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Texto de apresentação à sessão da obra multimidiática "O Elefante de Marfim", composta por Sophia Harmonia. Para mais: http://fruido.blogspot.com.br/2013/03/o-elefante-de-marfim.html
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ENTRE CAMALEES E PAPAGAIOS: acerca do estado da arte da arte
16.10.13, Cinemateca Brasileira.
Boa noite. com prazer que em nome do Elefante de Marfim, a convite de Sophia, venho lhes dizer algumas palavras. A obra que presenciaremos a seguir trata de questes talvez nem to evidentes para os observadores desavisados. Ou antes, todos poderiam presencia-la de um modo em que no nos prendssemos a nada que fosse interior ou exterior obra. Um modo desatento, sem inteno alguma de compreenso ou apego aos sentidos ali expostos. Pois, talvez, s assim conseguiremos sentir o que est em jogo nesses minutos em sua companhia. O que acontece quando presenciamos algo que no compreendemos? MARFIM e ELEFANTE podem se conceder a humildade e a soberania de nada significarem para alm ou aqum dos seus prprios signos. Esto latentes todos os seus sentidos: sairmos do registro do gostei ou no gostei por uma saturao de signos: uma emergncia de um estado de indiferena, tanto da personalidade quanto do gosto de quem os presencia. Alis, ambos, gosto e personalidade, escombros por onde se erram os sentidos.
Camaleo: uma grande mineradora cria uma
paraso artificial em meio a devastao da natureza que ela prprio causou. Papagaio: um grupo corporativo, entre empresrios e especuladores da arte, convidam seus amigos artistas para exibirem-se com financiamento pblico-privado. Mas afinal, qual o sentido disso tudo? Todos e cada um de ns encontramos um. A quem se dirige tais signos? A todos e a ningum. Escutam-se os escombros, as angstias, o delrio. Sentem-se os calafrios, os tdios, os delitos. Partilha e dilacerao. A busca pelo tesouro (a arte da salvao!), a morte do prximo (um objeto muito valioso e cobiado...). A proibio de ir e vir (sim, isso no uma luta por direitos...), a alegao de discrdia (... est se fazendo cena e distraindo aqueles que querem apreciar um bom objeto de arte). Uma linha tnue entre o percebido e o imperceptvel, permeando-se. A que custos hediondos podem fazer o belo acontecer? (Entre patrocinadores e a realizao da obra seu custeio, seu acontecimento). At que ponto pode algum suportar a verdade, sem a qual enlouqueceria? (Entre a realizao da obra e a vivncia dela entre o expectador e o ator que baila). Ser que muito do que defendemos hoje, no ser o nosso inimigo de amanh? E isso, mesmo assim, nos impediria de agir?... A obra, como a culatra de tudo, est apontada para a nossa cara. Boa sesso. Podemos comear.