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IPESU
Ianara Teixeira
APOSTILA DE
SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Sistemática de importação e exportação
Introdução
respondem por cerca de 20% do PIB brasileiro. Mas, vale ressaltar que há formas de superar
estes obstáculos para explorar o mercado exterior, através da articulação de lideranças para
uma organização em sistemas de cooperativas, consórcios ou sindicatos, por exemplo.
Mas, com o intuito de poder proporcionar maior competitividade aos produtos
nacionais no mercado internacional, o governo brasileiro, vem se estruturando e
desenvolvendo uma série de ações que viabilizam programas e linhas de crédito que apóiem
às empresas interessadas em atuar no mercado internacional.
O Comércio Exterior
O açúcar, durante a era colonial, foi o produto que moveu a economia brasileira,
portanto o primeiro produto “made in Brazil” que teve projeção mundial. Em seguida, o
ouro na região de Minas Gerais teve sua projeção internacional. Já como uma nação, o Brasil
viu um novo ciclo econômico surgir, agora com o café, que foi o grande responsável pela
riqueza que o Estado de São Paulo goza ainda hoje.
O café já foi o produto brasileiro com maior representatividade no comércio
internacional. Mas, hoje quando os maiores parceiros que o Brasil possui no comércio
internacional são a União Européia, os EUA, o Mercosul e a China, esse cenário sofreu muitas
e profundas alterações.
PAÍSES INDUSTRIALIZADOS
21.383 12.499 21.578 15.344 26.687 33.457
- Estados Unidos 7.734 4.505 8.026 6.063 9.741
13.378
- Japão 2.349 1.612 2.313 1.519 2.202 3.253
- Europa 5.766 6.879
10.547 10.556 14.744 16.826
PAÍSES EM
DESENVOLVIMENTO 9.556 10.095 16.789 10.267 21.160 21.824
África
765 648 871 968 1.651 1.846
Ásia
2.921 717 3.853 1.520 3.411 5.579
- China 382 203 779 149 905 1.023
- Coréia do Sul 543 96 538 320 467 992
Europa
927 406 835 482 1.163 793
Oriente Médio
1.307 4.431 1.457 2.255 1.611 1.248
América Latina e Caribe
3.636 3.893 9.773 5.042 13.324 12.358
- Argentina 645 1.514 3.661 2.629 6.747 8.028
OUTROS PAÍSES 66
476 112 415 3.273 2.269
TOTAL
31.415 22.706 38.782 25.677 51.120 57.550
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Vale ressaltar que durante boa parte dos anos 80, os superávits comerciais eram
priorizados pelo governo com a intenção de minimizar a dívida externa brasileira, o que
provocava cuidados especiais com as taxas de câmbio para que acompanhassem o ritmo
inflacionário e, ao mesmo tempo, para que as políticas protecionistas do período de
industrialização fossem preservadas.
exportados, como: minério de ferro, soja (grão e farelo), fumo, café, açúcar, carne de frango
e carne bovina, que em 1980 constituíam cerca de 40% da pauta de exportações, passaram a
responder por apenas 25% da pauta em 1998. Enquanto que os produtos manufaturados,
como: suco de laranja, automóveis, motores de pistão, café solúvel, papel, bombas e
compressores, cigarros, pneumáticos, açúcar refinado, motores e geradores, laminados
planos de ferro e aço, móveis, produtos químicos, calçados e têxteis, adquiram um aumento
de participação na pauta de exportação de 45% para 58% no mesmo período. Mas o
aumento não foi sentido somente nos produtos manufaturados, os semi-manufaturados,
como: produtos de ferro e aço, celulose, alumínio bruto, óleo de soja bruto, açúcar cristal,
ferro gusa, ferro-ligas, couros e peles, ouro e ligas de alumínio, obtiveram um crescimento
de 12% (1980) para 16% (1998).
Indonésia, Chile e Turquia que compõem uma extensa lista de nações que têm evoluído
acima da média global – inclusive à frente do Brasil.
