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Projeto de pré qualificação para a Especialização Interdisciplinar em História e Cultura Afro-brasileira e Africana na UFG, de 445 trabalhos inscritos, este foi um do 63 que obtiveram nota máxima. Aborda a Cultura e História Afro descendente e a discriminação no ambiente escolar de escolares que professam o Candomblé.
Titolo originale
Do amargo do café á alvura das saias das yaôs para fazer um Estado Laico!
Projeto de pré qualificação para a Especialização Interdisciplinar em História e Cultura Afro-brasileira e Africana na UFG, de 445 trabalhos inscritos, este foi um do 63 que obtiveram nota máxima. Aborda a Cultura e História Afro descendente e a discriminação no ambiente escolar de escolares que professam o Candomblé.
Projeto de pré qualificação para a Especialização Interdisciplinar em História e Cultura Afro-brasileira e Africana na UFG, de 445 trabalhos inscritos, este foi um do 63 que obtiveram nota máxima. Aborda a Cultura e História Afro descendente e a discriminação no ambiente escolar de escolares que professam o Candomblé.
Do amargo do caf alvura das saias das yas para fazer um Estado Laico!
Permito-me aqui ir nas guas
1 do Historiador Simas 2 (2011), e defender que todas as pessoas deveriam ser iniciadas por uma yalorix 3 nas coisas do candombl e da encantaria; onde seriam civilizadas pelo tambor, alumbradas 4 pelas saias rodadas das yas 5 ; educadas pela gentileza doce dos ijexas 6 e pela formosura das mestras de encanto e entre uma curimba 7 e outra ouvir o Rei do Baio; assim em todo dia da Conscincia Negra ofereceriam um caf amargo, bem forte, ao tempo, para que nele bebessem as santas almas benditas; pretos velhos encantados para que protejam o nosso Pas e o povo das convulses sociais da discriminao e do racismo. Fao este projeto no epicentro da deciso dum magistrado carioca que subtraiu da Umbanda e do Candombl o conceito de religies pois; no seu entendimento, essas manifestaes com origem na matriz afro-brasileira no possuem um livro litrgico. A Vossa Excelncia, ao sentenciar, no levou em conta a transmisso oral dos conhecimentos; aquela que ensinada de gerao em gerao pelos mais antigos para algum de sua confiana escolhida/o antes de seu bito; e que os estudiosos denominam oralidade! Estarei expandindo meu conhecimento em relao Cultura Africana, e me preparando para um mestrado, desenvolvendo uma reviso bibliogrfica e uma pesquisa exploratria no vis das Identidades, Pluralidade Cultural e Aes Afirmativas. Tendo como objetivo geral: o empoderamento contra a discriminao
1 ir nas guas; fala-se de ir no ax; na sorte do orix que comanda a vida da pessoa a qual voc se refere. 2 Luiz Antonio Simas mestre em Histria Social pela UFRJ e professor de Histria do ensino mdio. considerado um dos profissionais mais importantes do Rio de Janeiro em sua rea de atuao. Desenvolve pesquisas sobre a cultura popular carioca, mais especificamente nos campos do futebol e da msica popular. Foi o responsvel pela pesquisa da exposio Todas as Copas, evento realizado no Brasil e nos Estados Unidos durante a Copa do Mundo de 1994. Seu trabalho foi considerado pela FIFA como um dos mais completos levantamentos j realizados sobre a histria dos mundiais de futebol. Entre seus livros publicados temos Pedrinhas Midas, onde encontramos uma pequena epistola denominada Meu moleque dirigida ao seu primognito no 13 de maio de 2011. 3 Na lngua yorub significa me, bem como a juno Iai ou Yay ("mame", forma carinhosa de falar com a me, ou com a senhora da fazenda, muito usada pelos escravos). Palavra utilizada em muitos segmentos das religies afro-brasileiras, principalmente no Candombl. 4 Que se alumbrou que foi colocado sob a luz (local alumbrado); a referncia s saias das yas deve-se ao fato delas apresentarem uma alvura que chega a doer nos olhos. 5 yw, Iyaw, Yao ou Ia palavra de origem yorub, a denominao dos filhos de santo j iniciados e que tenham passado pelo ritual da Feitura de Santo, e que ainda no completaram o perodo de 7 anos da iniciao. Antes da iniciao so chamados de abyn ou abian. 6 O Ijex, dentro do Candombl essencialmente um ritmo que se toca para Orixs, Oxum, Osain, Ogum, Logum-ed, Exu, Oba, Oy-Yansan e Oxal. Ritmo suave, mas de batida e cadncia marcadas de grande beleza, no som e na dana. O Ijex tocado exclusivamente com as mos, os aquidavis ou baquetas no so usados nesse toque, sempre acompanhado do G (agog) para marcar o compasso. O Ijex resiste atualmente como ritmo musical presente nos Afoxs. O Afox Filhos de Gandhi da Bahia talvez o mais tenaz dos grupos culturais brasileiros na preservao desse ritmo. 7 Curimba o nome dado ao grupo responsvel pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro num ritual da Umbanda. ele que percute os atabaques (instrumentos sagrados de percusso). existente junto s crianas em idade escolar; quando seus pares precisam fazer o Santo 8 . Objetivos especficos: esclarecer sobre a cultura religiosa dos afrodescendentes; cumprir a legislao que versa sobre o ensino da Histria e cultura afro-brasileira, africana e indgena ressaltando a importncia dessas culturas na formao da sociedade brasileira, com base na Lei 11.645/08 e alteraes; estimular a criao no ambiente escolar de uma sociedade brasileira mais justa, mais respeitosa e menos violenta e isenta de racismo; promover a incluso social na perspectiva da diversidade cultural. Demo (1999) provoca uma reflexo trazendo a necessidade de desmistificar a pesquisa e torn-la algo mais prximo do dia a dia de educadores e educandos, visando que os contedos sejam mais bem contextualizados e tenham mais significado na vida cotidiana. O estudo ser realizado por meio de entrevistas com cinco crianas em idade escolar, praticantes do candombl, residentes em guas Lindas/GO; com seus genitores, com seus professores e com seus respectivos zeladores de Santo. Ax!
