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O documento descreve a edição Nestle-Aland Novum Testamentum Graece (NA27), apresentando seu texto reconstruído baseado em mais de 5400 manuscritos gregos antigos e medievais, além de fornecer referências bíblicas, cânones eusebianos e aparato crítico. O NA27 é a edição crítica padrão do texto grego do Novo Testamento usada no mundo acadêmico.
O documento descreve a edição Nestle-Aland Novum Testamentum Graece (NA27), apresentando seu texto reconstruído baseado em mais de 5400 manuscritos gregos antigos e medievais, além de fornecer referências bíblicas, cânones eusebianos e aparato crítico. O NA27 é a edição crítica padrão do texto grego do Novo Testamento usada no mundo acadêmico.
O documento descreve a edição Nestle-Aland Novum Testamentum Graece (NA27), apresentando seu texto reconstruído baseado em mais de 5400 manuscritos gregos antigos e medievais, além de fornecer referências bíblicas, cânones eusebianos e aparato crítico. O NA27 é a edição crítica padrão do texto grego do Novo Testamento usada no mundo acadêmico.
Utilizao do Nestle-Aland Novum Testamentum Graece (NA
27 )
Edson de Faria Francisco. So Bernardo do Campo, maro de 2014.
A Nestle-Aland Novum Testamentum Graece, 27 edio (NA 27 ) (Stuttgart, 1993), edi- tada pelos estudiosos Kurt Aland, Barbara Aland, Johannes Karavidopoulos, Carlo M. Mar- tini e Bruce M. Metzger, publicada pela Deutsche Bibelgesellschaft (Sociedade Bblica Alem), em Stuttgart, na Alemanha. Tal edio a continuao da obra Novum Testamentum Graece, editada pela primeira vez por Eberhard Nestle (Wrttemberg, 1898) e aperfeioada por Aland desde os anos 1950. A NA 27 tem por base um texto reconstrudo, tendo por base cerca de 5400 manuscritos gregos do Novo Testamento das pocas antiga e medieval. O texto principal do NA 27 , que reconstrudo criticamente, apresenta a possvel forma do Novo Testamento grego como seria no incio do 2 sculo da era crist. A NA 27 a atual edio crtica padro do texto do Novo Testamento grego para o mundo erudito, sendo composta por quatro componentes principais:
Texto bblico reconstrudo baseado em manuscritos gregos antigos e medievais. O texto principal da edio A. Referncias bblicas do Antigo e do Novo Testamento B. Cnones eusebianos: referncias a passagens paralelas entre os quatro Evangelhos C. Aparato crtico. Observaes sobre questes textuais em verses e manuscritos D.
A figura abaixo mostra a pgina 88 do NA 27 , correspondente ao texto de Marcos 1.1a-8b:
A: O NA 27 apresenta um texto reconstrudo que tem por base os cerca de 5400 manuscri- tos gregos datados na poca antiga e medieval. Alguns manuscritos que formam a base da edio so os cdices unciais Sinatico, Vaticano, Alexandrino, reescrito de frem o Srio, B
D A C 2
Beza, entre outros. O texto reconstrudo criticamente apresenta a possvel forma do Novo Testamento grego como seria no incio do 2 sculo da era crist.
B: Referncias bblicas do Antigo e do Novo Testamento. Muitas referncias bblicas do texto veterotestamentrio citadas no Novo Testamento so da Septuaginta e tais refern- cias so identificadas por meio do smbolo O.
C: Cnones eusebianos: tabelas contendo referncias numricas sobre passagens paralelas entre os quatro Evangelhos, elaborada por Eusbio de Cesareia (?-339). As passagens pa- ralelas entre os Evangelhos so elencadas em 10 cnones (tabelas), nos quais so indica- dos os trechos que apresentam o mesmo contedo (ex.: Mc 1.1 paralelo a Mt 11.10 e a Lc 7.27; Mc 1.3 paralelo a Mt 3.3, a Lc 3.4 e a Jo 1.23; Mc 1.4 paralelo a Mt 3.4 etc.). Tais cnones mostram um quadro sintico de determinadas passagens comuns nos qua- tro Evangelhos. O sistema explicado por Eusbio de Cesareia em sua epstola enderea- da a uma pessoa de nome Carpiano. A epstola denominada Eusebii Epistula Ad Carpi- anum et Canones I-X (lat. Epstola de Eusbio a Carpiano e Cnones I-X). Esta epstola e os 10 cnones so encontrados em vrios manuscritos gregos do Novo Testamento.
