complexo de p rais sancionado ¢ legitimado pelas regras da orem econ6mica internacional 56. 0 propésito de integrar as diferentes instancias que conformam 0 todo social e seus processos de reproducdo/transformagao gerou um problema tedri- c0.e metodol6gico sinda mio resovido pelo marxismo: o que se refer artic [PSTEOLOGIA AUGIENTAL » proprietétios, logicas de produ- io chega a romper com um certo esquematismo € 10 da analise estrutural, que dificuts a andlise dindmica dos processos ée produgio e das forgas produtivas que devem caracterizar as formagées ue Tuncionam e produzem dentro de unidades ambientais determinadas. 58. O processo de reprodugiio/transformagdo do modo de produgao capita- lista, como um processo em escala mundial, depende das formas particulares que sua articulago com 0 com- “nito é 0 modo de produgdio (e seu des “gera’ de lguma forma su hist 59. Neste sentido, a reprodugto do modo de produgto capitalista depende cerias relages sociais de produgdo ¢ desenvolvimento das forgas prod ‘Todo MP e toda FES estabelecem conexdes com a natureza através dos objet fe trabalho dos processos produtivos que ali se desenvi ficuldade nfo resolvida para compreender as determi- a estruturagdo das relagtes sociais e técnicas de produgio e para incorporar os processos ecolégicos nos processos produtivos globais e no desenvolvimento das foreas produtivas da sociedade. 60. Natureza e sociedade silo duas categorias ontol6gicas: no so nem onceitos nem abjetos de nenhuma ciéncia fundada e portanto nao constituem 50 aeique 95 termos de uma articulagdo cientfica. Bstas categoria estio presentes tanto nna cigncia biol6gica como no materialismo histérico. Na primeira, o processo la determinagio genética das populagdes biologicas e de -9d0-adaptagao-transformagao em |, 08 processos produtivos de toda formagao social, e de reprodugio/transformago social 61, Podemos distinguir quatro problemas nas relagGes entre a biologio ea historia: Gla. A prodagio de conhecimentos sobre 0s provessos fiscos, a evolugao conhecimemto & um objet processos € um proceso histé 61b. © conhecimento de processos biolégicos (evolugdo e transformagtio ccossistemas naturais), onde o objeto natural esta superdeterminado por proces: 50s sGciocistricos, Neste sem sticulagao entre natureza ¢ sociedade — como objetos do trabalho, de recursos e fendr ‘dade ecol6gica, a natureza incorpora-se tecnologicamente ao proces- 80 produtivo. 61d. O estudo de uma formagio social “ndo-capitalista”, Esta andlise faz sto do trabalho. da ANTAL a determinagées especificas dos processos de trabalho de um modo de produgio, nem suas conseqléncias na transformagio da natureza. 63. Os processos naturais sfo objeto da biologi enquanto fendmenos evo- lutivos e de desenvolvimento ontogenético. Desde © momento em que natureza —4 ambiente até a natureza orginica do homem — € afetada pelas relagées sociais de produgio, estes processos biolégicos sio superdeterminados pelos processos histéricos em que o homem ou a natureza se insgremn, nos parviais da natureza podem cot conbecimento de tho; mas 0 natural se transforma no biol6gico superdeterminado pela hist6ria, Nem o recurso natural, nem a forga de trubalho se referem ao metabolismo cial, mas sio ja o biolégico dete dugio de uma dada estrutura soci de valor — o tempo de trabalho socialmente necessétio para a produgdo de mercadorias — & um conceito no qual a produtividade natu- ral da terra, a produtividade do trabalho através de uma tecnoest dade dos ecossistemas através do conhecimente:cientifico e as Iutas para feu da jrnada de trabalho, congue para estabelecer um tempo deta pelas condigtes de produgo e repro- 2. Cada ciéncia funda os conceitos nos quais se absorve “o natura " em seu objeto de conhecimento, Os processos naturais estio p dugio de m rnogio geral pode servir como conceito cientifico da articulago entre natureza © sociedad, © proceso de trabalho, a transformago do objeto de trabalho em valor de uso, € a condigao geral de que todo modo de produgio mas, em sua genetalidade, as nogSes de trabalho ou de valor de uso ndo podem e natural” independente da fix a média de lucro. S determinadas pelas leis do ides dos pregos do mer podem dar uma rendu diferenc isto , em sua maior “ertilidade tecnolégica”, A