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Preficio, xiii Nota d quarta edigao, xv Nota d terceira edigéo, xvii Nota 4 segunda edigdo, xix Introdugdo, 1 Parte I Uma Estrutura para Planejamento ¢ Controle, 5 1 Contabilidade e gestio empresarial ~a controladoria, 7 LA Eimpresa, 8 1.1.1 Visio sistémiea da empresa, 8 1.1.2 Misséo da empresa, 8 1.1.3 Subsistemas empresariais, 9 1.2, Controladotia, 10 1.2.1 Miss3o da controlador, 10 1.2.2 Controladocia: érgio de gestio empresatial, 11 1.2.3 Ramo de conhecimento da controladoria, 12 1.2.4 Profisional da controladoria, 12 1L3 Modelos de um sistema de gesto, 13 1.3. Modelo de gestio, M4 1.3.2 Modelo de decisio, 17 1.3.3 Modefo de informacao, 18 1.3.4 Modelo de mensuragio, 18 14 Sistema de informacao contébil-gerencial, 20 14.1 Orgamento, 20 1.4.2 Custos, 21 2.4.3 Contabilidade, 22 1.5 Conelusio, 25 vill controlar + pilose Caesins 2 O sentido do plangiamentoe controle, 26 2.1 Proceso de gst, 26 2.11 Planejament, 27 2.2 Organizagio, 28 2.13 Contole, 204 2.14 Comnicagho, 32 DAS Mouvagio. 34 2.2 Informagio« tomada de dcio, 34 2.a sentido amplo do controle, 37 resumo, 38 Quests, 29 3 Acstrutura da contabilidade de custos, 40 3.1 Blementos de custos, 41 3.1.1 Custos de produraio, 41 3.1.2 Despesas operacionais, 42 3.1.3 Custo total do produto, 43 3.2 0 preblema dos gastos indisetos de fabricagio, 43 3.2.1 Alocagdo dos gastos indiretos de fabricagio aos centros de custo de produ gio, 44 3.2.2 Alecagio dos custos dos centros de custos aos produtos, 47 3.3 Selegio de um nivel apropriado de auividade, 50 34 Limitagbes no edleno do custo total, 52 3.5 Custos reas ¢ estimados, 53 Resuino, $4 Questées, 85 Parte Il - Planejamento, 57 4 Planejamento de longo prazo, $9 4.1 Dererminagao dos objetivos de longo prazo, $9 4.1.1 Imporcineia do fuxo de eaixa, 59 4.1.2 Objetivos e metas, 60 4.2 Andlise ambiental, 62 4.2.) Anilise ambiental externa, 62 4.2.2 Anélise ambiental interna, 63 4.3 Pormulagio da estratégia, 63 4.3.1. Anslise do intervalo (GAP) e metas de luero, 63 4.3.2 Planejamento de longo prazo ¢ anélise de intervalo (GAP analysis), 64 44 Preparacio e implementacdo do plano, 65 45 Revisio e atwalizagio continua do plano, 66 4.6 Lmportdncia das metas de luero no longo prazo, 68 4.6.1 Determinagio das metas de luero, 69 4.7 Planejamento financeito, 70 Resuano, 72 Questdes, 72 Planejamento dos investimentos de capital, 73 5.1 Devisbes de investimento de capital, 72 ‘5.2 Tipos de decisées de investimento de capital, 74 5.3 Anélise das propostas de investimento de capital, 74 5.4 Releviincia do fluxe de caixa, 75 5.5 Métodas de avaliagio de investimenta de eapital, 76 5.5.1 Periodo de payback, 76 5.5.2 Taxa eontdbil de retorno, 78 5.5.3 uxo de caixa desconrado, 79 5.5.4 Valor presente liguido, 89 5.5.5 Taxa interna de retorno, 81 5.6 Custo do capital, 85, 5.6.1 Compesigéo e custo do capital, 87 5.7 Avaliagio de investimentos ¢ inflagio, 87 5.8 Utiiangio dos métodas quantiatives pela contabilidade, 89 5.8.1 Proceszo de tomada de decisio, 90 5.8.2 Aplicagio do valor esperado e desvio-padrao, 91 5.8.3 Teoria da decisto, 93, 5.8.4 Valor esperado da informagio perfeita, 94 5.8.5 Determinacéo do valor do goodwill para céleulo do valor da empresa, 95, Resuimo, 100 Questies, 101 Planejamento orgamentirio, 103 6.1, Natureza do planejamento orcamentirio, 103 62 Necestidade de fexibilidade, 104 6.3 Organiaagio do orgamento, 105 6.4 tapas do processo orgamentrio, 105 644.1 Uma ustraggo do proceso oreamentii, 108 6.5 Avaliacio das propostas arcamentérias, 122 6.6 Controle orgamentirio, 123, Resumo, 124 Questées, 124 Apendice ~ Exereeio 1, 127 Beerecio 2, 136 X comaiecla * Rigrde Cpgians 7 Anise eusto x volume x Iucro, 149 7.1 Aplicagées da ‘nlise custo x volume » Iuero, 149° 7.2 Anélise do custo ¢ planejamento do luero, 150 7.3 Analise do ponto de equilibrio, 152 174 Plangjamento do lubxo através de mudangas, 187 7.4.1 Mucaneas nos eustos fixos, 188 7.4.2 Mudangas nos custos variéveis, 158 7.4.8 Mudancas nos pregos de venda, 160 7.8 Mix de vendas, 162 7.6 Algumas limitagBes da anélise custo * volume x lucxo, 164 Resurno, 166 Questoes, 167 8 Custeio varidvel, 168, B.1 Custeio variével¢ valoracio dos estoques, 168 8.1.1 Métodos diferentes de confrontagao, 168 8.1.2 Custefo por produto, 169 8.1.3 Custelo por periodo, 169 8.2 Tratamento dos custos indiretos, 171 8.3 Comparacio entre custeio varkivel e custeio por absorgio, 171 844 Controvérsia sobre custeio varidvel, 176 8.5 A necessidade de uma definigso para os ativos, 177 Resurno, 178 Questées, 178 9 Prego, 180 9.1. Natureza do problema do prego, 181 9.2 Natureza das teorias de prego, 182 9.3 Visio econdmica das teorias de prego, 182 DA Teorias de prega baseadas no custo, 184 9.4.1 Casto total, 185 9.4.2, Casto de tansformagio, 188 94.3 Retorno sobre o investimento, 190 9.4.4 Prego bascade no custo variével, 191 9.5 Prego de mercado, 193 Resumo, 193 Questoes, 194 10 Decisdes tdticas de euro prazo, 196 10.1 Nacureza dos custos relevantes, 196 10.2 Importincia da margem de contsibuigao, 197 10.3 Custo de oportunidade, 200 10.4 Descontinaidade de uma linha de produtos, 201 10.5 Vender of continuar » processamento, 202 10.6 investi ou alugat; 265 10.7 Produzir ou comprar, 203, 40.8 A tomada de decisio em face das limitagées de farores, 205, 10.9 Programagio linear e a tomada de decisso, 206 Resumo, 212 Questoes, 232, Parte I~ Controle, 217 11 A organizagio do controle, 219 11.1 Integragdo de planejamento e controle, 219 11.2 Contabilidade por responsabilidade, 221 1.2.1 Centro de custo, 222. 11.2.2 Contra de (wero, 225 11.2.3 Centros de investimento, 231 Resumo, 236 Questées, 256 12, Custo-padrio ¢ anstise das variagbes, 238 12.1 Custo:padro e custo orgado, 238 12.2. Aplicagies do eusteio-padrio, 239 12.4 Definindo eusto-pacdréo, 240 12.3.1 Custo-padeio de matéria:prima, 240 12.3.2 Custo-padrio de mio-de-obra direra, 241 12.4 Andlise das variagbes, 241 12.4.1 Variagdes de matérie-prima, 242 12.4.2 Variagées de mao-le-obra, 243 12,5 Controle dos eustos indiretos, 245 12.6 Orgamento flexivel, 246 126-1 Vantagem para controle do oreamento flexivel sabre 0 orgamento fixo, 248 12.7 Andtise das varlagbes dos custos indiretos, 249 12.7.1 Andlise des variagBes dos custos indirexos varidveis, 249 12.7.2 Andlise das variacBes dos custos indiretos fixos, 25 12.8 Andlise das variagdes das vendas e controle das receitas, 12.8.1 Variacio no prego de vendas, 253 12.8.2 Variagao de volume de vendas, 253, 12.8.3 Variagao no mix de vendas, 253 1 52 12.9 Responsabilidade pelas variagBes, 255 12.10 Investigagdo das varingdes, 256 Resurmo, 258 Quests, 258 18 Controle de custos administrativos, 261 13.1 Gontrole das despesas administrativas, 262 13.2 Controle das despesas de pesquisa e desenvolvimento, 262 13.3 Controle das despesas de vendas, 263 13.3.1 Dererminagio da lucratividade das vendas por terit6rio, 264 15.3.2. Determinacio da lucratividade dos produtes, 265 13.3.3 Controle das despesas de vendas, 266 Resumo, 267 ; Questdes, 268, 14. Aspectes comportamentais da avaliagio de desempenho, 269 14.1 Objetivos da avaliagaa de desempenho, 269 14.2 Etilos de lideranca e problemas de controle, 270 14.2.1 Teoria X, 270 14.2.2 Teoria ¥, 270 14.3 Os efeitos do orgamento nas pessoas, 271 144 Informagies orcamentirias e avaliagho de desempenho, 275 1S Necessidade de diversas medidas dle desempenho, 276 14.6 Importincia da pantcipacio, 276 147 Administracio por objetives, 277 14.8 Teoria da organizacio, 280 Resumo, 282, Questbes, 282, 15 Balanced Scorecurd ¢ logistica empresarial, 234 15.1 Introdugéo, 284 15.2 Da competéncia industrial & competéncia informstica, 286 15.3 Novas tendéncivs da logistica empresarial, 287 15.4 Ralanced Scorecard e 0 desenvolvimento de abjetivos milltiplos, 288 15.4.1 Estratégia financeira, 289 15.4.2 Ciclo dos processos internos, 250, 15.43 Ciclo de aprendizagem ¢ erescimento, 292 15.44 Ciclo dos clientes, 293, Resumo, 294 Questdes, 295 Bebliografia, 237 Prefacio SLT 1 Por longos anos, a disciplina contabil ficou conbecida como aq -\- fee 1 a eel = at I Donco de boc fits enc in | [i cana ‘conuabindade x re set in| C200 Corgi] Programa] Pacrao eal DRE Tq) ON ati Foren Tonte: FIGUEIREDO, Sanda. Conia oo esto de um model de avaliag . 1 eo te un mal cle vag de desempeno em empresas de seguro um efotec gest econ. eeudade de Renae Admins toto So atl: Universi de So Paul, 1991 Figura 1.2 Sistema de informegiio coneébit. 1.5 Conclusao Constata-se que © novo artanjo da economia mundial provocac so de globalizagdo tem afetado as empresas a fim de disponibilizar + des surgidas pela abertura dos novos mercados, porém exige, emt ies 1-4 14 adequacdo competitiva, em que a agilidade ¢ a flexibilidade so Fs: 8 como forma de diminuir os custos e apresentar produtos € servigos 11% 9p as expectativas dos consumidores. ‘A evolugio tecnoldgica e 0 desenvolvimento de novos métodes de trabathe: representam a fronteira enize o sucesso e 0 fracass0. © mereado profissional dos contadores, conseqiientemente, tex-se: diversi cado, impactado por novas tecnologias, exigindo dos contadores adaptayin ac de seu perfil profissional. ‘A par disso, 0 cenério econémico contemporiineo demanda exceléncia ds sistemas contibeis gerenciais das organizagées, confirmando a id¢ia de que informagéo, ao lado dos recursos humanos, ser40, daqui por diante, fatores die renciais na busca da eficécia orgenizacional. im uma feli2 coincidéncia, isso ocorre exatamente quando a weenologia da informacio possibilita a construcio de sistemas gerenciais dgeis, em que a infor- ‘magio pode ser levada mais perto da decisao. O papel da controladora como 6rgio administrativo é zelar pelo bom desem- penho da empresa, administrando as sinengias existentes entre as reas em buses ‘de maior grav de eficécia empresarial. 0 desenvolvimento de sistemas ¢ metodologias que proponham modelos ge: renciais que otimizem 0 desempenho das empresas por meio de seu sistema de gestio e informagio é a contribuigao esperada dos contadores, para aproximar 3 conlabilidade das necessidades atuais do mundo dos negécios. (0 lucro, corretamente calculado, pode ser considerado © melhor indicador do resultado, e este se caracteriza pelo aumento do valor agregado ao Patrimonio Liquido da empresa, evidenciando o desempenho de cada area, caracterizando € avaliando a atuagio de cada gestor. Mesmo assim, observa-se muitas vezes na empresa que os gestores das areas onde estao sendo adotades os modelos de Deciséo, Informagio ¢ Mensuragio, por falta de conhecimento do modelo de gestio, utilizam-se de modelos com; tiveis com seus interesses, mas que no so compativeis com os interesses gerais da empresa. _ Bsa situaciio ocorre na maioria das empresas brasileiras, ¢ tem como ques- ‘do’ central a inadequagio do sistema de informacao devido & pouca habilitagio conceitual dos gestores na explicitagio de suas necessidades informacionais, ¢ ns falta de divulgacdo ¢ conseqitente aceitagio do modelo de gestio adorado, # papel da controladoria fazer que problemas como este sejam superados ¢ a ficécia organizacional seja aleangada com maior grau de eficiBncia, 2 ox O Sentido do Planejamento e Controle Existem duas escolas de pensamento confitantes com referénci referénciaza profundi- dade da zesponsabilidade da empresa para com seu proprio destino. A Teoria de Mercado estabelece que a firma esté unicamente & mercé das forgas econémicas e sociais predominantes; assim, 0 sucesso da administracio depende da habilidade dos gestores em “ler” o cenario. Contrastantemente, a Teoria do Planejamento © Controle acredita que 0s gestores tém controle sobre o futuro da firma e que seu destino pode ser mani pulado, isto ¢, planejado e controlado, Nesta visio, a qualidade das decisdes do planejamento e controle gerencial é o fator-chave do sucesso. Na verade, as empresas operam normalmente entre estes a Yori p ntre estes dois pontos de Para muitos elementos, como matério-prima, si r 3, como por exemplo, 08 pregos esto completamente fora conto; por outo lar, alguns elementos, cOm9 Preto dle venda do seu produto, sie determinados pela organizagio. Pode-se, entretant, fazer uma distingSo earreitens controlivels ¢ milo con wolves. £ fungéo do gestor manipular os itens contuoléves eassegurar que a empresa esteja preparada para enfrentar as mudangas nos itens no controléveis, Uran- do ventas das moans favors ¢minniandoo impact ds mudanes Planejamento ¢ essencial para todos os Fat ai todos os fatores que afetam a organizagio, independentemente se ees séo controlaveis ou néo, eee Deste fto podem infere que quanto maior é 0 reflexo na gestio, segundo a visdo dos te6ricos de controle, maiores sao as chanees de sucesso 2.1 Processo de gestio Embora existam diferentes escolas de pensamento a respeito do termo Ad rinistragdo e como esta deve ser praticada, € geralmente aceito que © processo ‘Seni lo Penejomente« Contre 27 de gestiio possui cinco fungbes principais: Planejamento, Organi2agao, Controle, ‘Comunicagao e Motivacdo, 2.1.1 Planejamento Planejamenco é a mais basica de todas as fungées gerenciais, ¢ a habilidade ‘com que esta funcdo esté sendo desempenhada determina o sucesso de todas as ‘operagées, Planejamento pode ser definido como o processo cle reflexdio que pre- cede a aco e é dirigide para a tomada de decisio agora com vistas no futuro. ‘Teoricamente, a fungio de planejamento & um aperfeicoamento na quali dade do processo decisério por uma cuidadosa consideragio de todos os fatores relevantes, antes de a decisao ser tomada em conformidade com uma estratégia racional, segundo a qual o future da empresa deve ser otientado. (0 Planejamento é formado de cinco estégios: 1. Bstabelecer as objetivos da organizagio. 