Sei sulla pagina 1di 16
elaca§ Eletricidade mOpULO 57 O que origina os fendmenos elétricos? Em diversas situagdes cotidianas, provoca- mos a eletrizacao de varios objetos: penteando © cabelo, varrendo o chido, passando esponja no corpo durante o banho, enxugando 0 corpo com, a toalba, apagando com borracha uma palavra escrita, cocando a pele, limpando as lentes dos 6cutos com papel ou pano, lavando utensilios do- mésticos com palha de aco etc. Nesses casos, ve- rifica-se que os corpos podem adquirir proprie- dades de atrair ou repelir outros corpos. Dizemos| que esses corpos adquiriram cargas elétricas (leia na pagina 250 0 boxe “Eletricidade e fratura de 08508"). Como isso acontece? No inicio do século XVII o francés Charles Francois Du Fay (1698-1739) descobriu que a ele- lricidade podia ser atrativa ou repulsiva. Essa descoberta permitiu que por volta de 1750 © norte- americano Benjamin Franklin (1706-1790) conven clonasse os sinais + ¢ — para as cargas elétricas. Para entender melhor esses dois tipos de eletricidade ¢ seus sinais, vejamos como foi a ex- periéncia de Franklin: ele esfreqou um bastio de vidro com um pedaco de seda e pendurou 0 bas- to com um fio, de tal forma ¢» pudesse oscilar, Convencionou que a carga elétrica adquirida pelo bastdo era positiva ¢ pela seda, negativa. Esfre gou entdo com outro pedago de seda outro bastao de vidro ¢ aproximou-o do primeiro bastao, veri- ficando que havia um movimento de afastamento ou de repulsao entre os bastdes. Isso indicava que cargas positivas se repeliam (figura 1). Verificou também que os dois pedacos de seda, aproximan- do-se um do outro, se repeliam, concluindo que cargas negativas se repelem (figura 2) Quando Franklin colocou um dos pedagos de seda perto do bastao pendurado, houve atra- O poder da carga elétrica do entre as cargas negativas da seda e as posit vas do bastdo, 0 que fez ambos os corpos se aproximarem (figura 3). Por que isso acorre? oa Xx iowa 2 S Figua 3 Se 0 atomo explica Desde a Antiguidade sabe-se que toda ma- téria 6 constituida de dtomos (leia na pagina 250 © texto “Somos feitos de étomos”). O ditomo é composto de muitas particulas, entre as quais es Wo as que interessam ao estudo desenvolvido neste livro: 05 prétons, os néutrons ¢ os elé- trons. Utilizaremos no nosso estudo o modelo atémico proposto em 1911 pelo fisico inglés Er- nest Rutherford (1871-1937), que é semelhante a nosso sistema planetario. Esse modelo permitiu que 0 fisico dinamarqués Niels Bohr (1885-1962) propusesse em 1913 um minucioso estudo do comportamento do elétron. orpita do Os prétons ¢ os néutrons constituem ni cleo do dtomo. Ao redor desse nticleo giram os clétrons. E importante salientar que sé em 1930 ao modelo atémico de Rutherford foi acrescenta- do o néutron. Convencionou-se que: os protons tém carga elétrica positiva: 0 elétrons tém carga elétrica negativa; os néutrons nao tém carga elétrica Como no estado natural a quantidade de protons ¢ elétrons é a mesma, 0 dtomo ¢ eletri mente neutro. Os elétrons permanecem em suas érbitas devido a forca de atragao exercida pelos protons. Os prétons e os néutrons esto firmemente pre- 50s ao nticleo do tomo por um. »oderosa forga nuclear, que sempre aparece quando as distan: cias entre as particulas materiais sao muito pe- quenas, na ordem de 10- em. As forgas nuclea- res sdo de atragao ¢ se apresentam muito mais intensas que a repulsdo elétrica existente entre os prétons. Em algumas substdncias, como nos me- tais. os elétrons das ltimas camadas ou da periferia do atomo podem libertar-se, tornan- do-se elétrons livres. Os dtomos que perdem elétrons passam a ser fons positivos. Os étomos que recebem elétrons se tornam ions negativos. er da carga eletrica m7 © processo de perder ou ganhar elétrons é cha. mado ionizagao. Quando um corpo esta eletrizado negati vamente, significa que elétrons foram acrescen tados a cle. A retirada de elétrons deixa 0 corpo eletrizado positivamente. Pela propria caracteristica de poderem