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A norma penal em branco é aquela que estabelece a sanção penal mas requer um complemento de outra fonte legal para definir completamente a conduta proibida. Existem dois tipos: normas penais em branco homogêneas, quando o complemento vem da mesma fonte legislativa, e normas penais em branco heterogêneas, quando o complemento vem de fonte diversa. O artigo 1o da Lei de Drogas é um exemplo de norma penal em branco heterogênea.
A norma penal em branco é aquela que estabelece a sanção penal mas requer um complemento de outra fonte legal para definir completamente a conduta proibida. Existem dois tipos: normas penais em branco homogêneas, quando o complemento vem da mesma fonte legislativa, e normas penais em branco heterogêneas, quando o complemento vem de fonte diversa. O artigo 1o da Lei de Drogas é um exemplo de norma penal em branco heterogênea.
A norma penal em branco é aquela que estabelece a sanção penal mas requer um complemento de outra fonte legal para definir completamente a conduta proibida. Existem dois tipos: normas penais em branco homogêneas, quando o complemento vem da mesma fonte legislativa, e normas penais em branco heterogêneas, quando o complemento vem de fonte diversa. O artigo 1o da Lei de Drogas é um exemplo de norma penal em branco heterogênea.
Normas penais em branco so aquelas em que h uma necessidade de complementao
para que se possa compreender o mbito da aplicao de seu preceito primrio. Quer isso significar que, embora haja uma discrio da conduta proibida, essa descrio requer, obrigatoriamente, um complemento extrado de um outro diploma leis, decretos, regulamentos etc para que possam, efeti!amente, ser entendidos os limites da proibio ou imposio feitos pela lei penal, uma !e" que, sem esse complemento, tornase imposs!el a sua aplicao. #uponhamos que $oo, armado com um re!%l!er, atire em &edro, desejando matlo, !indo a alcanar o resultado por ele pretendido. 'nalisando o art. ()(, caput, do *%digo &enal, !erificamos que em seu preceito primrio est descrita a seguinte conduta+ ,matar algu-m,. . comportamento de $oo, como se percebe, amoldase perfeitamente /quele descrito no art. ()(, no ha!endo necessidade de recorrer a qualquer outro diploma legal para compreend0lo e aplicar, por conseguinte, a sano pre!ista para o crime por ele cometido. 'gora, imaginemos que 'ugusto esteja tra"endo consigo certa quantidade de maconha, para seu uso, quando - surpreendido e preso por policiais. . art. )1, da 2ei n3 ((.454, de )4 de agosto de )667 possui a seguinte redao+ ,'rt. )1. Quem adquirir, guardar, ti!er em dep%sito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autori"ao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar ser submetido /s seguintes penas+, No caso de 'ugusto, como podemos concluir que ele praticou a conduta descrita no art. )1 da 2ei n3 ((.4548)667 se no est expressamente escrito em seu texto quais so as substncias consideradas entorpecentes ou aquelas que causem depend0ncia fsica ou psquica que so de uso proibido9 . lcool e o cigarro, como se sabe, causam depend0ncia fsica ou psquica. #er que se fumarmos um cigarro ou ingerirmos certa quantidade de bebida alco%lica estaremos cometendo a infrao pre!ista no art. )1 da 2ei 'ntit%xicos9 ' partir do momento em que ti!ermos de nos fa"er essa pergunta, ou seja, a partir do instante que necessitarmos buscar um complemento em outro diploma para que possamos saber o exato alcance daquela norma que almejamos interpretar, estaremos diante de uma norma penal em branco. :i"se em branco a norma penal porque seu preceito primrio no - completo. &ara que se consiga compreender o mbito de sua aplicao - preciso que ele seja complementado por um outro diploma, ou, na definio de 'ssis ;oledo, normas penais em branco ,so aquelas que estabelecem a cominao penal, ou seja, a sano penal, mas remetem a complementao da descrio da conduta proibida para outras normas legais, regulamentares ou administrati!as. No caso do art. )1 a 2ei de <ntorpecentes, somente ap%s a leitura da &ortaria expedida pela 'g0ncia Nacional de =igilncia #anitria >'N=?#'@, autarquia sob regime especial !inculada ao Ainist-rio da #aBde, - que poderemos saber se esta ou aquela substncia - tida como entorpecentes, para fins de aplicao do mencionado artigo. Auitas !e"es, esse complemento de que necessita a norma penal em ranco - fornecido por outra lei, ou, como !imos acima, no caso do art. )1 da mencionada lei, por algum outro diploma que no uma lei em sentido estrito. &or essa ra"o, a doutrina di!ide as normas penais em branco em dois grupos+ a) normas penais em branco homogneas >em sentido amplo@, quando o seu complemento - oriundo da mesma fonte legislati!a que editou a norma que ncesida desse complemento. 