Sei sulla pagina 1di 17

- Vocação é o chamado de Deus que tem como finalidade a

realização plena da pessoa humana.


- É um gesto gracioso de Deus que visa a plena
humanização do Homem.
- É dom, é graça, é eleição cuidadosa, visando a
construção do Reino de Deus.
- É um chamado para fazer algo, para cumprir uma
missão.
- Toda a pessoa é vocacionada, é eleita por Deus.
- Deus elege por causa de alguns (comunidade) e esta
eleição manifesta-se no nosso dia a dia.

A mensagem do Evangelho à um convite contínuo a seguir


Jesus Cristo. Vem e segue-me. (Mt 9,9 ; Mc 8,34; Le 18,22;
Jo 8,12).

VEM-CHAMADO: é um convite pessoal dirigido por Deus


a uma pessoa.

SEGUE-ME - MISSÃO: é o seguimento da prática de


Jesus.
É uma iniciativa gratuita, proposta que parte de Deus
(dimensão teológica). Impulso interior de cada pessoa onde
conscientemente responde ao plano de amor de Deus
(dimensão antropológica).
Para compreendermos em profundidade o
significado da vocação, precisamos fazer a
distinção entre: VOCAÇÃO FUNDAMENTAL e
VOCAÇÃO ESPECÍFICA

A) VOCAÇÃO FUNDAMENTAL: Entendemos


por vocação fundamental o chamado de cada
pessoa: à vida, a ser Filho de Deus, a ser
Cristão, a ser Igreja. A tomar consciência de que
todos somos irmãos e fazemos parte do Reino de
Deus.
Pela revelação sabemos que todos os homens
foram chamados por Deus a santidade (Gn 1,26;
2,7; lPe 1,15-16). É um chamado a
desenvolvermos plenamente todas as nossas
potencialidades. Todas as vocações específicas
derivam desta vocação fundamental.
Pelo Baptismo todos fomos chamados a viver a
Santidade. A Pastoral Vocacional deveria ser a
Pastoral da Vocação Fundamental, sob a qual é
possível descobrir a Vocação Específica.
B) VOCAÇÃO ESPECÍFICA: Entendemos por
vocação específica a maneira própria de como
cada pessoa realiza a sua vocação fundamental,
como leigo, sacerdote ou religioso.
As vocações específicas são três: LAICAL -
RELIGIOSA E SACERDOTAL

COMO DEUS CHAMA ?

- PESSOALMENTE E PELO NOME


- PELOS VALORES QUE NOS ATRAEM
- PELA COMUNIDADE
- PELAS NECESSIDADES DO MUNDO E
DA IGREJA
- ATRAVÉS DE MEDIADORES DIRECTOS

O que é vocação.

