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Ano I • Nº 4 • Setembro 1999 • R$ 5,00

www.embalagemmarca.com.br

DESTAQUES: COSMéticos e tintas • entrevista COM william lemaire


Carta do editor
Estamos crescendo
S e va­rie­da­de de as­sun­tos
for a me­di­da do que se
es­pe­ra de uma re­vis­ta,
per­fu­mes que, além de
guar­da­rem as mais fa­mo­
sas mar­cas bra­si­lei­ras, são
cor­po da re­vis­ta, e um
do­cu­men­to de dezesseis
pá­gi­nas com a co­ber­tu­ra da
esta edi­ção de Emb ­ al
­ ag
­ em­ ado­ta­dos na Fran­ça. 1a Se­ma­na Abre do De­sign
Marc ­ a satisfará seu pú­bli­ Pro­cu­ra­mos tam­bém aten­ de Em­ba­la­gem.
co. A re­por­ta­gem de capa der so­li­ci­ta­ções no sen­ti­do A entrevista do mês é com
mostra no­vi­da­des e ten­dên­ de am­pliar o no­ti­ciá­rio Wil­liam LeMai­re, pre­si­
cias num dos seg­men­tos de so­bre lo­gís­ti­ca e equi­pa­ den­te da Pac­ka­ging Stra­te­
mer­ca­do mais mo­vi­men­ta­ men­tos, te­mas que pas­sa­ gies. É uma oportunidade
dos do mo­men­to, o das rão a ser, gra­da­ti­va­men­te, de mostrar, a quem não
em­ba­la­gens fle­xí­veis. ob­je­to de co­ber­tu­ra mais pôde ouvi-lo na palestra
Em cos­mé­ti­cos é eviden­ in­ten­sa e pro­fun­da. Isso já exclusiva que fez em agos­
ciada uma tendência: os pode ser vis­to nas re­por­ta­ to no Brasil, o que há de
pro­du­tos orien­ta­dos para a gens so­bre em­ba­la­gens novo em ten­dên­cias in­ter­
pre­ser­va­ção da be­le­za incor­ para trans­por­te de car­gas na­cio­nais de em­ba­la­gens.
poram cada vez mais as pe­ri­go­sas, equi­pa­men­tos Registro com satisfação o
conquistas da ciên­cia far­ de mar­ca­ção e sis­te­mas de aumento da tiragem da
ma­cêu­ti­ca. Com­ple­men­tan­ em­pa­co­ta­men­to, es­tas duas revista de 5 000 para 6 000
do essa re­por­ta­gem, Adé­lia úl­ti­mas de au­to­ria de Lean­ exemplares. Até outubro.
Bor­ges abor­da o tra­ba­lho de dro Ha­ber­li.
An­to­nio Pi­nat­ti, um de­sig­ Fer­nan­do Bar­ros res­pon­de
ner bra­si­lei­ro que se es­pe­ por duas re­por­ta­gens espe­
cia­li­zou em criar fras­cos de ciais: uma so­bre tin­tas, no Wilson Palhares
Espaço aberto
P São Pau­lo – SP
a­ra­béns pela re­vis­ta. É im­por­
tan­te tan­to para pro­fis­sio­nais na
P a­ra­béns pelo ní­vel grá­fi­co, pela
pro­pos­ta em ser di­fe­ren­te das re­vis­
área de em­ba­la­gens como para es­tu­ tas atuais e pela di­ver­si­fi­ca­ção das
dan­tes. Sen­ti pra­zer em lê-la. en­tre­vis­tas e ma­té­rias.
Eli­sa­be­te Ma­ria Ron­co­ni Hor­ta Ju­lio Bar­be­do
Es­pe­cia­lis­ta Se­nior de Ge­ren­te de mar­ke­ting e ex­por­ta­ção
P&D em Em­ba­la­gens Cis­per
Cho­co­la­tes Ga­ro­to São Paulo - SP

R
Vila Ve­lha – ES

e­ce­be­mos Em­ba­la­gem­Mar­ca
G os­ta­ria de pa­ra­be­ni­zá-los pela
pu­bli­ca­ção que já se tor­nou obri­ga­
e apro­vei­ta­mos para pa­ra­be­ni­zá-los tó­ria em nos­so es­cri­tó­rio. Foi amor
pela gran­de quan­ti­da­de de in­for­ma­ à pri­mei­ra vis­ta.
ções e ex­ce­len­te qua­li­da­de de An­dré Ma­ciel

F oi com mui­ta sa­tis­fa­ção que re­ce­


bi o úl­ti­mo exem­plar de Em­ba­la­
im­pres­são. De­se­ja­mos que a re­vis­ta
con­ti­nue sen­do bem su­ce­di­da e
acres­cen­te co­nhe­ci­men­to e tra­ga
De­sig­ner grá­fi­co
Quest De­sign e Pro­pa­gan­da
As­sis – SP
gem­Mar­ca. Mais sa­tis­fa­ção tive ao
ve­ri­fi­car que o con­teú­do é ex­ce­len­
te.
no­vi­da­des a to­dos os seg­men­tos a
que ela se pro­põe.
Nil­son Cruz
P a­ra­béns pela óti­ma qua­li­da­de de
Em­ba­la­gem­Mar­ca. A ma­té­ria so­bre
Ran­dal Ro­dri­gues de Oli­vei­ra Coor­de­na­dor de ven­das e mar­ke­ting be­bi­das na edi­ção de agos­to fi­cou
Ge­ren­te de pro­du­tos Fa­bri­ma Má­qui­nas Au­to­má­ti­cas mui­to in­te­res­san­te. Sem­pre con­sul­to
Cia. An­tarc­ti­ca Pau­lis­ta Gua­ru­lhos – SP a re­vis­ta e acres­cen­to al­gu­mas de

N
São Pau­lo – SP

ós, da Hall Co­mu­ni­ca­ção, de


P a­lha­res, jun­to-me às mui­tas pes­
soas que elo­gia­ram sua ini­cia­ti­va
suas ma­té­rias e cu­rio­si­da­des nas
au­las de em­ba­la­gens que te­nho
mi­nis­tra­do.
João Pes­soa, agra­de­ce­mos o pron­to em preen­cher es­pa­ço edi­to­rial exis­ Ran­dol­pho da Sil­va Cor­rêa Neto
aten­di­men­to ao nos­so pe­di­do de ten­te no mer­ca­do de em­ba­la­gens Pro­fes­sor de tec­no­lo­gia
as­si­na­tu­ra. Em 24 ho­ras já tí­nha­mos bra­si­lei­ro. Sua re­cei­ta edi­to­rial fi­cou de em­ba­la­gens
os três pri­mei­ros exem­pla­res da re­don­dís­si­ma e gos­to­sa de ler. Uni­camp
re­vis­ta em mãos. Pa­ra­béns pelo aten­ João Cé­sar Ri­bei­ro Cam­pi­nas – SP
di­men­to nota 10.
An­to­nio Car­los da Sil­va
Con­sul­tor – I.A.M.&M.
São Pau­lo – SP G os­ta­ría­mos de pa­ra­be­ni­zar toda
De­sig­ner in­dus­trial
Hall Co­mu­ni­ca­ção
João Pes­soa - PB
G os­ta­ria de pa­ra­be­ni­zar a re­vis­ta
Em­ba­la­gem­Mar­ca. Não so­men­te
a equi­pe da re­vis­ta Em­ba­la­gem­
Mar­ca pelo pro­fis­sio­na­lis­mo e pela
alta qua­li­da­de das ma­té­rias. De­se­ja­

P a­lha­res, ao re­ce­ber pela pri­mei­ra


vez Em­ba­la­gem­Mar­ca tive uma
pela qua­li­da­de edi­to­rial e grá­fi­ca,
mas tam­bém por ter acom­pa­nha­do
de per­to toda a pre­pa­ra­ção para o
mos a to­dos mui­to su­ces­so.
Ana Lui­sa Re­sen­de Pi­men­ta
Di­re­to­ra ad­mi­nis­tra­ti­va
gra­ta sur­pre­sa. Ex­ce­len­te dia­gra­ma­ lan­ça­men­to da re­vis­ta, o que real­ Ma­ria Pau­la R. Pi­men­ta
ção, pa­pel de boa gra­ma­tu­ra e ma­té­ men­te não é nada fá­cil. A ter­cei­ra Di­re­to­ra de mar­ke­ting
rias de al­tís­si­mo ní­vel. Mais e me­lho­ edi­ção está ain­da me­lhor. O site Man­tei­ga Avia­ção
res pu­bli­ca­ções para quem tra­ba­lha tam­bém está mui­to bom. São Pau­lo – SP
na área. Que re­vis­ta lin­da. Pa­ra­béns.
Mar­ce­lo Sam­pa­yo
Di­re­tor de cria­ção
Dan­te Avan­zi
Coor­de­na­dor de mar­ke­ting
Am­cham Bra­sil
G os­ta­ria de pa­ra­be­ni­zá-los pelo
alto ní­vel de Em­ba­la­gem­Mar­ca.
So­gei do Bra­sil São Pau­lo – SP In­for­ma­ções in­te­res­san­tes, re­da­ção

P
São Pau­lo – SP

a­lha­res, es­tou len­do a edi­ção


P a­lha­res, fa­zia tem­po que não se
via uma re­vis­ta in­te­res­san­te vol­ta­da
de qua­li­da­de e dia­gra­ma­ção agra­dá­
vel. A re­vis­ta é de gran­de im­por­tân­
cia para nos­sos de­par­ta­men­tos de
nú­me­ro 3 de Em­ba­la­gem­Mar­ca. A para o se­tor de em­ba­la­gem. O con­ cria­ção/de­sign de em­ba­la­gem e
re­vis­ta é ino­va­do­ra. Não vou dar teú­do e a qua­li­da­de da re­vis­ta es­tão de­sen­vol­vi­men­to de em­ba­la­gem.
nota. O seu tra­ba­lho é óti­mo. mui­to bons. Pa­ra­béns e su­ces­so. Ma­ria Te­re­za do
Ag­ne­lo Za­ga­to Ni­zio Ba­ret­ta Ju­nior Amaral Fa­ria Za­go­nel
Ge­ren­te de de­sen­vol­vi­men­to Ge­ren­te de mar­ke­ting De­sig­ner
de em­ba­la­gens Vi­dra­ria An­chie­ta O Bo­ti­cá­rio
Re­vlon/Boz­za­no São Pau­lo – SP São José dos Pi­nhais – PR

4 – embalagemmarca • set 99
R e­ce­bi a ter­cei­ra edi­ção des­ta
que eu já con­si­de­ro a me­lhor re­vis­ta
P a­ra­béns pela re­vis­ta, que no ter­
cei­ro nú­me­ro está man­ten­do um
V i­si­tei o site pela pri­mei­ra vez e
gos­tei. É tão bem feito quanto a
vol­ta­da para o se­tor de em­ba­la­gens óti­mo pa­drão. Faço vo­tos e tor­ço revista impressa.
e de­sign. Uma obra de re­fi­na­da para que isso con­ti­nue. An­to­nio Fé­lix
qua­li­da­de, as­sun­tos to­tal­men­te úteis An­to­nio Mu­niz Si­mas Só­cio con­tro­la­dor - An­to­nio Fé­lix
e es­cla­re­ce­do­res, boa es­tru­tu­ra de Di­re­tor-pre­si­den­te Co­mu­ni­ca­ção S/C Ltda
dia­gra­ma­ção e ilus­tra­ção. Pa­ra­be­ni­ Dil­Pack De­sign São Pau­lo - SP
zo de for­ma a in­cen­ti­var este belo São Pau­lo – SP
tra­ba­lho e ze­lar para que con­ti­nuem
nes­te óti­mo ní­vel al­can­ça­do.
Car­los Eduar­do Mi­glio­ri­ni Fi­guei­ra
S ou estudante de design de
produtos na Faculdade de Belas
Mensagens para EmbalagemMarca

Redação: Rua Arcílio Martins, 53


Ge­ren­te de mar­ke­ting Artes de São Paulo. Li a revista e Chácara Santo Antonio
Bell­par Re­fres­cos Ltda gostei muito. Era o que estava fal­ CEP 04718-040
São Paulo, SP
Con­chas – SP tando no mercado para nos auxil­

S
Fax: (011) 5181-6533
iar.
E-mail:
ou es­tu­dan­te de pro­pa­gan­da e Alvanise Rodrigues redacao@embalagemmarca.com.br
gos­ta­ria de pa­ra­be­ni­zá-los pela qua­ São Paulo - SP
li­da­de da re­vis­ta Em­ba­la­gem­Mar­
ca e pe­las in­for­ma­ções con­ti­das
nela. O mer­ca­do de em­ba­la­gem é
S olicito informações sobre em-
balagens tipo pouch.
As men­sa­gens re­ce­bi­das por car­ta,
e-mail ou fax po­de­rão ter tre­chos não
es­sen­ciais eli­mi­na­dos, em fun­ção do
real­men­te tão fas­ci­nan­te que es­ta­va Aderbal de Lacerda Bonfante es­pa­ço dis­po­ní­vel, de modo a dar o
pre­ci­san­do de uma re­vis­ta que o Emil Empresa Mineira Ltda. maior nú­me­ro pos­­sí­vel de opor­­tu­ni­da­
co­lo­cas­se em evi­dên­cia. Além Paraíba - MG des aos lei­to­res. As men­sa­gens po­de­
Cín­thia Al­ves Ne­mo­to rão tam­­bém ser in­se­ri­das na home
page de Em­ba­la­gem­Mar­ca
São Pau­lo – SP Sobre o assunto, veja a reporta­
gem de capa, na página 12
setembro de 1999
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

8 22
Reportagem ENTREVISTA: DESIGN
redacao@embalagemmarca.com.br WILLIAM Um designer
LeMAIRE brasileiro
Flávio Palhares, Henrique Fruet, Leandro O diretor de
Haberli, Thays Freitas
conquista a França
Packaging

25
Colaboradores Strategies fala TINTAS
Adélia Borges, Fabiane Leite, de tendências Uma análise
Fernando Barros, Josué Machado, Luiz
Antonio Maciel, Maria Clara de Maio
do setor e

12
CAPA um serviço
Diretora de Arte As flexíveis e sobre o uso
Cássia Barros as principais ondas da cor nas
em formatos e embalagens
Administração
Marcos F. Palhares (Diretor) processos
Eunice Fruet (Financeiro)

Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br

34
José Carlos Pinheiro, Wagner Ferreira CODIFICAÇÃO
Os sistemas de
Circulação e Assinaturas marcação como
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Cesar Torres
instrumento
de marketing
Público-Alvo

49
Em­ba­la­gem­Mar­ca é di­ri­gi­da a pro­fis­sio­nais que COMO ENCONTRAR
ocu­pam car­gos téc­ni­cos, de di­re­ção, ge­rên­cia
e su­per­vi­são em em­pre­sas for­ne­ce­do­ras, con­
Telefones das
ver­te­do­ras e usuá­rias de em­ba­la­gens para ali­ empresas citadas
mentos, be­bi­das, cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­tos, na revista, por

16
ma­te­riais de lim­pe­za e home ser­vi­ce, bem TENDÊNCIAS ordem alfabética
como pres­ta­do­res de ser­vi­ços re­la­cio­na­dos
Cada vez mais a
com a ca­deia de em­ba­la­gem. A re­vis­ta é dis­tri­
buí­da gra­tui­ta­men­te a ór­gãos go­ver­na­men­tais, cosmética incorpora as DOCUMENTO
uni­ver­si­da­des, cen­tros de pes­qui­sa, as­so­cia­ conquistas da ciência ESPECIAL
ções, im­pren­sa e agên­cias de propaganda. Um suplemento
Fotolito
de 16 páginas
Novo Fotolito com a cobertura
da 1a Semana
Impressão Abre do
Camargo Soares
Design de
Tiragem Embalagem
6 000 exemplares
Setembro 1999

EmbalagemMarca
é uma publicação mensal da
Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP E MAIS
Tel. (011) 5181-6533
Fax (011) 5182-9463 Carta do Editor ........................ 3
ESPAÇO ABERTO .......................... 4
www.embalagemmarca.com.br
CASE ............................................. 24
O con­teú­do edi­to­rial de Em­ba­la­gem­Mar­ca é ASSOCIAÇÃO................................ 33
res­guar­da­do por di­rei­tos au­to­rais. Não é per­mi­
ti­da a re­pro­du­ção de ma­té­rias edi­to­riais pu­bli­ LOGÍSTICA ................................... 36
ca­das nes­ta re­vis­ta sem au­to­ri­za­ção da Blo­co DISPLAY ....................................... 40
de Co­mu­ni­ca­ção Ltda. Opi­niões ex­pres­sas em
ma­té­rias as­si­na­das não re­fle­tem ne­ces­sa­ria­ EVENTOS ..................................... 48
man­te a opi­nião da re­vis­ta. ALMANAQUE................................ 50
FOTO de capa: ANDRÉ GODOY
ENTREVISTA

Para onde vai a embalagem


in­tei­ro pro­fis­sio­nais e ho­mens de
ne­gó­cios de al­gu­ma for­ma re­la­cio­
na­dos com em­ba­la­gens. A con­fe­
rên­cia pro­mo­vi­da pela Abre na
Casa Rho­dia, em São Pau­lo, dia
24 de agos­to, di­ri­gi­da a pre­si­den­
tes, di­re­to­res e ge­ren­tes de em­pre­
sas li­ga­das ao se­tor, pos­si­bi­litou
ou­vir Le­Mai­re sem ne­ces­si­da­de
de via­jar para o ex­te­rior. Ba­sea­do
em seu co­nhe­ci­men­to de mer­ca­
dos de vá­rios paí­ses, so­bre­tu­do
dos EUA, ele apon­tou os ca­mi­
nhos que, apa­ren­te­men­te, o com­
por­ta­men­to do pú­bli­co in­di­ca­rá
para a in­dús­tria de bens de con­su­
mo e, con­se­qüen­te­men­te, para as
em­ba­la­gens.
Mui­tos in­te­res­sa­dos não pu­de­ram
acom­pa­nhar a pa­les­tra, pois o
número de lugares era pequeno.
No en­tan­to, na ma­nhã que an­te­ce­
deu o even­to Emb ­ al
­ ag
­ emMarc ­a
en­tre­vis­tou o pre­si­den­te da Pac­ka­
foto: andré godoy

ging Stra­te­gies, no que vi­ria a ser,


como ele qua­li­fi­cou, “a an­te­ci­pa­
ção da pa­les­tra” que fa­ria à tar­de.

E
Com a glo­ba­li­za­ção da eco­no­mia,
m agos­to úl­ti­mo, a As­so­ pa­re­ce ser pos­sí­vel iden­ti­fi­car
william Lemaire, cia­ção Bra­si­lei­ra de al­gu­mas ten­dên­cias ge­né­ri­cas em
presidente da empresa Em­ba­la­gem trou­xe ao em­ba­la­gens. O se­nhor po­de­ria
Bra­sil, para uma pa­les­tra,
norte-americana Wil­liam Le­Mai­re, au­to­ri­
apon­tar al­gu­mas?
A maior de­las, do pon­to-de-vis­ta
Packaging da­de mun­dial no es­tu­do com­pe­ti­ti­vo, é a fu­são de em­pre­
de em­ba­la­gens. Ele é pre­si­den­te
Strategies e um dos da Pac­ka­ging Stra­te­gies, em­pre­sa
sas, a com­pra de com­pa­nhias por
ou­tras. Esse pro­ces­so é de­to­na­do,
maiores especialistas es­pe­cia­li­za­da no es­tu­do de ten­dên­
na maio­ria dos ca­sos, pelo ex­ces­so
cias mundiais em em­ba­la­gem que
mundiais no setor, pu­bli­ca uma news­let­ter de mes­mo
de ca­pa­ci­da­de de pro­du­ção, como
pode ser vis­to no re­cen­te caso no
descreve as nome e rea­li­za con­fe­rên­cias so­bre
se­tor de alu­mí­nio, con­du­zi­do pe­los
o tema, mui­tas ve­zes fo­ca­das em
principais tendências seg­men­tos es­pe­cí­fi­cos.
bai­xos pre­ços do ma­te­rial. É uma
ma­nei­ra de ten­tar pro­te­ger os pre­
de uso de materiais. Uma de­las, a con­fe­rên­cia Pac­ka­
ços. O mes­mo ocor­re no seg­men­to
ging Stra­te­gies, que abor­da de
Na ordem do dia, for­ma mais am­pla as gran­des ten­ das em­ba­la­gens fle­xí­veis, por cau­
dên­cias de em­ba­la­gem, é rea­li­za­da sa da de­man­da. As em­pre­sas es­tão
fusões de empresas e se con­so­li­dan­do para re­du­zir o
uma vez por ano, nos Es­ta­dos
conveniência de uso Uni­dos. O even­to atrai do mun­do ex­ces­so de ca­pa­ci­da­de de pro­du­

