A8 | NACIONAL |
CASO BANCOOP
Procurador
pede processo
contra diretores
de cooperativa
Oprocurador de Justica Rossi-
niLopes Jotarecomendouaber-
tura de processo contra os diri-
gentes da Cooperativa Habita-
cional dos Bancdrios (Ban-
coop), fundada ha 18 anos por
um nticleo do PT. Em parecer
ao Tribunal de Justica, Rossini
sustenta que “algo que esta ex-
treme de diivida é a incapacida-
deatualdaBancoop”. Eledesta-
ca que a cooperativa “teve de
socorrer-se do mercado finan-
ceiro, em cerca de R$ 40 mi-
lhGes, para serem empregados
na construcao de iméveis, sem
que se tenha comprovado essa
destinagao”.
Paraoprocurador do Minis-
tério Publico Estadual, a Ban-
coop vive “situagao de bancar-
rota”. Segundo ele, nem com a
ajuda financeira “até onde se
temnoticiaacooperativaconse-
guiu reverter quer suaimagem,
quer a situaedo de fato consis-
tente em sua incapacidade de
honrar os compromissos para
com os consumidores que a ela
aderiram.” O parecer tem 49 pé-
ginas enele o procurador apon-
ta para a “notéria ma adminis-
tragéo por parte dos airigentes
da Bancoop”.
Emsetembro de 2008, 0Con-
selho Superior do Ministério
Publico havia decidido nao in-
tervir no acordo firmadoentre
o promotor Joao Lopes Guima-
raes Junior ea Bancoop nos au-
tos de agdo na 37? Vara Civelda
_ capital.
SEXTA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2009
O ESTADO DE S.PAULO”
Em abril, o Ministério Publi-
co pediu condenagao dos res-
ponséveis pela cooperativa. 0
argumento era que, ao firmaro
pacto, a Justica iu, sem
apreciagaéo do mérito, pedido
formulado em agao civil publica
~desconsideracéio da personali-
dade jurfdica da cooperativa,
nostermos do artigo 28 do Cédi-
go de Defesa do Consumidor, e
condenacao dos dirigentes da
Bancoop.
“Trata-se de manifestacdo
do procurador em apelacdo da
Associacéo de Moradores do
Condominio Torres da Mooca”,
anotouoadvogado Pedro Dalla-
ri, defensor da Bancoop. “O
acordo da 378 Vara envolveu
quase tudo da acao judicial, me-
nos a ideia do Ministério Publi-
co de que houvesse a desconsti-
tuigdo da personalidade jurfdi-
ca da cooperativa.”
Sobre a acusagao de “noté-
ia m4 administracdo” na Ban-
ei lari observa que éape-
nasrepeti¢do de manifestacdes
anteriores do préprio Ministé-
rio Ptiblico. “Nao ha nada dife-
rente do que foi sustentado la
atras, argumentos que j4 foram
lo. acordo. Nao ha
( uma mani-
festacdo em dissintonia com o
que foi decidido no Ambito do
Ministério Publico. Pura e sim-
plesmente repete aqui o que ja
ries la atras.” @ F mM.
Wiss.