De acordo com o dicionário da língua


portuguesa, Vocação significa “Talento”. Para
nós cristãos, o significado de vocação vai bem
mais além do que um simples talento.
Vocação é um dom que recebemos de Deus para
bem realizarmos o nosso papel na evangelização
de seus filhos, a cada um é dado um dom. Deus
nos deixou 07 Dons: Sabedoria, Inteligência,
Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor a
Deus.
São Paulo, em sua carta aos Coríntios, cita
alguns dos carismas que são provenientes dos
Dons: “A cada um é dada à manifestação do
Espírito para proveito comum. A um é dada pelo
Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma
palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a
outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a
graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a
outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a
outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a
variedade de línguas; a outro, por fim, a
interpretação das línguas. Mas um e o mesmo
Espírito distribui todos estes dons, repartindo a
cada um como Lhe apraz.” (I Cor 12,7-11).
Todos nós nascemos com uma
vocação, Deus nos dá a vocação de acordo com a
nossa necessidade. Você deve estar se
perguntando: “Sim, ele falou, falou, mas não
disse qual é a minha vocação?”. Nossa vocação é
revelada através do Espírito Santo. “Sim, certo,
mas como o Espírito Santo irá revelar a minha
vocação?”. É bem simples, através da oração, do
jejum, do anúncio do Evangelho, da Sagrada
Eucaristia e, principalmente, através do
Sacramento do Crisma . E através do Espírito
Santo, somos capacitados para com nossa
vocação seguir nossa missão, como construtores
do reino de Deus.
“O Baptismo , o Crisma e a Eucaristia são os
Sacramentos da iniciação cristã, por isso, são a
base da vocação comum de todos os discípulos
de Cristo, vocação à santidade e à missão de
evangelizar o mundo. Conferem as graças
necessárias à vida segundo o Espírito nesta vida
de peregrinos a caminho da Pátria” (CIC 1533).
Tipos de vocação de acordo com o CIC:
Vocação da Humanidade: consiste em
manifestar a imagem de Deus e ser
transformada à imagem do Filho único do
Pai. Esta vocação implica uma dimensão
pessoal, pois um é chamado a entrar na
bem-aventurança divina, mas concerne
também ao conjunto da comunidade
humana.
Vocação dos Leigos: é especifico dos leigos,
por sua própria vocação, procurar o Reino de
Deus exercendo funções temporais e
ordenando-as segundo Deus.
Vocação para a Castidade: castidade
significa a integração correcta da
sexualidade na pessoa e, com isso, a
unidade interior do homem em seu ser
corporal e espiritual. A virtude da Castidade
comporta, portanto, a integridade da pessoa
e a integralidade da doação.
Vocação para o Amor: Deus, que criou o
homem por amor, também o chamou para o
amor, vocação fundamental e inata de todo
ser humano. Pois o homem foi criado á
imagem e semelhança de Deus, que é Amor.
Tendo-os Deus criado homem e mulher, seu
amor mútuo se torna uma imagem do amor
absoluto e infalível de Deus pelo homem.
Vocação para o Apostolado: toda a Igreja é
apostólica na medida em que, por meio dos
sucessores de S. Pedro e dos apóstolos,
permanece em comunhão de fé e de vida com
sua origem. Toda a Igreja é apostólica na
medida em que é ‘enviada’ ao mundo inteiro;
todos os membros da Igreja, ainda que de
formas diversas, participam deste envio. “A
vocação cristã é também por natureza vocação
ao apostolado”. Denomina-se “apostolado”
“toda a actividade do Corpo Místico” que
tende a “estender o reino de Cristo a toda a
terra”.
Vocação ao Casamento: a
intima comunhão de vida e de amor conjugal
que o Criador fundou e dotou com suas leis é
instaurada pelo pacto conjugal, ou seja,
pelo consentimento pessoal irrevogável. A
vocação para o Matrimónio está inscrita na
própria natureza do homem e da mulher,
conforme sairão da mão do Criador. “A
salvação da pessoa e da sociedade humana
está estreitamente ligada ao bem-estar da
comunidade conjugal e familiar”. “Esse
amor é bom, muito bom, aos olhos do
Criador, que é amor” (I Jo 4,8.16). E esse
amor abençoado por Deus é destinado a ser
fecundo e a realizar-se na obra comum de
preservação da criação: “Deus os abençoou
e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos,
enchei a terra e submetei-a”. (Gn 1,28).
Vocação Sacerdotal: os que recebem o
sacramento da Ordem são consagrados para
