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CONTÁBIL
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ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS, SOCIAIS E CONCEITUAIS.
Sempre que é realizado um trabalho profissional, se espera que resulte num benefício para a
sociedade; sem o qual o mesmo não teria valor social. Logo, quando se realiza um perícia levamos em
consideração os efeitos sociais decorrentes.
Exemplo: partilha de bens justa e honesta – processo de inventário------- evidente que a decisão
do Juiz será orientada pelo trabalho do contador, nas funções de perito;;;;;; proporcionado bem estar a
todos aqueles que têm interesse naquela partilha.
---outro fator importante a considerar é o compromisso ético e moral do perito para com a
sociedade e para com sua classe profissional; tendo a ética um grande peso, pois o trabalho eficaz é
decorrência de uma boa formação do profissional.
Por uma ótica mais ampla, podemos entender perícia como um trabalho de natureza específica,
cujo rigor na execução seja profundo.
---- Por quê da perícia: solicitada para efeito de prova ou opinião que exija conhecimento da área
profissional com o objetivo de auxiliar o Juiz de Direito no julgamento de uma lide.
Alguns conceitos
PERÍCIA
• Reinaldo Gonçalves – “ é, pois, o exame hábil com o objetivo de resolver questões contábeis,
ordinariamente originárias de controvérsias, dúvidas e de casos específicos ou previstos em lei
“;
conceito de exame pericial - “ é o exame de alguma coisa realizada por pessoa habilitada ou perito,
para determinado fim, judicial ou extrajudicial “;
• Saredo – “ a operação que, por encargo da autoridade judiciária, é atribuída a pessoas peritas
em cada ciência ou arte e que se obrigam a expor o fato, ou sobre questão que lhes é
submetida, todas as informações necessárias, para esclarecimento dos magistrados, e isto
porque estes, por si mesmos, não poderiam, ou muito dificilmente poderiam, conhecer o que
os peritos por sua ciência ou arte estão em melhores condições para explicar “;
• Antônio Magalhães – “ trabalho que exige notória especialização no seio das Ciências
Contábeis, com o objetivo de esclarecer ao Juiz de Direito, ao Administrador Judicial (Síndico
ou Comissário) e outras autoridades formais, fatos que envolvam ou modifiquem o patrimônio
de entidades nos seus aspectos quantitativos “ .
PERITO
Perito Judicial – “ é o profissional habilitado e nomeado pelo Juiz de um feito para opinar sobre
questões técnicas de sua especialização “;
** na perícia há limitação da matéria sob exame, não é lícito ao perito exorbitar da matéria
submetida.
*** faz a perícia, lavra e assina o laudo.
ASSISTENTE
• ------------ após a nomeação do perito pelo Juiz, podem as partes ou apenas uma delas,
indicar “ assistente técnico “, chamado de PERITO DA PARTE (mesmos requisitos, éticos,
profissionais, etc, etc)
• NBC T 13 – reformulada pela Resolução CFC 858/99 – “perícia contábil, tanto a judicial, como
a extrajudicial e a arbitral, é de competência exclusiva de Contador registrado em CRC”;
• NBC P 2 (Normas Profissionais do Perito Contábil) – criadas pela Resolução CFC 733/92 e
reformuladas pela Resolução CFC 857/99;; disciplina as condições de competência técnico-
profissional, independência, impedimento, recusa, honorários, sigilo, responsabilidade e zelo,
utilização de especialistas.
PERFIL
O perito deve ser íntegro, possuir uma formação, como cidadão de elevado espírito de sacrifício.
Sua personalidade e formação moral são caracterizadas pela independência, dosando sua energia com
paciência, para atingir o fim colimado, (submetido ao exame, dentro do exame) qual seja: obter os
elementos que conduzam a relatar a verdade.
Ao compromissar-se, fica revestido de uma autoridade que deve ser preservada e respeitada a
qualquer custo. E, para que essa autoridade possa ser preservada, ela fica condicionada ao seu
comportamento como cidadão em que devem predominar, além de sua capacidade técnico-profissional,
a moralidade e a honestidade.
** Costuma-se dizer que o perito contábil não crê, ele vê;;; este olhar deve ser cuidadoso,
crítico, minucioso, profundo, indagativo, de modo a extrair dos fatos contábeis por ele observados toda a
veracidade dos mesmos.
FUNÇÕES CONTÁBEIS
• Fundamentais; e,
• Complementares.
• administrativo;
• técnico;
• psicológico;
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• social; e,
• profissional.
FUNDAMENTAIS
A contabilidade tem, em última análise, função descritiva. Mas, em função da variedade dos
patrimônios individualizados e a complexidade de cada conjunto e os inúmeros aspectos das
transformações dos componentes agregados na riqueza que se torna necessário o desdobramento para
classificar essa função geral em três funções fundamentais:
Escritural
É a básica, e mais comum revela-se pela anotação fiel e continuada dos fatos ocorridos na
gestão administrativa do patrimônio; iniciando-se o processo escritural com a observação, seguindo-se o
exame da matéria a registrar, a coordenação dos elementos no sentido da homogeneidade das espécies
e a anotação metódica com observância das técnicas contábeis.
Expositiva
Interpretativa
COMPLEMENTARES
São, portanto, fatos patrimoniais a registrar de acordo com os preceitos contábeis, revelando-se,
então, em função previsora ou preditiva, a qual prefixa direitos e obrigações atinentes a um ou mais
componentes da riqueza individualizada.
a) função administrativa;
b) função revisora; e,
c) função pericial.
Administrativa
Revisora
Exemplo: exame dos lançamentos; verificação dos cálculos; o rigor das transações; apreciação
críticas e, da formulação das partidas.
Administrativo: revisão é o processo apto à confirmação rigorosa dos fatos reais, permitindo
considerar a matéria registrada como expressão exata para o entendimento de determinada situação
patrimonial em que se possam basear decisões de negócios e fixar relações de direito entre os
interessados, como o proprietários de uma riqueza circunscrita e terceiros nela interessados;
Técnico: tem-se por fim assegurar a exatidão do registro dos fatos em relação aos documentos
comprobatórios quanto à veracidade dos históricos dos lançamentos; quanto ao rigor matemático da
expressão e quanto à forma adequada das partidas contábeis; de forma a sanear a escrituração de
qualquer imperfeição circunstancial de possíveis erros e impropriedades na representação gráfica;
Profissional: revisão há que ser considerada como das mais altas expressões da qualidade do
trabalho contábil, por isso que ela somente é exeqüível por um contador que tenha completo domínio
dos conhecimentos técnicos, noções e fundamentos da disciplina e em variadas e infinitas aplicações.
Pericial
A função pericial objetiva gerar informação fidedigna, sendo incumbência confiada ao contador,
no sentido de informar, de modo específico, mediante exame da matéria pré-limitada, e opinar
tecnicamente; se solicitado, por pessoa interessada, que, geralmente, é uma das partes litigantes.
(aspecto técnico, conhecimentos profundos de matérias correlatas, os aspectos legais, psicológicos,
sociais e profissionais, etc,etc).
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Perícia Administrativa
Sendo perícia o exame decisivo de uma situação de contas; logo é caso dessa verificação, em
caráter administrativo; quando o responsável pelos negócios de uma entidade econômica afigura-se uma
questão que ele próprio tem dúvidas e solicita subsídios ao contador para dirimi-las; sendo um exame
estritamente particular, onde o administrador tem a necessidade de apoiar-se em juízo autorizado de um
conhecedor da matéria, o que fortalece seus atos decisórios.
Perícia Extrajudicial
Como fato é função do contador, ela é informante e consultora, este técnico desempenha
relevante papel nas questões suscitadas entre partes em oposição de interesses econômicos. Nem
sempre é fácil que as pessoas em litígio cheguem a um acordo, primeiramente pelo interesse egoístico
de cada um, e em segundo, por incompreensão ou ignorância da matéria em questão.
É invocada a opinião de terceiros, tanto para obter “ juízo imparcial “ no assunto debatido,
quanto para elucidar técnica e judicialmente a questão na qual não se harmonizam. Podem procurar
solução amigável, que vai desde o perecer de um perito até o juízo arbitral. Qualquer destas formas é
extrajudicial por não se processar judicialmente a matéria.
A perícia extrajudicial opera-se, principalmente, por acordo entre as partes; convencionam que a
questão pendente seja solucionada tendo por base a informação e parecer do perito ou em caso de
dúvida, cada uma elege um de sua confiança; procedendo aos exames e emitindo parecer.
Perícia Judicial
Quando a solução de questões é requerida aos tribunais; ao órgão julgador cumpre conhecer a
matéria em apreço e dependendo disso sua decisão.
Como primeira condição para o julgamento é a apuração exata dos fatos e o conhecimento
preciso das causas de que se origina o litígio. Os magistrados são os doutos em direito, mas não se
pode pretender que sejam polivalentes (técnicos em qualquer assunto); além disso, existem casos em
que a matéria a ser julgada precisa ser esclarecida e certificada por profissionais que mereçam inteira fé,
nos aspectos técnico, moral e científico.
A perícia tem meios de informar e esclarecer o julgador e orientá-lo em suas decisões; sendo
que a responsabilidade que pesa sobre os ombros do juiz é repartida com a do perito que instruiu com a
certificação de causas e fatos e com a opinião própria. A parcela de responsabilidade que cabe ao perito
tem como garantia suas qualidades de especialista e requisitos de moralidade e honestidade.
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Essas necessidades são manifestadas nas imperfeições e nas inadequações. Algumas das
razões são:
- administrativas;
- contábeis.
Administrativas
Ocorre que por deficiências técnicas, estados psíquicos ou falhas morais; os fatos da
administração não se apresentam com a necessária perfeição material, ou infringem os preceitos legais
e os ensinamentos éticos. (quando identificadas, invocam na incriminação de seus causadores civil e/ou
criminalmente).
Negligências: (vigilância, zelo e ordem devem presidir os atos e fatos de gestão para alcance
dos fins propostos e sem perturbações na ação executiva)
Exemplo: falhas humanas, físicas ou psíquicas; omissões na vigilância, zelo e ordem, causando
danos substanciais.
Erros: genericamente, tudo o que não é certo; podendo ser voluntários e involuntários.
Exemplo: violação ao estatuto da entidade, no que diz respeito à posição jurídica dos sócios,
acionistas ou associados; inobservância de instruções ou ordens emanadas do executor: burla ou
desobediência às leis em relação à matéria administrada, pessoas interessadas ou poder público.
Fraudes: enganar ou burlar em proveito próprio. A fraude não se presume, deve sr provada por
quem acusa, embora admita-se a “ prova por indícios ou circunstâncias “.
Variantes de fraudes: furto, roubo, lesão, desfalque, estelionato, falsificação.
Culpa: aquele que por negligência, comete omissão -------- é culpado. É causa do dano pelo
qual responde moralmente seu autor, quando ineficiente e de boa-fé e de direito; quando deixa de
cumprir obrigações explícitas ou com tendências para a má-fé.
Contábeis
Sendo a contabilidade, por suas funções, uma forma de representação de fatos, ela, como
qualquer outra forma de expressão, não pode prestar-se às aparências, figurando fatos inexistentes ou
desvirtuados por artifícios, falsas situações, isto com o caráter de simulação, ou seja, a intenção de
induzir a interpretações que não condizem com a realidade, a verdade e exatidão de coisas e fatos.
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Imperfeições técnicas: a organização do trabalho de contabilidade obedece a planos
previamente elaborados e sua execução é guiada por normas predeterminadas. Planos incompletos ou
defeituosos são as causas das imperfeições.
Simulações: quando coisas e fatos não correspondem à verdade, quando alguém contraria
normas e preceitos, ou quando são arquitetadas situações irreais e irregulares. São aqueles que não se
verificaram ou com desvirtuação gráfica, ou omissão de operações e negócios legítimos.
Adulteração: dentre as irregularidades contábeis, são elencadas como adulteração não apenas
o simples fato de alterar a escrituração em alguma de suas partes, mas a emenda, eliminação ou
acréscimos que alterem, propositadamente, os registros. As alterações podem ser de contas, históricos,
datas, quantias, lançamentos ou peças contábeis já elaboradas.