8 – embalagemmarca • set 99
ção. Por lon­go tem­po ain­da, a mais, mas é o que eles expe­ri­men­ tos para au­men­tar bar­rei­ra, fil­mes
gran­de ten­dên­cia em em­ba­la­gens ta­ram há vin­te, trin­ta anos. de bar­rei­ra maior. Ou­tra ten­dên­cia
será a de fu­sões e, aqui­si­ções. O se­nhor acre­di­ta que os con­su­ im­por­tan­te nos EUA, ao lado da
Uma coi­sa que vou di­zer na mi­nha mi­do­res tra­di­cio­nais não acei­ta­ con­ve­niên­cia das em­ba­la­gens, da
pa­les­tra de hoje é que, en­quan­to rão os pro­du­tos em PET, que será por­ta­bi­li­da­de, do re­tam­pa­men­to e
es­tou apre­sen­tan­do a lis­ta das vin­ ne­ces­sá­rio um re­po­si­cio­na­men­to da le­ve­za, é a ten­ta­ti­va de au­men­
te maio­res em­pre­sas de em­ba­la­ dos pro­du­tos? tar o shelf-life dos pro­du­tos. Isso
gem, a lis­ta pode es­tar mu­dan­do. Não. Ape­nas acho que os con­su­ tem a ver com os re­ves­ti­men­tos e
De fato, ela está mu­dan­do, como mi­do­res an­ti­gos acei­ta­rão es­ses os fil­mes de bar­rei­ra, com mul­ti­
no caso recente das fusões na pro­du­tos mais len­ta­men­te. Mas ca­ma­das, com fil­mes coex­tru­da­
indústria de alu­mí­nio. não acho que será ne­ces­sá­rio re­po­ dos. Há mui­ta coi­sa apa­re­cen­do,
si­cio­ná-los. Nos EUA as pes­soas como o PVOH e ou­tras op­ções.
Mais es­pe­ci­fi­ca­men­te, quais as nun­ca com­pra­ram água em PET, Essa é uma área ex­ci­tan­te, que
ten­dên­cias de uso e de tipos? vem re­gis­tran­do cres­ci­men­to mui­
Nos Es­ta­dos Uni­dos, a prin­ci­pal é to rá­pi­do. A área de snacks, em
A demanda pelo
a con­ve­niên­cia. A ne­ces­si­da­de de par­ti­cu­lar, tem dado mui­ta ên­fa­se
con­ve­niên­cia con­duz mui­tas das aumento do shelf-life ao au­men­to das bar­rei­ras.
idéias em em­ba­la­gens, como no
caso do PET. Os ame­ri­ca­nos vi­vem
das embalagens Em que ma­te­rial a mo­vi­men­ta­ção
numa so­cie­da­de que muda em alta de PET vai ser o é mais in­ten­sa?
ve­lo­ci­da­de. Eles gos­tam de em­ba­ Do lado tec­no­ló­gi­co, em PET. Há
la­gens o mais por­tá­teis pos­sí­vel, centro de uma de uma gran­de de­man­da pelo au­men­
que pos­sam car­re­gar, co­lo­car na guerra técnica. to do shelf-life das em­ba­la­gens de
bol­sa, em pas­tas, que pos­sam le­var PET, e esse vai ser o cen­tro de
a to­dos os lu­ga­res aon­de vão. Isso O esforço para uma es­pé­cie de “guer­ra téc­ni­ca”.
é mui­to fre­qüen­te. Até nos au­to­ aumentar barreiras Isso por­que di­fe­ren­tes em­pre­sas
mó­veis há lu­ga­res para se co­lo­car têm di­fe­ren­tes so­lu­ções para
be­bi­das. Esse é um dos fa­to­res do será uma guerra para au­men­tar as bar­rei­ras nas em­ba­la­
au­men­to da de­man­da por re­ci­pien­ os próximos gens. Al­gu­mas, como a PPG, es­tão
tes de PET, que são le­ves, re­tam­ pon­do um re­ves­ti­men­to do lado
pá­veis. É uma van­ta­gem so­bre a três a cinco anos ex­ter­no da gar­ra­fa. Ou­tras, como a
lata, pois se o con­su­mi­dor quer Si­del, es­tão co­lo­can­do o re­ves­ti­
algo para be­ber e com­pra o pro­du­ em PVC, água de fon­tes, pois a da men­to do lado in­ter­no. Al­gumas
to numa gar­ra­fa de PET, pode tor­nei­ra é boa. Ago­ra, es­tão be­ben­ fazem gar­ra­fas com cin­co ca­ma­
re­tam­pá-la. Na lata tem de be­ber do mui­ta água em PET. das. Ou­tras, com ca­ma­das que
tudo. ab­sor­vem oxi­gê­nio. O es­for­ço
Te­ria a ver com a cres­cen­te in­cli­ para au­men­tar as bar­rei­ras a ga­ses
Não há cer­ta re­sis­tên­cia ao PET na­ção de “con­su­mo sau­dá­vel”? nas em­ba­la­gens de PET será uma
de­vi­do à di­fi­cul­da­de de re­ci­cla­ As pes­soas di­zem que mais água pe­que­na guer­ra para os pró­xi­mos
gem? O ma­te­rial não con­se­gue no cor­po aju­da a per­der peso três a cin­co anos.
en­trar no se­tor de cer­ve­ja. (ri­sos). En­tão, tem uma co­no­ta­ção
As pes­soas mais jo­vens es­tão mui­ sau­dá­vel. A gar­ra­fa de PET para Ne­nhu­ma de­las con­se­guiu uma
to acos­tu­ma­das com plás­ti­co, elas água está mui­to po­pu­lar. Acho que so­lu­ção de­fi­ni­ti­va, ain­da...
cres­ce­ram com plás­ti­co. Por­tan­to, hoje dá para co­lo­car água tam­bém Na ver­da­de, cada uma de­las re­sol­
pro­va­vel­men­te gos­tam mais de em stand-up pou­ches. veu – e não re­sol­veu – os pro­ble­
usar plás­ti­co do que as pes­soas mas. A gran­de ques­tão é sa­ber
mais ve­lhas. Essa é a razão por Os stand-up pou­ches são uma qual vai ser a so­lu­ção me­nos cus­
que acho que a cer­ve­ja em garrafa gran­de ten­dên­cia no mo­men­to. to­sa e qual vai ser o pro­du­to mais
de PET vai ser acei­ta. Mui­tas pes­ Mas tra­ta-se de um novo uso de re­ci­clá­vel. Nos EUA esta é uma
soas das ge­ra­ções mais ve­lhas ma­te­riais já exis­ten­tes. Há em gran­de ques­tão. Não quan­do se
pen­sam no plás­ti­co como um de­sen­vol­vi­men­to no­vos ma­te­ tra­ta de mo­lho de maçã ou de
ma­te­rial que in­ter­fe­re no sa­bor do riais? es­pe­ciarias, de pe­que­nos vo­lu­mes.
pro­du­to. Na ver­da­de, não in­ter­fe­re Sim, há es­tu­dos so­bre re­ves­ti­men­ Mas quan­do se fala em cer­ve­ja em
gar­ra­fas de PET os am­bien­ta­lis­tas
set 99 • embalagemmarca – 9
co­me­çam a pres­tar aten­ção. A gar­ que não exis­tiam. Não ha­via por­ po­der di­zer aos con­su­mi­do­res que
ra­fa da Mil­ler foi mui­to cri­ti­ca­da. ções in­di­vi­duais no mer­ca­do de o meio-am­bien­te não es­ta­va sen­do
Pri­mei­ro, por ser mul­ti­ca­ma­da e su­cos. As pes­soas cos­tu­ma­vam agre­di­do. En­tão, mui­tos con­su­mi­
as pes­soas pen­sa­rem que esse tipo com­prar su­cos em em­ba­la­gens do­res co­me­ça­ram a mu­dar de
de gar­ra­fa não é re­ci­clá­vel. Na gran­des, ou con­ge­la­do para pre­pa­ em­ba­la­gem, de car­tão, de cai­xi­
ver­da­de, a gar­ra­fa pode ser re­ci­ rar em casa. A Te­tra Pak che­gou nha, para stand-up pou­ches. E
cla­da, mas essa era a crí­ti­ca. O que aos EUA com a in­ten­ção de gos­ta­ram. Além dis­so, quan­do se
a Mil­ler está fa­zen­do ago­ra é co­lo­ au­men­tar a par­ti­ci­pa­ção no mer­ca­ co­lo­ca um pro­du­to num stand-up
car o sím­bo­lo da re­ci­cla­gem no do de lei­te, mas foi mal-su­ce­di­da, pouch, na pra­te­lei­ra, ele tem muita
con­tra-ró­tu­lo para ame­ni­zar as crí­ en­tre ou­tras ra­zões por­que as pes­ visibilidade. É um sa­qui­nho, mas
ti­cas dos am­bien­ta­lis­tas. soas lá re­sis­tem mui­to a com­prar tem vi­si­bi­li­da­de.
lei­te lon­ga vida. Mas o que acon­
Quais os de­mais en­tra­ves para a te­ceu, para sur­pre­sa da Te­tra Pak, As ven­das des­se tipo de em­ba­la­
ado­ção do PET para cer­ve­ja? é que pro­du­to­res de fru­tas en­xer­ gem cres­cem sem parar?
O su­ces­so da gar­ra­fa de PET para Quan­do o en­tu­sias­mo eco­ló­gi­co
cer­ve­ja de­pen­de de três fa­to­res. A Tetra Pak di­mi­nuiu, as ven­das de stand-up
Pri­mei­ro, ofe­re­cer uma bar­rei­ra pou­ches tam­bém caí­ram. Re­cen­te­
revolucionou os
efi­cien­te para a tro­ca ga­so­sa, isto men­te, o que mu­dou com­ple­ta­
é, man­ter o oxi­gê­nio fora e o gás anos 80, ao criar men­te o ce­ná­rio para os pou­ches
car­bô­ni­co den­tro. Segundo: qual foi o zí­per plás­ti­co. Ago­ra, eles
mercados que não
das so­lu­ções acar­re­ta­rá me­no­res po­dem ser fe­cha­dos no­va­men­te, e
cus­tos? Ter­cei­ro: qual re­pre­sen­ta­ existiam. Hoje, o pro­du­to pode ser con­su­mi­do aos
rá a me­lhor so­lu­ção am­bien­tal? enfrenta um desafio pou­cos, não é pre­ci­so con­su­mir de
Pen­sa-se que a me­lhor so­lu­ção uma vez. Adi­cio­nou-se mais uma
se­rão as gar­ra­fas com re­ves­ti­men­ nos EUA, fun­ção à em­ba­la­gem. Agre­gou-se
to, que – as­sim se es­pe­ra – po­de­rá pois o PET está mais va­lor. Ago­ra o pouch não é
ser la­va­do e re­mo­vi­do por al­gum mais ape­nas uma em­ba­la­gem
pro­ces­so. En­tão, acre­di­ta-se que o avançando. Já há bo­ni­ta. O zí­per plás­ti­co mu­dou
re­ves­ti­men­to, como o da PPG ou o migração do Tetra tudo. Os pou­ches es­tão cres­cen­do
da Si­del, será uma boa so­lu­ção. no­va­men­te, e cres­cen­do bem. Há
Pak para o PET pro­va­vel­men­te dois ti­pos de em­ba­
O se­nhor acha que, re­sol­vi­dos la­gem com óti­mo cres­ci­men­to nos
es­ses pro­ble­mas, a gar­ra­fa de ga­ram uma opor­tu­ni­da­de para Es­ta­dos Uni­dos: as de PET, que
PET po­de­rá ser um pon­to de rup­ em­ba­lar su­cos em por­ções in­di­vi­ cres­cem em tor­no de 14% a 15%
tu­ra na his­tó­ria das em­ba­la­gens? duais. Foi um su­ces­so. Acho que a por ano, e os stand-up pou­ches,
Se­ria uma mu­dan­ça ra­di­cal? Te­tra Pak tem um ver­da­dei­ro de­sa­ com cres­ci­men­to anual de 6% a
Acho que já é um pon­to de rup­tu­ fio nos EUA, pois o PET está 7%. Os ou­tros ma­te­riais têm cres­
ra. A gar­ra­fa de PET já é do­mi­nan­ avan­çan­do. Já há mi­gra­ção do ci­men­to de 1%, como as la­tas. O
te no mer­ca­do de re­fri­ge­ran­tes. É Te­tra Pak para o PET. vi­dro não cres­ce.
um mer­ca­do onde se ven­dem
bi­lhões de la­tas, bi­lhões de gar­ra­ O senhor men­cio­nou os stand-up O que pre­va­le­ce­rá nos pró­xi­mos
fas de vi­dro e bi­lhões de gar­ra­fas pou­ches como ou­tra ten­dên­cia anos: no­vos usos dos ma­te­riais,
de PET. Ela já foi uma rup­tu­ra no im­por­tan­te. O que há de novo nes­ subs­ti­tui­ção ou de­sign?
mer­ca­do de re­fri­ge­ran­tes. Ago­ra, o se seg­men­to? Acho que a ten­dên­cia mais sig­ni­
úl­ti­mo mercado real­men­te gran­de Os stand-up pou­ches exis­tem há fi­ca­ti­va é a subs­ti­tui­ção de ma­te­
é o de cer­ve­ja, em que o PET mui­to tem­po. Nos EUA, ti­ve­ram riais. No­vos usos tam­bém. Se se
co­me­ça a ser um pon­to de rup­tu­ boa acei­ta­ção em 1990, 1991, por ti­rar sopa de to­ma­te da lata e co­lo­
ra. cau­sa da ques­tão am­bien­tal, pois car em PET, por exem­plo, é um
os fa­bri­can­tes de em­ba­la­gens, para caso de subs­ti­tui­ção, mas é um
Equi­va­le­ria ao que foi a em­ba­la­ res­pon­der à preo­cu­pa­ção dos con­ novo uso. Te­nho uma ob­ser­va­ção.
gem as­sép­ti­ca nos anos 80? su­mi­do­res com o des­ti­no das Não che­ga a ser uma ten­dên­cia,
Nos EUA, a Te­tra Pak re­vo­lu­cio­ em­ba­la­gens, tra­ba­lha­ram para mas uma ca­rac­te­rís­ti­ca das em­ba­
nou os anos 80, ao criar mer­ca­dos re­du­zir seu peso. O ob­je­ti­vo era la­gens nos EUA é a enor­me con­

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cor­rên­cia nas pra­te­lei­ras. An­tes, ca que as in­dús­trias es­tão mu­dan­ ple­tou: “Vo­cês não es­tão en­ten­
cos­tu­ma­vam che­gar às pra­te­lei­ras do al­guns pro­ces­sos para adap­tar- den­do. Ou pas­sam para o stand-up
10 000 no­vos pro­du­tos por ano. se ao PET. Na mi­nha opi­nião, é pouch ou nós os subs­ti­tuí­mos”. E
Hoje che­gam 15 000, 18 000. É uma das coi­sas mais in­te­res­san­tes a coi­sa foi em fren­te. Os va­re­jis­tas
mui­to di­fí­cil um pro­du­to ser no­ta­ da em­ba­la­gem de PET. es­tão dan­do mui­ta aten­ção à em­ba­
do. Tan­tas em­ba­la­gens, com tan­ la­gem, es­tão mais ati­vos, di­zen­do
tas co­res, fica di­fí­cil o pro­du­to ser O que pesa mais nas mudanças: o que que­rem das em­ba­la­gens.
per­ce­bi­do pelo con­su­mi­dor. Mas é ex­pec­ta­ti­va do con­su­mi­do­r, ino­va­
mui­to im­por­tan­te que ele pres­te ção in­dus­trial ou for­ça do va­re­ Nes­se ce­ná­rio de avan­ço do PET e
aten­ção. Se o con­su­mi­dor pa­rar jo? dos ma­te­riais fle­xí­veis, o que
no cor­re­dor, olhar para a em­ba­la­ Uma coi­sa que está se ven­do nos acon­te­ce­rá com o vi­dro, com o
gem, pegá-la, há 80% de chan­ce EUA, que eu con­si­de­ro uma ten­ alu­mí­nio, com as la­tas?
de que com­pre o pro­du­to. Por dên­cia mui­to im­por­tan­te, é que os Des­de que co­me­cei a tra­ba­lhar com
isso, a em­ba­la­gem tem de “sal­ o tema em­ba­la­gens, a mor­te da
tar”. É aí que en­tra o de­sign, a Sempre os in­dús­tria de vi­dro vem sen­do anun­
ne­ces­si­da­de de di­fe­ren­cia­ção, que cia­da. De fato, as vi­dra­rias vêm
su­per­mer­ca­dos
traz uma sé­rie de fa­to­res crí­ti­cos: per­den­do um pou­co a cada ano,
às ve­zes é uma for­ma in­co­mum, co­lo­ca­ram nas mas são as mais lu­cra­ti­vas. Os pro­
ou­tras o bri­lho, ou a tex­tu­ra. É du­to­res de PET es­tão per­den­do
pra­te­lei­ras os
di­fí­cil ser di­fe­ren­te. Há al­guns di­nhei­ro. É es­tra­nho, mas as vi­dra­
anos, a Coca-Cola quis dar for­ma pro­du­tos que che­ga­ rias es­tão con­se­guin­do man­ter a
às suas la­tas. Foi mal-su­ce­di­da, ofer­ta pró­xi­ma da de­man­da, e as­sim
pois con­se­guiu apenas parcial­
vam. Ago­ra, di­zem têm bom pre­ço. Acho que o vi­dro
mente. Uma va­ria­ção de cer­ca de para as em­pre­sas: sem­pre será usa­do nos cha­ma­dos
8% na for­ma, in­su­fi­cien­te para pro­du­tos pre­mium. Nos EUA exis­
cau­sar im­pac­to na pra­te­lei­ra. ‘Que­re­mos isto nes­ta tem mui­tas mi­cro­cer­ve­ja­rias, e sua
Re­to­man­do: acho que a subs­ti­tui­ em­ba­la­gem, que­re­ pro­du­ção é toda acon­di­cio­na­da em
ção de materiais pre­va­le­ce­rá. vi­dro. Acon­te­ce o mes­mo com pro­
mos que vocês usem du­tos pron­tos para be­ber. Há vá­rios
Isso, po­rém, im­pli­ca mu­dan­ças esta em­ba­la­gem mer­ca­dos em que o vi­dro está bem
nos pro­ces­sos de pro­du­ção. e con­ti­nua­rá bem. A lata deve ter
As em­pre­sas que qui­se­rem pas­sar um pou­co mais de pro­ble­mas no
para em­ba­la­gens de PET vão ter va­re­jis­tas es­tão as­su­min­do um fu­tu­ro, pois é uma em­ba­la­gem de
de mu­dar a ma­nei­ra de fa­zer os pa­pel maior na de­ter­mi­na­ção do bai­xo cus­to. É di­fí­cil que seja algo
seus pro­du­tos. Para as in­dús­trias ma­te­rial que se deve usar nas mais do que uma em­ba­la­gem ba­ra­
de ali­men­tos e be­bi­das é uma con­ em­ba­la­gens. Os su­per­mer­ca­dos ta. Por isso mui­ta gen­te cri­ti­cou a
quis­ta e tan­to. As pes­soas fa­zem sem­pre co­lo­ca­ram nas pra­te­lei­ras lata con­tour da Coca-Cola. Os con­
sopa da for­ma que o avô do seu os pro­du­tos que che­ga­vam. Ago­ra, su­mi­do­res não es­tão dis­pos­tos a
avô, como Jo­seph Camp­bell, es­tão mais proa­ti­vos. Di­zem para pa­gar mais por uma lata com for­
fa­zia, ou como Au­gust Bush fa­zia as em­pre­sas: “Que­re­mos isto nes­ta ma­to di­fe­ren­te. A Coca-Cola con­
cer­ve­ja. Para en­trar no PET vão em­ba­la­gem, que­re­mos que vocês tour era en­con­tra­da nos pon­tos-de-
ter de mu­dar seus pro­ces­sos pro­ usem esta em­ba­la­gem”. Tem a his­ ven­da, em six-packs, ao pre­ço de
du­ti­vos. A Anheu­ser-Bush, por tó­ria de uma em­pre­sa pe­que­na, na US$ 2.99. Bem ao lado, um twel­ve-
exem­plo, pas­teu­ri­za sua cer­ve­ja ca­te­go­ria de su­cos, com tal­vez 5% pack da lata nor­mal custava US$
den­tro das gar­ra­fas, o que sig­ni­fi­ de par­ti­ci­pa­ção de mer­ca­do. Três 1.99. Por que com­prar seis por 3
ca que elas vão para uma câ­ma­ra ou qua­tro anos atrás, co­me­çou a dó­la­res se é pos­sí­vel com­prar doze
de ca­lor. Isso ain­da não pode ser co­lo­car seus pro­du­tos em stand-up por 2 dó­la­res? O con­su­mi­dor ten­de
fei­to com PET. A Mil­ler pas­sou a pou­ches. Foi um su­ces­so de ven­ a ver a lata como uma em­ba­la­gem
pas­teu­ri­zar a cer­ve­ja fora da gar­ das. Uma rede de su­per­mer­ca­dos para pro­du­tos de bai­xo cus­to. Não
ra­fa, para de­pois envasar. É to­tal­ pe­diu à em­pre­sa lí­der de mer­ca­do se pode agre­gar va­lor a uma em­ba­
men­te di­fe­ren­te. A sopa Camp­ que pas­sas­se a ado­tar o stand-up la­gem a pon­to de po­der co­brar mais
bell’s é co­zi­da den­tro da lata, no pouch. A res­pos­ta foi: “Te­mos por isso.
sis­te­ma de hot fil­ling. Isso sig­ni­fi­ dú­vi­das”. O su­per­mer­ca­dista com­

set 99 • embalagemmarca – 11
CAPA

o avanço das
flexíveis
O futuro sorri para as embalagens laminadas.
Stand-up pouches, cheer packs, doy packs e sachês
são cada vez mais adotados para variados produtos

G
ôn­do­las de su­per­mer­ca­dos po­dem fun­ im­por­ta­dos, ên­fa­se na cor e no bri­lho mu­da­ram o
cio­nar como com­pên­dios de so­cio­lo­gia. as­pec­to das pra­te­lei­ras. “Dá a im­pres­são de que es­ta­
Elas mos­tram, por meio das em­ba­la­gens mos em ou­tro país”, ob­ser­va Fre­de­ri­co Mar­cos de
dos pro­du­tos, a evo­lu­ção das tec­no­lo­gias Oli­vei­ra, di­re­tor de mar­ke­ting da Nu­tril Nu­tri­men­tos
de pro­du­ção, as trans­for­ma­ções de há­bi­ In­dus­triais S/A., uma das qua­tro maio­res in­dús­trias
tos ali­men­ta­res, no­vos gos­tos, mu­dan­ças do se­tor em Mi­nas Ge­rais, com sede na ci­da­de de
de com­por­ta­men­to das pes­soas. No caso bra­si­lei­ro, a Con­ta­gem.
com­pa­ra­ção dos ar­ti­gos ex­pos­tos hoje com os que Nes­se tur­bi­lhão, o avan­ço das em­ba­la­gens fle­xí­
eram ofe­re­ci­dos há vin­te ou mes­mo há dez anos veis pa­re­ce ser hoje a ten­dên­cia mais no­tá­vel de­pois
re­ve­la uma ver­da­dei­ra re­vo­lu­ção. da re­gis­tra­da pelo ad­ven­to do PET. Mas o que é, exa­
Sem fa­lar na mu­dan­ça do pró­prio la­yout dos ta­men­te, uma em­ba­la­gem fle­xí­vel? Não é fá­cil
fotos: andré godoy

su­per­mer­ca­dos, em con­se­qüên­cia da re­vi­ra­vol­ta en­con­trar uma de­fi­ni­ção. Uma de­las, fei­ta por Ru­bens
com­por­ta­men­tal de um con­su­mi­dor ur­ba­no sem tem­ Bam­bi­ni, da MD Pa­péis (“de­pois de pes­qui­sar no
po, no­vos ma­te­riais, no­vos sis­te­mas de fe­cha­men­to, mun­do in­tei­ro”), é a se­guin­te: “En­vol­tó­rio ma­leá­vel
em­ba­la­gens de con­ve­niên­cia, seg­men­ta­ção, pro­du­tos de fá­cil ma­nu­seio no qual po­dem ser acon­di­cio­na­dos
só­li­dos ou lí­qui­dos em di­fe­ren­tes vo­lu­mes,
Por ficarem em pé, for­ma­tos e es­tru­tu­ras”. Den­tro des­sa de­fi­ni­
os stand-up pouches
dão maior visibilidade ção, pelo que in­di­cam a opi­nião de es­pe­cia­
ao produto e à marca lis­tas e o sur­gi­men­to de no­vas al­ter­na­ti­vas
de for­ma­to, o fu­tu­ro sor­ri para os stand-up
pou­ches, os cheer packs, os doy packs e os
sa­chês em ge­ral – para su­cos, be­bi­das
al­coó­li­cas, snacks, mo­lhos e uma in­fi­ni­da­de
de ou­tros pro­du­tos.
Uma pro­je­ção de cres­ci­men­to fei­ta pela
Da­ta­mark para o es­tu­do Bra­sil Pack Trends,
edi­ta­do em con­jun­to com o Ce­tea – Cen­tro
de Tec­no­lo­gia de Em­ba­la­gem e a agên­cia
de de­sign Mül­ler As­so­cia­dos, apon­ta para
um con­su­mo to­tal de 222 000 to­ne­la­das de
em­ba­la­gens fle­xí­veis no Bra­sil no ano
2005. É qua­se o do­bro do que se con­su­miu
em 1990 (117 000 to­ne­la­das). É um nú­me­

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ain­da mais im­pres­sio­nan­te quando com­pa­ra­ O cheer pack, da Cia. Prada,
do ao rit­mo de qua­se es­tag­na­ção do con­jun­to tem tecnologia da italiana Guala
da eco­no­mia brasileira.
Em tal qua­dro o des­ta­que fica com os stand-
up pou­ches e seus con­cor­ren­tes di­re­tos, os
cheer packs e os doy packs para be­bi­das e ali­
men­tos. Nes­sa área, se­gun­do a Da­ta­mark, o
con­su­mo sal­ta­rá de 59 bi­lhões de uni­da­des em
1990 para 155 bi­lhões em 2005. Sim­pli­fi­ca­da­
men­te, es­sas em­ba­la­gens nada mais são que um
pa­co­te – ou bolsa, ou saco – com­pos­to de lâ­mi­
nas de di­fe­ren­tes ma­te­riais, que pode ser co­lo­
ca­do em pé, na gôn­do­la do su­per­mer­ca­do, na
des­pen­sa ou no re­fri­ge­ra­dor do con­su­mi­dor.
“Seu maior atri­bu­to é sem dú­vi­da o cus­to,
em mui­tos ca­sos cin­co ve­zes in­fe­rior ao de
uma em­ba­la­gem rí­gi­da”, afirma o di­re­tor de
mar­ke­ting da Nu­tril. Ocor­re que o pro­ces­so de
pro­du­ção do stand-up pouch uti­li­za bo­bi­nas men­to de fil­mes de po­liés­ter para con­ver­te­
de fil­me já im­pres­sas. Uma úni­ca má­qui­na for­ma a do­res, isto é, in­dús­trias fa­bri­can­tes de
em­ba­la­gem, en­che-a e fe­cha-a, sem ne­ces­si­da­de de em­ba­la­gens la­mi­na­das. Ele ob­ser­va
ró­tu­los ou tam­pas. São de fá­cil aber­tu­ra e po­dem ser que o uso do fil­me de po­liés­ter nas
re­tam­pa­das. Tais di­fe­ren­ças, apa­ren­te­men­te pe­que­ em­ba­la­gens fle­xí­veis re­sul­ta em di­fe­
nas, na ver­da­de são gi­gan­tes­cas. ren­tes be­ne­fí­cios, como trans­pa­rên­
cia, bri­lho e bar­rei­ra. Além dis­so,