ser, em nome de Cristo, “pela palavra e pela
graça de Deus, os pastores da Igreja”. Por
sua vez, “os esposos cristãos, para cumprir
dignamente os deveres de seu estado, são
fortalecidos e como que consagrados por um
sacramento especial”. A Ordem é o
sacramento graças ao qual a missão confiada
por Cristo a seus Apóstolos continua sendo
exercida na Igreja até o fim dos tempos; é,
portanto, o sacramento do ministério
apostólico.
E não podemos falar de vocação sem falar da
vocação de Maria. Para ser a Mãe do Salvador,
Maria “foi enriquecida por Deus com dons dignos
para tamanha função”. No momento da
Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como “cheia
de graça”. Efectivamente, para poder dar o
assentimento livre de sua fé ao anúncio de sua
vocação era preciso que ela estivesse
totalmente sob moção da graça de Deus. E se
tornou o modelo de vocação perfeita, através da
unção do Espírito Santo.
Qual é a sua Vocação " Muitos jovens nesta
época do ano ficam frente a frente com o desafio
do Ensino Secundário. É um momento
especial, recheado de emoções, angústias e
reflexões. Ah, diriam alguns, é simples: se gostar
de matemática faça Engenharia! Se gostar de
história e geografia faça Direito! Se gostar de
química e biologia faça Medicina! Será que é tão
fácil assim? O problema vivenciado pelos
jovens, porém, não é tão simples como resolver
uma equação do segundo grau, nem como
descrever em detalhes as grandes navegações
do século XVI, nem tão pouco como falar sobre o
funcionamento de uma célula. A questão que
está na cabeça dos estudantes não tem cinco
alternativas e apenas uma delas é a correcta.
Com a expansão das faculdades e o aumento
significativo dos cursos superiores disponíveis
(meio ambiente, oceanografia, ciências atuariais,
relações internacionais, turismo etc.) os jovens
ficam cada vez mais expostos aos estímulos de
muitas carreiras e profissões e isso tende a ser
um ingrediente a mais no processo de decisão:
ter muitas opções pode causar ainda mais
confusão! A pressão familiar ou a forma como o
jovem percebe o que os pais esperam dele; a
sua ambição e a sua necessidade de
independência; o tempo e o dinheiro disponível; o
status e o reconhecimento da profissão; os
sonhos e anseios que são associados ao seu
futuro são apenas algumas das questões que
passam pela cabeça da maior parte dos
vestibulandos. Conciliar todos esses factores ao
mesmo tempo e agora nem sempre é possível.
Uma variável, porém, tem pressionado cada vez
mais os jovens: a empregabilidade. Afinal, todos,
sem excepção, acreditam que vão trabalhar na
área que escolheram e vêem a faculdade como a
“porta de entrada” no mercado (a maioria precisa
de um estágio ou de um emprego ao mesmo
tempo em que estudam). As empresas, por sua
vez, querem experiência, mesmo para as vagas
de estágio. Consciente dessa situação e
buscando alternativas para apoiar os jovens no
ingresso do mercado de trabalho, colaboro com
iniciativas inovadoras tais como o “Prêmio
FECAP” que valoriza o potencial profissional dos
estudantes. Sabemos que ter um diploma,
simplesmente, não significa muita coisa. Com o
aumento vertiginoso de cursos superiores uma
parte dos estudantes fica seduzida em fazer
cursos “bons, bonitos e baratos”, mas
descobrirão, em pouco tempo, que o curso
escolhido por esse critério não era tão superior
assim e aprenderão que a imagem nem sempre
corresponde com a realidade. Há jovens que
pensam que ter o diploma é factor suficiente para
alcançar um lugar ao sol. Enganam-se, pois com
um mercado de trabalho cada vez mais exigente,
há poucas chances para quem “está na média” e
contenta-se com o regular, perfil típico de quem
busca simplesmente um diploma. Para quem já
passou pela experiência de decidir “o que fazer”
sabe a importância de se seguir uma profissão
que tenha vocação. As empresas, os governos
e as ONG´s precisam das pessoas que querem
fazer a diferença e têm capacidade e condições
para isso. O suposto dilema entre “fazer o que
gosta” ou “o que dá dinheiro”, na verdade, é
pouco pertinente. Se não fizer o que gostar,
provavelmente, será um profissional mediano e,
portanto, dificilmente alcançará sucesso no
mercado de trabalho e, principalmente, sentir-se
realizado com o que faz. Recomendo, contudo,
que a escolha leve em consideração a qualidade
do ensino, a seriedade e o compromisso da
faculdade com a formação superior. Informar-se
sobre como o curso e a faculdade têm sido
