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Seminário Teológico Água da Vida

Escola de Liderança do Projeto Água da Vida


Teontologia
Começamos com um mistério: O que significa teontologia? Quando falamos sobre doutrina de Deus, estamos falando
de “teontologia”, que significa “o estudo do Ser de Deus”. Essa parte da Teologia estuda o caráter de Deus,
tradicionalmente conhecido como seus “atributos”.

Para pensar sobre Deus, devemos considerar a primeira das perguntas que se podem fazer a seu respeito: Como
sabemos que Deus existe? Apesar de ser uma questão mais pertinente às classes de apologética, algumas das
evidências de Deus nos proporcionarão uma base útil para o estudo do caráter de Deus.

A existência de Deus

Um ponto importante a ser considerado é o fato de que a Bíblia não argumenta sobre a existência de Deus. Ela
simplesmente declara a sua existência. Ela atesta que o Senhor deixou suas marcas na natureza, e por isso o homem
incrédulo se torna indesculpável.

Como afirma o Dr. Martyn Lloyd-Jones, A Bíblia começa com Deus. A expressão “No princípio...” (Gn 1.1) chama a
nossa atenção para um aspecto especial da história. Muitas religiões antigas, ao falarem da criação, afirmam que ela
aconteceu a partir de alguma coisa que já existia. Falam da história como algo que ocorre em ciclos que se repetem
através dos séculos. Mas as Escrituras olham para a história de uma forma linear, apresentando início e fim
determinados por Deus, o Criador de todas as coisas.

Sabemos que existem uma série de argumentos e pensamentos humanos que tentam “provar” ou não a existência de
Deus. Podemos encontrá-los nas obras teológicas e em muitos textos filosóficos. Contudo, a Escritura nos mostra que
o pensamento humano nunca poderá produzir fé. Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima
precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. (Hb 11.6)

Os Atributos de Deus

Quando começamos a falar a respeito do caráter de Deus, percebemos que não podemos dizer tudo o que a Bíblia
nos ensina a respeito dessa matéria de uma só vez. Precisamos de um modo para definir qual aspecto do caráter de
Deus vamos discutir primeiro, ou seja, precisamos de uma metodologia para categorizar seus atributos. Usaremos
neste curso a classificação mais comum:

1. Atributos incomunicáveis de Deus - São os atributos que Deus não compartilha ou “comunica” a outros
2. Atributos comunicáveis de Deus – São os atributos que Deus compartilha ou “comunica à humanidade”.

Contudo, essa classificação não é perfeita, pois ao longo do estudo perceberemos que nenhum atributo de Deus é
completamente incomunicável ou comunicável.

Os Atributos Incomunicáveis de Deus

1. Independência (Auto-existência)

Quando a Bíblia declara que Deus é o Criador do universo, ela indica que Deus mesmo é incriado. É impossível que
alguma coisa crie a si mesma. O conceito de autocriação é uma contradição de termos. Nem Deus pode criar a si
mesmo. Para que Deus criasse a si mesmo teria de existir antes de si mesmo. Todo o efeito deve ter uma causa.
Deus, porém não é um efeito. Deus é auto-existente e não auto-criado. Deus não depende de nós, nem da criação.
Ele é absolutamente independente e auto-suficiente: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos
céus e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como
se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas” (At 17.24,25) – Jó 41.11;
Sl 50.10-12; Ap 1,8; 4.11; Jo 1.1-5; Rm 11.35,36; I Co 8.6; Sl 90.2; Cl 1.15-20.

Teologia Sistemática – 01 – Aula 05______________________________________________________________________________________Pg1


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2. Imutabilidade

O Senhor é imutável em seu ser, perfeições, propósitos e promessas. Contudo, é preciso compreender que ele
também age e sente emoções. Portanto, responde de modo diferente às diferentes situações. Outro aspecto a ser
compreendido é o seguinte: Deus é infinito e pessoal. Ele não está sujeito às limitações da humanidade ou da criação,
mas interage conosco como pessoa e podemos nos relacionar com ele como pessoas – Sl 102.25-27; Ml 3.6; Sl
33.11; Nm 23.19; I Sm 15.29.

3. Eternidade (Infinidade)

O Senhor não tem começo, nem fim, nem sucessão de momentos em seu próprio ser. Ele vê todo o tempo de modo
absolutamente igual, mas vê cada evento no seu tempo e nas ações do tempo. Deus é atemporal – Jó 36:26; Sl
90.2,4; Ap 1.8; 4.8; Gn 1.1; Jo 1.3; I Co 8.6; Cl 1.16; Hb 1.2; II Pe 3.8; Is 46.9,10.

4. Onipresença (Imensidade)

Não existe um único lugar onde Deus não esteja. Ele não ocupa um lugar no sentido físico, não tem propriedades
físicas. É preciso pensar em outra dimensão, pois Deus não possuiu dimensões espaciais, portanto, apesar de
usarmos esquemas didáticos que representem Deus como um ser de imensas proporções, maior do que o universo,
devemos nos esforçar para perceber que ele é um ser que existe, sem tamanho e sem proporções. Não há uma
barreira de tempo e espaço. Para se encontrar com Deus, não existe um “aonde” ou um “quando”. Ele está totalmente
presente em todos os lugares – Jó 11.7-9; Jr 23.23,24; At 17.22-31; Sl 139.7-10.

5. Unidade

Deus não é dividido em partes, mas vemos diferentes atributos enfatizados em tempos distintos. Nenhum atributo de
Deus deve ser considerado mais importante do que os outros, pois cada atributo que encontramos na Escritura é
verdadeiro em relação a todo o ser de Deus. É errado, portanto, pensar que em um determinado tempo da história
Deus é o Deus justo, ou irado, ou amoroso. Deus em seu ser total é supremamente importante, e deve ser amado e
adorado como ser total.

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