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FONTE: http://www.revistaz3.com.br/z3/etica2.

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No nosso capitalismo, a moral predominante na sociedade é ambígua e


contraditória, pois o valor maior para o sistema é a acumulação do capital. Hoje
esse valor encontra-se equivocadamente acima da existência humana.
Seríamos, nós, animais irracionais em busca da sobrevivência? Sem o recurso
a nós concedido do pensamento e da razão? Segundo Max Weber, o
capitalismo não tem correlação com a avidez desmesurada do lucro.

A atitude ética de um ser humano não existe como um fato isolado, concedido
ou de propriedade estática. Relações justas e equilibradas devem ser
buscadas e conquistadas a cada momento histórico, cultural e social para a
desconstrução coletiva dos "núcleos nocivos" que prostituem, dominam e
usurpam a moral de um individuo em suas relações interpessoais. Sejam elas
formais ou informais.

Seria impossível pensar a ética apenas num nível teórico, sem correr o perigo
de permanecer na abstração. Mesmo abordando princípios universais e se
distanciando da realidade para enxergá-la como um todo, a reflexão ética não
pode perder o objetivo último de subsidiar e orientar ações e atitudes para
melhorar a qualidade das relações.

Essa reflexão é uma busca, um processo de readequação de decisões e


ações, de revisão crítica de atitudes e posturas dentro do contexto inserido e
constantemente em transformação. Este referencial se constitui principalmente
na imagem ideal de uma conduta que orienta a sua relação com a realidade,
direcionando o olhar, o pensar e o agir.

A ética enraiza-se no coração humano e só adquire força quando se encarna


na vivência pessoal. O opressor age movido por interesses; o libertador, por
princípios. Assim, jamais um militante da justiça poderia compactuar com a
fraude e aceitar desvios de comportamento de modo a fazer uso daquilo que
não lhe pertence para benefício pessoal, desconhecendo as relações humanas
como de fato, humanas. "Aquele que é fiel nas pequenas coisas é também fiel
nas grandes, e aquele que é injusto no pouco, também o é no muito".

O juízo ético responsável dos sujeitos proíbe que o "fim justifique os meios" e
exige destes, auto-limitação autônoma de nossos impulsos, controle de nossos
instintos, seleção de nossos valores e opções que sempre implicam renúncias.
Não se pode escolher isto sem renunciar àquilo. Em suma, aos poucos se forja
em nós o comportamento ético.

"A Humanidade é, daqui em diante, sobretudo, uma noção ética: é o que deve
ser realizado por todos e em cada um". (Morin, 2000: 114).

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