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JO tempo, dimensio fundamental de nossa Jexisténcia, ndo € nico e se apresenta sob uma infnita variedade de formas. Conforme as escalas Jem que se compdem as relagbes entre os seres }da natureza, a vida se anima em ritmos, cadelas e ciclos, revolugdes e geracdes. Nao ha interdependéncia fra do tempo. Segundo 2 formula de Bergson, “uma nota nao ¢ nada no contexto de um instante isolado”: ¢ a disposicto Jdas outras notas entre si que cria a misica ou 12 sinfonia: © tempo desenrola espaco para Jque os elementos se sucedam e se encontrem... ‘Também conhecemos diferentes temporalidades Psicolbgicas, conforme nossas atividades. nossas lembrangas, nossas emocdes. £ percebemos algumas significacbes apenas com a experiéncia Jd0 tempo, cujos valores evidentemente variam conforme as épocas, geragbes e cultura. 'O ritmo da Terra em seus processos de regeneracdo se estende em milhares de anos. O carbono, fonte ida vida, existe em diferentes estados quimicos: seu ciclo € de aprosimadamente dez séculos no fendmeno de fotossintese; os vegetais que formam Jo carvao morreram hd 280 milhdes de anos; quanto 120 petréleo, ¢ 0 resultado da fossilzacto de Jmindsculos animais marinhos durante 10 milhoes ide anos. Um ano de consumo energético humano Jequivale, assim, a 1 mithdo de anos natura. 10 tempo de nossas sociedades modernas ¢ curto Eo tempo do consumo, da impaciénca. Encobhido, fag Preciitado,acelerado ainda pelo marketing, que, favorecendo a renovagio incessante da oferta de exponencial do volume dos residuos... Esse tempo modemo bate de frente com 0 tempo da natureza ‘em sua producdo de matérias-primas e em sua capacidade de absorgdo da enorme quantidade de residuos gerados. Alguns breves exemplos sto suficientes para ilusrar essa situaca0, Nos Estados Unidos, 99% dos materiis utilzados na produc3o ddas mercadorias sto descartados nas seis semanas seguintes 3 venda.' A prépria duragdo da concepc3o dos produtos diminuiu consideravelmente: no fim dos anos 1970, quatro anos e meio eram ecessérios para que uma indistria automotiva como a Chrysler desenvolvesse um novo modelo de carro; hoje em dia esse prazo ¢ inferior a dois anos. Para o diretor de desenvolvimento da Microsoft, “seja qual for a sofisticagdo de seu produto, ele festard_ completamente uitrapassado em dezoito meses!? Aciciéncia da produgao, a acelaragdo da renovacdo da oferta e a obsolescéncia dos produtos as vezes planificada levam-nos a uma corrida sem fim. O tempo dos poderes politicos se alterna em alguns anos; 0 dos poderes econdmicos, principalmente por meio dos balancos anuais das empresas, se mede por ano, ou por trimestre: 0 dos poderes financeiros ou das especulacdes da Bolsa é instantineo. Esses tempos nto so adaptados & conscientizagao em relacio a desafios ambientais como a destruiga0 da camada de ozdnio ou o feito estufa, como as decisoes a serem tomadas €¢ suas conseqUentes aplicagdes e as andlises dos resultados: esse processo necessitaria de pelo ‘menos meio século. Um exemplo: essa dicotomia temporal é perceptive! no nivel local © eleito que decide construir um novo colégio pode, por exemplo, escolher entre uma arquitetura cléssica ou de alta qualidade ambiental (AQA). © lrvestimento em um prédio AQA serd em média 20% mais pesado na fase de construgto, mas depois de uma década se tormard um ganho gracas as economias reaizadas (equecimento, eletricidade) no decorrer de seu uso, Portanto, 0 eleito deve jutificar as despesas maiores, enquanto seu eventual sucessor se beeneficiard dos ganhos. O problema do meio ambiente € 0 tempo. £ 0 dos recursos que no tee tempo para se renovar e dos ecossistemas {que nao tém tempo para absorver nossos residuos (ver esquema paginas 42-43). Conforme o adigio de Paracelso,* “é a dose que faz 0 veneno’s € fem fungao da quantidade de um determinado residuo, depositada em um determinado meio, que 0 fendmeno do biodegradacao e sua efcitncia podem ser medidos. Uma sacola de plistico pode certamente se dissolver na natureza, mas isso levard mais de trés séculos.