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Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Instituto de Química – IQ
QF952A – 2s/2009

Equilíbrio Líquido - Vapor


(Clorofórmio/Acetona)

Rodrigo Steter Rocco RA017300


Flávia da Silva Nascimento RA032861
Flávio Araújo de Freitas RA032880
12/09/2009

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1- Introdução

O estudo sobre equilíbrio entre líquidos e vapores é de grande importância já que este
conhecimento permite entender melhor o processo de destilação, usado com frequência no
laboratório e na indústria.
A partir de dados obtidos com experimentos onde este tipo de equilíbrio é analisado pode-
se construir diagramas de fases, onde o eixo da abscissa representa a fração molar ou mássica
e o eixo da ordenada a temperatura de equilíbrio Líquido-Vapor ou a pressão de equilíbrio e a
partir deste, é possível obter informações como a composição e número de fases do sistema e
índices de refração.
O principal variável a se determinar é a composição do sistema, e para isto pode-se utilizar
vários métodos, tais como: medida de densidade, cromatografia em fase gasosa, em fase
líquida, titulação, índice de refração, espectrofometria, etc.
Com a regra da alavanca pode-se determinar as proporções das fases em equilíbrio em um
sistema.
As misturas não-ideais frequentemente formam azeótropos, ou seja, uma mistura onde os
componentes entram em ebulição na mesma temperatura como se fosse uma substância pura.
E nestes casos, não é mais possível separá-los através de destilação fracionada.
Soluções reais seguem a lei de Raoult (Psolução= p1*.X1 + p2*.X2...), onde p*= pressão de
vapor do componente puro e X = fração molar do mesmo componente na solução. Nestas
soluções as interações entre os diferentes líquidos da mistura possuem interações moleculares
muito próximas daquelas existentes nos compornentes puros. Mas a maioria das soluções não
são ideais, neste caso e pode-se perceber um desvio positivo (quando a interação entre as
moléculas dos dois líquidos é mais forte que a interação das moléculas dos componentes
puros) ou um desvio negativo (quando a interação entre as moléculas dos dois líquidos é mais
fraca que a interação das moléculas dos componentes puros).
Outra regra que podemos usar é a regra da fases de Gibbs (F= C – Ph + 2. Esta nos
permite saber a partir do número de componentes (C ) e do número de fases presentes no
sistema (Ph), o número propriedades intensivas (Temperatura, Pressão e Componentes em
cada fase) que podem ser mudadas sem alterar o equilíbrio, também conhecido como graus de
liberdade (F).
Neste experimento realizou-se a mistura de dois componentes (Clorofórmio/Acetona e
Clorofórmio/Metanol) a fim de se determinar a composição da fase líquida e gasosa através de
comparação do índice de refração das alíquotas coletadas com o índice de refração de
amostras com composição conhecidas, dos mesmos componentes, previamente conhecidas.

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2- Objetivo

Obter e analisar os diagramas de fase líquido-vapor para os dois sistemas binários, e


dessa forma verificar se há ou não a formação de azeótropo, à uma pressão constante.

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3- Materiais e Métodos

3.1- Materiais

Buretas de 10ml
Balão volumétrico de10ml
Béckers de 50ml
Cotrell
Termômetro de 100,0 °C
Eppendorf
Condensador
Provetas de 50ml.
Refratômetro Abbe
Suportes, pinças e garras para vidrarias

3.2- Reagentes

Clorofórmio. Densidade 119,38


Acetona. Densidade 58,08

3.3- Procedimento

Curva de calibração

1. Preparou-se misturas do par Acetona/Clorofórmio nas seguinte proporções 9ml/1ml, 8ml/2ml,


7ml/3ml, 6ml/4ml, 5ml/5ml, 4ml/6ml, 3ml/7ml, 2ml/8ml, 1ml/9ml nos balões de 10ml.
2. Agitou-se bem as soluções.
3. Mediu-se o índice de refração das 9 soluções e do clorofórmio e acetona puros.

Diagrama de fase

1. Adicionou-se 50ml de clorofórmio ao cotrell pelo condensador e mediu-se a temperatura quando


atingisse o ponto de ebulição.
2. Adicionou-se incrementos de acetona, e a cada adição alíquotas de vapor condensado e de líquido
foram recolhidas nos eppendorfes depois que o sistema atingia o equilíbrio (quando a temperatura
atingia o ponto de ebulição).

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3. As quantidades de acetona foram adicionadas nas seguintes proporções:

Solução ml de acetona adicionado a 50


ml de clorofórmio
1 0
2 8
3 8
4 6
5 6
6 6

4. Mediu-se os índices de refração para cada alíquota.

5. Repetiu-se o procedimento acima iniciando com 50ml de acetona no cotrell e depois acrescentando
incrementos de clorofórmio nas seguintes proporções:

Solução ml de clorofórmio adicionado a


50 ml de acetona
7 10
8 10
9 10
10 10
11 10
12 10

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4- Resultados e discussão:
Tabela1: Dados para curva de calibração
Clorofórmio/
Acetona
Clorofórmio (mol) 9-1 Acetona (mol) 1-9 Soma Xm Clorofórmio Xm Acetona Refração
1 1,4425
0,112 0,014 0,125 0,892 0,108 1,435
0,099 0,027 0,126 0,785 0,215 1,426
0,087 0,041 0,127 0,681 0,319 1,417
0,074 0,054 0,129 0,578 0,422 1,4165
0,062 0,068 0,130 0,477 0,523 1,4
0,050 0,081 0,131 0,379 0,621 1,393
0,037 0,095 0,132 0,281 0,719 1,383
0,025 0,109 0,133 0,186 0,814 1,374
0,012 0,122 0,135 0,092 0,908 1,3655

