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A DER IV AD A DE UM IN TEGRAL

HÉLIO BERNARDO LOPES

Com grande frequência, surge a necessidade de calcular a derivada do integral de certa função em
determinado intervalo onde a função integranda seja contínua e integrável à Riemann. E é com igual
frequência, porventura até maior, que se encontra uma estranha dificuldade dos jovens estudantes
universitários no tratamento deste tema.

Com a finalidade de fornecer aos referidos jovens um texto que mostre, com rigor e simplicidade, o
que está em jogo neste domínio e como o tema é tratado, procedeu-se à elaboração desta nota breve, que
se ilustra com um conjunto de exemplos considerado razoável para que a compreensão plena do tema e a
respectiva dominância possam ter lugar.

A resposta a esta pretensão é dada, essencialmente, pelo conhecido

TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO INTEGRAL. Seja f uma função integrável à Riemann


em [a,b] ⊆ R. Nestas circunstâncias, a função, F :[ a , b] → R, definida por:

F ( x ) = ∫ f (t ) dt
a

é contínua em [a,b], sendo diferenciável em qualquer ponto x 0 de [a,b], tendo-se:

F ' ( x0 ) = f ( x0 ) . •

EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:

x
t3 +1
F ( x) = ∫ 2 dt
0
t +1

o valor de F ' ( 3) sem calcular o integral em estudo e sabendo que a função integrande está definida em
[0,7].

Ora, de acordo com o enunciado do teorema anterior, o valor procurado vale:

33 + 1 27
F ' (3) = = ⋅•
32 + 1 10

COROLÁRIO. Sendo f uma função integrável à Riemann em [a,b] ⊆ R e contínua, a função, F :[ a , b]


→ R, definida por:

F ( x ) = ∫ f (t ) dt
a

é contínua em [a,b], sendo diferenciável em qualquer ponto x∈[a,b], tendo-se:


F ' ( x ) = f ( x ). •

EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:

x
t3 +1
F ( x) = ∫ 2 dt
0
t +1

o valor de F ' ( x ) , sem calcular o integral em estudo e sabendo que a função integrande está definida em
[0,7].

Ora, de acordo com o enunciado do corolário anterior, o valor procurado vale:

x3 + 1
F ' ( x) = ⋅•
x2 + 1
EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:

F ( x ) = ∫ sen( t 2 ) dt
x

o valor de F ' ( x ) , sem calcular o integral em estudo e sabendo que a função integrande está definida em
[1,9].

Ora, tendo em conta que se tem:

F ( x ) = − ∫ sen( t 2 ) dt
1

o corolário anterior permite determinar:

F ' ( x ) = − sen( x 2 ) . •

COROLÁRIO. Sendo f uma função integrável à Riemann em [a,b] ⊆ R e contínua, a função, F :[ a , b]


→ R, definida por:

gs ( x )

F ( x) =
gi ( x )
∫ f (t )dt
é contínua em [a,b], sendo diferenciável em qualquer ponto x∈[a,b], tendo-se:

[ ] [
F ' ( x ) = g s' ( x ) f g s ( x ) − gi' f g i ( x ) ]
desde que as derivadas de g s ( x ) e de gi ( x ) existam nos pontos do intervalo [a,b]. •

EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:


x2

F ( x ) = ∫ e −t dt
2

a respectiva derivada em ordem a x , sem calcular o integral. Ora, nos termos do anterior corolário, tem-se,
neste caso:

g s ( x) = x 2 ∧ gi ( x ) = 2

pelo que virá:

4 2 4
F ' ( x ) = 2 xe − x − 0 × e −2 = 2 xe − x . •

EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:

x2
 1 
F ( x ) = ∫ log  dt
x
1+ t2 

a respectiva derivada em ordem a x , usando o anterior corolário. Ter-se-á, então:

1 1
F ' ( x ) = 2 x log 4 − log ⋅•
1+ x 1+ x2
EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:

ex
1
F ( x) = ∫ 1+ t
x
2 dt

a respectiva derivada em ordem a x , usando o anterior corolário. Ter-se-á, neste caso:

