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1) O documento discute estudos que avaliam abordagens globais e específicas para análise do Desenho da Figura Humana para diagnóstico psicológico.
2) Estudos mostram que avaliações globais da qualidade artística e normalidade do desenho têm alta fidedignidade entre avaliadores e correlacionam-se com medidas de inteligência, problemas emocionais e desempenho escolar.
3) Análises globais podem ser mais eficazes do que análises focadas em itens específicos para pre
1) O documento discute estudos que avaliam abordagens globais e específicas para análise do Desenho da Figura Humana para diagnóstico psicológico.
2) Estudos mostram que avaliações globais da qualidade artística e normalidade do desenho têm alta fidedignidade entre avaliadores e correlacionam-se com medidas de inteligência, problemas emocionais e desempenho escolar.
3) Análises globais podem ser mais eficazes do que análises focadas em itens específicos para pre
1) O documento discute estudos que avaliam abordagens globais e específicas para análise do Desenho da Figura Humana para diagnóstico psicológico.
2) Estudos mostram que avaliações globais da qualidade artística e normalidade do desenho têm alta fidedignidade entre avaliadores e correlacionam-se com medidas de inteligência, problemas emocionais e desempenho escolar.
3) Análises globais podem ser mais eficazes do que análises focadas em itens específicos para pre
HUMANA: TCNICA OU INTUIO?(I) CLAUDIO S. HUTZ DENISE R. BANDEIRA (2) Uniw:rJidade Federal do Rio Grande do Sul o Desenho da Figura Humana (DFH) tem sido utilizado como medida do desenvolvimento da inteligncia desde 1926 atravs dos critrios delineados por Goodenough ( 1951) cposterionnente revisados erepadronizados!XIr Harris(I963). Como mtodo de llvalia.'io da Personalidade, o DFH ganhou considervel!XIpu- laridadea partir da dcada de 1950 com bascna obra de Machover (1949), tendo se transformado em uma das tcnicas mais empregadas!XIr psiclogos america- Dosj na dcada de 1960 (Sundberg, 1961). Durante a dcada de 1960, Koppitz (1968) forneceu uma alternativa bem mais simples e prtica li escala de Harris- Goodenough para avaliar inteligncia com o DFH. O trabalho de Koppitz produ- ziu tambm um sistema quanlitlllivo objetivo para o diag.n6stico de problemas de aprendizagem edistrbiosemocionais. O uso do DFH foi ampliado e, atualmente, um dos testes mais utilizados em pesquisa e na prtica profissional do psiclogo (Louttit e Brown, 1947; Lubin, Walls e Paine, 1'J71; Lubin Larscn e Matarazzo, 1984; Lubin, Larsen, MlIwrazzo e Seever, 1985; Hutz e Bandeira, 1993). Devido sua abrangncia, simpliddade, aparente objetividade e baixo custo, o DFH foi rapidamente incorporado ao arsenal de utilizadas por psiclogos brasileiros. Porm, com poucas excees (por exemplo, Van Kolck, 1966, 1984; Hutz, 1988, 1989a, 1989b e 1989c), virtualmente inexistem pesqui- sas sistemticas de validao do uso deste teste com criam;as brasileiras. Psic6lo- goscscolaresednicosern nosso pais tm procedido como se normas estabeleddas a partir de amostras 3mericanas testadas em 1950 e 1960 pudessem ser conside- radas automllticamcnte vlidas para crianas brasileiras. Esta situao comeoll a se modificar apenas recentemente com li desenvolvimento de estudos de "'T .. b.ltol"''''i.hn<nl<a ..... i.do<"<>m "1ltfo" .. "","",o:Io!'sOcoloei