2, Avaliar 0 cendrio no qual a organizagio estard operando, relacionando ‘5 fatores externos que iro possivelmente afetar suas operagies, Para teste propésito, uma projecdo deve ser feita na tentativa de predizer © que ira acontecer no futuro, nao importando se deverdo ser ou nao rmudancas na politica da organizagio dos planes. 3, Avaliar os recursos existentes, pois a gestio tem como escopo 0 uso mais efieiente destes recursos escassos (em inglés, apelidados de “4M” (men, machines, material, and money) homens, maquittes, materiais ¢ dinheiro, ste aspecto da fungéo de planejamento inchui uma estimativa dos re" ‘cursos externos acessiveis e dos recursos internos ja possuidos pela em- presa com capacidade ociosa ou que possam ser mais eficientemente utilizados 4, Determinar a estratégia para alcangar 0s objetivos estabelecides no plano geral que especifica as metas. As decisdes estratégicas dizem res peito a0 estabelecimento do relacionamento entre a empresa e o melo ambiente, 5. Delinear um programa de ago para alcangar metas estratégicas se lecionadas para programas de longo prazo e de curto prazo, discri minando o tipo de recurso no orgamento anual. Assim, decisbes sic tssenciais em todos os estagios do processo de planejamento. As areas have podem ser estabelecidas quando se decide: 0 que deve ser feito quando deve ser feito, como deve ser feito, quem deve fa28-lo, 28 conmctadons + Rigas Cagiann A importancia dos fatores conjunturais no processo de planejamento é dbvia, ¢ é igualmente claro que informagées a esse respeito no devem estar sujeitas a lum tratamento menos rigido do que as informagdes analiticas internas, praduzi das na empresa, Muitas vezes, a qualidade destas informacées anallticas é criticada como ina. dequada para o propésita de uma decisto eficiente. As deficiéncias na natureza © qualidade dessas informagées seréo examinadas posteriormente com maiores detalhes. Entretanto, existe a necessidade de tum fluxo continuo de informagées sobre 0 meio ambiente, pols o mais importante fator potencial de erescimento da firma e de maior eficiéncia € a habilidade de assimilacio e aprendizado de seus gestores, Os sistemas de informagio tém presentemente migrado de uma pesada énfa- se na informacio analitica para a incorporacao de dados ambientais, ) ‘Tem sido observado que um exame nos dados ambientais fornece aos gesto- res interessantes informagées sobre niveis potenciais de mercado, de linhas le Produtos novos, assim como das linhas de produtos jé existentes, sobre novos processos ¢ tecnologias dispontveis, sobre a aco dos concorrentes, a regulacio Jas vendas, sobre os recursos e suprimentos disponiveis, ages e politicas gover. samentais. Pociem-se distinguir trés espécies de atividade de planejamento: 1. Planejamento Estratégico: diz respeito a um periodo de trés a dex anos; normalmente é chamado de planejamento de longo prazo. 2. Planejamento Programa: atividade que segue o planejamento de lon- 0 prazo e envolve o desenvolvimento de planos para os dispéndios de ‘capital necessérios para 0s objetivos de longo prazo. 3. Planejamento Orcamentdrio: aquele que converte 0 plano de longo Prazo da firma as necessidades do futuro imediaro. B usualmente des- rite como Orgamento e ¢ desenvoivido numa base anual © orcamento anual é entéo dividido em meses e, em alguns casos, em sema- Jas para estabelecer as tarefas de um futuro imediato. 21.2 Organizagdo Organizagio envolve definigéo da estrutura administrativa para que as deci- Ges estratégicas sejam implementadas. A configuragio da drea administrativa procura estabelecer a estrutura e a grma da firma ou da organizagéo e definir as responsabilidades e linhas de au- oridade. Isto envolve definicdo das tarefas necessérias para alcangar as metas stratégicas, uma determinagio de quem irs deserapenhar estas tarefas e assumir ssponsabilidades por seu desempenho. ‘A fangio de organizacio é coordenar estas tarefas de moda qui eis 88 esteja apta a trabalhar eficientemente ¢ alcancar seus objetivos. gio rocesso de departa: ‘A organizacéo € desenyolvida através do pi i po tal diferentes especialstas so divididos em departamentos separalos i utuca formal tes departamentes esto ligados por uma hierarquia, uma estrutuca de comunicagio que possibilce a pastager das istrugbese das informacoes zn to de baixo para cima como de cima para baixo. caiaaydio ACIONISTAS CONSELHG DE ADMINISTRACAO, DIRETOR PRESIDENTE ee Marketing | Pesquisa & J besenvatviment 7 : = = Figura 2.1 wrganizacional para uina empre~ ‘A Figura 2.1 mostra parte de uma estratura organizacion: sa que desenvolve duas atividades prineipais ~ Méveis e Assoalho para pisos jamento de sua atividade em © gestor pode desempenhar tarefas de gerenciamen vide em cada uma destas “caixinhas” que representam posicbes executivas; as linhas presentam os canais normais de comunicagio entre elas. As cinco “caixinhas” superiores representam as cinco fungdes principais desta empresa: Marketing, Produgio, Financas, RH, Pesquisa e Desenvolvimento. i é indo suas catego: ropédsitos administrativos, a firma é organizada segu ‘ sis de produ’ asi, das divishes~Mves © Assoalho Hara so ~ £20 es belecidas, ; hase da pirdmide, na figura, séo as unidades orgenizacionai basins, conhe cidas como departamento. Iustram-se ai seis Gepartamentos pertencentes & divisio Méveis, Os departamentos classificam-se de acordo com sua ocupagio ~neste caso, eles esti divididos em departamento de servo e departamento de produce, 20 contador + iguerdo Caine Z 0 propésito prineipal de toda estrutura organizacional & 0 e toda estratun jonal ¢ facili informaghes do para oomador de deciso, Speer ae Desde que administragao possa ser definida como 0 processo de transformar i nformacdo em ago, a organizacao deve ser delineada de acordo com o fluxo de Cada ponto de decisdo neste processo é 0 subsistema de informagio que possui seus proprios inputs, seu processamento e seus ourputs. Assim, a rede de informagao € que define a estrutura da organizacéo. 2.1.3 Controle Alguns autores, quando discutem controle, ni ai res, quan trole, nao fazem distinga® entre pla- nejamento e controle, dando assim um significado mais amplo 00 conecta de controle. Posteriormente discutitemos este significado amplo de controle. Para o propdsito desta andlise do processo administré 0 120 p so administrative, propéese faze uma distincao entre planejamento e controle. eee ae Esta distingo habilitard ao exame do processo administ \cesso administrat de atividades, mostrado na Figura 2 Nocomoumsico ‘A decsio, nesta &rea, etd envolvida con das a i i , est envolvida com duas atividades principais: primei- ‘a, comparar 0 desempenho sel com o eatipuado no planejamento; eagund, leterminar se 0 proprio plano deve ser modificado a luz cesta comparagio. Controle esta intimamente ligado a funci amen A funcio de planejamento, quando se pro- poe ssougurar que as atviades da firma est em conformiade com ox plans aera / Planejamento controle Operacies Figura 2.2 Efetivamente, controle ¢ um sistema de feedback i 7 is feedback que possibilita 20s desem- penhos serem comparadas com 0s objetivos : é ivos planejados; controle é esse 1 a realizacio do planejamento de longo e curto prazo. ee ac planelamento de longo prazo, um feedback de informacbes posit no gestor deterninaro pogresso ue fl eto em busca da realnagéo dos objedvos lenge brazo espedticades no planejamento, Também permite ao getr rever estes objetivos de longo prazo a luz de novas circunstncias qu i poder té-los tornado irrealisticos. LS arene i snnenmertesai Send do Mansjamento e Console 31 Na pritica, a medida que maior énfase é dada ao controle das operaches, sais prétimo estar de ser cumpridos 0s objtivos descritos no orgamento anak ue, como enfarizamos antarinrmente, deve sex visto como parte do planejamen- to de longo praza, (0 feedback de informagées & parte integrante dos procedimentos de controle orgamentitio dirigidos para detectat a5 variagSes que porventura possam apa ever diariamente: o objetivo € evidenciar os desvios do plano orgamentério tio ‘edo quanto possivel para que agoes correrivas sejam implementadas, (Um pré-requisito para o desempenho satisfatdro da funcio de controle é um cficiente sistema de informagées que revele a necessidade de agBes corretivas em tempo apropriado, possiblitando aos gestores julgar se seu plano ainda é spro- priado, dionte de mudangas ambientais acontecidas més 2 més, ano a ano, ‘A fungéo de controle esté intimamente ligada & fungio de planejamento por tum sistema de feedback que informa o resultado de decisdes passadas. Este sis- tema € necessério para avaliacZo da qualidade do processe decisério e para seu aperleicoamento, como ¢ ijustrado na Figura 2.3. (em) ose} a) (green eee ac Figura 2.3 sistema de feedback produz. grande quantidade de informagées analiticas usadlas no processo de planejamento. Proporciona também meios para avaliago {Jos objetivoe planejados. Se, por exemplo, ocorrem mudaneas Ho cendirio econ- mmico, a eficiéncia das operagoes da companhia depende da sensibilidade de rea {ao «estas mudangas, e da avaliacio do impacto dessas mudangas nos abjerivos anteriormente planejados. © sistema de feedback é também um instrumenta de controle nas decisoes, pois proporciona meios de avaliagao continua do desempenho corrente em face do planejado estrategicamente. Neste sentido, © processo decisério envolve-se num ajustamento didrio 8s mudangas de condigbes, a fim de estabelecer 0 methor curso de ago necessério para implementar as decisées estratégicas. ‘Assim, a informacao é a “alma” de todo o sistema, ea responsabilidad pela produgiio de um sistema de informagées adequado é a suprema preocupagae do gestor 32 conwolacrin + rguerdo'e casene 2.1.4 Comunicagao. Comunicaeao & uma troca de fatos, idéias e opinies, por duas ou mais pes- soas. A troca é bem-sucedida somente quando resulta num real entendimento. Resumindo, dizer nao & q bastante, quem recebe a informagéo precisa entender a mensagem que 0 emissor esté tentanido communica. A comunicacio, portanto, ocorre quando 0 receptor da informacio entende © que 9 emissor pretende comunicar. Comunicagio supde uma ligacdo de todas as fungées gerenciais pela trans- missiio de informagGes e instrugies internas da organizaciio. Adicionalmente, processo de comunicagio relaciona a organizagao com seu meio ambiente por ligi-la a seus fornecedores, e aos consumidores para quem seu produto é direcionado. : Em qualquer organizacio, a especializacao das tarefas e a conseqiiente divi so do trabalho criam situagdes nas quais um fluxo de idéias e de fatos é neces- sério em fungio da efieiéneia, Alto grau de comunicacdo agrega 0s varios membros da organizagéo, unin- do-os na busca das meras organizacionais, Assim, uma empresa pode set vista néo somente como um sistema de comada de deciséo, mas também como um sistema de comunicagao, Os principais componentes de um sistema de comunicaglo so: 0 emissor, a mensagemi 0 receptor © emissor pode ser uma pessoa, tum computador ou qualquer aparelho capaz, de emitir uma mensagem. ‘A mensagem é a informagio transmitida ao receptor, O meio para transmitir a mensagem pode ser escrito, oral, visual ou outras formas cle comunicagao. Uma Juz vermetha em um equipamento, por exemplo, é freqiientemente usada para indicar queda de forca au perigo. Do ponto de vista gerencial, @ comunicacio escrita possui vantagens espe- aragio do custo real das operacies correntes com os custos planejados. Isso demonstra que, jé que 0s custos reais so a expressio monetiria dos recursos que foram consumidos nas operacées correntes, existe interesse za reposicéo desses recursos. Para esta proposta siio usados custos de reposigdio, © processo de controle ajuda a manter os custos correntes alinhados com os custos planejados, pela evidenciagio de ineficiéncias, ‘Também pode conduzir a uma revisio dos custas plinejados, 3. Auxilia na mensuracio dos resultados. 