D: Aparato crtico. Citaes de manuscritos bblicos gregos e de verses bblicas antigas em latim, em siraco, em copta, em armnio, em georgiano, em gtico, em etope e em eslavnico. Alm das verses bblicas clssicas, a edio leva em considerao, igualmente, as citaes bblicas registradas tanto nos escritos dos Pais gregos e latinos da Igreja quanto nos lecionrios gregos. Todas estas citaes justificam as decises textuais tomadas pelos editores na intenso de reconstruir a possvel forma original primitiva do texto grego neo- testamentrio.
A figura abaixo mostra um flio do Cdice Vaticano (B), datado do 4 sculo, cor- respondente a Mateus 6.3b-20a. O Cdice B um dos inmeros manuscritos bblicos gre- gos usados pelos editores na reconstruo do texto do NA 27 .
Foram compostos vrios manuais para a utilizao da NA 27 . Em portugus, as obras Exegese do Novo Testamento: Manual de Metodologia (2. ed., Sinodal-Paulus, 2001), de Uwe 3
Wegner e Origem e Transmisso do Texto do Novo Testamento (Sociedade Bblica do Brasil, 2012), de Wilson Paroschi, so dedicadas exclusivamente utilizao do NA 27 .
Exemplos de anotao do aparato crtico: Texto: ttulo do Evangelho de Marcos. Inscriptio: 'royyrtov i. M. A D I W O j 1. 33. 2427 B Iut to i. M. oy. royy. 209. 579 a| (vg'') txt (N B) pc (a inscrio do Evangelho colocada entre os smbolos ' ` possui como variante a frase r0oyyrtov ioto Mopiov [gr. Evangelho de acordo com Marcos] que atestada pelos cdi- ces Alexandrino [5 sc.], Beza Cantabrigiense [5 sc.], Rgio [8 sc.], Freeriano [5 sc.] e Tbilisi [9 sc.], pela famlia do manuscrito cursivo 13, pelos manuscritos cursivos 33 [sc. 10] e 2427 [c. sc. 14?] e pelo texto majoritrio. A mesma leitura grega apoiada pela Vul- gata e por uma parte da Vetus Latina. O smbolo separa diversas variantes relacionadas com a mesma passagem do texto. A leitura t ioto Mopiov oytov r0oyyrtov [gr. o santo Evangelho de acordo com Marcos] atestada pelos manuscritos cursivos 209 [sc. 14], 579 [sc. 13] e por alguns outros manuscritos gregos que diferem do texto majoritrio e pela edio Clementina da Vulgata [1592-1593] [mas com alguma pequena diferena textu- al]. A abreviatura txt indica que a leitura do NA 27 possui apoio dos cdices Sinatico [4 sc.] e Vaticano [4 sc.] [ambos com alguma pequena diferena textual] e por poucos ma- nuscritos gregos que diferem do texto majoritrio).
