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Com grande frequência, surge a necessidade de calcular a derivada do integral de certa função em
determinado intervalo onde a função integranda seja contínua e integrável à Riemann. E é com igual
frequência, porventura até maior, que se encontra uma estranha dificuldade dos jovens estudantes
universitários no tratamento deste tema.
Com a finalidade de fornecer aos referidos jovens um texto que mostre, com rigor e simplicidade, o
que está em jogo neste domínio e como o tema é tratado, procedeu-se à elaboração desta nota breve, que
se ilustra com um conjunto de exemplos considerado razoável para que a compreensão plena do tema e a
respectiva dominância possam ter lugar.
F ( x ) = ∫ f (t ) dt
a
F ' ( x0 ) = f ( x0 ) . •
x
t3 +1
F ( x) = ∫ 2 dt
0
t +1
o valor de F ' ( 3) sem calcular o integral em estudo e sabendo que a função integrande está definida em
[0,7].
33 + 1 27
F ' (3) = = ⋅•
32 + 1 10
F ( x ) = ∫ f (t ) dt
a
x
t3 +1
F ( x) = ∫ 2 dt
0
t +1
o valor de F ' ( x ) , sem calcular o integral em estudo e sabendo que a função integrande está definida em
[0,7].
x3 + 1
F ' ( x) = ⋅•
x2 + 1
EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:
F ( x ) = ∫ sen( t 2 ) dt
x
o valor de F ' ( x ) , sem calcular o integral em estudo e sabendo que a função integrande está definida em
[1,9].
F ( x ) = − ∫ sen( t 2 ) dt
1
F ' ( x ) = − sen( x 2 ) . •
gs ( x )
F ( x) =
gi ( x )
∫ f (t )dt
é contínua em [a,b], sendo diferenciável em qualquer ponto x∈[a,b], tendo-se:
[ ] [
F ' ( x ) = g s' ( x ) f g s ( x ) − gi' f g i ( x ) ]
desde que as derivadas de g s ( x ) e de gi ( x ) existam nos pontos do intervalo [a,b]. •
F ( x ) = ∫ e −t dt
2
a respectiva derivada em ordem a x , sem calcular o integral. Ora, nos termos do anterior corolário, tem-se,
neste caso:
g s ( x) = x 2 ∧ gi ( x ) = 2
4 2 4
F ' ( x ) = 2 xe − x − 0 × e −2 = 2 xe − x . •
x2
1
F ( x ) = ∫ log dt
x
1+ t2
1 1
F ' ( x ) = 2 x log 4 − log ⋅•
1+ x 1+ x2
EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:
ex
1
F ( x) = ∫ 1+ t
x
2 dt
1 1
F ' ( x) = e x 2x − ⋅•
1+ e 1+ x2
EXEMPLO. Pretende achar-se, para a função:
sen ( x )
∫ e dt t
x3
3
cos( x ) ⋅ e sen ( x ) − 3x 2 e x . •
d ∂
x
e
∫ ln( t ) dt = ( 3 y − 16) .
dx e − x ∂y
d
x
e
∫ ln( t )dt .
dx e − x
d
x
e
dx e − x
x +3
F ( x) = ∫(e
− x +1
t
+ 1) dt .
Virá, então:
F ' ( x ) = ( x + 3) [ e x + 3 + 1] − ( − x + 1) [ e − x +1 + 1] = e x + 3 + 1 + e − x +1 + 1 = e x + 3 + e − x +1 + 2.
' '
d 1 ∂2 x 2
x +1
dx x∫2 t ∂y 2
dt + [ e y + y ln( x)] = 0.
No caso da presente equação, tem-se:
d 1
x +1
1 1 1 2x
∫ dt = ( x + 1) − ( x2 ) 2
'
'
= − 2 ⋅
dx x 2 t x +1 x +1 x +1 x +1
∂ x 2
∂y
[ e y + y ln( x ) ] = 2e x y + ln( x )
ou seja:
∂2 x 2 ∂
2 [ e y + y ln( x ) ] = [ 2e x y + ln( x )] = 2e x .
∂y ∂y
x 1
1 1
∫1 1 + t 2 dt = ∫1 1 + t 2 dt .
x
Para provar o que se pretende, basta derivar ambos os membros desta igualdade em ordem a x ,
vindo:
x
d 1 1
∫
dx 1 1 + t 2 dt =
1+ x2
1 '
d 1 1 1 1 x2 1
∫
dx 1 1 + t 2 dt = −
x 1
=
x 1+ x
2 2 =
1+ x2
1+
x x2
o que prova o que se pretendia. •
x ex
et 1
∫1 t dt = ∫ log(t ) dt ⋅
e
x
d et ex
dx ∫1 t
dt =
x
ex
d 1 1 ex
dt = ( e )
dx ∫e log( t )
x '
=
log( e x ) x
EXEMPLO. Seja a função f : R →R, contínua e periódica de período T . Pretende mostrar-se que a função:
x +T
F ( x) = ∫ f (t )dt
x
Claro está que, se assim for, a sua derivada terá se ser nula. Achando essa derivada, virá:
F ' ( x) = f ( x + T ) − f ( x) .
Ora, dado que a função inicialmente dada é periódica de período T , terá de ser:
f ( x + T ) = f ( x)
pelo que:
F ' ( x) = 0
F ( x ) = ∫ ln(t )dt .
1
F ' ( x ) = ln( x )
que sempre positiva em [1,+∞[, pelo que a função dada é estritamente crescente. Dado que:
F ' ( x ) = 0 ⇔ ln( x ) = 0 ⇔ x = 1
este ponto é um minimizante da função dada, onde ocorre o mínimo, local e absoluto:
x2
F ( x ) = ∫ e −t dt .
2
2
F ' ( x ) = 2 xe − x
virá:
2
F ' ( x ) = 0 ⇔ 2 xe − x = 0 ⇔ x = 0.
Uma vez que em ]−∞,0[ a anterior derivada é negativa, a função é decrescente nesse intervalo. Em
contrapartida, no intervalo ]0,+∞[ a derivada é positiva, pela a função dada é crescente nesse intervalo.
Assim, no ponto zero ocorre um mínimo local e absoluto, com o valor:
0
F (0) = ∫ e − t dt = 0. •
2
F ( x ) = ∫ t 4 + 1dt .
x
F ' ( x) = − x 4 + 1
que é sempre negativa em R. Ou seja, a função dada é decrescente em R. Não existem, pois, extremos
para esta função. •
ex
1
F ( x) = ∫ ln(t ) dt .
2
ex
F ( x) =
'
x
F ( x ) = ∫ x 2 e sen ( t ) dt
x
pretende determinar-se:
F ' ( x ).
F ( x) = x 2
∫e
x
sen ( t )
dt
F ( x ) = 2 x ∫ e sen ( t ) dt − x 2 e sen ( x ) . •
'
x
EXEMPLO. Para a função que se mostra de seguida, definida em R por:
x 3 +1
F ( x) = ∫e
cos( x )
−t 2
dt
pretende determinar-se o seu valor no ponto zero, bem como o da sua primeira derivada aí.
03 +1 1
∫e −t 2
dt = ∫ e − t dt = 0
2
F (0) =
cos( 0 ) 1
F ' (0) = 0. •
x 0
∫ sent
0
3
dt ∫ sent
0
3
dt
0
lim 4 = 4 = ⋅
x →0 x 0 0
Para se proceder ao levantamento desta indeterminação, deita-se mão da Regra de Hospital, vindo:
sen( x 3 ) 1 sen( x 3 ) 1 1
lim 3 = lim 3 = ×1= ⋅ •
x →0 4x 4 x →0 x 4 4