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CP-001/2013
CRITÉRIO DE PROJETO
CP-001/2013 R-02
APRESENTAÇÃO
Este Critério de Projeto CP-001 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos necessários
para elaboração de projetos de Redes de Distribuição Aéreas de Média e de Baixa Tensão do
Sistema Elétrico da Coelce de modo a assegurar as condições técnicas, econômicas e de
segurança necessárias ao adequado fornecimento de energia elétrica, .
Na concepção e elaboração do Projeto de Rede de Distribuição foi levado em consideração a
necessidade de se oferecer aos consumidores da Coelce uma boa qualidade de energia e serviço
dentro das exigências dos órgãos reguladores, de acordo com a legislação vigente e com a
tecnologia mais avançada do Setor Elétrico.
Foi dada especial atenção a segurança e estética de modo que a rede seja segura, tenha um bom
aspecto visual e seja integrada com o meio ambiente de modo a minimizar o impacto com os locais
onde for instalada.
Este Critério de Projeto CP-001 R-02, substitui o CP-001/2002 R-01 e cancela a DT-113/2006 R-01
(Alterações no Critério de Projeto CP-01/2002 - Rede de Distribuição Aérea de Média e de Baixa
Tensão).
Elaboração:
José Deusimar Ferreira
Antônio Ribamar M. Filgueira
Revisão:
Francisco Ernaldo da Silva Área de Normas de Distribuição
Equipe de Consenso:
Carlos Henrique Pinto Aragão Área de Normas de Distribuição
Edgney Sarvio Oliveira Holanda Área de Normas de Distribuição
Fábio da Rocha Ribeiro Área de Construção de Obras Rede MT - BT Fortaleza/Metropolitana
Francisco Antonio Mourão Área de Manutenção e Obras MT - BT Sul
Francisco Queiroz Magalhães Martins Área de Manutenção e Obras MT - BT Norte
José Gois da Silva Área de Engenharia da Rede MT/BT
Keyla Sampaio Câmara Área de Normas de Distribuição
Michael Herbert Rocha Andrade Área de Engenharia da Rede MT/BT
Nilo Sérgio Maia Área de Engenharia da Rede MT/BT
Paulo André Ribeiro Área de Engenharia da Rede MT/BT
Paulo Rodrigues Bastos Neto Área de Engenharia da Rede MT/BT
Ricardo Lima de Freitas Área de Construção de Obras Rede MT - BT Fortaleza/Metropolitana
Rogério Almeida Leite Área de Engenharia de Rede MT/BT
Rogério Silva Veneranda MRH
Romulo Thardelly Sales Área de Normas de Distribuição
Wellington Souza Área de Engenharia de Rede MT/BT
Apoio:
Jorge Luis Cruz dos Santos Área de Normas de Distribuição
José Mata III Área de Normas de Distribuição
Matheus Sousa Lucena Área de Normas de Distribuição
Sandra Lúcia Alenquer da Silva Área de Normas de Distribuição
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REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA Revisão
SUMÁRIO
1 OBJETIVO ............................................................................................................................................. 1
4 TERMINOLOGIA ................................................................................................................................... 2
1 OBJETIVO
Estabelecer as etapas e requisitos mínimos necessários para elaboração de projetos de Redes de
Distribuição Aéreas de Média e de Baixa Tensão do sistema elétrico da Coelce, visando otimizar os
investimentos necessários para fornecimento de energia com qualidade e segurança.
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Durante as etapas de planejamento, projeto e execução das redes de distribuição devem ser
observadas as seguintes normas, em suas últimas revisões ou outras pertinentes que vierem a ser
publicadas:
2.1 Legislação
PRODIST, Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional;
Resolução Normativa ANEEL Nº 414 de 09/09/2010, estabelece as condições gerais de fornecimento
de energia elétrica de forma atualizada e consolidada.
3 CAMPO DE APLICAÇÃO
Estes critérios aplicam-se aos projetos de extensão, reforço, reforma e melhoria de Redes Aéreas
de Distribuição de Média Tensão (13.800 Volts) e de Baixa Tensão (380/220 Volts) localizadas na
área de concessão da Coelce.
4 TERMINOLOGIA
4.1 Alimentador
Rede de Distribuição de Média Tensão que se origina a partir da subestação para fornecer energia
elétrica, diretamente ou por intermédio de seus ramais, transformadores de distribuição e/ou
consumidores.
4.15 Desmatamento
Compreende o corte e retirada da vegetação que se encontra na faixa de passagem da rede de
distribuição aérea a ser construída, com largura total de 6 m para rede de Média Tensão e de 3 m
para rede de baixa tensão, observando o disposto no Desenho 001.04.
4.25 GOM.Net
Sistema desenvolvido pela equipe de Redesenho de Processos da Diretoria Técnica, juntamente
com as Gerências de Distribuição e Synapsis, com a participação de empresas parceiras. O sistema
possibilita o acompanhamento das atividades dos processos de projetos e obras de distribuição,
desde a gestão estratégica até as atividades de cada projetista, turma de construção e fiscais de
obras. O sistema está centrado na comunicação entre a concessionária e suas diversas empresas
parceiras, prestadoras de serviços de projetos, execução e fiscalização de obras. Toda a
comunicação é realizada por meio da intranet e GPRS, com o uso de Palm Top pelas equipes de
campo.
4.28 MRT
O Sistema Monofilar Com Retorno por Terra – MRT consiste em uma rede monofásica na qual a
terra substitui o condutor neutro. A vantagem do sistema é a utilização de um único condutor,
permitindo, por esta razão, maiores vãos entre as estruturas de apoio, face a inexistência da
limitação imposta pelo afastamento dos condutores e ao menor esforço lateral nos postes, produzido
pelo vento, acarretando por via de conseqüência, uma redução sensível no custo da rede.
4.45 SCADA
Sistema de supervisão e controle que permite ao Centro de Controle do Sistema realizar comandos
e monitorar equipamentos e suas respectivas grandezas elétricas remotamente.
4.46 Sobrecarga
Incremento de carga adicional sobre o valor nominal, que pode ser imposto a um determinado
equipamento ou circuito.
A tensão nominal das redes de distribuição de MT é de 13.800 Volts entre fases e 13.800/ 3 Volts
fase-terra. A tensão nominal das redes de distribuição de BT é de 380 Volts entre fases e 220 Volts
fase-neutro, conforme Figura 1. Demais características são apresentadas na Tabela 1 e na Figura 1.
Tabela 1: Características Gerais do Sistema Elétrico da Coelce
Características Coelce
Freqüência 60 Hz
Nº de Fases 3
Sistema de Média Tensão (3 fios)
- Tensão Nominal 13,8 kV
- Tensão Máxima de Operação 15 kV
- Nível Básico de Isolamento na Subestação 110 kV
- Nível Básico de Isolamento no Sistema de Distribuição 95 kV
Capacidade de Interrupção Simétrica dos Equipamentos
- 16 kA
de Disjunção
Sistema de Baixa Tensão (dyn1)
- Tensão do Sistema Trifásico 380 V
- Tensão do Sistema Monofásico 220 V
Transformador de Corrente para Proteção
- Corrente Secundária 1/5A
- Fator de Sobrecorrente 20
Classe de Exatidão e Tensão Máxima do Enrolamento
- 10B200
Secundário
Transformador de Potencial para Proteção
13.800/√3 - 115/115/√3 V
- Relação do Transformador de Potencial (MT)
Enrolamento secundário com derivação.
6 DISPOSIÇÕES GERAIS
6.1 Localização das Linhas de Distribuição de MT e BT
6.1.1 As redes aéreas de distribuição de MT e BT devem ser instaladas em domínio público.
6.1.2 É necessária a assinatura do Termo de Servidão e Permissão de Passagem em Propriedade
Rural do Anexo F quando, em áreas rurais, não seja possível atender o item 6.1.1 e seja necessária
a construção de redes aéreas de distribuição em terrenos particulares.
6.1.3 As redes aéreas de distribuição de MT e BT podem ser construídas dentro dos limites dos
prédios de múltiplas unidades de consumo ou dos condomínios fechados, deste que atendam
respectivamente a NT-003 e NT-005.
6.1.4 Em todos os casos descritos nas alíneas acima, as redes de distribuição devem ser construídas
em locais que permitam à Coelce o livre acesso.