Portanto, o Brasil é considerado pelo mundo como um país com grande potencial
de crescimento, assim como a Índia, a Rússia e a China. Em uma pesquisa divulgada pela
revista Veja em agosto de 2006, onde são projetados os respectivos crescimentos dos quatro
componentes do BRIC para 2025 e 2050, tem-se que:
Mesmo sendo cedo para alguns especialistas para traçar projeções sobre o BRIC, um fato
pode ser constatado hoje: três dos quatro países citados não estão apenas correspondendo
às expectativas, mas também estão bem à frente delas, com exceção do Brasil.
No seu conjunto o BRIC contribuiu nos últimos cinco anos com mais de 50% do
crescimento do produto global. No comércio mundial, a participação do grupo avança de
forma veloz, comparado a 2001, cerca de 14% a mais do que o registrado naquele ano.
Essa política é definida pelo governo federal de acordo com seus interesses. Por
exemplo, se as importações estão muito acima da projeção, algumas ações são tomadas
para evitar o saldo negativo da balança, como redução de alíquotas de exportação ou
benefícios na carga tributária sobre as vendas externas ou restrições às importações de
alguns produtos.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi criado pela Lei 4.595 em 31/12/1964 e
se trata da máxima entidade normativa do Sistema Financeiro Nacional (SFN). É de sua
responsabilidade a fixação de todas as diretrizes referentes às políticas: monetária, creditícia
e cambial do país. Vale ressaltar que o Banco Central do Brasil (BACEN) funciona como
Secretaria Executiva do CMN.
3.8 Organograma
O Comércio Internacional
Por isso a necessidade da criação de órgãos que sejam responsáveis para dirimir
quaisquer questões nesse âmbito comercial, como: elaborar as leis, fiscalizar e julgar as suas
aplicações. Para tanto é imprescindível que as autoridades governamentais elaborem leis
que reflitam a realidade do cotidiano das transações comerciais e sejam imparciais em seus
processos de fiscalização e julgamento de ações que possam causar prejuízo à alguma das
partes e, no âmbito geral, ao Estado de direito.
Contudo, para que um país usufrua dos recursos de financiamento dispostos pelo
BIRD, é necessário que ele também faça parte do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Na realidade, o FMI, assim como o BIRD, foi criado juntamente com o GATT nas
negociações de Bretton Woods. E ambos foram frutos, especialmente, de uma necessidade
latente que vigorava em um cenário pós Segunda Guerra. Atualmente, esses órgãos estão
em plena atuação e são responsáveis por auxiliar o desenvolvimento dos paises membros.
Sob o amparo do SGP, alguns países desenvolvidos oferecem tarifas reduzidas por
determinados produtos que têm interesse em importar, e não exigem reciprocidade. Vale
ressaltar que o SGP é uma concessão de forma unilateral de países desenvolvidos para
países em desenvolvimento.
Para evitar que os benefícios provenientes das reduções tarifárias, fornecidas por
alguns países através do SGP, sejam apropriados por outros, foi instituída a obrigatoriedade
pela UNCTAD do uso de um certificado de origem denominado "Form A", cujo modelo foi
previamente aprovado pela conferência. Este documento, é utilizado para atestar o
cumprimento de todos os requisitos de origem. No Brasil, ele é emitido pelas agências do
Banco do Brasil, autorizadas pela Secretaria de Comércio Exterior e pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Com o objetivo de comprovar a nacionalidade de algum produto que está sendo
importado e para evitar fraudes nas concessões do SGP, os países outorgantes das
preferências (desenvolvidos) adotam um regime de origem, que varia para cada país
outorgante (em desenvolvimento). Esses regimes de origem são importantes para habilitar
os bens importados ao benefício preferencial fornecido de acordo com o país beneficiário, a
partir dos componentes ou dos insumos que foram importados ou que compõe o produto
principal, e que podem, ou não, se enquadrar como produtos "totalmente obtidos" no país
beneficiário.
