Demônios da Garoa Meu peito até Composição: Adoniran Barbosa / Oswaldo Moles Parece sabe o quê? Táuba de tiro ao Álvaro Não tem mais onde furar De tanto levar Não tem mais!... Flechada do teu olhar De tanto levar Meu peito até Frechada do teu olhar Parece sabe o quê? Meu peito até Táuba de tiro ao Álvaro Parece sabe o quê? Não tem mais onde furar Táuba de tiro ao Álvaro Não tem mais!... Não tem mais onde furar... De tanto levar Teu olhar mata mais Frechada do teu olhar Que bala de carabina Meu peito até Que veneno estricnina Parece sabe o quê? Que peixeira de baiano... Táuba de tiro ao Álvaro Teu olhar mata mais Não tem mais onde furar... Que atropelamento Teu olhar mata mais De automóvel Que bala de carabina Mata mais Que veneno estricnina Que bala de revólver... Que peixeira de baiano... De tanto levar Frechada do teu olhar Teu olhar mata mais Meu peito até Que atropelamento Parece sabe o quê? De automóvel Táuba de tiro ao Álvaro Mata mais Não tem mais onde furar... Que bala de revólver... ( música tocada durante o evento ) . Em 1978 surgiu o A distribuição aperfeiçoou- primeiro volume da série se, procurando chegar a um CADERNOS NEGROS, público mais amplo e contendo oito poetas que diversificado do que aquele dividiam os custos do livro, publicado em formato de atingido pelos primeiros bolso com 52 páginas. A volumes. Escritores de publicação, vendida vários Estados do Brasil vêm principalmente em um publicando nos Cadernos. É grande lançamento, preciso assinalar que não circulou posteriormente de existem outras antologias mão em mão, sendo publicadas regularmente distribuída para poucas com textos de autores afro- livrarias, mas obteve um brasileiros, em grande parte expressivo retorno dos que devido às dificuldades tiveram acesso a ela. financeiras inerentes às Desde então, e publicações deste tipo. ininterruptamente, foram Sendo assim, os Cadernos lançados outros volumes - têm sido um importante um por ano - alternando veículo para dar visibilidade poemas e contos de estilos à literatura negra. diversos.