Estas irregularidades e das demais que a contabilidade induz a cometer constituem culpa
profissional, que deverá responder material ou moralmente pelos danos que causar.
Assim é que, segundo a alínea “d” , do art. 27, do Decreto-Lei nº 9.295/46, aplica-se a pena de
suspensão do exercício da profissão àqueles que “dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir
à parte técnica forem responsáveis por qualquer falsidade de documentos que assinarem e pelas
irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar as rendas públicas”. O mesmo
Decreto-Lei no art. 10, alínea “c”, prevê a fiscalização das profissões de Contador e Técnico em
Contabilidade, impedindo e punindo infratores.
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CONSIDERANDO que o Grupo do Estudo de Perícia Contábil obteve do Grupo de Trabalho das
Normas Brasileiras de Contabilidade a aprovação de sua proposta de reformulação na NBC T 13 – Da
Perícia Contábil,
RESOLVE:
Ar. 1º - Reformular o teor da NBC T 13 – Da Perícia Contábil, conforme anexo a esta Resolução.
13.1.1 - A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinado a levar á
instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar ajusta solução do litígio, mediante laudo
pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais,
e a legislação específica no que for pertinente.
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13.1.1.1 - O laudo pericial contábil e ou parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da
perícia deferida ou contratada.
13.1.2 - A perícia contábil, tanto a judicial, como a extrajudicial e a arbitral, é de competência exclusiva
de Contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade.
13.1.3 - Nos casos em que a legislação admite a perícia interprofissional, aplica-se o item anterior
exclusivamente às questões contábeis, segundo as definições contidas na Resolução CFC nº 560/83.
13.1.4 - A presente Norma aplica-se ao perito-contador nomeado em Juízo, ao contratado pelas partes
para a perícia extrajudicial ou ao escolhido na arbitragem; e, ainda, ao perito-contador assistente
indicado ou contratado pelas partes.
13.2 - PLANEJAMENTO
13.2.1.2 - A perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista prazo, inclusive o da legislação
relativa ao laudo ou parecer.
13.2.13 - O planejamento deve considerar, ainda, os seguintes fatores relevantes na execução dos
trabalhos:
a) o conhecimento detalhado dos fatos concernentes à demanda;
b) as diligências a serem realizadas;
c) os livros e documentos a serem compulsados;
d) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de perícia a serem
aplicados;
e) a equipe técnica necessária para a execução do trabalho;
f) os serviços especializados, necessários para a execução do trabalho;
g) os quesitos, quando formulados; e,
h) o tempo necessário para elaboração do trabalho.
13.2.1.4 - O planejamento deve ser revisado e atualizado sempre que novos fatos o exigirem ou
recomendarem.
13.2.1.5 - Quando do planejamento dos trabalhos deve ser realizada a estimativa dos honorários de
forma fundamentada, considerando os custos e a justa remuneração do contador.
13.2.2.1 - Nos casos em que não houver publicação oficial da concessão do prazo suplementar, deve o
perito-contador comunicá-la aos peritos-contadores assistentes.
13.2.3.1 - O contrato de honorários deve ser elaborado com base no planejamento realizado.
13.3 - EXECUÇÃO
13.3.1 - O perito-contador assistente pode, tão logo tenha conhecido da perícia, manter contato com o
perito-contador, pondo-se à disposição para o planejamento e a execução conjunta da perícia. Uma vez
aceita a participação, o perito-contador deve permitir o seu acesso aos trabalhos.
13.3.6 - O perito-contador e o perito-contador assistente utilizar-se-ão dos meios que lhes são facultados
pela legislação e das normas concernentes ao exercício de sua função, com vista a instruírem o laudo
pericial contábil ou parecer pericial contábil com as peças que julgarem necessárias.
13.3.7 - O perito-contador e o perito-contador assistente manterão registros dos locais e datas das
diligências, nomes das pessoas que os atenderem, livros e documentos examinados ou arrecadados,
dados e particularidades de interesse da perícia, rubricando a documentação examinada, quando
julgarem necessário.
13.3.8 - A execução da perícia quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob a
orientação e supervisão do perito-contador e ou do perito-contador assistente que assumiram a
responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se que as pessoas contratadas estejam
profissionalmente capacitadas à execução.
13.4 - PROCEDIMENTOS
13.4.1 Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao
laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total ou parcialmente, segundo a
natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento,
mensuração, avaliação e certificação.
13.4.1.2 - A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato,
de forma circunstancial.
13.4.1.4 - A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer pericial
contábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias.
13.4.1.7 - A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e
receitas.
13.4.1.8 - A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo perito-
contador, conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a este profissional.
13.4.2.2 - O perito-contador assistente não pode firmar em laudo ou emitir parecer sobre este, quando o
documento tiver sido elaborado por leigo ou profissional de outra área, devendo, nesse caso, apresentar
um parecer contábil da perícia.
13.5.1 - O laudo pericial contábil é a peça escrita na qual o perito-contador expressa, de forma
circunstanciada, clara e objetiva, as sínteses do objeto da perícia, os estudos e as observações que
realizou, as diligências realizadas, os critérios adotados e os resultados fundamentados, e as suas
conclusões.
13.5.1.1 - Havendo quesitos, estes são transcritos e respondidos, primeiro os oficiais e na seqüência os
das partes, na ordem em que forem juntados aos autos.
13.5.1.2 - As respostas aos quesitos serão circunstanciadas, não sendo aceitas aquelas como "sim" ou
"não", ressalvando-se os que contemplam especificamente este tipo de resposta.
13.5.1.3 - Não havendo quesitos, a perícia será orientada pelo objeto da matéria, se assim decidir quem
a determinou.
13.5.1.4 - Sendo necessária a juntada de documentos, quadros demonstrativos e outros anexos, estes
devem ser identificados e numerados, bem como mencionada a sua existência no corpo do laudo
pericial contábil.
13.5.2 - A preparação e a redação do laudo pericial contábil são de exclusiva responsabilidade do perito-
contador.
13.5.3 - O laudo pericial contábil será datado, rubricado e assinado pelo perito-contador, que nele fará
constar a sua categoria profissional de Contador e o seu número de registro em Conselho Regional de
Contabilidade.
13.5.4 - O laudo pericial contábil deve sempre ser encaminhado por petição protocolada, quando judicial
ou arbitral. Quando extrajudicial, por qualquer meio que comprove sua entrega.
13.6.1 - O parecer pericial contábil é a peça escrita na qual o perito contador assistente expressa, de
forma circunstanciada, clara e objetiva, os estudos, as observações e as diligências que realizou e as
conclusões fundamentadas dos trabalhos.
13.6.1.1 - O parecer pericial contábil, na esfera judicial, serve para subsidiar o Juízo e as partes, bem
como para analisar de forma técnica e científica o laudo pericial contábil.
13.6.1.2 - O parecer pericial contábil, na esfera extrajudicial, serve para subsidiar as partes nas suas
tomadas de decisão.
13.6.1.3 - O parecer pericial contábil na esfera arbitral, serve para subsidiar o árbitro e as partes nas
suas tomadas de decisão.
13.6.5 - Havendo quesitos não respondidos pelo perito-contador, o perito-contador assistente a eles
responderá de forma circunstanciada, não sendo aceitas respostas como "sim" ou "não", ressalvando-
se os que contemplam especificamente este tipo de resposta.
13.6.6 - Não havendo quesitos, o parecer será orientado pelo conteúdo do laudo pericial contábil.
13.6.7 - Sendo necessária ajuntada de documentos, quadros demonstrativos e outros anexos, estes
devem ser identificados e numerados, bem como mencionada sua existência no corpo do parecer
pericial contábil.
13.6.8 - O parecer pericial contábil será datado, rubricado e assinado pelo perito-contador assistente,
que nele fará constar a sua categoria profissional de Contador e o seu número de registro em Conselho
Regional de Contabilidade.
13.6.9 - O parecer pericial contábil deve sempre ser encaminhado por petição protocolada, quando
judicial e arbitral e por extrajudicial e por qualquer meio que comprove sua entrega, quando extrajudicial.
CONSIDERANDO que o Grupo de Estudo de Perícia Contábil obteve do Grupo de Trabalho das
Normas Brasileiras de Contabilidade a aprovação de sua proposta de reformulação da NBC P 2 Normas
Profissionais de Perito Contábil;
RESOLVE
Art. 1º - Reformular o teor da NBC P 2 - Normas-Profissionais de Perito Contábil, conforme anexo a esta
Resolução.
2.1 - CONCEITO
2.1.1 - Perito é o Contador regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que exerce
a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e
experiências, da matéria periciada.
2.2 1.1 - O espírito de solidariedade do perito-contador e do perito-contador assistente não induz nem
justifica a participação ou a conivência com erros ou atos infringentes das normas profissionais e éticas
que regem o exercício da profissão.
2.2.3 - A nomeação, a escolha ou a contratação para o exercício do encargo de perito-contador deve ser
considerada como distinção e reconhecimento da capacidade e honorabilidade do Contador, devendo
este escusar-se dos serviços, por motivo legítimo ou foro íntimo, ou sempre que reconhecer não estar
capacitado a desenvolvê-los, contemplada a utilização do serviço de especialistas de outras áreas,
quando parte do objeto da perícia assim o requerer.
2.2.4 - A indicação ou a contratação para o exercício da atribuição de perito-contador assistente deve ser
considerada como distinção e reconhecimento da capacidade e honorabilidade do Contador, devendo
este recusar os serviços sempre que reconhecer não estar capacitado a desenvolvê-los, contemplada a
utilização de serviços de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto do seu trabalho assim o
requerer.
2.3 - INDEPENDÊNCIA
2.4 - IMPEDIMENTO
2.4.1 - O perito-contador está impedido de executar perícia contábil, devendo assim declarar-se, ao ser
nomeado, escolhido ou contratado para o encargo, quando:
2.4.2 - Quando nomeado em Juízo, o perito-contador deve dirigir-lhe petição, no prazo legal, justificando
a escusa.
2.4.3 - Quando indicado pela parte, não aceitando o encargo, o perito-contador assistente deve
comunicar ao Juízo, a recusa, devidamente justificada.
2.4.4.1 - Constatarem que os recursos humanos e materiais de sua estrutura profissional não permitem
assumir o encargo, sem prejuízo do cumprimento dos prazos dos trabalhos nomeados, indicados,
escolhidos ou contratados; e
2.5 - HONORÁRIOS
2.5.2 1 - Elaborar orçamento fundamentado nos fatores constantes do item 2.5.1 desta Norma;
2.5 2.2 - Requerer por escrito o depósito dos honorários, conforme o orçamento ou pedido de
arbitramento;
2.5.2.4 - Requerer, após a entrega do laudo, que o depósito seja liberado com os acréscimos legais.
2.5 3 - O perito-contador requererá a liberação parcial dos honorários, depositados em Juízo, sempre
que houver a necessidade, devidamente justificada.
2.5.4 - O perito-contador pode requerer o custeio das despesas referentes ao deslocamento para a
realização do trabalho fora da comarca em que foi nomeado.
2.5.5 - Quando se tratar de indicação pelas partes, escolha arbitral ou contratação extrajudicial, devem o
perito-contador e o perito-contador assistente formular carta proposta ou contrato, antes do inicio da
execução do trabalho, considerados os fatores constantes no item 2.5.1 desta Norma e o prazo para a
realização dos serviços.
2.6 - SIGILO
2.8 9 - O perito-contador pode requerer ao juiz a indicação de especialistas de outras áreas que se
fizerem necessários para a execução de trabalhos específicos.
LEGISLAÇÃO FEDERAL
Altera dispositivos da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, referentes à
prova pericial.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
III – ao perito:
………………………………………………………………………………………………
Art. 422 – O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido,
independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da parte, não
sujeitos a impedimento ou suspeição.
Art. 423 – O perito pode escusar-se (artigo 146) ou ser recusado por impedimento ou suspeição
(artigo 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz nomeara a novo perito.