determinagéo dos processos 2 2 ENROUE LEFF ‘ecoldgicos na produgio de uma renda diferencial é tio pouco natural como a forga de trabalho na produgio de mais-valia. Valor e renda diferencial sfo jé os conceitos em que a hist6ria absorve ¢ articula 0 nafural, fezendo intervir as forgas naturais na produgdo de ganhos como um efeito superdeterminado pelas relagdes sociais de produgo. Desta forma, a formagdo de valor e a produgio de renda diferencial da terra esto arti vom uma interdependéncia que au menta com o desenvolvimento capitalista. A aplicagio de uma tecnologia ecol6- zgica que afeta as condigdes de produtividade de um ecossistema e de sustentabi- lidade ecolégica do proceso produtivo, transforma os processos n prosesios eonolipcos. A part desse momento, integra-se a prod icas da produgio, jcula-se dessa forma ao materialisme hist6rico expl ase dos process ecolégices, tcnoldgicos e culturas que estabelesem condigdes gerais da produgao. 66. O postulado de uma biossociologia, como uma. materiatidade dor peetivas cis deixar para trds as concepcdes naturali co como um ecossistema ¢ as concepydes bolismo ecol6gico) ¢ valor de troca (metabalismo so mo uma esata ‘epistemol6gica para per crises ecoldgicas como efeito da crise do c uma vin metodol6gica para o estudo concreto de comunidades rurais e para « implementagio de priticas de ecodesenvolvimento que como uma ciéncia ou Fmisreadowoa AMIENTAL 7 3 sua racionalidade energética, surge da oplicagao a estes campos dos prineipios ica, da entropia e da termodinamica de sistemas abertos. Neste sentido, ka ® pretendeu fundar 0 processo de sucessio ecoldgica e de selegio natural © 05 balancos ecologia e do social. Ainda, pret uum processo de complexiapio da estutra socal que im de incrementar 0 consumo de energia para manter a coestio social dentro das ia a necessidade 4 eNRiQue err formas de poder cada vez mais complexas ”. Mais recentemente, a conceituali- zugo do processo econdmico como um processo entrpico levou a uina critica radical da teoria do crescimento econémico e a tratar de fundamentar a econo- mia na evologia, “por ser esta uma ciéncia muito mais complexa” demonstram a irracionalidade energética ¢ ecol6gi tas nos quais fundou-se a racionalidade econdmica dominante, ’io dio conta da articalagdo da ordem econdmica com os processos esteutura- dores ou desestruturadores do meio ainbiente e das organizagdes culturais de brindo o efeito das tendéncias para a jizagao da taxa de lucro do indado num modo de produgie que ada tem de natural ou de universal, Se o incremento do consumo das fontes no poderia ser revertida pelos principios éticos e pelas at ddas pelos paladinos do crescimento zero e da economia estaciondria para pro nudanga social e impedir a catastrofe ecolégica, ainda se isso implicas- se a inviabilidade da sobrevivéncia do homem no planeta. 69. fom = aula de an cas € elnol6gicas que dio conta de seus processos mater 70, No caso das sociedades agréias, a articulagio do natural ¢ do social resolvide pela redusio da formagao camponese de autoconsumo a da natureza, dependentes da estru- formas de organizagdo cultural que ‘bes de acesso e apropriagtio da do modo de produgio capitalis- Patis, J. Vein, 1971 Paris, F Maspero, 1973, Lacan, scritos ‘ambiente e dos estitos culturais peta introdugao de Novas técnica ‘modelos produtivos. Isto transforma as formagGes sociais nio capitalistas em objetos complexos que se definem pelas interdeterminagées entre proces técnicos e culturais. Em todo caso, estes processos cul 3¢ dos intercdmbios energéticos no: 0s produtivos ou a um principio fisico generalizével w partir dos proce iol6gicos até os processos histéricos. Tampouco pode reduzir-se a um esque- que no horizonte de todas a representagdes atuas st indica ein si mesino corte @ fundameito ue sua unidude sGo esses cbjotos jamais odjetiviveis, essa representagdes jamais 0 NRE completamente representiveis, essas visibilidades so mesmo tempo manifestas ¢ invisfeis, fessus realidades que estio em retirada na modida em que funduin 0 que se di © avanga para nds: a potacia da trabalho, a forga da vids, poder de falar... Buscam-se assim a condigoes de possibilidade do objeto e de sua existéacia, enquanco que na reflexio transcendental iden fcavam-se as condigdes