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[O CÉU DE SUELY]
RESENHA CRÍTICA
1
“O sentido de migração está em trocar de região, país, estado ou até mesmo domicílio. É algo que já
acontece há muito tempo atrás, desde o começo da história da humanidade. Migrar faz parte do direito
de ir e vir, que consta na constituição. Porém essa questão da migração envolve muita polêmica, que
gira em torno das condições em que ocorrem esses processos migratórios: se de um modo livre, que
assim está se exercendo este direito ou se de modo obrigatório.” (VALIM)
2
primeira saída de Suely como “atrativista2” e a segunda como
“expulsionista3”.
“A migração do campo para a cidade, particularmente
para a „cidade grande‟, a metrópole, é, portanto, o resultado das
forças de expulsão e de atração” (RIBEMBOIN & MOREIRA), mas,
diferente dos outros casos, Hermila não busca as supostas
facilidades de uma metrópole, como melhor salário ou melhores
condições de vida. O que ela quer é a chance de recomeçar e
manter-se longe das raízes de sua “vida pregressa”.
“A literatura regionalista foi considerada,
nesse sentido, muito mais rica, já que foca a
atenção no migrante, (...) e teria aberto
caminho para o estudo da migração como
fenômeno digno de nota. Com uma ressalva,
no entanto: vinculou, no mais das vezes, a
migração à seca.” (GUILLEN)
2
Entendemos o motivo atrativista como algo que está fora da cidade e ao qual a personagem almeja,
portanto viaja em busca de seu objetivo.
3
Entendemos o motivo expulsionista como a vontade de sair porque algo na cidade, ou a cidade em si,
não agrada ou não oferece à personagem o que ela almeja.
4
Habitantes da própria região que se habilitam a interpretar a si mesmo, no caso de um documentário.
No caso deste filme de ficção, eles interpretam personagens, mas representam a si mesmos enquanto
habitantes de Iguatu. “A dramaturgia natural é o conjunto de recursos expressivos de que o depoente
lança mão para representar seu próprio papel”. (SANTEIRO)
3
“O que nos interpela, portanto, é verificar a
permanência dessas representações na mídia
contemporânea. (...) [A representação]
apreende a região [Nordeste], seus costumes,
suas festas, suas religiões, sua etnografia, sua
cultura, com o olhar do exótico, do diferente,
do multicultural.” (ZANFORLIN)
Referências Bibliográficas:
GUILLEN, Isabel Cristina Martins. Seca e migração no nordeste:
reflexões sobre o processo de banalização de sua dimensão
histórica. Disponível em: http://www.fundaj.gov.br/tpd/111.html
Acesso em 05/01/2010.
4
comunicação. Saeculum – Revista de História. João Pessoa, nº 17,
jul. dez. 2007.