4, Ausilia na decisdo do mtx de produgio. 0s custos so acumulados de duas formas: em termos de sua rss 2k ‘pessoas (contabilidade por responsabilidade) e em termos de produ ‘A contabilidade por responsabilidade, que acumula custos da princitis (oe , & direcionada a controlé-los pela sua associagio com individuos a bsrar {quia gerencial. Esta forma de contabilizagio assume papel central no concrole das operagies. ‘A acumulagao dos custos para cilculo do custo total do produto leva em con ta todos o8 custos de produgio incorrides para colocar o produto disponivel no eseado, Uma aplicagéo desse céleulo é atribuir valor aos estoques. Algumas vezes, custos no industriais,rais como despesas adiinistrativas © de vendas, s40 adicionadlos ao custo total do produto com o propésito de determi nar a rentabilidade ¢ estabelecer politica de preco. Este procedimento ¢ bastante comum nas concorréncias piilicas e tem como objetivo estabelecer prego com base nos custos totais. 3.1 Elementos de custos Os custos de transformagio da matéria-prima em produtos acabados sic casi ficados em duas grandes categorias: cusios de produgao e despesas operacionais 3.1.1 Custos de producéo Estes custos compreendem trés elementos + Material Direto; + Miio-de-obra Direra; € +Gastos Indiretos de Fabricagao, A expressio custo direto é aplicada somente aqueles custos que podem se: prontamente identificados com 0 produto, Por exemplo, no custo de material gestio, forca de wabalho, produgéo, mercados, canais de distributgio, finangas, ativos e pesquisa e desenvolvimente. © propésito desta visto geral & descobrir a razo para 0 sucesso € 0 fracasso atual ¢ identificar 0 fator-chave para o sucesso furnro. ‘Ao conduzirem a andlise ambiental intema, os gestores terdo muito 0 que aprendet com as experiéncias passadas dos seus competidores, ¢ identificar 0 fator-chave do sucesso ¢ estardo aptos a compara seus préprios pontos fortes & fracos com o dos concorrentes. 0 propésito principal de ambas as andlises interna e externa é comparar os padrées da organizagio com os da indistria em que esté inserida, pois problemas Setoriais podem gerar oscilagies na demanda dos produtos e servicos da firma, CO suprimento dos produtos e servigos ¢ afetado néo somente pela capacidade produtiva da indtistria, mas também pelo custo da forga de wabalho e dos mate- rials, que sio préprios para o stor. As perspectivas da firma dentro do setor sio determinadas em fungio de sua prOpria posicio dentro do mesmo, do grau de competicdo existente e da sua propria estrutura de custo, A analise ambiental é, assim, um exercicio de apren- dizado pars a empresa. 43 Formulagéo da estratégia A andlise ambiental ordena os fatores que devem ser considerados na formu- Jago da estratégia para o atingimento dos objetivos e das metas organizacionais. papel da estratégia, entretanto, é selecionar a melhor maneira de, a partir da posicao atual, atingir as metas que decorreram dos objetivos organizacionais. 0 primeiro estégio na formulagio da estratégia é uma andlise do intervalo (GAP) existente entre a posigao presente e a posicao desejada, espelhada nas pro- jecbes contébeis que foram feitas. Essa andlise envolve as seguintes questbes: 1, O que acontecerd s# nada for feito? 2. O que acontecera se prosseguirmos com a politica atual? 3. O que deve ser feito para alcangar as metas organizacionais? 4.3.1 Andlise do intervalo (GAP) ¢ metas de tucro O efeito de polfticas alternativas de lucro é um bom exemplo de anélise do in tervalo. A partir da definigao das metas de luero, deve ser feita uma comparagio (64 Contoadois + Sguerao eCogteno com o nivel de ganhgcom o qual a firma est operando atualmente. Se nenhuma mudanga for realizada, os ganhos presentes provavelmente comegario a declinar aps um period de tempo. Wietas de Lucro woo = Perl ett res de er fue inearpora projesaes anteriores) Piel Intervalo de Averieigoamento oe : —— | rojecdo de tuto (Assumindo rnenhuurna muanca) 4+} Tempo {Anos} 1 MES: Devido @ mudangas teenolégicas, de mercado, de preferéncias dos consu midores ¢ aperfeigoamento do desempenho dos competidores etc., 05 produtos cexistentes tendem a ficar menos lucrativos. Um planejamento prévio de longo prazo, entretanto, ineluiré nas operagdes da firma titicas que minimizasio a queda de desempenho das produitos, que pro- vavelmente ocorrera devido aos fatores mencionados, 0 intervalo entre estas duas previsées pode ser chamado de “Improvemente Gap”. Para ilustrar, pode-se comparar 0 valor do lucro da firma segundo os planos anteriores e a diferenga entre o lucro alcancado depois das mudangas propostas. Isto é chamado de diferenca estratégica, Representa 0 lucro que a firma precisa {er para contamar a queda nos lucros atuais. A Figura 4.1 ilustra esta posicdo. 4.3.2 Planejamento de longo prazo ¢ andlise de intervalo (GAP Analysis) Aesséncia do planejamento de longo prazo é a mesma da andlise de inter- valo (Gap Analysis). © problema com que se envolve esta andlise é a avaliagio das alternativas para a eliminaco do intervalo existente entre @ posicéo atual ¢ a descjada ea selegio das melhores alternativas estratégicas. 0s fluxos futuros de caixa e, conseqtiencemente, 05 lucros so altamente in- fluenciados pelas decisées passadas de dispéndios de capital, No entanto, a Gop Analysis consiste no processo de procuar ¢ descobrir o melhor projeto no qual 3 firma deve investr. Durante este processo de investigagao a firma esté tipicame ' com as seguintes questbes: 1, Podem as operates presentes ser expandidas a ponto de 6) «in as metas organizacionais? Se podem, qual a penetragéo ish. iwi fem relagao aos mercadios j4 existentes? Na exploracdo des 10st cados, qual a sua necessidade de ativos, de financiamentes, ie tore! de trabalho ete.? 2, Se as operagbes presentes néo podem atingir as metas, cots «lest jt ceder a firma? Deve abandonar as atividades menos luccutivas @ et pregar seus recursos em outras atividades novas? iste proceso de investigasao dispendioso e consome tempo. Uni fator que {nfluencia e determina o delineamento desta investigacio é a afinidade entre as direas investigadas e as atividades presentes da organizagio. Devero ser esco- Ihidas reas de pesquisa que sejam complementares das areas de otividades da organizacio, com a finatidade de criar oportunidades sinérgicas. ‘A sinergia surge quando duas atividades ou agies desempenhadas juntamen- te produzem um efeito total maior do que se elas fossem desempenhadas sepa radamente. Por exemplo, a adigao de um restaurante &s atividades de uma Toja de depar tamentos produ, um efeito sinérgico & medida que o restaurante torna a loja um ugar mais conveniente para se comprar, ¢ a loja proporciona uma clientela certa para o resturante, Assim, 0 volume total de negécios feitos por ambas as ativida- des € maior do que se eles estivessem situados em localizagbes diferentes. 4.4 Preparacio e implementagio do plano ‘A selegio da estratégia de longo prazo se concentra nos fatores-chaves pare ‘sucesso das principais decis6es, particularmente, em pontes basicos, como sele- cdo de tipos de produtos ou servicos que deverdo ser produzidos, os novos mer cados a serem atingidos, definigdo do process de producao a ser adotado e, por fim, a estrutura de ativos necessdria para as estratégias formuladas A partir da selegio da estratégia a ser utilizada, esta serd expressa em plano: mais deralhados que se tomato a base para a acio, A responsabilidade pela impiementagéo do plano caberd ao pessoal da geréncia nas varias divisdes e de partamentos da organizagio. Neste capitulo, examina-se brevemente um pequeno aspecto do processo de planejamento, chamado de plano financeiro, © leitor precisa ter em mente que © planejamento de longo prazo cobre todos os aspectos das atividades da empresa fe que sero definidos planos detalhados para todas estas atividades. 66 contol Pigetcedo «Casson 4.5 Revisio ¢ atualizagéo continua do plano © plangjamento de.uina coxporacio & um processo continuo que responcle ao Jeedbock de informagées. As mudancas podem ocorrer de varias maneiras, anual: mente ou continuamente, departamento de planejamento da corporagio estard continuamente acum Jando informagoes e interpretando o significado destas informacdes para 0 plano. 0 periodo de tempo projetado por diferentes firmas para planejamento de lon- 0 prazo varia, mas é quase sempre normal que seja feita una revisio de plano a0 final de cada ano, permitindo a incorporacio das modificagbes necessirias, confe- rindo ao processo de planejamento da corporacio certo grau de flexibilidade, Ao final de cada ano, 0 plano deve ser estendide por mais um ano; assim, sera possfvel manter uma sto de um periodo de tempo constange, associado com o planejamento de longo prazo. A 0 relacionamento existeite entre o planejamenta de longo prazo € 0 o¥- camento anual é muito significativo, ¢ este problema seré considerado em um pedximo capfeuto. 4.6 Importncia das metas de lucro no longo prazo No principio deste capitulo ficou claro que o sucesso da firma depende de sua habilidade em gerar Mluxos de caixa suficientes. A selegao dos niveis de luero para planejamento de longo prazo nao é somente um estabelecimento arbitrério e um niémero, como $ § milhoes Um padrao de luero em si mesmo tem pouco significado, quando é relaciona- do com algama outra medida, como o total dos ativos empregados, & qué se torna uma medida significativa de desempenho. Auravés do indice de retorno sobre o capital empregado (ROGE), que rela- ciona o licro aos ativos empregados, encontra-se a significancia para’o nivel de Iucro proietado, 0 indice é encontrado utilizando-se a seguinte formula: nei Roce = 5 Onde, LLP = Luero Liquido Ptanejado @ AP = Ativos Planejados Esta é uma das melhores medidas de desempenho utilizadas em um plane- jamento de longo prazo para estabelecer as metas de lucro. E comumn que seja Pnneamnen de Longo hase 67 calculado um indice para cada ano coberto pelo plano de longo prazo, com a fi- nalidade de mostrar qual 0 crescimento desejado nos lucros anuais ¢ sua relacdo com o crescimento necessério nos investimentos em ativos. Em anos recentes, tefh sido questionada a utilidade do céleulo de medidas como 0 "ROCE”, As controvérsias que envolvem 0 uso desse indice serdo discu- tidas em um préximo capitulo. As dificuldades causadas pela maneira como os ativos e o lucro devem ser definidos e mensurados serde consideradas também ‘em outra parte deste Livro. xistem oite dreas de atividades para as quais a fima deve dirigir sua atenco quando formula seus objetivos ~ padrdes de mercado, inovagSes, produtividade, recursos fisicos e financeiros, lucratividade, desempenho e desenvolvimento ge rencial, atitudes e desempenho dos trabalhadores, e responsabilidade publica, B nessas areas de atividade que as diversas partes interessadas na organiza- gio ~ acionistas, gestores, empregados, governo, consumidores, fornecedores € Comunidade local ~ investemn seus interesses. Das oito areas elencadas acima, a lucratividade é a mais importante porque 0 meio para atingir os objetivos das outras sete dreas. Sem que a firma atinja neta satisfatéria de lucro, sera impossivel sobreviver no longo prazo. 0 desafio dos contadores nito 6 tentar 0 impossivel. Quando decidem qual deve set o lucro méximo de longo prazo posstvel, com base nos recursos assumi- dos no planejamento de longo prazo, seu trabalho € quantificar o ramanho do Iucro necessirio para os objetivos de hucto. O lucro necessério, como meta de planejamento, no é um ideal redrieo, como “o |uero maximo de longo prazo” ou “o retomo méximo para os acionistas” mas, em vez disso, representa tum consenso da discusséo a respeito de qual seria uma meta possivel ¢ desejével para 0 periodo de tempo consicerado no planejamento. Quanto maior o periodo considerado no planejamento, menos confiavel sera a meta de lucro selecionada como objetivo do planejamento. & por esta razéo que sugerimos anteriormente que “o luero maximo de longo prazo” néo deve ser nunca uma meta de planejamento, porque ele foge da visdo do planejacior Em vez disso, a firma deve almejar ter um fucro “satisfatsrio” durante 0 pe- Hfodo de planejamento. Como guia para selecionar o padre de fucto, um dos fatores mais influentes seria o menor indice de retorno esperado pelos investidores ¢ credores. Um Iucro satisfatério assegura 0 pagamento dos débitos e dividendos e, por outro lado, reduz o risco de investir na empresa. Se 0 padrdo de lucro da firma determinado é téo baixo que nfo pague um dividendo justo para os acionistas e assegure hucros revicios suficientes para fi- hanciar fururas expansées, a insatisfaco dos investidores com o desempenho da firma poderd set refletida com uma queda no prego da agio da empresa na balsa 68 comtolndora + rigverede «capsane de valores, o que impediré que outros investidores procurei investir na empresa ¢, por sua vez, 0 fluxo de entrada de capitais sera interrompide. # recomendavel, portanto, que © preco da acdo reflita uma meta padrao de lucro satisfatério, para que © valor da companhia, na medida do possive, seja tepresentado pela valor de suas agdes no mercado. COutra importante consideragéo a respeito do planejamento do lucto de lon- 0 prazo surge da necessidade da firma de gerar capital para financiar a sua expansdo, O capital gerado assim representa tuma poredo substancial do capital necessério para financiar 0 estabelecimento de outras companhias, ¢ a retencéo de lucto para esse propdsito pode chegar até o nivel de 50% dos lucros liquidos. ’Afirma depara-se com o problema da fizago de niveis de lucro que seam satis- fatérios para atender &s diversas necessidades discutidas anteriormente. Se o lucro planejado no for satistatSrio,o plano por si mesmo nao terd grande tilidade. ‘Antes que seja caleulado 0 indice de retorno sobre o capital empregado, deve ser calculado 0 retorno esperado pelos acionistas no periodo planejado, Os se- guintes farores aferarso este cevorno: 41. 