avaliados pelo MEC, Ministério da Educação, é
um bom caminho. Saber a opinião de quem já
estudou e como estão no mercado de trabalho é
uma alternativa. Observar os que já estão
formados, as suas actividades, as suas
características e obrigações pode ser útil, pois
podemos nos questionar: será que fazendo o que
aquela pessoa faz serei feliz? Decidir o que
estudar no Secundário, portanto, não é simples.
Mas também não é definitivo: Gilberto Gil, por
exemplo, é formado em administração, mas nem
por isso deixou de ser um dos melhores cantores
brasileiros. Kandinski, o pintor genial, era
economista. Os integrantes do Casseta e Planeta
são formados em arquitectura e engenharia e
descobriram ainda durante o período universitário
que poderiam transformar o humor em profissão,
pois era o que tinham prazer em fazer. A
vocação profissional, assim, não fica limitada à
escolha do curso, por isso encontramos com
freqüência médicos que são administradores,
engenheiros diretores de banco, advogados
liderando ONG´s etc. A informação é o caminho
mais seguro para escolher a faculdade, o que
prestar no vestibular e a carreira a seguir. Se
acertar, muito bem, se errar, não há problemas, é
possível aprender sempre. O vestibular da vida é
construído de erros e acertos e cada um tem o
direito de tentar o que acredita ser o seu rumo.
Agora é com você, pois a resposta sobre o que
realmente quer e gosta de fazer está no seu
íntimo; não tenha medo de conhecer-se cada vez
mais e encontrar a sua verdadeira vocação!
Sacerdócio, vocação e serviço ao Amor
D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, escreve ao Clero da Diocese
«Não vim para ser servido… (Mt 20, 25-28)»
A vida de Jesus poderá ver-se em três grandes momentos. Cada um tem uma
unidade essencial entre si mas, também, está em função dos outros dois: do
nascimento aos 30 anos; a vida pública e os 3 últimos dias. Cada um destes
momentos começa com um acto no qual, Jesus “Se esvaziou a Si mesmo,
tomando a condição de servo”, inserindo-se totalmente na Sua missão, “tornando-
se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-se, identificado como homem,
rebaixou-se a Si mesmo, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (cf
Filp 2, 7-8), explicando-a depois com a mensagem, com as atitudes e com a vida.
O primeiro momento inicia-se com o Nascimento – que acto de “serviço” na
identificação e na “morte”!...; o segundo, com o Baptismo – avança mais ainda,
assumindo-se “pecado”!...; o terceiro com o lava-pés – aqui assume os gestos de
escravo (portanto, abaixo de “homem”)!... As explicações: Não sabíeis que Eu
devo ocupar-me das coisas do Meu Pai?; Eu sou o Bom Pastor e dou a minha
vida pelas Minhas ovelhas – vou à procura da “perdida”!...; Eu estou no meio de
vós como Aquele que serve. Para o terceiro momento, ainda: Fazei isto em
memória de Mim; Não sois vós a tirar-me a vida… Eu a dou por Mim próprio… Pai,
nas Tuas mãos, entrego o Meu espírito…
Tudo isto é proposto a todos nós no convite que Jesus faz a quem O queira
seguir: “Se alguém quer seguir-me…
É a síntese da missão de Jesus que aparece de outras formas: Lc 4, 18-19;
“venho, ó Pai, para fazer a Tua vontade”…; “O Meu alimento é fazer a vontade de
Meu Pai”...; “Se o grão de trigo, caído à terra, não morre, não dá fruto”… Esta é,
também, a síntese da missão de Maria (cf Lc 1, 38). Não pode deixar de ser,
também, a síntese da missão da Igreja, pois, o seu caminho e a sua finalidade é o
homem. É a afirmação correcta e perfeita da vontade de Deus a nosso respeito –
“a glória de Deus é o homem vivente”. Ele vem para ser nosso Caminho, nossa
Verdade e nossa Vida. Em Cristo, não é o homem quem procura encontrar Deus,
mas é Deus Quem vai ao encontro do homem.
Toda a acção de Jesus Cristo foi viver esta atitude de serviço. Porém, “antes da
festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a Sua hora da
passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os Seus que estavam no
mundo, levou o Seu amor por eles até ao extremo” (Jo 13, 1-2).
Importância do “lava-pés” para se entender a Eucaristia… João não descreveu a
instituição da Eucaristia, mas o que a prepara e realiza… Não podemos celebrar o
culto e somos, mesmo, contra a Igreja ou a pastoral da manutenção, das missas…
da multiplicação das celebrações… De facto, elas não traduzem nada se não
passam pela atitude de serviço. O culto sem serviço é hipocrisia (rico e publicano)