Texto: Marcos 1.1: ']lo Oro|` (gr. filho de Deus). '' N O 28. | 2211 pc su'; Or (ct om. I. Xp.) Ir Epiph to to ipto 1241 txt N B D I W 2427 pc (scd to O. A j 33 B) Iutt sy co; Ir'''| (a expresso colocada entre colchetes ]lo Oro| [gr. filho de Deus] de autenticidade duvidosa; a mesma expresso colocada entre os smbolos ' ` significa que em determinados manuscritos gregos a locuo substituda por outras. O smbolo' indica que tal trecho era admitido como original em edies anteriores do NA 25 . O smbolo indica que o tre- cho omitido pelos cdices Sinatico [4 sc.] [texto original antes das correes posterio- res] e de Tbilisi [9 sc.], pelo manuscrito cursivo 28 [sc. 11], pelo lecionrio 2211 [c. 995- 996], por poucos manuscritos gregos que diferem do texto majoritrio, pela verso sadica e por Orgenes de Alexandria [3 sc.]. O smbolo separa diversas variantes relacionadas com a mesma passagem do texto. O trecho `joo Xptoto [gr. de Jesus Cristo] omitido por Irineu de Lio [2 sc.] e por Epifnio de Salamina [5 sc.]. A leitura lo to iplo [gr. filho do senhor] atestada pelo manuscrito cursivo 1241 [c. sc. 12]. A abreviatura txt indica que a leitura do NA 27 possui apoio dos cdices Sinatico [4 sc.] [com correo feita pelo primeiro corretor], Vaticano [4 sc.], Beza Cantabrigiense [5 sc.], Rgio [8 sc.] e Freeriano [5 sc.], pelo manuscrito cursivo 2427 [c. sc. 14?] e por poucos manus- critos gregos que diferem do texto majoritrio [mas a leitura lo to Oro {gr. filho de Deus} atestada pelos cdices Alexandrino [5 sc.], pelas famlias dos manuscritos cursi- vos 1 e 13, pelo manuscrito cursivo 33 [sc. 10] e pelo texto majoritrio]. A tradio inteira da verso latina apoia a mesma leitura grega, assim como as verses sadica e copta e Iri- neu de Lio [em traduo latina]).
Texto: Marcos 1.2: oo0 ' onootrc (gr. eis envio). 'ryc N A I W j 33 B vg'' sy' su' bo'; Or Eus txt B D O 28. 565. 2427. | 2211 pc Iut co; Ir''' | (o smbolo ' indica a localizao onde uma ou mais palavras insertada pelos manuscritos gregos. A leitura ryc [gr. eu] atestada pelos cdices Sinatico [4 sc.], Alexandrino [5 sc.], Rgio [8 sc.] e Freeriano [5 sc.], pelas famlias dos manuscritos cursivos 1 e 13, pelo manuscrito cursivo 33 [sc. 10], pelo texto majoritrio, pela edio Clementina da Vulgata [1592-1593], pela Siro-Hxapla [7 sc.], pelos manuscritos das verses sadica e 4
boarica, por Orgenes de Alexandria [3 sc.] e por Eusbio de Cesareia [4 sc.]. A abre- viatura txt indica que a leitura do NA 27 possui apoio dos cdices Vaticano [4 sc.], Beza Cantabrigiense [5 sc.] e de Tbilisi [9 sc.], pelos manuscritos cursivos 28 [sc. 11] [texto original antes das correes posteriores] [9 sc.] e 2427 [c. sc. 14?], pelo lecionrio 2211 [c. 995-996] e por poucos manuscritos gregos que diferem do texto majoritrio. A mesma leitura grega apoiada pela Vulgata e por uma parte da Vetus Latina, assim como a verso copta e Irineu de Lio [em traduo latina]).
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Referncias Bibliogrficas ALAND, Kurt; ALAND, Barbara. O Texto do Novo Testamento: Introduo s Edies Cientficas do Novo Testamento Grego bem como Teoria e Prtica da Moderna Crtica Textual. Barueri: Sociedade Bblica do Brasil, 2013. PAROSCHI, Wilson. Origem e Transmisso do Texto do Novo Testamento. Barueri: Sociedade B- blica do Brasil, 2012. SCHOLZ, Vilson. Princpios de Interpretao Bblica: Introduo Hermenutica com nfase em Gne- ros Literrios. Canoas: ULBRA, 2006, p. 43-62. SILVA, Cssio Murilo D. da. Metodologia de Exegese Bblica. Coleo Bblia e Histria. So Paulo: Paulinas, 2000, p. 42-43. STUART, Douglas; FEE, Gordon D. Manual de Exegese Bblica: Antigo e Novo Testamentos. So Paulo: Vida Nova, 2008, p. 255-256. TREBOLLE BARRERA, Julio. A Bblia Judaica e a Bblia Crist: Introduo Histria da Bblia. Petrpolis: Vozes, 1996, p. 396-414. WEGNER, Uwe. Exegese do Novo Testamento: Manual de Metodologia. 2. ed. So Leopoldo-So Paulo: Sinodal-Paulus, 2001.