Inúmeras vantagens pro­pi­cia alta ma­qui­na­bi­li­da­de, ou


Um dos
seja, é mais pro­du­ti­vo tan­to nos diferenciais da
Para co­me­çar, o fato de fi­car em pé na pra­te­lei­ra sig­ equi­pa­men­tos dos con­ver­te­do­res embalagem é o
ni­fi­ca maior ex­po­si­ção do pro­du­to e da mar­ca, ca­rac­ quan­to nos das in­dús­trias usuá­rias bico com tampa
te­rís­ti­ca fun­da­men­tal para cha­mar a aten­ção dos das em­ba­la­gens.
con­su­mi­do­res. Além dis­so, com o de­sen­vol­vi­men­to A bar­rei­ra do po­liés­ter a oxi­gê­nio, se­gun­do Tor­
con­tí­nuo dos ma­te­riais, as em­ba­la­gens fle­xí­veis apre­ qua­to, “é mui­to su­pe­rior a de ou­tros fil­mes, o que
sen­tam cres­cen­tes ga­nhos em re­sis­tên­cia, bar­rei­ra e sig­ni­fi­ca shelf-life maior para o pro­du­to”. Um exem­
as­pec­to, des­ta­can­do-se aqui o bri­lho. De res­to, a fa­ci­ plo ci­ta­do por ele é o do café a vá­cuo, cuja em­ba­la­
li­da­de de abrir e a pos­si­bi­li­da­de de fe­char de­pois, gem é fei­ta de um tri­la­mi­na­do de alu­mí­nio, po­liés­ter
sem agra­va­men­to im­por­tan­te dos cus­tos, é ou­tro e po­lie­ti­le­no. Ca­fés acon­di­cio­na­dos nes­se tipo de
enor­me fa­tor de ca­ti­va­ção de com­pra­do­res. em­ba­la­gem, diz o ge­ren­te da Ter­pha­ne, têm vida de
Há ain­da ou­tras van­ta­gens al­ta­men­te ex­pres­si­vas pra­te­lei­ra de até dois anos.
nas em­ba­la­gens fle­xí­veis. Uma de­las trans­pa­re­ce na Esse li­mi­te po­de­rá ser am­plia­do. A Ter­pha­ne está
dis­tri­bui­ção, lem­bra Pau­lo Tor­qua­to, ge­ren­te co­mer­ lan­çan­do no mer­ca­do bra­si­lei­ro o fil­me de po­liés­ter
cial da Ter­pha­ne Ltda., lí­der bra­si­lei­ra no for­ne­ci­ HBM (ini­ciais de high bar­rier me­ta­li­zed), ade­qua­do
para em­ba­la­gens de café a alto vá­cuo, re­fres­cos em
pó e ket­chup, en­tre ou­tros pro­du­tos. Tor­qua­to afir­ma
O doy pack,
também da que esse fil­me, de al­tís­si­ma bar­rei­ra, pode vir a subs­
Prada/Guala, já ti­tuir al­gu­mas apli­ca­ções em que atual­men­te se usa
é adotado para alu­mí­nio. Um pro­du­to já no mer­ca­do acon­di­cio­na­do
bebidas no Brasil
em la­mi­na­do com HBM é o café Ma­ra­tá, de Ser­gi­pe.
De acor­do com o ge­ren­te da Ter­pha­ne, tan­to para o
con­ver­te­dor quan­to para o usuá­rio, com fil­me HBM
a pro­du­ti­vi­da­de na má­qui­na au­men­ta até 20%.
Há ga­nho de cus­to por­que a gra­ma­tu­ra do fil­me
HBM por me­tro qua­dra­do é me­nor. Aliás, a re­du­ção

set 99 • embalagemmarca – 13
la­gem não gru­dam. O fe­cha­men­to é do
tipo tam­per-evi­dent, isto é, tor­na per­cep­
tí­vel a even­tual vio­la­ção. Ao fi­nal do
pro­ces­so de en­chi­men­to, o sis­te­ma per­
mi­te, se ne­ces­sá­rio, adi­cio­nar gás iner­te.
Se eli­mi­na­do o fil­me de alu­mí­nio, tem-
se uma em­ba­la­gem trans­pa­ren­te.
Do pon­to-de-vis­ta in­dus­trial, es­sas
al­ter­na­ti­vas de em­ba­la­gem têm um di­fe­
ren­cial ope­ra­cio­nal em re­la­ção ao stand-
up pouch. A Pra­da as for­ne­ce pron­tas, e
Demonstração de uso do sachê longa vida da Du Pont para uti­li­zá-las é ne­ces­sá­rio ad­qui­rir uma
en­che­do­ra, a CHP 40, equi­pa­da com
das es­pes­su­ras e por­tan­to do peso dos com­po­nen­tes da­ta­dor, ali­men­ta­dor de tam­pas e pré-
fotos: divulgação

das em­ba­la­gens fle­xí­veis – ao mes­mo tem­po que são ros­quea­dor. Se­gun­do o ge­ren­te co­mer­cial da Pra­da,
am­plia­das a re­sis­tên­cia, a ma­qui­na­bi­li­da­de, a bar­rei­ essa má­qui­na, im­por­ta­da da Itá­lia, cus­ta 95 000 dó­la­
ra e a tex­tu­ra dos fil­mes – re­for­çam a pre­vi­são de que res FOB. “Em com­pa­ra­ção com sis­te­mas se­me­lhan­
seu avan­ço de­ve­rá con­ti­nuar fir­me. Além de maior tes, o cus­to é vá­rias ve­zes in­fe­rior”, ele afir­ma. “É
shelf-life, isso tudo re­pre­sen­ta a pos­si­bi­li­da­de de pre­ci­so tam­bém le­var em con­ta que não há per­das,
re­du­zir, por exem­plo, o uso de con­ser­van­tes e de aro­ nem no co­me­ço nem no fim do pro­ces­so”, ar­gu­men­
mas na for­mu­la­ção dos pro­du­tos. ta. “Ade­mais, o clien­te re­ce­be as em­ba­la­gens com
Nes­sa di­re­ção, a Ter­pha­ne mar­cou para o fi­nal de ga­ran­tia to­tal de qua­li­da­de e não tem des­pe­sas com
se­tem­bro o iní­cio de pro­du­ção, em sua fá­bri­ca na ró­tu­los e tam­pas.” A di­fe­ren­ça bá­si­ca en­tre as duas
Ci­da­de do Cabo (PE), do fil­me-bar­rei­ra Ter­pha­ne em­ba­la­gens é o for­ma­to: o cheer pack tem pa­re­des
22-00, an­tes im­por­ta­do. Em se­gui­da, co­lo­ca­rá no la­te­rais, lem­bran­do apro­xi­ma­da­men­te um pa­ra­le­le­pí­
mer­ca­do um fil­me âm­bar que ao ser me­ta­li­za­do dá o pe­do, en­quan­to o doy pack tem as la­te­rais cos­tu­ra­
efei­to de dou­ra­do. “As­sim”, ar­gu­men­ta Tor­qua­to, das.
“para ob­ter aque­le efei­to o con­ver­te­dor não pre­ci­sa­rá
usar tin­tas dou­ra­das, que são ca­rís­si­mas.”
Longa vida barato
Cheer pack e doy pack A pro­pó­si­to, a in­fi­ni­ta va­rie­da­de de for­ma­tos é ou­tro
in­ve­já­vel atri­bu­to das em­ba­la­gens fle­xí­veis. Uma
Na mes­ma fai­xa do stand-up pouch con­cor­rem a das al­ter­na­ti­vas, de lon­ga data co­nhe­ci­da dos bra­si­
cheer pack e a doy pack, pro­du­zi­das no Bra­sil pela lei­ros, é o fa­mo­so sa­chê – ou, em lin­gua­gem mais
Com­pa­nhia Pra­da de Em­ba­la­gens, com tec­no­lo­gia fa­mi­liar, sa­qui­nho. Já não se tra­ta da­que­la ve­lha
da ita­lia­na Gua­la Pack, sob li­cen­cia­men­to da Ho­so­ em­ba­la­gem com uma úni­ca ca­ma­da, mui­to usa­da
ka­wa Yoko, do Ja­pão, que as de­sen­vol­veu. Am­bas para lei­te, que pri­ma­va pela fal­ta de bar­rei­ra a to­das
são mul­ti­ca­ma­das (po­liés­ter, nái­lon, alu­mí­nio e as bac­té­rias ha­bi­tan­tes de ca­mi­nhões, cai­xas plás­ti­
po­lie­ti­le­no) com op­ções de vo­lu­me que vão de 70ml cas e ge­la­dei­ras mal hi­gie­ni­za­das de pa­da­rias. Fala-
a 1 000ml de ca­pa­ci­da­de de con­teú­do. A prin­ci­pal se, ago­ra, de um sis­te­ma as­sép­ti­co de en­va­se para
di­fe­ren­ça en­tre esse sis­te­ma e o dos stand-up pou­ lí­qui­dos e vis­co­sos (lei­tes, su­cos, mo­lhos) em sa­chês,
ches é que nas duas o en­chi­men­to se dá por um ca­nu­ ofe­re­ci­do ao mer­ca­do pela Du Pont. Em pou­cas pa­la­
do que in­te­gra as em­ba­la­gens. vras, um sis­te­ma lon­ga vida, po­rém ba­ra­to.
De acor­do com Pau­lo Soa­res Bi­cu­do, ge­ren­te É com­pos­to por duas li­nhas de equi­pa­men­tos,
co­mer­cial da Pra­da, en­tre as van­ta­gens des­se dis­po­ uma pas­teu­ri­za­da e ou­tra as­sép­ti­ca. Nes­ta, o que pre­
si­ti­vo des­ta­ca-se a fa­ci­li­da­de de uso, já que per­mi­te va­le­ce é um fil­me mul­ti­ca­ma­da, com alta bar­rei­ra,
be­ber di­re­ta­men­te o con­teú­do, ou ser­vi-lo sem en­tor­ ca­paz de ga­ran­tir pra­zos de va­li­da­de de um a seis
nar se­quer uma gota, se for lí­qui­do. No caso de pro­ me­ses sem re­fri­ge­ra­ção, con­for­me o pro­du­to e a
du­tos pas­to­sos, o bico pode ser­vir como apli­ca­dor, com­po­si­ção da em­ba­la­gem. O coor­de­na­dor de ven­
em de­co­ra­ções de sa­la­das (maio­ne­se) e bo­los (cho­ das e de­sen­vol­vi­men­to da área na Du Pont, Ale­xan­
co­la­te e outros ingredientes). O ca­nu­do é do­ta­do de dre Bas­baum Koch­mann, diz que em paí­ses da Amé­
duas ale­tas, que con­tro­lam a en­tra­da de ar quan­do o ri­ca La­ti­na o sis­te­ma é con­si­de­ra­do si­nô­ni­mo de
lí­qui­do é sor­vi­do, de modo que as pa­re­des da em­ba­ lon­ga vida. A em­pre­sa for­ne­ce o sis­te­ma com­ple­to,

14 – embalagemmarca • set 99
isto é, os fil­mes e os equi­pa­men­tos, fa­cil­men­te ajus­ fi­nan­cei­ro, uti­li­zar um ou ou­tro sis­te­ma. Nele, em
tá­veis para a pro­du­ção de sa­chês mí­ni­mos de 200ml de­ter­mi­na­do pon­to as li­nhas se en­con­tram, e a ten­
até um má­xi­mo de 2 li­tros. Acom­pa­nha­do de um dên­cia é que mais adiante venham a se cru­zar. Em
ca­nu­do com cor­te em dia­go­nal, o con­su­mo é fá­cil: re­su­mo, a fle­xo­gra­fia é mais in­te­res­san­te quan­do as
bas­ta fa­zer um furo com ele no cen­tro do sa­chê. quan­ti­da­des são me­no­res. Para gran­des vo­lu­mes a
Que as em­ba­la­gens fle­xí­veis es­tão na cris­ta da ro­to­gra­vu­ra é mais in­di­ca­da.
onda e as­sim con­ti­nua­rão pa­re­ce não ha­ver dú­vi­das
no mer­ca­do. O que se co­lo­ca ain­da em
ques­tão é qual o pro­ces­so mais ade­qua­do
de im­pres­são, ro­to­gra­vu­ra ou fle­xo­gra­
fia. Nes­se de­ba­te, um pon­to – o cus­to –
sem­pre an­te­ce­de a gran­de dis­cus­são
so­bre qua­li­da­de e de­fi­ni­ção de ima­gem.
O grá­fi­co ao lado, re­sul­tan­te de um es­tu­
do so­bre o tema fei­to por uma em­pre­sa
es­pe­cia­li­za­da para a Abre – As­so­cia­ção
Bra­si­lei­ra de Em­ba­la­gem mos­tra em que
mo­men­to é mais van­ta­jo­so, no as­pec­to

fonte: abre/ago 99
Flexografia ou
rotogravura?
Uma am­pla gama de va­riá­veis deve ser le­va­da em con­ gra­fia, o sis­te­ma está tão de­sen­vol­vi­do que com­pe­te em
ta na es­co­lha do sis­te­ma de im­pres­são de em­ba­la­gens qua­li­da­de de im­pres­são não só com a ro­to­gra­vu­ra, mas
fle­xí­veis. “De­vi­do à com­bi­na­ção de di­fe­ren­tes ma­te­ até com off-set. Isso, se­gun­do ele, se deve ao con­tí­nuo
riais, com di­fe­ren­tes apli­ca­ções de­ven­do com­bi­nar de­sen­vol­vi­men­to dos ci­lin­dros de im­pres­são, como o
com os re­sul­ta­dos pre­ten­di­dos, essa é uma das par­tes Cyrel, mar­ca da Du Pont lí­der mun­dial e bra­si­lei­ra no
mais com­ple­xas no se­tor”, diz Ma­noel Mül­ler, di­re­tor for­ne­ci­men­to des­se in­su­mo.
da Mül­ler As­so­cia­dos, agên­cia es­pe­cia­li­za­da em O mais re­cen­te des­ses avan­ços é o Cyrel Di­gi­tal Ima­ger
de­sign de em­ba­la­gem, es­tra­té­gia de pro­du­tos de mer­ (CDI), sis­te­ma film­less de gra­va­ção a la­ser (ver­são
ca­do e co­mu­ni­ca­ção. Twin Beam) de­sen­vol­vi­do pela Du Pont e pela
Do pon­to-de-vis­ta do re­sul­ta­do fi­nal, a tec­no­lo­gia de Bar­co Systems. O CDI já foi ad­qui­ri­do pela Ta­ka­no e
im­pres­são não pode ser de­fi­ni­da so­men­te pela maior pela Ro­to­crom.
ou me­nor de­fi­ni­ção grá­fi­ca, lem­bra Mül­ler. Ela se Ou­tra no­vi­da­de em pré-im­pres­são é o Sis­te­ma Ima­tion
su­bor­di­na a ques­tões como o ín­di­ce de pro­te­ção, a Match­print Trans­fer, da Ima­tion, prin­ci­pal pro­ve­do­ra
vida útil e o im­pac­to vi­sual de­se­ja­dos para o pro­du­to, mun­dial de pro­du­tos para ar­ma­zer­na­men­to­de da­dos e
por exem­plo. Aque­les com alto va­lor agre­ga­do exi­gem sis­te­mas de pro­vas de co­res. Com o Match­print Trans­
aca­ba­men­tos mais so­fis­ti­ca­dos, como dou­ra­do ou pra­ fer pas­sa a ser pos­sí­vel con­fec­cio­nar pro­vas em qual­
ta, re­le­vos, co­res com­ple­xas. “A prio­ri, não se pode quer tipo de su­per­fí­cie – de pa­pel fos­co ou bri­lhan­te a
de­fen­der um ou ou­tro pro­ces­so”, ele con­si­de­ra. “O pa­pe­lão, fil­mes plás­ti­cos e ou­tros. “Não exis­te nada
que é pre­ci­so é bus­car a me­lhor com­bi­na­ção de qua­li­ pa­re­ci­do com o Sis­te­ma Match­print no Brasil”, afir­ma
da­de, tec­no­lo­gia e cus­tos. O que não de­ve­mos é nos Adria­no Des­si­mo­ni, di­re­tor co­mer­cial da empresa.
en­can­tar com pi­ro­tec­nias e ma­la­ba­ris­mos tec­no­ló­gi­
cos.”
Não obs­tan­te essa neu­tra­li­da­de, Mül­ler des­ta­ca que,
em fle­xo­gra­fia, o set-up nos equi­pa­men­tos en­can­ta por
ser mais rá­pi­do e mais ba­ra­to do que em ro­to­gra­vu­ra,
o que tor­na o pro­ces­so mais ade­qua­do so­bre­tu­do para
tes­tes de mer­ca­do de em­ba­la­gens, ações em que as
ti­ra­gens são me­no­res. “Sem cair num tro­ca­di­lho”, ele
diz, “fle­xo­gra­fia dá mais fle­xi­bi­li­da­de”.
O cer­to é que vai lon­ge o tem­po em que fle­xo­gra­fia era Equipamento do
sistema de pré-impressão
si­nô­ni­mo de ca­rim­bo. Hoje, afir­ma Nel­son Ga­lhar­do,
digital da Du Pont e da Barco,
ge­ren­te de mar­ke­ting da Du Pont para a área de fle­xo­ adquirido pela Takano

set 99 • embalagemmarca – 15
TENDÊNCIAS

cosméticos
cada vez mais
científicos
As conquistas farmacêuticas já não se
limitam ao campo dos medicamentos
e ganham status na área da beleza

fras­cos re­ce­bi­dos pre­ci­sa­vam ser na. O cien­tis­ta lo­grou de­sen­vol­ver


andré godoy

la­va­dos por cau­sa dos re­sí­duos o Skin­ca­re Es­sen­ce, o com­ple­xo


lí­qui­dos. O pro­ces­so era fei­to S.E., mar­ca que re­gis­trou. A par­tir
dis­so, em 1961 sua em­pre­sa pro­

E
ma­nual­men­te, no chão de fá­bri­ca
da Ya­kult, na ci­da­de de Fu­ji­sa­wa. du­ziu uma li­nha de cos­mé­ti­cos.
Co­men­ta­va-se na em­pre­sa que as Sur­gia a Ya­kult Cos­me­tics, que
n­tre os anos 40 e 50, o mãos das mo­ças en­vol­vi­das na aca­ba de che­gar ao Bra­sil.
Ya­kult, ali­men­to lác­teo, ma­ni­pu­la­ção dos fras­cos es­ta­vam Em­bo­ra dis­tan­te no tem­po, o
era co­mer­cia­li­za­do em se tor­nan­do li­sas e ma­cias. Se­ria exem­plo aci­ma tal­vez seja o mais
fras­cos de vi­dro no talvez obra do re­sí­duo de lei­te fer­ ilus­tra­ti­vo de uma ten­dên­cia bas­
Ja­pão. A be­bi­da ha­via sido de­sen­ men­ta­do? tan­te cla­ra, hoje, no se­tor de cos­
vol­vi­da na dé­ca­da de 30 pelo cien­ Shi­ro­ta de­ci­diu com­pro­var sua mé­ti­cos. Cada vez mais a cos­mé­ti­
tis­ta Mi­no­ru Shi­ro­ta, que mer­gu­ an­ti­ga teo­ria. O lei­te fer­men­ta­do ca afir­ma-se como uma ciên­cia.
lha­ra em pes­qui­sas so­bre pre­ser­ for­ma uma ca­ma­da pro­te­to­ra na Con­quis­tas far­ma­co­ló­gi­cas e bio­
va­ção da saú­de a par­tir da ali­men­ mu­co­sa in­ter­na do in­tes­ti­no, e ele tec­no­ló­gi­cas não se li­mi­tam mais
ta­ção in­fan­til. Em 1935, Shi­ro­ta acre­di­ta­va que essa pro­prie­da­de ao uni­ver­so me­di­ca­men­to­so.
fun­dou a Ya­kult, de­pois de ter des­ po­de­ria ser apli­ca­da à pele hu­ma­
co­ber­to a fer­men­ta­ção do lei­te por
lac­to­ba­ci­los vi­vos — o lac­to­ba­ci­ A linha de
lus ca­sei Shi­ro­ta, em sua ho­me­na­ cosméticos da
gem. Pro­du­to de­sen­vol­vi­do, o Yakult chega
acon­di­cio­na­men­to foi fei­to, nos ao Brasil
pri­mei­ros anos, em fras­cos de
vi­dro.
fotos: divulgação

O há­bi­to de a em­pre­sa re­co­lher


os re­ci­pien­tes para re­ci­cla­gem
pro­por­cio­na­ria uma con­quis­ta para
a cos­mé­ti­ca em todo o mun­do. Os

16 – embalagemmarca • set 99
Ga­nham ver­sões cos­mé­ti­cas, qua­
O frasco do Chronos
se sem­pre pre­ven­ti­vas, so­bre­tu­do C+, com dois
no tra­ta­men­to da pele. Já exis­te compartimentos:
até um neo­lo­gis­mo – cos­me­cêu­ti­ sem ele o produto
ca – para de­sig­nar esse fe­nô­me­no seria inviável
e di­fe­ren­ciar um sim­ples cos­mé­ti­
co de pro­du­tos com pe­ne­tra­ção no
or­ga­nis­mo e ati­vi­da­de bio­ló­gi­ca.

Pro­du­tos cos­me­cêu­ti­cos Vitamina C pura

A FDA – Food and Drugs Ad­mi­


nis­tra­tion, o ri­go­ro­so ór­gão nor­te- Emulsão
ame­ri­ca­no de con­tro­le de ali­men­
tos, me­di­ca­men­tos e cos­mé­ti­cos,
re­jei­ta a pro­po­si­ção. Para a en­ti­da­
de, cos­mé­ti­co é todo ar­ti­go de
hi­gie­ne e em­be­le­za­men­to. Em­bo­
ra não con­tra­riem as pre­mis­sas da
en­ti­da­de, os cos­me­cêu­ti­cos vão
além. “Têm ação te­ra­pêu­ti­ca e vi­ta­mi­nas A e E. O processo, do­sa­do­ra, e cada uma das duas
der­ma­to­ló­gi­ca que po­dem pro­vo­ po­rém, exi­giu dois anos para ser subs­tân­cias é apli­ca­da por um
car mu­dan­ças fi­sio­ló­gi­cas”, diz a via­bi­li­za­do, de­vi­do à ne­ces­si­da­de ca­nal de dis­tri­bui­ção in­de­pen­den­
pro­fes­so­ra de Tec­no­lo­gia de Cos­ de de­sen­vol­ver uma em­ba­la­gem te, num só acionamento.
mé­ti­cos da Fa­cul­da­de de Ciên­cias adequada, que permitisse a pre­
Far­ma­cêu­ti­cas de Ri­bei­rão Pre­to, sença dos dois componentes do No compasso tecnológico
da Uni­ver­si­da­de de São Pau­lo produto, mas sem o risco de que Um lan­ça­men­to de ju­lho úl­ti­mo
(USP), Pa­trí­cia Maia Cam­pos. se misturassem. de O Bo­ti­cá­rio tam­bém apre­sen­ta
Um dos mais re­cen­tes lan­ça­ “Sem a em­ba­la­gem não adian­ uma ino­va­ção tec­no­ló­gi­ca na
men­tos do que se pode cha­mar de ta­ria nada ter o gel. Ela foi fun­da­ em­ba­la­gem. Os fras­cos dos per­fu­
cos­me­cêu­ti­co é o Chro­nos Gel C+ men­tal”, diz a di­re­to­ra de mar­ke­ mes Hom­me.com e Fem­me.com
Re­vi­ta­li­za­dor Con­cen­tra­do, da ting da Na­tu­ra, Va­lé­ria Ca­ma­re­ro.
Na­tu­ra. O pro­du­to é com­pos­to por Isso por­que a vi­ta­mi­na C é de fá­cil Homme.com
um gel que li­be­ra con­cen­tra­ções oxi­da­ção. Daí a di­fi­cul­da­de de e Femme.com, de
de vi­ta­mi­na C pura e de oli­gô­me­ es­ta­bi­li­zá-la pura. A al­ter­na­ti­va O Boticário: inovação
ros de proan­to­cia­ni­di­nas (OPC) se­ria a li­ga­ção da vi­ta­mi­na com tecnológica

de se­men­te de uva, além de uma um ra­di­cal. No entanto, des­sa


emul­são com ce­ra­mi­das la­me­la­res ma­nei­ra só é pos­sí­vel iso­lá-la por
e be­ta­gli­ca­nas. Des­con­ta­da a im­pe­ meio de uma en­zi­ma que que­bre o
ne­trá­vel lin­gua­gem cien­tí­fi­ca, pode- ra­di­cal e li­be­re a vi­ta­mi­na. “Para
se re­su­mir com a in­for­ma­ção de via­bi­li­zar qui­mi­ca­men­te o pro­du­
que a ação do gel ocor­re na su­per­fí­ to sem ter uma em­ba­la­gem que
cie da pele. lem­bras­se um re­mé­dio, de­sen­vol­
A ino­va­ção tec­no­ló­gi­ca, atual­ ve­mos uma em­ba­la­gem bi­fá­si­ca”,
mente em pro­ces­so de registro de con­ta Va­lé­ria.
pa­ten­te in­ter­na­cio­nal, co­me­çou O con­cei­to nas­ceu de uma par­
em 1997. Na­que­le ano, o pes­qui­ ce­ria com o for­ne­ce­dor ho­lan­dês
sa­dor da Na­tu­ra Ro­ber­to Zu­quet­ti Cos­mo­cair. O fras­co de plás­ti­co
des­co­briu o pro­ces­so de es­ta­bi­li­ de 45ml traz dois com­par­ti­men­tos
za­ção da vi­ta­mi­na C pura em meio dis­tin­tos, um para a vi­ta­mi­na C
aquo­so. A em­pre­sa de­sen­vol­veu, pura, um segundo para a emul­são.
en­tão, o Gel Cre­me com Vi­ta­mi­na A mis­tu­ra dos dois ingredientes
C em ta­las­fe­ras. No ano se­guin­te, acon­te­ce ape­nas na hora da apli­ca­
foi possível adi­cio­nar à for­mu­la as ção. O re­ci­pien­te tem uma vál­vu­la