I - …………………………………………………………………………………………
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
Art. 427 – O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação,
apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar
suficientes.
………………………………………………………………………………………………
Art. 433 – O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20
(vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor quinze dias após a data de sua publicação.
Art. 3º - Ficam revogados os artigos 430 e 431, e o parágrafo único do artigo 432, da Lei nº 5.869, de 11
de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil bem como as disposições em contrário.
FERNANDO COLLOR
Célio Borja
01 - Perito Judicial é o auxiliar da Justiça, pessoa civil, nomeado pelo Juiz ou pelo tribunal, devidamente
compromissado, assistindo-os para realizar prova pericial consistente em exame, vistoria ou avaliação,
valendo-se de conhecimento especial, técnico ou científico.
02 - Assistente Técnico é o Perito indicado pelas partes, assistindo-os, para realizar prova pericial, como
referido no item anterior.
03 - A Perícia Judicial, quando pertinente a profissões regulamentadas, será exercida por profissionais
legalmente habilitados, com registro nos órgãos fiscalizadores do exercício de suas profissões,
requeridas, ainda, reconhecida idoneidade moral, capacidade técnica e experiência profissional. O
requisito de reconhecida capacidade técnica ou científica inclui o empenho do Perito Judicial e dos
Assistentes Técnicos em procurar manter-se permanentemente atualizados, através de programas de
capacitação, incluindo a educação continuada ou por outros meios disponíveis.
04 - É dever do Perito Judicial, bem assim do Assistente Técnico, honrar sua função, seguindo as
presentes Normas e Procedimentos e, quando profissional, os preceitos constantes do Código de Ética
de sua profissão.
07 - Na hipótese de escusa, antes ou depois ele assentir o compromisso, devem o Perito Judicial e os
Assistentes Técnicos:
a) quando funcionando como Perito Judicial, dirigir petição ao Juiz, o mais breve possível,
justificando a escusa;
b) quando funcionando com Assistente Técnico, comunicar à parte que o indicou, de preferência
por escrito; o mais breve possível, a escusa, justificando-a, sem prejuízo de posterior petição
nesse sentido ao MM Juiz.
10 - No caso de ter sido fixada pelo Juiz diligência em Cartório para prestação do compromisso pelo
Perito Judicial e pelos Assistentes Técnicos, com eventual retirada dos autos pelo primeiro, deve este
aproveitar a oportunidade para manter contato com aqueles, planejando em conjunto o trabalho e de
modo especial combinando a utilização dos autos e a próxima diligência. Não tendo sido fixada pelo Juiz
diligência em cartório, deve o Perito Judicial, após a retirada dos autos, entrar em contato com os
Assistentes Técnicos, facultando-lhes o acesso aos autos em seu escritório ou em outro local que
combinarem e deve ele fixar sempre que possível, de comum acordo com os Assistentes Técnicos, dias,
hora e local para o início efetivo das diligências, comunicando-lhe tais dados com a necessária
antecedência.
11 - O Perito Judicial e os Assistentes Técnicos, para o desempenho da sua função devem utilizar-se de
todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que
estejam em poder da parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas,
desenhos e fotografias e outras quaisquer peças. Para melhor evidenciar o seu trabalho, devem elaborar
papéis de trabalho com os elementos obtidos, conservando-os no mínimo pelo prazo de 3 anos
contados da data da apresentação do laudo respectivo, salvo se o processo se encerrar antes desse
prazo, quando ficará a seu critério conservar ou não por aquele prazo ou por mais tempo todos os
papéis de trabalho ou apenas os que considerar indispensáveis.
13 - A recusa da exibição ou qualquer dificuldade oposta ao bom andamento do trabalho pericial devem
ser anotados, quando viável a comprovação, e, sempre que necessário, comunicadas ao Juiz, mediante
petição.
14 - O trabalho pericial deve ser planejado e organizado, convindo que o Perito Judicial e os Assistentes
Técnicos mantenham controle do tempo despendido, registrando as horas trabalhadas, locais e datas
das diligências, nomes das pessoas que os atenderam, documentos examinados, dados e
particularidades de interesse para a perícia, rubricando eventualmente, e quando julgar necessário, os
documentos examinados.
15 - Admite-se assessoramento no trabalho pericial, desde que sob controle, revisão e responsabilidade
do Perito Judicial ou dos Assistentes Técnicos, sendo indispensável sua participação em diligências e na
preparação das respostas aos quesitos.
16 - O Perito Judicial e os Assistentes Técnicos inserem no seu laudo os fatos e atos examinados e
estudados, não fundados em simples suposições ou probabilidades, devendo apresentar suas
conclusões com toda a objetividade, mantendo sempre isenção e imparcialidade.
18 - O laudo pericial é uma peça que se insere nos autos destinada à prova de fato que dependa de
conhecimento técnico ou científico.
19 - O Perito Judicial e os Assistentes Técnicos devem adotar os melhores critérios para expressar sua
opinião de forma clara e categórica, em linguagem adequada, tendo presente que tais características e o
estilo na confecção do Iaudo definem e denunciam seu autor.
22 - O Perito Judicial e os Assistentes Técnicos devem revisar o laudo antes de subscrevê-lo, rubricando
todas as folhas e anexos e, após a data e assinatura, indicar sua qualidade de "Membro da Associação
dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo", sempre que no efetivo gozo dessa qualidade.
23 - O encaminhamento do laudo ao Juiz deve ser feito através da petição solicitando a juntada do
mesmo aos autos do processo, atendidos os prazos determinados.
24 - O Perito Judicial e os Assistentes Técnicos devem evitar qualquer interferência que possa
constrangê-los no seu trabalho, não admitindo, em nenhuma hipótese, subordinar sua apreciação a
qualquer fato ou situação que possa comprometer sua independência intelectual e profissional .
25 - Após a entrega do laudo, deve o Perito Judicial requerer o arbitramento de sua remuneração,
fundamentando-os, através de petição ao Juiz em que indicará o tempo despendido, quilometragem
percorrida, se for o caso, volume e complexidade, justificando, assim o valor pretendido. O Perito
Judicial deve receber seus honorários exclusivamente em Juízo, sendo-lhe vedado auferir honorários
diretamente das partes, quaisquer que sejam e a qualquer título.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - O artigo 145 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, passa a
vigorar acrescido de 3 (três) parágrafos. com a seguinte redação.
Art. 145
§ 1º - Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscrito
no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo VI, Seção VII. deste Código.
§ 2º - Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante
certidão do órgão profissional em que estiverem escrito.
§ 3º - Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos
dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.
O Presidente da República
Art. 4º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados de
sua publicação.
JOSÉ SARNE Y
Presidente da República
Almir Pazzianotto
25
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
RESOLVE:
Dispõe sobre o uso obrigatório do título profissional e número da Carteira do CREA nos documentos de
caráter técnico e técnico-científico.
RESOLVE:
RESOLVE:
Dispõe quanto ao exercício por profissional de Nível Superior das atividades de Engenharia de
Avaliações e Perícias de Engenharia.
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, em sua Sessão Ordinária nº 1221,
realizada em 27 de julho de 1.990, usando das atribuições que lhe confere o Art. 27, letra “f”, da Lei nº
5.194, de 24 DEZ 1.966.
CONSIDERANDO que as perícias e avaliações de bens móveis e imóveis, suas partes integrantes e
pertences, máquinas e instalações industriais, obras, serviços, bens e direitos, é matéria essencialmente
técnica que exige qualificação específica;
26
CONSIDERANDO que as perícias e avaliações desses bens é função do diplomado em Engenharia,
Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, dentro das respectivas atribuições fixadas
no Art. 7º, alínea “e”, da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, e discriminadas pela Resolução nº 218, de 29
JUN 1.973;
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 7.270, de 10 NOV 1.984;
CONSIDERANDO, nada obstante, as dúvidas que ainda surgem por parte de órgãos e entidades na
aplicação de normas que exigem laudos de avaliação e perícia para determinados efeitos legais, tais
como Lei nº 6.404/76m de 15 de DEZ 1.976, Lei nº 24.150/34 e Lei nº 6.649/79;
CONSIDERANDO, Finalmente, o disposto nas Leis no 8.020 e 8.031, ambas de 12 ABR 1.990,
RESOLVE:
Art. 2º - Compreende-se como a atribuição privativa dos Engenheiros em suas diversas especialidades,
dos Arquitetos, dos Engenheiros Agrônomos, dos Geólogos, dos Geógrafos e dos Meteorologistas, as
vistorias, periciais, avaliações e arbitramentos relativos a bens móveis e imóveis, suas partes integrantes
e pertences, máquinas e instalações industriais, obras e serviços de utilidade pública, recursos naturais
e bens e direitos que, de qualquer forma, para a sua existência ou utilização, sejam atribuições destas
profissões.
Art. 3º - Serão nulas de pleno direito as perícias e avaliações e demais procedimentos indicados no Art.
2º, quando efetivados por pessoas físicas ou jurídicas não registradas nos CREAs.
Art. 4º - Os trabalho técnicos indicados no artigo anterior, para sua plena validade deverão ser objeto de
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) exigida pela Lei nº 6.496, de 07 DEZ 1.977.
§ único - As Anotações de Responsabilidade Técnica dos trabalhos profissionais de que trata a
presente Resolução serão efetivadas nos CREAs em cuja jurisdição seja efetuado o serviço.
RESOLVE:
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhe conferem a
Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de
1.958 e,
CONSIDERANDO que o trabalho é um meio de prover a subsistência e a dignidade humana, não deve
gerar mal-estar, doenças e mortes;
CONSIDERANDO que a saúde e a capacidade de trabalho são direitos sociais essenciais, isto é,
inalienáveis, indivisíveis e de interesse comum;
RESOLVE:
Art. 1º - Todo médico, independentemente da especialidade ou do vínculo com seu empregador, seja ele
estatal ou privado, é responsável pela promoção, prevenção e recuperação da saúde coletiva e
individual.
Art 2º - Todo médico, ao atender seu paciente, deve avaliar a possibilidade de que a causalidade de
determinada doença, alteração clínica ou laboratorial, possa estar relacionada ao trabalho, investigando-
a clinicamente, laboratorialmente e, caso necessário, verificando o ambiente de trabalho.
Art. 3º - Aos médicos que atendem o trabalhador, independentemente de sua especialidade ou local e
que atuem, cabe:
a) Tratar o trabalhador, elaborar seu prontuário médico e fazer todos os encaminhamentos devidos.
b) Fornecer atestados de pareceres para os afastamentos do trabalho sempre que necessário,
considerando que o afastamento para repouso, para acesso a terapias ou para afastar-se de
determinados agentes agressivos é parte do tratamento.
c) Fornecer laudos, pareceres e relatórios de exame médico e dar encaminhamentos, sempre que
necessário, para benefício do paciente e dentro dos preceitos éticos, quanto aos dados de
28
diagnóstico, prognóstico e tempo previsto de tratamento. Quando requerido pelo paciente,
deve o médico por à sua disposição tudo o que se refira ao seu atendimento (cópia dos exames
e prontuário médico).
Art. 4º - Para o estabelecimento do nexo de causalidade com os transtornos de saúde, além do exame
clínico (físico e mental) e os exames complementares, quando necessários, deve o médico considerar:
ARTIGO 5º- Aos médicos que trabalham em empresas, independentemente de sua especialidade cabe:
Art. 7º - Caberá aos médicos do trabalho (como tal reconhecidos por Lei), especialmente aqueles que
atuem na empresa como contratados, assessores ou consultores em saúde do trabalhador:
a) A co-responsabilidade com os outros médico que atuem na empresa e que estejam sob sua
supervisão, por todos os procedimentos que envolvam a saúde do trabalhador, especialmente
com relação à ação coletiva de promoção e proteção à sua saúde.
b) A responsabilidade solidária com o empregador, no caso de agravos à saúde desses
trabalhadores.
Art. 9º - Perito-Médico Judicial é aquele designado pela autoridade judicial ou policial, assistindo-a
naquilo que a Lei determina.