de possibilidade des objetos da experiéncia com es condigées de idude da prpria experitavia. In: Foucault, ibid. p. 257 10, Estas transformagdes fundamentais np saber cientifico modemo foram entendidas filosofia materialista do final do século passado, Desta forua, Engels as fencontramo-nos em meio a um rude fetichismo quando buseam uposigbes bisicas da me das as pure 4650 © alo cerenga na 8 ica da Tinguagem — ou seja, da raed, E ito 0 que ve em isto 0 que exé na vontade como causa em geral isto que projets incia-ego para todas as coisas — apenas cria assim o conceito de ‘ol it ofthe idols. sl, Penguin Books, 1968, p. 38 11. Mars, K. “Intzoduction générale & a critique de Péconomie politique”. In: Mars, K. Oeuvres, Economie I. Pasis, Gallimaed, 1965. p, 255 12, Sobre uma pretenss epistemologia pragmatiss om Mark, ver A. Schmid, El co de naturaleza en Mars, México, Siglo XX1, 1976, assim con it y l fn del bumanismo natu po ‘este: LEFF, sta. I: Antropologla y marsismo, n. 3, Mi ssfvel como entrecruzamento compleno de diferentes tempos mas em seu conceito... E preciso construir as conceitos dos diferentes tempos histricos.. partir da natareza diferencal e da articulagzo dierencial de seus objetos na estutura do todo Althusser, L Balibar, E. Live le capital. Op. cit. p. 12859, 14, Marx, K. "Le capital”. In: Oewwres. Op. it. exp. I “Nio € somente a forma da sistematicidade que faz a cifaci, mas apenas a forma da sistematicidade das ‘esséucins’ (dos conceitos tedrcos) e nia sistematcidnde dos fe nos brutos (dos elementos do real). ou a sistemsticidade das ‘esséncias" ¢ os fendmenos isser, L; Balibar, B. Lice Le eaptel. Op. 16. Cf. Braunstein, yen la Ling Leff, E. Biosociolo 1981. Publicado também em: Braunstein, s de sistemas, © que poderia vemeter 4 um certo eM ma realidade preexistente que estaria all para ser recortada pelas diferentes sexperts que detinem o que fice denro e fora de um sistsma constrido inc thusser, Ls Balibar,E. Lie le Capital, Op cit, p. 107, 170. 19. Cf. Olive, L. La explicaciOn soctal del conoctnienio. Méxi UNAM, 1985, Leff, ‘Sociologia y ambiente: formacion socio-econsmice, raciot el conocimiento”, nz Leff, B. (Coord). Ciencias sociales y formacidn ambiental. Barcelona, GEDISA/UNAM/PNUMA, 1994 (ver Cup. 3 neste vohume) 20, "Esta abstragio do trabalho em geral nfo é o resultado mental de uma tocalidade a de tfabalho.. © trabalho transformou-se.. nio apenas enguanto categoria, mus na sm roeio de produzi-asiqueza em geral”. Mars, K. "Introduction". Oeuwres, jco-wenclégica sta” In: Historia y soviedad, n. 6 México, 1995. p. 75-87 1. Technological Forecasting in perspecnve, Pais OCDE, 1967. Hetman, 24, CI Han F Society ond the aesessment of technology. Pais, OCDE, 25, Cf, Marcuse, HL dimensionnel, Paris, is6s, 26, Ct, Leff, E. "El sistema de ciencia y tecnologia en ol proceso de desars n: Comercio exterior, v. XXV1, 11, México, 1976, pp. 133441. S La technique et la Diez, 1975. p. 38. lnaredad”, In: Apostl, Let al. Jnterdisciplina stigacidn em las utiversidades. México, ANUIES, edad, Probieias dela ente 1925. (reimpressio emi 1979, p. 108 31. Leff, “Biosociologia y ecodesamollo". In: Left E sobze ecodesarroile, Méxica, AsoviaciGa Mexicana de Epis nas de von Bevtaantty pas 1) Momorias del primer sinposio. nologls, 1977. p. 52-71 de uima nog de sistema que c entidades que ser uatadas por reza dos elementos ou forga do sistema’, de que s2 ecupm as eiéncias especiis. rn sogutads ormidades estruturais que se estndeTecem entre os diferentes niveis da reslidade”. L. Teoria general de los sct-mas. México/luenus Aires, Fondo de Cultura ica, (976. p. 263-90. 38, Meatows, D; Meadows, J; Rand ico, Fondo de Cultura Econsinica, 1972 34. Ver: Fichant, M. Pécheux, M. Sur l'histoire des sciences, Paris, Maspero, 1971 LLecourt, D. Pour une critique de l'épisiémelogie. Pars, P. Maspeto, 1972. 