6.2 Cerca Eletrificada Rural
6.2.1 Finalidade da Cerca Eletrificada
Quanto a finalidade da cerca eletrificada devem ser observados os seguintes itens:
a) a finalidade da cerca eletrificada é manter animais confinados em uma determinada área ou
proteger propriedades contra o acesso de animais domésticos e selvagens;
b) em nenhuma hipótese deve ser usada para proteger a propriedade contra pessoas;
c) a cerca eletrificada deve ser projetada por profissionais especializados e construída por empresa
idônea, que possa dar garantia, assistência técnica e orientações quanto à operação do
equipamento;
d) o proprietário é responsável por qualquer anormalidade ou acidente que venha ocorrer na cerca
eletrificada e com as pessoas e animais que possam vir a se acidentar.
6.2.2 Recomendações de Segurança
Quanto a segurança da cerca eletrificada devem ser observadas as seguintes recomendações:
a) a cerca deve ser alimentada por meio de um eletrificador e não pode, em nenhuma hipótese, ser
eletrificada com energia diretamente da rede elétrica;
b) nas aproximações ou cruzamentos da rede elétrica sobre cercas eletrificadas devem ser
adotados os seguintes procedimentos:
– cercas paralelas devem ficar a uma distância mínima de 30 m do eixo da rede elétrica;
– nos casos onde for necessário cruzar a rede elétrica sobre a cerca eletrificada devem ser
colocados dois condutores de proteção paralelos acima da cerca, para evitar que em caso de
ruptura do condutor da rede este venha a cair sobre a cerca eletrificada;
– os dois condutores de proteção devem ter 60 m de comprimento, sendo 30 m para cada lado
da rede, devendo ser aterrados nas duas extremidades, conforme Desenho 001.09.
c) na utilização de cercas eletrificadas deve ser observado:
– devem ser fixadas placas a cada 50 m, com os dizeres: “CERCA ELETRIFICADA”;
– independente da sinalização, deve ser informado as pessoas da localidade sobre a existência
da cerca eletrificada;
– é necessária a manutenção periódica da cerca.
6.3 Simbologia de Projeto
Deve ser adotada a simbologia de projeto apresentada no Desenho 001.19.
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c) independente da forma como o solicitante requereu seu atendimento, o projeto inicial deve ser
elaborado e apresentado com mínimo dimensionamento técnico e mínimo custo global;
d) para atendimento através de Micro-Sistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica
– MIGDI ou Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente - SIGFI,
devem ser observados os critérios de mínimo dimensionamento técnico e mínimo custo global
descritos na legislação pertinente.
8 PROJETO DA REDE
8.1 Geral
A elaboração do projeto deve abranger as seguintes etapas;
– planejamento básico;
– cálculo elétrico;
– cálculo mecânico;
– apresentação do projeto.
8.2 Planejamento Básico
8.2.1 Planejamento Básico da Rede
O planejamento básico da rede deve ser efetuado pela área responsável pelo projeto e consiste na
determinação do tipo de projeto a ser desenvolvido. Este planejamento deve permitir um
desenvolvimento progressivo da rede dentro da expectativa de crescimento da localidade a ser
atendida.
O planejamento básico deve seguir as etapas:
a) devem ser obtidas plantas de situação da localidade ou área em estudo, através de plantas já
existentes ou através de um novo levantamento topográfico ou aerofotogramétrico. Nesta etapa
devem ser solicitados a Prefeitura mapas ou plano diretor da localidade ou área de estudo para
facilitar a elaboração da plantas de situação;
b) o levantamento topográfico é necessário para projetos com extensão a partir de 3000 m ou o
terreno for acidentado ou sinuoso ou quando a vegetação não permita a averiguação do terreno;
c) deve ser realizado um levantamento em campo para complementar ou corrigir as informações
obtidas na planta cadastral.
8.2.2 Obtenção de Dados Preliminares
Devem ser levantados os aspectos peculiares da área em estudo, observando-se:
a) grau de urbanização da área;
b) características das edificações;
c) arborização das ruas;
d) dimensões dos lotes;
e) tendências regionais;
f) comparação com áreas semelhantes que tenham dados de carga e taxa de crescimento
conhecidas;
g) planos diretores governamentais e dos órgãos de meio ambiente para a área;
h) levantamento da carga;
i) previsão da taxa de crescimento da carga;
j) aquisição das plantas, mapas e projetos aprovados;
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– loteamentos: nos casos em que forçosamente o traçado tenha que atravessar loteamentos,
devem ser aproveitados os arruamentos a fim de se evitar possíveis indenizações, devendo a
rede ser construída em padrão urbano;
– edificações e benfeitorias em geral: não devem ser feitas travessias sobre edificações,
procurando sempre contorná-las, a fim de evitar desapropriações;
– aeródromos, campos de pouso e helipontos: caso seja necessário passar próximo a aeródromos,
campos de pouso e helipontos devem ser observadas as recomendações constantes nos
desenho 001.17 e 001.18;
– áreas de preservação ambiental: deve-se evitar áreas de preservação ambiental. Quando não for
possível, deve ser realizado um estudo individual para se encontrar uma solução que cumpra a
legislação e equilibre os fatores técnico, econômico e de integração com o meio ambiente. Neste
caso, deve ser anexado ao projeto uma cópia da Licença Prévia emitida pelo órgão de controle
do meio ambiente (Ex: Guaramiranga, Jericoacoara, Parque de Ubajara, etc.). É importante
lembrar que a Licença Prévia não autoriza o início das obras e nem o de qualquer outro tipo de
atividade. Deve ser observada a necessidade da emissão da Licença de Construção e a Licença
de Operação e Manutenção;
– áreas de riqueza paisagística: deve-se evitar zonas que mesmo não sendo consideradas de
preservação ambiental, mas que por sua riqueza e singularidade paisagística ou por sua
relevância histórica (parques naturais, monumentos históricos e artísticos, topo de montanhas,
zonas turísticas, etc.) devem ser protegidas contra elementos que distorçam sua visão e
diminuam seu valor natural.
8.2.5 Traçado de Redes Urbanas
8.2.5.1 Rede de Baixa Tensão
As diretrizes básicas que devem orientar na elaboração do traçado da rede aérea urbana de baixa
tensão são:
a) deve-se evitar o traçado em frente a igrejas, paisagens e monumentos históricos de forma a não
interferir com o seu visual;
b) deve ser localizado no lado da rua com menor arborização. Nas ruas onde não haja arborização
optar pelo lado da sombra;
c) deve-se procurar localizar a rede sempre de um mesmo lado da rua, evitando o traçado em
zig-zag e voltas desnecessárias, sem prejuízo das alíneas “a” e “b”;
d) deve ser localizado, de preferência, no lado da rua em que não haja galerias de águas pluviais,
esgotos, construção com sacadas, ou outros obstáculos que possam interferir na construção da
mesma;
e) não cruzar em nenhuma hipótese o terreno particular, com exceção dos casos previstos no item
6.1.3;
f) se possível, evitar ruas e avenidas com tráfego intenso de veículos;
g) não cruzar praças e outras áreas de lazer, sempre que possível;
h) evitar a proximidade de sacadas, janelas e marquises, mesmo respeitadas as distâncias de
segurança indicadas no PE-031.