Então… é o nosso Plano Pastoral – Vocação ao Amor – vivido na nossa própria
dimensão, vocação e missão de padres e de responsáveis pela Pastoral da
Diocese… Sim, da Diocese, pois somos Presbitério e não há padres sem esta
comunhão no Presbitério… Temos que tomar consciência que a Pastoral da
Diocese nos diversos âmbitos – vocações, catequese, família, juventude, cultura…
depende de cada um na medida em que cada um está unido à cepa – alegoria da
videira!...
- O que é viver a vocação ao Amor? Viver a vocação ao Amor, ao jeito de Deus e
de Deus encarnado em Jesus Cristo, é procurar a relação com o outro para o
fazer viver, crescer e ser feliz. Se a vocação não é entendida como Amor, numa
entrega e doação totais a alguém, essa vocação não realiza a pessoa, mas,
depois de a entusiasmar por algum tempo, deixa-a vazia, frustrada, estéril e infeliz.
Muito mais se é uma vocação consagrada.
- O que é lavar os pés aos irmãos?
- O que é “servir” para Jesus Cristo? – É, certamente, servir as grandes causas
dos homens ou, melhor ainda: servir os homens nas suas grandes causas…
- Quais são as grandes causas dos homens?
- Em primeiro lugar e com a causa da dignidade da pessoa, coloco a causa da
comunhão – Sentir que ser pessoa é viver uma relação dependente (de
dependência)… Em primeiro lugar entre nós, no Presbitério.
- Coloco, depois, a causa da Verdade. Também a da Esperança. Ainda, a da
Reconciliação... Importantíssima a causa do Acolhimento (essencial para todas as
outras). Talvez as causas da Verdade e da Esperança se integrem na causa da
Comunhão… Ficariam, então, as 3 (Comunhão – Reconciliação – Acolhimento).
Vocação ao Amor = Vocação ao Serviço nas causas da Comunhão, da
Reconciliação e do Acolhimento. Vocação ao Amor é aprender a amar até dar a
vida. Vocação ao Amor é, pois, vocação à doação a fundo perdido, gratuitamente,
como Jesus…
Urgência da necessidade de um testemunho profético “diferente”, ao mundo e aos
homens do nosso tempo, com a necessidade de:
- Dar primazia a Deus; valorizar os bens futuros; imitar Jesus Cristo, casto e
pobre; viver a vocação à santidade na obediência; amar os irmãos.
Tudo isto e cada um destes aspectos na minha vida pessoal de padre, na minha
vida pessoal de pastor, na minha vida pessoal de cristão e de seguidor de Jesus
Cristo…
Apesar da secularização e, precisamente, por causa dela – exigência de
espiritualidade e permanente carência de oração. Quanto maior é a dificuldade de
evangelizar, de viver e de testemunhar a fé e o amor… mais urgente é a
necessidade de recuperar a missão essencial de levedura, de fermento, de sinal e
de profecia… Quanto maior se apresentar a massa a levedar, tanto mais rico em
qualidade deverá ser o fermento evangélico e tanto mais refinados o testemunho
de vida e o serviço carismático das pessoas consagradas.
Importa fazer vir fora, hoje mais que nunca, o carisma específico – o carisma
apostólico, a implementar nesta Nova Evangelização. Quais as características
próprias do serviço do padre diocesano? Qual é o nosso serviço específico? Não
será a prática de Lc 4, 18-19 – a cura integral das pessoas? Não será ser um
“médico de família” em cada Comunidade? Que significa e como se traduz e
concretiza?
Temos que actuar na procura da formação das consciências e da renovação das
mentalidades – Rom 12, 2… Através de pequenos grupos, do recurso à direcção
espiritual e da reconciliação.
Tudo isto se consegue, somente, com um ambiente de comunhão, de inter-ajuda,
de alegria, de partilha de actividades…
SERVIR!... Quem?... O Quê?... Como?...
Se o modelo do Serviço no Amor é o Bom Pastor, o acolhimento – abertura –
compaixão – ir ao encontro… tem que ser a metodologia, pois, hoje, muitas
pessoas continuam a andar sozinhas e sem Pastor.
Há necessidade de montar “consultórios” abertos, com liberdade na agenda, no
coração e no relógio.
Temos absoluta necessidade de reflectirmos sobre o que é o essencial da missão
do pároco e do padre e, concretamente, na Quaresma…
As pessoas têm o direito de saber os horários de atendimento e de presença do
seu pároco, em lugares acessíveis e disponíveis para a marcação de serviços,
para um diálogo informal, para uma direcção espiritual, para a reconciliação fora
dos dias e datas previstas e para outros eventuais contactos. Queria fazer apelo a
que todos nós usássemos, também para nosso próprio benefício, destes meios de
espiritualidade. Ser-nos-á difícil compreender as necessidades dos leigos e ser-
nos-á difícil marcar na agenda e no coração tempos para estas actividades se nós,
pessoalmente, não as usamos para a nossa vida pessoal, cristã e sacerdotal.
Isto é Serviço no Amor que supõe uma resposta positiva à Vocação ao Amor. Sem
esta Vocação e sem este Serviço, nem dignos “funcionários” somos e o
sacerdócio vai muito além de um serviço digno de funcionário…
Sem esta Vocação e sem este espírito de Serviço, não há Padres Felizes e não há
Presbitério em Comunhão, o objectivo e ideal fundamentais para o Secretariado
do Clero no presente Ano Pastoral.
Queria que a nossa Quaresma fosse vivida a partir destas reflexões e orientações.
Faço votos para que, na Quinta-feira Santa, todos nos sintamos felizes a renovar
as Promessas Sacerdotais, como um verdadeiro Presbitério em Comunhão.