li- bertar-se e pela localizagao periférica que apresen- lam no tomo, os elétrons sao facilmente retirados de um corpo e colocados em outro. Os prétons, ao contrario, sao diffceis de ser retirados ¢ colocados, pois eles se localizam no niicleo atémico. Qualquer substancia atritada com outra, sob condigdes adequadas, podera adquirie carga clétrica, que sera identificada como positiva ou negativa quando confrontada com a carga adqui- rida por um bastao de vidro atritado com seda. ‘A partir do modelo atémico, podemos compreender como acontece a alragdo entre 0 bastao de vidro € o pedago de seda que o atritou, € a repulsio entre os dois bastdes de vidro atri- tados com a seda. Ou seja, compreendemos por que cargas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrarios se atraem, No caso dos dois bastées, 0 vidro que os compée tinha, antes de ser esfregado com seda, um nimero de prdtons (+) Igual ao nimero de clétrons (—). Essa igualdade faz que 0 corpo seja considerado neutro. Durante 0 atrito, elétrons do vidro passam para a seda, deixando: nos bastoes, um numero excessive de prétons; dizemos que ambos 0s bastdes estéo com car- ga elétrica positiva, 0 que leva a repulsio um do outro; na seda, um niimero excessivo de elétrons; di- zemos que a seda ficou com carga elétrica ne- gativa, o que leva @ atragdo entre ela e o bastao. Voce sabia? Uma coluna de quinze trilhdes de elétrons seria igual } altura média de uma pessoa. Se amy plidssemos a imagem do préton até o tamanko de ‘uma bola de golfe, 0 elétron no atomo de hidroge- nio estaria em drbita em torno dele a uma distin- cia de 1,6 km. Carga elétrica elementar Cada proton possui uma unidade de « positiva; cada elétron, uma unidade de carga ne gativa, Essas cargas, iguais em valor absoluto, 8 an sie conhecidas como cargas elementares (el, sendo, até o presente, a menor carga elétrica en- contrada na natureza. Sua intensidade é oF 16-10 PC em que € (coulumb) representa, no SL. a unidade de carga elétrica, tendo recebido essa denomina oem homenagem a Charles Augustin Cou- fomb, 0 primeiro Gentista a medir com exatidao a Intensidade da lorga elétrica entre carpos cletri nados. © valor de e foi obtido experimentaimente ‘em 1909 pelo fisico norte-americano Robert An direws Millikan (1868-1953), ganhador do prémio Nobel de rial possivel & a do ele tron, conclui-se que a carga (q) de qualquer cor- po eletrizado & um mailtiplo inteiro in) da carga elementar (ek qene sendon = 1,2, Sete © falo de existir uma carga elementar nos: permite dizer que cla é uma quantidade minima (quantum) de carga. Isto significa que a carga clementar nao pode ser dividida tse bem que atualmente ha experiéneias que sugerem a exis- \éneia de particulas, denominadas quarks, com carga elétrica menor que a do elétront. © coulomb € uma unidade muito grande, se comparada com a carga elementar. Por isso, na pratica, costumam-se usar os submailtiplos mi crocoulomb (1 uC = 10 °C) e nanocoulomb (nC = 10: "C Os quarks* Ainda se admite que o tomo tenha um ni loo em que existe protons e neutrons e, a0 redor, 6s elétrons. Os elétrons continuam a ser considera- dlos particulas elementares. Eles foram colocados agora numa “familia”, os leptons. Ha nessa familia -mais cinco membros, 0 neutrino do elctron,o mon, 6 neutrino do miion, o tau e o neutrino do tau, Os protons e néutzons no Siv particulas elementares Fles sio compostos de quarks. Ha uma diizin de quarks, todos agrupados em pares. ‘Os quarks nao aparecem isoladamente, mas agrupam formando outras particulas. O neutron, Exercicios re: porexemplo, é composto de dois quarks down e um. quark up, enquanto o préton € composto de dois quarks up e um down, Assim, os fisicos consegui- ram reduzir bastante 0 ntimero de particulas ele ‘mentares e, a0 que tudo indica, compreender melhor a estrutura intima da materia, ‘Se um quark existisseisoladamente, ele seria a menor carga elétrica na natureza, seria a carga elétri- ca elementar. Como, teoricamente, 56 ha quarks em, ‘grupos, a