set 99 • embalagemmarca – 17
ção no tra­ta­men­to e pre­ven­ção
der­ma­to­ló­gi­cos — a tal de cos­me­
Itens da linha
cêu­ti­ca. O ge­ren­te de pes­qui­sas de
Giovanissima,
da Giovanna O Bo­ti­cá­rio, Is­rael Hen­ri­que
Baby: razões Fe­fer­man, de­fen­de, mais do que a
industriais na apro­xi­ma­ção en­tre cos­mé­ti­ca e
opção pela
metalização ciên­cia, a cos­mé­ti­ca como ciên­cia.
Se­gun­do ele, isso se­ria ne­ces­sá­rio
para com­pro­var a efi­cá­cia de pro­
du­tos cos­mé­ti­cos com abor­da­gem
cien­tí­fi­ca – “prin­ci­pal­men­te dos
in­gre­dien­tes res­pon­sá­veis por
in­di­ca­ções es­pe­cí­fi­cas, en­con­
tráveis em pro­du­tos far­ma­cêu­ti­
pos­suem tam­pa com uma tra­va em está lan­çan­do uma li­nha de cos, como o áci­do gli­có­li­co”.
for­ma de pin­ça, uni­da a uma cor­ ma­quia­gem, a Gio­va­nis­si­ma, de Além do gli­có­li­co, um dos pri­
ren­te, que per­mi­te o acio­na­men­to. nove itens, des­de ba­tom e blush mei­ros áci­dos far­ma­co­ló­gi­cos a
Em­bo­ra se­jam exem­plos de até más­ca­ra. As em­ba­la­gens apre­ ter apli­ca­ção cos­mé­ti­ca foi o re­ti­
avan­ço tec­no­ló­gi­co, o se­tor de sen­tam tons cham­pa­nhe, en­tre o nói­co — a vi­ta­mi­na A-áci­da ou,
cos­mé­ti­cos não deve, no fu­tu­ro, pra­ta e o dou­ra­do, me­ta­li­za­dos. A sim­ples­men­te, iso­tre­ti­noí­na. A
apre­sen­tar gran­des mu­dan­ças op­ção pela me­ta­li­za­ção, nes­se subs­tân­cia foi de­sen­vol­vi­da pelo
es­tru­tu­rais e de ma­te­riais em suas caso, tem ra­zões in­dus­triais tam­ la­bo­ra­tó­rio de me­di­ca­men­tos
em­ba­la­gens. A op­ção para dri­blar bém. Ro­che. Cien­tis­tas da em­pre­sa suí­
a con­cor­rên­cia é o de­sign, pen­sa a “É com­pli­ca­do fa­zer a pin­tu­ra ça de­sen­vol­ve­ram a subs­tân­cia
pes­qui­sa­do­ra Leda Col­tro, do Cen­ com os equi­pa­men­tos dis­po­ní­veis para uti­li­za­ção no tra­ta­men­to de
tro de Tec­no­lo­gia de Em­ba­la­gem hoje”, ex­pli­ca Ma­ria Lú­cia Bon­ acne, com in­ges­tão pelo or­ga­nis­
(Ce­tea) de Cam­pi­nas (SP). tân­cia, di­re­to­ra de mar­ke­ting da mo.
Ela coor­de­na um gru­po de tra­ Gio­van­na Baby. “Os fras­cos e as Os pes­qui­sa­do­res da Ro­che
ba­lho den­tro da­que­le ins­ti­tu­to que cai­xas des­bo­tam, a tin­ta sai na ob­ser­va­ram que o uso do áci­do,
es­tu­da as em­ba­la­gens de cos­mé­ti­ mão”, ela des­cre­ve. Ma­ria Lú­cia se­gui­do de po­ma­da para a ci­ca­tri­
cos. Em­bo­ra seja um tra­ba­lho ain­ diz, en­tre­tan­to, que nem a cor nem za­ção, pro­du­zia um efei­to co­la­te­
da in­ci­pien­te, Leda Col­tro en­ten­de o sis­te­ma de im­pres­são são os ral: a pele ga­nha­va as­pec­to me­lhor,
ser pos­sí­vel afir­mar que o se­tor as­pec­tos mais im­por­tan­tes, mas mais bri­lho e ma­ciez. Foi a se­nha
não deve pas­sar por ne­nhu­ma sim o de­sign. Toda a li­nha Fra­ de que a in­dús­tria cos­mé­ti­ca pre­
re­vo­lu­ção, pelo me­nos nos pró­xi­ grân­cia, por exem­plo, tem fras­cos ci­sa­va para apro­priar-se da des­co­
mos anos. “Usa-se qua­se todo tipo com “bar­ri­gui­nha”. A idéia, quan­ ber­ta.
de ma­te­rial nes­sa in­dús­tria”, ob­ser­ do se lan­çou a Fra­grân­cia Rosa, Hoje, essa clas­se já está na ter­
va Leda. “As em­pre­sas es­tão con­ era re­me­ter à gra­vi­dez das mu­lhe­ cei­ra ge­ra­ção. A pri­mei­ra, do áci­
cen­tran­do o ape­lo no pro­du­to e no res. “A li­nha sur­giu e cresceu do re­ti­nói­co, ir­ri­ta­va a pele e pro­
de­sign da em­ba­la­gem.” as­sim.” vo­ca­va ver­me­lhi­dão. A se­gun­da
A em­pre­sá­ria Re­na­ta As­hcar, ge­ra­ção, dos alfa-hi­dro­xiá­ci­dos,
di­re­to­ra da agên­cia Cos­me­tics Especialização sua­vi­zou as con­se­qüên­cias. Mas a
Mar­ke­ting & De­sign, que des­de É o de­sign ex­clu­si­vo a que se úl­ti­ma no­vi­da­de são os áci­dos de
1986 é es­pe­cia­li­za­da no mer­ca­do re­fe­re Re­na­ta As­hcar, da Cos­me­ fru­tas, cuja proe­za é re­du­zir qua­se
de cos­mé­ti­cos, con­cor­da com tics. Como ex­clu­si­vo é o de­sign a zero os efei­tos ir­ri­tan­tes na
Leda. Para Re­na­ta, o de­sign é uma de Hom­me.com e Fem­me.com, de pele.
fer­ra­men­ta que per­mi­te con­cei­tuar O Bo­ti­cá­rio, cria­do pelo At­te­liers A li­nha P-Zone, que a Ya­kult
me­lhor um pro­du­to. “A ten­dên­cia, Di­nand na Fran­ça e res­pon­sá­vel Cos­me­tics está im­por­tan­do do
nes­se caso, são os tons me­ta­li­za­ tam­bém pela cria­ção das em­ba­la­ Ja­pão, uti­li­za es­ses áci­dos. A linha
dos, com tex­tu­ras mais ave­lu­da­ gens do Pro­gra­ma de Tra­ta­men­to com­preen­de um sa­bo­ne­te, uma
das, sua­ves ao to­que”, ela ava­lia. Cos­mé­ti­co Fa­cial da em­pre­sa. lo­ção to­ni­fi­can­te e ou­tra cre­mo­sa,
A Gio­van­na Baby apos­ta nes­sa Os pro­du­tos des­sa li­nha acom­ um flui­do nu­tri-hi­dra­tan­te e um
per­cep­ção do mer­ca­do. A em­pre­sa pa­nham a ten­dên­cia à es­pe­cia­li­za­ cre­me nu­tri­ti­vo. “É uma li­nha pró­

18 – embalagemmarca • set 99
Brasil é atração no museu de perfumes
Bri­lhan­ti­na, sa­bo­ne­tes, tal­cos e, cla­ro, im­por­tan­te para mos­trar o di­na­mis­mo
per­fu­mes. Es­ses são al­guns exem­plos do país”.
de fra­grân­cias que o Bra­sil vai exi­bir O seg­men­to mo­vi­men­tou 5 bi­lhões de
para todo o pla­ne­ta. No iní­cio do ano dó­la­res em 1998, se­gun­do a As­so­cia­
que vem, o país ga­nha um es­pa­ço no ção Bra­si­lei­ra das In­dús­trias de Hi­gie­ne
Mu­sée Par­fum, no Ja­pão. Nele, apre­ Pes­soal, Per­fu­mes e Cos­mé­ti­cos (Abih­
sen­ta-se a tra­je­tó­ria de per­fu­mes e pec). Hoje, é o quin­to maior mer­ca­do les­sen­cia. A es­co­lha do neo­lo­gis­mo é
in­gre­dien­tes e da pro­du­ção das fra­ do seg­men­to, atrás ape­nas de Es­ta­dos uma ten­ta­ti­va de não li­mi­tar a exi­bi­ção
grân­cias do mun­do in­tei­ro. O mu­seu Uni­dos, Ja­pão, Ale­ma­nha e Fran­ça. à área in­dús­trial, mas fazê-la avan­çar à
nas­ceu em ju­lho de 1996 para con­tar Em no­vem­bro do ano pas­sa­do, Di­nand cul­tu­ra. “É um nome ca­paz de de­fi­nir a
a his­tó­ria dos con­vi­dou a em­pre­sá­ria bra­si­lei­ra Re­na­ es­sên­cia do Bra­sil em to­das as suas
aro­mas cul­ti­va­dos pela hu­ma­ni­da­de. ta As­hcar para pro­du­zir e do­cu­men­tar va­rian­tes — et­nias, flo­ra e há­bi­tos”, afir­
De­pois de cin­co anos de cons­tru­ção, a uma vi­tri­ne per­ma­nen­te de per­fu­ma­ria ma
ci­da­de de Oita, pon­to tu­rís­ti­co tido bra­si­lei­ra. Cem vi­dros na­cio­nais vão Re­na­ta. Se­gun­do a di­re­to­ra da Cos­me­
como a Ri­vie­ra fran­ce­sa ni­pô­ni­ca, viu des­cre­ver a evo­lu­ção das fra­grân­cias tics, Bra­zi­les­sen­cia vai vi­rar um li­vro de
er­guer-se uma ré­pli­ca, de no país. Re­na­ta, da agên­cia Cos­me­tics 200 pá­gi­nas, em ver­são bi­lín­güe. O
3 300 me­tros qua­dra­dos, do Pa­lá­cio Mar­ke­ting & De­sign, ex­pli­ca que o lan­ça­men­to, da edi­to­ra Glo­bal, está
de Ver­sa­lhes. ob­je­ti­vo da pes­qui­sa é pro­du­zir um pre­vis­to para o dia in­ter­na­cio­nal da
O cu­ra­dor do mu­seu é Pier­re Di­nand, do­cu­men­to de va­lor his­tó­ri­co e até mu­lher (8 de mar­ço) do ano 2000.
de­sig­ner que os­ten­ta em sua ba­ga­gem aca­dê­mi­co. “Na ex­po­si­ção, ha­ve­rá Hoje, a obra es­pe­ra apro­va­ção pelo
a cria­ção de mais de 450 fras­cos de re­la­tos so­bre ques­tões fol­cló­ri­cas e Mi­nis­té­rio da Cul­tu­ra para ser en­qua­
vi­dros para per­fu­mes. Ele acre­di­ta que ri­tuais dra­da na Lei Roua­net, de
o mer­ca­do bra­si­lei­ro “des­pon­ta como in­dí­ge­nas bra­si­lei­ros que usa­vam fra­ in­cen­ti­vo à cul­tu­ra.
gran­de for­ça na per­fu­ma­ria, e a apre­ grân­cias”, ela adianta.
sen­ta­ção é O nome da ex­po­si­ção bra­si­lei­ra é Bra­zi­

pria para pe­les sen­sí­veis, sem gi­cas pela cos­mé­ti­ca é a co-en­zi­ tar a aten­ção da in­dús­tria cos­mé­ti­
ál­cool e sem co­me­do­gên­cia”, diz a ma Q10, ou ubi­qui­no­na. Tra­ta-se ca. O cien­tis­ta in­glês Pe­ter Mit­
ge­ren­te de pro­du­tos da em­pre­sa, de uma subs­tân­cia en­con­tra­da nas chell ga­nhou o Prê­mio No­bel ao
Elai­ne Cris­ti­na Bas­sa­co (N. da R: cé­lu­las do or­ga­nis­mo hu­ma­no e de pro­var que a subs­tân­cia age na
A pa­la­vra “comedogência”, que ou­tros ani­mais que age na con­ver­ trans­fe­rên­cia de ener­gia en­tre as
não cons­ta do “Au­ré­lio”, sig­ni­fi­ são de ener­gia. Sua des­co­ber­ta foi cé­lu­las. A Beiers­dorf, dona da
ca algo como “agen­te de ir­ri­ta­ção qua­se casual. Em 1957, um mé­di­ mar­ca Ni­vea, foi pio­nei­ra na pes­
da pele”, ou “cau­sa­dor de efei­to co da Uni­ver­si­da­de de Wins­con­ qui­sa de uti­li­za­ção da ubi­qui­no­na
co­me­do­gê­ni­co”). sin (EUA) des­co­briu-a ao es­tu­dar em cos­mé­ti­cos.
a es­tru­tu­ra ce­lu­lar de um boi. Em par­ce­ria com uma em­pre­
A ubiquinona rejuvenesce A Q10 tem gran­de con­cen­tra­ sa ja­po­ne­sa, a Beiers­dorf con­se­
Ou­tro exem­plo re­cen­te de apro­ ção no co­ra­ção hu­ma­no. Du­ran­te guiu re­pro­du­zir, em la­bo­ra­tó­rio, a
pria­ção de con­quis­tas bio­tec­no­ló­ cer­ca de vin­te anos, a co-en­zi­ma co-en­zi­ma com a mes­ma es­tru­tu­
foi es­tu­da­da em apli­ca­ ra ge­né­ti­ca da en­con­tra­da no cor­
ções car­día­cas. Ja­po­ne­ po hu­ma­no. As­sim, a subs­tân­cia
A linha ses usa­ram uma com­bi­ po­de­ria ser usa­da no com­ba­te ao
Q10 da
na­ção si­mi­lar, a co-en­zi­ en­ve­lhe­ci­men­to, pois age na nor­
Nivea
ma Q7, em tra­ta­men­to de ma­li­za­ção das fun­ções na­tu­rais
in­su­fi­ciên­cia car­día­ca, e das cé­lu­las. “A Q10 não só re­duz,
norte-ame­ri­ca­nos e ita­ como pre­vi­ne o apa­re­ci­men­to de
lia­nos re­gis­tra­ram ca­rên­ ru­gas e até par­ti­ci­pa da re­cu­pe­ra­
cia da ubi­qui­no­na em ção dos da­nos cau­sa­dos por agen­
pa­cien­tes com doen­ças tes agres­so­res”, diz o di­re­tor do
car­día­cas. de­p ar­ta­men­to de pes­q ui­s a e
Em 1978, po­rém, a de­sen­vol­vi­men­to da Beiers­dorf,
Q10 co­me­ça­ria a des­per­ Sven Goh­la.
set 99 • embalagemmarca – 19
A par­tir des­sa cons­ta­ta­ção, a
BDF Ni­vea lan­çou no Bra­sil, em
mar­ço, dois pro­du­tos da li­nha Jeitinho brasileiro faz
Vi­sa­ge com Q10 — um cre­me sucesso em Nova York
anti-ru­gas e um con­tor­no para
olhos. Li­nha­res (ES), 1987 – Jo­cely Pa­di­ ho­téis. Lá, di­fe­ren­te­men­te do Bra­sil,
Em­bo­ra seja mais um exem­plo lha, com 45 anos de ida­de e 500 não se re­ti­ra a cu­tí­cu­la e, por­tan­to,
da biotec­no­lo­gia in­fluen­cian­do o dó­la­res no bol­so, dei­xa a ci­da­de a a es­té­ti­ca das unhas fica pre­ju­di­ca­
100 qui­lô­me­tros da ca­pi­tal ca­pi­xa­ da. Jo­cely apli­cou a “tec­no­lo­gia”
des­ti­no da cos­mé­ti­ca, os ar­ti­gos
ba, Vi­tó­ria, rumo a Ma­nha­tann, Nova tu­pi­ni­quim e pros­pe­rou no co­ra­ção
com Q10 da Ni­vea não são cos­
York. do ca­pi­ta­lis­mo mun­dial.
me­cêu­ti­cos. “Nos­sos pro­du­tos são
Pa­lá­cio de Con­ven­ções do Anhem­bi Pou­co a pou­co, cada uma das ir­mãs
ven­di­dos no va­re­jo. Para so­bre­vi­ (SP), 1999 – Che­ga ao Bra­sil, na fei­ par­tiu para Ma­nha­tann, até to­das se
ver às pra­te­lei­ras, são adi­cio­na­dos ra Cos­mo­prof Cos­mé­ti­ca, a li­nha de es­ta­be­le­ce­rem, com su­ces­so, na 35
con­ser­van­tes”, ex­pli­ca a ge­ren­te es­mal­tes Nail Treats. São oi­ten­ta West 57th Street. No pré­dio, as J.
de pro­du­to da li­nha Ni­vea Vi­sa­ge, co­res de es­mal­tes for­mu­la­dos com Sis­ters ocu­pam dois an­da­res (além
Ta­nia Bru­mat­ti. vi­ta­mi­nas A e E, que dis­pen­sam o do sa­lão de be­le­za, têm tam­bém um
uso de base in­co­lor. O de­sign das mini-spa).
Desempenho brasileiro em­ba­la­gens da linha é ita­lia­no, e a O sa­lão aten­de cer­ca de 200 clien­
No Bra­sil, um dos pri­mei­ros cos­ mar­ca, J. Sis­ters. tes, en­tre os quais a top mo­del Nao­
me­cêu­ti­cos le­gí­ti­mos foi o “Tra­ta­ J. Sis­ters são as sete ir­mãs Pa­di­lha. mi Camp­bell e a ven­ce­do­ra do
Como Jo­cely, hoje com 57 anos, Os­car de me­lhor atriz em 1999,
men­to Bio­cos­mé­ti­co Ati­va­dor de
to­das elas têm a ini­cial J no Gwyneth Pal­trow. Es­tre­las ou não,
Ci­to­qui­nas”, dos La­bo­ra­tó­rios Dr.
nome — Jo­ni­ce, Joy­ce, Ja­nea, paga-se 35 dó­la­res por ser­vi­ços de
N.G. Pa­yot do Bra­sil Ltda. Ci­to­
Jus­sa­ra, Ju­ra­ci e Jud­céia — e ma­ni­cu­re; ou 70 dó­la­res pela de­pi­
qui­nas são par­tí­cu­las do or­ga­nis­ são só­cias de um dos mais con­ la­ção com cera à base de mel,
mo que fa­zem co­mu­ni­ca­ção en­tre cei­tua­dos sa­lões de be­le­za ou­tra téc­ni­ca ex­por­ta­da para a ter­
as cé­lu­las. Elas “in­for­mam”, por nova-ior­qui­nos, o J. Sis­ters ra do Tio Sam. De­pois de con­so­li­
exem­plo, o sis­te­ma de de­fe­sa do Sa­lon. da­das nos ser­vi­ços de ma­ni­cu­re,
or­ga­nis­mo de que há de­ter­mi­na­da Os 500 dó­la­res de in­ves­ti­men­ as J. Sis­ters in­ves­ti­ram na cria­
de­fi­ciên­cia na hi­dra­ta­ção da pele. to ini­cial de Jo­cely trans­for­ ção de uma li­nha de cos­mé­ti­cos,
“O pro­du­to é uma es­pé­cie de ma­ram-se, doze anos de­pois, com es­mal­tes, cre­mes para pés
cre­me in­te­li­gen­te, na ten­dên­cia em 3 mi­lhões de fa­tu­ra­men­to e mãos, xam­pus e con­di­cio­na­
des­ses artigos de úl­ti­ma ge­ra­ção, anual. Tudo gra­ças ao “jei­ti­ do­res. A li­nha Nail Treats, já
nho bra­si­lei­ro” nas ati­vi­ co­mer­cia­li­za­da nos EUA,
de pre­ven­ção e tra­ta­men­to”, ex­pli­
da­des de ma­ni­cu­re. co­me­ça a ser ex­por­ta­da
ca a ge­ren­te de mar­ke­ting da
Quan­do a pri­mei­ra das para o Bra­sil a par­tir
Pa­yot, Mar­ta Pon­gi­dor. O cre­me
ir­mãs Pa­di­lha de­sem­ des­te mês, de­pois da
con­tém Drie­li­ne, subs­tân­cia de bar­cou nos Es­ta­dos apre­sen­ta­ção na Cos­
mar­ca re­gis­tra­da que age no me­ta­ Uni­dos, foi tra­ba­lhar mo­prof Cos­mé­ti­ca.
bo­lis­mo ce­lu­lar e in­ten­si­fi­ca a como ma­ni­cu­re em
pro­du­ção de ci­to­qui­nas, pro­du­zi­
das na­tu­ral­men­te pelo or­ga­nis­mo.
O pro­du­to, da li­nha Soin Bio­cos­ A uni­da­de de ne­gó­cios de quí­mi­ Não cura en­fer­mi­da­des, pa­pel ain­da
mé­ti­que, foi lan­ça­do há um ano, ca fina-hu­ma­na da Basf, por exem­ ex­clu­si­vo da far­ma­co­lo­gia; mui­to m
na Cos­mo­prof Cos­mé­ti­ca 98. Mas, plo, inau­gu­rou, em ju­lho úl­ti­mo, um e­nos ope­ra mi­la­gres. O que faz é
ago­ra, está sen­do re­lan­ça­do com la­bo­ra­tó­rio de apli­ca­ções cos­mé­ti­ in­cor­po­rar de­sen­vol­vi­men­tos far­ma­
cas para a Amé­ri­ca do Sul, em São co­ló­gi­cos na­qui­lo que lhe cabe.
nova em­ba­la­gem. Na con­tra­mão
Ber­nar­do do Cam­po (SP). Se­gun­do E isso, por si só, é mui­to bom.
de ou­tras em­pre­sas, a Pa­yot tro­
a em­pre­sa, o pro­je­to vai ofe­re­cer “Agre­ga va­lor ao se­tor”, diz Ar­tur
cou os po­tes de plás­ti­co por fras­
so­lu­ções re­gio­nais aos clien­tes da Gra­din, que dia 2 de agos­to último
cos de vi­dro. área. Como se vê, essas soluções des­pe­diu-se da pre­si­dên­cia da
No Bra­sil, a ten­dên­cia do apri­ pa­re­cem ser cada vez mais so­fis­ti­ As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Cos­me­
mo­ra­men­to tec­no­ló­gi­co-cien­tí­fi­co ca­das, pelo me­nos no Bra­sil. to­lo­gia (ABC). “No passado, be­le­
na cos­mé­ti­ca parece ser bem con­ De qual­quer ma­nei­ra, por mais za era apenas um nome um tanto
cre­ta, e em­pre­sas do se­tor não qua­li­fi­ca­da que te­nha se tor­na­do, gro­tes­co”, lembra Gradin. “Hoje é
he­si­tam em in­ves­tir nes­sa sea­ra. cos­mé­ti­ca é só isso — cos­mé­ti­ca. si­nô­ni­mo de saú­de.”

20 – embalagemmarca • set 99
DESIGN

as formas do perfume
brasileiro
Em São Paulo, um designer especializado em vidro cria frascos
de marcas famosas e tem um deles adotado na França

o
Adé­lia Bor­ges

que con­cor­ren­tes co­mo di­cio­nar o lí­qui­do que está den­tro e as va­ria­ções de cada mo­de­lo, como
Na­tu­ra, Avon, Água de man­ter suas pro­prie­da­des, sem al­te­ cor, ta­ma­nho e aca­ba­men­to.
Chei­ro e Gio­van­na rá-las e, ain­da, deve ser ade­qua­do e Tra­ba­lhar com in­te­li­gên­cia
Ba­by têm em co­mum? fa­cil­men­te ma­ni­pu­la­do e trans­por­ es­sas va­ria­ções per­mi­te criar li­nhas
To­­­das elas usam fras­ ta­do. “Es­sas ca­rac­te­rís­ti­cas to­dos os stan­dard mui­to bem su­ce­di­das. Às
cos de per­fu­me cria­dos por An­to­nio fras­cos de­vem ter, mas o de per­fu­ ve­zes, bas­ta al­te­rar um de­ta­lhe
Eduar­do Pi­­­nat­ti, cer­ta­men­te o de­sig­ me pre­ci­sa ofe­re­cer algo mais, um para pa­re­cer que tudo mu­dou. Uma
ner bra­si­lei­ro que mais tem se de­di­ va­lor sim­bó­li­co, de sen­sua­li­da­de, pos­si­bi­li­da­de é dei­xar uma par­te do
ca­do a esse cam­po de cur­vas, for­ be­le­za, de fe­mi­ni­li­da­de ou mas­cu­li­ vi­dro trans­pa­ren­te e ou­tra fos­ca.
mas, trans­pa­rên­cias e tan­tas be­le­ ni­da­de”, ele afir­ma. “Esse algo mais Quan­do ele co­me­çou a pres­tar ser­
zas. A­pai­xo­na­do por fras­cos, Pi­nat­ é que faz o seu su­ces­so.” vi­ços para a Whea­ton, ain­da não
ti está co­me­mo­ran­do um fei­to: um Pi­nat­ti co­me­çou a atuar na área ha­via o aca­ba­men­to fos­co, as­sim
pro­je­to de sua au­to­ria aca­ba de ser por re­co­nhe­ci­men­to a seu mé­ri­to. como ine­xis­tia o vi­dro co­lo­ri­do.
ven­di­­do pela Whea­ton para uma Pro­­fes­sor de pro­je­to no cur­so de A no­vi­da­de es­treou na li­nha
em­pre­sa fran­ce­sa. É algo como De­­se­nho In­dus­trial da Fa­cul­da­de de In­no­cen­ce, um per­fu­me para ado­
ven­der ge­lo para es­qui­mó, pois, Be­las Ar­tes de São Pau­lo, ele já ti­­ les­cen­tes, lan­ça­do nos tons exa­tos
além de ter os gran­des per­fu­mis­tas, nha gran­de ex­pe­riên­cia pro­fis­sio­ de azul, ver­de e ver­me­lho que o
a Fran­ça tem tam­bém os gran­des nal. Ha­via tra­ba­lha­do, por exem­plo, clien­te, a Gio­van­na Baby, que­ria. A
es­ti­lis­tas e os gran­des de­sig­ners de no es­cri­tó­rio For­ma Fun­ção, que for­ma não foi es­que­ci­da: o fras­co
fras­cos. mar­cou épo­ca no de­sign bra­si­lei­ro lem­bra uma maçã mor­di­da – o
Esse é um dos cam­pos em que a na dé­ca­da de 80, quan­do ou­viu to­que de se­du­ção – e pode fi­car
for­ça do de­sign mais se faz pre­sen­ fa­lar de um con­cur­so lan­ça­do pela dei­ta­do ou em pé. O re­sul­ta­do foi
te. Lí­qui­dos não têm for­ma de­fi­ni­ As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra da In­dús­tria tão bom que aca­bou na Bi­e­nal
da. Cabe ao seu con­tai­ner de­fi­nir a de Vi­dro (Abi­vi­dro), em 1993. In­ter­na­cio­nal de De­sign de Saint
sua ima­gem. Isso vale para to­das as Étien­ne, na Fran­ça, no ano pas­­sa­
es­pé­cies de lí­qui­do, tan­to os de Início com dois prêmios do.
be­ber quan­to os de usar – ma­te­rial Sem nada a per­der, de­ci­diu ins­cre­ Para a Li­nha In­no­cen­ce, Pi­nat­ti
de lim­pe­za, por exemplo. Mas vale ver al­guns de­se­nhos ra­bis­ca­dos re­ce­be­ra um brie­fing pre­ci­so do
mais ain­da para o per­fu­me, um pra­ze­ro­sa­men­te nas ho­ras va­gas. per­fu­me e sa­bia como de­ve­ria tra­
bem de con­su­mo um tanto in­tan­gí­ Aca­bou fa­tu­ran­do o pri­mei­ro e o ba­lhar. Em ou­tros ca­sos, con­tu­do,
vel, que não pas­sa pe­los cri­té­rios ter­cei­ro lu­ga­res. Os prê­mios va­le­ ele se vê obri­ga­do a criar meio no
de ne­ces­si­da­de (“eu pre­ci­so”), mas ram um con­vi­te para de­se­nhar fras­ es­­cu­ro. A Avon, por exem­plo, pe­diu
de de­se­jo (“eu que­ro”). cos para a Whea­ton. Des­de en­tão, em 1995 um fras­co para uma mar­
Em seus pro­je­tos, Pi­nat­ti leva ca­tor­ze pro­je­tos de sua au­to­ria já ca de uma pes­soa fa­mo­sa, li­ga­da à
em con­ta que um fras­co deve acon­ en­tra­ram em pro­du­ção, sem con­tar na­tu­re­za – e mais não dis­se. Só