Art. 11º - Em ações judiciais, o prontuário médico, exames complementares ou outros documentos, só
podem ser liberados por autorização expressa do próprio assistido.
Art. 13º - Deve o perito-médico judicial, fornecer cópia de todos os documentos disponíveis para que os
assistentes técnicos elaborarem seus pareceres. Em caso da necessidade do perito-médico judicial
vistoriar a empresa (tanto os locais de trabalho como os documentos sob sua guarda), ele deverá
informar oficialmente o fato, com a devida antecedência, aos assistentes-técnicos das partes (ano, mês,
dia e hora dessa perícia).
Art. 14º - O médico de empresa, o médico responsável por qualquer Programa de Controle de Saúde
Ocupacional de Empresa e o médico participante do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do
Trabalho, não podem ser peritos judiciais, securitários ou previdenciários, ou assistentes técnicos da
empresa, em casos que envolvam a firma contratante e/ou seus assistidos (atuais ou passados).
Art. 15º - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
Principais artigos do CPC (Lei nº 5.869/73), atualizado pelas Leis nº 5.925/73; nº 7.019/82 e nº
8.455/92, que disciplinam a perícia.
Remuneração
Art. 33 – Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado: a do perito será
paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou
determinado pelo juiz.
Impedimento ou suspensão
Art. 138 – Aplicam-se também os motivos de impedimentos (art. 134) e suspeição (art. 135):
I – (...); II – (...); III – ao perito; VI (...).
§ 1º – a parte interessada deverá argüir (examinar questionando, interrogando) o impedimento
ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidades em que
lhe couber falar nos autos: o juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da
causa, ouvido o argüido no prazo de cinco dias, facultando a prova quando necessária e julgando o
pedido.
30
(Art 134 – É defeso (proibido) ao (...) exercer as funções no processo contencioso ou voluntário:
I – de que for parte;
II – em que interveio como mandatário da parte, (...), funcionou como órgão do ministério
público, ou prestou depoimento como testemunha;
III – omissis (omisso-não existe, não mencionado);
IV – quando neles estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer
parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral, até o segundo grau;
V – quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de qualquer das partes, em linha reta ou,
na colateral, até o terceiro grau.)
(Art 135 – Reputa-se fundada suspeição de parcialidade do (...), quando:
I – amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II – alguma das partes for credora ou devedora do (...), de seu cônjuge ou de parente destes, em
linha reta ou colateral até o terceiro grau;
III – herdeiro presuntivo (pressuposto, que se espera que seja pelo parentesco), donatário (que
recebeu doação) ou empregador de alguma das partes;
IV – receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar algumas das partes
acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio;
V – interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Perito
Art. 145 – Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido
por preito, segundo o disposto no art. 421.
Limites da Competência
Art. 200 – Os atos processuais são cumprido por ordem judicial ou requisitados por carta, conforme
hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca.
Tipos de Cartas
Art. 201 – Expedir-se-á carta de ordem se o juiz subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta
rogatória (solicitação feita por um juiz de um país para outro), quando dirigida à autoridade judicial
estrangeira; e carta precatória (em que se pede algo, pedido) nos demais casos.
Procedimentos de impugnação
Art. 261 – O réu poderá impugnar, no prazo da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor. A
impugnação será autuada em apenso (junto, anexo, acréscimo), ouvindo-se o autor no prazo de cinco
dias. Em seguida o juiz, sem suspender o processo, servindo-se, quando necessário, de auxílio do
perito, determinará no prazo de dez dias o valor da causa.
31
Despacho Saneado / Instrução
Art. 331 – Se não se verificar nenhuma das hipóteses previstas nas seções precedentes (extinção do
processo ou julgamento antecipado da lide), o juiz, ao declarar saneado o processo:
I – decidirá sobre a realização de exame pericial, nomeando perito e facultando às partes a
indicação dos respectivos assistentes técnicos;
II – designar a audiência de instrução e julgamento, deferindo as provas que nela hão de
produzir-se.
Instrumento Público
Art. 366 – Quando a lei exigir, como da substância do ato, o instrumento público ou conferidas em
cartório, com os respectivos originais.
Livros Comerciais / Prova Contra seu Autor / Ilisão (contestação, improcedência, refutação) da
Prova
Art. 378 – Os livros comerciais provam contra seu ator. É lícito ao comerciante, todavia, demonstrar, por
todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos.
Falsidade Documental
Art. 387 – Cessa a fé do documento público ou particular, sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.
§ único – a falsidade consiste:
I – em formar documento não verdadeiro;
II – em alterar documento verdadeiro.
Prova Pericial
Art. 420 – A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§ único – O juiz indeferirá a perícia quando:
I – a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico;
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III – a verificação for impraticável.
(Art. 130 – Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à
instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.)
(Art. 334 – Não dependem de prova os fatos:
I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos, no processo, como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.)
§ 2º - quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir na inquirição pelo juiz do
perito e dos assistentes, por ocasião da audiência de instrução e julgamento a respeito das coisas que
houverem informalmente examinado ou avaliado.
Compromisso
Art. 422 – O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente do
termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da parte, não sujeitos a impedimentos
ou suspeição.
Punição / Multa
Art. 424 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
......
§ único – no caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional
respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível
prejuízo decorrente do atraso no processo.
Prazo da Perícia
Art. 427 – O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação,
apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar
suficientes.
Prazo / Prorrogação
Art. 432 – Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz
poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação, segundo o seu prudente arbítrio.
§ único – os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de (10) dias após
a apresentação do laudo, independentemente de intimação.
Pedido de Esclarecimentos
Art. 435 – A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico, requererá ao juiz que
mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos.
§ único – o perito e o assistente técnico só estarão obrigados a prestar esclarecimentos a que
se refere este artigo quando intimados (5) dias antes da audiência.
Convencimento do Juiz
Art. 436 – O juiz não está adstrito (ligado, unido, obrigado, forçado) ao laudo pericial, podendo formar a
sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos.
Nova Perícia
Art. 437 – O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, realização de nova perícia,
quando o material não lhe parecer suficientemente esclarecedor.
Inspeção Judicial
Art. 440 – O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar
pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre o fato, que interesse à decisão da causa.
Na Audiência
Art. 443 – Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo
quanto for útil ao julgamento da causa.
§ único – o auto poderá ser instruído com desenho gráfico ou fotografia.
Instrução e Julgamento
Art. 450 – No dia e hora designada, o juiz declarará aberta audiência, mandando apregoar as partes e
seus respectivos advogados.
Art. 451 – Ao iniciar a instrução, o juiz, ouvidas as partes, fixará pontos controvertidos sobre que incidir a
prova.
Perito / Avaliador
Art. 680 – Não sendo embargada a execução, ou sendo rejeitados os embargos, recebidos com efeito
suspensivo, o juiz nomeará um perito para estimar os bens penhorados, se não houver, na comarca
avaliador oficial.
Laudo de Avaliação
Art. 681 – O laudo do avaliador, que será apresentado em dez (10) dias conterá:
I – a descrição dos bens, com os seus característicos, e a indicação do estado em que se
encontram;
II – o valor dos bens.
§ único – quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, o perito; tendo em conta o crédito
reclamado, o avaliará em suas partes, sugerindo os possíveis desmembramentos.
Repetição da Avaliação
Art. 683 – Não se repetirá a avaliação salvo quando:
I – se provar erro ou dolo do avaliador;
II – se verificar, posteriormente à avaliação, que houve diminuição do valor dos bens.
QUESITOS
QUESTIONÁRIO BÁSICO
Podemos entender como questionário básico, formulado tanto pelo magistrado, como pelas
partes, antes do início das diligências, ou seja; antes do desenvolvimento da produção da prova pericial
contábil e entrega da peça técnica.
Conceito
São perguntas de natureza técnica ou científica a serem respondias pelo perito contábil.
As resposta devem ser sempre dadas de forma correta e completa, não permitindo o
entendimento dúbio; da mesma forma temos que ter cuidado com as indagações, que permitem mais de
uma interpretação técnica (respostas apenas SIM e NÃO; não são permitidas).
Categorias
Como o magistrado e as partes formulam quesitos, pode ocorrer de termos quesitos que
envolvam as mesmas questões técnicas, sendo desnecessário repetir a mesma resposta duas vezes.
Ex: RESPOSTA: O presente quesito aborda o mesmo conteúdo do quesito nº __, da série da
Autora, por isso, a Perícia pede vênia para se reportar à resposta oferecida àquele quesito.
Não devem ser oferecidas respostas longas, sob pena do leitor se perder na leitura.
Ex: RESPOSTA: Prejudicada a resposta ao presente quesito, pois o mesmo foi indeferido pelo
MM. Juízo, conforme despacho de fls.__.
QUESTIONÁRIO COMPLEMENTAR
Neste momento, é de suma importância a presença do assistente técnico, que ao constatar tais
fatos, deve solicitar ao advogado que o indicou a formulação de quesitos suplementares; para trazer aos
autos a nova realidade fática, que observou antes do encerramento dos trabalhos periciais e entregado
laudo.
PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS
Após o encerramento das diligências e a entrega do laudo contábil, poderão surgir eventuais
dúvidas ou aspectos do laudo que venham a sofrer críticas, tanto das partes como do magistrado. O
eventual pedido de esclarecimento é disciplinado pelo art. 435 do CPC, e fica adstrito ao conteúdo do
laudo contábil oferecido.
O perito ao elaborar seu laudo deve usar a linguagem técnico-contábil, sem entretanto abusar
dela; ao pretender ser entendido pelos seus leitores, deve buscar o uso de palavras que sem perderem o
significado contábil, sejam inteligíveis a eles; no caso o magistrado e os advogados das partes.
Estes não têm a obrigação funcional de dominar o significado das palavras técnico-contábil e,
sim a necessidades de entender o conteúdo da prova técnica produzida pelo perito. Logo, deve o perito
produzir um texto límpido, claro, preciso e sempre que possível, utilizar linguagem de senso comum e,
em sua impossibilidade, argumentar com termos técnicos, definindo-os cientificamente no próprio corpo
do texto ou em apartado.
Não deverão ser usadas palavras de sentido dúbio ou impreciso, nem palavras que possam ser
interpretadas maliciosa ou maldosamente pelos receptores; caso contrário, estará abrindo flanco para as
críticas ou comentários destrutivos do trabalho oferecido.
40
Também não devem ser usadas do tipo: “acho”, “talvez”, inadmissíveis convicções pessoais
e dúvidas. Lembrando sempre, que o perito, no desenvolvimento do texto, não crê ;;;;;; relata
simplesmente o que viu, constatou, o que concluiu tecnicamente.
Exma. Sra. Dra. Juíza Presidente da MM.___ª Vara do Trabalho de São Paulo/Capital.
Processo nº 1.217/93
Reclamante:
Reclamada:
Esclarecimentos
Resposta:
Resposta:
Resposta:
Resposta:
Vênia concessa, a perícia operou dentro dos limites da lide e esta pretende ver o
autor enquadrado na faixa “i” no novo Plano de Cargos e Salários da Ré. Embora
concluindo a perícia pela não correspondência direta entre a faixa “I” de um e de
outro plano, reenquadrando-se os Conferentes no novo plano na faixa “d”, tendo
em vista que o incentivo continua a existir, ressalvou a perícia que existem
prejuízos potenciais se os futuros aposentados vierem a serem enquadrados na
última faixa do plano atual, pois que haveriam inativos que exercerem a
mesma função enquadrados em faixas diferentes.
42
Nada mais havendo a considerar, encerramos os presentes esclarecimentos,
constituídos de 4 (quatro) páginas, impressas somente no anverso, ao final assinado, colocando-nos à
disposição para eventuais outros esclarecimentos que se fizerem necessários.
Exmo. Sr. Dr. Juiz Presidente da MM.___ª Vara do Trabalho de São Paulo/Capital.