Gráfico1. Curva de calibração

y = 11,568x - 15,721
C alibraç ão
R 2 = 0,9884

1
Concentração molar de

0,8
clorofórmio

0,6

0,4
C alibraç ão
0,2

0
1,35 1,4 1,45
Indic e de re fra ç ã o

A curva de calibração apresentou um ponto que destoa dos outros valores encontrados,
mas, apesar disto pode-se ver a reta esperada que foi formada, e portanto esse único
ponto não atrapalhaou a análise do gráfico.
A partir da equação gerada pelo gráfico, substituiu-se o valor do índice de refração
encontrado das alíquotas do vapor condensado e do líquido na incognita x e obteve-se
então o valor da fração molar de clorofórmio naquela alíquota.
Por diferença encontrou-se o valor da concentração molar de acetona.

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Esses valores obtidos foram expostos na tabela abaixo e a partir destes valores construiu-
se o diagrama de fase de clorofórmio.

Tabela2. Dados para diagrama de fase


Solução Clorofórmio (50 mL)/Acetona Acetona Clorofórmio
Acetona Temperatura Índ de Refração (V) Índ de Refração (L) X vap X liq X vap X liq
0 56,6 1,356 1,356 0 0 1 1
8 58,6 1,433 1,431 0,155 0,178 0,845 0,822
8 59,6 1,425 1,4213 0,247 0,290 0,753 0,710
6 59,8 1,414 1,4142 0,374 0,372 0,626 0,628
6 59,8 1,406 1,409 0,467 0,432 0,533 0,568
6 59,5 1,398 1,403 0,559 0,501 0,441 0,499

Solução Acetona (50mL)/ Clorofórmio Acetona Clorofórmio


Clorofórmio Temperatura Índ de Refração (V) Índ de Refração (L) X vap X liq X vap X liq
10 55 1,364 1,3735 0,952 0,843 0,048 0,157
10 57 1,374 1,385 0,836 0,709 0,164 0,291
10 58,5 1,387 1,3955 0,686 0,588 0,314 0,412
10 59,4 1,398 1,403 0,560 0,501 0,440 0,499
10 59,8 1,407 1,409 0,455 0,432 0,545 0,568
10 60 1,4155 1,415 0,357 0,363 0,643 0,637

Gráfico2. Diagrama de fase para o sistema clorofórmio/acetona

61

60

59

Vap o r
58
Temperatura

Vap o r
Líq u id o
57 Líq u id o

56

55

54
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
7
F ra ç ã o Mo la r (Clo ro f ó rm io )
Como pode-se perceber o diagrama apresenta um comportamento de um azeótropo.
Sendo que é um azeótropo positivo.

No sistema cicloexano/tolueno, não veríamos esse comportamento pois este sistema é


uma solução ideal, os componentes em uma determinada temperatura e composição não
se comportam como uma substância simples, entrando em ebulição numa mesma
temperatura, e por esse motivo pode-se realizar uma destilação fracionada, na qual
repetem-se sucessivos ciclos de ebulição e condensação até a obtenção, primeiramente,
do líquido mais volátil praticamente puro.

Pela regra das fases de Gibbs temos que dentre as três propriedades intensivas
(temperatura, pressão e composição) na região abaixo da curva do líquido  Fl= 2 – 1+ 2
 F= 3, ou seja, três dessas propriedades podem ser alteradas sem que haja mudança no

equilíbrio do sistema. Na região entre as duas curvas  Fl-v= 2 – 2 + 2  F= 2, então duas


propriedades intensivas podem se alteradas. E na região acima da curva de vapor F v = 2 –
1 + 2  F= 3. Portanto aqui também três propriedades intensivas podem ser alteradas sem
que haja mudança no equilíbrio do sistema.

Partindo-se de 1L da mesma solução Acetona/Clorofórmio contando fração molar 0,5 dos


dois componentes, percebemos analisando o gráfico de calibração e o diagrama que uma
destilação fracionada teria composição:
0,467 de vapor de acetona
0,533 de vapor de clorofórmio
0,432 de acetona líquida
0,568 de clorofórmio líquido

8
.

5- Conclusão
Após análise dos dados obtidos e do diagrama construído pode-se notar que o
experimento é um bom indicador para analisar a composição das misturas durante uma
destilação. Neste experimento pode-se confirmar a formação de um azeótropo positivo, ou
seja, uma mistura onde a interação das moléculas dos diferentes compostos é mais
intensa que entre as moléculas dos reagentes puros, e onde a uma determinada
composição a mistura se comporta como se fosse uma substância pura (sem na verdade
ser) entrando os dois componentes em ebulição a uma mesma temperatura.

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6- Bibliografia

1. Atkins, P. W. “Physical Chemistry” 5th ed. Oxford University Press, 1994. Cap.8 Phase Diagrams.
2. Levine, I. N. “Physical Chemistry” 5th ed. McGraw Hill, New York, 2002. Cap.12
3. http://www.poli.usp.br/p/luiz.terron/destilacao/3_paginas_termo/3_2_regra_das_fases_Gibbs.htm

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