Os EUA, assim como outros países outorgantes do SGP, adotam como regra
básica o critério de “percentual mínimo de componentes nacionais”, isto é, a nacionalidade
não somente do produto final, mas também das partes que o compõem, para que ele possa
usufruir do benefício preferencial. A regra norte-americana determina que: a soma do valor
dos componentes do produto, produzidos no país beneficiário, e dos seus custos diretos,
não podem ser inferiores a 35% do preço do bem final a ser exportado sob o SGP.
Blocos econômicos
sob custódia da transportadora. Esse termo pode ser utilizado em qualquer meio de
transporte, mas é muito adotado para o transporte aéreo.
CIP (Carriage and Insurance Paid to...) – Transporte e seguro pagos até...
Este termo adota o princípio semelhante ao CIF, onde o exportador paga todas as
despesas de embarque, transporte, frete e seguro até o local de destino indicado. A
diferença está no fato do CIP ser utilizado em transportes aéreos e multimodais (rodoviário +
ferroviário; rodoviário + aéreo; e outros).
A exportação, hoje, passou a ser uma saída para quem busca se manter vivo, ou
mesmo para quem busca ampliar seus horizontes, pois em um mercado cada vez mais
competitivo, integrado e globalizado, as empresas têm que agir rapidamente para quebrar
paradigmas e buscar novos nichos de mercado.
Nos últimos dez anos, o comércio internacional de bens ganhou uma enorme
projeção, somando, hoje, a quantia aproximada de US$ 6,5 trilhões. Representando assim,
um mercado com grandes possibilidades de negócios para os exportadores brasileiros.
Exportar também significa a diluição de riscos ao evitar as instabilidades
econômicas de um cenário nacional. Ao optar por vender os seus produtos em mercados
externos, o empresário brasileiro minimiza os seus riscos, pois a expansão da sua empresa
não se condiciona, plenamente, ao ritmo de crescimento da economia nacional e pelas
mudanças na política econômica do governo. Além disso, a minimização dos riscos abre a
possibilidade para a elaboração de um planejamento de longo prazo, o que garante mais
segurança nas decisões e assegura receitas em moedas fortes.
O que exportar?
O primeiro passo para exportar é definir o que será vendido no mercado externo.
A empresa deve identificar uma oportunidade de bons negócios e buscar em sua linha de
produtos aquele que atenda melhor a oportunidade analisada, levando em conta as
preferências dos consumidores estrangeiros e as normas técnicas que os produtos devem
seguir.
Para isso, é necessário que a empresa reúna todas as informações possíveis sobre
o mercado para o qual deseja exportar. Para ajudar no levantamento dessas informações,
existe no Brasil o Departamento de Promoção Comercial (DPR) vinculado ao Ministério das
Relações Exteriores (MRE), que, dentre muitas funções, ele é responsável por:
• Realizar pesquisas de mercado no exterior;
• Colher informações sobre produtos brasileiros com potencial para exportação;
• Identificar oportunidades de exportação;
• Fornecer orientações sobre como exportar.
Promoção comercial
Marketing internacional
Comércio eletrônico
A empresa brasileira que deseja exportar seus produtos deve definir não somente
o que exportar, mas também para onde exportar. O grau de dificuldade em sondar a
necessidade dos consumidores estrangeiros é o mesmo para identificar o mercado onde os
consumidores estão.
A Departamento de Promoção Comercial (DPR) disponibiliza aos exportadores
brasileiros a série "Como Exportar para...", onde constam informações sobre alguns
mercados específicos a serem explorados. Nessas publicações, as empresas podem
encontrar estudos detalhados também sobre blocos econômicos, com considerações
individuais, como: dados básicos e econômicos, usos e costumes locais, dados sobre relações
comerciais, canais de distribuição, condições de acesso ao mercado, regulamentação de
importações, sistema tarifário etc.
Outras informações sobre países específicos podem ser obtidas através do
sistema informatizado do Ministério das Relações Exteriores (MRU): a BrazilTradeNet.