Processo nº 2.572/90
Reclamante:
Reclamada:
Esclarecimentos
c) Salvo melhor juízo, o parecer técnico é no sentido de que não cabe razão ao
autor em tal aspecto de sua manifestação, pois, à perícia é vedado inovar ou
modificar a res judicata a ser tornada líquida e, no caso presente, a questão
já está definida, ao nosso ver, à fl. 83, terceiro parágrafo, verbis: “A
reclamada é confessa quanto ao horário e as testemunhas ouvidas
corroboraram o trabalho aos domingos (1 por mês). Defere-se pois no
período imprescrito 1 dsr mensal em dobro. Os valores serão igualmente
apurados em liquidação, observando-se a evolução salarial do reclamante”
(sublinei).
Não há, assim, ao nosso ver, modificações a serem efetuadas neste aspecto.
Tendo em vista a necessidade de alterarem-se os valores apontados no Laudo Pericial em função dos
ora substituídos pelos inclusos anexos de recálculo dos item A e B da impugnação analisada,
apresentamos, a seguir, novo resumo da apuração, como paire complementar e integrante do Laudo
Pericial Contábil:
Exma. Dra. Juíza Presidente da MM. ___ª Vara do Trabalho de São Paulo/Capital.
Processo nº 501/93
Reclamante:
Reclamada:
Esclarecimentos
A matéria periciada é técnica e, deste ponto de vista, foi tratada por este profissional. A
perícia, no que concerne às questões técnicas levantadas pelo patrono do autor, prestou os
esclarecimentos pertinentes, às fls. 425/437, clarificando, ratificando ou retificando o Laudo Pericial
Contábil apresentado, exarando, com total isenção de ânimo, o parecer técnico pericial - O Laudo, na
terminologia unívoca normativa (NBC.T.13. Res. 858/99-DOU de 29/10/99) - adequado ao caso em
questão, que, apurando e demonstrando tecnicamente as análises e exames levados a efeito pela
perícia, conclui tecnicamente. Não se pode admitir que o autor pretenda ver inconclusividade no laudo
apenas porque este, em alguns aspectos, não concluiu na forma por este desejada e, tampouco, não se
pode acoimar de tendencioso o trabalho técnico, apenas porque a opinião técnica não é idêntica à do
patrono do autor. A argumentação desenvolvida pelo patrono do autor é sempre respeitável, na sua
função de elemento indispensável à administração da justiça, mas, da mesma forma, o técnico que
empresta seus conhecimentos ao aclaramento de questões cuja apreciação depende de conhecimento
técnico ou científico (CPC, art. 145), para o qual, no mínimo, exige-se o grau de bacharelado, também
deve ter seu trabalho respeitado. Neste sentido, não faz sentido as assertivas do autor, pois o trabalho
técnico, por suas próprias análises e conclusões (que constatam prejuízos e lesões ao patrimônio
econômico do autor, ressalte-se), bem demonstra, concretamente, que foi efetuado por profissional
totalmente destituído do animus nocendi que o subscritor da peça jurídica pretende ver, sem apontar,
objetivamente, um único ponto capaz de sustentar suas assertivas de tendenciosidade do laudo.
Lamentavelmente, o autor deixou de lado a questão concreta que, esta sim, interessa à
verdade perseguida nos autos, para a qual concorre, como um dos meios de prova, a perícia contábil,
para se fixar em uma suposta e irreal parcialidade deste profissional. À perícia somente compete cumprir
seu mister, de trazer a verdade tecnicamente constatável aos autos, como subsídio à decisão
porvindoura, privativa da seara do E. Colegiado encarregado de efetuar a entrega da prestação
jurisdicional, embora àquele este não esteja adstrito. Não se opõe, também, este profissional, que se
realize a reunião aventada pelo patrono do autor, se assim V. Exa. entender necessário, ou mesmo, a
realização de nova perícia, que recairá sobre a mesma matéria desta primeira perícia e não a substituirá
(CPC, art. 439, parágrafo único), apreciando o Juízo, livremente, o valor de uma e de outra, não se
anulando, portando, esta perícia já produzida nos autos.
ESTUDO DA PROVA
INTRODUÇÃO/CONCEITOS
Conhecendo os quesitos, o perito e/ou assistente técnico poderão iniciar a segunda etapa de
execução que são as diligências para a obtenção de provas periciais.
Diligência
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Consistem em todos os meios necessários para a obtenção de provas que possam estar fora
dos autos.
Podemos dizer que a prova é o meio pelo qual o espírito humano de apodera da verdade; sua
eficácia será tanto maior, quanto mais clara, mais plena e mais seguramente ela induzir no espírito a
crença de estarmos na posse da verdade; ou seja, quando se investiga a verdade, a prova é requerida
para demonstrá-la.
• Amaral Santos – “ visa, como fim último, a incutir no espírito do julgador a convicção da existência
do fato perturbador do direito a ser restaurado “.
____, “ é a soma dos fatos produtores da convicção, apurados no processo “.
Prova: do latim prova, de probare (demonstrar, reconhecer, formar juízo de), entende-se, assim, no
sentido jurídico, a demonstração que se faz, pelos meios legais, da existência ou veracidade daquilo que
se alega como fundamento do direito que se defende ou se contesta. A prova pode fundar-se na
afirmação ou na negação de fatos, sobre que se pretende tenha nascido ou originado o direito; logo, a
prova, constitui matéria processual, a própria alma do processo ou a luz, que vem esclarecer a dúvida a
respeito dos direitos disputados.
Deve-se procurar ter extremo cuidado ao apresentar provas, pois podemos ser levados a
apresentar provas falsas, por qualquer ilusão, qualquer indício mal investigado, tornando a prova
imperfeita; o que poderá um juiz em sua sentença, em vez de decretar a verdade, poderá decretar o
erro, por conseguinte, condenar o inocente, em vez do culpado; lançar desconfiança em todos os
espíritos e destruir, mesmo em seu princípio, o respeito à LEI, essa base sagrada da ORDEM PÚBLICA.
(sensações, percepções, imagens, idéias, juízos------- devidamente demonstrado, levando à prova
irrefutável)
Existem fatos relacionados com a lide que independem de prova, conforme art. 334 do CPC, são
os chamados fatos:
- notórios;
- afirmados por uma parte e dados por verdadeiros pela outra;
- os admitidos no processo como incontroversos;
- em cujo favor milita presunção legal da existência ou da veracidade.
Milhomens – “ se o fato que se quer provar está protegido por presunção legal, absoluta ou
relativa, dispensa-se da prova a parte beneficiada pelo expediente da lei “.
Definindo mais assim dizer, algumas palavras unidas umbilicalmente, ao estudo da prova:
Dúvida: formado de duvidar (do latim dubitare, hesitar, vacilar ou pôr em dúvida) exprime, na
terminologia jurídica, a incerteza em que se está a respeito da verdade; a respeito de um fato ou coisa;
logo a dúvida tem como característica em não se saber o certo sobre a verdade, a respeito de um fato ou
de uma coisa em debate; pelo que se faz mister um esclarecimento para a formação da certeza; vindo
então a desfazer a vacilação decorrente da incerteza: as provas e presunções.
Indício: do latim indicium (rastro, sinal, vestígio), na técnica jurídica, em sentido equivalente a
presunção, quer significar o fato ou série de fatos, pelos quais se pode chegar ao conhecimento de
outros, em que se funda o esclarecimento da verdade ou do que se deseja saber. Indícios são
circunstâncias que se mostram e se acumulam para a comprovação do fato, assim tido como verdadeiro.
Presunção: do latim praesumptio (conjectura, idéia antecipada), na terminologia jurídica usa-se para
exprimir a dedução, a conclusão ou conseqüência, que se tira de um fato conhecido, para se admitir
48
como certa, verdadeira e provada a existência de fato desconhecido ou duvidoso. A presunção, pois,
faz a prova e dá a certeza do que não estava mostrado nem se via como certo, pela ilação (conclusão,
dedução) tirada de outro fato que é certo, verdadeiro e já se mostra, portanto suficientemente provado.
As presunções podem ser estabelecidas por lei, determinadas pelos fatos ou estabelecidas pelo homem.
Certeza: na terminologia jurídica, aplica-se para significar a convicção que se tem em relação ao fato ou
idéia, inconfundível em quanto à qualidade da coisa; revelando a própria convicção ou convencimento do
juiz; mostrando o definitivo, o inalterável, o inconfundível.
Verdade: exprime o que é real, autêntico, legítimo, fiel, exato; opondo-se assim, ao sentido de
inexistente, falso, ilegítimo, infiel, ...
“ À meia noite, uma homem embuçado em longa capa, triembebeu o punhal homicida no peito
da vítima, à qual espreitara como um caçador. Fugiu criminoso, mas não sem que vários honrados
vizinhos, que os gemidos da vítima despertaram e atraíram às janelas e vissem a direção que tomara.
Chega o juiz ao local do fato. Ao lado do cadáver jaz ainda o punhal ensangüentando, que o homicida
abandonou na sua fuga. Entre suas crispadas mãos, a vítima conservara um botão com um pedaço de
tecido que arrancou da capa do assassino. O juiz recolhe estes dados preciosos para a descoberta do
criminoso. Logo recaem suspeitas em determinada pessoa, Pacífico. Pacífico teve uma acalorada
discussão com a vítima Guerreiro, alguns dias antes. Várias testemunhas afirmaram que Pacífico jurou
matar Guerreiro. Eis aqui o primeiro indício. Outros afirmaram que o assassino correu na direção da rua
em que se encontrava a casa de Pacífico. Alguns disseram que, à meia-noite, isto é, à hora em que
cometeu o crime, viram um homem saltar precipitadamente o muro do jardim da casa de pacífico. O juiz
encaminha contra Pacífico o processo. Há já bastantes indícios para crê-se que ele tenha cometido o
assassinato. Ao tomar-se-lhe declarações, se lhe exibe o punhal e ele, mudo de espanto, transfigurada a
fisionomia, visivelmente agitado e tremente, como se o peso do crime o oprimisse, nega que a arma seja
de sua propriedade. Isso não obstante, confirma-se mais tarde, por outros meios, que efetivamente o
punhal encontrado junto à vítima era de Pacífico. Revistada a habitação do acusado, se encontra nela a
capa com manchas recentes de sangue e n qual falta um botão e um pedaço de tecido que afinal, se
verifica ser o mesmo que a vítima tinha entre as mãos. Descobre-se, ainda, na face e nas mãos de
Pacífico alguns arranhões e ligeiras contusões. Pacífico apesar de tudo mantêm-se negativo,
protestando inocência. Havendo sido vãs todas as tentativas para obter-se-lhe a confissão e não
existindo quaisquer outras provas mais, sobe a causa ao plenário. Eis os indícios que demonstram a
criminalidade de Pacífico:
“ Eis aqui concurso de indícios dos mais completos que se possam apresentar e que, não
obstante, raro se apresentam.
“ Qualquer que soubesse que na mesma casa de Pacífico vivia um homem, Cândido, criado
daquele e que votava a Guerreiro uma inimizade muito mais profunda e irreconciliável, uma dessas
inimizades geradoras de inextinguível sede de sangue e mortal desejo de vingança, tanto mais
profundas e invencíveis quanto mais silenciadas. A mulher de Cândido, e, tão somente ela, possuía o
segredo do misterioso fato. Cândido deitou-se, naquela noite, e, logo que viu sua esposa adormecida,
levantou-se cautelosamente, foi buscar o punhal de Pacífico, onde este o guardava e embuçou-se na
sua capa, tudo, sem dúvida com o perverso propósito de afastar de si toda suspeita. Saiu de casa ser
advertido e voltou a ela do mesmo modo, depois de satisfeita a bárbara vingança. Logo depois
descansava ao lado da esposa, que ainda dormia o primeiro sono.
- Digam agora que, de acordo com o curso natural e ordinário das coisas, não
podia ser outro, que não Pacífico, o autor da morte de Guerreiro ? “.
Milhomens – “ para demonstrar a incidência da forma jurídica é mister provar a existência do fato da vida
a que se ajusta a norma ou princípio do direito “.