8 fazer o Santo, diz-se da iniciao litrgica dentro do Candombl e/ou Umbanda, ritual este que se assemelharia ao batismo nas religies crists. Referncias Bibliogrficas
DEMO, Pedro. Pesquisa Princpio Cientfico e Educativo So Paulo: Cortez, 2006. SIMAS, Luiz Antonio. Epistola: Meu Moleque in PEDRINHAS MIUDINHAS: ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros. Rio de Janeiro: Mrula Editorial, 2013.
Bibliografia Consultada e/ou Sugerida
ABREU, Martha, SOIHE, Raquel, TEIXEIRA, Rebeca (Orgs). Cultura poltica e leituras do passado: historiografia e ensino de histria. .Rio de Janeiro: 2ed. Jos Olympio, 2010. BRASIL (2005). Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Ministrio da Educao e Cultura/ Conselho Nacional de Educao. Braslia, 2005. _______________ Dimenses da incluso no Ensino Mdio: mercado de trabalho, religiosidade e educao quilombola. Braslia: UNESCO: MEC/Secad, (Coleo Educao para Todos: vol. IX), 2006. _______________ Diretrizes Curriculares para a Educao das Relaes tnico-Raciais e para o Ensino de Histria e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Braslia: DF, Outubro, 2004. _______________ Lei n 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Braslia, 2003. _______________ Lei n 11.645 de 10 de maro de 2008. Braslia, 2008. _______________ SDH/PR. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. DVD e Folder Braslia, 2006. _______________ Orientaes e Aes para a Educao das Relaes tnico-Raciais. Braslia: MEC/Secad, 2006. BRASLIA, Secretaria de Estado de Educao. Sugestes para o professor de Ensino Religioso. Braslia: SEE/DF, mimeo, 2006. CAPUTO, Stela Guedes. Educao nos terreiros e como a escola se relaciona com crianas do candombl. Rio de Janeiro: FAPERJ / PALLAS, 2012. CARNEIRO, Edison. Candombls da Bahia. So Paulo: Editora WFM Martins Fontes, 2008. CAVALLEIRO, Eliane. Introduo. In: BRASIL. Orientaes e Aes para a Educao das Relaes tnico-Raciais. Ministrio da Educao e Cultura/ Secretaria da educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade Braslia: MEC/SECAD, 2006. DINIZ, Dbora; LIONO, Tatiana; CARRIO, Vanessa. Laicidade e ensino religioso no Brasil. Braslia: UNESCO: LetrasLivre: EdUnB, 2010. GEERTZ, Clifford. A interpretao das Culturas. 1 Ed., 13 reimpr. Rio de Janeiro: LTC, 2008. HOMI, Bhabha K. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Cientfico, 4 ed. So Paulo: Editora Atlas, 1992. LARAIA, Roque de Barros. Cultura in conceito Antropolgico. Rio de Janeiro: ED. Jorge Zahar, 2009. PIAGET, Jean. Para onde vai educao. 7 ed. Rio de Janeiro: Livraria Jos Olympio Ed. 1980. RIBEIRO, lvaro Sebastio Teixeira et al. Braslia: gere Cooperao em Advocacy, Braslia, 2006. SOUTY, Jrme. Pierre Fatumbi Verger do olhar livre ao conhecimento inicitico. So Paulo: Terceiro Nome, 2006.
Construa um projeto de pesquisa escolhendo uma das seguintes linhas: a) Histria e Historiografia das Sociedades Africanas; b) O ensino de Histria africana e a Educao tnicorracial; c) Identidades, Pluralidade Cultural e Aes Afirmativas.
Seu projeto dever conter os seguintes pontos: 1- apresentao, justificativa e delimitao do tema. 2- objetivo geral e objetivos especficos. 3- fundamentao terica 4- metodologia e fontes Orientaes para realizar sua avaliao: Seu projeto dever ser construdo no editor de texto (word) com a seguinte formatao: times new Roman 12 espaamento entre linhas 1,5. Formato do arquivo: doc ou pdf. Tamanho mximo do projeto: 30 linhas. Nomeie o arquivo que ser postado no moodle com seu nome prprio.