8.2.5.2 Rede de Média Tensão
Para o traçado de alimentadores e seus ramais nas redes urbanas, devem ser seguidos os
princípios definidos no item 8.2.5.1 além dos prescritos abaixo:
a) o caminhamento dos alimentadores deve favorecer a expansão do sistema, obedecendo a
modelos propostos pelo planejamento;
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h) em ruas com largura até 20 m, incluindo-se os passeios, os postes podem ser locados sempre de
um mesmo lado (locação unilateral) observando, se for o caso, a seqüência da rede existente;
i) quando não houver posteação, deve ser avaliado qual o lado mais favorável para implantação da
rede, considerando o lado menos arborizado e que tenha maior número de edificações, o que
deve acarretar menos execução de travessias de ramais de ligação. Deve-se observar, no
entanto, que os postes devem ser locados de forma que permita atender aos consumidores com
o ramal de ligação com comprimento máximo de 30 m, quando não existir poste auxiliar. Na
existência de poste auxiliar o ramal de ligação pode ter comprimento máximo de 40 m. Caso isto
não seja possível, podem ser utilizadas duas alternativas de projeto que devem depender das
circunstâncias físicas locais:
– conservar a posteação unilateral diminuindo os espaçamentos entre estes;
– projetar posteação bilateral alternada.
j) ruas com larguras compreendidas entre 20 m e 30 m, incluindo-se os passeios, podem ter
posteação bilateral alternada, ou seja, esta deve ser projetada com os postes na metade do vão
da posteação contrária, conforme Desenho 001.12;
k) ruas com larguras superiores a 30 m, incluindo-se os passeios, podem ter posteação bilateral
frontal, conforme Desenho 001.12;
l) independente da largura da rua, deve ser projetada posteação bilateral, quando houver
necessidade da instalação de 2 (dois) alimentadores, dando-se preferência a esta solução do que
a alternativa de projetar circuito duplo;
m) pode ser utilizada também a posteação bilateral para atender aos níveis de iluminação do projeto
de iluminação pública. Neste caso, o arranjo deve ser do tipo posteação bilateral frontal;
n) evitar o uso de postes em esquinas, principalmente em ruas estreitas, inferiores a 10 m, e sujeitas
a trânsito intenso de veículos. No caso de reforma é permitida a locação de postes em esquinas,
desde que se mantenha o alinhamento dos mesmos;
o) os cruzamentos e derivações em esquinas, para redes congestionadas ou para atender o uso
compartilhado de postes com as redes de telecomunicação podem ser feitos com a implantação
de 2 (dois) ou 3 (três) postes e de modo conveniente para que sejam mantidos os afastamentos
mínimos de condutores e que não haja cruzamento em terrenos particulares, conforme
Desenho 001.11.
8.2.7 Plantas
8.2.7.1 Geral
Devem ser obtidas plantas cadastrais da localidade ou área em estudo, através de cópias de plantas
já existentes, confiáveis e atualizadas ou através de um novo levantamento topográfico ou imagens
de satélites.
8.2.7.2 Planta de Situação
Nesta planta deve constar traçado das ruas, avenidas ou rodovias, indicação do norte magnético e
outros pontos de referência significativos, que permitam identificar o local onde deve ser construída,
reformada ou ampliada a rede de distribuição, em desenho com escala adequada. Nas obras
localizadas no interior do Estado e Região Metropolitana indicar também, município, localidade,
estradas de acesso, a subestação e o alimentador de onde deriva a rede e os códigos do CSI
(Controle do Sistema do Interior) das estruturas locadas antes e depois da derivação. Nas obras
localizadas em Fortaleza indicar a subestação e o alimentador de onde deriva a rede e os códigos
do CSC (Controle do Sistema da Capital) das estruturas locadas antes e depois da derivação.
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b) na vista planimétrica: os detalhes a seguir enumerados, desde que contidos na faixa de servidão
da rede e ainda as edificações que representem ou não unidades consumidoras, distanciadas do
eixo da rede de cerca de 100 m:
– indicação de estradas de rodagem municipais, estaduais, federais e ferrovias;
– todos os caminhos, rios, córregos, açudes, lagoas, etc..;
– todas as linhas de transmissão, redes de distribuição linhas de comunicação;
– indicação de cercas contendo o número e o tipo de fios de arame;
– divisões de propriedades, alturas, tipo de vegetação e solo;
– detalhes dos pontos de saída e chegada da rede, com indicação do alimentador existente, do
ângulo de derivação, poste e estrutura correspondente;
– núcleos populacionais;
– indicação das estacas, características de deflexão e saída de ramais;
– indicação de campos de pouso e aeroportos.
8.2.7.6 Reconhecimento
O reconhecimento tem por objetivo coletar dados em campo para se estabelecer o traçado definitivo
da Rede de Distribuição Rural. O técnico incumbido do levantamento cadastral deve orientar o
topógrafo na localização de todos os pontos de carga dos interessados, bem como os pontos dos
suportes viários existentes. Na inexistência de estrada, a locação deve ser realizada através de
picadas, e evitar o corte da vegetação. No reconhecimento deve ser elaborada planta conforme
exemplo do Desenho 001.14 e deve constar também:
a) ponto de derivação (designação da RDR existente, estrutura, tipo e numeração do poste);
b) acidentes notáveis, tais como: açudes, rios, rodovias, ferrovias, serras, etc;
c) unidades consumidoras aptas a serem ligadas, unidades consumidoras em construção e
indicação de terrenos sem imóveis.
Com base nas plantas fornecidas pelo reconhecimento, a Área de Engenharia da Rede deve
determinar as diretrizes da Rede de Distribuição Rural em toda sua extensão, onde qualquer
alteração neste traçado, deve ser efetuada mediante prévia autorização por escrito daquela área.
8.2.7.7 Levantamento Topográfico
Consiste na determinação planialtimétrica do terreno, ao longo do caminhamento de toda a Rede de
Distribuição Rural. Neste levantamento devem ser determinados os acidentes considerados
relevantes à elaboração do projeto, quais sejam: cruzamento de estradas de ferro e rodagem, redes
de comunicação e de energia elétrica, pontes, campo de pouso, tipos e características de cercas,
edificações contidas na área do projeto e outros acidentes notáveis. A regulamentação destes
procedimentos estão contidos no CE-002.
8.3 Levantamento da Carga
8.3.1 Consumidores Especiais
Devem ser analisados separadamente os consumidores que possuem cargas que provocam
flutuação de tensão na rede, no início ou durante o período de funcionamento.
As cargas a serem levantados são:
a) aparelhos de raios x;
b) máquinas de solda;
c) fornos elétricos a arco;
d) fornos elétricos de indução com compensação por capacitores;
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DMc =
∑ ( DMt ) kVA
Nc
Onde:
– DMc = demanda média por consumidor em kVA;
– ∑ (DMt) = somatório das demandas dos transformadores medidos em kVA;
– Nc = número de consumidores ligados às redes de BT servidos pelos transformadores.
As medições devem ser efetuadas simultaneamente na saída dos transformadores,
indicando os resultados em formulário próprio, do Anexo A. O valor máximo da demanda
por transformador deve ser determinado como segue:
( IA + IB + IC )
DMt = × VM ( kVA)
1000
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Onde:
– IA, IB, IC = correntes medidas nas fases A, B e C em ampère;
– VM = tensão medida entre qualquer fase e neutro, em volts.
b) Consumidores: para as medições em consumidores não residenciais e residenciais deve ser
considerado:
– consumidores não residenciais: os consumidores não residenciais que apresentam demanda
significativa, tais como oficinas, serrarias etc., devem ser medidos individualmente no mesmo
período considerado de demanda máxima da área em estudo.
– demais consumidores não residenciais, tais como pequenos bares, lojas etc., devem ser
considerados como consumidores nível B de acordo com a Tabela 17.
– os consumidores residenciais devem ter suas demandas médias calculadas de acordo com a
seguinte fórmula:
DCr = DMt −
∑ ( DCnr ) (kVA)
Fdiv
Onde:
– DCr = demanda dos consumidores considerado residenciais em kVA;
– DMt = demanda máxima medida do transformador;
– ∑(DCnr) = somatório das demandas máximas dos consumidores não residenciais em kVA;
– Fdiv = fator de diversidade característico do grupo de consumidores de acordo com as
Tabelas 24 e 25
– a demanda média de cada consumidor considerado residencial deve ser calculada conforme
fórmula:
DMc =
∑ DCr (kVA)
Ncr
Onde:
– Ncr = número de consumidores considerados residenciais.
– áreas comerciais: para áreas predominantemente comerciais, as demandas devem ser
determinadas de preferência através de medições diretas no ramal de ligação de cada
consumidor, no horário considerado de demanda máxima.
8.3.3.2 Processo Estimativo
O processo estimativo para cálculo das demandas de consumidores residenciais e não residenciais,
de baixa tensão deve ser conforme a seguir:
a) Consumidores Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores residenciais
devem ser adotados os valores individuais de demanda diversificada em kVA, correlacionando o
número e o nível de consumidores no circuito, de acordo com a Tabela 17.
b) Consumidores não Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores não
residenciais podem ser utilizados dois métodos, conforme disponibilidade de dados existentes.
– 1º Método: a estimativa dos valores da demanda para consumidores em função da carga total
instalada, ramo de atividade e simultaneidade de utilização dessas cargas, deve ser
determinado como se segue:
CLxFdem
DCnr = (kVA)
Fp
Onde:
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Onde:
– DALIM = demanda máxima do alimentador em kVA;
– VN = tensão nominal da rede em kV;
– IMED = corrente medida em ampère.