Isto significa ser crucial provar-se, em primeiro plano, os fatos técnicos científicos; em nosso
caso, os fatos contábeis. Assim, adquirida a certeza jurídica sobre os fatos da causa, pode o magistrado
aplicar a lei correspondente, usando da convicção que é adquirida com base nas provas produzidas nos
autos.
ÔNUS DA PROVA
Fatos constitutivos: “ se entendem os que têm eficácia jurídica de dar vida, de fazer
nascer, de constitui a relação jurídica...”;
Fatos extintivos: “ os que têm a eficácia de fazer cessar a relação jurídica “;
Fatos impeditivos: “ todas aquelas circunstâncias que impedem, decorra de fato o efeito
que lhe é normal, ou próprio, e que constitui a sua razão de ser “;
Fatos modificativos: “ os que, sem excluir ou impedir a relação jurídica, à qual são
posteriores, têm a eficácia de modificá-la “.
Exemplo:
Determinado comerciante propõe ação contra um de seus devedores que não honrou o
pagamento de uma duplicata de venda mercantil. Sabe-se que uma transação de venda mercantil
provoca a emissão de nota fiscal e respectiva duplicata, gerando alguns lançamentos contábeis nos
livros mercantis e fiscais das partes:
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• no vendedor, lançamentos nas contas: a) pela venda: duplicatas a receber e receitas; b) pela
saída das mercadorias: custo das vendas e estoques; e, c) registro da venda no livro registro de
saídas;
• no comprador, lançamentos nas contas: a) pela compra: estoques, impostos e duplicatas a pagar;
e b) escrituração da compra no livro registro de entradas.
A entrada da mercadoria pode ser efetuada por transportadora, ou através de frota própria do
comerciante, ainda ser retirada pelo comprador. No primeiro caso, temos ainda duas possibilidades: frete
pago ou a pagar. Independentemente do meio de entrega, o vendedor deve exigir do comprador recibo
de entrega do produto, mediante assinatura do denominado canhoto da nota fiscal.
A duplicata mercantil poderá ser colocada em cobrança bancária e protestada por falta de
pagamento. Pode ter sido um transação cuja origem tenha sido um pedido remetido pelo comprador ao
vendedor; pode ter sido um pedido emitido por vendedor pertencente ao quadro de vendedores ou de
representante comercial do vendedor; ou então, ter origem em pedido extraído internamente, provocado
por telefonema do comprador.
A matéria fática disponível, de fonte própria, em favor do direito relacionado pelo comerciante; ou
seja, os fatos constitutivos são: a) a duplicata e o respectivo instrumento de protesto; b) o canhoto
da nota fiscal devidamente assinado pelo comprador e, se for o caso, a cópia do conhecimento de
transporte; c) os registros contábeis e fiscais relativos à venda realizada, lançados em seus livros; d) o
pedido recebido pelo comprador, ou aquele extraído pelo vendedor ou representante comercial,
devidamente assinado por aquele. O autor tem, portanto, condições de oferecer e provar em juízo os
fatos constitutivos de seu direito. Como é óbvio, se realizar a operação mercantil, sem a devida
emissão documental, fica impossibilitado de produzir provas desse fato.
Na hipótese de vir a surgir controvérsia, poderá, através da prova pericial contábil, socorrer-se
de seus registros contábeis e fiscais, requerendo, também, exame naqueles do devedor, robustecendo
seu direito.
A polêmica surge quando da contestação. Amaral Santos apreciando o art. 333 do CPC,
distinguiu duas modalidades de contestação: 1ª - o réu só nega os fatos constitutivos articulados pelo
autor como também alega fatos que extinguem ou impedem aqueles; 2ª - o réu reconhece os fatos
constitutivos, mas alega que extinguem. Impedem ou modificam a relação jurídica.
Seguindo o exemplo, o devedor contesta negando que tenha qualquer obrigação pecuniária para
com o comerciante vendedor, relativa à duplicata objeto da causa, sob o argumento que nunca realizou
negócios com aquele comerciante. Neste caso, compete ao comerciante vendedor provar que o título
(duplicata) é possuidor de liquidez e certeza; ou seja, que se trata de operação mercantil legítima.
Não possível pretender-se ou exigir do devedor a prova negativa. O devedor não teria condições
de oferecer material fático, de modo a provar a devolução da mercadoria, mediante cópia da nota fiscal
de devolução com o respectivo canhoto devidamente assinado pelo credor.
Poderá o devedor articular que devolveu parte da mercadoria ou que realizou o pagamento
parcial do título. Neste caso, deverá provar os fatos modificativos do crédito original, através do
comprovante de pagamento ou da devolução parcial da mercadoria e respectivos registros contábeis e
fiscais.
MEIOS DE PROVA
CPC – art. 332 – “ todos os meios legais, bem como os normalmente legítimos, ainda que não
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a
defesa “.
CC – art. 136 – quanto aos meios de prova, dispõe: “ os atos jurídicos, a que se impõe forma
especial, poderão provar-se mediante:
51
I – confissão;
II – atos processados em juízo;
III – documentos públicos e particulares;
IV – testemunhas;
V – presunções;
VI – exames e vistorias;
VII – arbitramento “.
As provas produzidas com a interveniência do perito, são classificadas pelo CPC, como prova
pericial, dividida em quatro modalidades:
a) – exame: envolve a inspeção de pessoas ou coisas com o objetivo de se verificar
determinados fatos relacionados com o objeto da lide;
b) – vistoria: trabalho desenvolvido pelo perito para constatar in loco o estado ou a situação de
determinada coisa, geralmente imóveis;
c) – arbitramento: consiste na fixação de valor, determinado pelo perito para coisas, direitos ou
obrigações. (é a estimação do valor em moeda)
d) – avaliação: também tem ppr finalidade a fixação de valor, recebendo essa denominação
quando do inventário, partilhas ou processos administrativos e nas execuções para
estimação do valor da coisa a partilhar, ou penhorada.
52
LAUDO PERICIAL
CONCEITO
Moacyr Amaral Santos – “ consiste na fiel exposição das operações e ocorrências da diligência, com o
parecer fundamentado sobre a matéria que lhes foi submetida “.
Sobre o qual as partes irão oferecer seus comentários, aceitando-o ou criticando-o; enquanto
prova técnica, servirá, não exclusivamente, para suprir as insuficiências do magistrado no que se refere
a conhecimentos técnicos ou científicos, propiciando a certeza jurídica quanto à matéria fática (relativa a
fato jurídico).
ORGANIZAÇÃO / CONTEÚDO
Deve ser lavrado na forma escrita, assinado, rubricado em todas as folhas (evitando a
substituição de parte). Ser completo, claro, circunscrito ao objeto da perícia e fundamentado (expor
claramente as circunstâncias de sua elaboração, expôr ao usuário as observações e estudos efetuados
à respeito da matéria e principalmente os fundamentados e conclusões).
Deve-se desenvolver o conteúdo de forma lógica e tecnicamente correta, inteligível para seus
leitores, com qualidades técnicas impecáveis que permitam entender-se os contornos do processo, os
fatos controvertidos que ensejaram o próprio pedido da prova técnica, bem assim a certificação positiva
ou negativa desses fatos.
Sub-partes
1) abertura;
2) considerações iniciais a respeito de circunstâncias de determinação judicial ou consulta, bem
como os exames preliminares da perícia contábil;
53
3) determinação e descrição do objeto e dos objetivos da perícia;
4) informação da necessidade ou não de diligências e, quando houver, a descrição dos atos e
acontecimentos dos trabalhos de campo;
5) exposição dos critérios e métodos empregados no trabalho;
6) considerações finais onde conste a síntese conclusiva do perito a respeito da matéria analisada;
7) transcrição e resposta aos quesitos formulados;
8) encerramento do laudo (ou parágrafo final), com identificação e assinatura do profissional; e,
9) quando houver, a juntada seqüencial, dos Anexos, documentos ou outras peças abojadas ao
laudo e ilustrativas deste.
Abertura
- indicação de a quem a perícia é dirigida;
- indicação de em qual procedimento ordenatório (inquérito, processo, etc)
identificando numeração se houver, as partes envolvidas no litígio ou setor sobre
o qual a perícia se manifestará (Ação Ordinária – Processo nº, autora, réu);
- parágrafo introdutório que se constitui numa declaração formal, constando nome,
qualificação (contador), nº do CRC, sua condição de perito no caso, declaração
de observância da legislação processual aplicável e das NBP e do perito
contábil, e a declaração da espécie do laudo que está apresentando.
Considerações iniciais
- indicação de quando e por quem foi determinada ou solicitada a perícia;
- referência à adoção das técnicas preliminares relativas ao exame, das peças
abojadas judicialmente ou entregues com a consulta, e a necessidade ou não da
realização de diligências;
Considerações finais
- formalização da sínteses de qual/quais foram as conclusões chegadas;
- opinião técnica do perito a respeito da globalização da matéria tratada;
- sínteses dos itens ou objetos parciais que foram objeto de apuração de valores e
seus respectivos montantes, se for o caso;
- a condição de se destinar o laudo a dar liquidez à decisão ou servindo de
subsídio para a apreciação judicial ou extrajudicial;
- a indicação se há ou não quesitos a serem respondidos;
Quesitos. Respostas
- transcritos e respondidos na ordem em que deram entrada nos autos, ou datas
de formulação;
- transcritos tal qual como formulados (mesmo com erros lingüísticos, evitando
mudar-se o sentido da pergunta);
- pergunta e resposta sempre na mesma página facilitando o entendimento e
leitura do laudo;
- respondidos circunstanciadamente, ou seja, atendendo à essência da questão
formulada;
- respondidos com clareza e detalhe suficiente para ser entendido; não se
admitindo “ sim “ e “ não “;
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Encerramento do laudo:
- exposição formal de estar encerrando o trabalho pericial, de forma simples e
objetiva;
- descrição da constituição física do laudo; como quantidade de páginas, textos,
anexos, etc; indicando se foram rubricadas ou não;
- localidade e data da conclusão;
Anexos:
- identificados, numerados e rubricados pelo perito e sua juntada deve ser
seqüencial e ordenada;
- no final, também numerados e identificados são juntados documentos que
serviram de base considerados indispensáveis à ilustração e bom entendimento
do trabalho técnico.
ESTÉTICA
Como o laudo é uma peça técnica e deve ser de fácil leitura, basta conter um conteúdo correto e
fidedigno; é importante cuidar de sua apresentação, para. Inclusive, valorizar o próprio conteúdo.
O texto deve ser exposto considerando uma margem esquerda de no mínimo 3 cm e 1,5 cm de
margem direita;;;;;; margem superior de no mínimo 5 cm e a inferior de 2,5 cm.
Conforme a espécie da perícia contábil, esta demanda um tipo de Laudo. Basicamente temos:
a) laudo pericial;
b) relatório de vistoria;
c) laudo de louvação:
d) parecer pericial;
e) laudo arbitral.
1 - Considerações preliminares
a. aspectos gerais dos autos;
b. diligências;
c. procedimentos técnicos adotados;
d. responsabilidade profissional;
2 – Quesitos
a. do magistrado;
b. do autor;
c. do réu;
3 – Considerações finais
4 – Encerramento
Anexos
Documentos
55
Laudo de Louvação: quando se procede à avaliação de bens, coisas, direitos, débitos ou créditos
(fixação de valor para coisas, direitos e obrigações); o laudo por se referir ou se utilizar muito de
aplicações de outras áreas especiais do conhecimento (matemática, finanças,atuaria) ou de
especialistas (engenheiros, físicos) e estes
1 - Considerações preliminares
a. aspectos gerais dos autos;
b. diligências;
c. procedimentos técnicos adotados;
d. responsabilidade profissional;
2 – Do arbitramento
a. das premissas adotadas;
b. dos critérios adotados;
c. da demonstração dos cálculos;
d. da fixação dos valores arbitrados;
3 – Encerramento
Anexos
Documentos
1 - Considerações preliminares
a. aspectos gerais dos autos;
b. diligências;
c. responsabilidade profissional;
2 – Da apuração de valores
a. das demonstrações contábeis especiais;
b. dos ajustes contábeis;
c. dos critérios e procedimentos avaliatórios;
d. dos ajustes avaliatórios;
e. do patrimônio líquido avaliado;
f. dos haveres apurados;
3 – Encerramento
Anexos
Documentos
Parecer pericial (do assistente técnico): parecer é uma espécie de laudo à medida que expressando a
opinião de uma profissional sobre determinada matéria, o faz segundo as técnicas e abrangência
periciais; provocado normalmente por quem dele tenha de fazer uso para defesa de seus interesses ou a
título de elucidação de um assunto.