22 – embalagemmarca • set 99
godoy
de­pois de en­tre­gue o pro­je­to é que
Pi­nat­ti sou­be que se des­ti­na­va a

andré
Lui­za Bru­net. O pro­je­to ex­plo­ra o
tema eco­lo­gia de for­ma su­til. A

FOTOS:
mar­ca é dis­cre­ta, e vai na base da
tam­pa, em me­tal, lem­bran­do a for­
ma de uma gota.
Aca­bou dan­do cer­to, mas por
aca­so. “Quan­to mais de­ta­lha­do for
o brie­fing, me­lhor será o tra­ba­lho
do de­sig­ner”, ele diz. “O ideal é
que a gen­te co­nhe­ça a fra­grân­cia a
ser usa­da, o que ra­ra­men­te acon­te­
ce, pois quan­do o pe­di­do che­ga na
Whea­ton na maio­ria das ve­zes o
per­fu­me ain­da está em processo de
de­sen­vol­vi­men­to.”
Um exem­plo de brie­fing bem
passado é o da nova li­nha da Gio­
van­na Baby. Numa reu­nião, o di­re­
tor da em­pre­sa dis­se a Pi­nat­ti:
“Você criou um fras­co para os
fi­lhos, ago­ra crie um para o pai e a
mãe”. Na mes­ma hora, con­ta o
de­sig­ner, veio a idéia de usar o
triân­gu­lo como re­fe­rên­cia. “Eles
Alguns dos
es­tão em sen­ti­dos in­ver­ti­dos, para frascos de por ser fei­to, diz Pi­nat­ti. Se­gun­do
o pai e a mãe”, ex­pli­ca. “A pu­bli­ci­ perfume criados ele, não dá para fa­zer fras­cos com
da­de ex­plo­ra essa re­la­ção an­gu­lo­sa por Antonio uma base mui­to pe­que­na, pois,
Eduardo Pinatti (no
com os cor­pos mas­cu­li­no e fe­mi­ni­ destaque): paixão
quando na esteira, caem. Tam­bém é
no.” pelo vidro di­fí­cil a pro­du­ção de fun­dos gros­
sos como os usa­dos pe­los fran­ce­
Contra a luz, sedução ses, que pa­re­cem de cris­tal.
Ex­plo­rar a trans­pa­rên­cia do vi­dro, O de­sig­ner con­ta que a maio­ria
que se re­ve­la tan­to mais se­du­to­ra tos de seus de­se­nhos têm cur­vas, dos fa­bri­can­tes de per­fu­mes com­
quan­to ele está con­tra a luz, é uma mas elas são su­tis, não é uma coi­sa pra o pro­je­to fora, prin­ci­pal­men­te
das in­ten­ções de Pi­nat­ti em seus pe­sa­da. Po­dem ser mais abs­tra­tos na Fran­ça, onde o es­cri­tó­rio maior
pro­je­tos. Mas ele não se preo­cu­pa ou mais fi­gu­ra­ti­vos. Um dos úl­ti­ e mais co­nhe­ci­do é o Dinand. Até
ape­nas com a be­le­za em suas cria­ mos fras­cos cria­dos por Pi­nat­ti, a onde Pi­nat­ti está in­for­ma­do, a úni­
ções. Uma preo­cu­pa­ção es­sen­cial é deo-co­lô­nia Mu­lher, para Água de ca em­pre­sa com um de­par­ta­men­to
com a me­lho­ria das con­di­ções de Chei­ro, de Belo Ho­ri­zon­te, di­ri­gi­ pró­prio de de­sen­vol­vi­men­to de
uso do pro­du­to. Ele en­si­na: “Os do para mu­lheres ma­du­ras, tem um em­ba­la­gem é O Bo­ti­cá­rio – que
vi­dros de­vem ser fá­ceis de pe­gar. de­se­nho que lem­bra a si­lhue­ta sua­ tem na ân­fo­ra um ver­da­dei­ro íco­ne
Para isso, não po­dem ser mui­to ve de um cor­po fe­mi­ni­no. As tam­ da em­pre­sa. Os ami­gos e alu­nos
gran­des, de­vem ca­ber bem na mão. pas, feitas de po­li­pro­pi­le­no, em sa­bem da pai­xão de Pi­nat­ti por
Não po­dem ser in­tei­ra­men­te li­sos ver­sões co­lo­ri­das, têm a mes­ma vi­dros de per­fu­mes e cos­tu­mam
ou re­tos, pois es­ses es­cor­re­gam e for­ma on­du­la­da. Já o fras­co ven­di­ pre­sen­teá-lo com fras­cos va­zios.
não dão fir­me­za, es­pe­cial­men­te na do para a Fran­ça tem fo­lhas em Sua co­le­ção já ul­tra­pas­sa as cin­co
hora de abrir uma tam­pa de ros­ca ou re­le­vo, qua­se como uma flor que cen­te­nas. Mas ele não se dei­xa
de acio­nar a vál­vu­la do spray”. co­me­ça a se abrir. pa­ra­li­sar pelo pas­sa­do e está sem­
Tan­to nos fras­cos de for­mas Em­bo­ra em me­nos de uma pre de­se­nhan­do no­vas for­mas,
neu­tras quan­to na­que­les de for­mas dé­ca­da, des­de que ele en­trou no ex­plo­ran­do um ma­te­rial que em
or­gâ­ni­cas, sem­pre há re­bai­xos ou setor, a evo­lu­ção téc­ni­ca na área suas mãos já se tor­nou um ve­lho
re­le­vos para fa­vo­re­cer a pega. Mui­ te­nha sido enor­me, ain­da há mui­to co­nhe­ci­do.
set 99 • embalagemmarca – 23
CASE

faturando com caixa de


música
Em estojos metálicos
artisticamente
decorados, os
CDs da Globo Disk
são um verdadeiro

v
sucesso de vendas

en­cer o de­sa­fio de se por­ta-tre­cos ou estojo para guard­ Lau­ra­bea­triz, por exem­plo, fica-se

divulgação
des­ta­car no con­ges­tio­ ar documentos. São dis­tri­buí­das sa­ben­do que a ar­tis­ta, ca­rio­ca de
na­do mer­ca­do de CDs em todo o Bra­sil pelo Se­dex. 49 anos, além de pri­vi­le­giar a téc­
pa­re­cia ser ta­re­fa im­pos­ “Esse é um pro­du­to mui­to ni­ca do lá­pis de cor so­bre pa­pel,
sí­vel. A Glo­bo Disk, po­rém, mos­ es­pe­cial, que for­ne­ce­mos com faz in­cur­sões pela pin­tu­ra so­bre
trou que não era. No iní­cio de ex­clu­si­vi­da­de”, con­ta Gil­ber­to tela. “As ven­das su­pe­ra­ram a
1997, a em­pre­sa, es­pe­cia­li­za­da em Al­ves, ge­ren­te de ven­das da Meis­ ex­pec­ta­ti­va”, in­for­ma o ge­ren­te da
te­le­mar­ke­ting, co­me­çou a ven­der ter, em­pre­sa que há ses­sen­ta anos Meis­ter. Na cam­pa­nha do Dia dos
seus tí­tu­los acondicionados em fun­cio­na em Join­vil­le (SC). Ha­bi­ Na­mo­ra­dos, por exem­plo, a Glo­bo
la­tas de aço de­co­ra­das com re­pro­ tua­da a fa­zer apro­xi­ma­da­men­te Disk ven­deu 900 000 co­le­tâ­neas
du­ções de ar­tis­tas plás­ti­cos bra­si­ oi­ten­ta mo­de­los di­fe­ren­tes de la­tas de mú­si­ca po­pu­lar e fa­tu­rou cer­ca
lei­ros, en­tre eles Lau­ra­bea­triz, para ou­tros clien­tes, a me­tal­grá­fi­ de R$ 33 mi­lhões.
Sid­ney Had­dad, Luiz Cas­ta­non, ca re­ce­beu o pro­je­to da em­ba­la­
John Graz e Nel­son Scren­di. Cria­ gem re­tan­gu­lar cria­do pela S&A Só entra sucesso
das pela S&A De­sign e de­sen­vol­ De­sign e logo per­ce­beu que não se Cada lan­ça­men­to da Glo­bo
vi­das pela me­tal­grá­fi­ca Meis­ter, as tra­ta­va de um ser­vi­ço co­mum. Disk é ven­di­do por pre­ços que
em­ba­la­gens metálicas decoradas “No iní­cio foi di­fí­cil”, diz Al­ves. va­riam en­tre 32 e 44 reais. A se­le­
aju­da­ram de forma decisiva a Hoje, en­tre­tan­to, a Meis­ter de­sem­ ção dos ar­tis­tas ba­seia-se em pes­
ga­ran­tir o su­ces­so das ven­das. Até pe­nha com tran­qüi­li­da­de a mis­são, qui­sas que até ago­ra in­di­ca­ram
ago­ra, qua­se 3 mi­lhões de exem­ que para ser rea­li­za­da re­quer de atra­ções como Chi­tão­zi­nho e
pla­res fo­ram co­mer­cia­li­za­dos. seis a oito pas­sa­gens de má­qui­na. Xo­ro­ró, Ca­zu­za, Elis Re­gi­na, Emí­
“Além da pra­ti­ci­da­de, as la­tas lio San­tia­go, Raça Ne­gra e Xuxa.
dos CDs têm fun­cio­na­do como um Informações no fundo No re­per­tó­rio, só tem direito a
poderoso ar­gu­men­to adi­cio­nal de Com a lo­go­mar­ca da Glo­bo Disk entar aquilo que seja realmente
ven­da”, conta Fá­bio Var­gas, ge­ren­ im­pres­sa em re­le­vo, as la­tas, su­ces­so. Na co­le­tâ­nea “Cem anos
te de mar­ke­ting da Glo­bo Disk. re­ves­ti­das in­ter­na­men­te por uma de Ci­ne­ma”, por exem­plo, as
Pro­te­gi­das por um ver­niz es­pe­cial li­to­gra­vu­ra de co­res for­tes, com­ mú­si­cas vão de “As time goes
que au­men­ta sua vida útil, as por­tam dois ou três CDs. O fun­do bye”, tema de “Ca­sa­blan­ca”, até
em­ba­la­gens tam­bém po­dem ser da em­ba­la­gem traz in­for­ma­ções “O po­de­ro­so che­fão”, da tri­lo­gia
uti­li­za­das pelo con­su­mi­dor como so­bre o au­tor da es­tam­pa. So­bre de Fran­cis Ford Co­pol­la.

24 – embalagemmarca • set 99
TINTAS

Globalizado, o setor de
tintas moderniza
embalagens e reage
à recessão

A
Fernando Barros

evo­lu­ção da in­dús­tria de tin­tas


no Bra­sil re­tra­ta com sin­té­ti­ca
per­fei­ção al­gu­mas fa­ses mar­
can­tes da tra­je­tó­ria que a eco­
no­mia do país vem se­guin­do de
pou­co mais de 100 anos para cá. O se­tor
co­me­çou ver­de­jan­te, no fi­nal do sé­cu­lo
pas­sa­do, quan­do se cria­ram as pri­mei­ras
fá­bri­cas, e, com a san­güí­nea dis­po­si­ção da
ju­ven­tu­de, evo­luiu até que os grá­fi­cos
re­pou­sas­sem na li­nha azul da es­ta­bi­li­da­de.
Na me­ta­de dos anos 90, o setor ado­tou
o po­li­cro­ma­tis­mo da glo­ba­li­za­ção. En­tre
fu­sões e ven­das, in­ter­na­cio­na­li­zou boa
par­te do ca­pi­tal e con­ti­nuou a ex­pan­dir-se,
sem­pre in­ves­tin­do em pes­qui­sa e tec­no­lo­gia.
Em 1998, po­rém, os re­fle­xos
ama­re­la­dos da re­ces­são atin­gi­ram
a área, que vi­nha man­ten­do ín­di­
ces de cres­ci­men­to su­pe­rio­res aos
do Pro­du­to In­ter­no Bru­to. Re­gis­
trou-se uma que­da de 5% em re­la­
ção ao ano an­te­rior, mas para a
As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Fa­bri­
can­tes de Tin­tas (Abra­fa­ti) já há
si­nais de que o mer­ca­do co­me­ça a
rea­gir.
São im­pres­sio­nan­tes, de qual­
quer for­ma, os nú­me­ros apre­sen­ta­
dos pelo se­tor. Quin­to co­lo­ca­do no
ran­king mun­dial, é for­ma­do por
co­res são res­pon­sá­veis pela apa­
300 em­pre­sas, as mais im­por­tan­
den­si­da­de. Até ago­ra, po­rém, as rên­cia das em­ba­la­gens, es­sen­ciais
tes lo­ca­li­za­das no Es­ta­do de São
la­tas, prin­ci­pal­men­te as de 18 para in­ci­tar o de­se­jo do con­su­mi­
Pau­lo, se­gui­do por Rio de Ja­nei­ro,
li­tros, per­ma­ne­cem im­ba­tí­veis. dor”, lem­bra Dil­son Fer­rei­ra. A
Rio Gran­de do Sul e Per­nam­bu­co.
“São as em­ba­la­gens mais ba­ra­tas re­va­lo­ri­za­ção vi­sual é uma ten­
Tem pro­du­ção anual de 800
para tin­tas imo­bi­liá­rias”, afir­ma dên­cia que atin­giu to­das as em­pre­
mi­lhões de li­tros e fa­tu­ra­men­to de
Dil­son Fer­rei­ra, pre­si­den­te da sas, nas mais di­fe­ren­tes áreas, e as
2 bi­lhões de reais. Do ma­te­rial
Abra­fa­ti. Quan­to a seu pa­pel na as fá­bri­cas de tin­tas não fo­ram
fa­bri­ca­do no país, 25% são des­ti­
in­dús­tria de em­ba­la­gens, é sim­ pou­pa­das. “De cin­co anos para cá,
na­dos a in­dús­trias que pin­tam seus
ples­men­te vi­tal, já que a cor é um to­das mo­der­ni­za­ram suas em­ba­la­
pro­du­tos.
dos ele­men­tos que de for­ma cada gens para tor­ná-las mais atra­ti­vas
Aí en­tra o seg­men­to de em­ba­
vez mais in­ten­sa exer­cem a fun­ e in­for­ma­ti­vas”, diz o pre­si­den­te
la­gens, que, cla­ro, aten­de tam­bém
ção de atrair a aten­ção do con­su­ da Abra­fa­ti.
o se­tor das tin­tas e tem nele um
mi­dor no pon­to-de-ven­da. A Su­vi­nil foi uma de­las. Em
dos seus mais im­por­tan­tes clien­
1998, pas­sou a che­gar re­ju­ve­nes­
tes. Pro­va dis­so é o con­su­mo de Charme e proteção ci­da aos pon­tos-de-ven­da. Man­te­
55% do vo­lu­me pro­du­zi­do só pela
A tin­ta é par­cei­ra fun­da­men­tal ve na em­ba­la­gem, só que em es­ca­
li­nha imo­bi­liá­ria, cu­jos itens vão
de vá­rias ou­tras in­dús­trias, que se la me­nor, as tra­di­cio­nais fai­xas
des­de as tin­tas para pa­re­des e
va­lem de em­ba­la­gens me­tá­li­cas nas co­res ama­re­la, ver­me­lha e
pi­sos até ver­ni­zes pig­men­ta­dos e
ou fle­xí­veis. Em al­guns ca­sos, a la­ran­ja; am­pliou o “S” do lo­go­ti­
ma­te­rial an­ti­mo­fo. Qua­se tudo
apli­ca­ção do pro­du­to é ex­ter­na e po, deu-lhe um tom dou­ra­do e,
che­ga ao con­su­mi­dor en­va­sa­do
in­ter­na. O me­lhor exem­plo é dado além dis­so, gra­fou em pre­to o res­
em la­tas de fo­lha-de-flan­dres,
pe­las la­tas de re­fri­ge­ran­tes e cer­ tan­te da mar­ca. Para com­ple­tar,
em­bo­ra co­me­cem a des­pon­tar
ve­jas. Do lado de fora, as co­res im­pri­miu ilus­tra­ções que re­ve­lam
em­ba­la­gens de po­lie­ti­le­no de alta
im­pres­sas ofe­re­cem o char­me qual a apli­ca­ção do pro­du­to. “Ago­
in­dis­pen­sá­vel para cha­mar a aten­ ra, a em­ba­la­gem é mui­to mais
ção do con­su­mi­dor, en­quan­to co­mu­ni­ca­ti­va”, diz Adria­no Mar­
in­ter­na­men­te os ver­ni­zes for­mam son, ana­lis­ta de mar­ke­ting da
a bar­rei­ra ne­ces­sá­ria para pro­te­ger em­pre­sa.
a be­bi­da do con­ta­to di­re­to com o A mu­dan­ça das em­ba­la­gens
alu­mí­nio. ocor­reu jun­to com a mu­dan­ça de
Para a pro­du­ção das tin­tas li­to­ per­fil do con­su­mi­dor de tin­tas.
grá­fi­cas, uti­li­za­das ex­ter­na­men­te, An­tes, quem ia às com­pras eram
as fá­bri­cas re­corr­rem a tec­no­lo­ os pin­to­res pro­fis­sio­nais.
gias mui­to avan­ça­das, que per­mi­ Hoje, eles di­vi­dem es­pa­ço com
tem a apli­ca­ção e a se­ca­gem com os adep­tos do “faça-você-mes­mo”
a ra­pi­dez exi­gi­da pe­los equi­pa­ em home-cen­ters e lo­jas que pro­
men­tos de alta pro­du­ti­vi­da­de. “As mo­vem aten­di­men­to es­pe­cial.

24 – embalagemmarca • jul 99 set 99 • embalagemmarca – 27


TINTAS

resistência à crise
Nem com o mer­ca­do em que­da a in­dús­tria dei­xa de in­ves­tir pe­sa­do

A s in­dús­trias de tin­tas para


em­ba­la­gens pas­sam por
um mo­men­to pa­ra­do­xal.
Acu­sam que­da de mo­vi­
men­to e, no en­tan­to, con­ti­nuam
em­ba­la­gens os 500 anos do des­co­
bri­men­to do Bra­sil, se­gun­do a
em­pre­sá­ria. Nely acom­pa­nha a
evo­lu­ção da área há 45 anos, quan­
do, mo­ra­do­ra do bair­ro do Pari,
in­ves­tin­do pe­sa­do em equi­pa­men­ em São Pau­lo, viu che­ga­rem aos
tos e ins­ta­la­ções que lhes per­mi­ gal­pões lo­ca­li­za­dos de­fron­te à sua
tem aper­fei­çoar pro­du­tos e apre­ casa as pri­mei­ras má­qui­nas im­por­
sen­tar cons­tan­tes no­vi­da­des ao ta­das por João Pa­tins­kas, fun­da­
mer­ca­do. Para An­tô­nio Cos­ta, dor da Me­tal­tin­tas. Nely ca­sou-se
di­re­tor da fá­bri­ca de San­to An­dré com João e, em 1980, quan­do o
da Co­ral/ICI, 1999 tem sido mar­ ma­ri­do mor­reu, as­su­miu a di­re­ção
ca­do pela que­da de con­su­mo e de da fá­bri­ca.
ex­pec­ta­ti­vas. Mes­mo as­sim, são O se­tor já pas­sou por me­lho­res
vo­lu­mo­sas as ven­das de tin­tas para cá to­das as no­vi­da­des, to­dos fa­ses, de acor­do com ela. A eu­fo­
para de­co­ra­ção me­tá­li­ca e de ver­ os di­fe­ren­ciais que há no mun­do”, ria des­per­ta­da pelo PET, cu­jos
ni­zes para re­ves­ti­men­to in­ter­no diz Luiz Can­sian, ge­ren­te de mar­ ró­tu­los são ade­si­vos, es­ta­ria con­
para em­ba­la­gens. Cos­ta re­su­me: ke­ting da Basf Sis­te­mas Grá­fi­cos, tri­buin­do para a re­tra­ção do con­
“Es­sas coi­sas não caem mui­to. A que for­ne­ce tin­ta de im­pres­são su­mo das tin­tas uti­li­za­das nas
gen­te não pára de co­mer, não é?” para em­ba­la­gens fle­xí­veis para em­ba­la­gens me­tá­li­cas. Mas as
A Co­ral/ICI , diz ele, é lí­der no pro­du­tos como café, suco em pó, la­tas de be­bi­das não en­tra­ram para
seg­men­to de ver­ni­zes, for­ne­ci­dos sopa de­si­dra­ta­da e açú­car. va­ler no mer­ca­do? “En­tra­ram”,
para a pro­te­ção, en­tre ou­tros pro­ res­pon­de Nely. “Em com­pen­sa­
du­tos, de ali­men­tos e, aci­ma de Inovação permanente ção, caí­ram as bis­na­gas de cre­me
tudo, de be­bi­das. O la­bo­ra­tó­rio de de­sen­vol­vi­men­to den­tal, que eram de alu­mí­nio e
“Te­mos o me­lhor do que o de cor, re­la­ta Can­sian, tra­ba­lha ago­ra são de plás­ti­co.” Por cau­sa
do de­se­qui­lí­brio pro­vo­ca­do pelo
clien­te pode que­rer”, ga­ran­te o in­ces­san­te­men­te para aten­der às
PET, a em­pre­sá­ria não faz pro­je­
di­re­tor da Co­ral/ICI. A afir­ma­ção cons­tan­tes so­li­ci­ta­ções dos clien­
ções ani­ma­do­ras para as fá­bri­cas
está apoia­da num rea­tor, que cus­ tes, li­ga­dos a uma área que tem na
de tin­tas me­tal­grá­fi­cas. “Será mui­
tou há um ano 2 mi­lhões de dó­la­ in­quie­ta­ção uma das suas mais
to se hou­ver um cres­ci­men­to de
res. Ou­tro gi­gan­te que apos­ta no for­tes ca­rac­te­rís­ti­cas. “Tra­ba­lhar
2% até o fi­nal do ano.”
se­tor é o gru­po Basf, cujo fa­tu­ra­ com em­ba­la­gem é tra­ba­lhar com Nem por isso Nely de­sa­ni­ma.
men­to mun­dial che­gou a 32 bi­lhões mar­ke­ting, e o mar­ke­ting re­quer Ela ca­pri­cha no aten­di­men­to co­mo
de dó­la­res em 1997. Em de­zem­bro, sem­pre a ino­va­ção”, lem­bra o for­ma de se di­fe­ren­ciar dos gran­
a fá­bri­ca de tin­tas de im­pres­são ge­ren­te de mar­ke­ting da Basf Sis­ des con­cor­ren­tes, cujo es­ti­lo, diz,
hoje lo­ca­li­za­da em Caiei­ras (SP) te­mas Grá­fi­cos. peca por ser mui­to bu­ro­crá­ti­co. A
será trans­fe­ri­da para São Ber­nar­do Nely Aza­rian Pa­tins­kas, pro­ Me­tal­tin­tas di­ver­si­fi­ca pro­du­zin­do
do Cam­po, no ABC pau­lis­ta. Jun­ prie­tá­ria da Me­tal­tin­tas, con­cor­da tin­tas, por exem­plo, para ca­pas de
tan­do a mu­dan­ça com me­lho­rias com a tese: “Muda-se por exi­gên­ li­vros e em­ba­la­gens de xam­pus e
em equi­pa­men­tos, a ope­ra­ção fi­ca­ cia do con­su­mi­dor. Ele se can­sa me­di­ca­men­tos, en­quan­to pre­vê
rá em 2,2 bi­lhões de dó­la­res. logo e quer sem­pre mais no­vi­da­ para den­tro de três anos a re­van­
“Por ser­mos uma em­pre­sa des.” En­tre as pró­xi­mas de­ve­rá che da lata so­bre o PET. “No Pri­
trans­glo­bal, con­se­gui­mos tra­zer des­ta­car-se a que vai ce­le­brar nas mei­ro Mun­do, isso já acon­te­ceu.”