A medição deve ser efetuada, de preferência, por um período mínimo de 24 h, com a rede
operando em sua configuração normal em dia de carga típica. Em áreas onde o ciclo de carga é
conhecido pelas características dos consumidores da região, a medição pode ser efetuada no
período considerado da demanda máxima através de aparelhos de registro instantâneo.
b) ramais de alimentadores: devem ser efetuadas medições de corrente máxima no início da
derivação dos ramais. A demanda deve ser calculada com a fórmula expressa no processo por
medição em tronco de alimentadores, alínea “a”;
c) consumidores ligados em MT: A demanda máxima deve ser obtida dos dados de faturamento do
consumidor. Na falta desta informação, este valor deve ser obtido conforme prescrito no processo
por medição em tronco de alimentadores, alínea “a”;
d) edificações: devem ser efetuadas medições de corrente nas três fases, de preferência com
medidor eletrônico, durante um período mínimo de 24 h e proceder para o cálculo da demanda,
segundo o processo de medição em tronco de alimentadores, alínea “a”.
8.3.4.2 Processo Estimativo
O processo estimativo para cálculo das demandas de média tensão deve ser conforme a seguir:
a) tronco de alimentadores: a estimativa da demanda máxima deve ter como base os resultados
obtidos na demanda máxima dos ramais, segundo o que prescreve o processo estimativo para
ramais de alimentadores, indicado abaixo na alínea “b”;
b) ramais de alimentadores: a estimativa da demanda máxima de ramais deve ser feita através da
demanda máxima, obtida na saída da subestação e rateando esta demanda proporcionalmente à
capacidade nominal dos transformadores, de acordo com o que segue:
FDEM =
Dma1 DTd = FDEM × Ptrafo(kVA)
Ptrafo
Onde:
– Dma1 = Demanda máxima do alimentador em kVA;
– Ptrafo = Somatório das potências nominais dos transformadores, em kVA;
– DTd = Demanda do transformador de distribuição para qualquer potência nominal, em kVA;
– FDEM = Fator de Demanda médio do alimentador.
c) consumidores ligados em MT: a demanda deve ser obtida através da carga instalada do
consumidor aplicando-se um fator de demanda típico, segundo sua atividade, expressa na
Tabela 28.
8.3.5 Estimativa da Carga em Rede de Distribuição Rural
8.3.5.1 Investigação Preliminar e Levantamento Cadastral
É a análise prévia das condições locais abrangendo características tais como: carga em potencial,
condições de suprimento do sistema elétrico existente (rede de MT, BT, transformadores),
organização fundiária e atividades econômicas da região, identificação dos potenciais unidades
consumidoras nas proximidades, características de cargas. Esta análise é efetuada através de
informações obtidas por meio do preenchimento de formulário “Relatório de Investigação Preliminar”
contido no Anexo B.
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b) radial com recurso: este tipo de configuração deve ser adotado em áreas que requeiram um
maior grau de continuidade de serviço, devido a existência de consumidores especiais tais como
hospitais, centros de computação, etc., e sempre que 2 (dois) ou mais alimentadores sigam a
mesma direção. Este tipo de configuração caracteriza-se pelos seguintes aspectos principais:
– existência de interligação, normalmente aberta, entre alimentadores adjacentes da mesma ou
de subestações diferentes;
– previsão de reserva de capacidade em cada alimentador para absorção de carga de outro
alimentador em caso de defeito;
– limitação do número de consumidores interrompidos e diminuição do tempo de interrupção em
relação a configuração radial simples, quando da ocorrência de defeito ou manobra.
8.7 Integração da Rede Aérea com o Meio Ambiente
As redes elétricas aéreas têm apresentado um grande crescimento, principalmente nos centros
urbanos, tendo em vista que passaram a compartilhar o espaço público e a posteação com os mais
diferentes serviços, como redes de telecomunicação, redes de TV a cabo e redes para transferência
de dados. Como conseqüência da grande quantidade de cabos e acessórios existentes na rede, tem
surgido problemas de segurança, problemas estéticos e conflito com o meio ambiente.
É muito importante que o traçado da rede e elaboração do projeto seja precedido de uma visita ao
local da obra, com a finalidade de conhecer as dimensões dos problemas de integração da rede
elétrica com o meio ambiente e sejam estudadas as melhores alternativas para que o projeto
apresente a maior integração possível com o meio ambiente e cumpra a legislação em vigor.
Deve-se levar em consideração que o aspecto exterior das instalações elétricas é um fator muito
relevante para a boa imagem da Coelce junto aos consumidores e ao público em geral, portanto,
devem ser construídas com bom acabamento e estética de modo a minimizar o impacto com os
locais onde a rede for instalada.
8.8 Regulação e Suporte de Tensão
8.8.1 A implantação de bancos de reguladores de tensão deve obedecer aos estudos específicos,
com base nas condições de carga e tensão existentes no alimentador, a fim de satisfazer as
exigências contidas no PRODIST ou legislação posterior que a substitua.
8.8.2 Todo projeto deve ser elaborado de modo que a tensão fique dentro dos limites permitidos, sem
necessidade da instalação de reguladores de tensão.
8.8.3 Nos alimentadores muito extensos ou que atendam áreas de baixa densidade de carga a
regulação de tensão dentro das faixas estabelecidas deve ser feita através da instalação de
reguladores de tensão com anuência da Área de Planejamento.
8.8.4 Quando uma área abastecida por redes com reguladores de tensão atingem sua demanda
máxima ou estejam comprometendo de forma significativa a qualidade do fornecimento de energia
devem ser analisadas as alternativas da construção de um novo alimentador, instalação de uma
nova subestação ou mudança no nível de tensão.
8.9 Banco de Capacitores
A implantação de bancos de capacitores fixos ou automáticos, devem obedecer aos estudos
específicos, a fim de que o fator de potência atenda às recomendações contidas na Resolução
Nº 414 da ANEEL ou legislação posterior que a substitua.
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9 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO
9.1 Transformadores de Distribuição
9.1.1 Localização dos Transformadores
Como critério geral os transformadores devem ser instalados no centro de carga de sua área de
abrangência. Na existência de carga concentrada significativa esse critério geral deve ser
reavaliado. Além disto, devem seguir as seguintes prescrições:
a) os transformadores devem ser locados de maneira que, em nenhum caso, o comprimento do
circuito secundário exceda a 400 m, respeitando-se as quedas de tensão máximas estabelecidas;
b) a posição de montagem do transformador em relação a via pública deve estar de acordo com o
PE-038;
c) evitar instalar transformadores em postes com ângulos;
d) não instalar transformadores em postes próximos as esquinas;
e) não instalar transformadores em frente a edificações com marquises e sacadas;
f) não devem ser instalados transformadores em postes onde haja derivação de rede de MT;
g) não instalar transformadores próximo a postos de gasolina e a áreas de armazenamento de
materiais inflamáveis;
h) nas zonas urbanas o transformador pode ser instalado no eixo do alimentador ou fora do mesmo,
observando os critérios de distância mínima de segurança em relação a outras redes ou
edificações;
i) nas zonas rurais devem ser instalados transformadores, preferencialmente, fora do eixo de
alimentadores ou em ramais das redes de distribuição que transporte uma parcela importante da
carga;
j) quando os transformadores forem instalados no eixo de alimentadores ou em ramais das redes
de distribuição que transporte uma parcela importante da carga, devem ser utilizadas chaves
seccionadoras nas áreas de corrosão severa e muito severa ou grampo de linha viva nas demais
áreas, na conexão da rede de MT para as chaves fusíveis dos transformadores;
k) deve ser evitado instalar transformadores em circuito duplo, em caso excepcionais, quando for
instalado nas redes convencionais, devem ser instalados em postes que garantam os
afastamentos mínimos de segurança e quando instalados em redes compactas é permitido
instalar em poste 12m;
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l) não locar transformadores em terrenos de difícil acesso, como aqueles que se caracterizem por
possíveis acidentes topográficos pronunciados ou condições especiais de solo, que não permitam
o uso de equipamentos usuais de serviço, durante a construção e manutenção;
m) não é permitido a instalação de transformador do tipo monobucha no eixo de redes convencionais
bifásicas ou trifásicas.