Pode ser:
a- extrajudicial: quando a parte necessita de opinião
fundamentada de um técnico a respeito de determinado
assunto contábil ou necessite dele para a realização de
um negócio;
b- judicial: provocado pela parte para instruir a inicial da
ação a ser proposta ou para servir de razões de
contestar em ações que esteja sofrendo;; ou ainda pode
ser a própria opinião (parecer técnico) do assistente
indicado pela parte para uma perícia judicialmente
determinada.
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Modelo utilizado:
Laudo arbitral: este laudo refoge em parte às características gerais elencadas, pois a conclusão arbitral
é uma decisão sobre a questão proposta; utiliza-se da forma descritiva (relatório), fundamentos e
dispositivo final; é o resultado de um trabalho de um arbitro. Não de trata de uma atividade
tipicamente pericial, mas de instância decisória.
A partir da entrega do laudo, por força da Lei nº 8.455/92, passa a correr o prazo para o
assistente para o assistente técnico oferecer seu parecer sobre o laudo do perito.
A Lei nº 5.584/70, que estabeleceu normas do Processo do Trabalho, em seu art. 3º, § único
dispõe que o prazo do assistente técnico é o mesmo do perito, sob pena de seu trabalho ser
desentranhado dos autos; valendo dizer que na Justiça do Trabalho, o trabalho pericial é de forma
conjunta e harmoniosa entre perito e assistente técnico.
Logo, não pode o perito entregar o laudo, sem antes ter possibilitado ao assistente técnico
preparar seu parecer.
Exma. Sra. Dra. JuÍza Presidente da MM.___ª Vara do Trabalho de São Paulo/Capital.
Processo nº:
Reclamante:
Reclamada:
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LAUDO PERICIAL
CONTÁBIL
Infere-se do exposto que o objeto delimitado da perícia contábil, no caso presente, está
restrito ao integral cumprimento da res judicata a ser tornada líquida, que, por sua vez, está constituída –
tendo em vista a Respeitável Sentença e o Venerando Acórdão – tão-somente por “subsídios à
aposentadoria ordinária, havidas no período não prescrito, tudo conforme fundamentação, a se
apurar em liquidação de sentença”.
Vinculado o decisum à fundamentação que lhe deu origem, importa considerarmos, para
maior clareza, os termos daquela fundamentação, que, a respeito da matéria objeto da liquidação, assim
dispôs, à fl. 135:
Por outro lado, a Portaria IG-47, de 19/08/60, que é o documento de fl. 89 referido acima,
assim dispôs quanto aos critérios para cálculo do subsídio à aposentadoria ordinária, nos itens 1 e 2:
Idade Fator
55 1,485676
…
…” (negritos e sublinhados nossos)
II - DILIGÊNCIAS REALIZADAS
Anexo número 1:
Anexo número 2:
59
Neste relatório, a perícia expõe, analiticamente, o modo de apuração da
média dos vencimentos do autor, observada a determinação taxativa da Portaria
IG-47 de considerar-se somente o Ordenado e a Comissão de Cargo, e, apurada
a média duodecimal, este profissional aplicou o percentual de 42,2588% apurado
anteriormente, para, desta forma, apontar o valor básico do subsídio à
aposentadoria do autor.
Anexo número 3:
Demonstrativo dos valores principais devidos mês a mês ao autor, e me. diante o
cômputo dos índices pertinentes às diversas legislações que tiveram vigência
temporal no interregno, procedeu a perícia à atualização dos haveres apurados,
pela correção monetária, e, também, agregou os juros moratórias, estes
considerados à base de 1% ao mês, de forma capitalizada até Fev/91 e de forma
simples após aquela data, nos termos da Lei nº 8.177/91.
Resposta
A perícia, no cumprimento das Normas Técnicas da Perícia Contábil (NBC.P.13) aprovadas pela
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade de nº 858/99 (DOU 29/10/99), realizou a conferência
entre peritos nelas prevista, facultando acesso pleno aos autos e aos trabalhos ao senhor assistente
técnico do réu.
Resposta
Resposta
Os termos da Portaria IG-47, de 19-8-60, no que se refere ao subsídio à aposentadoria ordinária deferida
pela res judicata, encontram-se transcritos no corpo do Laudo Pericial Contábil, nas considerações sobre
o desenvolvimento do trabalho.
60
IV) Diante dos termos desta Portaria, queira o Sr. Expert
descrever quais os títulos que devem integrar a base de cálculo
do beneficio;
Resposta
Nos termos da Portaria IG-47, a média dos vencimentos deve ser calculada somente com o ordenado e
a comissão de cargo, acrescendo-se 01/12 referente à Gratificação Natalina.
Resposta
O solicitado no presente quesito encontra-se atendido através dos anexos demonstrativos abojados ao
presente trabalho.
Resposta
Este profissional reporia-se às considerações finais de seu trabalho, colocando-se à disposição do Juízo
para os esclarecimentos que porventura se tornem necessários.
Nada mais havendo a considerar, damos por encerrado o presente trabalho, constituído de 21
folhas, sendo 14 de texto e 7 de anexos, ao final assinado.
INTRODUÇÃO
Processo Judicial: Os peritos podem funcionar como peritos de juízo e como assistentes técnicos das
partes.
• no primeiro caso não há que se falar em honorários, pois são funcionários do quadro
regular do Estado e, no segundo seguem-se os mesmos moldes do nomeado em juízo.
Comissão Parlamentar de Inquérito: São órgãos criados no âmbito do legislativo com finalidades
investigativa e apurativa específica. A rigor deveria haver licitação para contratação dos profissionais,
mas, normalmente pela urgência de realização da prova e a necessidade de conhecimentos especiais,
pode haver contrato direto com o órgão instaurado.
Juízo Arbitral: É instituído pela vontade das partes (regulamentado nos arts. 1.072 a 1.102 do CPC)
mediante compromisso.
• se atuar como perito do juízo arbitral, indicado pelo árbitro ou como assistente técnico
indicado pela parte, por analogia, adotam-se os procedimentos no caso da perícia
judicial (processo judicial);
• se atuar diretamente como árbitro, recebe os honorários fixados no compromisso pelo
desempenho da função; e,
• se não houver acordo com relação aos honorários ou não constar do compromisso;
requer ao juiz que for competente a homologação do próprio laudo arbitral sua fixação
por sentença, de maneira que se constitua em título executivo.
62
ARBITRAMENTO
Quando o perito contábil é nomeado pelo juiz, portanto na função judicial, compete àquele fixar
sua remuneração: sendo este ato conhecido como arbitramento. Para tanto, o perito, subsidia esta
decisão apresentando sua demonstração de custos do trabalho pericial onde conste as horas técnicas
aplicadas em cada fase, o custo da hora profissional, além dos custos de material de consumo, indiretos
e gerais; ou seja, uma exposição resumida dos principais eventos de seu trabalho.
Na maioria das vezes o juiz determina que as partes falem sobre o pleito do perito contábil,
despachando na própria petição da seguinte forma:
Havendo contestação do valor, as partes requerem reconsideração; podendo até entrar com
agravo de instrumento para o tribunal, no caso de insucesso. Na concordância, determina-se o depósito
judicial no prazo.
Em hipótese alguma o perito contábil, na função judicial pode ser pago diretamente pela parte
responsável; pois é um ato financeiro que precisa ser e estar comprovado nos autos. A regra básica
quanto à responsabilidade financeira pelos honorários periciais está no CPC, art. 33.
“Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito será
paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as
partes ou determinado de ofício pelo juiz “.
No despacho em que o juiz defere a prova pericial e nomeia o perito, pode tomar três decisões:
2ª - determina ao perito contábil que ofereça sua estimativa dos custos de realização da prova
pericial deferida. Neste caso, após a oferta dos quesitos pelas partes, o perito tem a necessidade
de retirar os autos do cartório para se inteirar do conteúdo, objetivando conhecer os fatos
contábeis objeto da lide.
Após este estudo preliminar, o perito oferece petição contendo a estimativa do custo do trabalho
pericial. Com a petição em mãos o juiz, ou arbitra ou ouve as partes antes (já citado este procedimento
anteriormente. O depósito dos honorários provisórios quando dos honorários estimados; são
denominados de depósito prévio; já que efetuados antes do início dos trabalhos periciais.
3ª - poderá suceder que o juiz nada decida quanto a honorários provisórios ou determinação de
oferta de estimativa (amparado pela Lei nº 8.952/94, que acrescentou ao art. 33, § único do
CPC:
63
“ O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito
deposite em juízo correspondente a essa remuneração. O numerários recolhido em depósito
bancários à ordem do juízo e com correção monetária, será entregue ao perito após a
apresentação do laudo, facultada a sua liberação parcial, quando necessário “.
Fixados os honorários definitivos, como já vimos anteriormente e havendo depósito prévio, o juiz
determina que seja efetuado o depósito complementar; pela diferença do total e do prévio corrigido; em
conta judicial, banco autorizado, à ordem do juiz.
Após a entrega do laudo, como sabemos o perito oferece petição requerendo o arbitramento
definitivo de sua remuneração. Havendo depósito prévio; nessa mesma petição, requere-se também seu
levantamento, com os acréscimos legais (correção monetária mais juros).
Diante do despacho o cartório (ou secretaria da vara) elabora documento próprio denominado
Mandato de Levantamento Judicial ou Alvará de Levantamento; que nada mais é do que uma
ordem do juiz ao gerente do banco, mandando pagar o perito contábil a quantia em questão.
Por vezes quando são fixados os honorários o juiz já faz sua liberação, sendo desnecessária a
petição para tal. No caos dos honorários terem sido gravados; é prudente que o perito não solicite a
liberação da totalidade, pois pode ocorrer de o tribunal reduzir este valor.
ALGUMAS PARTICULARIDADES
O ritual aqui descrito se aplica nos vários tipos de processos judiciais nos quais se produz prova
pericial; entretanto não alterados no caso de processo trabalhista, em particular quanto ao procedimento
de arbitramento e respectivo recebimento da remuneração pericial. Pelo desequilíbrio na capacidade
econômico-financeira quem arca com os honorários periciais é a parte que perde a ação, geralmente, via
de regra o reclamado.
I – HISTÓRICO
A Associação de Peritos Judiciais de Minas Gerais vem, como órgão de classe que é,
desenvolvendo estudos detalhados para atender à necessidade de se buscar meios objetivos para
64
estimar de forma precisa os honorários periciais, e assim fornecer elementos concretos ao Juiz
quando da fixação dos mesmos.
Buscou-se subsídios em entidades congêneres, notadamente a APEJESP do Estado de São
Paulo,
A Diretoria da ASPEJUDI, com este objetivo, determinou a realização de uma adequação dos
estudos anteriores à realidade mineira atual, para que fosse examinada a viabilidade de implantação
entre seus associados de uma Planilha Demonstrativa de Honorários Periciais.
Ficou assentado que a aferição mais precisa do valor dos honorários teria como base
fundamental o tempo gasto pelo perito o seus auxiliares, quando for o caso, na elaboração do laudo
pericial em todas as suas etapas, do recebimento da intimação até os últimos esclarecimentos finais.
Desta forma, para dar preço ao tempo gasto pelo perito ter-se- ia que calcular um valor-hora.