35, Sobre uso de um método analégico pura 2 intogragdo dos processos biol ealturais, ver: Gerard, R. W,; Kluckohn, C.; Repoport, A. “Biological and caltural evo Some analogies and explorations", 36, 36. Lévi-Strauss, C. Sructural anthropology. Londres, Allen Lane, The Penguin Press, 1968, J: Behrens Il, We W. Los ites del crecimiento, -redugio-das-citncias 2 flsica-e-qufeuies- mas se ex 37, René Thom detimizou 0 alcance da metodologia esiraturalista nos seguines te “Do ponte de vista estruturlista, nfo se tenta ex tos emprestados de outa teoria icamente, Nesse sentido, 0 ‘estra melhorar a descrigfo,.. Por ita std tie mal funda morfogénese pelo edigo gendtico na biologia. Eta (0 de uma linguagem desconhecida para entendé-l In: Waddington, C. H, Towards a theoretical biolugy. Chicago, 1968 (cvimpressio 1969 ¢ 1970). V. 3. (Rascunhos) p, 68-82. 38, Engels, F. Dialectigue de la nature, Pal Bareclons, nent. Nova lorque'Londees smo geneticists, ver as intervengses de W. H, Wadkington em Hacia una biologia teérica, op. cit 46. B neste sentido que Monod cancebe a "noosfera"- “o reina das idias © do — como uma emergéacia da biosfera. Cf, Monod, J. "Leeeién inaugural ica que Louis Althusser em seu Curso de flosofia para cientficas. sl, Edi 1995. 47, “Em todo provesso natural nos esforcamos primeiro por islar as partes do dos as quais € estruturalmente estével, 05 “creodos” de process, ilhas de determinisin separ Jos por zonas em que esté indeterminado ov € estroturalmente instvel, Mediate a ‘40 dos modelos dindmicas, nos esforgamos a seguie em anelisar cada creado em temert "RO qUEchano“CaLisroves elemientares”. depots em relw Dorganizagap deste creodos elementares numa figura global estivel pela ago de uma ridade da dindmica, H. Hacia una Biclogia... Op ‘0 problema é de natueza esseacialm « que com seus modelos topol6gicos “no esté manipulando una too = 1m método", Thom, R, Madelos ropoldgicos en biologi. Ibid. p, 49 i 1. Biologie y convcimienso. México, Siglo XX1, 1972, ERSTEMOLOCAN AABIENT, so genética de populagoes... A mete devera ser ua habilidade para predizer earac- mento de seus parimetros populacionais com ccomportamento pela car ) monitorar as bases gonét aria as sociedades humanas ‘uipso genética da espécie ‘es do comportamento soc dn de las clencias. Op. cit. ty Press, 1978. p. 82, 89. rica nto temos os elementos i, Porque ainda as hordas os pig- se priugao” das saciedades agrisias e podem oferecer as categorias de dot © uRQue LF O61. Ct, Pécheux, M. Ler vérités.... Op. cit, Neste sentido, a5 lutas ecolgi «© coneeito de valor ao intenalizar as contabuigées © constrangimentos dos pro | produgao; ainda, os alacién de moos de producciéa en América Let ico, 1975. p. 59 68. Cf. Rey. P.P. Ler alliances de classes, Paris, F. Maspero, 1973. Assim como a x em torno da nosio de formaszo eeonémico; r Una reflexin tories 53. México, 1980. p. 67-75, Ver eap. IV de meu liveo Ecologia y Eitores, 1994, ”. Op. dliterntes de organizagdo da materia, da 10" € conjungio de suas legalidade, a6 quais regem 0 desenvelvimento da matérie na 50 entro 0 bioldgico @ 0 social", p. 59. 70. Cl. Schmich, A. El concepio de naturalera en Marx. Op. cit. Toledo, V. M,“Intceambio 0. ntercambio econcatico en el procese productivo primario. In: Lol, E, Bosociotogia y ariculacién de ean INTERDISCIPLINARIDADE, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL 1. A questio ambiental e o desenvolvimento do conhecimento ‘A problemética ambiental — a poluigio e degradagio do meio, a crise de recursos naturais, energéticos ¢ de alimentos — surgiu nas dt século XX como uma crise de civiligagdo, questionindo a racionalidade econ6- mica e tecnolégica dominantes. diversidade de perspectivas ideo! do da press exervida pelo cresc ronment, power society. Nova lorque, Food, energy and society. Londres, Arnold, 1979, 175. Adams, R, Energy and structure, Austin, Texas University Press, 1975, 1 N. “Energfa y mitos econsmicos”. In: Trimestre econdimico, México, 1995. p. 779-836, Assim como “Economies and entropy” In: The 972. p. 13-8. Leif, E. “Emobouinics, biosociolo In: Nueva antropologia, 1, 6. México, 1977, p, 99-108. Ver cap. II de mou livre Ecologia, capital e cultura, Blues Euituee, 2000. Pe ere eee aa ieza, bem como formas de cor esgotando as reservas de recursos natura's, degradando a fe s de regeneragao dos ecossistemas naturais gerou mudangas globais em sistemas socioam- exos que afetam as condigbes de sus propondo a necessidade de internalizar as bases ecclégi dicos e soviais para 2 gestio democritica dos recursos natura. Estes processos estio intimamente vinculados ao conhecimento das relagdes sociedade-nature-

Potrebbero piacerti anche