Portanto, a exportação é o caminho mais eficaz para uma empresa garantir o seu
espaço em um mercado globalizado e competitivo. Mas, existe um preço para a conquista
desse espaço: as empresas que desejam exportar devem estar plenamente capacitadas para
enfrentar a concorrência internacional, o que implica em aporte de recursos financeiros.
Pode-se perceber que durante pelo período de 1995 a 2000, o saldo da balança
comercial nacional manteve-se negativo. Somente em 2001, após o controle das
importações e incentivo à exportação, o saldo da balança ficou positivo. Isso vislumbrou nos
micro e pequenos empresários a possibilidade de atuarem no mercado exterior.
Tipos de exportação
Modalidades de pagamento
a) Pagamento Antecipado:
Na modalidade Pagamento Antecipado, o importador paga ao exportador antes
do embarque do produto. Esta modalidade é utilizada nos seguintes casos:
o Quando o importador não transmite credibilidade ou quando o exportador é
inexperiente e não conhece seus parceiros;
o Quando é necessário o financiamento para iniciar a produção ou para reforçar
o capital de giro do exportador;
o Quando o valor da transação é baixo;
o Quando o importador quer garantir-se de oscilações de preço;
o Quando o produto a ser exportado é de alta tecnologia ou produzido sob
encomenda, o pagamento antecipado servirá como uma garantia, para o
exportador, contra o risco do cancelamento do pedido.
no seu destino. Cópias dos documentos de exportação devem ser remetidas, pelo
exportador, ao banco responsável pela contratação do câmbio.
c) Cobrança Documentária:
Nesta modalidade, após o embarque da mercadoria, o exportador emite a letra
de câmbio (ou “saque” ou “cambial”), que é encaminhada ao banco negociador do câmbio
(banco remetente), juntamente com os documentos de embarque. Este encaminha a letra
de câmbio e os documentos para o desembaraço da mercadoria ao seu banco
correspondente no país do importador (banco cobrador), via carta-cobrança.
d) Carta de Crédito:
A Carta de Crédito é uma ordem de pagamento, emitida por um banco (banco
emissor) na praça do importador (tomador de crédito) a seu pedido, em favor de um
exportador (beneficiário), que somente receberá o pagamento se atender a todas as
exigências nela descritas, como: valor da transação, beneficiário, documentação exigida,
prazo, local de embarque e desembarque, descrição da mercadoria, quantidade e outros
dados necessários para a exportação.
Portanto, esta modalidade é uma alternativa ao exportador que não quer assumir
riscos comerciais, uma vez que o responsável pelo pagamento é o banco emissor da Carta de
Crédito no país do importador.
Fluxograma da exportação
Profª Ianara Teixeira
ianara_teixeira@yahoo.com.br
ianarateixeira.blogspot.com
Sistemática de importação e exportação
SISCOMEX
Para facilitar o comércio internacional foi necessário criar uma sistemática que
reconhecesse internacionalmente todas as mercadorias envolvidas em transações
comerciais. Para isso, as mercadorias foram classificadas de acordo com uma sistemática
elaborada pela Organização Mundial das Alfândegas (OMA), que consiste em uma estrutura
de códigos composta por seis dígitos em um ordenamento lógico e crescente, onde as suas
especificações são atendidas, como: origem, matéria constitutiva e aplicação.
A essa sistemática de classificação foi dado o nome de Sistema Harmonizado de
Designação e Codificação de Mercadorias, ou somente: Sistema Harmonizado (SH), que tem
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Seção II Produtos do reino vegetal
Capítulo 12 Sementes e frutos oleaginosos: grãos, semente e
frutos diversos; plantas industriais ou medicinais;
palhas e forragens.
Posição 1202 Amendoins não torrados; nem de outro modo
cosidos, mesmo descascados ou triturados.
Subposição 1202.20 Descascados, mesmo triturados.
Se uma empresa deseja exportar uma máquina abridora de fibras de lã, qual seria
o seu código na NCM?