9.1.2 Potência Nominal dos Transformadores
As potências dos transformadores devem ser conforme itens a seguir:
a) transformadores monofásicos ou monobucha: fase-terra (MRT) 10 kVA;
b) transformadores bifásicos: fase-fase 10 kVA;
c) transformadores trifásicos: 15; 45; 75; 112,5; 150; 225 e 300 kVA.
9.1.3 Escolha do Número de Fases do Transformador
Para escolha do número de fases do transformador devem ser adotadas as seguintes prescrições :
a) transformador trifásico: nas áreas urbanas de média, alta e muito alta densidade de carga;
b) transformador bifásico: nas áreas urbanas e rurais de baixa densidade de carga;
c) transformador monofásico ou monobucha: nas redes MRT existentes com densidade de carga
muito baixa.
Antes da instalação de transformadores bifásicos ou monofásicos avaliar se existem unidades
consumidoras que possuam equipamentos que necessitem alimentação trifásica e se não há
previsão de aumento de carga em médio prazo, a fim de que seja evitado a ampliação prematura de
monofásico para trifásico.
9.1.4 Escolha da Potência Nominal do Transformador
9.1.4.1 Projeto de Extensão de Rede
PTR = ∑ DM P × 1,3
Onde:
∑DMP = demanda máxima diversificada por poste calculada, segundo o subitem 8.3.3.4
9.1.4.2 Projeto de Reforma de Rede
- Em áreas com baixa e média taxa de crescimento:
PTR = DMT X 1,3
- Em áreas com alta taxa de crescimento:
PTR = DMT X 1,5
Onde:
DMT : é demanda máxima medida do transformador, segundo o subitem 8 3.3.1.
9.1.5 Potência e Carregamento dos Transformadores a Serem Instalados
9.1.5.1 Projeto de Extensão de Rede
Para projetos de extensão de redes, devem ser verificados os itens a seguir:
a) preferencialmente, devem ser projetados circuitos pequenos, com transformadores de 15 kVA a
112,5 kVA;
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b) excepcionalmente, apenas nos casos de alta ou muito alta densidade de carga, onde no mínimo
60% da carga esteja concentrada em até um raio máximo de 45 m do transformador, podem ser
projetados transformadores de 150 kVA a 300 kVA;
c) o uso de transformadores de 225 kVA e 300 kVA deve ser feito, somente quando as condições de
carga e de espaço físico local não permitirem a instalação de dois transformadores de menor
potência;
d) não é permitido projeto de novas redes do tipo MRT derivando de redes bifásicas ou trifásicas;
e) podem ser projetadas novas redes do tipo MRT derivando de redes MRT existentes, devendo
ainda obedecer as prescrições do CP-003.
9.1.5.2 Projeto de Reforma de Rede
Para projetos de reforma de redes, devem ser verificados os itens a seguir:
a) Carregamento Máximo:
– o carregamento máximo permitido é de 1,40 da potência nominal, no período de 2 h em áreas
predominantemente residenciais e de 1,20 da potência nominal, no período de 4 h em áreas
predominantemente comerciais, conforme Tabela 11;
– identificada a sobrecarga do transformador, somente deve ser executado o desmembramento
do circuito secundário, quando a queda de tensão medida em qualquer ponto da rede de BT
for igual ou superior a 7,5%. Havendo sobrecarga e a queda de tensão não atingir 7,5% será
obrigatório a substituição do transformador por outro de maior potência, respeitando-se os
limites estabelecidos na alínea “b” deste item. Os valores limites de carregamento estão
indicados na Tabela 11;
b) Substituição de Transformadores:
– os transformadores a serem instalados em substituição aos que apresentarem sobrecarga,
devem ficar com o carregamento máximo de 80% e serem escolhidos conforme Tabela 10;
– sempre que for necessário substituir um transformador por sobrecarga, deve ser efetuada
inspeção no circuito secundário e observado se a rede está compatível com a potência do
transformador a ser instalado;
c) Desmembramento do Circuito de BT:
– quando existir concentração de carga superior a 135 kVA no poste do transformador e seus
adjacentes para transformadores de 225 kVA;
– quando existir concentração de carga superior a 180 kVA no poste do transformador e seus
adjacentes para transformadores de 300 kVA.
NOTA 1: Não é necessário desmembramento do circuito secundário de transformador de até 150 kVA.
9.2 Rede de Baixa Tensão
9.2.1 Condutores Padronizados
Devem ser utilizados em todas as redes de Baixa Tensão condutores pré-reunidos, de cobre ou de
alumínio, conforme Tabelas 8 ou 9, obedecendo as áreas de instalação, conforme as
recomendações da Decisão Técnica DT-042.
9.2.2 Níveis de Tensão
9.2.2.1 Os limites de variação de tensão de fornecimento em baixa tensão, no ponto de entrega de
energia, estão contidos no Módulo 8 do PRODIST, devendo se situar em relação à tensão nominal,
conforme Tabela 22.
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9.2.2.2 O limite de queda de tensão permissível nos diversos pontos da rede de BT são:
- ramal de ligação: 1,0%;
- rede secundária: 6,0%;
- transformador: 2,0%.
9.2.2.3 O cálculo da queda de tensão deve ser efetuado com as cargas determinadas no item 8.3.
9.2.2.4 O processo de cálculo está baseado no coeficiente de queda de tensão em % de kVAx100m.
9.2.2.5 A metodologia está apresentada no Anexo D, Cálculo de Queda de Tensão em BT.
9.2.2.6 As colunas a serem preenchidas na planilha são:
- A: designação do trecho;
- B: comprimento do trecho em 100 m e seus múltiplos;
- C: carga distribuída no trecho (carga levantada x taxa de crescimento + IP ) em kVA;
- D: carga acumulada no fim do trecho em kVA;
- E: produto kVA (C/2 + D) x B;
- F: tipo de circuito e bitola dos condutores;
- G: coeficiente da queda de tensão unitária ( kVA / 100 m ), obtida da Tabela 20;
- H: queda de tensão percentual no trecho, obtido pelo produto das colunas E e G;
- I: queda de tensão percentual total, obtida para cada ponto extremo de um trecho pela
soma da queda nesse trecho com a queda acumulada até o trecho anterior.
9.2.2.7 Como exemplo de aplicação do cálculo de queda de tensão para um circuito secundário
observar o Anexo D.
9.3 Rede de Média Tensão
9.3.1 Condutores Padronizados
A rede de Média Tensão pode ser em cabos de cobre nus - CCN, cabos de Alumínio com Alma de
Aço – CAA, cabos em Liga de Alumínio - CAL ou Cabos de Alumínio Cobertos – CAC, conforme
Tabelas 3, 4, 5, 6 e 7.
9.3.2 Escolha dos Condutores da Rede de Média Tensão
9.3.2.1 Condutores de Cobre Nu – CCN
Os condutores de cobre nus devem ser utilizados nas redes de MT localizadas em ambientes
sujeitos a corrosão salina severa e muito severa.
No interior do Estado instalar até 5 km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo C e B2,
indicadas na DT-042.
Devem ser utilizados os condutores indicados na Tabela 3.
9.3.2.2 Condutores de Aço Cobre - CAC
Os condutores de aço cobre podem ser utilizados em substituição aos condutores de cobre nu, em
regiões com alta incidência de furtos de condutores.
Devem ser utilizados os condutores indicados na Tabela 6.
9.3.2.3 Condutores de Alumínio com Alma de Aço – CAA
Os condutores de alumínio com alma de aço devem ser utilizados nas redes de MT localizadas em
áreas de corrosão desprezível ou moderadas. No interior do Estado instalar a partir de 20 km da orla
marítima e em Fortaleza nas áreas tipo A, conforme indicado na DT-042. Devem ser utilizados os
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condutores indicados na Tabela 4. Como alternativa, nessas áreas, pode ser utilizado os seguintes
condutores:
a) Condutor em Liga de Alumínio (6201) sem Graxa (CAL): devem ser utilizados nas redes de
distribuição de média tensão, localizadas em áreas de corrosão desprezível e mediana. No
interior, instalar a partir de 5km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo A e B1. Devem ser
utilizados os condutores indicados na Tabela 5;
b) Condutores de Alumínio Nu sem Alma de Aço (CA): devem ser utilizados nas redes de
distribuição de média tensão somente em área urbana, onde os vãos são menores e
conseqüentemente a tração nos mesmos é reduzida.
