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CÁLCULOS RENAIS ..................................................................................................4
URETRITES .................................................................................................................5
NEFRITE ......................................................................................................................7
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ........................................................................8
PIELONEFRITE ........................................................................................................10
O SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário é formado por: rins, ureteres, bexiga e uretra. Ele filtra o
sangue, removendo substâncias tóxicas ou que estão em excesso. Desse modo, o sistema
urinário evita que o volume, a pressão e a composição química do sangue mudem
muito, o que poderia ameaçar a sobrevivência do organismo. Os rins são vermelho-
escuros, têm a forma de grãos de feijão e o tamanho aproximado de um punho. O
sangue chega ao rim pela artéria renal e, depois de filtrado, sai pela veia renal. A urina
formada em cada rim é lançada em dois tubos, os ureteres, que desembocam na bexiga
urinária. A bexiga é um saco muscular que armazena temporariamente a urina. Ela
aumenta à medida que acumula urina, até que, a partir de certo volume - entre 200 e 300
m/ - vem a vontade de urinar. Nesse momento, músculos em forma de anel em torno da
uretra se relaxam, e a urina é eliminada do corpo.
A seguir as principais doenças que acometem o sistema urinário.
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CISTITE
Como se trata?
As cistites infecciosas são tratadas com antibióticos de acordo com o resultado da
urocultura. Se uma causa for encontrada, essa deverá ser eliminada (por exemplo, um
cálculo renal).
As cistites não infecciosas são mais complexas no que tange ao seu tratamento.
Analgésicos, anti-inflamatórios, miorelaxantes, anti-espasmódicos, anestésicos locais
são recursos muito utilizados.
Medidas gerais também funcionam como calor local, alcalinizantes da urina, chás.
Em situações extremas, como na cistite intersticial avançada, a bexiga é removida do
paciente.
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CÁLCULOS RENAIS
Sinônimos e nomes populares:
pedras nos rins, litíase, nefrolitíase.
O que é?
O depósito organizado de sais minerais nos rins ou em qualquer
parte do aparelho urinário é o que se chama de cálculo urinário.
Cálculos constituídos por cálcio são os mais comuns. Outros
minerais encontrados são: oxalato, fósforo, ácido úrico. As
"pedras" podem também ser formadas por uma mistura destes elementos. Quando
houver um excesso destes minerais no organismo, há uma tendência para que eles se
depositem na urina. Como exemplo, pode se tomar uma pessoa que faça uso exagerado
de leite e derivados, os quais são ricos em cálcio. Após um período de tempo haverá
uma provável formação de cálculo de cálcio nos rins.
O que se sente?
O cálculo renal é o responsável pela famosa cólica renal: dor nas costas ou no abdome
lateral ou embaixo das costelas com irradiação para o testículo do mesmo lado ou para o
grande lábio vaginal nas mulheres. Geralmente é uma dor forte, intensa. O paciente
pode ter sangue na urina. Se há infecção urinária concomitante o aparecimento de febre
é comum. Os cálculos podem também ser assintomáticos e crescerem até um tamanho
considerável, sem que o paciente os note.
Como se trata?
O primeiro objetivo do tratamento é aliviar a dor do paciente, o que se faz com
analgésicos e antiespasmódicos. Muitas pedras pequenas serão eliminadas
espontaneamente pelo paciente. Outras necessitarão de um tratamento específico.
Até alguns anos atrás, a maioria das pedras exigia um procedimento cirúrgico com
extenso corte na pele do paciente. Atualmente, há vários métodos modernos no combate
a litíase. Os métodos modernos não estão livres de complicações e podem não ser
efetivos, necessitando a complementação de outra modalidade de tratamento. É
freqüente a litotripsia não quebrar o cálculo, sendo necessário retirar os fragmentos
restantes através de outro método.
Como se previne?
Todos os pacientes com litíase devem realizar exames em busca de defeitos no
metabolismo dos minerais. Dosagens no sangue e/ou na urina de cálcio, fósforo, ácido
úrico, cistina, fosfatase alcalina, são exemplos de exames a serem solicitados.
Alimentos que contenham esses elementos devem ser evitados ou não consumidos em
exagero. Existem tabelas de alimentos com seus principais componentes que são úteis
em orientar os pacientes no que deve ser evitado.
Todo o paciente que apresenta litíase deve ingerir uma quantidade de água o suficiente
para produzir dois litros de urina por dia. Esse é um dos fatores mais importantes na
prevenção de cálculos renais.
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URETRITES
Sinônimos/nomes populares:
A gonorréia é conhecida por blenorragia e popularmente por corrimento, escorrimento
ou pingadeira. Gota matinal, gota militar e estrela da manhã são termos freqüentemente
usados para uretrites.
O que é?
Uretrite é a inflamação da uretra com conseqüente surgimento de secreção e sintomas.
A inflamação pode ser:
à promiscuidade sexual
ao acesso fácil a anticoncepcionais
à divulgação de material erótico e pornográfico
à prática de automedicação com tratamentos inadequados
à migração de população de baixo nível socioeconômico-cultural para cidades
grandes
ao grande número de portadores sãos
à não utilização de preservativos.
O que se sente?
As uretrites causam sintomas como dor para urinar, aumento da freqüência urinária,
secreção (corrimento) pela uretra, dor durante ejaculação ou relações. Menos
freqüentemente dores testiculares com "inchume" do mesmo, febre e mal estar.