€ como se estivéssemos hoje cuidando dos residuos dos contempordneos de Luts X1V, A empresa duravel Outra gestao do tempo Em uma economia eve, as perspectivas da empresa se situam ao mesmo tempo a curto, médio e longo prazo. A articulagio de polticas ambientais necessita investimentos sigifcativos, cujos resuitados positvos se concretizam a longo prazo. Paradoxalmente, hoje em dia, €em um dos setores reputados por serem 0s mais especulativos ¢ poluidores que essa regra encontra sua melhor iustragio: industria petrolera, que sempre desenvolveu estratégias a longo prazo. Apesar da volatiidade dos mercados, 0 horizonte dos {grandes grupos petroleiros se mede em varias décadas, muito além da maioria das empresas, seja qual for 0 setor. Neste comeco de século XXI, as reservas comprovadas de petrdleo, no ritmo de consumo atual, devem durar uns quarenta anos Uma vez anunciado 0 fim inelutivel da nossa sociedade do petrdleo, as maiores companhias = Shell, BP, TotalFina€lf (TFE) - js adquiriom importantes competéncias em outros tipos de energias para se torarem companhias de gis, ‘ou produtoras e distrbuidors de eletricicade. Interessam-se também por energias renovéves ‘Assim, a Shell anunciou um investimento de 500 milnoes de dolares até 2005 na energia solar, © iniciou a construgao de duas importantes fabricas de painéis solares na Australia © na Espanka, Por sua vez, a TFE € uma das maiores instaladoras ‘mundiais de pangs ¢ aquecedores de sgua Soares. (0s grandes grupos petroleros seguem igualmente 105 desenvolvimentos da economia do hidrogtnio, que muitos especialistas consideram como 0 Combustivel e carburante de amanhd, suscetive! de alimentar centrais elétricas, casas e telefones celulares. Ainda nao disponivel na_quantidade necessatis, © hidrogenio pode ser extraido dos hidrocarbonetos, mas cogitase também a possibilidade de fabrica-o a partir de biomass, ‘Aluta contra a mudanca climstica constitu também tum bom exemplo da estratégia a longo prazo dos grandes petroleiros, Por muito tempo lideres dos {ue se opunham a qualquer regulamentagao das emissdes de gas de efeito estufa (GEE), a Shell e BP recentemente se tornaram “publicamente” convencidas da urgéncia de reduzir seus residuos tna atmosfera, Entretanto, as duas jd testaram varios meios técricos e econdmicos que permite reduzir fisica e contabilmente seus residuos de gis carbonico... Durante a Reunito de Cupula de Joharnesburgo, em agosto de 2002, representantes do Greenpeace e do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) se manifestaram oficialmente a favor da luta contra a mudanca limatica, Entre 0s membros do WBCSD presentes rna tribuna: Charles Nicholson, um dos dirigentes da BP. Impensével hd alguns anos, essa reviravolta ilustra a capacidade de antecipagdo das majors da industria petrolifera | acoes Unidas, “Mudanga ros padres de produto « Consumo” rota denfomacoo ‘da Reno de Cipla Planeta Tena’ 5, Now York, 25:27 dejunha de 1997, 2 joey Rif, Lage deaces (da Decouerte, 2000) 5 paraceio (1493-1541), medica suico cujo verda: ‘ero nome era Theophrastus Bombastus von Hohemheim. {cu conheci por ses pos ‘oes em medicina,flosfa € regs 1 Sola dons et venenur” Uae $4 PRLS BSBA NSE a 5 er pagina 186 Cra ae Care Gerenciar as matérias-primas A pegada ecolégica calculada pelo WWFS evidenciou as consequencias da utilizacao, atual dos recursos naturis, jf que hoje em dia dois planetas e meio seriam necessérios para satisfazer as necessidades de uma populacdo mundial vivendo conforme os padrées europeus = © cinco, segundo os padroes americanos. Assim, a gestio durivel dos recursos se torna uma questio vital para a economia. Portanto, uma ‘empresa que concebe produtos sem a ptica da economia leve devers. sejam quais forem suas motivasdes, financeiras ou regulamentares, levar fem consideracdo 0 tempo de renovacao das ‘matérias-primas que prevé utilizar Desse ponto de vista, as matérias-primas podem ser divididas fem duas grandes familias. ‘As matérias-primas renovéveis 530 produzidas pela natureza e transformadas pelo homem. Seu tempo de renovacio ¢ inferior ou igual a0 de tuma vida humana. Trata-se de materiais de origem vegetal ou animal, como a madeira, 0 algodao ou 2 12, Uma boa gestlo de sua exploracio assegura sua regeneracao. © SELO FSC (© FOREST STEWARDSHIP COUNCK. (FSC) FOI CRADO EM 1993 FOR INCIATIV DE GRANDES ONCS INTERNACIONA'S DE PROTEGAO DO NEIO AMBIENTE. PROMOVE UMA CESTIO [BENEFICA € ECONOMICAMENTE ViAVE” € CONCEDE A (CERTINCAGiO “TSC” AS MADEIRAS COM ESSE SiLO VEM DE FLORESTAS EXPLORADAS COM RESPITO A CERTOS PRNCIPIOS, [ENTIE 0S QUA'S © DIRETO 00S FOYOS INDICENAS, & PREseRvAGiO 00S RECURSOS FLORESTAIS EA REDUGHO DOS IMPACTOS DE SUR EXPIORACAO NO MEO AMBIENTE ‘As matérias-primas no renoviveis se encontram fem quantidade limitada na Terra (o ferro, 0 carvao, © petrdleo..), e suas reservas variam. A duracio de sua reconstituics0 € muito superior 2 da vida humana ~ 3s vezes de milhoes de anos. Utiizadas de forma intensiva, as reservas hoje em dia se ‘esgotam sem que uma gestdo a médio ou longo prazo tena sido implementada, DURAGIO DE VIDA DAS EMBALAGENS ALIMENTARES. TODOS OS TIPOS DE MATERIAIS DE EMBALAGEM [>| papelio, Milnes de nos Dezena

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