28 – embalagemmarca • set 99
TINTAS

a lata lidera
Nas em­ba­la­gens para tin­tas, o
ma­te­rial con­ti­nua sen­do o pre­fe­ri­do

F
un­da­da há 65 anos, a Cia. Tam­bém para pro­mo­ver mo­di­ En­quan­to real­ça os lan­ça­men­
Me­ta­lúr­gi­ca Pra­da en­fren­ta fi­ca­ções vi­suais nas li­nhas Co­ral tos, a em­pre­sa não des­cui­da do
com tran­qüi­li­da­de o avan­ço e Du­lux a em­pre­sa pôs os pes­qui­ mer­ca­do ca­ti­vo das la­tas re­tan­gu­
das em­ba­la­gens PET. “Não sa­do­res em cam­po. “Nós mu­da­ la­res de 18 li­tros. Ins­ta­lou re­cen­
me as­sus­ta, acho que elas mos pri­mei­ro”, avi­sa o ge­ren­te de te­men­te uma li­nha que pro­duz
não têm 10% do mer­ca­do”, co­mu­ni­ca­ção Fer­nan­do Po­ya­res. ses­sen­ta uni­da­des por mi­nu­to, e
diz Cláu­dio Mau­rí­cio Gi­rar­di, An­tes enig­má­ti­cas para o con­su­ tem à dis­po­si­ção dos clien­tes
su­pe­rin­ten­den­te co­mer­cial da mi­dor lei­go, as em­ba­la­gens das uma ver­são com alça. Ou­tro ar­ti­
com­pa­nhia, a maior na es­pe­cia­li­ tin­tas da Co­ral/ICI tra­ziam o de­se­ go que se des­ta­ca é a lata qua­dra­
da­de. “Es­ta­mos num mo­men­to nho de uma onda, o nome e a da de 9 li­tros.
ex­ce­len­te, com pers­pec­ti­va de com­po­si­ção do pro­du­to. Hoje, A dis­cus­são so­bre tin­tas e
me­lho­rar ain­da mais até o fi­nal têm ilus­tra­ções co­lo­ri­das tra­du­ em­ba­la­gens tem de­sa­gua­do na
do ano”, ele afir­ma. zin­do as suas apli­ca­ções. “Fi­ca­ ques­tão am­bien­tal. “O se­tor está
Não es­tra­nha o fato de Gi­rar­ ram mais ami­gá­veis, mais cha­ muito vol­ta­do para isso”, in­for­ma
di des­toar do dis­cur­so re­pe­ti­do ma­ti­vas. Mu­da­mos da água para o pre­si­den­te da Abra­fa­ti. Em
pela maio­ria do em­pre­sa­ria­do o vi­nho”, or­gu­lha-se Po­ya­res. ju­nho, a en­ti­da­de par­ti­ci­pou da
na­cio­nal. Ele tem boas ra­zões or­ga­ni­za­ção do se­mi­ná­rio “Ava­
para isso, a co­me­çar pela lem­ Lançamentos e ambiente lia­ção de ris­co am­bien­tal”, que
bran­ça de que, es­pe­cial­men­te no As trans­for­ma­ções, até ago­ra, reu­niu téc­ni­cos e em­pre­sá­rios no
se­tor imo­bi­liá­rio, é en­tre agos­to con­cen­tram-se prin­ci­pal­men­te no Es­pa­ço Em­pre­sa­rial, em São Pau­
e se­tem­bro que as ven­das tra­di­ as­pec­to vi­sual. Já no que diz res­ lo. O geó­lo­go Sér­gio Ogi­ha­ra,
cio­nal­men­te co­me­çam a cres­cer. pei­to ao ma­te­rial pre­fe­ri­do pelo ge­ren­te de pro­je­tos da Hi­dro
Mais ain­da por­que o prin­ci­pal se­tor de tin­tas, a li­de­ran­ça das Am­bien­tal, foi um dos ins­tru­to­res
clien­te da Pra­da aten­de pelo la­tas man­tém-se in­to­cá­vel. Não do cur­so prá­ti­co. “Ao di­mi­nuir o
nome de Basf, dona da res­pei­ta­ fos­se as­sim a Bra­si­la­ta não te­ria im­pac­to am­bien­tal, a in­dús­tria
da mar­ca Su­vi­nil, co­mer­cia­li­za­ ob­ti­do no ano pas­sa­do um fa­tu­ra­ con­se­gue eco­no­mi­zar, tor­na seu
da prin­ci­pal­men­te em la­tas de 18 men­to de 91 mi­lhões de reais, pro­ces­so mais efi­cien­te e, além
li­tros. “E ga­lão é ga­lão pelo res­to re­sul­ta­do do pro­ces­sa­men­to de 36 de ge­rar me­nos re­sí­duos, pode
da vida, não pre­ci­sa mu­dar”, 000 to­ne­la­das de fo­lha de aço em rea­pro­vei­tá-los”, ele afir­ma.
ra­cio­ci­na o su­pe­rin­ten­den­te suas fá­bri­cas de São Pau­lo, Es­tre­ Se­gun­do Ogi­ha­ra, a área de
co­mer­cial. la (RS) e Rio Ver­de (GO). tin­tas tem de­mons­tra­do gran­de
As mu­dan­ças, quan­do ocor­ Uma das in­dús­trias mais preo­cu­pa­ção e in­te­res­se a res­pei­
rem, são fei­tas cui­da­do­sa­men­te. im­por­tan­tes da área, a Bra­si­la­ta to do as­sun­to. “Toda em­pre­sa,
Con­cor­ren­te da Basf, a Co­ral/ICI tem no­vi­da­des para mos­trar no hoje em dia, tem po­lí­ti­ca cor­po­
lan­çou em em­ba­la­gens plás­ti­cas 6o Con­gres­so In­ter­na­cio­nal de ra­ti­va de qua­li­da­de”, diz o es­pe­
re­tan­gu­lares de 5 e 18 li­tros, no Tin­tas, pro­mo­vi­do em se­tem­bro cia­lis­ta. Há uma co­bran­ça mú­tua
fim do ano pas­sa­do, a li­nha Co­ral pela Abra­fa­ti, em São Pau­lo. do cer­ti­fi­ca­do ISO 14000, con­
Plus. Mais fun­cio­nal, tem na par­te Abrin­do a lis­ta de lan­ça­men­tos quis­ta­do pe­las com­pa­nhias que
su­pe­rior, ao con­trá­rio do ga­lão de es­tão as la­tas para ae­ros­sóis, de aten­tam para a pre­ser­va­ção
lata, aber­tu­ra su­fi­cien­te para a pro­du­ção com­ple­xa, fa­bri­ca­das am­bien­tal. En­tre elas há vá­rios
en­tra­da do rolo. Uma pes­qui­sa na uni­da­de gaú­cha da em­pre­sa. fa­bri­can­tes de em­ba­la­gens de
re­ve­lou que o con­su­mi­dor apro­va­ Em se­gui­da vem a li­nha Plus, me­tal, que de acor­do com Ogi­ha­
ria a fa­ci­li­da­de. Só de­pois de se com­pos­ta por la­tas re­don­das, que ra in­ves­tem em re­ci­cla­gem.
apoiar no es­tu­do a Co­ral de­ci­diu não se abrem quan­do tom­ba­das e “An­ti­ga­men­te, o des­ti­no era o
fa­zer o lan­ça­men­to (ver Emb ­ al
­ a­ po­dem ser fa­cil­men­te fe­cha­das ater­ro sa­ni­tá­rio. Hoje, reu­ti­li­za-se
gem­Marc ­ a nº 3). após o uso. o ma­te­rial.”
set 99 • embalagemmarca – 29
ARTIGO

cor: o soRriso Embalagens


de alimentos
desenvolvidas
pela Gerart
Design

da embalagem
A
Nélson Bavaresco, diretor da Gerart Design

s atuais em­ba­la­gens de ven­das”, e é nela que se deve “car­ ti­va de cer­tas com­bi­na­ções de
seus pro­du­tos es­tão re­gar nas tin­tas”, in­ves­tin­do no co­res es­ta­rem as­so­cia­das a de­ter­
bem ves­ti­das e sor­rin­ de­sign da em­ba­la­gem tan­to quan­to mi­na­das ca­te­go­rias de pro­du­tos é
do para o con­su­mi­dor? se in­ves­te em equi­pa­men­tos e em tão for­te que se tor­na pra­ti­ca­men­te
Sua em­pre­sa tem uma ma­te­riais. Bem re­sol­vi­da em ter­ obri­ga­tó­rio em­pre­gá-las no de­sign
aná­li­se das fun­ções psi­co­di­nâ­mi­ mos de de­sign, a em­ba­la­gem es­ta­ grá­fi­co das em­ba­la­gens.
cas das co­res, da tra­di­ção dos usos rá sem­pre sor­rin­do para seus con­ É o caso das man­tei­gas, pro­du­
e cos­tu­mes e dos ti­pos de har­mo­ su­mi­do­res. to na­tu­ral de ori­gem ani­mal em
nias? Tal­vez es­te­ja na hora de pen­ Por meio da for­ma, do gra­fis­ cu­jas em­ba­la­gens se pode usar e
sar nis­so. mo, dos tex­tos in­for­ma­ti­vos e das abu­sar do ama­re­lo, cor que tra­di­
Um pro­du­to que de­se­je dis­pu­tar co­res pro­pi­cia­das pe­las tin­tas – cio­nal­men­te as iden­ti­fi­ca. Já para
um lu­gar ao sol, isto é, um lu­gar si­nô­ni­mo de cor – a em­ba­la­gem pro­du­tos de ori­gem ve­ge­tal, como
nos pon­tos-de-ven­da, me­re­ce a “fala”, con­tra­rian­do a idéia do mar­ga­ri­nas e gor­du­ras, pre­do­mi­na
me­lhor rou­pa­gem que o de­sign de ven­de­dor si­len­cio­so e es­tá­ti­co na o ver­de. A man­tei­ga é um pro­du­to
em­ba­la­gem pode lhe dar. Pro­du­to pra­te­lei­ra do su­per­mer­ca­do. A con­si­de­ra­do no­bre, e tem na cor
bem ves­ti­do, tan­to no ata­ca­do em­ba­la­gem tem de “fa­lar alto”, uma es­pé­cie de pro­te­ção. Mas
como no va­re­jo, tem tudo para dar pois é o me­lhor anún­cio, com mais al­gu­mas mar­cas de mar­ga­ri­nas
cer­to. Como de­sig­ner de em­ba­la­ tem­po de ex­po­si­ção, que um pro­ têm con­se­gui­do uti­li­zar cada vez
gens e es­pe­cia­lis­ta em cor, pos­so du­to pode ter: de doze a 24 ho­ras mais o ama­re­lo em suas em­ba­la­
afir­mar que te­mos hoje no Bra­sil por dia – e no pon­to-de-ven­da. gens, tal­vez até por des­cui­do dos
um alto ní­vel de qua­li­da­de em Na ques­tão das co­res para ór­gãos con­tro­la­do­res.
nos­sas em­ba­la­gens. Mas em mui­ em­ba­la­gens é ne­ces­sá­rio “car­re­gar Tudo isso, po­rém, não im­pe­de
tas em­pre­sas, es­pe­cial­men­te en­tre nas tin­tas” da har­mo­nia cro­má­ti­ca, que o de­sig­ner en­con­tre har­mo­
as em­pre­sas na­cio­nais, o de­sign é den­tro de uma me­to­do­lo­gia que nias di­fe­ren­tes, den­tro dos es­que­
vis­to com sus­pei­ta. ga­ran­ta a me­lhor per­for­man­ce no mas con­si­de­ra­dos tra­di­cio­nais. A
A boa rou­pa da em­ba­la­gem é a pon­to-de-ven­da. Para que este pa­la­vra de or­dem é fa­zer sem­pre
gran­de e ver­da­dei­ra “má­qui­na de co­men­tá­rio so­bre em­ba­la­gens, tin­ pes­qui­sas e tes­tes.
tas e co­res não fi­cas­se Um im­por­tan­te atri­bu­to da cor
am­plo de­mais e mui­to ge­né­ é ser – ou não – “co­mes­tí­vel”. Há
ri­co, fi­xa­mo-nos num se­tor, no cír­cu­lo cro­má­ti­co o con­jun­to
o dos pro­du­tos ali­men­tí­cios
das co­res frias e das co­res quen­tes,
e em al­gu­mas par­ti­cu­la­ri­da­
sen­do es­tas con­si­de­ra­das “co­mes­
des, como os es­que­mas de
ti­veis”, en­quan­to as frias são con­
co­res tra­di­cio­nais para
si­de­ra­das “in­di­ges­tas”. Po­rém, são
de­ter­mi­na­dos pro­du­tos e
cer­tas co­res obri­ga­tó­rias, “be­bí­veis”, e mui­to bem acei­tas
de­ter­mi­na­das pela le­gis­la­ em li­co­res e di­ges­ti­vos.
ção. Nas com­bi­na­ções de co­res para
Há na cor das em­ba­la­ pro­du­tos co­mes­tí­veis, essa re­gra,
gens um fa­tor cha­ma­do tra­ como to­das, tem al­gu­mas ex­ce­
di­ção, que é mui­to mais ções, fi­xa­das pe­los usos e cos­tu­
for­te que qual­quer le­gis­la­ mes. Isso pode ser mais bem com­
ção, aliás cria­da em fun­ção preen­di­do com uma con­sul­ta ao
da tra­di­ção. A tra­di­ção re­la­ qua­dro da pró­xi­ma pá­gi­na.

30 – embalagemmarca • set 99
CORES TRADICIONAIS PARA EMBALAGENS
DE ALGUNS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Mar­rom qua­se ne­gro, café é si­no­ni­mo de cor e está tra­di­cio­nal­men­te as­so­cia­
do ao ca­lor pró­prio de como cos­tu­ma ser ser­vi­do, já que pou­quís­si­mas pes­
soas o to­mam frio. Tra­di­ção de co­res quen­tes. O dou­ra­do dá ca­rac­te­rís­ti­ca de
mais qua­li­da­de.

Tra­di­cio­nal­men­te, de cor bege ama­re­la­do, dou­ra­do, com áreas amar­ron­za­das,


to­das quen­tes. Ad­mi­te-se o uso do bran­co ou do bege como con­tras­te. O dou­
ra­do dá a ca­rac­te­rís­ti­ca de mais qua­li­da­de.

Co­res ama­re­las meio cla­ras até o ala­ran­ja­do é o tí­pi­co des­se pro­du­to, que lem­
bra gema de ovos e tri­go dou­ra­do, to­das co­res quen­tes. O ver­de con­tra­põe-se
ao ver­me­lho, re­la­cio­na­do às co­res evo­ca­ti­vas da Itá­lia. O anil vem da tra­di­ção
de no pas­sa­do usar-se pa­pel des­sa cor nos pa­co­tes do pro­du­to, para pro­te­gê-lo
da ra­dia­ção so­lar. O dou­ra­do dá a ca­rac­te­rís­ti­ca de mais qua­li­da­de.

O bran­co é uma cor neu­tra, sem tem­pe­ra­tu­ra es­pe­cí­fi­ca. Para quei­jo e lei­te
usa-se qua­se sem­pre o ama­re­lo ala­ran­ja­do. Tra­di­cio­nal­men­te, o azul – cor fria
– tem fun­ção de de con­tras­te e é as­so­cia­do a con­di­ções sa­ni­tá­rias.

Sua cor ca­rac­te­rís­ti­ca é ama­re­la­da, quen­te. Es­ses tons são prer­ro­ga­ti­va do


pro­du­to. Ad­mi­te-se o con­tras­te do azul-es­cu­ro.

Tra­di­cio­nal­men­te bran­co, tor­na-se mais atraen­te quan­do mes­cla­do com co­lo­rí­


fi­co ou aça­frão, como na pael­la com fru­tos do mar, cujo con­jun­to é sem­pre de
co­res quen­tes. Acei­ta com­bi­na­ção de la­ran­ja com azul e ver­de es­cu­ro.

Ser­vi­do de mui­tas ma­nei­ras, in­clu­si­ve lí­qui­do quen­te ou frio, mas sem­pre


as­so­cia­do à pro­prie­da­de ca­ló­ri­ca de pro­du­to des­ti­na­do a com­ba­ter o frio, tem
em­ba­la­gens com co­res pre­do­mi­nan­te­men­te quen­tes. O dou­ra­do e o co­bre dão
ao pro­du­to ca­rac­te­rís­ti­ca de mais qua­li­da­de.

Ver­me­lha por na­tu­re­za, ad­qui­re cor es­cu­ra quan­do fri­ta, as­sa­da ou gre­lha­da,
ten­den­do sem­pre para o mar­rom es­cu­ro, to­na­li­da­de de­ri­va­da do ma­tiz ver­me­
lho, quen­te. En­la­ta­da, usa sem­pre a cor do pro­du­to, com as­so­cia­ção ao la­ran­
ja, ao ver­me­lho e ao ver­de meio es­cu­ro.

Ape­sar da exis­tên­cia de mui­tos ti­pos de fei­jão, in­cluin­do o bran­co e o pre­to, a


ima­gem pre­do­mi­nan­te da cor da le­gu­mi­no­sa é sem­pre a de te­lha ou de ce­râ­mi­
ca, aver­me­lha­da, por­tan­to quen­te. Suas em­ba­la­gens cos­tu­mam as­so­ciar o pre­
to, o azul es­cu­ro e o ver­me­lho.

A cor do pro­du­to – vi­sí­vel quan­do é ser­vi­do – com­bi­na tra­di­cio­nal­men­te com


ver­me­lho, azul e ver­de, va­lo­ri­za­dos pelo dou­ra­do ou pelo co­bre (me­tal tra­di­cio­
nal da in­dús­tria e das ser­pen­ti­nas de es­fria­men­to).

set 99 • embalagemmarca – 31
ENTIDADE

A abre Associação Brasileira de


Embalagem movimenta o setor

D
es­de agos­to úl­ti­mo, para mer­ca­dos es­pe­cí­fi­
pro­fis­sio­nais li­ga­dos à cos. Den­tre eles des­ta­
area de em­ba­la­gem têm cam-se os se­guin­tes:
um pon­to de en­con­tro Pa­cka­ging Ba­sics, com
para a tro­ca de ex­pe­ pro­fes­so­res da School of
riên­cias e bus­ca de Pack­a­ging da Mi­chi­gan
co­nhe­ci­men­tos, além Sta­te Uni­ver­sity; Se­mi­
de in­di­ca­ções so­bre ná­rio In­ter­na­cio­nal para
opor­tu­ni­da­des de tra­ba­lho. Trata-se o Mer­ca­do de Be­bi­das,
do GPE – Gru­po de Pro­fis­sio­nais de em par­ce­ria com a o
Em­ba­la­gem da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ PMMI – Pac­ka­ging
ra de Em­ba­la­gem (Abre), cuja ins­ti­ Ma­chi­nery Ma­nu­fac­tu­
tui­ção acaba de ser anun­cia­da pelo rers Ins­ti­tu­te; Se­mi­ná­rio
pre­si­den­te da en­ti­da­de, Sér­gio In­ter­na­cio­nal para o Estande da Abre na Emballage 98, em Paris
Ha­ber­feld. Cria­do nos mol­des do Mer­ca­do Ali­men­tí­cio,
Re­ci­fe, e um se­gun­do, em data não
IoPP – Ins­ti­tu­te of Pac­ka­ging Pro­

m. e. cappellano
jun­to com a União Ita­lia­na dos
de­ter­mi­na­da, no Sul. A mais re­cen­te
fes­sio­nals, dos Es­ta­dos Uni­dos, o Fa­bri­can­tes de Ma­qui­ná­rio para
pro­mo­ção da as­so­cia­ção foi a Se­ma­
GPE está aber­to a pes­soas fí­si­cas Em­ba­la­gem; Se­mi­ná­rio In­ter­na­cio­
na Abre do De­sign de Em­ba­la­gem,
as­so­cia­das da Abre. nal para o Mer­ca­do de Hi­gie­ne e
da qual Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc­ a apre­
É a mais re­cen­te ação de uma Lim­pe­za, com o PMMI; Se­mi­ná­rio
sen­ta co­ber­tu­ra em Do­cu­men­to
cres­cen­te es­ca­la­da de ati­vi­da­des da do Mer­ca­do Con­su­mi­dor de Em­ba­
Es­pe­cial que acom­pa­nha esta edi­
Abre des­de a pos­se da atual di­re­to­ria la­gens do Nor­des­te, Ci­clo de De­ba­
ção.
(hoje no se­gun­do mandato), em mar­ tes so­bre Em­ba­la­gem e Meio
Tão im­por­tan­te quan­to os even­
ço de 1996. Nesse período, fo­ram Am­bien­te e Se­mi­ná­rio so­bre o Mer­
tos in­ter­nos, para o pre­si­den­te da
rea­li­za­dos dezenas de en­con­tros de ca­do La­ti­no-ame­ri­ca­no de Em­ba­la­
Abre, é a par­ti­ci­pa­ção em eventos
re­la­cio­na­men­to en­tre for­ne­ce­do­res, gem. Par­ti­ci­pa­ram cer­ca de 500 pes­
re­la­cio­na­dos à em­ba­la­gem no ex­te­
con­ver­te­do­res, con­sul­to­res, de­sig­ soas.
rior. “É uma for­ma di­fe­ren­cia­da e
ners e usuá­rios de embalagens.
De norte a sul aces­sí­vel de pres­tar ser­vi­ço aos as­so­
Nestes três anos a as­so­cia­ção
cia­dos e de atrair no­vos”, ele con­si­
con­ta­bi­li­za, en­tre ou­tras ati­vi­da­des, O pre­si­den­te da Abre en­ten­de
de­ra. A pre­sen­ça do Bra­sil em tais
35 ca­fés da ma­nhã. São en­con­tros que, dessas atividades, a de maior
even­tos teve um de seus mo­men­tos
em que um pa­les­tran­te, re­pre­sen­tan­ des­ta­que é o Con­gres­so Na­cio­nal de
de maior des­ta­que na Em­bal­la­ge 98,
do uma em­pre­sa, um ins­ti­tu­to ou um Em­ba­la­gem, bienal. “Além de pro­
uma das maio­res fei­ras mun­diais do
or­ga­nis­mo go­ver­na­men­tal, faz uma cu­rar tra­zer para o Con­gres­so as
se­tor, rea­li­za­da a cada dois anos em
apre­sen­ta­ção so­bre sua es­pe­cia­li­da­ per­so­na­li­da­des mais ex­pres­si­vas do
Pa­ris. Pela pri­mei­ra vez um país – o
de, se­gui­da de de­ba­tes. O ob­je­ti­vo é uni­ver­so da em­ba­la­gem, bus­ca­mos
Bra­sil – foi ho­me­na­gea­do como
apre­sen­tar uma vi­são de mer­ca­dos pro­mo­ver even­tos pa­ra­le­los, que
con­vi­da­do de hon­ra. O es­tan­de da
es­pe­cí­fi­cos e pro­mo­ver o re­la­cio­na­ con­tri­buam para am­pliar o co­nhe­ci­
Abre ficou par­te cen­tral do pa­vi­lhão
men­to de in­te­res­sa­dos. A ge­ren­te de men­to e o de­ba­te”, diz Ha­ber­feld.
de em­ba­la­gem, o que sem dú­vi­da
mar­ke­ting da Abre, Ma­ria Eli­sa Cap­ Ele diz es­tar em­pe­nha­do tam­bém
con­tri­buiu para pro­mo­ver a ima­gem
pel­la­no, cal­cu­la que cerca de 1 200 em fa­zer com que a as­so­cia­ção “seja
do país, da as­so­cia­ção e de seu pre­
pes­soas já as­sis­ti­ram aos ca­fés da bra­si­lei­ra de ver­da­de”, ou seja, ter
si­den­te. Aliás, ele acu­mu­la hoje as
ma­nhã, rea­li­za­dos ha­bi­tual­men­te na re­pre­sen­tan­tes em ou­tras re­giões do
pre­si­dên­cias da Abre, da Unión La­ti­
Casa Rho­dia, em São Pau­lo. país além do cen­tro-sul. É para isso
o noa­me­ri­ca­na del Em­ba­la­je e da
Além des­sa ati­vi­da­de, a Abre que fo­ram pro­gra­ma­dos o 1 Con­
World Pack­a­ging Or­ga­ni­za­tion.
tem rea­li­za­do se­mi­ná­rios, em pa­re­ gres­so Re­gio­nal de Em­ba­la­gem,
cria com ins­ti­tu­tos in­ter­na­cio­nais, para 7 e 8 de ou­tu­bro pró­xi­mo, em

set 99 • embalagemmarca – 33
CODIFICAÇÃO

código
de marketing
Sistemas de marcação
podem fazer muito mais
que barras paralelas. Eles
são instrumentos para
fixar imagem de marca

i
den­ti­fi­car o lote de fa­bri­ca­ção Ou­tro exem­plo in­te­res­san­te para o clien­te. “Já uma lâm­pa­da
e a data de va­li­da­de de pro­du­ vem da po­de­ro­sa in­dús­tria de ilu­ chi­ne­sa com im­pres­são bor­ra­da é
tos não é tudo. Os sis­te­mas de mi­na­ção – mais pre­ci­sa­men­te da fa­cil­men­te iden­ti­fi­ca­da pelo con­
im­pres­são de có­di­go de bar­ras Os­ram, pre­sen­te em 52 paí­ses. su­mi­dor como uma pro­du­to de
con­se­guem fa­zer mui­to mais. Além de im­pri­mir o có­di­go de bai­xa qua­li­da­de”, com­pa­ra.
O ink jet (jato de tin­ta), uma das bar­ras con­ven­cio­nal, uti­li­za a tam­ Ini­cia­ti­vas como a da Os­ram
tec­no­lo­gias dis­po­ní­veis, vem sen­ po­gra­fia e a fle­xo­gra­fia para le­vam o con­su­mi­dor a se lem­brar
do uti­li­za­do como efi­cien­te ins­tru­ es­tam­par, no me­tal e no vi­dro, o da mar­ca na com­pra seguinte. E,
men­to de di­vul­ga­ção de mar­cas e lo­go­ti­po da em­pre­sa e in­for­ma­ na ver­da­de, já fa­zem par­te da ten­
em­pre­sas, rea­li­zan­do, en­tre ou­tras ções como vol­ta­gem, wa­ta­gem e dên­cia que con­si­de­ra a im­pres­são
proe­zas, a im­pres­são de lo­go­ti­pos de­sig­na­ção das lâm­pa­das que fei­ta com tec­no­lo­gia de pon­ta um
di­re­ta­men­te nos mais di­fe­ren­tes fa­bri­ca no ex­te­rior para o se­tor dos itens in­dis­pen­sá­veis para a
pro­du­tos, como fez re­cen­te­men­te au­to­mo­ti­vo. cons­tru­ção de uma ima­gem em­pre­
a Os­car Flues. sa­rial po­si­ti­va. Na Eu­ro­pa não se
Há 88 anos atuan­do na área de du­vi­da dis­so. Lá, al­guns fa­bri­can­
equi­pa­men­tos, a em­pre­sa teve Valor de marketing tes de bis­coi­tos es­tão uti­li­zan­do a
uma idéia cu­rio­sa para se re­fe­rir “O ob­je­ti­vo é in­for­mar, mas não im­pres­são ink jet para im­pri­mir,
às inú­me­ras su­per­fí­cies em que se dá para ne­gar que isso te­nha um com tin­tas co­mes­tí­veis, lo­go­ti­pos
po­dem es­tam­par men­sa­gens: atra­ cer­to va­lor de mar­ke­ting”, co­men­ ou de­se­nhos di­re­ta­men­te no ali­
fotos: ANDRé GODOY

vés de um sis­te­ma cha­ma­do tam­ ta Car­los Au­gus­to Lu­de­wig, men­to. Ou­tro caso que re­ve­la cria­
po­gra­fia, im­pri­miu em cas­cas de ge­ren­te de mar­ke­ting es­tra­té­ti­co. ti­vi­da­de é o da fá­bri­ca de len­ços
no­zes seu logotipo e seu te­le­fo­ne Uma mar­ca bem im­pres­sa, lem­bra de pa­pel que apli­ca o lo­go­ti­po nas
para dis­tri­buir aos clien­tes. ele, pas­sa uma ima­gem po­si­ti­va úl­ti­mas vin­te uni­da­des con­ti­das na