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Capítulo 84 reatores nucleares, caldeiras, máquinas,
aparelhos e instrumentos mecânicos, e
suas partes.
Posição 8445 máquinas para preparação de matérias
têxteis; máquinas para fiação, dobagem
ou torração de matérias têxteis e outras
máquinas e aparelhos para fabricação de
fios têxteis; máquinas de bobinar -
incluídas as bobinadeiras de trama - ou de
dobar matérias têxteis e máquinas para
preparação de fios têxteis para sua
utilização nas máquinas das posições 8446
ou 8447.
Subposição Simples 8445.1 máquinas para preparação de matérias
têxteis.
Subposição Composta 8445.19 outras máquinas para preparação de
matérias têxteis.
Item 8445.19.2 máquinas para a preparação de outras
matérias têxteis.
Sub-item 8445.19.24 máquinas abridoras de fibras de lã.
Como o câmbio está vinculado aos valores que as moedas assumem em seus
respectivos países, as oscilações nas taxas de câmbio são comuns. Logo, o exportador deve
estar atento, ao efetuar suas transações com o exterior, para estas oscilações não o
prejudicarem financeiramente.
Contrato de Câmbio
vendida ao comprador (banco) que deve pagar o valor correspondente, de acordo com o
câmbio acertado, em moeda nacional.
Todo contrato de câmbio é consensual, oneroso e cumulativo, ou seja, o
interesse entre as partes irá resultar em transferências de capital entre ambos, onde cada
um recebe uma contraprestação, relativamente, equivalente. E nele devem constar: a
identificação das partes, o valor da operação, a taxa de câmbio acordada, o prazo para
liquidação do câmbio, os dados bancários do exportador, as condições de financiamento, a
identificação do importador, a identificação da corretora de câmbio (se houver) com a sua
respectiva comissão e tudo mais que se faça necessário.
Nas exportações com prazo igual ou inferior a 180 dias – contados a partir da
data do embarque – o fechamento do câmbio com o agente financeiro é formalizado através
do preenchimento do formulário BACEN – TIPO 01 (destinado a operações de exportação).
Ao ser preenchido, o formulário é registrado no Sistema de Informações Banco Central
(SISBACEN), que monitora todas as operações de câmbio.
Liquidação do Câmbio
No caso das mercadorias ainda não terem sido embarcadas, o exportador pode
ganhar uma prorrogação no prazo de 20 dias para entrega da documentação ao banco. Para
viabilizar esta opção, o exportador deve comunicar seu interesse pela prorrogação antes do
vencimento do prazo. Este novo prazo não poderá exceder 360 dias da data da contratação
do câmbio.
Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) são tributos que incidem sobre o valor
adicionado na Nota Fiscal de venda.
Quando o industrial compra os insumos que irão compor o produto final, ou, no
caso do comerciante, quando compra o produto para revendê-lo, os valores referentes ao
IPI e ao ICMS, respectivamente, vêm especificados nas Notas Fiscais de compra e são
contabilizados como créditos para a empresa. Assim, se o produto não for vendido o crédito
permanece e não será necessário o recolhimento do tributo.
Regime de Drawback
Até o dia 10 de março de 2005, o DECEX liberou 2.350 atos concessórios, que,
posteriormente, geraram cerca de US$ 7,5 bilhões em exportações e US$ 1,5 bilhão em
importações.
Este regime aduaneiro pode ser utilizado por empresas que atuam nos
segmentos: agropecuário, industrial e manufatureiro; permitindo a isenção dos impostos de
importação, do IPI, do ICMS e do Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante
(AFRMM).
As principais modalidades de drawback são:
a) DRAWBACK SUSPENSÃO
b) DRAWBACK ISENÇÃO
Percebe-se que esta modalidade não é tão atrativa, pois requer que o fabricante
possua o capital inicial para a importação e produção do primeiro lote de produtos a serem
exportados. O que se configura em um problema para a maioria dos micro e pequenos
empresários brasileiros. Cerca de 85% das operações de drawback utilizam a modalidade de
suspensão por esse motivo: a falta de capital inicial.