0 indice de retomo que 0s acionistas tiveram nos tiltimos anos; 2. 0 Indice de retorno que eles podem obter em outros investimentos. Se é possivel obter melhor retorno, em outros investimentos, eles iro pressionar os administradores para que aumente este retorno; 3. 0 impacto da inflagio no indice de retorno. indice de retomo pode set aumentado para compensar os acionistas pela queda do valor do dinheiro; 4, 08 efeitos das mudangas nas politicas governamentais em relagio a im- postes. Por exemplo, a introducio de taxagbes sobre ganhos de capital, € restrigées governamentais sobre politicas de dividendos ocasionaram sérios reflexos sobre 08 acionistas; 5. 08 efeitos das mudaneas nos procedimentos gerenciais, E possivel au- mentar o retorno sobre 0s fundos investidos pelos acionistas pela mu- danga na estrutura de capital; 6. otipode politica de dividendo adotada pela empresa. Existem dois mé- todos pelos quais o risco assumido pelos acionistas pode ser remunera- do. 0 primeiro método enfatiza um maios {adice anual de dividendos, © segundo tende a busca de um maior ganho de capital, objetivando aumentar 0 valor das agdes da companhia no mercado, em conseqilén- ‘ia de maior Inero retido, Alguns advogam que é interesse dos investidores e da comunidade a distribui ao do maximo de luero possivel em forma de dividendos, e que as companhias devem procurar no mercado 0 capital que elas necessitam para sua expansao. Phansjment Na pratica, as companbias devem utilizar uma média dessas ‘ou seja, devem distribuir parte de seu luero e reter parte para final vii pansbes. Como resultado,,0s acionistas tem como retorno metade isi metade ganhos de capital 4.6.1 Determinagiio das metas de luero ‘Uma ver estabelecido 0 retorno dos acionistas, 0 préximo passo +: rar esse resultado aos célculos do retorno sobre o capital empregade valor que deve ser retido na empresa e o possivel imposto que dev a vr @ Considere a posiglo de uma firma que tenha que assegurar wit rensrne de '§ 50.000 para os acionistas e que seja estimado que $ 20.000 dever: fivar resides no negécio; dos nimeros abaixa conclui-se que o valor do lucro desitjada gars atender a estas estimativas serd de $ 100,000: elon para os acioistas 30.000 Retengéo para expansio ooo | mpostos (20%) 30.000 Leto Desejado 400.000 Se os ativos totais da empresa forem estimados em $ 500.000, entio 0 retor no de 20% sobre o capital empregado requerido sexd: Lusero Desejado _ ‘Ativos Totais, ‘Metas de Lucro Divisionais Depois de planejar a meta de luero da companhia, o préximo passe é planejat como vai ser alocado este lucro nas varias divisGes ou subsididrias da companhis [No se pode esperar que estas diversas divisbes tenham a mesma capacidade d geracio de lucro, pois cada uma tem suas diferentes estruturas e possibilidades, Assim, é perfeftamente normal que seja firada uma meta de lucro de 30% de retomo sobre o capital investido em uma divisio, ¢ de 10% em outra. A razac destes diferentes posicionamentos baseia-se, principalmente, no tipo de mercade. tia divisio: mescados em rdpida expansio tendem a oferecer maiores retomos do que mercados jf maduros e estabelecidos. Igualmente, diferentes indices de retorno tendem a refletir 0s graus de iscos ‘embutidos nos virios tipos de atividades, nas quais as divisBes estZio envolvidas. 70 contelados * Fgotve = Cagiane Na formulacéo das metas de lucro estabelecidas para a empresa, foram le- vadas em conta as estimativas das diversas divisées. E possivel que surjam dife- renas ene estas estimiativas as recomendacdes feitas pelo gerente principal, 2 respeito do luero divisional que deverd ser atingida. Assim, € possivel que seja necessério rever a estratégia da corporagdo, e que ambas as estimativas sejam reexaminadas, a geral e a divisional. 4.7 Planejamento financeiro 6s objetivos principais da firma devem ser expressos em forma financeira. ‘As metas financeiras terao suporte numa andlise financeira detalhada, Como esta analise se desenvolve através de todo esse trabalho, este capitulo ado é muito detalhado a esse respeito, Ao invés disso, 0 propésito desse capitulo é enfatizar os objetivos de longo prazo e relaciond-los com as decisées de curto prazo a respeito desses abjetivos, No campo do planejamento de longo prazo, o pape! dos contadores & coope- rar com 0 grupo de gestores. A importancia do seu papel evidencia-se pela discus- sia feita anterionnente, da maneira como os niveis de lucro sao estabelecidos. © papel dos contadores a esse respeito pode ser definido como relative as seguintes atividades: 1, Tomnecer informagdes passadas que sirvam de base para o planefamento. ‘Uma coniribuicio de valor que pode ser dada pelos contadores é a pre paracio de esnidos preliminares em forma de revisées de desempenhos passados, estudos de mix de produc, sobrevivéncia dos recursos fisi- 0s € estimativas dos dlispendios de capital requeridos. Além disso, eles osstiem uma rarefa importante que &a andlise Custo x Volume x Luero, margem de contribuicéo por linha de produto, flaxas de caixa ete. 2, Auxiliar na avaliagio das alternativas de cursos de ago que esto sen- do consideradas ¢ fornecer as alternativas finaneeiras dos divetsos euc- s08 de agio propostos. Isto requer que os contadores decidam quais ‘os dattos de maior relevancia para essa andlise e os expressem em termos financeitos, para que 05 dados base do plano de longo prazo sejam confiaveis 3. Montar, integrar ¢ coordenar os detalhes dos planes dentro do plano principal da organizagao. Nesse aspecto, os contadores desempenham Seu papel tradicional de agregacio de dados, que sio particularmente relevantes, 4, Traduzir os planos dentro das previsoes de custos, lucro e condicdes de financiamento, Estas previsbes poderao ser utilizadas subseqilente- ‘mente para prepatar os detalhes do orcamento operacional. Plasjamente de Longe Pree 7 Apresentar os resultados antecipados das futuras operagées em termos financeiros. 6, Ajudar na avaliagio critica e, quando necessério, na reviséo dos planos de longo prazo, assegurando que eles constituam uma base realistica para dirigir 0 controle das operagées. 7. stabelecer e administrar a rede de controle operacional, que é neces. saria para o atingimento dos objetivos planejados. Esta fase vital do proceso de planejamento requer a integracéo dos planos de curto € Jongo prazos, a comparagio do desempenho corrente com o planejado para o fongo prazo e a informacio para os gestores das realizagées do plano de longo prazo. Resumo © propésita deste capitulo é enfatizar a necessidade de estabelecer objetivos de longo prazo e relaciond-los a decisies de curto prazo. Recentemente, o planejamento de longo prazo tem recebido atengio cxes- cente devid as ripidas mudancas nas condicSes dos negdcias que, por sua ve2, pressionam os gestores a terem visio mais ampla das atividades da empresa do que era necessirio até ento, E sabiamente reconhecido que o efetivo planejamento de longo prazo deve resultar na colocagio da firma na melhor posigao em relacio a produto, recstrsos e desenvolvimento de processo, possibilitando, assim, o aproveitamento mazimo de todas as vantagens ¢ oportunidades que se apresentem. 0 planejamento de longo prazo fornece usna forma sistemtica de gerencia- ‘mento de uma empresa, possibilitando nao somente antecipar as mudangas, mas também tar proveito delas, ‘A ausencia do planejamento de longo prazo pode ser prejudicial por varias raz6es: por exemplo, a rentabilidade corente pode induzir a complacéncia igno- rando possiveis sinais de perigo, e devido a isso valiosas oportunidades podem ser desperdigadas. Iguaimente, uma excessiva preocupagio com o planejamento de curto prazo pede gerar agées que poderdo ser danosas os interesses de longo prazo da firma. Um planejamento de longo prazo, entretanto, também pode ser prejudicial se for mal implementado e, se for muito rigid, pode tosnar-se inadequado a novas circunstincias. E necessério, portanto, que haja certo grau de flexibilidade que permita ajustamentos. © planejamento de longo prazo deve incluir um processo continuo de bus cae descoberta de novas oportunidades, defini¢ao de restrigéies e identificagao de iscos. 72 comatose + rgveao Cagiane Os contadores téim importante papel a desempenhar no planejamento de Jongo prazo, particularmente no planejamento financeiro. Questies Por que o fluxo de caixa é to importante para a empresa? 2. O momento politico atual aponta corso uma das prioridades da agao do go verno3 ampiagéo do stor piblico. Assim, eso sendoofereidas vagas ata vs de diversos concursos piiblicos. As reformas tributétia e previdenctéria ue seat deserted tami fear protundarment coated as empresas. Caso voed fasse o responsive pelo planejamento da empresa de consul- toria na drea de Execugio de Contabilidade e Treinamento, « SW Consultores ‘Assoiadls,¢ estivesseelaborando o planejamento da empresa para os préxi- nos seis meses como voce: (a) ilentifcaria aportunidades de servigos para aempresa;(B) definiriaobjelivos e metas para as seguintes éreas de gest: lero, finaneeves, de mereado, produgio e recursos humanos. FFlenque seis éreas ipicas em que a empresa deve estabelecer objetivos e netas. © que é andlise ambiental? Como ¢ formulada a estratégia? Quais sao os fatores que sio levados em conta pelos gestores, no célealo do Tetom, que pode ser esperade pelos alone durante o pevid de plane: jamento’ Qual é o papel dos contadores no planejamento financeiro de longo prazo? Planejamento dos Investimeni is de Capital LEED alti © nivel de luero da empresa depende do sucesso que ela conse com o uso de seus atives, que podem ser humanos ow materias. 'A luccatividade fucura da empresa depende de dois fatores: primeiro mantes ¢ amplisr sua estrutura de aves e, segundo, desenvolver uma estracégia de su cesso para essa estrutura, ste capitulo centra atengéo no prepare de um plano de investimentos de capital, que faz parte do processo de planejamento de longo praZo. Aatividade de investir em novos ativos, geralmente, é que determina o Orga mento de Capital e envolve o planejamento dos investimentos de capital e a de fenmninagdo dos financismentos dessas saidas. & uma area de decisSes gerenciak gue tem, ultimamente, chamado a atengio dos economistas ¢ contacdores. Nos Ses recenres, muitas pesquisas tém sido desenvotvidas a respeito deste assunto, Yaando melhorar a qualidade dos métodos de tomada de deciso Nesse capitulo examinam-se, prineipalmente, os processos de tomada de de cisio que envelver gastos de capital, Também go examinados os facores € 0: setodes relevantes, que sio empregados correntemente nas decisies de invests mento de capital. 