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Veja outros exemplos dessa ocorrência de "por que": "No governo, ninguém
sabe por que (por qual razão) se chegou ao caos no abastecimento de energia
elétrica"; "O senador não disse por que (por qual razão) se envolveu no
episódio da violação do painel do Senado"; "Luxemburgo finge não
compreender por que (por qual razão) é irregular o uso do ponto eletrônico".
Em nenhum desses casos há ponto de interrogação, embora em todos eles
haja pergunta indireta e, conseqüentemente, o emprego de "por que".
Por fim, é imperativo citar um caso sofisticado do emprego de "por que": "Opto
por que sejam cassados". Temos aí a preposição "por", regida por "optar" (se
alguém opta, pode optar por algo), e a conjunção integrante "que", que introduz
a oração que funciona como complemento do verbo "optar". Se esse período
composto fosse transformado em simples, teríamos algo como "Opto pela
cassação deles", em que "pela" resulta de "per" (forma original da preposição
"por") + "a".
E quando se grafa "por quê"? Quando essa expressão introduz pergunta (direta
ou indireta) e ocorre pausa depois dela: "Ninguém sabe por quê"; "Você não
vai? Por quê?". Nesse caso, o "que" é monossílabo tônico e, por terminar em
"e", é acentuado.