carga e do elétron é ainda considerada a carga elétrica elementar olvicios '. Quantos elétrons precisam ser retirados de um corpo para que ele fique com a carga de 1 C? Rosolug Sabemos que e = 1,610." Como q = ne, ver: ene e 16-10 Entdo, n = 6,25 10'° elétrons, © que comprove que 0 coulomb ¢ uma unidade muito grande. Assim, na eletrizagao dos corpos, geralmente o niimero de elétrons retirados ou colocados @ menar que o encentra- do acima. Par isso, na pritiea, a carga de um corpo é menor que 1C, o que justiiea 6 use dos submilipios microcoulomb e ranocoulomb. Como podemos conhecer 6 sinat da carga elétrica de um cabide de pléstico que foi eletrizado @ suspenso através de um fio? sas pacoos. S80 Paulo, Aca, 19% 6 Modulo $7 © poder da carga eletrica 49 Resolugao: ( sinal da carga elétrica do cabide pode ser determinado atritando-se um pedaco de vidro com um peda- ge de seda. Em seguida, aproximamos do cabide 0 vidro eletrizado. Como sabemos, a carga elétrica no Vidro positiva, convencao estabelecida por Benjamin Franklin. Entao, se entre o vidro e 0 cabide houver atragéo, significa que a carga elétiica do cabide é negativa; havendo repulsio, é positiva. 3. Um corpo que nio esta eleticamente carregado contém elétrons? Explique Rosolug Sim, porque um corpe descarregado possui a mesma quantidade de carga elétrica negativa e positiva, ou seja, possui a mesma quantidade de prétons elétrons, sendo eletricamente neutro, 4, Um corpo possui 5- 10" protonse 4 101” elétrons, Quanto a sua carga, determine: a) 0 sinal; b) a intensidade, Resolugao: a) Como 0 niimero de prétons é maior que 0 nimero de elétrons, o corpo possui carga elétrica positiva, b)n = 5-10"? 4- 107 = 1 - 10! protons em excesso Logo: qzunesq= 10-1610" > q=t6c Resolva 1. Por que em dias secos 0 cabelo de uma pessoa fica erigado quando ela se penteia? 2. {Cesgranrio-RJ} No modelo mais elementar do tomo de hidrogénio (modelo de Bohr), o elétron gira em Grbita circular em torno do préton central. Nos célculos de primeira aproximacao, supde-se que o préton ‘est em repouso num referencialinercial. Essa hipdtese da imobilidade do proton ¢ justificada porque o préton tem 2a) carga elétrica de sinal oposto ao da carga do elétron. b)carga elétrica igual em médulo & do elétron, €) carga elétrica muito maior, em médulo, que a do elétron. 48} massa muito maior que a do elétron. «@) massa igual 8 do elétron. 3. O que é carga elétrica elementar? E quantum de carga? 4. Um compo possui d - 10° elétrons @ 3,5 10% prétons. Quanto a carga elétrica desse corpo, determine a} osinal, b)2 intensidade 5. (UECE) Um corpo tem 2 10" atatrons @ 4 « 10°8 prétons. Como a carga elétrica de um elétron (ou de um proton) vale, em médulo, 1,6 10 '? C, podemos afirmar que o corpo esta carregado com uma carga elé- trica de a) -0,32C b)0,32C. 0064. 4) 0,64 C. 6. Considerando que e = 1,6: 10-7, quantos elétrons devem ser retirados de um corpo para que sua carga elétrica final seja 4 C? MODULO 5 8 Eletrostatica (D Principios da Eletrostatica Os dois principios que fundamentam a Eletrostatica sao 0 Principio da Atrago e Re- pulsao ¢ © Principio da Conservacao da Carga Elétrica. © Principio da Atragao e Repulsao foi enunciado por Du Fay e reforgado pelas expe riéncias realizadas por Benjamin Franklin: car- gas elétricas de sinais opostos se atraem; cargas elétricas de mesmo sinal se repelem. Veja os esquemas: eo- — Cargs de sas entaeas se ata, Carga de mes sia sa repelom, Juntamente com os principios da Conser- vagao da Quantidade de Movimento e da Con- servagio da Energia, o Principio da Conserva- do da Carga Elétrica é um dos mais importantes da Fisica cldssica’. Seu enunciado: Num sistema eletricamente isolado é con..tante a soma algé- brica das cargas positivas e negativa: No esquema a seguir, que ilustra a conser vagao da carga elétrica, os corpos 1 e 2 sao con- dutores eletrizados com cargas q, € 4, ¢ adqui- rem, depois do contato entre si, cargas qi € 43, de tal forma que a quantidade total de carga do