5.1 Decisées de investimento de capital Provavelmente, o fator que mais afeta a lucratividade de um negécio é a qua lidade das decisées gerenciais que envolvem o comprometimento dos recursos dh firma em novos investimentos. As razGes que tornam essas decisbes estratégica: tio importantes so elencadas a seguir: 1. envolvem 0 compromerimento de grandes somas de dinheiro; >, esse comprometimento é feito por um grande periodo de tempo ¢ « ‘lemento de incerteza é, por essa razo, muito maior do que no caso de ecisdes, cujos efeitos esto limitados a um curto perfode de tempo; 2A conolana - Figueira ® 3. as decisigs de investimento, uma vez comadas, so quase impossiveis de ser revertidas se, por acaso, provarem ter sido tomadas erroneamente: 4, existem mesmo ocasides em que 0 sucesso ou o fracasso da firma pode depender de ama tiniea deciso. Em todas os casos, entretanto, alucrs- tividade fututa da firma seré afetada por essas decisées; ¢ 5. a politica de gastos de capital néo & somente de méxima importancia pata a firma, mas também tem grande significado para o setor, e mes- ‘mo para a economia nacional 5.2 Tipos de decisdes de investimento de capital Um investimento de capital pode ser definide como um invpstimento que oferece retomo durante muitos perfodos futuros e se diferencia dos outros tipes de investimentos cujo retorno pertence ao periodo de tempo corrente. As dec sbes de investimento de capital dizem respeito aos seguintes assuntos: 1, aquisigio de ativos de longa duragdo, como iméveis ou maquinarios; 2. investimento em outros fundos, jos quais as receitas settio derivadas; 3. um projeto especial, que afetard a capacidade futura de ganho da fir ‘ma, com projetos de pesquisa ou uma campanha promocional; ¢ 4, ampliagdo do leque de atividades da firma, que envolva saidas de capi- tal, como uma nova linha de produgo ou mesmo um novo produto; 5. desenvolvimento de projetos de capacitagdo de pessoal de alto nivel ppata as empresas prestadoras de servigo como wniversidades, empresas de pesquisa, consultorias, alta tecnologia de gestiio etc. As decisies de investimento de capital englobam dois aspectos da luerati- vidade de longo prazo: primeito, a estimativa do aumento dos fluxos de caixa liquidos ou das economias nas safdas de caixa que resultardo desse investimento; «, segundo, 0 edlculo do total das saidas de eaixa necessdrias para efetivar o ine vestiment, 5.3 Andlise das propostas de investimento de capital Nesta andlise, muitos dos fatos importantes sio incertos; assim, o primein> problema ¢ reduzir a rea de incerteza antes de a deciséo ser tomada. © segundo problema ¢ assegurar-se de que todos as Fatos conhecidos esto cotretamente determinados e quantificados. Tanto 03 fatos conhecidos como os incertos sao estimados em termos de cai xa, e os métados de estimativa de investimento de capital centram-se nas fluxes de caixa. Masclumente dt Inresimestos de Copal 75 {A selegdo dos projetos de investimento € sempre uma questo de deseobrir “qual dentre as alternativas que se apresentam € melhor segundo 0 ponto de vista da firma, Pela quantifieacio das'éntradas e saidas de caixa, que envolvem as diversas al- ‘emativas, pode ser selecionada aquela alternativa que é a preferida pela fizma. Exemplo: Foi oferecida 4 Cia. SP Ltda. a oportunidade de selecionar entre dois, investimentos. Cada um deles traré um retorno anual de $ 500.000. 0 investimento ‘A? requer um total de investimento de caixa de $ 5.000.000. Assim, promete um nivel de retorno de 10%, 0 investimento “B" requer um total de investimento de caixa de $ $0,000,000 ¢ oferece um nivel de retorno de 1% ao ano apenas. A firma preferird o investimento “s’ Entretanto, se a firma possui um nivel m{nimo de retomno aceit ‘nenhum dos projetos serd aceitével Pode-se concluis, todavia, que existem trés fatores prineipais que afetam as decisées de investimento de capital: vel de 15%, 1. 0 valor liquide de caixa que é necessdrio investir para dar suporte a0 projeto enquanto ele durar; 2. 05 retomos liquidos expressos em fluxos futuros de eaixa esperados, {que podem ser fiuxos de caixa reais, ou economias de caixay € 3. 0 indice de retomo sobre o investimento, expresso em porcentagem, ‘que determina 0 nivel mais baixo de retorno que € aceitavel para um investimento, ¢ influenciado por intimeros fatores. Entre eles esto 0 {indice de retorno determinado pela firma para seus outros investimen- tos € 0 custo do capital da firma, 5.4. Relevincia do fluxo de caixa ‘Antes de comecar a examinar os métodos, para selecionar 0s projeros de in- vestimento, sera eita breve definigio do significado dos termos que deverio ser empregados. Desembolsos Liquidos do nvestimento Consistem niio somente no investimento inicial de caixa, necessério para que © projeto seja implantado, como também nos futuros investimentos que, certa~ Inente, serio necessarios ao longo da implantaco do projeto; sé diferentes das saidas de eaixa operacionais. Dessa forma, 08 desembolsos do investimento inicial englobam gastos com equipamentos, custos de instalagéo, treinamento dos recursos humanos, capital 76 conoladorn + Fgwevedo ecartane circulante ete. Subsegientemente, em um segundo estégio, as desemboisos, po- dem incluir desenvolvimentos, ampliagées da planta ete. A anilise dos projeios de capital é feita em termos de qual serd o custo It quido de caixa para a empresa, Assim, quando slo conseguidas isengdes de im- postos, esses créditos devem ser deduzidos do custo total, para que se chegue 30 desembolso relevance. Entradas Liquidas de Caixa 3s fluxos de caixa operacionais so associados com o investimento durante © perfode de vida dil, © sto calculados depois de serem deduzidos das saidas operacionais de caixa é dos impostos. Como pode haver uma variagéo de um ano para outro nos luctgs desses flu- x08 de caixa liquidos e como o padrio periédico & largamente subjetivo, sio os fluxos de caixa mais diffceis de se quantificar, Todos 0s céteutos dos fluxos de caixa sio feitos na base da estimativa da vida Litil do investimento que pode ser definida como o intervalo de tempo entre 0 inicio do projeto ce investimento até 0 dia em que as forcas combinadas da obso- {escéncia e deterioragdo justifiquem a retirada do ativo ou do projeto. A vida étil de um investimento pode ser encurtada por mudancas de mer ado, que poderio diminuir os ganhos de tal forma que nao justifique mais a continuacéo do investimento. 5.5 Métodos de avaliacHo de investimento de capital 0s métodos mais comumente usados para avaliar propostas de investimento de capital sao: 1. método do periodo de payback; 2. taxa contabil de tetorno; 3. as téenicas de fluxo de caixa descontad, para as quais existem duas formas principais: ) valor presente Uquido; € b) taxa interna de retorno, 5.5.1 Perfodo de payback Esse método projeta o tempo necessdrio para que os fluxos de caixa espera dos paguem os desembolsos do investimento, © periado de payback é ealeulado da seguinte forma: fodo anos) = --_Desembolsos Liquidos Perfodo de payback (anes) = -seradas Liquidas de Caiza I Paneboneto dos veciaens Exemplo: A Cia. SP Ltda. esté considerando a aquisigao de uma 0 isytia 0 reduzird, cousideravelmente, seus custos de mao-de-obra. 08 levantes para esse investimento sao os seguintes: Desembolze guido de Cae § 200.000 Enimativa Aqua de Economia de Cara § 60000 Estimativa de Vida Ut Sats Valor da Remuneracee © periodo de payback & 0 seguinte: $200,000 8 60.000 © método de payback tem a vantagem da simplicidade. Esse métado abjetiva a seleco dos projetos baseando-se somenve no tempe em que 05 desembolsos de caixa sero cobertos ¢ recomenda a aceitacio somente dos projetos seguros. & um método que enfatiza a liquidez.em vez ca lucrativida de, Suas limitacdes sio as seguintes: 3.1/3 anos 1. Dé mais import€ncia ao periado de retorno do que a vida ttl do investi ‘mento ¢ ignora os fluxos de caixa depois do perfodo de payback. Assim, sua énfase € no ponto de equilibrio ao invés de na lucratividade. 2, Tgnora o tempo em que os Mluxos liquidos de eaixa sto conseguidos ¢ qualquer padrio de tempo nos desembolsos de caixa. Qualquer valor de remuneragao € também ignorado. Esse método, portanto, trata todos os fiuxos de caixe através do tempo come tendoo mesmo valor. Assim, no exemplo dado, o valor de $ 200,000 investido agora € igualado com os $ 200.000 de entrada Kquida de caixa através dos 3.1/3 ancs. Esse problema pode ser lustrado da seguinte forma: ‘A Gia, SP Lida, esté estudando quatro diferentes projetos de investimentos, cada um custando § 20.000. & tabela a seguir apresenta os dados principais de cada umn deles timers de Preto T pee Ste ate ¥ z $ 5 Decembeleo inci 20.000 20,000 20.000 20.000 Enteadas de Caiea Ano 9.000 11.000 3.000 10.000 ‘ana 2 11-000 3.000 5.000 6.000 ‘Ano 3 - - 8,000 4.000 no 4 7 10.000 4,000 Ano 5 - 10.000 3.000, Pes de Payback 38 78 contolndri + Fgwireda Cagiano A simples aplicatao do método de payback selecionaria 0 projeto 1 ou 0 2, ‘mas nfo seria capaz de decidir entre esses dois projetos. 5.5.2 Taxa contdbil de retorno Bsse método procura expressar a média estimada anual dos fuxos de en. tradas liquidas de caiza e expressé-los como uma porcentagem do investimente Tiquido, Hesse caso, portant, & possivel cobrir 2 depreciagio dos fluxos liquidos, anuais. A formula & a seguinte: _C=D F Onde: : R R = Taxa Contdbil de Retomno (C= Média Anual de Entradas Liquidas de Caixa D = Depreciagio 1 = Desembolse Liquido do Investimento, Substituindo pelos aiimeros do exemplo anterior, temos: 40.000 $$ 200.000 feo ee R Pode-se questionar, entretanto, que a depreciagio durante a vida itil do invest: mento redu valor liquido dos desembolsos do investimento, através do tempo. ‘Assumindo a média, para reconhecimento da depreciagdo, a equivalente a $ 40,000 ao ano, a média do investimento quido sobre a vida titil estimada de cinco anos é de $ 100,000, calculada abaixo por média aritmética $0000 = 5 - ¢ 160 c00 ‘Média do [nvestimento Liquid ‘A média de vida do investimento pode ser cateulada graficamente como se apresenta ma Figura 5.1 A luz desses argumentos, 0 indice contabil de rerorno deve expressar as en- tradas quidas de caixa anuais, como uma percentagem da média anual do d=- sembolso liquido do investimento, de modo que, substituindo os valores dads, fem nosso exemplo, a média de retorna sobre o investimento seré: ste método de avaliar projetos de investimento contorna as desvantagens do método de payback, pois tenta caleular a lucratividade dos varios projetos em est Fasiameste do investments de Ciptat 79 do. Sua maior desvantagem ¢ que no considera as mudangas de valor do dinheiro 1no tempo, tratando o valor de § 1,00 no fururo igual a $ 1,00 investido hoje. Investimentos guides peta § 190.000 Figura 5.1 ‘Também jgnora as diferencas que podem correr, através do tempo, nos niveis dos retornos liquidos de caixa, Nestes dois sentidos, este método possui as mes- ‘mas limitagbes do método de payback. 5.5.3 Fluxo de eaixa descontado Os métodos de avaliagdo de investimento que foram examinadas muitas ve- zes produzem resultados enganosos. 0 métado do fluxo de caixa descontado possui grande aceitagéo, porque reconhece que o valor do dinheiro esté sujeito a Uma preferéncia no tempo. Isto é, $ 1,00 hoje é preferivel a $ 1,00 em um tempo futuro, a ndo ser que a demora do recebimento sea compensada com certa quan- tia de juros. 0 fator juros & expresso como uma taxa de desconto, Em termos simples, 0 métoda do fluxa de caixa descontado tenta avaliar uma proposta de investimento pela comparacio dos fluxos liquids de eafxa que serio ganhos durante a vida do investimento em seus valores presentes, em conformi- Gade com os valores dos fundas que precisam ser investidos. Dessa forma, pela comparago de uma coisa com a outra, é possfvel calcular a taxa de retorne sobre o investimento de maneira realistica, . 80 camroladas + Fgueeta Cagtane Para achar o valér presente equivalente a $ 1,00 recebido em um ano, apli cea-se a taxa de juros para trazer este $ 1,00 a seu valor presente. lsto é a mesma coisa que perguntar: Qual éa soma de dinheiro, que investida hoje a certa taxa de juros, aleangaré co valor de $ 1,00 daqui a um ano? Exemplo: Dada uma taxa de juros de 10% ao ano, os seguintes céleulos podem ser feitos $ 1,00 investido hoje, a uma taxa de juros de 10% ao ano, seré $ 1,10 dagus 4 um ano, Por eonseguinte, o valor de $ 1,10 recebido dagui a um ano serd hoje $ 1,00 a uma taxa de juros de 10% ao ano. Usando esse prineipio, podem ser construidas tabelas de degconto para 0 valor de § 1,00 sobre viios periodos de tempo, pela aplicacio da taxa de juros através do tempo, isto é, $ 1,00 investido por um ano a uma taxa de 10% ser $ 1,10 daqui a um ano; § 1,10 reinvestido por mais um ano & taxa de 10% seré $ 1,10 + $0,11 x § 1,21 ao final do segundo ano, Fxemplo: 0 valor de $ 1,00 ao fim de ano a 10% 1 (1 + 0,10)' = $ 1,10 G valor de $ 1,00 ao fim de 2 anos a 10% 41 x (1 + 0,10)? = $ 1,21 G valor de $ 1,00 ao fim de 3 anos 10% 1 x (1 + 0,20) ~ $ 1,231 O valor de $ 1,00 a0 fim de 4 anos a 10% € 1 x (1 + 0,10) = $ 1,464 (O valor de $ 1,00 ao fim de 5 anos a 10% 61 x (1 + 0,10)* = $1,611 Reciprocamente, o valor presente de § 1,00 recebido em uma data futura é: $1,00 recebido ao final de Jano ¢$ 1,00: 1,1 {$ 1,00 recebido 20 final de 2 anos ¢ § 1,00 : 1,21 $1,00 recebido ao final de 3 anos ¢ § 1,00 : 1,331 $ 1,00 recebido ao final de 4 anos é $ 1,00 : 1,464 $ 1,00 reeebido ao final de § anos ¢ $ 1,00: 1,61 $0,9091 $:0,8264 $7513 = #0,6831 $:0,6208 0 valor do dinheito é, portanto, diretamente afetado pelo tempo, ¢ a taxa de juuros & 0 método usado para expressar 0 valor do dinheiro no tempo. Existem tabelas de juros compostos, a diferentes taxas e periodos, que aux liam o eéleula do valor presente. No entanta, o avanco das planilhas eletronicas, utilizadas em microcomputadores, € 0 crescente uso de calculadoras financeiras simplificaram enormemente esses calculos. 