II - CÁLCULO DO VALOR HORA
Para fixação dos valores-hora forma considerados os aspectos seguintes:
a. que devem estar em consonância em as remunerações usualmente
percebidas pôr outros profissionais de nível superior como pôr exemplo
administradores, auditores contadores, economistas, engenheiros,
médicos, etc.
b. que para as etapas delegáveis seriam fixados em função dos custos
desta mão de obra a preços de mercado.
c. que as horas apontadas pelo Perito devem espelhar o custo efetivo do
trabalho aplicado na elaboração do laudo pericial, sem acrescer-lhe
interrupções outras (telefonemas, intervalos, administração interna, etc.),
mesmo que inerentes à atividade natural do profissional liberal.
III - PESQUISA DO VALOR DA REMUNERAÇÃO
A ASPEJUDI efetuou pesquisas e observações entre seus associados e constatou que o tempo
real disponível para realização de perícia seria igual a 120 horas/mês, sendo este o divisor a ser adotado
no comparativo com profissionais assalariados.
As remunerações média foram pesquisadas em empresas de grande e médio porte, cujo
resultado, após adequação ao divisor de 120 horas/mês, resultou num valor-hora para trabalho pericial
na base de 0,18 Salários Mínimos, em Nov/92.
A este valor acrescem-se os encargos sociais legais na base de 86,4%, como demonstrado no
item VI abaixo, totalizando 0,34 Salários Mínimos.
A ASPEJUDI tomou este valor, que corresponde a Cr$ 177.543,55 (0,34 x 522.186,94), e assim
fixou o valor do salário-hora do Perito em Minas Gerais.
IV - DIVISÃO DA PERÍCIA EM ETAPAS
A ASPEJUDI dividiu o trabalho pericial em várias etapas, algumas delegáveis, outras não. O
valor para cada etapa foi dado em função do percentual de delegação possível em cada urna destas
etapas, e assim montou uma Planilha Demonstrativa de Honorários Periciais.
Mesmo para os Peritos que trabalham sozinhos, sem nada delegar, o valor-hora de todas as
etapas da perícia não seria o mesmo, por ficar entendido que sendo delegável a tarefa de menor
exigibilidade intelectual, essa tem de ser remunerada pelo seu intrínseco grau de complexidade, e não
pela qualificação de quem a executa (seria insensato remunerar o trabalho de datilografia no valor-hora
de um profissional liberal de nível superior).
V - APRESENTAÇÃO DA PLANILHA
A ASPEJUDI buscou um padrão de estimativa que não fosse tão detalhado que inviabilizasse
sua operacionalização e seu entendimento, e nem tão sucinto que resultasse numa peça de
convencimento precário.
A busca de um padrão foi motivada pela diversidade de critérios e de valores entre os Peritos,
alguns abstratos, muitos subjetivos, poucos até absurdos, vários aviltantes.
A medida fundamental adotada é a carga-horária dispendida em cada uma das diversas etapas
da elaboração do laudo pericial, e para sua operacionalização foi elaborada uma Planilha demonstrativa
de Honorários Periciais, que discrimina e dá valor a cada etapa.
Cada uma destas etapas tem um grau de complexidade específico e por este motivo, devem ser
valorizadas de forma diferente, segundo um percentual de delegação possível.
Por exemplo: a análise do processo não pode ser delegada e, neste caso, o valor-hora desta
etapa é o mais caro, ou seja, 0,34 salários mínimos; enquanto que no trabalho de digitação ou
datilografia, sendo possível uma total delegação, teria um valor-hora menor, de 0,24 salários mínimos.
Na Planilha, o Perito informará o número de horas que efetivamente gastou em cada uma destas
etapas.
O número mínimo de horas gastas num exame pericial de mediana complexidade foi levantado
pela ASPEJUDI, através de pesquisas como sendo igual a 9 horas e 30 minutos, sendo 5 horas
delegáveis e 4 horas e 30 minutos de trabalho pessoal do Perito.
Vale dizer: em média os Peritos gastam 9 h. e 30 min. ("real time”) para elaborar um laudo
pericial, sendo que as variações seriam informadas pelo perito e justificativas e sua petição de juntada.
65
VI - CUSTOS VARIÁVEIS
Os custos variáveis são representados pelas despesas de mão de obra e encargos sociais que o
Perito assume para se desincumbir das seguintes etapas de elaboração do laudo pericial:
1. Diligências: feitas pelo próprio Perito, ou sendo delegáveis a pessoal de nível superior, tem
seu custo estimado em 0,18 salários mínimos por hora, mais 86,4% de encargos sociais, totalizando
0,34 Srns. O mínimos que se gasta em diligências para um laudo pericial de um Reclamante é de uma
hora.
2. Datilografia/digitação: função de mediana complexidade, sendo remunerada na base de 0, 13
salários mínimos, mais 86,4% de encargos, totalizando 0,24 Sms. No mínimo se gastam 3 horas para
datilografar ou digitar um laudo pericial com seus Quadros.
3. Carga, protocolo, baixa, levantamento e/ou planilha de dados: são tarefas mais simples, como
transcrição de dados, entrega de documentos e, por este motivo, é remunerada na base de 0,07 salários
mínimos, mais 86,4% de encargos, totalizando 0,13 Sms. Somando estas diversas etapas concluiu-se
que não se gasta menos de uma hora para suas execução, por Reclamante.
As despesas para execução destas etapas da elaboração do laudo pericial foram consideradas
como “Custos Variáveis” pelo fato de que, aumentando o número de perícias, estas despesas
aumentarão na mesma proporção.
Corno qualquer trabalhador brasileiro, o perito e seus auxiliares deverão ter cobertura
previdenciária, contribuindo ele como autônomo e pagando para seus assalariados: contribuição ao
INSS no percentual de 20%.
Pela instabilidade profissional, o Perito também deve fazer '’Reservas” que representem uma
correspondência com o FGTS, na base de 8%; não tendo RSR, nem férias, e nem décimo terceiro
salário, devem ser adicionados percentuais de 20%. 11% e 8%, respectivamente.
Totalizam estes encargos sociais o percentual de 86,4%, tanto para os assalariados/auxiliares do
Perito quanto para ele próprio.
VII -CUSTOS FIXOS
Para o exercício profissional, o Perito necessita de uma infraestrutura, que compreende um
escritório, com todos os seus custos: aluguel, depreciação dos seus equipamentos (computador,
máquina de calcular e de escrever, etc.), taxa de condomínio, salários de secretária(o), de contínuo e de
faxineira, material de escritório (papéis, fitas, carbono, etc.), custos de lanche, vale-transporte; energia
elétrica; assinatura de periódicas e livros técnicos; combustível e manutenção de veículo, etc.
Estes custos fora, denominados de "Fixos” porque devem ser incorridos independente do
número de perícias realizadas: se o Perito fizer uma perícia ou dez perícias, o custo do seus escritório
permanece inalterado.
Para maior simplificação adotou a ASPEJUDI o percentual de 25,5% conforme pesquisas nos
escritórios dos associados.
VIII - FLEXIBILIDADE DA PLANILHA DEMONSTRATIVA
A ASPEJUDI reconhece que este estudo não tem poderes para abarcar toda a complexa rede de
fatos que tornam único cada processo.
Porém entende que a estimativa dos honorários periciais demonstrada pela Planilha, com a
média de 9 hs. e 30 min. Representa um referencial seguro para aferição do valor do trabalho pericial.
1. CUSTOS VARIÁVEIS
2. CUSTOS FIXOS
3. REMUNERAÇÃO DO PERITO
(assinatura do Perito)
Demonstrativo das horas alocáveis para a elaboração do Laudo Pericial Extrajudicial – Modelo-
Padrão Apejesp CRC.SP. – Proc. Norm. 090/87
(1) Custos Diretos e Indiretos Processo(s)
JCJ/Vara(s)
Autor(es)
Réu(s)
(a) Do Pessoal Envolvido Horas R$ por hora Parciais em R$
Alocadas
Compromisso e Carga 0,00 56,77 0,00
Diligências e Vistorias 0,00 39,74 0,00
Pesquisa e Levantam. de 0,00 39,74 0,00
Dados
Exames e Análises Técnicas 0,00 48,26 0,00
Descrição e Conclusão Técnica 0,00 48,26 0,00
Conferência Reservada 0,00 56,77 0,00
Planejamento/Execução/Cálcul 0,00 39,74 0,00
os
Revisão Técnica 0,00 56,77 0,00
Subtotais 0,00 0,00
(b) Custo Indireto Total Horas R$ por Hora Parciais em R$
Alocadas
Depreciações, en. El., veículos etc. 0,00 55,31 0,00
67
Total Custos conf. Modelo-padrão 0,00
(2) Outros Custos fiscais e % 0,00
econômicos
Total da Estimativa de honorários 0,00
EXMO SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ____ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL EM …………..
1. para a oferta do Laudo Pericial Contábil foi necessário realizar 3 (três) diligências à sede da Autora,
onde foram compulsados cerca de 6 (seis) livros contábeis e fiscais e respectiva documentação de
suporte, relativos ao período objeto da lide;
2. como resultado de todo o esforço técnico despendido, foi oferecido laudo Pericial Contábil composto
de 32 (trinta e duas) folhas, 12 (doze) anexos e 3 (três) documentos;
3. as horas profissionais aplicadas nas várias fases do trabalho pericial, como demonstrado em anexo,
foram valorizadas levando-se em consideração os padrões da Associação dos Peritos Judiciais do
Estado de ................ homologados pela Conselho Regional de Contabilidade do Estado de
......................
Termos em que
P. juntada e deferimento.
São Paulo/SP, em de de 2.00__.
EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL DA COMARCA .................
ANTÓNIO ...........................
Requerente
e
JOSÉ ................ E OUTROS
Requeridos
1. para a oferta do Laudo Pericial Contábil foi necessário realizar 3 (três) diligências à sede da
sociedade, onde foram compulsados cerca de 10 (dez) livros contábeis e fiscais e respectiva
documentação de suporte, relativos ao período objeto da lide;
2. como resultado de todo o esforço técnico despendido, foi oferecido Laudo Pericial Contábil composto
de 63 (sessenta e três) folhas, 22 (vinte e dois) anexos e 4 (quatro) documentos;
3. as horas profissionais aplicadas nas várias fases do trabalho pericial, como demonstrado em anexo,
foram valorizadas levando-se em consideração os padrões da Associação dos Peritos Judiciais do
Estado de ................ homologados pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado de
...........................
a. autorizar o levantamento do depósito prévio de fls., com os acréscimos legais que houver; e
b. arbitrar seus honorários periciais definitivos, cujo custo vai evidenciado em anexo.
Termos em que
P. juntada e deferimento.
São Paulo/SP, em de de 2.00__.
Termos em que
P. juntada e deferimento.
São Paulo,
EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA ...............
Termos em que
P. juntada e deferimento.
São Paulo/SP, em de de 2.00__.
EXMO SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DA MM. ____ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE
...............
71
MARTINHO MAURÍCIO GOMES DE ORNELAS, bacharel em
Ciências Contábeis registrado no CRC-SP sob o nº ........... Perito nomeado nos autos do processo nº
.........…….... – RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - em que são partes:
Termos em que
P. juntada e deferimento.
São Paulo/SP, em de de 2.00__.
EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE .......................
1. procedeu-se à leitura dos autos do processo e ao exame da documentação juntada, no sentido de buscar
elementos que permitissem identificar o que demandam as partes;
2. os trabalhos periciais, como emana do que consta dos autos, abrangerão o período de
..................... envolvendo aspectos técnicos contábeis relativos a ...........................;
3. portanto, para cumprir o honroso mandato de perito judicial, consubstanciado em laudo pericial contábil a ser
oferecido, será necessário realizar diligências à sede ............................................................... onde serão
compulsados os livros mercantis e respectivo suporte documental e demais procedimentos periciais inerentes
ao desenvolvimento do trabalho pericial contábil;
4. as horas profissionais estimadas nas várias fases do trabalho pericial, como demonstrado em anexo, que
redundou na presente proposta de honorários periciais provisórios, foram valorizadas levando-se em
consideração os padrões da Associação dos Peritos Judiciais do Estado de ............... homologados pelo
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de ......................
Termos em que
P. juntada e deferimento.
São Paulo/SP, em de de 2.00__.
Termos em que
P. juntada e deferimento.
São Paulo/SP, em de de 2.00__.