sistema permanece constante: sistema jolade -o 6 arp tse Ha roca de Cangas nas aproxina Sagas Bite tscopos corp? os corns Assim, de acordo com o Principio da Con servagao da Carga Elétrica, podemos escrever: a, +4, > a} + a3 = constante Vejamos um exemplo, Dois condutores A e B estdo cletrizados com cargas 4, = 4 Ce a, C, cuja soma a, + a, = 2 C: Colocados em contato entre si, e isolados, verifica-se, apos 0 contato, que eles adquirem cargas a} =0.5C e 4.5, caja soma qj + a= 2C. Iso confi ma que q; +4, = 4 + a5 Condutores e isolantes Como vimos, nos metais os elétrons se li- bertam facilmente das tiltimas camadas dos dto- mos, movimentando-se livremente pelo materia Isso determina que as cargas elétricas podem es- palhar-se imediatemente no metal. Muitos outros materiais — grafite, cerdmica etc. — apresentam dtomos cujos elétrons tém essa capacidade de libertar-se e movimentar-se pelo ‘material, Sao materiais capazes de conduzir a ele- tricidade, sendo por isso chamados condutores. Outras substancias, ao contrério, tém os elétrons fortemente ligados a0 nuicleo de seus atomos e por isso nao podem deslocar-se livre- 1 Finca clissica a que se aseia nas leis de Newton para explca os fendmenas da natuens. A meciica newtonians no seapica a movinen to eva velocidad & prénima bda lr nar pars fendmens qs envavem pticuae com mavsa muta pequns, Neates casos ullirase 8 Torin da Rlatividade's a Meciniea quintes, asuntos de vel superior. mente pelo material, 0 que dificulta a condugao da eletricidade. Estas substancias so denomi- nadas isolantes ou dielétricas, Exemplos: vidro, cera, borracha, seda Processos de eletrizagao A eletrizagdo de um corpo inicialmente neutro pode ocorrer por atrito, por contato ou por indugao, Eletrizagao por atrito Esse tipo de eletrizagto, jé conhecido des de o tempo em que Tales de Mileto, filésofo e ma tematico grego do século VIa.C,, atritou com la uum pedaco de mbar, aparece sempre que estre- {gamos um objeto com qualquer material, ficando 05 dois corpos — 0 que cletrizou € 0 que foi ele trizado — com cargas de sinais opostos. Por excmplo, quando nos penteamos, o pente remo- wee adquire cargas negativas do cabelo, ficando este positivamente carregado; © mesmo acontece quando se esfrega um utensilio doméstico com esponja de aco Eletrizagéo por contato Quando um corpo neutro entra em conta: to com um corpo eletrizado ocorre o fenémeno da eletrizacao por contato. Nesta situacao, os corpos ficam eletrizados com cargas de mes- ‘mo sinal. Eletrizagao por indugéo Nao & necessério 0 contato direto entre uum corpo eletrizado e um condutor neutro para eletrizar 0 condutor. Iss0 pode ser feito por indu- cao eletrostatica Vejamos o exemplo de um bastio de vidro eletrizado positivamente, pr6xi"v0 de uma estera metalica neutra pendurada por in fio isolante, A carga positiva do bastao atrairé cargas negativas ou livres do condutor e repelird as cargas posit vas deste. Observe: bastéo sletrizedo positvamente +/7) /, / cstera metalica » 255 cago ta cargas na esto Quando afastamos 0 bastio de vidro, a es- fera metilica volta ao estado original, porque suas cargas negativas e positivas deixam de inte- Fagir com as cargas positivas do bastao. Queren- do manter a esfera eletrizada negativamente apés 0 afastamento do bastio, antes de afasté-lo devemos tocar com um dedo a esfera. Em segui da retiramos 0 dedo ¢ depois afastamos 0 bastao, ficando a esfera eletrizada negativamente. Veja: /o™ NY Evidéncias da forga eletrostatica Por que um pente eletrizado atrai pequ nos pedacos de papel? A resposta 86 & possivel admitindo que o pente aplica uma forca nos fragmentos de pa pel. Essa forca, que age a distancia, é denomina- da forca elétrica. A explicagdo @ a mesma para o encurva mento do filete de agua que escorre de uma tor- neira para um pente eletrizado: a forca elétrica trocada entre 0 pente € 0 filete de agua produz essa atraco 256 ase Analogia com a forga gravitacional 9 decorrer do século XVII 0 aciimulo de experiéncias sobre