5.5.4 Valor presente liquide Este método esta baseado em uma taxa mfnima de retoro assumida. Ideal mente, esta taxa deveria ser a taxa média do custo do capital para a fizma. Este tecophal BL ¢ seria a taxa usada para descontar 0s fhuxos de caixa liguides a seu valor presente. (Qs desembolsos liquides so subtraidos do valor presente dos fluxos liquidos de | entradas de caixa, oferecendo assim um mimero residual, que € 0 valor presente. Uma decisio € feita a favor de um projeto se o valor presente liquido é um ‘nimeto positive. fsse método também pode ser aplicado na comparacio de vé- tos projetos quando s4o considerados investimentos mutuamente exclusives, Uma regra pode ser estabelecida da seguinte forma: Aceitar o projeto se: a >A A= Custo Inicial do Projeto luxos Liquidos de Caixa por Ano {= Custo do Capital n= Tempo de Vida Esperado para 0 Projeta [| Bxemplo: A Cia, SP Leda, esta estudando um projeto que tem duragio de cin- co anos e produzird uma entrada liquida de caixa de $ 1,000,00. Os desembolsos do investimento inicial s80 de $ 3.000,00 e a taxa de rerorno desejada é de 10%, EE ‘Valor Presente Anos Eniadas phan s 7 37.000 5 909,10 ee 2 $1000 S$ a6ao é 3 51.000 % 751.30 : 4 $1,000 § 683,10 5 5 1.000 520,00 Valor Pesente Uquide das Entradas $3.790,70 Cust nica do tnvestnenta $.3.000,00 Valor Presente do Projato $720.90 Como 0 valor presente liquido das entradas de caixa é maior do que o valor presente liguido do custo inicial do investimento, o projeto deve ser aceito, 5.5.5 Taxa interna de retorno ste método requer que seja caleulada a taxa de juros que € usada para des- conto, que, aplicada, ira reduzir 0 valor presente liguido de um projeto a zero. ’ BX Conoladrts + Figueeedo «Castano Isso possibilita’¢omparar a taxa intema de retorno com essa taxa. A regra & a seguinte: al 02 rat tne Waa comr >i onde: A= Custo Inicial do Projeto Fluxos Anuais de Entradas Liquidas de Caixa r= Taxa de Desconto da Solugio : i = Taxa de Retorno Desejada. Exemplo: Considerando os dados do exemplo anterior e aplicando a analise da taxa interna de retorno ao projeto, tém-se os seguintes resultados: Taya de Valor Preente Toa de Erodes pects 19% "ent" Descente 30% Enos peer fi 1 Ce 2 ooo —-=sagos2 == 7g20«eoe ea 3 vono = asss4 e540 er «S78 70 ‘ too oases e220 5 tom = otso aig ools. = _aptan VP ini ds Ents 3os7a0 2990.60 Casto eal do vestments 3.00000 2000.00 Valor resented Projo Pode.se observar que a Taxa Interna de Retorno é de quase 20%. (& sempre possfvel aproximar mais do indice real assumindo um relacionamento linear e fazendo uma interpotacio entre os dois pontos mais aproximados.) _ A fixagiio da Taxa Intema de Retorno a 20% possibilita fazer uma compara- «do dessa taxa com a'Taxa Interna de Retomo desejada pela empresa, Comparagiio do Valor Presente com a Taxa Interna de Retorno Quando se lida com simples estimativas de projetos de investimento, como aqueles que envolvemn uma tiniea saida de capital, seguida de ffuxos de entrada de caixa, ambos os métodos, o do valor presente liquido eo da taxa incema de retorno, produzem a mesma deciséo. ‘ansjamen dos aveimentor de Capitat 83 Mas a vantagem do método do valor presente liquido é a simplicidade com que estes resultados sao alcancados. G exemplo mostra que; com o métode do valor presente liquido, o resultado esperado ¢ expresso em termos de tinidaces monetarias, o que reflete diretamen. xe 0 aumento da riqueza. A Toxa Intemna de Retorno, por outro lado, produz resultado em termos de por- centagem, e este resultado tem que ser comparado com a taxa minima de retoro requerida pela empresa, antes de tomar a decisdo por este ou outro projeto. Exemplo: A Cia, SP Lica. esté estucando dois projetos, cada am requer um in- vestimento liquide de capital de $ 3.000, Ambos possuem ina vida Util de cinco anos, O lucro estimado e 0s fluxos liquidos de entrada de caixa so os seguintes: Final do ano ' 2 3 4 5 A taxa de retomo desejada ¢ de 10%, ‘Andlise do Método do Valor Presente Liquido © valor presente dos dois projetos pode ser calculado pelo uso da taxa de retorno dasejada como fator de dlesconto. $ $ $ $ s 84 camoladoa + Fguiedo Caggiano Ambos os projesos podem ser aceitos pela firma e, se uma escolha precisa ser feita entre eles, 0 Projeto “B” deve ser 0 selecionado, pois produz o maior valor presente. i ‘© tempo das entradas Iquidas de caixa ¢ um fator de influéncia na deter minacdo do resultado, fois a5 entradas de caixa totais, antes do desconto, eram maior no projeto "A". 0 fhuxo de caixa associado comm 0 projeto “B” est concen: tado nos primeiras anos, mas, quando descontado, tem um valor presente mais allo que 0 do projeto “*’. Andlise da Taxa Interna de Retorno ‘Tomando as entradas liquidas de eaixa, estimadas para 0 projeto °s’, a taxa de desconto que sera usada nessas entradas de $ 3,000,00 ¢ encontrada nova- mente por tentativa @ erro.t : Usando as tabelas de desconto, conchui-se que a taxa de retorne situa-se en tre 28 e 29% assim: Fatorde Descanio Valor Pesante z Fatorde Destonto Valor Presonte ia Entradas 26% Entradas $ + 500 07752 387,70 ona 390,70 ‘000 19,6009 609,90 6108 610,40 4.500 9.4658 698,70 0.4768 715,20 2.000 03611 72220 3725 745,00 2.000 0.2798 599,50 0.2910 582,00 3.043,30 Investinento 3.900,00 45,30 Usando a mesma abordagem da Taxa Intema de Retomno para 0 Projeto " pode-se calcular uma taxa de 29%. © teste principal para aceitagio final de um projeto depende da comparacio favordvel da taxa interna de retorno com o indice de retomo desejado, de 20%, (0 que qualifica ambos os projetos. ‘Um dos problemas da comparacio de taxas de retorno dos projetos é que a compatacéo direta entre as duas percentagens nZo tem muita sentido, a nfio ser com referencia ao investimento inicial, Assim, sua verdadeira dimensio pode ser 1” piualmenie, com 0 uso sistemtien dos recursos da informatica a eélculo de cwxas através de belas Feou ultapassado, No encanto, optames por essa forma de apresentarf, em face de sua ck tera didatice quonto aos conceitos abordados. Outra mancira de abordar o wssunto pode ser visa fem MARTINS, Biseu, ASSAF NETO, Alexandre, Administrardofinanceira, S40 Paulo: Atlas,1990, Meneame dep lretimenin de Capit BS preserveda. Hste problema nunca deve ser deixado de lado, quando s80 usocias percentagens de taxas internas de retorno. Em problemas de invgstimento mas complicados, por exemplo, aqueles que requerem que os excedentés de caixa sejam economizados para que fagam frente a obrigagées que surgirdo no final da vida do projeto, ambos os métodos assumemn que cesses excedentes ce caixa serdo reinvestidos a unta taxa de retorno apropriada. essa maneira, uma aplicagdo pode ser resgatada para financiar 0 projeto. (© método da Taxa Interna de Retorno projeta que os excetlentes de caixa serio reinvestidos a uma taxa de desconto igual a taxa intemna de retorno, Pot sua vez, ‘0 método do Valor Presente Liquido prevé que eles sero reinvestidos a uma taxa minima aceitavel de retorno usacla neste método. Assim, a vantage do método do Valor Presente Liquido é que ele assume premissas mais realisticas a respeito das oportunidades de reinvestimento. ‘Um problema mais completo surge quando aplicamos © método da Taxa In terna de Retorno a projetos de investimento, que nao tém um padrao simples de sJuxos de caixa, como os dos exemplos anteriores, Impostos ¢ Outros Fatores Para que 0 cileulo dos Fluxos de Caixa Deseontados apare resultadas corre- tos, é importante que sejam considerados todos as fatores que afetam o calcule esses fluxos. © mais imporrante desses fatores é, naturalmente, constituido pelos impos: tos, De lato, assuinimos que os valores dos fluxos de caixa exam liguidos de im- postos. Podem-se ajustar as valores desses fluxos aos efeitos diretos dos impostos. Deve-se também proceder aos efeitos indiretos dessa taxagio, tais como incenti- vos fiscais, ¢0 leitor deve lembrar-se de que, no célculo do valor liquido a ser in- vestido, quaisquer ganhos provenientes de incentivos fiscais devem ser deduzidos, do calculo do Fluxo de Caixa Descontado. Os efeitos desses incentivos variam de projeto para projeto. 5.6 Custo do capital ‘A avaliagio de um projeto de investimento, pela andlise do Fhuxo de Caixa Descontado, requer que a empresa calcule o custo de seu capital. Isso ¢ feito sele ‘ionanda-se uma taza de desconto por meio do método do Valor Presente Liquido ‘ou pelo estabelecimento de uma Taxa Interna de Retorno aceitéivel, ‘Uma plena discussio do conceito de custo de capital situa-se além do eseop0 deste livro; de fato, 0 assunto é talvez.o topico mais dificil e controvertido de toda fa teoria das finangas. Nossa discusséo sera bem elementar, com 0 intuito de dar a0 leitor somente um leve entendimento do planejamento de investimentos. 6 contoidors = Figuiedo e Cansen0 © primeiro problema, ao discutir 0 custo do capital, situa-se nos diferentes ‘eonceites que o termo assume. Do ponto de vista do financiador, 0 custo do capital representa para ele 0 cus- to que teria de emprestat recursos, que pode ser igualado no retorno que poderia ser obtido se fosse investido em projeto semelhante com riscos equivalentes. Esse conceito de custo de capital é encontrado através do seu “custo de oportunidade”. ‘A abordagem do custo de oportunidade, para determinago do custo de capital, é uma das quais a empresa deve sempre levar em consideracio na avaliagio de projetos de investimento. Uma empresa pode achar, por exemplo, que investir Fandos fora da firma pode produzir maior retorno do que em projetos internos. © obstéculo principal 20 80 mais difundido do conceito de custo de oportunidade € a identifieagio de investimentos com tiscos equivalentes, possibilitando, assim, medir-se 0 eusto de oportunidade. ‘Outro conceito usado é 0 custo real incorrido pela empresa quando capta recursos financeiros. Os fandos podem ser obtidos de varias maneiras e cada uma delas possui seu préprio custo. Desse modo, a captagao de fundes via emissio de novas ages terd como custo correspondente os dividendos a serem pagos pot esas acbes, COutras formas de captacéo, tais como emissio de debéncures € empréstimos bancarias terdo como custo o pagamento de juros. Se a empresa caprou recursos financeiros de varias Fontes, é mais apropriado considerar, como custo de capital, © “custo médio de capital”, que & baseado na andlise da sua estrutura de capital. Exemplo: A Cia, SP Lida. possui uma estrutura de capital distribuida da seguinte forma: 80% de capital prprio e 20% de capital de terceiros. A taxa de dividendos é de 10% e 0s juros devidos sobre o capital de tereeiros, 6 de 8%. O custo médio do capital ¢ demonstrado a seguir: a ieee fon ia30 Se % eat canal opto 30 vo 300 Gait de erecies 20 8 160 i 980 © custo médio ponderade do capital &: 96° = 9.6% © custo médio do capital assim caleulado pode, no caso dessa empresa, re- presentar a taxa de retorno minima aceitavel, tnnsjamence dos vesimeaves de Capital 87 “5.6.1 Composigiio e custo do capital A distribuiggo da estrypura de capital proprio de uma empresa entre agdes © ordinarias e agées preferenciais e debéntures forma a composigao do mesmo, Portanto, uma firma que possua, em sua composicao de capital préprio, um in- © ice de participagdo de agées preferenciais e debentures maior do que de agdes didindrias pode alterar 9 Sen custo médio do capital mudando essa composi¢ao. Exemplo: A firma mencicnada no exemplo anterior altera sua estrutura de ca pital, aumentando a proporgao do capital ce terceiros sobre o capital proprio de 20 para 40%. Dessa forma, seu custo médio de capital reduziu-se para 9,296: ae Propowiode Cusiede Capital pestady Paricipaao% % Capital Ppa 60 10 600 Capita de Teresivos 40 8 320 © custo médio ponderado do capital & F50-= 9.2%. (© planejamento financeiro requer que a empresa faga sérias consideragbes sobre sua estrucura de capital e sua composigio de capital préprio. © planejamen- to de uma estrucura de capital adequada envolve muitos problemas complexos, {5m algumas cireunstancias, pode ser vantajoso aumentar a participagio de capital de terceiros, j& que os juros Sao doductiveis para efeitos de taxagio © repre- sentam alto risco aos interesses dos demais investidores. 