9.3.2.4 Condutores de Aço Alumínio – CAAL
Podem ser utilizados como alternativa aos condutores de alumínio com alma de aço, em regiões
com alta incidência de furtos de condutores.
Aplicados nas redes de distribuição MRT na seção 1x8AWG (FAL), conforme padronizado no
desenho 213.02 do PM-01 da Coelce. Podem ser utilizados como alternativa aos condutores de
alumínio com alma de aço (CAA) 4AWG e 1/0AWG, em regiões com alta incidência de furtos de
condutores. Devem ser utilizados os condutores indicados na Tabela 6.
9.3.2.5 Condutores de Alumínio Cobertos – SP (Rede Spacer)
Os condutores de alumínio cobertos devem ser utilizados nas Redes Compactas (Rede Spacer) de
Média Tensão localizadas fora das áreas de corrosão severa e muito severa. No interior do estado
instalar a partir de 5km da orla marítima e em Fortaleza nas áreas tipo A e B1, indicadas na DT 042:
a) os cabos cobertos são considerados cabos não isolados, mas o fato dos condutores serem
cobertos com material isolante permite que eles sejam instalados mais próximos uns dos outros e
também mais próximos a galhos de árvores, formando uma rede compacta, ocupando,
conseqüentemente um espaço reduzido;
b) devem ser utilizados os condutores indicados na Tabela 7, devendo a rede ser construída
preferencialmente em:
– áreas densamente arborizadas;
– áreas de preservação ambiental;
– áreas de centros comerciais onde o espaço para instalação da rede seja reduzido devido a
marquises, janelas, sacadas, etc.;
– condomínios fechados, considerando os aspectos de segurança e confiabilidade;
– áreas onde seja exigido um alto grau de confiabilidade devido a existência de consumidores
especiais, como hospitais, emissoras de televisão, etc;
– áreas já bastante congestionadas e onde seja necessário instalar novos alimentadores;
– quando for obrigatório a instalação de circuitos múltiplos na mesma posteação;
– áreas de grande movimentação de pedestres, onde eventualmente são realizados eventos;
– alimentadores expressos;
– outras áreas que por conveniência técnica seja exigido este tipo de padrão.
9.3.3 Dimensionamento de Condutores
Os condutores correspondentes ao tronco do alimentador e ramais devem ser projetados de acordo
com os estudos feitos pela Área de Planejamento.
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10 ATERRAMENTO
Para que o sistema de distribuição opere corretamente, mantendo a continuidade de serviço e a
segurança, o neutro do sistema, os equipamentos e demais partes metálicas não destinadas a
condução de corrente, devem ser devidamente aterrados.
10.1 Condutores de Aterramento
Devem ser utilizados somente cabos de aço cobreado, conforme PM-01, obedecendo as
recomendações constantes nos itens 10.3 a 10.6.
10.2 Hastes de Aterramento
Devem ser utilizadas hastes de aço cobreado, conforme PM-01, na quantidade e de acordo com o
que determina cada item de 10.3 a 10.7.
10.3 Aterramento na MT
Na rede de MT, deve ser usado somente um condutor de descida de bitola 7 x 10 AWG de aço
cobreado, para aterrar todos os equipamentos existentes na estrutura, conforme a seguir:
a) nas estruturas de transformação e de para-raios devem ser utilizadas 3 (três) hastes de terra
dispostas linearmente ao longo da rede de distribuição a uma distância entre hastes de 2 m,
ficando a haste mais próxima da base do poste a uma distância nunca inferior a 1 metro,
conforme o Desenho 001.10;
b) nas estruturas de regulação, religação e seccionamento deve ser utilizado um número de hastes
necessário de forma que o valor de resistência de aterramento não ultrapasse a 25 Ω. No caso de
não se dispor de medição de resistividade do solo utilizar 9 (nove) hastes, conforme o Desenho
001.10;
c) na rede compacta o mensageiro deve ser aterrado a cada 400 m aproximadamente.
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10.4 Aterramento na BT
Na rede de BT, deve ser utilizado somente um condutor de descida de bitola 3 x 10 AWG de aço
cobreado e 1 (uma) haste de terra afastada da base do poste a uma distância nunca inferior a
1 metro, obedecendo aos seguintes critérios:
a) no final da rede de BT o neutro deve ser aterrado;
b) a partir do transformador de distribuição, o neutro da rede de BT deve ser aterrado a cada 200 m,
aproximadamente, de forma que a distância entre cada aterramento, considerando as derivações,
seja em torno de 200 m, conforme Desenho 001.10;
c) quando existir aterramento dos equipamentos de MT, este deve ser comum ao aterramento da BT.
10.5 Aterramento de Cercas
Nas cercas deve ser utilizado, para cada aterramento, 1 (uma) haste de terra afastada da base do
mourão a uma distância nunca inferior a 1 metro. Neste seccionamento utilizar o seccionador
preformado para cercas conforme padronizado no PM-01.
a) aterramento de cercas em áreas urbanas: somente devem ser aterrados as cercas localizadas na
mesma calçada de posteação da rede de distribuição, conforme Desenho 001.05 e obedecendo
aos seguintes critérios:
– cercas paralelas a rede, com comprimento inferior a 15 m, não utilizar nenhum procedimento
para aterrar ou seccionar;
– cercas paralelas a rede, com comprimento acima de 15 m e inferior ou igual a 50 m, aterrar no
ponto central da cerca;
– cercas paralelas a rede, com comprimento acima de 50 m, fazer o seccionamento a cada 50 m
e aterrar no ponto central do vão seccionado. A fração inferior a 15 m não necessita ser
aterrada;
– cercas perpendiculares à rede, que bifurcam da cerca paralela à rede, devem ser seccionadas
no primeiro mourão;
– cercas transversais ao traçado da rede, devem ser seccionadas. O trecho seccionado é de
20 m de largura, compreendendo 10 m de cada lado, a partir do eixo da linha. O aterramento
deve ser instalado no mourão central do trecho seccionado.
b) aterramento de cercas em áreas rurais: o aterramento das cercas deve estar de acordo com os
Desenhos 001.06 a 001.09 e seguir os seguintes critérios:
– todas as cercas paralelas com a rede elétrica, a uma distância igual ou inferior a 30 m entre o
condutor e o arame mais próximo, deve ser seccionada a cada 500 m e aterrada a cada
250 m, fazendo coincidir os aterramentos próximos ao seccionamento;
– cercas transversais ao traçado da rede, utilizar o mesmo procedimento adotado para em áreas
urbanas;
– todas as extremidades das cercas devem ser aterradas junto as porteiras conforme Desenho
001.06;
– nas cercas eletrificadas devem ser observadas as recomendações do item 6.2.
10.6 Aterramento em Rochas
Quando for encontrada rocha compacta a pequena profundidade, deve ser utilizado cabo de aço
cobreado 7 x 10 AWG com 10 m de comprimento, enterrado horizontalmente no solo a uma
profundidade mínima de 0,60 m.
As valas não devem ser preenchidas com pedras ou materiais similares, ao invés disto, com terra
suscetível de reter umidade (argila, barro, etc.).
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11 DIMENSIONAMENTO MECÂNICO
11.1 Escolha de Postes, Estruturas e Condutores
11.1.1 Postes
O critério para adoção da altura dos postes deve ser em função das estruturas, afastamentos e
flecha dos condutores:
a) os postes utilizados em redes de distribuição urbana e rural devem ser de concreto armado
duplo T de 9 m para rede de BT, e 10,5 e 12m para rede de MT, com as características
padronizadas de acordo com a Tabela 15;
b) a montagem de condutores e equipamentos em postes deve obedecer as condições indicadas na
Tabela 12, definida para postes padronizados ou existentes.
11.1.2 Engastamento de Postes
A profundidade de instalação ou engastamento para qualquer tipo de poste deve ser :
L
e= + 0,60m
10
Onde:
– L: comprimento do poste em metros.
– e: engastamento ( no mínimo 1,5 m).
Em função da aplicação dos processos de cálculo para determinação do engastamento de postes
são definidos três tipos básicos de engastamento: simples, base reforçada ou base com manilha
conforme definido no PE-031.
11.1.3 Determinação do Esforço Nominal dos Postes
Os esforços mecânicos que as redes de MT e de BT exercem sobre os postes, determinam o seu
esforço nominal e tipo, os quais estão apresentados nas tabelas do PE-031.