fendmenos elétricos tornou evidente que o progresso da Eletrostatica depen dia da determinagao quantitativa da forga elé- trica que corpos carregados exercem entre si Havia duas indagagoes sobre a variagao da for- ca elétrica entre corpos que interagem: varia com a intensidade Como a forga elétric da carga elétrica de cada um dos corpos? De que maneira a forga elétrica varia com a dis- tancia entre corpos eletricamente carregados? Para responder a essas questaes, procu- row-se inicialmente uma analogia entre a forga elétrica e a forga gravitacional. Vocé deve lembrar que a intensidade da fora gravitacional, estudada em Mecanica, ¢ dada por: sendo [fer ntensidade da orga graviteional Giconstante de gravitagio universal ] m, e m,: massas dos corpos que se atraem A analogia pode ser feita porque, Ihante a interagao gravitacional: a interagao elétrica também ocorre a distancia: a intensidade da interagao elétrica diminui & medida que as cargas sao ofastadas umas das outras; a intensidade da interagao elétrica aumenta & medida que as cargas se aproximam umas das outras, Da mesma maneira que a forga gravitacio- nal depende das massas envolvidas, a intensida: de da forga elétrica depende do valor das cargas que se atraem ou se repelem. As experiéncias que comprovaram essa analogia foram feitas por Coulomb em 1785 ¢ re velaram: considera 0. 0 campo elétrico em cada ponto é de afastamento. A existéncia do ve- tor campo elétrico em cada ponto faz com que aparega uma forga numa carga de prova q, colo- cada nesse ponto, como mostra a figura através da carga de prova q > 0 colocada no ponto A, ao -& 7A a a arma olerin aa ea cave pune O > 0 faa) A idéia de trabalhar os problemas de Ele: trostitica introduzindo 0 conceito de campo elé trico mostrou-se de grande utilidade pratica, simplificando 0 raciocinio que muitas vezes era dificultado usando apenas a Lei de Coulomb, E importante salientar que a carga de pro va cria um campo elétrico que esta sendo consi- derado desprezivel. ‘Também nao se deve esque- cer de que: © vetor campo elétrico é uma caracteristica de um ponto do campo elétrico, que possibilita 0 aparecimento, em uma carga de prova coloca- da nesse pont, de uma forca elétrica; com a nogao de campo elétrico, passamos a di- zer que, quando uma forga elétrica ¢ aplicada em um Corpo, isso ocorre devido a agdo de um campo sobre 0 corpo, e nao a acao direta de uw 259 carga de prova — para um ponto da campo elé trico a ser estudado. Sobre a carga de prova aluard uma forga elétrica F, conforme 0 esquema a seguir. um corpo sobre outro. 1G Determinagao do vetor wen 8 campo elétrico ie Para determinar 0 vetor campo eletrico E. é * podemos recorrer & analogia com a determina . i ao do vetor campo gravitacional g. Neste caso, a i levamos uma particula de massa m para um pon: ae : to A do campo gravitacional ¢ ali medimos seu peso P: 0 quociente entre © peso € a massa de- termina 0 vetor g no ponto considerado, Veja: we G> oi O campo elétrico no ponto estudado 6 d finido pela relagao. FE Ee Tad A direcao do campo clétrico éa mesma da forga elétrica; scu sentido depende do sinal da carga do: p se q, > 0, 0 sentido do campo é 0 mesmo da a forca; se q, <0, 0 sentido do campo ¢ contrario a0 da forca. Neo Sl, a unidade de campo elétrico é newton/coulomb (N/C). Oficiaimente, a unidade da intensidade do campo elétrico no $1 é volt/me- tro, Vim. __ Na determinagao do vetor campo elétrico E, procedemos da mesma maneira: transporta- mos uma carga puntiforme qy — denominada Exercicios resolvidos 1. © que significa dizer que nu. SONIC? Resolugio: Significa que, naquele ponto, cada corpo de carga | C fica sujeito a uma forga elétrica de intensidade 50 N Visto dessa forma, 0 vetor campo elétrico indica a forga elétrica que vai ser aplicada na carga elétrica por uunidade de carga. Assim, nesse mesmo ponte, uma carga de 5 C ficaria sujeita a uma forga cujaintensidade € cinco vezes maior que 50 N. certo ponto de um campo elétrico © vetor campo elétrico tem intensidade 2. A figure representa um ponto P no qual existe um campo elétrico E a} Determine a direcao @ o sentido de forca elétrica sobre uma carga de prova q, > 0 colocada no ponto P (face um desenho mostrando a situagéo). é b)Qual a direcio eo sentido da forca elérica que atua sobre uma carga de prova qj, < 0 colo- cada no ponto P (represente a situacéo com um desenho). 