5.7 Avaliagio de investimentos ¢ inflacao ‘Como um fluxo de caixa, associado com um projeto particular, pode estender- se por tum periodo de tempo consideravel, éevidente que o nivel de inflagio duran- te esse perfodo de tempo afetard significativamente a rentabilidade do projeto. [Na estimativa de eventos futures, deve-se levar em conta a inflagio. Hi neces~ sério gue seja estabelecida a distingo entre os conceitos de nivel gerall de pregos e variago especifica de pregos.* 7 para maioies eaclarecinentes ja MARTIN, Bisex, Andlise da coresio monetdyi das demons tragbs finenceiras. 2, ed, S&o Paulo: Aas, 1987. . 188 conucladeris + Fiwsenio« Czpsane Existe a necessidiade de ajustar as estimativas de fluxo de caixa as variagées especificas de precos que podem afetar o empreendimento e comprometer a sua capacidade operecional Dessa fornia, 0 custé inflacionado dos itens especificos & que deve ser levado em conta, na avaliagio dos investimentos, Os custos dos itens especifices tero diferentes taxas de mudangas, assim como o prego dos produtos que agregain esses itens de custo. Com efeito, a existéncia de um descompasso entre os aumentos dos itens de ccusios e os aumentas de precos pode reduzir consideravelmente a rentabilidade Ge um projeto, em condligées inflaciondrias A medida que aumenta a taxa de inflagio, este problema se toma mais gra ve. Por essa raziio, os contratos com pregos fixos, que cobrem longo periodo de tempo, devem possuir eldusulas de reescalonamento de custos para minimizar os efeitos da inflagao. © método mais apropriado para incorporar 08 efeitos inflacionérios no cdl culo do Fluxo de Caixa Descontado ¢ ajustar as estimativas do fluxo de caixa as vvariagGes especificas de precos. ste fluxo de caixa ajustado 6, entao, descontado pelo custo monetério do capital. Exemplo: A Gia, SP Ltda, teve um fluxo de caixa liquide anual de $ 1.000 por um perfodo de cinco anos; a taxa de desconto usada foi de 10% Pode-se assumir agora que o fluxo de caixa Ifquido anual foi derivado ‘como segue: L EEE eer ere erere eer Entradas de Cai 5.000 vveodas Saidas de Caixa Malisias-primas 3.900 Mao-de-cbra 4.000 4.900 Fo de Cate Liquide Anus 1.900, 0 impacto da inflagio é considerado nos seguintes termos: 1. as receitas de vendas sero ajustadas, a uma taxa de 15% a.a., para refletir as mudancas no nivel de prec 2. o custo da matéria-prima serd reajustado a uma expectativa de aumen- to.de pregos na ordem de 18% a.2; 3. ocusto da mao-de-obra ser corrigida a uma taxa de 10% a.a. img wade Ano Ano Ano ARO Ecce aanane Eeee-eeeet eed eee SLE iecsitas 15% 5790 GOT 7605 OTA | 10.008 Mateo psime tee 3580 4177 479-816 6.863 Mio-de-obra fom 1.100 4.210 1.338 1A 1.810 aga 5387 6260 7280 8473 ftveo de Cai Sui stad) Lilo 4226 ads M65 1585 Estes fluxos de caixa lquidos anaais esperados podem agora ser descontados 4 uma taxa apropriada. Simplificando, assumimos que a (axa de desconto é de ‘10% e este fluxo de caixa Iiquido tem o valor presente de § 5.017. fluro de ‘Falor de Desconto Valor te: oi Lui 310% Presente + $ ano 9.9091 4.009 1.226 0,264 1,033 1345 07313 1.010 1.466 0.6831 1.001 1585 06298 384 5307 3.900 C8 trwestimento trial Valor Presente Uquido do Preto © exemplo anterior mostra come a inflagSo adiciona uma nova dimenso 20 problema do ediculo do valor presente. Maiores calculos sio envolvides ¢ 0 nivel fe incesteza aumenta. Muitos contadores sentem que, sobre condigdes de infla (Gio alta e acelerada, a tarefa de projetar fluxo de eaixa para o tempo total de di Talo de uin projeto, que cobre varios anos, transforma-se em algo académico. ‘As pesquisas tém demonstrado que 0 método mais popular para avaliacéo de investimento ¢ 0 método do payback, que enfatiza uma taxa de recuperagio do capital investido. Durante os periodos inflaciondrios, esse método concentra sua énfase em projetos que possuem menores periodos de retorno, 5.8 Utilizagao dos métodos quantitativos pela contabilidade* A.utilizagdo de modelos contabeis baseados em métodos quantitativos tem-se tornado cada vez mais freqiiente em decorténcia do répido desenvolvimento da tecnologia da informacio e da utilizacdo cortiqueira dos microcomputadores. Bata pane do capitulo é parce do artigo publicado por Sancim Figueiredo em colaboragio com ‘Prot. Dr Heber so de Moura, da Univessidade de Fortaleza 90 cosuotidorn + ngveireds cosiend essa forma, os contadores tém-se envoivido cada vex mais com 0 uso das ferramentas quantitstivas, adquirindo condigées, conseqtientemente, de prestar um servigo de melhor qualidade a seus clientes. 0 us0 do instrumental matemtico estatistico tem tornado possivel a reso- Iucio de grande variedade de problemas, deixando a contabilidade mais proxima da objetividade, eliminando, ou mesmo diminuindo, possiveis desvios na evi denciagao de eventos econémicos que necessitariam julgamentos subjetivos para serem reportados, A infocmacio contabil tem um significado especial quando os dados sto or- ganizados para um propésito cspecifico que é, primordialmente, o proceso de tomada de decisio. ‘A contabilidade vista como um sistema de informagao para apoio & decisio 6, efetivamente, forte base conceitual dessa tendéncia de utilizacio de modelos quantitativos para otimizacio da informacio oferecida. 7 A.expressao modelos quantitatives & muito utilizada nas ciéncias gerenciais, e descreve técnicas estatisticas € matematicas que sao usadas para a solucéio de problemas, existindo numerosas ferramentas disponiveis sobre esse assunto. Se- 140 explorades, ao longo deste estudo, algumas daquelas consideradas importan- tes para o processo decisorial 5.8.1 Proceso de tomada de deciséo © objetivo principal das empresas & atingir a effedcia e, assim, 0 processo de gestio empresarial tem éxito ao atingir metas definidas no planejamento. Considerando que uma empresa ¢ tum investimento de recursos escassos € que todo investimento visa adicionar valor aos recursos eonsumidos inicialmente, conclui-se que um. processo gerencial & excelente 4 medida que as decisées tor madas concduzem & minimizacio do custo ¢ & maximizacio das receitas, voltadas para o incremento do valor. Gerir, segundo grande parte dos autores, 6 praticamente tomar decisio e, portanto, 0 gestor é fundamentalmente um tomador de decisio. __ Daf a necessidade de bases objetivas que apoiem esses processas, embora isso ndo Signifique afirmar que a utilizacio de medidas quantitativas elimine a necessidace da interferéneia subjetiva do tomador de deciséo, sendo apenas fer- ramentas para guié-lo Uma decisio pode ser tomada tanto sob condigées de certeza como de incer- teza. & tomada sob condigbes de certeza quando existe apenas tin curso de acdo para determinado evento, existindo tin caminho a ser tomado ¢ sem nenhuina escolha a ser feita Diz-se que uma decisio é tomada sob condi¢éo de incerteza quando nio so conhecidos antecipadamente os resultados que sero obtides com os cursos de Pansamenco des ovestietoe de Capt 9 acSo escolhidos. Envolve diversos cursos de aco para cada evento epresenta- Go, assim como diversos niveis de probabilidade de ocorréncia de determinado evento para cada curso de acao escolhido. Dentro desse contexto, € necessério {ue 0 tomador de decisio opte por aquele que ofereca maior fhuxo de benetficios ‘econémicos para a empresa, ‘A ago resulta de uma decisto proveniente do processo de selegio da melhor alternativa para atingir os objetivos estabelecidos. Para objetividade do critério de selegio entre as alternativas disponiveis, considerando que seus resultados s6 serio conhecidos em um tempo futuro, é necessdrio que sejam oferecidas infor- mages que proporcionem ama antevisio dos resultados alcangados decorrentes da escolha das diversas altemativas. Dai a utilidade dos modelos quantitativos para minimizagao do risco da decisio, Fissas decisées envolvem dois aspectos importantes ligados & lucratividade de ongo prazo: a estimativa do aumento dos fluxos de caixa liquidos ou das econo- mias nas saidas de caixa que resultarao desse investimento € o cilcule do toral das saldas de caixa necessdtias para efetivar o investimento. # importante notar, nesta andlise, que muitos dos fatores importantes so incertos. Assim, o primeiro problema é reduzir a incerteza antes de tomar a de- cisio e assegurar que os fatores conhecidos sejam corretamente determinados & itantificados, Tanto o8 primeiros quanto 0s segundos so estimadas em termos de caixa, Assim, os métodos de estimativa de investimento de capital centram-se nos fluxos de caixa, 5.8.2 Aplicagéio do valor esperado e desvio-padréo Fim decisdes que envolvem incerteza, como as de investimento de capital no longo prazo, 0 conceito de valor esperado oferece um rumo para selecionar 0 melhor curso de acéo, isto é, © que nos oferece maior retormo, O valor esperado de uma altemativa é uma média ariumética ponderada das probabilidades de ‘ocorténcia dos movimentos de caixa e seus pesos. Mais especificamente, é encon- trado pela multiplicagio da probabilidade de ocorréncia por seu respectivo Mluxo de saidas de caixa. A= EAP, onde Ax é a saida provavel para determinado evento € Px € a possibilidade de ocorréncia desta safda, Exemplo: Suponha que uma empresa de contabilidade, a F&M Contadores Associados, necessite investir pesado em tecnologia da informagao e para isso pre- cise ampliar seu setor de informatica, atendendo assim a uma demanda crescente por servicos contdbeis gerenciais sofisticados para clientes mais exigentes. A FAM Contadores Associadas procura dois fornecedores que oferecem duas propostas; o contador precisa decidir qual das duas propostas € a mais adequada 9% Contato + Pigott «Cassone para o momento, isto & qual a melhor decisao a ser tomada considerando o retor- hho e 0 risco de cada uina das alternativas © a geracio de fluxo de caixa esperado proveniente dos desembolsos a serem efetuados. A primeira proposta, oferecida pela ET Tecnologia Lida., tem investimento inieial de R¥ 500.000,00. Com a utilizacio desse investimento, a empresa prevé a probabilidade de geracio de fluxo de caixa, nos préximos trés anos, de acordo com a tabela a seguir. Relagio fecofretome: 1,21 Para a segunda proposta oferecida pela Fortes Informatica, prevé.se um in. vestimento inicial de R$ 300 mil com a seguinte probabilidade de distribuicéo de fluxos de caixa ao longo das primeiros trés anos: ‘not aos] Probabi- | Fuso de robabi- | Fao de | | Tidade” | "cain Tidade | "Cana | Hat a2 | 100 02 io | 150 a4 [300 | 250 a2 450 — {sof 92 | 700 Valor esperada |_| 310 380 | Besvio-padiéo ~[riaese: [- Irwestimenio = RB 300 mal Valor Presente guido (PX) com retorno requesido de 20% aa. RE 34% rl isco Total = RE 441.4 Relagio rsaofetome = 129 A escola da alternativa adequada depende do grau de aversé decisor, © qual ira comparar a relacdo entre retorno esperado ¢ 0 ris: 1 5.8.3 Teoria da decistio” Embora ferramentas estatisticas como o valor esperado @ 0 cb 9 ji sejam importantes para escolhia do melhor curso de ago sob ince) i. 8 tuagées podem também ser abordadas utilizando a teoria da decisin, “Yaris de uma aborcagem sistemstiea para tomada de decisdo voltada par ieuion!-°n pasa condigées de incerteza. Utilizam-se as denominadas matrizes de si ‘gue se earacterizam por 11. uma linha representando 0 conjunto de alternatives ou encvor dt ade disponiveis no mercado de decisio; 2. a coluna representando os estados, a natureza ott as coridieies que podem ocorrer e sob as quis 0 tomador de decisao nia tem seshum controle; 3. asentradas ao longo do processo representam os resultados lt dlecisio, conhecides como pay-offs, que podem ser em forma de custis, receitas. Iucros ou fluxos de caixa. Pela computagdo do valor esperaulo de cad: agio, é possivel escolher a inelhor alternativa. Exemplo: Suponha agora que P&M Contadores Associados possuia corn clien: te uma empresa de comercializagdo de frutas frescas nas feitas livres. Um dos problemas enfrentados por seu cliente é decidir sobre a quantidade de frutas que precisam ser compradas e estocadas para que nao haja desperdicio, considerande que as frutas sao pereciveis, mas também para que seja posstvel atender 2 deman. da de seus consumidores. © Contador gerencial da F&M Contadores Associados utilizou a matria de de iso para auxilié-lo na resolugio do problema, Considerando um estudo hist6rico do comportamento das veritas do cliente. foi possivel assumir a seguinte probabilidade de distribuigao para a demands diatia de eaixas de morangos Demande Digg Probabilidage 2 O.custo unitério da caixa de morango é de R$ 3,00 e 0 preco de venda é de R$ 5,00. 