O fabricante tem o prazo de um ano, prorrogável por igual período, para solicitar
este benefício. A concessão é feita também pela SECEX/MDIC.
c) DRAWBACK RESTITUIÇÃO
A empresa que deseja exportar pode ter a cobrança do IPI suspenso, mesmo
adquirindo insumos no mercado interno, desde que elabore um Plano de Exportação e o
envie, juntamente com um requerimento, à Delegacia da Receita Federal, contendo as
seguintes informações:
• Identificação completa da empresa exportadora e do(s) fornecedor(es) dos
insumos;
• Relação dos produtos que serão exportados e dos seus respectivos insumos,
com a indicação de valores e quantidades e identificação da TIPI (classificação
do IPI);
• Prazo previsto para efetivar a exportação;
BNDES-exim
O valor a ser financiado pelo BNDES irá considerar a estimativa de acréscimo das
exportações comparada aos últimos 12 meses. O prazo para pagamento do financiamento
irá variar entre 12 e 30 meses, de acordo com a complexidade da operação. Os produtos
beneficiados também constam na Carta Circular nº 42/2003.
Os custos que o exportador terá são semelhantes aos custos do ACC, mas a Letra
de Câmbio sacada contra o importador tem a exigência por garantias complementares
atenuada pelo fato da liberação do crédito ser feita após o embarque do bem.
O PROEX, criado pelo Governo Federal e administrado pelo Banco do Brasil, tem o
objetivo de proporcionar aos exportadores brasileiros linhas de crédito que os dê condições
para a competição internacional.
Este programa tem como diferencial das demais linhas a concessão de crédito ao
exportador (Supplier’s Credit) e ao importador (Buyer’s Credit). Na condição de
financiamento ao exportador, a empresa emite a Letra de Câmbio e a desconta em uma
agência do Banco do Brasil autorizada. Enquanto que na condição de financiamento
destinado ao importador, a liberação do crédito é destinada ao exportador, com o aval do
importador e contra o seu recebimento da mercadoria.
b) Proex Equalização: modalidade que tem o objetivo cobrir parte dos encargos
financeiros, provenientes da operação de exportação financiadas por instituições
financeiras nacionais e estrangeiras, proporcionando condições compatíveis com os
cobrados no mercado internacional. A amortização também pode ser feita em
parcelas trimestrais ou semestrais, em um prazo varia entre 360 dias e 10 anos. Os
produtos que podem ser beneficiados também constam na Portaria Nº 58/2002, do
MDIC.
Um dos problemas mais comuns entre as empresas que desejam exportar seus
produtos é determinar corretamente o preço de exportação do produto. É preciso conhecer,
não somente a composição do produto, mas também todos os custos e as peculiaridades do
mercado-alvo.
Deduções R$ 3.637,50
IPI (14% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 980,00
ICMS (18% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 1.260,00
COFINS (7,6% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 532,00
PIS (1,65% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 115,50
Lucro no mercado interno (10% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 700,00
Embalagem de mercado interno R$ 50,00
Subtotal I R$ 4.342,50
Subtotal II R$ 4.942,50
Sobre o cálculo do preço FOB (R$ 5.814,71), deve-se levar em conta o percentual
de 15% referente à margem de lucro que o exportador pretende obter. A partir daí, o cálculo
é desenvolvido com a aplicação de uma regra de três simples, onde o valor de R$ 4.942,50
corresponde a 85% (100%-15%) do preço final. Assim, encontra-se o valor de R$ 5.814,71
que será o preço final do produto para exportação, já incluída a margem de lucro de 15%
pretendida pelo exportador, ou seja, R$ 872,21.
Logo,
R$ 4.942,50 – 85%
Preço FOB – 100%
Por outro lado, poderiam ser acrescentados alguns valores que não
correspondem às operações no mercado interno, como: a comissão dos intermediários no
exterior, as despesas consulares (se necessário), e outros custos e despesas que porventura
a empresa terá ao realizar a exportação.