260 paare IM # Eletricigade 2) Fe a0 tem a mesma dire- 4 Fe tem a mesma dire- aL ‘g80 sentido do cam- & go mas sentido con. q poe. Pp ao traro aode E. 3. Determine a intensidade da forga elétrica que atua numa carga pontual de 40 uC, quando esta ¢ colocada num ponto de um campo elétrico, onde & = 500 N/C. Resolusso: F=|ql+F= 40-10-5003 F=20-10°°N 4. Ume particula de massa m = 3,1 - 10°"? kg esti em equilibrio sob ago das forcas peso e eletrica, Sabe-se ‘que, no ponto onde a particula se encontra, a intensidade do campo elétrico é E = 1,9 - 10° N/C. Determi- ne o numero de cargas elementares em excesso na particula (el = 1,6: 10”). Resolugdo: F = Pig = mg => iq) 1,9 10° = 3,1 10° 101g = 1,6: 10°C Como iq| = nlel, sendo n = numero de particulas elementares excedente, ver’ a= da, = 1610" =a je "Te > t F Como a particula esté em equiliorio, tem-se: 5. A figura representa um corpo com 100 g de massa, eletrizado p= por carga elétrica q = 2+ 10°C e em equilrio elotrostatico. Determine a intensidade do campo elétrico no ponto onde o Fivagah corpo se encontra F rcs oes Resolucao: ee eee ereeGlemey mg:tg 45° _, Ont tots = Fa tgas = WE p= mate 4g - Oh) = E = 5,0- 10° NC Resolva 1. Qual a diferenga entre campo elétrico e vetor campo elétrico? 2. Qual a diferenca entre vetor campo elétrico e forga elétrica? 3. Qual a vantagem de se trabathar com 0 conceito de campo elétrico na Eletrostatica? 4. Uma carga elétrica de prova q = 8 - 10°* C 6 colocada num ponto onde @ intensidade do campo elévico é E = 5. 10° NIC. Determine a intensidade da forga elétrica atuante sobre a carga naquele ponto. tatica 261 Modula 59 » Ele 5. Uma perticula com 2 g de massa permanece estacionéris no laboratério, quando submetida @ um campo iétco uniforme vertical, de sentido para baxo © com intensidade igual a 500 N/C. Caleule a carga eiética da particula, considerando g = 10 mis”. 6. Um pandulo elétrico tem comprimento € = 1,0m, a esfera suspensa tem massa m = 109 € carga q incégri- ta, No sistema agem a gravidade (adotar g = 10 m/s’) e um campo elétrico horizontal E = 7,5 - 10° N/C Opéndilo estaciona com a esfera & distancia d = 0,60 m da vertcal pelo ponto de suspenséo. Determine @ carga q em microcoulomb. 7. (UFRN Na distribuigdo de cargas elétricas puntiformes representada na figura, o ponte onde 0 vetor campo elétrico resultante é nule fica 2) entre as cargas e no centro, blentre as cargas e 20,3 mde +q |.~——_#=1"__,| e)a2mde ~4qe 4 sua direita d)at mde +qe4 sua esquerda e)a4dmde +q ea sua esquerda 8. Duas cargas puntiformes de 25 jC esto 2 2,0 m uma de outra no vicuo, onde k= 9-10" (Sh mu 4) Calcule a intensidade do vetor campo elétrico que cada cargs cria no ponto agg vane P, situado a meia distancia entre elas. ‘. e € b) Calcule a intensidade da forca resultante que agiria numa carga de prova de 2,0, colocada em P €).0 que aconteceria com essa carga de prova, se ela sofresse um pequeno deslocarnento na dirego da rete que une as duas cargas? ADE se esse pequene daslocamento fosse normal a essa diracio? 