Como se faz o diagnóstico?
As queixas geralmente são típicas, como vimos acima, principalmente quando
acompanhadas de secreção uretral. As características da secreção (cor, volume, tempo
de surgimento) são importantes na diferenciação entre uma uretrite gonocócica e uma
não-gonocócica. O diagnóstico se baseia no exame bacterioscópico e bacteriológico da
secreção uretral. Bacterioscopia e bacteriologia da secreção e/ou imunofluorescência
para Chlamidia deverão ser obtidas. Em casos mais complexos, outros exames deverão
ser solicitados como:
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exame qualitativo de urina
urocultura com teste
urocultura pós-massagem prostática
imunologia para Chlamydia
técnica do PCR
Como se trata?
Os antibióticos são prescritos, uma vez feito o diagnóstico de uretrite infecciosa. Muitas
vezes as uretrites têm dois agentes etiológicos (gonococo + clamídia). Um antibiótico
que ataque os dois micro-organismos está indicado. Abstinência sexual e uso de
preservativo durante o tratamento é recomendado.
O prognóstico é bom quando o tratamento é bem indicado.
Como se previne?
O esteio da prevenção é o uso de preservativo juntamente com outras medidas, como
seleção adequada do parceiro e evitar promiscuidade sexual.
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NEFRITE
O que é?
A nefrite é o resultado de um processo inflamatório difuso dos glomérulos renais tendo
por base um fenômeno imunológico. É responsável por 50% das doenças renais. O
fenômeno imunológico responsável pela nefrite ocorre quando uma substância estranha
(antígeno) entra na circulação e é levada aos setores de defesa do nosso corpo. O
organismo, para se defender do antígeno agressor, produz um anticorpo. A reunião do
antígeno com o anticorpo forma um complexo solúvel antígeno-anticorpo que,
circulando pelo organismo, pode se depositar nos tecidos, criando as lesões
inflamatórias. Quando o glomérulo é o tecido atingido, a lesão inflamatória chama-se
glomerulonefrite. As lesões inflamatórias do rim podem ser mínimas ou de tal
intensidade que esclerosem totalmente o glomérulo. Quanto maiores as lesões, maiores
serão as manifestações clínicas e laboratoriais da doença.
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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
O que é?
A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e
progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas
funções.
O ritmo de progressão depende da doença original e de causas agravantes, como
hipertensão, infecção urinária, nefrite, gota e diabete. Muitas vezes a destruição renal
progride pelo desconhecimento e descuido dos portadores das doenças renais.
Em cada 5.000 pessoas uma adoece dos rins por vários tipos de doenças. Quando o rim
adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi programado, tornando-se
insuficiente.
Geralmente, quando surge uma doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente
atingindo um só. Quando o rim adoece por uma causa crônica e progressiva, a perda da
função renal pode ser lenta e prolongada. Por isso, o acompanhamento médico das
doenças renais é importante para prolongar o bom funcionamento do rim por muito
tempo, mesmo com certos graus de insuficiência.
O rim pode perder 25%, 50% e até 75% das suas capacidades funcionais, sem causar
maiores danos ao paciente. Mas, quando a perda é maior do que 75%, começam a surgir
problemas de saúde devido às alterações funcionais graves e progressivas. Os exames
laboratoriais tornam-se muito alterados.
As principais doenças que tornam o rim incapaz ou insuficiente são:
Hipertensão arterial severa
Diabetes
Infecção dos rins
Nefrites
Doenças hereditárias (rim com cistos)
Pedras nos rins (cálculos)
Obstruções
Como se previne?
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A melhor maneira de retardar a fase final da IRC é seguir todas as recomendações
médicas e evitar os fatores agravantes da lesão renal, que são:
Reagudização das glomerulonefrites e dos processos inflamatórios do rim
Infecções urinárias agudas e crônicas
Agravamento e descontrole da hipertensão arterial
Dietas inadequadas (sal, proteína, água e potássio)
Diabete descompensado
Uso indiscriminado de corticóides e antinflamatórios
Obstruções das vias urinárias (próstata, cálculos, tumores)
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PIELONEFRITE
O que é?
É a infecção que por penetração de germes atinge um ou dois rins. Geralmente o
paciente refere dor na região lombar (abaixo da última costela nas costas), febre alta,
calafrios, ardência para urinar, sensação de urina quente e urina mais escura. Náuseas e
vômitos acompanham o quadro.
Como se adquire?
O germe pode atingir o rim pelo sangue ou subindo da uretra para a bexiga e pelo ureter
até o rim.
Quando existe alguma malformação do aparelho urinário ou urina que volta da bexiga
para o rim (refluxo vésico-uretral) ou pedra nos rins ou outro tipo de obstrução, a
pielonefrite tem condições favoráveis para se instalar. Os germes mais freqüentes são os
gram-negativos.
Como se trata?
O tratamento é feito com antibióticos baseado no teste de sensibilidade bacteriana,
mostrado pela urocultura com teste. A correção cirúrgica das> malformações ou fatores
predisponentes (por exemplo, um cálculo urinário) pode ser necessária para completar o
tratamento..
Como se evita?
Levando uma vida saudável, ingerindo muito líquido, tratando adequadamente as
intercorrências como cálculos urinários ou malformação do aparelho urinário. Em caso
de dúvida procure seu médico.
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