[}eparu""'n .. o:Iol'sicolcJi' Ra .. iroB.o=lao.2I!X) 4003SoOl2PonoAl.,re.ItS. E.MAlLlltJT2@VOR1l!X.UFRGS.BR normatizaio e padroni7.-ao de DFH pela nossa equipe e pela equipe de Solange Weschler na PUCCAMP, que estio em vias de publicao no Brasil. Nas ltimas dcadas, os estudos com o DFH parn diagnstico de proble- mas emociona is tm empregado diferentes formas de aval iao dos desenhos. Em geral, podem-se distinguir trs estratgias de anlise: a) aspectos globais(o dese- nbo avaliado I:omo um todo); b) aspectos estruturais (caractersticas gerais, como tamanho da figura, localizao na pgina, t:l1:.) e 1:) itens especficos (presena ou ausncia de elementos determinados, como cabea, brao, pernas, dedos, etc.). Embora amlises atravs de aspectos estruturais e de itens especficos !;c, jam mais populares no psicodiagn6stico, vrios estudos demonstram que aspectos globais, o desenho de figuras grotescas, tm gemdo bonS resulta- dos em termos de predio de distrbios psicopatol6gicos, possivelmente melho- res que os obtidos atravs dc anl iscs de itens espccf)(l)s (por exemplo, Lewinsohn, 1965; Maloney c Glasser, t 982; Yama, ] 990). E"...,;ta, porm, no uma posio unnime. Swensen (1968) argumenta que avaliaes globais no detectam casos espectkos de patologias, estando mais relacionadas a variveis que renetem se- vera falta de ajustamento flSquico. Avaliaes globais do DFH tm apresentado elevados ndices de fidedig- nidade, a julgar pela..,; obtidas entre juzes e teste-reteste. Estes acha- dos so surpreendentes dl:vido 11 subjetividade inerente a este processo avaliativo. Wagner e Schubert (1965) desenvolveram uma escala para anlise global de DFHs de adolescentes e adultos jovens, apresenlilndo correlaes entre r=0,74 e (::0,95 entre juzes e de r::O,89 entre teste e reteste. Nichols e Slrumpfer(I962) encontra- ram resultados semelhantes e Lcwinsobn (1965) enontrou correlaes significativas de qualidade global com vrias medidas de personalidade cdccomportamento. c (1982) rcaliZllram nove formHS de avaliao de DFHs comparando grupos de pessoas normais c com internao psiquitrica (psic6ticos e no-psic6ticos). As avaliaes incluram os seguintes aspectos: Omisses, Trans- parncia, Distoro, InclimJo do Desenbo, Simplificaiio a Cabea. Simplifi - caiio do Corpo, Qualidade Global, Diferenciao SexmJl e Se)(ual. A ridedignidade entre juzes mostrou-se relativlJmente elevada para quase todas as anlises (r=O,67 a r",0,78) com e)(ceo de Inclinao do Desenho (r",0,48) e Elaborao Sc)(ual (r::O,42). ParticiplJram como 13 estUlJantes de p6s-gra- duaiio em Psicologia cujo nico treinllmento para utilizar os sistemas de avalia- o dos DFHs consistiu na leitura de um manual. Os resultados, em termos do nmero total de diferenas sign ificativas entre os sujeitos. mostraram que Simpl i- ficao da Cabe<l e do Corpo apllrecem em primeiro lugar seguidos de Qualidade Global, Diferenciao e Distoro na diferenciao de psicticos e no- psic6ticos. Mais recentemente, Yama (1990) analisou desenhos de crianas e adoles- r",,,,,, ,,,,,P";cokop. (/995),N'j centes refugiados do Vietn avaliando a Qualidade Artstica Global, Bizarrice Global, Nvel de Ajustamento Estimado e Indicadores Emocionais (Koppitz, 19(8). Foram sete os juzes: um deles o prprio autor, dois psiclogos formados, sem experincia em testes projetivos, e quatro estudantes de psicologia. A eorrelao entre os juzes variou de r=O,54 a r=0,79, sendo que a mais alta foi na Qual idade Artstica Global. As trs escalas glubais currc!acionaram-se significativamente (de 1'=0,85 a r=O,94) entre si. A correlao destas escalas com os Indicadorcs Emocionais foi significativa (r=-U,32 a r=-0,40). Os resultados de Yama demons- traram que medidas globais so mais efica:;.o:es que medidas por itens especficos. Em nusso laboratrio, temos realizado estudos utilizando diferentes for- mas de anlise de DFHs procurando verificar a validade e utilidade dos vrios sistemas. Inicial mente, coletamos DFH s de aproximadamente 2.0Cl0 crianas de 5 a 15 anos de idade. Este banco de dados rermitiu o estabelecimento de normas para os itens evolutivos e indicadores de Koppitz (Hutz, 1991) e o desenvolvimento de alguns estudos relacionados ao sexo da ngura desenhada (por exemplo, Antoniav.i e Hutz, 1993). Foram tambm realizadas vrias investiga- es para a validao dos itens evolutivos e dos