9. (Cesgrantio-RU) No ponto A, situade no campo de uma carga pasitiva q, o campo elético é representado pela seta indicada na figura, A ® ‘ @—— +—— 9m (Qual das setas propostas a seguir representa corretamente o campo elétrico no ponto B? a) Ls Dip byte ©) | | ++ 10. (UFRS) © médulo do vetor campo eléttico produzide por uma carga elétrica puntiforme em um ponto P é igual a E. Dobrando-se a distancia entre a carga e © ponto P, por meio do afastamento da carga, o médulo do vetor campo elétrica nesse ponto muda pare: E ae ae. E bt 0) BE. 2. ne FAAP-SP) Considere g = 10 m/s? e um campo elétrico vertical ascendente de intensidade 5 - 10° N/C. Nessa regio, uma particula de carga elétrica 2 nC e massa 0,5 g é langada verticalmente para cima com velocidade de 2 m/s. Calcule a maxima altura atingida pela particula MODULO 60 Linhas de forga Michac! Karaday (fisico inglés, 1791-1867) nao ulilizava 0 vetor campo elétrico para resolver proble Eletrostatica (III) mas sobre carga eletrica, Ele raciocinava em termos de linhas de forga, 0 que acabou se constituinda nu ma representagao geométrica lo campo eletrico, As linhas de forga nascem em cardas posi- livas © morrem em cargas negativas. Pela conti- guragao das linhas de forga, podemos visualizar 0 Campo elétrico de uma maneira simplificacia: onde as linhas de forga estio mais proximas, sabe mos que 0 campo elétrico & mais intenso; onde as linhas de forca estao mais afastadas, 0 cam- po elétrico é mais fraco. Veja: ae bee “ "io ponto B— oe as nas de fora sto mas povimas — 0 capo ‘otica € mas nterso que nos patos Ae G —ende as nhs. ergs esto mas fasts Para tragar as linhas de forga, devemos consi cerar que o vetor campo elétrico E é sempre tan- gente a um determinado ponto da linha de forga. Nas fotos ¢ figuras a seguir voce pode obser var 6 comportamento das linhas di toa - ' rm & oN, Uae yf otaqafae esquame de um sista frmado pat cas bares camege das com cages ca masa modula sais erenas evil na de um sstama fovmado por dans cars pri Forogiaa © os Observe que as linhas de forca também re presentam uma boa imagem de como E varia numa dada regido. Modulo 60 ~ Blet Linas de forga em tuna de me oslracateyata neqatvamonte Linas de frga do ara paca amrgade postivarenta Campo elétrico uniforme Observe na figura a seguir que as linhas de ‘orca sao paralelas e igualmente espagadas. Essa isposigao & uma caracteristiea do campo elétrico uniforme, definido como aquele no qual o vetor ‘campo elétrico & 0 mesmo em qualquer ponto da regido entre as placas. Num campo elétrico uniforme — que pode ser obtido entre duas placas carredadas — 0 vetor F & constante, orientado da placa positiva para a placa negativa, e sua direcdo & perpendicular as placas. Quando uma particula ¢ -arga q € abando- nada em um campo elétrico unitorine, ela fica sujei- ta a.uma forca elétrica constante, Observe na figura que, dependendo do sinal da carga, a forga elétrica tem o sentido igual ou contrério ao do campo. AF rostacica «iit 263 E bom lembrar que, para caleular 0 potencial de um ponto do campo elétrico. tomamos outro ponto qualquer como referén- cia, atribuindo a seu potencial elétrico um va- lor arbitrério: consideramos que 0 ponto de referéncia adota- do est suficientemente longe do ponto a ser es- tudado, de tal forma que se encontra fora do campo elétrico considerado; isto &, considera- ‘mos que o ponto de referéncia estd no infinito; convencionamos, para simplificar 0 cilculo, que © potencial no ponto de referéncia é nulo. Observacio: Para um campo elétrico uniforme. cansttvida por duas placas metilicas paratelas (A e BL.c,,,~ gk, Entao, a ‘dp entre as placas Ae B& uy aka a = Used A partir desta expressio, veriicamos que a unidade {de campo viétrico também pode ser volt por metro: {unidade de dp! = lunidade de campo eétricollunidade de {comprimentol = Junidade de campo eléwricot = Diferenga de potencial ou voltagem Veja a figura a sequin: Colocando uma carga q no ponto a de um campo elétrico E, temos uma energia potencial elétrica armazenada no sistema, Se ocorrer um deslocamento espontineo dessa carga, significa aque a forga elétricarealizou um trabalho, ou se, entre dois pontos desse deslocamento howe unia variacdo de energia potencial elétrica. Esse fato leva a uma constatacao: os pontos de um campo elétrico possuem uma caracteristica escalar, deno- minada potencial elétrico u, Portanto, se uma carga em repouso se desloca espontaneamente 264 pas num campo elétrico, podemos dizer que entre dois pontos quaisquer desse campo existe uma di- ferenga de potencial (ddp) ou voltagem U. Entio, definimos