Para montagem da rede, as flechas, em função dos vãos, estão determinadas nos padrões de
estruturas PE-031 e PE-038.
11.1.4 Estruturas e Condutores
A utilização das estruturas e condutores deve obedecer aos seguintes critérios:
a) nas redes urbanas de MT utilizar cruzetas tipo meio-beco nas ruas e avenidas com larguras
padrões. Nas ruas estreitas, onde não for possível utilizar a cruzeta meio-beco, utilizar a cruzeta
tipo L (beco);
b) as estruturas de redes de distribuição de MT e de BT estão padronizadas nos padrões PE-031 e
PE-038, e devem ser utilizadas de acordo com os critérios definidos nos mesmos;
c) a escolha das estruturas deve ser em função da seção dos condutores, dos vãos, dos ângulos de
deflexão horizontal, conforme mostrado nos padrões de estruturas: PE-030, PE-031, PE-034,
PE-035, PE-036 e PE-038;
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d) nas estruturas de encabeçamento, o lado de maior esforço dos postes deve estar na direção da
rede em que estiver sendo submetido ao maior esforço do condutor;
e) o lado de menor esforço de um poste tem uma resistência à ruptura igual a metade da indicada
para a direção de maior resistência;
f) nas estruturas tangentes que posteriormente venham a ser instalada uma derivação unilateral,
substituir o poste, caso o existente não suporte o esforço projetado;
g) os encabeçamentos em MT devem ser feitos nos seguintes casos:
– em estruturas de chaveamento;
– na primeira estrutura de um ramal quando este derivar de um poste com estrutura de
encabeçamento já existente ou não, e seja projetado a instalação de chaves conforme definido
no item 9.4.3.1 e 9.4.3.2;
– em intervalos aproximados em função do condutor, conforme especificado na Tabela 2:
Tabela 2: Intervalos Aproximados em Função do Condutor
Cabo de Cabo de Alumínio Distância entre Encabeçamentos (m)
Cobre Nu CAA Coberto CAC Liga CAL
(mm²) Rede Rural Rede Urbana
(AWG / MCM) (mm²) (mm²)
25 e 35 4 e 1/0 Até 70 50 e 70 1.200 400
70 e 95 266,8 185 e 240 120 e 160 800 300
NOTA 1: Reduzir os vãos para metade quando existir no trecho ângulos acima de 15º.
h) para transformadores com potência até 45 kVA pode ser utilizado estrutura tangente na BT com
apenas uma proteção secundária. Para potências a partir de 75 kVA, deve ser utilizado estrutura
de encabeçamento de BT no poste de transformação; neste caso, utilizam-se 2 (dois) cabos a
partir das buchas do transformador, um para cada lado do circuito secundário, conforme PE-038.
11.1.5 Emendas de Condutores
A utilização de emenda em condutores na fase de projeto e construção é permanentemente
proibida. O seu uso está regulamentado somente na manutenção, em caráter provisório, conforme o
que determina a DT-097.
11.2 Estaiamento
11.2.1 Geral
A princípio os postes devem ser dimensionados para suportar os esforços de tração a que estão
submetidos sem a utilização de estais, utilizando os postes padronizados, contidos na Tabela 15,
devendo ainda obedecer aos seguintes critérios:
a) os estais podem ser instalados em qualquer poste quando as condições do solo não permitirem
um fincamento seguro do mesmo;
b) a alternativa de fundação especial nas estruturas de ângulo e amarração em substituição aos
estais deve ser avaliada pelo projetista;
c) em todos os casos onde forem utilizados estais, deve ser instalada cobertura para sinalização de
estai;
d) não deve ser utilizado estai em estruturas que tenham equipamento (transformadores, religadores
reguladores, secionadores, chaves, etc.);
e) em rede de distribuição urbana utilizar estai cruzeta a poste ou de poste a poste. Nunca, em
nenhuma hipótese, deve ser utilizado estai haste-âncora;
f) em hipótese nenhuma deve ser projetado estai em estrutura onde haja rede de BT com
condutores nus existentes.
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f) a distância mínima dos condutores á superfície do solo na condição de flecha máxima deve ser
de 7 m nas rodovias federais, conforme Tabela 27;
g) a distância mínima dos condutores á superfície do solo na condição de flecha máxima em
rodovias estaduais deve obedecer à legislação específica do órgão estadual; na falta de
regulamentação estadual esta distância deve ser no mínimo de 7 m, conforme Tabela 27;
h) a carga atuante no cabo condutor de uma travessia deve ser de 20%, podendo, nos casos mais
desfavoráveis, atingir, no máximo, a 33% da sua carga de ruptura;
i) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das rodovias e em posição tal que a
distância medida sobre a superfície do terreno, da estrutura à borda exterior do acostamento, seja
maior que a altura da estrutura;
j) em casos excepcionais, mediante acordo com a entidade responsável pela rodovia, as estruturas
podem ser colocadas a distância inferiores às apresentadas na alínea “i” e até mesmo dentro das
faixas de domínio das rodovias ou nos canteiros centrais de rodovias com pistas múltiplas.
Nestes casos, quando a rede projetada for paralela a sinalização, viadutos etc., observar a
distância mínima de 2 m medida na horizontal, nas condições de máximo deslocamento.
11.3.4 Sobre Ferrovias
No caso de travessia sobre ferrovias, considerar os seguintes aspectos:
a) as estruturas de travessia devem ser de amarração;
b) para a execução da travessia, deve ser previamente solicitada licença ao órgão responsável;
c) o ângulo mínimo entre os eixos da rede e da ferrovia deve ser de 60º;
d) devem ser utilizados os mesmos coeficientes recomendados para a construção de redes, ou seja,
a tração de projeto não deve ser superior a 33% da tração de ruptura;
e) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das ferrovias e em posição tal que a
menor distância medida sobre a superfície do terreno, do suporte ao trilho mais próximo, seja
menor que a altura da estrutura;
f) não são permitidas travessias sobre áreas das estações ferroviárias. Só em casos excepcionais,
mediante acordo com a entidade responsável pela ferrovia;
g) no projeto a ser apresentado a área responsável pela ferrovia para aprovação, deve constar
obrigatoriamente:
– planta de situação com as principais dimensões cotadas, e desenhadas nas escalas horizontal
de 1:500 e vertical de 1:250;
– tensão nominal, número de fases, número de circuitos, número de condutores por fase;
– localização das estruturas no vão de travessia;
– ângulo entre os eixos da ferrovia e da rede;
– posição dos condutores (cabos ou linhas aéreas) pertencentes a ferrovias;
– posição quilométrica da travessia em relação ao trecho ferroviário considerado, com indicação
das localidades adjacentes;
– denominação do trecho ferroviário;
– perfil da travessia com todas as dimensões cotadas e desenhado nas escalas horizontal de
1:500 e vertical de 1:250, conforme indicado no Desenho 001.02;
– vão da travessia e flecha máxima;
– diferença da cota entre os condutores mais baixos e elevados do vão da travessia;
– altura do condutor mais baixo da travessia, em relação a face superior do boleto do trilho mais
alto;
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12 PROJETO
O projeto deve ser elaborado com a inteira responsabilidade do projetista. Deve ser realizado o
dimensionamento elétrico e mecânico e selecionados os equipamentos, postes, condutores e
estruturas, de acordo com este Critério. O projeto deve conter as informações dos itens a seguir:
12.1 Apresentação do Projeto
Os projetos devem ser apresentados obrigatoriamente em meio magnético e impresso quando
requisitado pela Coelce. Os projetos apresentados via DT-044 devem ser em meio magnético e em
3 (três) vias impressas.
A apresentação dos projetos deve conter os seguintes requisitos:
12.1.1 Identificação do Engenheiro Responsável
Deve ser apresentada a identificação, número de credenciamento junto a Coelce, telefone e
endereço do responsável técnico.
12.1.2 Memorial Descritivo
O Memorial Descritivo deve ser composto de:
a) identificação do Projetista, do interessado e contendo os principais dados do projeto;
b) estimativa da carga e dimensionamento dos transformadores;
c) cálculo de Queda de Tensão;
d) cálculo mecânico demonstrado, contendo com os esforços aplicados nos postes e condutores
apresentados nas plantas;
e) demonstrativo de Serviços de Terceiros;
f) relação de Material contendo suas características principais;
g) orçamento resumo, conforme apresentado no Anexo C.