0 luero em cada caixa vendida é de R$ 2,00, ea pera nas unidades nic vendidas & de RS 1,00. Podem ser estacaclos 0, 1, 2, ou 3 unidades. A questio é: quantas unidade: devem ser estocadas cada din? Assuma que as unidades que nio foram vendida: 1 94 consoled + Pgueedo e Castine hoje ndo podem ser'vendlidas no dia seguinte. Assim, a vabela das saidas pode se- construida da seguinte forma X= hn? de unidades vendidas N= (E~V)e n® de unidades nio vendidas Fungo do tucro = 2¥—N Cstodo de Natwrera z Probabiidade | 0 | 1 | 2 | 3 || Vaoreaperedo estoques | lYebemanda_| (2) | tay | (ay | (ay | Valor Esperad 3 so | o | 0 | 0 $0 1 vyoa fo2f 2 140 2] 1 | 4 |a 190 - 3 [6 150 De acordo com esse critério do valor médio esperado, 0 melhor nivel de es- toque ¢ aquele onde se apresenta o mais alto valor esperado, isto é, o estoque de dduas unidades. 5.8.4 Valor esperado da informagdo perfeita Supomha que a F&M Contadores Associados tem possibilidade de obter uma previsio perfeita de qual dos eventos (estado da natureza) ocorrerd. O valor espe- rado da informacao perfeita seré o valor das agées selecionadas na escolha de uma previsio perfeita. Por exemplo, quando a demand € 1, a empresa estocaré 1. 0 valor esperado da informa¢éo perfeita pode ser computado como 0 valor esperadlo com a informagéo perfeita menos o valor esperado com a informagio existente. Exemplo: Considerando os mesmos dados da tabela do exemplo anterior: PPoeeeeetr viv extagen bats dedernanda | (2) | (3) | (3) | (ay _| MalorEsperadl $0 io 1 2 © hates ‘ 120 2 6 0 3 | s3h0 © valor médio da decisao apoiada na informacéo perfeita &: (0,2~-0) + (03-2) + (03-4) + ©2-6) =3 aneaene dos faensinestor de Capital 95 Logo, o Valor da Informacio Perfeita (VIP) seria R$ 3,00 R$ 1,90 = RS 1,10, significando que este deveria ser 0 maior valor que a FS deveria pagar a um con- sultor (melhor chamé-lo “vidente") que conhece com perfeigao a estrutura da demanda do mercado de thorangos. Como se vé, tal processo permite inclusive a quantificacSo do valor de uma informacéo. 5.8.5 Determinagiio do valor do goodwill para cdlculo do valor da empresa De forma simples, entende-se por goodvit! um valor possuido pela empresa que excede ao custo de seus ativos, sendo muitas vezes definido como a diferenga positiva entre valor de uma empresa e a soma de seus ativos, sendo, portanto, impossivel de avaliagéo descontextualizada do conjunto do patriménio tangivel ¢ intangivel. Embora possa ser considerado um ativo e como tal possua suas caracteristi- | cas essenciais, quais sejam, valor econdmico de propriedadle da empresa e possi- bilidade de geragao de fluxos futuros de esixa, é de mensuragao extremamente subjetiva e dificil, o goodwill classifica-se entre os ativos intangiveis & possui, como estes, caracteristicas especificas, 0s ativas intangiveis sdo os possuicores de todas as caracteristicas préprias dos outros ativos, mas desprovidos de substncia fisica, sendo assim impossivel dle serem tocados. Segundo Anthony (1995), os arivos intangiveis so muitas vezes classifieados ‘como identificadas e nda identificados. Patentes, marcas, licengas de funcionamen- to so ativos intangivels identificados: eles podem ser vendidos individualmente, ‘embora dificilmente 0 sejam no curso normal de um negécio; a0 contrério das, ativos niio identificados que nao podem ser realizados sem que a empresa toda seja vendida, Rste ¢ 0 caso do goodwill. Quando uma empresa é vendida, muitas veres o valor da venda excede & soma dos ativos tangiveis e intangiveis menos os passivos assumidos pelo com- prador. © montante que o prego de venda excede 20 valor dos ativos liquidos € reportado na companhia como um custo de aquisieéo excedente sobre os ativos adquiridos e é normalmente chamado de goodwill, Pode-se notar, assim, que so- mente por ocasido da venda ¢ que o problema de reconhecimento e avaliagéo do goodwill se evidencia, embora fosse desejdvel que a contabilidade oferecesse formas alternativas de reconhecimento deste ativo mesmo no curso do negécio. Segundo Hencriksen (1999), hé t1és enfoques principais no que se refere a sua avaliagio: 1. por meio de avaliagio de atitudes favordvets em telagao & empress 2, por meio do valor presente da diferenca positiva entre lucros futuros esperados ¢ 0 retorno consicerado normal sobre o investimento total, no incluindo 0 goodwill; : 96 conioidaa ~ Fguenedo eCagsions 3. por meio:de uma conta geral de avaliagio ~ a diferenca entie 0 valor da empresa em sua totalidade ¢ as avaliagiies de seus ativos Liquidos tangiveis e intangtveis individuais. Exemplo:' Suponhd agora que F&M Contadores Associudos possua como cliente uma empresa de servicos de consultoria e treinamento em alta tecnologia getencial que esteja sendo negociada para venda, por ocasigo da transferéncia do espélio do seu proprietério titular falecido recentemente, J& que a familia nao {em interesse de continuar explorando esse ramo de negécio, deseja vendé-lo e um grupo formado de seus principais consultores propée-se a adquirir a empre- sa. Na data de sua avaliagio econdmico-financeira, as seguintes caracteristicas foram diagnosticadas previamente: + é uma companbia fechada, assim suas ages ndo so negociadas em bolsa; + tem boa situagéo Financeira, com excedente de caixa; + sélida estrutura patrimonial, tendo inclusive capacidade de eaptar re- cursos junco 2 rede banedria; + remunera o capital investido por seus sécios numa base compativel com as empresas do setor; + vem apresentando nos tiltimos anos taxas de retorno excelentes para set nivel de vendas. Balangos Comparados (Em mil RS) Ht 1996 | % [1997 | % » | ‘TIVO tiaso | 100 | 14052 | roo | tesa | 300 ‘Ata Crcuante 16 | zoo | 15 | 2320 [v4 | Dispontee “Te | 6 | 120 | 8 a7 | 6 | Conta: a Recober ttoa [10 330 7 | 1342 | 8 | Realzdvel a Longo Prazo wo | 7 | iso f wo | as | 5 Permanenie ew | 77 | 10s | 7 | 32m [a PASSO Tia] 1007 | 14.082 | 100 | eae | 100 | Tesi crate iY as | | oe | 7 [| ia |e [ exigivel a Longo raze gas | 9 | 2207 | 16 | 3000 | 19 avid Uquido 9503 | 84 | 100 | 78 | 20s | 74 RESULTADOS He 1 Ge cxcmplo tornou come baze o métoda proposta em Neiva (1992), i906 | % | 1997 | % Venda hues too | 10.080 | 100 wv [wero Operecional et ee 20 Ter guido ras0 | 16 | 2051 [20 is inwoices rinaNceMos ‘Gescimento das Vendas ‘Margen Sets wero Liquidarvendas Retora sobre o PL Ciiteulo do Valor da Empresa Para avaliagio da empresa foram selecionaclos os seguintes métode a) Capitalizagao dos lucros. b) Volor Presente do Fluxo de eaixa descontado. ©) Valor Patsimonial Ajustado. a) Capitalisagiio dos Lucros Considerando as seguintes premissas bisicas para aplicagdo do métudo de avaliagao: + estimativa de manutengdo de um lucro médio de ordem de R$ 1.900.000; + adoco de dois multiplicadores de luero (6 ¢ 10), representados pele relacio “peego/lucro” (P/1.) das empresas concorrentes, com caracteris tieas semethanies as da efnpresa avaliada; + a existéncia de ativos no operacionais de ordem de R§ 3.000 mil. Valor da Empresa em 31-12-1999 (Em RS mil) I ik = 10 meta ic 1.300 Preceftcro Fe a i ‘Valor dos lueros Capitaizados 15.200 18.000 “Alvos ne Opereionis 3000 3.000 Total do Valor de wercado 18.200 z000 | 98 consoingda + FqucedoeCagsane b) Valor Presente do Fluxo de Caixa Descontados As principais premissas estabelecidas foram « estimativa de um fluxo de caixa de R$ 2.000 mil, levando em conta um cendrio econdmico de relativa estabilidade; « existéncia de ativos néo operacionais na ordem de RS 3.000 mil, + taxa de desconto de 22% ¢ 25% a.a., referentes a uma taxa de juros livre de riscos representada pela TBAN, Calculo do Valor Presente do Fluxo de Gaixa Descontado (Em R$ milhdes) Base de Precos de 31-12-1998 a “Taxa de descontar 23% a, | Taxa de desconto: 25% a.a Fano de Caixa cuido 2.000 2.000 ‘lor presente (pespetuidade) 8.696 ‘3.000 3.000 ‘tivas no Opevacionas 3.000 ‘Valor presente 11-636 11.000 ©) Valor Patrimonial Ajustado Em R$ mil Base de preqos: 31-12-1998 Patrimdno Liquide no Balance de 31- (Cause nas Contas 2 Pager 3.02 {C) Aste nas Contas a Receber 302) (Gy contingbnciasFecas e trebalhistas (230) soma 632) Vator Patrimonial ajustado Fianeaments dot ivetinemos de Capal 99 ‘sumério dos Valores Galeulados para Empresa Em R$ mil Base de pre oe ‘Menor Valor | _Malor Valor Hirai on areshec aad 20 [8m Ter de rca combat ag deca desanado “| 11.000 | __ 17.656 Vale auieril ast [em] © valor da empresa esti dentro de uma faixa estimada de $ 10.721,00 § 22,000, Célculo do Goodwill Para céleulo do goodwill pode-se considerar a taxa de juros de 25% a.a. para determinagio dos rendimentos dos ativos da empresa, considerando ter sido essa {taxa de juros vigente no mercado (1998) e outra taxa de 35% para capitaliza- io do excesso de rendimentos. Y Premissas ase de pregos de 31-12-1998: Prazo de Capitalizagio (n) = infinito. ‘Taxa de juros para célculo dos rendimentos dos ativos operacionais (@) = 25%. ‘Taxa de desconto do excesso de rendimento (ii) ~ 35%. Patsim6nio Liquide ajustado = RS 10.724 mil Y Capital Total Investido Ajustado Ativo Total (balango 31-12-1998) = R§ 16.344 mil ‘Menos Ajustes Patrimoniais = R$ 1.330. Patriménio Liquido previsto = 15.014. ¥ kucro Normatisado Lucero Liquido -+ Despesas Financeiras (1 - % I) 1,900 + 2.000 (65%) = 2.600. Lucro Normalizaclo = $ 2,600. Retorno dos Ativos Tangivets (capital total ajustado). 15.014 x 0,25 = $ 3.75400. i 100 Contaaderia * Puszede e Cazso00 Y Valor do Goodwill: Goodwill = (Lucro Normatizado ~ Retorno do Arivos Tangiveis)/0,35. (2.600 ~ 3.754)/0,35: Goodwill = (8 3.297). ¥ Valor da Empresa, Incluindo 0 Goodwill: PL ajustado 10.721 Goodwill = 297) Valor da Empresa = 7.424, A morte do dono ¢ 0 fato que faz com que a empresa tenha uma avaliagao negativa em seu goodwill. Resumo A elaboragao do plano de investimentos de capital faz parte do processo de planejamento de longo prazo. A qualidade das decis6es gevenciais que dizem res- peito aos recursos que serio utilizados em. novos investimentos é provavelmente 6 fator que mais afeta o nivel de lueratividade fucura, As decisées de investimentos de capital englobam dois aspectas do plane- Jamento de lucres de longo prazo - primeiro, estimar os incrementos liquidos Futuros de caixa ou as economias de gastos resultantes do investimento; segundo, calcular a saida total de caixa para financiamento do investimento. Existem trés técnicas conhecidas de avaliaco das propostas de investimento, sob o ponto de vista financeiro: 1, Método do payback, que calcula o periodo de tempo requerido pata recuperagio do investimento efetuado, em termos de fluxo de caixa; ‘Taxa Interna de Retorno, que procura expressar a média anual estima- a dos acréscimos liquidos de calxa como percentual das saidas liqui das de investimento, com a finalidade de calcular a Jucratividade do investimento proposta; © 3. Fluxo de Caixa Descontado, que avalia uma proposta de investimento através da comparagéo do valor presente dos beneficios iquidos de caixa previstos para cada perfodo do projeio, com o valor presente dos recursos a serem investidos. ‘As téenieas do Fluxo de Caixa Descontado fornevem os procedimentos mais \teis para avaliagao de propostas de investimentos de capital. Esta téenica com- Panehameyt de nese preende dois métodos ~o valor presente liquido ¢ a taxa interna de vi bos os métodos levam em conta o valor do dinheiro no tempo, diferemtsaw de ‘outros métados mencionados que ignoram este fatot ‘Em muitas situacées ¢ dificil prever a lucratividade do fluxo de cuita (oto com precisio. ‘A .utilizagio de modelos contébeis baseados em métodos quantitativos tense tomado cada ver mais freqiiente, em decorréncia principalmente do répido de senvolvimento da tecnologia da informacio e da utilizagio corriqueita dos micto- computadores; essa prética tem permitido aos contadores oferecer aos usutios da comtabilidade informagoes mais dieis e adequadas, Considerando que a maioria das decisées & tomada em condigées dle incerte 2a, o papel da contabilidade é oferecer a seus usudtios um estoque de informa: ces adequadas ao processo decisério estrarégico das organizagoes. ‘A contabilidade vista como um sistema de informagio para apoio & deciste 4, efetivamente, forte base conceitual dessa tendéncia de utilizagdo de modelos ‘quantitativos para otimizagao da informagfo oferecida. Questées Por que sio tao importantes as decisées de orgamento de capital? 2. Para um projeto de investimento defina: a) Payback; b} Valor Presente Liquide; € ©) Taxa Interna de Retorne. 3, Alguns estudos recentes do processo de orgamento de capital em industrias coneluiram que os modelos menos sofisticados, como o do payback, sio mais usados na pritica do que 0s modelos mais sofisticados, baseados no Fluxo de Caixa Descontado. Como voc’ explicaria isso? 4. Abaixo esto os fatas relevantes das duas possibilidades de escolha para 3 compra de uma maquina: Wilguina ®_ iquina "8 Salda de Copitel Necessaria 550.000 $ 60.000 Vida Estimada ~ Aros 3 4 ‘Yor Residual -o- o- Fura de Calta Apos mpostos nual $25,000 524.000

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