indicadores emocionais para predio do rendimento escolar (Bandeira e Hutz, 1994), para diagnstico de problemas emocionilis (Baodeira, Hutz e Nogueira, 1994), entre outros. No presente trabalhu vamus dc..'Crever um conjunto de cstudos que vm sendo realizados no ltimo ano envolvendo avaliaes globais do DFH, visando estabelecer sua fidedignidade e comparar sua eFiccia li dos sistemas lI"adicionais. O primt:iru estudo fui realizadu com uma amostra de27 crianas da pri- meira srie do primeiro grau. Foi solicitado a juzes que realizassem anlises globais (Qual idade e Normal idade), sem critrios pr-dcfin idos, dos DAis destas Os juzes foram instrudos a avaliar os desenhos com base n3 que elesc<mS3vam, utiliomoo escalas do tipo Likert de sete pontos. Foi solicitado aos juzes que assinalassem nas escalas sua impresso pessoal com relao qualidade e li normalidade do desenho. A nica informa<;iio dada foi li de que os desenhos tinham sido reitos por crianas. Ser- viram eomu juzes duas pessoas com experincia em avaliao de DFHs e duas alunas do primeiro semestre do curso de Psicologia, sem nenhuma expe- rincia ou treino com DFH. A fidedignidade entre juzes variou de r=0,58 a r=O,81 para a c.sala de Normalidade e de 1'=0,77 a r:O,90 para a escala de Qualidade Artstica. realizadas anlises de correlao entre as mdias das notas dosjuzes c os itens evulutivus e indieadort:1l emociunais do DFH (sistema Koppitz). A escala de Nor- malidade correlacionou-se significativamente com os itens evolutivos (r:=O,73; p<O,OOI) ecom os indicadorc:s emocionais(r=O,S3; p<O,Ol). AQualidadc Arts- tica correlacionou-se significativamente com os itens evolutivos (r=O,68; p<O,OO 1). r ..... ,.,. p';cok>gi4 (199j),N' J Estes resultados surpreendentes nos Icvaram a rcalizarouuo estudo, exa- minando os DFHsde 157 crianasde9a 12 anos de idade (Nogueira e Bandeira, 1994). Foram reali:tadasas mesmas anlises globais e foram tambtm analisados os indicadores de ansiedade de Handler (1967). A correlao entre osjuzc>, am- boscom elli:perincias na avaliao de desenhos, foi de 1'=0,75 tanto para Qualida- de Artstica, quanto para a escala de Normalidade (p<O,OOI). Foram obtidas cor- relaes significativas (p<O,OOI) entre a escala de Qualidade Artstica e os indi cadores emocionais de Koppitz(r=0,35) e os indicadores de ansiedade de Handler (r=-0,51). A escala de Normalidade tambm se correlacionou significativamente (p<O,OOI) com os indicadores emocionais (r=-0,47) e com os indicadores de ansi- edade (r=-0,49). As crianas desta amostra foram avaliadas por suas professoras em ter- mos de aprt:ndiZ<lgem e comportamento. As correlaes enlre a avaliao das professoras e a tsl:ala de Qualidade Artstica (r=0,36) e a escala de Normalidade (r=0,37) foram interessante observar que no foram encontradas correlaes significa- tivas entre as avaliaes das professoras e os indicadores de ansiedade de Handler ou com a de Ansiedade-Trao e Ansiedade-Estado do IDA TE-C. Tam- bm nio encontramos correlao significativa entre o IDATE-C e os indicadores de ansiedade do DFH. Estes resultados sugerem que extrema cautela deve ser utili:tada na avaliao deansic<iade em crianas, quando usados estes instrumen- tos, at que estudos independentes confirmem sua validade. Finalmente, anlises de varincia demonstram queas esalllSde Nurmali- dade e de Qualidade Artstica discriminam entre grupos deslll amostra constitu- dos com base nu desempenhu escolar. Os emocionais e de ansiedade no produziram esta discriminao. Estes achados aparentemente questionam a validade de utilizar sistemas tradicionais de llnliscs de dc.scnhos blL<;eados na prescnlja ou llusneia de itens. O fato de que julCS sem treinamento especfico possam fazer julgamentos de DFHs utilizando critrios subjetivos de fonna fidedigna, por si s seria um fenmeno merecedor de investigao. Como estes julgamentos lm validade