12.1.3 Documentação
Na documentação deve constar:
a) Anotação de Responsabilidade Técnica - ART em 1 (uma) via quando se tratar de projeto
apresentado via DT-044;
b) licença junto aos órgãos responsáveis, nos casos de travessias de linhas férreas, rodovias ou
aproximação de aeroportos;
c) licença emitida pelo órgão responsável pela preservação do meio ambiente, quando a obra for
instalada em áreas de preservação ambiental (APAs);
d) Termo de Servidão e Permissão de Passagem em Propriedade Rural, conforme Anexo F, para
redes que eventualmente cruzem terrenos de terceiros;
Código
CRITÉRIO DE PROJETO CP-001
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REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA Revisão
i) cerca de arame;
j) indicação do alimentador existente, do ângulo de derivação, poste (esforço e altura), estrutura
correspondente e poste e estrutura anterior e posterior.
12.1.6 Desenhos de Detalhes
Devem ser feitos em plantas individuais nas escalas horizontal 1:500 e vertical 1:250:
a) cruzamento de linhas;
b) travessias de rios, rodovias e ferrovias;
c) estaiamento especial;
d) desenho e montagem de estruturas especiais, com a justificativa da não utilização das estruturas
padronizadas pelos padrões de estruturas: PE-031, PE-035, PE-036 e PE-038. Nestes casos o
analista de projeto deve encaminhar ao órgão normativo para análise e parecer.
12.2 Análise e Aceitação do Projeto
Os projetos elaborados por empresas parceiras ou terceiros devem ser analisados pela Coelce,
observando-se as seguintes considerações:
a) para aceitação pela Coelce o projeto deve obrigatoriamente estar de acordo com as suas normas
e padrões, com as normas da ABNT e com as Normas e resoluções expedidas pelos órgãos
oficiais competentes;
b) uma vez aceito o projeto via DT-044, a Coelce deve devolver 1 (uma) via ao interessado;
c) toda e qualquer modificação no projeto já aceito, somente pode ser feita através do responsável
pelo mesmo, mediante consulta à Coelce;
d) a Coelce não deve receber a obra caso haja discordância com o projeto aceito;
e) o prazo máximo de validade do projeto é de 6 (seis) meses após a sua aceitação. Após esse
prazo a aceitação do projeto fica sem efeito.
13.2.5 Em nenhuma hipótese deve-se admitir que as escavações para fincamento dos postes
permaneçam abertas durante a noite.
13.3 Atualização das Plantas e Codificação de Postes e Estruturas
13.3.1 Depois de concluída a obra, o desenho do projeto deve ser atualizado e implantadas as
coordenadas geográficas x-y (UTM/UPS).
13.3.2 A rede deve ser devidamente sinalizada e codificadas as estruturas, conforme DT-091 e
pintados os números Coelce (CN) dos transformadores Coelce.
13.4 Fiscalização e Comissionamento
Cabe a área responsável pela fiscalização da construção acompanhar todo o processo de
construção constante no Procedimento de Execução PEX-014, principalmente no que diz respeito a
utilização de termômetro e dinamômetro para o correto tensionamento dos cabos de acordo com as
trações especificadas em projeto.
a) a Coelce deve fiscalizar os projetistas/empreiteiros contratados para elaboração dos projetos
devendo os mesmos informar toda a metodologia e ferramentas utilizadas para tal e atender a
todos os itens especificados nos contratos para execução de serviço;
b) antes de ser energizada a rede deve ser cuidadosamente inspecionada a fim de verificar a
conformidade com o projeto, com as normas técnicas e o seu correto acabamento;
c) uma cópia do check-list de inspeção de obra deve ser fornecida ao construtor para que o mesmo
possa adotar as necessárias medidas corretivas;
d) verificar a adequada sinalização e pintura;
e) verificar o acabamento e concerto de calçadas;
f) observar a limpeza de todos os locais utilizados durante a execução da obra, devendo todos os
lugares ficarem limpos e livres de qualquer tipo de entulho, sobras de construção, galhos,
gravetos, etc.;
g) preencher um check-list de inspeção de obra através do sistema corporativo Gom.Net.
14 ANEXOS
Anexo A: Formulário para Leitura de Transformador;
Anexo B: Relatório de Investigação Preliminar;
Anexo C: Orçamento Resumo;
Anexo D: Cálculo de Queda de Tensão em BT;
Anexo E: Cálculo de Queda de Tensão em MT;
Anexo F: Termo de Servidão e Permissão de Passagem em Propriedade Rural;
Tabela 1: Características Gerais do Sistema Elétrico da Coelce;
Tabela 2: Intervalos Aproximados em Função do Condutor;
Tabela 3: Características do Condutores de Cobre Nu (CCN);
Tabela 4: Características dos Condutores de Alumínio Nu com Alma de Aço (CAA);
Tabela 5: Características dos Condutores de Liga de Alumínio (CAL);
Tabela 6: Características dos Condutores Anti-Furto;
Tabela 7: Condutores de Alumínio Protegido para Rede Compacta 15 Kv;
Tabela 8: Condutor Multiplexado de Alumínio Isolado em XLPE - 0,6 / 1 kV;
Código
CRITÉRIO DE PROJETO CP-001
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REDE DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA Revisão
INFORMAÇÕES GERAIS
SUPORTE ENERGÉTICO:
ALIMENTADOR/RDR: ________________________________________________________________________SE:_____________
CÓDIGO CSI/CSC :
ANTERIOR : CH FUSÍVEL: ___________ CH SECIONADORA: __________ DERIVAÇÃO:_________
POSTERIOR : CH FUSÍVEL: ___________ CH SECIONADORA: __________ DERIVAÇÃO:_________
TRANSFORMADOR EXISTENTE:
CÓDIGO CSI/CSC : ____________ POTÊNCIA:________ KVA TIPO : MONOFÁSICO ( ) BIFÁSICO ( ) TRIFÁSICO ( )
RELAÇÃO DE BENEFICIADOS
N° NOME DO CONSUMIDOR NOME DO BENEFICIADO N° CPF N° RG COORD(X) COORD(Y)
UTM:______________________, _____________________;
E assim, por estar de pleno acordo com o teor do presente instrumento, assina-o juntamente com
(02) duas testemunhas, para surtir seus efeitos legais.
____________________,____de________--______de ______
TESTEMUNHAS:
NOME: NOME:
CPF: CPF:
N 01
D1
K
PROPRIETARIO:
ANTONIO PEREIRA
K
K J
J
02 03
CS: CA5503
AÇÚDE
Sr. Rui
CB.3964/CN.143081-5
LOCALIDADE
BUQUEIRÃO PROPRIETARIO:
RUI ARAUJO DE SOUSA
CB.3956
MAPA DE LOCALIZAÇÃO
TRAFO A IMPLANTAR
SOLONÓPOLE
TRAFO COELCE EXISTENTE
POSTE EXISTENTE 3,2Km
K
RODOVIA ESTADUAL (CE) PROPRIETARIO:
N ANTONIO PEREIRA
ESTRADA CARROÇÁVEL
REDE MT EXISTENTE (COR PRETA)
K
K J
J
REDE MT A IMPLANTAR (COR VERMELHA) 02 03
REDE BT A IMPLANTAR (COR VERDE)
AÇÚDE OU RIACHO
CERCA
GROTA REPRESA DO AÇÚDE BANABUIÚ
MUNICÍPIOS
COMUNIDADE E DISTRITOS
COMUNIDADE BENEFICIADAS CS: CA5503
AÇÚDE
Sr. Rui
CB.3964/CN.143081-5
CB.3956
SOLONÓPOLE
3,2Km
42Km
8Km
BANABUIÚ
CB.3964/CN.143081-5
CB.3956
Km Km
00 01
00 10 20 30 40 50 60 70 80
ESTACAS
P R O P R I E TÁR IO RUI DE SOUSA ANTONIO PEREIRA
S OLO PIÇARRA / ROCHOSO
V E G E T AÇÃO ARBOREO / ARBUSTIVO
CS: CA5503
01
MAPA CHAVE
D1 Esc: 1/5000
K
K J
02
K
AÇUDE J
CB.3956 03
REPRESA DO AÇÚDE BANABUIÚ