Na busca por aqueles produtos que não são produzidos internamente, os países
sempre recorrem ao mercado externo para obtê-los. Tais produtos, em se tratando das
importações brasileiras, são destinados, basicamente, a abastecer indústria nacional de
matérias-primas.
Aspectos conceituais
a) Importações definitivas
c) Nacionalização
A nacionalização de uma mercadoria consiste na sua transferência do país de
origem para o país de destino, documentada pela Declaração de Importação (DI), que é
formalizada e solicitada pelo importador com o deferimento da Licença de Importação (LI)
pelo órgão anuente responsável. Lembrando, que alguns produtos gozam da dispensa do
regime de licença para importação.
Deve-se considerar que na ausência da LI, mesmo quando for obrigatória, o
importador poderá ter a nacionalização da mercadoria autorizada, mediante o pagamento
de uma multa de 30% sobre o valor aduaneiro, acrescido do frete e do seguro internacional
para a importação.
d) Isenções
Segunda a legislação brasileira vigente a concessão e o reconhecimento de
qualquer que seja o incentivo ou o benefício fiscal à cobrança do imposto, estão
condicionados à comprovação pelo contribuinte (importador), da quitação de todos os
tributos e contribuições federais pertinentes à operação.
Além dessa condição o reconhecimento da isenção ou redução do valor a ser
recolhido será autorizado somente pela autoridade aduaneira responsável, com base no
requerimento preenchido pelo interessado, onde sejam comprovados: o preenchimento às
condições impostas e o cumprimento aos requisitos legais ou contratuais (quando for o
caso).
Os principais órgãos responsáveis pela análise e autorização dos requerimentos
de isenção de impostos, são: o CNPQ, o DECEX, o IBAMA e a ANVISA.
Tributos incidentes na importação
Valoração Aduaneira
Vale ressaltar que todos os produtos são analisados de acordo com alguns
critérios que abordam, por exemplo: vida útil, idade e valor.
Trânsito Aduaneiro
Admissão Temporária
Os produtos que admitidos para esse regime aduaneiro devem ser destinados a:
exposições, feiras, competições ou exibições esportivas, servir como modelo industrial,
testes, reparos e restaurações.
Mas, ainda poderão ser admitidos, especificamente, outros produtos, como:
veículos estrangeiros de turistas; veículos de brasileiros radicados no exterior que estão no
país em caráter temporário; recipientes, invólucros, envoltórios e embalagens; aparelhos de
teste e controle; máquinas, aparelhos, equipamentos e instrumentos para fins de
demonstração em estabelecimentos de pesquisa, ensino e hospitalares; matrizes, moldes e
chapas.
O secretário da Receita Federal é a única autoridade aduaneira que possui
autorização para estabelecer diferentes termos, limites ou condições para a concessão deste
regime, bem como determinar a sua aplicação a casos que estão além dos previstos no
regulamento aduaneiro.
A extinção deste regime se dá com a adoção de uma das seguintes ações, que
deve ser solicitada pelo beneficiário, dentro do prazo estipulado para a permanência do
produto no país:
• Reexportação;
• Entrega à fazenda nacional, sem qualquer despesa;
• Destruição, às custas do interessado;
• Transferência para outro regime aduaneiro;
• Despacho para consumo.
Entreposto Industrial
Exportação Temporária
Se for conveniente ao país, é permitido que possa ser aplicado o regime a outros
produtos, como: minérios e metais para recuperação ou beneficiamento e matérias-primas
ou insumos para beneficiamento ou transformação.
necessário o seu termo de garantia. Vale ressaltar que o produto só pode ser substituído por
outro idêntico.
Este regime permite considerar exportada, para todos os efeitos (cambiais, fiscais
e creditícios), o produto nacional depositado em recinto alfandegado, que já foi
comprovadamente vendido ao mercado exterior e formalizado com contrato de entrega no
território nacional à ordem do adquirente. Vale ressaltar que a operação deve ser registrada
no SISCOMEX.