'ssim, no art. )4C do *%digo &enal, temos a seguinte redao+ ,'rt. )4C. *ontrair casamento, conhecendo a exist0ncia de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta+ &ena deteno, de 4>tr0s@ meses a (>um@ ano., &ara respondermos pela prtica do aludido delito, - preciso saber quais so os impedimentos quele!am / decretao de nulidade absoluta do casamento. < quais so eles9 . art. )4C no esclarece. ;emos, portanto, que nos !aler do art. (.D)(, incisos ? a =??, do *%digo *i!il para que a referida norma penal !enha a ser complementada e, somente ap%s isso, conclurmos se a conduta praticada pelo agente - tpica ou no. b) normas penais em branco heterognea, ou em sentido estrito, - quando o seu complemento - oriundo de fonte di!ersa daquela que a editou. No caso do art. )1 da 2ei de <ntorpecentes, por exemplo, estamos diante de uma norma penal em branco heterog0nea, uma !e" que o complemento necessrio ao referido artigo foi produ"ido por uma autarquia >'N=?#'@ !eiculada ao Ainist-rio da #aBde >&oder <xecuti!o@ e a 2ei ((.4548)667, foi editada pelo *ongresso Nacional >&oder 2egislati!o@. 'ssim, para que possamos saber se uma norma penal em branco - considerada homog0nea ou heteog0nea - preciso que conheamentos sempre, sua fonte de produo. #e for a mesma, ser ela considerada homog0neaE se di!ersa, ser reconhecida como heterog0nea. 's normas penais em branco so lex imperfectas (Binding), pois determinam integralmente somente a sano, sendo que o preceito, descrito de modo impreciso, remetese a outra disposio legal para a sua complementao >a maioria das normas penais so completas e determinam o preceito e sua sano F penas e medidas de segurana, que no podem ser includas aqui@. No Grasil sano - nomen iuris, nome pr%prio. #o normas penais incriminadoras >que podem ser incriminadoras e no incriminadoras@. #o normas que fixam a cominao penal, mas que descre!em o conteBdo da mat-ria de proibio de maneira generali"ada, remetendo expressa ou tacitamente a outros dispositi!os de lei >formal@, ou emanados de %rgo de categoria inferior. ' norma penal compreende duas partes, a primeira define a mat-ria de proibio e a segunda estabelece a sano aplic!el. Na norma penal em branco a primeira parte >mat-ria de proibio@ no se encontra disposta integralmente com preciso, remetendo se a outros dispositi!os para que se d0 o preenchimento >norma de preenchimento@. 's normas penais em branco so muito flex!eis, pois a mat-ria de proibio modifica se facilmente segundo as !icissitudes que sofrem os acontecimentos a que se referem. 's normas penais em branco so tipos que necessitam de complementao. 's normas penais em branco passaram a se constituir em uma soluo muito cHmoda, pois, com a remisso a instncias legislati!as mais geis, possibilitase a modificao da mat-ria de proibio F a cuja infring0ncia !inculase a pena F mais facilmente, de acordo com as !icissitudes que sofrem os acontecimentos a que se referem. 3 A Norma Penal em Branco e os Tipos Abertos Os tipos abertos possem ma ampla margem !e liber!a!e sem"ntica e com isto abrem ao #i$% obrigatoriamente% margens !e espa&o !e !ecis'o% !entro !as (ais ele !e)e se mo)imentar sem a instr&'o !a lei * o complemento% em +ace !a amplit!e% , pro!$i!o pelo #i$ por meio !e m #-$o !e )alor .)alora&'o)/ Na norma penal em branco o preenchimento do tipo - feito a partir de outras disposiIes, de modo que para sua reali"ao remetese a outras disposiIes jurdicas >remisso interna e externa@ ou atos administrati!os. Jace / impreciso do conteBdo do tipo, ou seja, para concreti"ar a norma, o int-rprete precisa recorrer a estas, sem as quais no se torna poss!el, pois estas disposiIes limitam as margens de espao de deciso. *onforme lio do professor 2ui" Jl!io Komes, falase em norma penal em branco ao re!-s ou in!ertida quando o complemento normati!o di" respeito / sano, no ao conteBdo da proibio. ' lei penal incriminadora remete para outra a descrio do conteBdo sancionat%rio. Notese que o complemento normati!o, nesse caso, de!e emanar necessariamente do legislador, porque somente ele - que pode cuidar da sano penal >nenhum %rgo do <xecuti!o pode se encarregar dessa tarefa@. ' 2ei ).11L 8D7, que cuida do genocdio, constitui claro exemplo de lei penal em branco ao re!-s ou in!ertida porque ela mesma no cuidou diretamente da pena, mas fe" expressa refer0ncia a outras leis no que di" respeito a esse ponto. ;emse, pois que a lei penal em branco in!ertida remete a re!elao da sano para outra lei, mas isso no se confunde com o chamado crime remetido que significa a meno feita por um tipo legal a outro tipo legal, como por exemplo o art. 465 do *& >uso de documento falso@, que fa" expressa refer0ncia a outro delito. =ejase+ Uso de documento falso Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papis falsificados ou alterados! a que se referem os arts. "#$ a 30"% &ena - a cominada ' falsifica()o ou ' altera()o. EM RES0MO1 A lei penal em branco in)ersa o ao a)esso , a(ela em (e o preceito prim2rio , completo% mas o secn!2rio reclama complementa&'o% (e !e)e ser reali$a!o obrigatoriamente por ma lei% sob pena !e )iola&'o ao princ-pio !a reser)a legal/