Sem pretender incorrer nesses erros, entendemos que o contrato
um negcio jurdico por meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos princpios da funo social e da boa-f objetiva, autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia das suas prprias vontades.
Ou seja, o contrato o negcio jurdico pelo qual ocorre o
consentimento entre interesses colidentes, observando-se os princpios da funo social e o da boa f objetiva.
Nota: quando o autor diz erros, ele se refere definio
decorrente de uma presuno do autor, bem como de uma definio qual o autor entender como absoluta. E tambm, ao erro por omisso, onde o autor acredita que uma enunciao simples seria a melhor, por entende-la mais didtica, porm, sem observar que est sendo simplrio.
Definio
de
contrato
sob
uma
perspectiva
Constitucional:
Em uma perspectiva civil-constitucional, devemos ter em conta
que o contrato, espcie mais importante de negcio jurdico, apenas se afirma socialmente se entendido como um instrumento de conciliao de interesses contrapostos, manejado com vistas pacificao social e ao desenvolvimento econmico. No podemos, dessa forma, consider-lo como um instrumento de opresso, mas sim de realizao. Pode-se, portanto, considerar o contracto como um conciliador dos interesses collidentes, como um pacificador dos egosmos em lucta. certamente esta a primeira e mais elevada funco social do contrato.
Entretanto, no s sob o aspecto de pacificao social compe-se a
denominada funo social do contrato. Dessa forma, os demais componentes desse princpio so: A dignidade da pessoa humana Relativizao do princpio da igualdade das partes contratantes Boa f objetiva Respeito ao meio ambiente Respeito ao valor social do trabalho
Sendo assim, todos esses princpios reunidos formam compe a
funo social do contrato.
Definio: Portanto, vista do exposto, poderamos, sem prejuzo
da definio supra apresentada, e j sob uma perspectiva mais estrutural, reconceituarmos o contrato, genericamente, como sendo um negcio jurdico bilateral, por meio do qual as partes, visando a atingir determinados interesses patrimoniais, convergem as suas vontades, criando um dever jurdico principal (de dar, fazer ou no fazer), e, bem assim, deveres jurdicos anexos, decorrentes da boa-f objetiva e do superior princpio da funo social.