preditiva simi- lar ou, em alguns casos, superior s avalim,ies objetivas feilas por psiclogos treinados, usando sistemas objetivos, esle fenmeno passa a ler implicaes tcri- cas e prticas que requerem explicao. lnidalmente, procuramos detectar que itens evulutivos ou indicadores emocionais do DFH poderiam explicar a varincia das escalas de Normalidade e de Qualidade Artstica. Anlises de regresso identificaram alguns itens (roupa, pernas e ps em duas dimenses e sombreado do corpo) que respondiam por 80% da varincia ajustada da escala de normalidade (r;0,91). Outros itens (roupa, brar,ros em duas dimenses e ps) tambm explicaram 80% da varineia ajustada da escala de qualidade artstica (r::O,90). Isoladamente. um grande nmero de indicadorcs evolutivos e emocionais apresentaram correlae!> elevadas com as escalas globais. Porm, como muitos destes indicadores no so definidos inde- pendentemente c apresenlJlm elevadas correlaes entre si, possvel que a anli- se de regresso, por sua prpria natureza, tenha deixado de incorporar na equao umou vrios itens que so efelivamente processados pelos sujcitos para r calizar um julgamento de normalidade ou artstica. Os resultados desta anlise no so satisfatrios do ponto de vista terico e no auxiliam efetivamente no entendimento do feoomeno. No geral sequer a convico dcque itens especficos s.o levados em considerao pelos juzes. Uma explicao possvel consiste em postular que quando um individuo sulicitalloa fa;,:er um julgamento sobre a normalidadcoua qualidade a rtstieadc um desenllO, o que ele efetivamente faz uma comparao entre seu esquema corporal e o esquemacorpoml represenl.:ldo pelo desenho. Qu:mto menor a discre- pneia, maior a normalidade e qualidade Hrtstiea percebida. Se este for eFetivamente o caso, quando indivduos com um esquema cor- poral que niio est bem desenvolvido ou com nesta lrea forem utiliza- dos como juzes, o fenmeno devedesaparocer. Isto , a rideFignidade entre juzes deve ser baixa eosescoresdasescalasglobaisdeveroapresentarcorrct3es baixas com os itens I.:volutivos, indicadores emocionais, outros testes e avaliaes de desempcnho. Porm, esta no uma hiptese facilmente testvel pois envolve problemas metodolgicos substanciais na operacionalizao de avaliaes de es- quema corporal. No momento estamos uma sria de estudos-piloto tentando desenvolver uma metodologia adequada para esta investigao. Resull.:l- dos preliminares indicam quc a hiptese no dcscilbidil e poder encontrar su- porte emprico se as dificuldades metoUolgicas forem superadas. A .. """""-'<i. A.s. ..... C.S. (IM) ...... 1 DO ...... ehodo .. bom ... : o", .. ,odo ""OI"'LV,," .. ",ks..l .. UFRGS, 1. p. 220). ror'" RS lla"""i,..D.R . II ..... C.S.(19\I.)I\ .... .... IeaDfll.BerHkreRa...., ... prodiMo"" .. ndimen .. s-k,,,. D.R., H.I<. c.S. e R. ( 19\1.4)0 oko<oir<> do .. \u ..... 00 d"'lIl>6s!ro de dis'lrbios .r.-.ocic .. iso H .., C.S.(I988)O_81w>;.r..';loo_i ....... _.IO ....... ..... poi.comoIo.: ....... ... umali ....... __ .A ... iiJ"I su..poWBraoil<iro ... """"" ... I._inotHo Ciu,ific:o d ........ ci.io N.do .. 1 d. ... P6a-G .... .. fANPEPP), pp. 25J260. C""" . PE. 1!.".C.S.(11I89.)EoIot>iI;<b<k .... lp ........ dor"'_ioM.""d-..bo ... .... b ........ II........,.J<.XlX R ..... ;,;.,A"""'.kI' .. u.J"xi. JJ. J>. 367. Prelo. sr. H.". C.S. (1989b) Dif.,u ,oei.i. d. io<eI;,6"d o 1 do a ... iz, .... , t.ti d. upl;coio I."""" .... p,."4; .. _i.l . ... ... i. JoSi"'pJ.;o,;,U) ... pr 7] 76. Recif . PE. 11" ... ... illdi...x._ ... pro-bl ......... ....... escal ..... v .. lialo dcio .. li&tociado DFH: lles<TIiodc .... prnj.lOdcpdq.i ... SlrrpsioB",.iki",J. 1'''''1"'- ./nu",Jwobo Cia"ifico J ..u-i""."N;"""1 MP .. "..... Ph-Gm""",;o ... l'oi<"J.,. ,Ur,I'!'.231118.G,.mado,RS H. I>,C.S. (19IlJ) Tbo <l<v<loplDCnl ofb.m .. fi,,,,,,drawinp i. S '" 15 YNfSoold cIoiklrea. P--Ji",.