1 1
F ' ( x) = e x 2x − ⋅•
1+ e 1+ x2
EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:

sen ( x )

∫ e dt t

x3

a respectiva derivada em ordem a x , usando o anterior corolário. Ter-se-á aqui:

3
cos( x ) ⋅ e sen ( x ) − 3x 2 e x . •

EXEMPLO. Resolver a equação:

d   ∂
x
e

 ∫ ln( t ) dt  = ( 3 y − 16) .
dx e − x  ∂y

Tem-se, neste caso:


2 1
( e x ) ' ln( e x ) − ( e − x ) ' ln( e − x ) = 0 ⇔ e x x − e − x x = 3 ⇔ 2 xsh( x ) = 3 ⇔ 3 sh( x) = x
que é uma equação transcendente. Recorrendo a uma calculadora, pode obter-se facilmente uma solução
aproximada. •

EXEMPLO. Achar a expressão da derivada abaixo, sem efectuar a integração:

d  
x
e

 ∫ ln( t )dt .
dx e − x 

Tem-se, pois, nos termos da doutrina inicialmente exposta:

d  
x
e

 ∫ ln(t )dt  = ( e x ) ln( e x ) − ( e − x ) ln( e − x ) = e x x − e − x x = 2 xseh( x ).


' '

dx e − x 

EXEMPLO. Determine a expressão da derivada em ordem a x para a função:

x +3

F ( x) = ∫(e
− x +1
t
+ 1) dt .

Virá, então:

F ' ( x ) = ( x + 3) [ e x + 3 + 1] − ( − x + 1) [ e − x +1 + 1] = e x + 3 + 1 + e − x +1 + 1 = e x + 3 + e − x +1 + 2.
' '

EXEMPLO. Resolver a equação:

d  1  ∂2 x 2
x +1

dx  x∫2 t  ∂y 2
 dt  + [ e y + y ln( x)] = 0.
No caso da presente equação, tem-se:

d  1 
x +1
1 1 1 2x
 ∫ dt  = ( x + 1) − ( x2 ) 2
'
'
= − 2 ⋅
dx  x 2 t  x +1 x +1 x +1 x +1

E tem-se, por igual:

∂ x 2
∂y
[ e y + y ln( x ) ] = 2e x y + ln( x )

ou seja:

∂2 x 2 ∂
2 [ e y + y ln( x ) ] = [ 2e x y + ln( x )] = 2e x .
∂y ∂y

Em face destes resultados e tendo em conta a equação inicialmente dada, virá:


1 2x
− 2 + 2e x = 0
x +1 x +1
que é, como se vê, uma equação transcendente. Deitando mão de métodos numéricos e usando uma
calculadora suficientemente potente, obter-se-á uma solução aproximada. •

EXEMPLO. Pretende mostrar-se que:

x 1
1 1
∫1 1 + t 2 dt = ∫1 1 + t 2 dt .
x

Para provar o que se pretende, basta derivar ambos os membros desta igualdade em ordem a x ,
vindo:

x
d 1 1

dx 1 1 + t 2 dt =
1+ x2

1 '
d 1  1 1 1 x2 1

dx 1 1 + t 2 dt = −  
 x 1
=
x 1+ x
2 2 =
1+ x2
1+
x x2
o que prova o que se pretendia. •

EXEMPLO. Pretende mostrar-se que se tem:

x ex
et 1
∫1 t dt = ∫ log(t ) dt ⋅
e

Usando a doutrina antes apresentada, virá:

x
d et ex
dx ∫1 t
dt =
x

ex
d 1 1 ex
dt = ( e )
dx ∫e log( t )
x '
=
log( e x ) x

o que responde ao que se pretendia. •

EXEMPLO. Seja a função f : R →R, contínua e periódica de período T . Pretende mostrar-se que a função:

x +T

F ( x) = ∫ f (t )dt
x

é uma função constante em R.

Claro está que, se assim for, a sua derivada terá se ser nula. Achando essa derivada, virá:
F ' ( x) = f ( x + T ) − f ( x) .