34 – embalagemmarca • set 99
Principais diferenças dos códigos de automação
O sis­te­ma de au­to­ma­ção vem sen­do uti­li­za­ en­tre os paí­ses, es­ta­be­le­ceu-se em 1996 cos de em­ba­la­gens co­le­ti­vas.
do no Bra­sil há quin­ze anos, e atual­men­te é par­ce­ria en­tre as duas en­ti­da­des, que ori­gi­ Em­pre­sa que qui­ser fa­zer a au­to­ma­ção pre­
apli­ca­do em mais de 400 000 pro­du­tos, nou o pa­drão EAN/UCC. ci­sa fi­liar-se à EAN. A me­di­da é obri­ga­tó­ria
se­gun­do a EAN Bra­sil – As­so­cia­ção Bra­si­ São vá­rios os ti­pos de có­di­gos de bar­ras para evi­tar a re­pe­ti­ção de có­di­go, o que
lei­ra de Au­to­ma­ção Co­mer­cial, en­ti­da­de exis­ten­tes no pa­drão eu­ro­peu. O EAN 13 e cau­sa­ria trans­tor­nos du­ran­te a lei­tu­ra óti­ca.
que ad­mi­nis­tra o Có­di­go Na­cio­nal de Pro­ o EAN 18 são usa­dos para iden­ti­fi­car uni­ A EAN for­ne­ce in­for­ma­ções so­bre a téc­ni­ca
du­tos (Sis­te­ma EAN UCC). O pa­drão é o da­des de con­su­mo. A di­fe­ren­ça en­tre eles é cor­re­ta para a apli­ca­ção do sím­bo­lo e es­pe­
eu­ro­peu, ado­ta­do em qua­se todo o mun­do, que o se­gun­do é apli­ca­do es­pe­cial­men­te ci­fi­ca as nor­mas que de­vem ser se­gui­das
à ex­ce­ção dos Es­ta­dos Uni­dos e do Ca­na­ em em­ba­la­gens que não pos­suem es­pa­ço na im­pres­são do có­di­go na em­ba­la­gem.
dá, onde vi­go­ra o Uni­form Code Coun­cil para a im­pres­são de có­di­go de bar­ras. O Para a con­fec­ção das bar­ras uti­li­za-se um
(UCC). Para fa­ci­li­tar as re­la­ções co­mer­ciais EAN/DUN-14 e o ECC/EAN-128 são es­pe­cí­fi­ fo­to­li­to es­pe­cial, de­no­mi­na­do Fil­me Mas­ter.

con­su­mi­dor que as fo­lhas es­tão no ção dos ­con­cor­ren­tes”, ex­pli­ca ta­men­te no pro­du­to, o que cer­ta­
fim e, ao mes­mo tem­po, in­cen­ti­ John­son Tinf, ge­ren­te de pro­du­to men­te fica re­gis­tra­do pelo pú­bli­co.
va-o a com­prar ou­tra cai­xa da da Gran­ja Shi­no­da. A im­pres­são é “A ima­gem de uma em­pre­sa é o
mes­ma mar­ca. fei­ta pela Wil­let do Bra­sil, cuja seu maior pa­tri­mô­nio, e deve ser
Ape­sar de pou­co di­fun­di­dos, ma­triz in­gle­sa está há quin­ze anos pre­ser­va­da na men­te do con­su­mi­
tam­bém por aqui os sis­te­mas de no mer­ca­do de ro­tu­la­gem, eti­que­ dor”, diz Vi­le­la.
co­di­fi­ca­ção para im­pres­são de ta­gem e co­di­fi­ca­ção. O sis­te­ma é o
lo­go­ti­pos têm apre­sen­ta­do re­sul­ta­ mais ade­qua­do para
A codificação
dos. Clau­dia Pe­rei­ra, da Ima­je do a im­pres­são des­se está presente
Bra­sil, em­pre­sa de co­mer­cia­li­za­ tipo de pro­du­to, em número
ção de equi­pa­men­tos, é ca­te­gó­ri­ se­g un­d o Joa­q uim cada vez maior
de produtos
ca: “Hoje em dia, quem quer ser Vi­le­la, ge­ren­te de
mo­der­no tem de usar ink jet, ape­ ven­das da Wil­let. “O
sar do cus­to mais alto.” ink jet per­mi­te a
A Gran­ja Shi­no­da usa. Há três im­pres­são sem con­
anos, im­pri­me na cas­ca dos ovos, ta­to e em alta ve­lo­ci­
com tin­ta ver­me­lha apro­pria­da da­de nas li­nhas de
para uti­li­za­ção em ali­men­tos, o pro­du­ção”, ex­pli­ca.
ros­to de per­so­na­gens da Tur­ma da Mas a prin­ci­pal van­
Mô­ni­ca, jun­to com a data de va­li­ ta­gem ofe­re­ci­da pelo
da­de do pro­du­to. “Além des­sa sis­t e­m a con­s is­t e
ino­va­ção, os ovos têm uma em­ba­ mes­mo no des­ta­que
la­gem plás­ti­ca trans­pa­ren­te, que dado ao lo­go­ti­po na
tam­bém nos aju­da na di­fe­ren­cia­ em­ba­la­gem ou di­re­
LOGÍSTICA

empacotamento tem
opções
Equi­pa­men­tos estão
mais eco­nô­mi­cos, as
fitas, mais práticas

o
Leandro Haberli

s sis­te­mas de em­pa­
co­ta­men­to têm im­por­
tân­cia fun­da­men­tal
quan­do o as­sun­to é
lo­gís­ti­ca. Fi­tas ade­si­vas, gram­pos
e fil­mes stretch são al­gu­mas das
for­mas de se fe­char em­ba­la­gens
co­le­ti­vas ou in­di­vi­duais. Em­pre­
ga­das de acor­do com o que se está
em­ba­lan­do, elas po­dem de­ter­mi­
nar eco­no­mia ou des­per­dí­cio no
or­ça­men­to das em­pre­sas.
As fi­tas ade­si­vas re­pre­sen­tam
o sis­te­ma de em­pa­co­ta­men­to mais
uti­li­za­do em em­ba­la­gens de des­
pa­cho. A 3M é lí­der no seg­men­to,
for­ne­cen­do 50% de sua pro­du­ção
à in­dús­tria ali­men­tí­cia. A em­pre­sa
tem uma fi­lo­so­fia pró­pria de tra­
ba­lho. “Pri­vi­le­gia­mos a tec­no­lo­
gia e a cria­ti­vi­da­de na­cio­nais”,
Fitilho
de­fi­ne Val­dir Lima, di­re­tor de
adesivo
mar­ke­ting da 3M em sis­te­mas de da 3M:
em­pa­co­ta­men­to. Des­se di­re­cio­na­ adeus aos
men­to nas­ceu uma par­ce­ria com a estiletes

Pack­form, de Cu­ri­ti­ba, que in­ven­


tou e pa­ten­teou um novo sis­te­ma
de ar­ma­ção de cai­xas de pa­pe­lão. Não só em equi­pa­men­tos, mas mer­ca­do­ria. Com o novo sis­te­ma,
“O mé­to­do é re­vo­lu­cio­ná­rio, tam­bém e prin­ci­pal­men­te em é suficiente pu­xar uma ex­tre­mi­da­
pois é sim­ples e efi­cien­te”, afir­ma ma­te­riais, sur­gem se­gui­das no­vi­ de do fi­ti­lho e a fita se rom­pe,
Ro­gé­rio Rial­to, pro­prie­tá­rio da da­des na área de em­pa­co­ta­men­to. como acon­te­ce na aber­tu­ra de
Pack­form, que há qua­tro anos pro­ Den­tre elas, a 3M pla­ne­ja lan­çar pa­co­tes de bis­coi­to. “As­sim, só as
duz má­qui­nas ar­ma­do­ras de cai­xas em bre­ve um fi­ti­lho ade­si­vo que, la­te­rais pre­ci­sam ser cor­ta­das, o
de pa­pe­lão. “Se as má­qui­nas im­por­ anun­cia­do, já vem ge­ran­do gran­de que re­duz sen­si­vel­men­te o ris­co
ta­das usam vin­te com­po­nen­tes, as ex­pec­ta­ti­va no mer­ca­do. Isso por­ de atin­gir os pro­du­tos”, ar­gu­men­ta
nos­sas têm cin­co”, ele exem­pli­fi­ca. que, para abrir uma em­ba­la­gem de Val­dir Lima.
fotos: divulgação

A tec­no­lo­gia usa­da é pró­pria. As des­pa­cho, fe­cha­da com fita ade­si­ Os fil­mes es­ti­cá­veis (stretch) e
má­qui­nas da Pack­form têm ca­pa­ci­ va, são usa­dos es­ti­le­tes. Nes­se en­co­lhí­veis (shrink) re­pre­sen­tam
da­de para ar­mar de 1 200 a 1 500 sis­te­ma, mui­tas ve­zes o con­teú­do um sis­te­ma de em­pa­co­ta­men­to em
cai­xas de pa­pe­lão por hora. tam­bém é cor­ta­do, danificando a ex­pan­são. Usa­dos em ge­ral para

36 – embalagemmarca • set 99
pa­le­ti­za­ção e uni­ti­za­ção, agru­pam Máquina
con­jun­tos de mer­ca­do­rias, trans­ armadora da
Packform:
for­man­do-as em um úni­co pro­du­ simplicidade
to. Se­gun­do Wag­ner Dal Neg­ro, e eficiência
di­re­tor da Dal­ Mak, os fil­mes
em­pre­ga­dos em em­pa­co­ta­men­to
têm des­ban­ca­do, em al­guns ca­sos,
as cai­xas de pa­pe­lão. “O fil­me de
po­lie­ti­le­no ter­moen­co­lhí­vel é mui­
to usa­do em cai­xas de re­fri­ge­ran­
te, onde tem subs­ti­tuí­do as tra­di­
cio­nais em­ba­la­gens co­le­ti­vas de
pa­pe­lão”, diz Dal Neg­ro.
Ante a lem­bran­ça de que o fil­ 240 em­ba­la­gens por hora”.
me de PVC ter­moen­co­lhí­vel é O gram­pea­dor pneu­má­ti­co tra­ qüen­ta gram­pos, nú­me­ro con­si­de­
tó­xi­co e tem res­tri­ções a seu uso ba­lha com um com­pres­sor de ar. ra­vel­men­te in­fe­rior às mil uni­da­
para ali­men­tos, Dal Neg­ro ar­gu­ “O gram­po é dis­pa­ra­do como se des do gram­po em rolo. Em re­la­
men­ta que é em­pre­ga­do em em­ba­ fos­se um tiro”, ex­pli­ca Car­los ção ao gram­po de pen­te, esse novo
la­gens para pe­ças au­to­mo­ti­vas. Kei­del, da Mi­ru­na, fá­bri­ca si­tua­da sis­te­ma pode pro­du­zir até qua­tro
Ele ob­ser­va, tam­bém, que o fil­me em Co­tia (SP) que tra­ba­lha com ve­zes mais. “O pre­ço é, em mé­dia,
de PVC es­ti­cá­vel, mui­to usa­do gram­pea­dei­ras e pre­ga­do­res há 51 20% mais caro, já que o rolo de
para en­vol­ver ban­de­jas de frios, anos. No seg­men­to, há dois sis­te­ gram­po só pode ser im­por­ta­do.
car­nes e fru­tas, é ató­xi­co. mas: pen­tes e ro­los de ara­me do Não há pro­du­ção no Bra­sil”, ele
qual os gram­pos vão sen­do for­ma­ diz. Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­ a tem in­for­
dos à me­di­da que são apli­ca­dos. ma­ção de que um gru­po ale­mão
Grampo é vital pro­cu­ra par­cei­ros para isso.
“So­fre­mos mui­ta con­cor­rên­cia da
De uso pro­por­cio­nal­men­te me­nor fita ade­si­va”, ele con­ta. “O pro­
que as fi­tas ade­si­vas, os gram­pos ces­so de fe­cha­men­to da em­ba­la­
têm im­por­tân­cia vi­tal na lo­gís­ti­ca gem com fita é mais dis­pen­dio­so, Domínio das
de mui­tas em­pre­sas. Fe­cha­men­to
de em­ba­la­gens pe­sa­das é com
mas ga­nha em ve­lo­ci­da­de em re­la­ fitas adesivas
ção ao gram­po”, com­pa­ra o pro­
eles. Por isso, a fá­bri­ca de bi­ci­cle­ prie­tá­rio da Mi­ru­na.
tas Ca­loi sem­pre usou esse sis­te­ Le­van­ta­men­to fei­to no es­to­que do
Nem por isso o seg­men­to dei­ maior ata­ca­dis­ta bra­si­lei­ro, o gru­po
ma para em­pa­co­tar seus pro­du­tos xa de ofe­re­cer so­lu­ções para in­fi­ Mar­tins, mos­trou que a maio­ria dos
em cai­xas de pa­pe­lão on­du­la­do. ni­tos ca­sos es­pe­cí­fi­cos. O que pro­du­tos, 72,95%, tem as em­ba­la­
“Usa­mos um gram­pea­dor ma­nual con­ta é a ade­qua­ção. A Stan­ley gens de des­pa­cho fe­cha­das por fi­tas
pneu­má­ti­co para fe­char o fun­do e Bos­titch, por exem­plo, é uma di­vi­
ade­si­vas. As fi­tas go­ma­das (ati­va­
a par­te su­pe­rior das cai­xas de das a água) vêm em se­gun­do lu­gar,
são da gi­gan­te nor­te-ame­ri­ca­na de em­pa­co­tan­do 14,03% das mer­ca­do­
pa­pe­lão”, afir­ma José Car­los fer­ra­men­tas que tra­ba­lha ex­clu­si­ rias. Os ade­si­vos sim­ples re­pre­sen­
Go­di­nho Jú­nior, en­ge­nhei­ro de va­men­te com gram­pea­dei­ras. “A tam 9,22% dos sis­te­mas de em­pa­co­
pro­du­to da em­pre­sa. Ele ex­pli­ca maior ino­va­ção no se­tor foi o lan­ ta­men­to. Em quar­to lu­gar es­tão os
que o ren­di­men­to do apa­re­lho, ça­men­to do rolo de gram­po”, ava­ gram­pos, que res­pon­dem pelo
ape­sar de ser ma­nual, é su­fi­cien­te fe­cha­men­to de 2,40% do es­to­que.
fonte: 3m

lia, Ri­car­do Der­li Pi­pi­no, re­pre­ Ou­tros mé­to­dos, so­ma­dos, es­tão


para a pro­du­ção da Ca­loi. “Esse sen­tan­te da em­pre­sa no Bra­sil. pre­sen­tes em 1,40% das em­ba­la­
sis­te­ma nos per­mi­te fe­char 150 a Um pen­te tem, em mé­dia, cin­ gens co­le­ti­vas de des­pa­cho.
LOGÍSTICA

A política de deixar
como está
a
Às vésperas de mudar a legislação sobre
cargas perigosas fala-se em adiamento do prazo

pro­xi­mi­da­de da vi­ra­da Em­bo­ra res­pon­da por qua­se a ser de­sen­vol­vi­das sob ri­go­ro­sos
de ano co­lo­ca em 90% do vo­lu­me mo­vi­men­ta­do, o cri­té­rios de qua­li­da­de. O ano de
xe­que a in­dús­tria de trans­por­te por via ter­res­tre é o 2002 é o li­mi­te para que as em­ba­
em­ba­la­gens de pro­du­ úni­co mo­dal em que ain­da não se la­gens re­ce­bam ates­ta­do de qua­li­
tos pe­ri­go­sos, como tan­ques, exi­ge a ho­mo­lo­ga­ção de em­ba­la­ da­de.
sa­cos, cai­xas e fras­cos para trans­ gens con­ten­do pro­du­tos de alto Os en­vol­vi­dos se mo­vi­men­
por­te de com­bus­tí­veis, cor­ro­si­vos ris­co (para trans­por­tá-los por via tam. Uma sub­co­mis­são do In­me­
e ma­te­riais bio­ló­gi­cos. Em maio aé­rea ou ma­rí­ti­ma exis­te le­gis­la­ tro, com­pos­ta por re­pre­sen­tan­tes
de 2000 ven­ce o pra­zo para que os ção). da in­dús­tria quí­mi­ca, da Em­pre­sa
fa­bri­can­tes des­sas em­ba­la­gens, Em 1997, a por­ta­ria 204 do Bra­si­lei­ra de Pla­ne­ja­men­to de
quan­do usa­das no trans­por­te ter­ Mi­nis­té­rio dos Trans­por­tes es­ta­ Trans­por­tes (Gei­pot), da As­so­cia­
res­tre, pro­du­zam so­men­te itens be­le­ceu o pe­río­do de três anos ção Bra­si­lei­ra de Nor­mas Téc­ni­
apro­va­dos em tes­tes de se­gu­ran­ para que em­ba­la­gens no­vas para o cas (ABNT) e da As­so­cia­ção Bra­
ça,em la­bo­ra­tó­rios cer­ti­fi­ca­dos trans­por­te de car­ga pe­ri­go­sa por si­lei­ra de Em­ba­la­gem (Abre),
pelo In­me­tro. ro­do­vias e fer­ro­vias co­me­ças­sem en­tre ou­tros, reú­ne-se a cada quin­
ze dias visando ace­le­rar o cum­pri­
men­to da exi­gên­cia de ho­mo­lo­ga­
Embalagens ção.
da Van Leer No en­tan­to, de­vi­do ao atra­so
homologadas na es­co­lha dos la­bo­ra­tó­rios de tes­
tes e do gran­de vo­lu­me de tra­ba­
lho ne­ces­sá­rio, o pró­prio In­me­tro,
que fis­ca­li­za­rá o cum­pri­men­to da
exi­gên­cia de ho­mo­lo­ga­ção, já
es­tu­da a pos­si­bi­li­da­de de pe­dir a
pror­ro­ga­ção do pra­zo. “É um tra­
ba­lho mui­to gran­de, con­si­de­ran­do
a di­men­são do uni­ver­so de em­ba­
la­gens”, con­si­de­ra Sér­gio Dias
Mo­rei­ra, téc­ni­co de qua­li­da­de do
In­me­tro.
A in­dús­tria de em­ba­la­gens para
car­gas pe­ri­go­sas ad­mi­te que está
dei­xan­do tudo para a úl­ti­ma hora.
foto: divulgação

Pior: os fa­bri­can­tes de pro­du­tos


pe­ri­go­sos tam­bém re­co­nhe­cem
que mui­tos ain­da não se preo­cu­
pam em exi­gir dos for­ne­ce­do­res
de em­ba­la­gem itens com­pro­va­da­
38 – embalagemmarca • set 99
O mais preo­cu­pan­te nes­se qua­ al­ter­na­ti­va se­gu­ra: re­cu­sar-se a se­gu­ran­ça. Ad­ver­te, no en­tan­to, que
dro, na opi­nião do con­sul­tor de trans­por­tar em­ba­la­gens que es­te­jam a con­ta pode sair alta para quem só
em­ba­la­gens José Au­gus­to Aza­nha, em de­sa­cor­do com a lei. Cum­pri-la, va­lo­ri­za o cus­to no iní­cio da ca­deia
mem­bro da sub­co­mis­são do In­me­ po­rém, im­pli­ca cus­tos, e pa­re­ce ser de dis­tri­bui­ção. “A se­gu­ra­do­ra pode
tro como re­pre­sen­tan­te da Abre, é o esse o fa­tor que mais as­sus­ta fa­bri­ re­cu­sar-se a ga­ran­tir a car­ga trans­
com­por­ta­men­to das in­dús­trias quí­ can­tes de em­ba­la­gens e usuá­rios. por­ta­da em em­ba­la­gem sem cer­ti­fi­
mi­ca e de em­ba­la­gens, mes­mo nos Ro­nal­do Lo­pes Can­tei­ro, pre­si­ ca­ção.”
mo­dais aé­reo e ma­rí­ti­mo. Ele cal­cu­ den­te da Em­ba­quim, es­pe­cia­li­za­da Na opi­nião de João Mau­rí­cio de
la que so­men­te 5% das em­ba­la­gens na pro­du­ção de bag-in-box, con­ta Lima Fi­lho, pre­si­den­te da Imer,
trans­por­ta­das nes­ses mo­dais es­te­ que mui­tos de seus clien­tes se as­sus­ fa­bri­can­te na­cio­nal de em­ba­la­gens
jam ho­mo­lo­ga­das. Pro­ble­mas na tam ao ser in­for­ma­dos de que o com­bi­na­das (que as­so­ciam cai­xas e
fis­ca­li­za­ção, prin­ci­pal­men­te no cus­to su­bi­rá de 10% a 15% para tes­ fras­cos), “os cus­tos do pro­ces­so de
mo­dal ma­rí­ti­mo, e até fal­si­fi­ca­ção tar a se­gu­ran­ça do pro­du­to en­co­ ho­mo­lo­ga­ção po­dem ser per­fei­ta­
dos cer­ti­fi­ca­dos de qua­li­da­de são men­da­do. A res­pon­sa­bi­li­da­de so­bre men­te ab­sor­vi­dos”. Ele res­sal­ta que
en­fren­ta­dos no se­tor. Com uma os tes­tes é do for­ne­ce­dor da em­ba­ o pro­du­tor de em­ba­la­gens ade­qua­
agra­van­te: quem ho­mo­lo­ga o seu la­gem, e para cada en­co­men­da pelo das aos pa­drões de se­gu­ran­ça pode
pro­du­to para es­tes mo­dais pode me­nos um item deve ser tes­ta­do. evi­tar mui­ta dor-de- ca­be­ça. “Mui­
fi­car tran­qüi­lo, pois es­ta­rá cer­ti­fi­ Nis­so são gas­tos de 5 000 a 8 000 tos fa­bri­can­tes de cai­xas de pa­pe­lão,
can­do si­mul­ta­nea­men­te o item para reais, caso a em­pre­sa não te­nha por exem­plo, não sabem que seu
os de­mais meios de trans­por­te. la­bo­ra­tó­rio pró­prio. pro­du­to pode ser uti­li­za­do para le­var
“O vo­lu­me de em­ba­la­gens car­ga pe­ri­go­sa, e não se preo­cu­pam
ho­mo­lo­ga­das é pe­que­no”, re­co­nhe­
ce Fer­nan­do Fran­co de Oli­vei­ra, Concorrência em ga­ran­tir a cer­ti­fi­ca­ção.”
Uma que se preo­cu­pa é a Van
en­ge­nhei­ro de se­gu­ran­ça da Basf,
que in­clui agro­tó­xi­cos em seu am­plo desleal Leer, que pro­duz em­ba­la­gens plás­ti­
cas e me­tá­li­cas já ho­mo­lo­ga­das para
le­que de pro­du­tos. Ele re­pre­sen­taa Mui­tos clien­tes pre­fe­rem evi­tar o trans­por­te aé­reo e ma­rí­ti­mo. Se­gun­
As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra da In­dús­tria ônus e ar­ris­car a se­gu­ran­ça, re­ve­la o do o coor­de­na­dor ge­ral de qua­li­da­de
Quí­mi­ca (Abi­quim) na sub­co­mis­ pre­si­den­te da Em­ba­quim. “Com da em­pre­sa, Ri­car­do Tei­xei­ra Ri­bei­
são do In­me­tro. cer­te­za será ne­ces­sá­rio adiar o pra­ ro, tem­po tam­bém é um com­pli­ca­
Na fal­ta de em­ba­la­gens ade­qua­ zo de ho­mo­lo­ga­ção para via ter­res­ dor na bus­ca da ho­mo­lo­ga­ção. A
das, ex­pli­ca José Tar­di­vo, da As­so­ tre”, pre­vê. Ele re­cla­ma da con­cor­ cer­ti­fi­ca­ção para o trans­por­te por
cia­ção Bra­si­lei­ra de Trans­por­te de rên­cia des­leal de em­pre­sas que ven­ via ma­rí­ti­ma de­pen­de da dis­po­ni­bi­
Car­gas Lí­qui­das e Pro­du­tos Pe­ri­go­ dem em­ba­la­gens de má qua­li­da­de a li­da­de dos pou­cos pe­ri­tos da Ma­ri­
nha, que além de fis­ca­li­zar em­ba­la­
sos, os trans­por­ta­do­res só têm uma cus­tos bai­xos por não in­ves­tir em
gens tam­bém têm de se preo­cu­par
com ou­tras ins­pe­ções. A vi­si­ta cus­ta
420 reais por dia. No trans­por­te
A força do pó-da-China aé­reo é um au­di­tor que vi­si­ta a
em­pre­sa para con­fe­rir a se­gu­ran­ça
A preocupação com o transporte ade- No Brasil, a preocupação com o tema das em­ba­la­gens, co­bran­do 1 100
quado de produtos de risco intensifi- só surgiria depois de um grave aci- por dia.
cou-se durante a II Guerra, quando dente com pó-da-China (para conser- Ri­bei­ro, que tam­bém é mem­bro
houve grande desenvolvimento da vação de madeira) no Rio de Janeiro, da sub­co­mis­são do In­me­tro, diz que
indústria química. Criou-se então o com danos a trabalhadores e ao al­guns pon­tos da re­gu­la­men­ta­ção
Comitê de Peritos em Produtos ambiente. O produto foi transportado para o trans­por­te ter­res­tre ain­da não
Perigosos da ONU, cuja primeira e descarregado inadequadamente. es­tão cla­ros. “Como o fa­bri­can­te vai
reunião ocorreria em 1956. A partir daí A partir de então o Brasil começou a lo­ca­li­zar as em­ba­la­gens que já es­tão
que surgiu o Orange Book, espécie de desenvolver leis para o assunto. No
no mer­ca­do quan­do elas ti­ve­rem de
es­tar ho­mo­lo­ga­das, no ano 2002?”,
vademecum das legislações exis- entanto, em novas edições do Orange
per­gun­ta. Ele pró­prio res­pon­de:
tentes no mundo sobre transporte de Book há produtos não mais classifi-
“Será pre­ci­so aguar­dar para ver o
produtos perigosos em todos os cados como perigosos e outros cuja quan­to ha­ve­rá de avan­ço, o que
modais. A cada versão do livro, hoje fabricação foi até proibida. Enquanto po­de­rá ser im­plan­ta­do no pra­zo e o
em sua 11a edição, acrescentam–se isso, a atualização do da legislação que terá de ser pos­ter­ga­do.” Em
especificações para o transporte em brasileira sobre o tema permanece ou­tras pa­la­vras, con­ti­nua a vi­go­rar o
novos tipos de embalagens. emperrada no Congresso Nacional. lema de “dei­xar fi­car como está
para ver como é que fica”.