a diferenga de potencial (dap) entre dois pontos de um campo elétrico uniforme como 0 trabalho realizado pela forga elétrica entre os dois pontos considerados por unidade de carga, Ou seja uU= a Como cada ponto de um campo elétrico pos- sui uma caracteristica escalar denominada poten- cial (v), também podemos dizer que a ddp entre ae bé potentiais — letricos nos pontos aeb, Retomando a expressao U = temos: q &,_, = WU Portanto, trabalho da forga elétrica entre 0 pontos a e b pode ser calculado pela relacdo: Ge, = Gas ~ us) No SI, a unidade da ddp ¢ joule por coufomb (/C), também conhecida por volt (V). Entéo: v= 19/C Como 1 V corresponde dap entre dois pon: tos de um campo elétrico, para levar uma carga de 1 de um ponto a outro é necessario que a forca realize o trabalho de 1 Vocé sabia? A faisca de um relimpago pode conter ‘uma ddp de até 100 000 000 V. Observagao: © elétron-volt (eV), unidade de energia usada em Fisica nuclear, 6 a energia adquirida por um elétron quov- do acelerado por uma ddp de 1 V. Como a eneraia pode ser calculads multiplicando a carga do eléiron pela dup, vem: tev eV = 18-10". 10 16-10-95 Exercicios resolvidos 1. Duas cargas elétricas estdo situadas nos pontos A © B de um plano, como indica a figura. As linhas de forca dao idéia do campo elétrico criado por essas cargas. Qual das cargas tom maior intensidade? Resolugdo: Como as linhas de forga nascem em cargas positivas e mor rem em cargas negativas, conclui-se que a carga do ponto A 6 positiva e a do ponto B, negativa. A figura revela também que a maior concentragao de linhas de forga ocorre nas proximidades da carga positiva, © que nos leva @ concluir que nessa regiao 0 campo elétrica € mais intenso © que a intensidade da carga positiva & maior que a da carga negativa 2, Um elétion & abandonado do repouso no ponto B de um campo elétrico unifor- me, como indicado na figura. Esse elétron atinge o ponto A com energia de 3 eV. = Sabendo que 1 eV = 1,6 eletron AcB 10-"? J, massa do elétron =1,6 10°°C, determine a diferenga de potencial entre os pontos 9,1» 10*" kg @ carga do Module 6 » Eletrostatica (ih) 265 F,: forga elétrica que atua sobre o elétron Uy, Ug! potenciais elétricos nos pontos Ae B Us) 3 3+1,6-10°7 = 1,6-10- PU > Ure = 3V Resolva 1. Uma carga q = 2,0 - 10°*C é levada de um ponte a, cujo potencial é u, = 100 V, para um ponto b, onde © potencial é u, = 50 V. Determine o trabalho realizado pela forca elétrica nesse deslocamento. 2. Uma particuls de massa m = 10 g © carga q = 2 uC é abandonada do repouso em um ponto A de um campo elétrico uniforme, Apés percorrer a distancia d = 2,0 m, ela atinge © ponto B com velocidade v= 10 m/s. Aagso A,B do campo gravitacional é desprezivel. Determine a inten- _— sidade do campo elétrico. TS 3. (PUCC-SP) Uma nuvem esta a um potencial de 8 - 10° V relativamente Terra, Uma carga de 40 C é transferida pot um rio da nuver 3 Tara, A energia dsipada foi de: 25-10% i210 J. 93,2" 10° J. 42-107 J. 295.010" J. 4, (FAAP-SP) Defina 1 elétron-volt e dé sua relago com a unidade legal do SI. 5. {PUC-RS) A figura representa um campo elétrico uniforme, de intensidade 40 Vim, Sendo a e b dois pontos desse campo, distantes 40 cm um do ‘outro, a dap entre ambos vale: a) 200V. a40v. 16. b) 100. d)20V. oo 6, (UEL-PR) A ddp entre os pontos P, e P, de um campo eletrostatico vale U. Ao deslocar-se uma carga punti- forme Q desde P, até P,, 0 trabalho do forga que o campo exerce vale: a) 270, bi U7, otua ua @) pug 7. (PUC-RS) A figura representa cluas placas planas e paralelas, eletrizadas ¢ coloca- das no vacuo. A carga q= 1,0 10”? C se desioca livremente da placa A até a B, sob a agao do campo elétrico, que realiza um trabalho de 2,0 J. A ddp entre as placas, em volts, 6 de: 2)5,0- 102 )2,0- 10? €)4.0- 10°. E - by 1,0- 10° )3,0- 10° i ns 8. (UFES) A ddp entre 05 pontos A e B, os quais pertencem a um campo elétrico uni- forme de intensidace E = 100 V/m, vale: a)3,0V. )20.0. b)40Vv. 1) 25,0V. 5,0V. soem

Potrebbero piacerti anche