Ora, dado que a função inicialmente dada é periódica de período T , terá de ser:

f ( x + T ) = f ( x)

pelo que:

F ' ( x) = 0

o que prova que F ( x ) é uma função constante em R. •

EXEMPLO. Ache o domínio, estude a monotonia e calcule os extremos da função:

F ( x ) = ∫ ln(t )dt .
1

Aqui, o domínio da função é [1,+∞[. A primeira derivada da função dada é:

F ' ( x ) = ln( x )

que sempre positiva em [1,+∞[, pelo que a função dada é estritamente crescente. Dado que:

F ' ( x ) = 0 ⇔ ln( x ) = 0 ⇔ x = 1

este ponto é um minimizante da função dada, onde ocorre o mínimo, local e absoluto:

F (1) = ∫ ln(t )dt = 0. •


1

EXEMPLO. Ache o domínio, estude a monotonia e calcule os extremos da função:

x2

F ( x ) = ∫ e −t dt .
2

O domínio da função, claro está, é R. Dado que:

2
F ' ( x ) = 2 xe − x

virá:

2
F ' ( x ) = 0 ⇔ 2 xe − x = 0 ⇔ x = 0.

Uma vez que em ]−∞,0[ a anterior derivada é negativa, a função é decrescente nesse intervalo. Em
contrapartida, no intervalo ]0,+∞[ a derivada é positiva, pela a função dada é crescente nesse intervalo.
Assim, no ponto zero ocorre um mínimo local e absoluto, com o valor:
0

F (0) = ∫ e − t dt = 0. •
2

EXEMPLO. Ache o domínio, estude a monotonia e calcule os extremos da função:

F ( x ) = ∫ t 4 + 1dt .
x

O domínio desta função é R. Neste caso tem-se:

F ' ( x) = − x 4 + 1

que é sempre negativa em R. Ou seja, a função dada é decrescente em R. Não existem, pois, extremos
para esta função. •

EXEMPLO. Ache o domínio, estude a monotonia e calcule os extremos da função:

ex
1
F ( x) = ∫ ln(t ) dt .
2

Para esta função o domínio é R−{0}. Tem-se, para esta função:

ex
F ( x) =
'
x

que é negativa em R − e positiva em R + . É, pois, decrescente no primeiro intervalo e crescente no


segundo, não existindo extremos no domínio da função. •

EXEMPLO. Dada a função:

F ( x ) = ∫ x 2 e sen ( t ) dt
x

pretende determinar-se:

F ' ( x ).

A função dada pode escrever-se na forma:

F ( x) = x 2
∫e
x
sen ( t )
dt

pelo que se terá:

F ( x ) = 2 x ∫ e sen ( t ) dt − x 2 e sen ( x ) . •
'

x
EXEMPLO. Para a função que se mostra de seguida, definida em R por:

x 3 +1

F ( x) = ∫e
cos( x )
−t 2
dt

pretende determinar-se o seu valor no ponto zero, bem como o da sua primeira derivada aí.

Ora, fácil é constatar que se tem:

03 +1 1

∫e −t 2
dt = ∫ e − t dt = 0
2
F (0) =
cos( 0 ) 1

sendo que se tem:

F ' ( x ) = ( x 3 + 1) e − x − ( cos( x )) e − cos


' 2 ' 2 2 2
( x)
= 3x 2 e − x + sen( x )e − cos ( x)
.

Assim, o valor da primeira derivada no ponto zero vale:

F ' (0) = 0. •

EXEMPLO. Seja, agora, o cálculo do limite abaixo:

x 0

∫ sent
0
3
dt ∫ sent
0
3
dt
0
lim 4 = 4 = ⋅
x →0 x 0 0
Para se proceder ao levantamento desta indeterminação, deita-se mão da Regra de Hospital, vindo:

sen( x 3 ) 1 sen( x 3 ) 1 1
lim 3 = lim 3 = ×1= ⋅ •
x →0 4x 4 x →0 x 4 4

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