set 99 • embalagemmarca – 39
Display

Seguindo a
tendência
Está che­gan­do ao
mer­ca­do o Óleo de
Mi­lho Etti. Como
ou­tras mar­cas, a
em­pre­sa está usan­do
gar­ra­fas de PET de
900ml. O ró­tu­lo traz
em des­ta­que, no pri­
cores suaves em linha premium
mei­ro pla­no, a ilus­tra­
A Fran­cis apre­sen­tou uma no­vi­da­de na sua ca­deia de pro­du­tos: a ção de uma es­pi­ga de
li­nha Fran­cis Pre­mium, com sa­bo­ne­te cre­mo­so (lí­qui­do), de­so­do­ mi­lho e a iden­ti­fi­ca­
ran­te e sa­bo­ne­te em bar­ras. A Full Jazz, agên­cia res­pon­sá­vel pelo ção do pro­du­to so­bre
de­sign, se preo­cu­pou em apli­car co­res sua­ves às em­ba­la­gens. Os uma fai­xa ver­de na
tons cla­ros têm li­ga­ção com os no­vos aro­mas. Os sa­bo­ne­tes Pre­ ver­ti­cal.
mium e Cre­mo­so têm três fra­grân­cias: Es­sen­ce, Nou­vel­le e Ele­
gan­ce. O sa­bo­ne­te em bar­ra tam­bém apre­sen­ta no­vi­da­des: fun­ção
fotos: divulgação

hi­dra­tan­te, que pro­te­ge a pele sen­sí­vel, além de ter sido mo­de­la­do


em for­ma­to ana­tô­mi­co, que fa­ci­li­ta o ma­nu­seio no ba­nho. O Fran­
cis de­so­do­ran­te ae­ros­sol foi lan­ça­do em qua­tro fra­grân­cias, que
pro­me­tem pro­te­ção in­ten­si­va para seus con­su­mi­do­res.
Inovando na construção
facilitando o manuseio A PVC Bra­zil, de Lon­dri­na (PR), lan­çou
re­cen­te­men­te a sua li­nha de aces­só­rios, com­
A Gua­bi, fa­bri­can­te de ra­ções para ani­ pos­ta por sol­da plás­ti­ca, so­lu­ção lim­pa­do­ra e
mais, está lan­çan­do a Re­cei­ta da Na­tu­re­ fita veda-ros­ca. O di­fe­ren­cial dos pro­du­tos está
za, uma li­nha de pro­du­tos pre­mium para nas em­ba­la­gens, cujo la­yout dá peso ao nome
cães e ga­tos. O pro­du­to é ela­bo­ra­do ape­ da em­pre­sa, e con­se­qüen­te­men­te à mar­ca. As
nas com con­ser­van­tes na­tu­rais. A ra­ção em­ba­la­gens, de­sen­vol­vi­das pela Hi De­sign,
tem as ver­sões de 1kg a 8kg para cães e não têm mais a tra­di­cio­nal cor ama­re­la, subs­ti­
de 0,5kg a 1,5kg para ga­tos. A em­ba­la­ tuí­da pela azul es­cu­ra. As li­nhas geo­mé­tri­cas
gem é stand-up pouch (for­ma­to que per­ acres­cen­ta­das ao de­se­nho fa­ci­li­tam a iden­ti­fi­
mi­te dei­xá-la em pé) com qua­tro ca­ma­ ca­ção do pro­du­to nas pra­te­lei­ras.
das de la­mi­na­ção e zip­per para fa­ci­li­tar o
ma­nu­seio. O de­sign foi de­sen­vol­vi­do em
Lon­dres pela agên­cia Le­wis&Mo­berly.

Tiazinha volta a atacar


A li­nha de pro­du­tos para ca­be­los Ce­ra­mi­das,
da Ska­la, está ga­nhan­do cara nova. As em­ba­la­
gens plás­ti­cas vêm com a per­so­na­gem Tia­zi­
nha, de­vi­da­men­te pa­ra­men­ta­da com más­ca­ra e
chi­co­te. A per­so­na­gem tam­bém as­si­na um
hi­dra­tan­te para o cor­po, a Lo­ção com Aveia
Ska­la.

40 – embalagemmarca • set 99
Display
Segura peão! legal e natural
 Apro­vei­tan­do a Fes­ta do Peão
de Boia­dei­ro de Bar­re­tos, a A li­nha Pic da Cica, com­pos­ta
Brah­ma pro­du­ziu dois mi­lhões por cat­chup tra­di­cio­nal e pi­can­te,
de la­tas de 473ml com o tema mos­tar­da e maio­ne­se, está gan­
Bar­re­tão, com de­co­ra­ção ins­pi­ra­ hando novo vi­sual. A Van den
da no jeans. Cer­ca de 20 Bergh Ali­men­tos, dona da mar­ca
mi­lhões de la­tas de 350ml tam­ Cica, re­for­mu­lou as em­ba­la­gens
bém ga­nha­ram um selo alu­si­vo à dos pro­du­tos. A mar­ca apa­re­ce nas
fes­ta e fo­ram dis­tri­buí­das nos pra­te­lei­ras com no­vos ró­tu­los,
es­ta­dos de São Pau­lo, Mato de­sen­vol­vi­dos pela Usi­na de
Gros­so do Sul, Mi­nas Ge­rais, De­sign, em co­lo­ri­do ain­da mais
Goiás, Pa­ra­ná e San­ta Ca­ta­ri­na. vi­bran­te. Acom­pa­nha a mu­dan­ça
A lata de 473ml vai vol­tar em nas em­ba­la­gens uma cam­pa­nha
ou­tu­bro, como novo de­se­nho, pu­bli­ci­tá­ria in­for­man­do que
du­ran­te a Ok­to­ber­fest, em Blu­ o cat­chup Pic é um pro­du­to 100%
me­nau (SC). na­tu­ral.

iogurtes modernos
A Nes­tlé está pro­mo­ven­do uma com­ple­ta re­for­
mu­la­ção no la­yout da sua li­nha de io­gur­tes.
Indo na con­tra-mão das em­pre­sas que bus­cam
so­men­te o im­pac­to das co­res, a Nes­tlé apos­ta
na for­ça da mar­ca, op­tan­do por de­se­nhos sua­
ves na em­ba­la­gem. A cin­ta que en­vol­ve o pote
con­ti­nua bran­ca, mas re­ce­beu uma fai­xa nos
tons dos qua­tro sa­bo­res do io­gur­te – azul para
o na­tu­ral, ver­de para o des­na­ta­do, la­ran­ja para
o mel, suco de la­ran­ja e ce­nou­ra, e ama­re­lo
para o mel. A ti­po­lo­gia uti­li­za­da ago­ra é mais
leve. Ou­tro pro­du­to da Nes­tlé que está che­gan­
do aos su­per­mer­ca­dos de cara nova é o Flan
de Bau­ni­lha, que re­ce­beu um vi­sual mais cla­ro,
com fo­tos e ilus­tra­ções. Os pro­je­tos vi­suais
fo­ram de­sen­vol­vi­dos pela Mazz De­sig­ners.

Nova margarina Delícia


A mar­ga­ri­na De­lí­cia, há 40 le­ve­men­te re­de­se­nha­da, com
anos no mer­ca­do, está com con­tor­no mais leve. A San­tis­
novo la­yout nas em­ba­la­gens. ta Ali­men­tos in­ves­tiu R$ 3
Os no­vos po­tes (foto de mi­lhões na re­no­va­ção do
baixo), de­sen­vol­vi­dos pela pro­du­to e na di­vul­ga­ção em
Ofi­ci­na d’ De­sign, são bran­ TV, re­vis­tas e pon­tos-de-ven­
cos (an­tes eram em cor cre­ da. A em­pre­sa de­ci­diu mu­dar
fotos: divulgação

me), com sua­ve to­que de as em­ba­la­gens de De­lí­cia


co­res, dan­do maior vi­si­bi­li­ de­pois de rea­li­zar pes­qui­sa
da­de à lo­go­mar­ca, que foi com con­su­mi­do­res.

42 – embalagemmarca • set 99
Display
criatividade
na gôndola
Para mudar a imagem
A Qua­ker, em­pre­sa lí­der no mer­ca­do na­cio­nal de lei­tes com
Dis­plays para pon­to-de- sa­bor, com 27% de par­ti­ci­pa­ção se­gun­do a Niel­sen, está lan­çan­
ven­da cria­ti­vos, com­pac­ do no Bra­sil a vi­ta­mi­na Vi­ta­Qua­ker. Ela­bo­ra­do com lei­te, fru­tas
tos e prá­ti­cos. Essa é a se­le­cio­na­das e aveia, o pro­du­to já vem pron­to para o con­su­mo.
fi­lo­so­fia da Paul Flum O ali­men­to é acon­di­cio­na­do em duas em­ba­la­gens, de 200ml e 1
Ideas Pi­sa­ni. Uma das li­tro, am­bas da Te­tra Pak, e dis­pen­sa re­fri­ge­ra­ção.
no­vi­da­des da em­pre­sa O lan­ça­men­to tem como ob­je­ti­vo es­tra­té­gi­co mu­dar a ima­gem da
foi de­sen­vol­vi­da em Qua­ker jun­to a seus con­su­mi­do­res. Com Vi­ta­Qua­ker, a mar­ca
con­jun­to com a Coca- dei­xa de ser as­so­cia­da ape­nas a in­gre­dien­tes pré-pron­tos, uti­li­za­
Cola. O dis­play re­pro­duz dos no pre­pa­ro de min­gaus, bo­los e bis­coi­tos, e pas­sa a re­la­cio­
uma gar­ra­fa da be­bi­da nar-se a um ali­men­to pron­to para o con­su­mo.
em ta­ma­nho gi­gan­te e
cha­ma a aten­ção do
con­su­mi­dor. As pe­ças
são pro­du­zi­das no Bra­sil
em po­lies­ti­re­no de alto
im­pac­to e po­dem ser
fa­bri­ca­das em vá­rias
co­res e modelos.

Uniformização
mundial
Lí­der do mer­ca­do na­cio­nal de
is­quei­ros, a Bic está fa­zen­do a
pri­mei­ra gran­de mu­dan­ça nas
em­ba­la­gens dos úl­ti­mos 25
anos. A al­te­ra­ção faz par­te da
uni­for­mi­za­ção ado­ta­da em todo modernas e mais práticas
o mun­do pela empresa. As
em­ba­la­gens receberam a iden­ti­ A Byk Quí­mi­ca está mu­dan­do
fi­ca­ção de cada mo­de­lo e da as em­ba­la­gens de dois dos seus
mar­ca. Os is­quei­ros, que an­tes pro­du­tos. A nova caixa do Re­pa­ril
fotos: divulgação

eram posicionados lado a lado Gel des­ta­ca suas in­di­ca­ções (tra­ta­


ho­ri­zon­tal­men­te, ago­ra es­tão na men­to de con­tu­sões e le­sões), traz
po­si­ção ver­ti­cal. Pes­qui­sas co­res mais cha­ma­ti­vas e de­se­nho
mos­tra­ram que os con­su­mi­do­ mo­der­no em suas duas ver­sões
res preferem essa visualizaçâo. (30g e 100g). A em­ba­la­gem do
di­ges­ti­vo Epa­re­ma ga­nha de­se­nho
re­for­çan­do a ori­gem ve­ge­tal do
pro­du­to nas suas três ver­sões (car­
te­las com 20 drá­geas, fras­co de
200ml e fla­co­ne­tes de 10ml). O
fras­co de 200ml, que era de vi­dro,
pas­sa a ser fei­to de plás­ti­co re­sis­
ten­te, além de ga­nhar for­ma­to
mais fun­cio­nal, evi­tan­do que o
lí­qui­do es­cor­ra pe­las bor­das.

44 – embalagemmarca • set 99
Display
a boa sorte mudou
Novas latas para tintas A San­tis­ta está lan­çan­do dez ti­pos de mis­tu­
ras pre­pa­ra­das para sal­ga­dos, da mar­ca Boa
No­vi­da­des em la­tas de aço des­
Sor­te. A en­tra­da dos no­vos pro­du­tos foi
ti­na­das às in­dús­trias de tin­tas
acom­pa­nha­da por uma mu­dan­ça na em­ba­la­
se­rão apre­sen­ta­das pela Bra­si­
gem da Fa­ri­nha Boa Sor­te. O con­cei­to de
la­ta no 6º Con­gres­so In­ter­na­cio­
de­sign foi re­for­mu­la­do, para estabelecer iden­
nal de Tin­tas, que será rea­li­za­do
tidade de família, informa a agência Mazz
de 28 a 30 de se­tem­bro no
Designers, que fez o trabalho. O lan­ça­men­to
Anhem­bi, em São Pau­lo. A
das mis­tu­ras está, ini­cial­men­te, res­tri­to a Rio
em­pre­sa vai lan­çar sua nova
de Ja­nei­ro, Mi­nas Ge­rais, Es­pí­ri­to San­to e
li­nha de la­tas para ae­ros­sóis. A
Es­ta­dos do Nor­te e Nor­des­te. A mar­ca Boa
Bra­si­la­ta en­tra nes­se seg­men­to
Sor­te, uma das duas de fa­ri­nha de tri­go que a
de­pois da aqui­si­ção da ope­ra­
San­tis­ta re­pre­sen­ta, tem mais pe­ne­tra­ção nas
ção bra­si­lei­ra da Crown Cork
re­giões Nor­te e
Em­ba­la­gens. Ou­tro des­ta­que é
Nor­des­te. A
a li­nha com­ple­ta de la­tas re­don­
ou­tra marca da
das para tin­tas Plus, com fe­cha­
Santista é a Sol,
men­to mais re­sis­ten­te e re­tam­
en­con­tra­da em
pa­men­to fa­ci­li­ta­do após o uso.
todo o território
nacional.

contraste que dá vida


As em­ba­la­gens dos su­cos na­tu­rais tam­bém foi mo­di­fi­cada, pas­san­do
con­cen­tra­dos da Mi­la­ni re­ce­be­ram do bran­co para o ver­de. Além dis­
novo vi­sual. A rou­pa­gem atual do so, a tex­tu­ra do vi­dro foi re­for­mu­
pro­du­to in­ves­te no con­tras­te en­tre
o site da cor
la­da, vi­san­do acres­cen­tar “appe­tite
as co­res vi­vas do con­teú­do das gar­ ap­peal” aos su­cos. O novo es­ti­lo e do design
fotos: divulgação

ra­fas de 500 ml e as to­na­li­da­des das em­ba­la­gens dos su­cos Mi­la­ni A Gerart Design, empresa
sua­ves dos ró­tu­los, que pas­sam a ter fi­cou por con­ta da agên­cia de especializada em cores e seus
uma mol­du­ra, com cor fixa ver­de- de­sign significados, tem um site na
fo­lha. A cor das tam­pas plás­ti­cas Pac­king. Todo esse novo tra­ta­men­ Internet (CorDesign Home
to vi­sual faz par­te da es­tra­té­gia da Page) onde apresenta o seu
Wes­sa­nen do Bra­sil, gru­po que exclusivo Sistema de Cores
as­su­miu as ope­ra­ções da Mi­la­ni em Cecor. O endereço é www.
no­vem­bro pas­sa­do, de au­men­tar as cordesign.com.br.
ven­das des­ta li­nha de su­cos con­
cen­tra­dos em até 50%. Atual­men­te,
a Wes­sa­nen, re­pre­sen­ta­da pe­las
mar­cas Mi­la­ni e Ma­raú, ocu­pa a
quar­ta po­si­ção no ran­king na­cio­nal
de ven­da­gem de su­cos.

46 – embalagemmarca • set 99
EVENTOS

a hora de escolher um
pulmão Alternativas para ganhar
respiro entre a sopradora
e a enchedora de PET

A
Tec­no­Be­bi­da, rea­li­za­ 40 000 gar­ra­fas de 1 li­tro, e há a
da em São Pau­lo en­tre pos­si­bi­li­da­de de se co­lo­car mais de
17 e 19 de agos­to, teve um silo con­ju­ga­do. Um po­si­cio­na­
foco prin­ci­pal­men­te na dor na saí­da faz as gar­ra­fas re­tor­
área de equi­pa­men­tos, na­rem di­re­ta­men­te para a li­nha.
que cos­tu­mam ter ci­clos de vida Para os ca­sos em que não há
lon­gos. Por isso, como é na­tu­ral, a ne­ces­si­da­de de “pul­mões” mui­
hou­ve pou­cos lan­ça­men­tos. A fei­ to gran­des, a Tec­no Pro­ject La­ti­na
ra reu­niu, en­tre­tan­to, so­lu­ções al­ apre­sen­tou o sis­te­ma PRFB (PET
ter­na­ti­vas para os en­gar­ra­fa­do­res. Ring File Buf­fer), um anel-pul­mão
Foi uma boa opor­tu­ni­da­de para os de es­to­ca­gem em li­nha, to­tal­men­
pro­fis­sio­nais da área en­tra­rem em te au­to­má­ti­co, com sin­cro­nis­mo
con­ta­to com o es­ta­do da arte. A re­ réns” nes­se caso são a ne­ces­si­da­ en­tre a so­pra­do­ra e a en­che­do­ra e
por­ta­gem de Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­a de de es­pa­ço dis­po­ní­vel e o cus­to ajus­te da ve­lo­ci­da­de da li­nha, con­
es­te­ve lá e mos­tra, a se­guir, di­fe­ ele­va­do da me­tra­gem de trans­por­ for­me a ne­ces­si­da­de. Com­pos­to
ren­tes abor­da­gens apre­sen­ta­das ta­do­res. por uma es­tru­tu­ra me­tá­li­ca e por
para o mes­mo pro­ces­so. Para em­pre­sas que não têm es­ um tam­bor ro­ta­ti­vo com ca­nais, o
Para evi­tar des­com­pas­sos en­tre pa­ço para des­per­di­çar – e elas são, PRFB tem duas por­tas – uma na
a so­pra­do­ra de PET e a en­che­do­ cada vez mais, a maio­ria –, há a en­tra­da, ou­tra na saí­da do tam­bor
ra são ne­ces­sá­rios “pul­mões” nas op­ção de uti­li­za­ção de si­los de es­ – e per­mi­te a pas­sa­gem das gar­ra­
li­nhas, uma vez que pa­rar a so­pra­ to­ca­gem (ou si­los de pas­sa­gem) fas en­quan­to a en­che­do­ra dá con­
do­ra sig­ni­fi­ca per­der ren­di­men­to para em­ba­la­gens plás­ti­cas, como ta da pro­du­ção da so­pra­do­ra. No
e, con­se­qüen­te­men­te, di­nhei­ro. os for­ne­ci­dos pela SEE – Sis­te­ mo­men­to em que sur­ge a ne­ces­si­
Nes­se sen­ti­do, al­gu­mas so­lu­ções ma de En­ge­nha­ria Em­ba­la­gens, de da­de de um “pul­mão”, fe­cha-se a
es­tão à dis­po­si­ção da in­dús­tria de São Pau­lo. Em seu es­tan­de na Tec­ por­ta de saí­da e o pri­mei­ro ca­nal
be­bi­das. no­Be­bi­da, a em­pre­sa mon­tou um do tam­bor é preen­chi­do. En­tão,
A pri­mei­ra é mais sim­ples: fun­ pro­tó­ti­po com di­men­sões re­du­zi­ um mo­vi­men­to de ro­ta­ção ali­
cio­ná­rios re­ti­ram ma­nual­men­te as das des­se sis­te­ma, que é in­te­gra­do nha o se­gun­do ca­nal com a li­nha
gar­ra­fas da li­nha e as co­lo­cam so­ à so­pra­do­ra, com ali­men­ta­ção por trans­por­ta­do­ra, e as­sim su­ces­si­va­
bre pa­le­tes. Uma vez li­be­ra­da a trans­por­te a ar. “O silo é pres­su­ men­te, até se es­go­tar a ca­pa­ci­da­de
li­nha, as gar­ra­fas são re­co­lo­ca­das ri­za­do e tem teto her­me­ti­ca­men­te do tam­bor – o mo­de­lo com maio­
ma­nual­men­te e o pro­ces­so se­gue fe­cha­do para evi­tar a en­tra­da de res di­men­sões tem ca­pa­ci­da­de
nor­mal­men­te. pó”, diz Clau­de­mir Si­ro­ti, ge­ren­te para acu­mu­lar até 2 000 gar­ra­fas
Ou­tra so­lu­ção con­sis­te em au­ co­mer­cial da em­pre­sa. “Além dis­ de 2 li­tros. Se­gun­do a em­pre­sa, as
men­tar al­guns me­tros na li­nha so, tem con­tro­le fotoelé­tri­co para gar­ra­fas são trans­por­ta­das por um
trans­por­ta­do­ra, para des­viar as de­tec­tar o atin­gi­men­to do ní­vel flu­xo de ar, de modo que que a câ­
gar­ra­fas nos mo­men­tos em que é má­xi­mo e a aber­tu­ra das por­tas.” ma­ra de gar­ra­fas va­zias per­ma­ne­
pre­ci­so mu­dar o ró­tu­lo ou re­sol­ver O maior silo dis­po­ni­bi­li­za­do pela ce cons­tan­te­men­te pres­su­ri­za­da,
um even­tual pro­ble­ma. Os “po­ SEE tem ca­pa­ci­da­de para cer­ca de com ar fil­tra­do.

48 – embalagemmarca • set 99
Como Encontrar

• Con­ver­ting Expo Chi­ca­go – A


Ex­po­si­ção In­ter­na­cio­nal de Pa­
N esta se­ção en­con­tram-se, em or­dem al­fa­bé­ti­ca, os nú­me­ros de te­le­fo­ne das
em­pre­sas ci­ta­das nas re­por­ta­gens da pre­sen­te edi­ção. Em­ba­la­gem­Mar­ca
fica à dis­po­si­ção para outras in­for­ma­ções.
péis, Má­qui­nas Im­pres­so­ras e
Em­ba­la­gens acontece entre os
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Almanaque
Ontem Nix, ni­vis, neve
como hoje Ao ser cria­do em Ham­bur­
go, na Ale­ma­nha, em 1911, o
Não é de hoje que se pro­ Ni­vea Cre­me, da Beiers­dorf,
cu­ra as­so­ciar o há­bi­to de foi acon­di­cio­na­do numa lata
fu­mar ao su­ces­so so­cial e a com tam­pa ama­re­la ador­na­
be­las mu­lhe­res. Du­ran­te a da com mo­ti­vos de de­co­ra­
Bel­le Épo­que, até anúncios ção ver­des e ver­me­lhos, no
como o da Com­pa­nhia
es­ti­lo vi­gen­te na épo­ca, o
Na­cio­nal do Ta­ba­co, in­se­ri­
mo­der­nis­ta. O nome Ni­vea,
do em cam­pa­nha mais
am­pla do Cen­tro In­dus­trial neve em por­tu­guês, de­ri­va
do Bra­sil, do Rio de Ja­nei­ do la­tim nix, ni­vis.
ro, rei­vin­di­can­do a ta­xa­ção
de pro­du­tos im­por­ta­dos,
ape­la­va para o sen­sual. As
em­ba­la­gens de ci­gar­ros
re­me­tiam ao sta­tus, na li­nha
de no­bre­za e exo­tis­mo.

Camisa 12 da Pepsi no Brasil


Como ocor­re nos Sucesso rápido
Es­ta­dos Uni­dos, onde a e duradouro
ques­tão tem as­pec­tos se
A água mi­ne­ral San Pel­le­gri­no, um
não de fa­na­tis­mo pelo
íco­ne da gas­tro­no­mia ita­lia­na que
me­nos de pai­xão pe­las
este ano com­ple­ta um sé­cu­lo de
mar­cas, tam­bém no exis­tên­cia, já era uma mar­ca glo­ba­li­
Bra­sil a guer­ra das za­da pou­cos anos de­pois de seu
co­las não se li­mi­ta à lan­ça­men­to. Na vi­ra­da do sé­cu­lo já
dis­pu­ta de mer­ca­do. É se tor­na­ra pre­sen­ça obri­ga­tó­ria nas
verdade que, aqui, a pri­mei­ras clas­ses de trens e de tran­
Coca está à fren­te da sa­tlân­ti­cos. Em 1912, um lote de
gran­de ri­val mun­dial. cai­xas com gar­ra­fas da fa­mo­sa água
1905 1937 1940 1945
Mas se tor­ci­da va­ler a foi em­bar­ca­do no Ti­ta­nic. Lí­der mun­
Pep­si Cola tem em nos­ dial do mer­ca­do de água mi­ne­ral
so país sua ca­mi­sa 12. ga­sei­fi­ca­da, hoje a San Pel­le­gri­no
Na edi­ção nº 1 de está pre­sen­te em mais de 83 paí­ses.
Emb ­ al­ ag
­ em­Marc ­ a, a Para o Bra­sil é ex­por­ta­da des­de
se­ção Al­ma­na­que pu­bli­ 1907.
cou uma nota ilus­tra­da
com a sé­rie his­tó­ri­ca
das gar­ra­fas de Coca-
Cola. De­pois dis­so, a
re­da­ção re­ce­beu três
car­tas de lei­to­res re­cla­
man­do que a Pep­si
me­re­cia igual tra­ta­men­
1958 1971 1991 1998 to. É jus­to. Aqui está a
sé­rie.
50 – embalagemmarca • set 99

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