Todos somos chamados


Quando se fala de vocação, é habitual pensar só em padres, freiras ou missionários.
Mas isto é um erro. De facto, todos somos chamados a cumprir um projecto de vida ao
longo da existência. Quem chama é Deus. E as circunstâncias da vida costumam ser os
meios que tornam perceptível tal projecto.
Ser chamado é ter vocação. Os esposos, para se casarem, hão-de ter vocação para o
matrimónio. O médico, mecânico, professor... todos devem de ter vocação para a tarefa
que realizam. Ou seja, cada um deve fazer-se a pergunta: qual é a minha vocação? O
que é que sou chamado ou chamada a realizar na vida?
É importante «perder» tempo a reflectir sobre esta questão no início da juventude. Por
tradição, os adultos perguntam: «O que queres ser quando fores grande?» Mas a
vocação não é o que «eu quero ser». A pergunta deve ser: a quê é que sou chamado(a)?

A escola da vocação
Na infância acontece uma descoberta fundamental. Cada um reconhece que tem uma
inclinação, um jeito para fazer melhor umas coisas do que outras. Isso é um dos sinais da
vocação. Deve-se, então, aperfeiçoar as qualidades pessoais.
Depois, há factores que despertam a consciência. A escola, o contacto com outras
pessoas, os meios de comunicação social, a Igreja são alguns destes factores. Então,
surge a noção de que há realidades no mundo com as quais se está em desacordo.
Reage-se assim aos médicos ou enfermeiros que não tratam os doentes como pessoas;
às leis injustas que só beneficiam uns poucos; ao drama da multidão de pobres
confrontada com a excentricidade dos ricos; aos políticos que prometem e não cumprem;
aos padres que já não dizem nada de jeito nas missas; aos professores que não sabem
ensinar...
Ao mesmo tempo, a consciência diz que cada pessoa tem a responsabilidade de
trabalhar para a mudança, para o aperfeiçoamento da vida e do mundo. Então, o jovem
pergunta-se: com as minhas qualidades, como é que posso ser útil para construir um
mundo melhor? E é daqui que surgem as respostas: médico, enfermeiro, advogado,
economista, sacerdote, missionário, carpinteiro, sapateiro, político ou…

Que profissão escolher?


Quantas vezes a escolha do curso não se baseia no salário ou no prestígio de
determinada profissão? E os pais não condicionam a escolha com as suas preferências?
A escola mostra as opções profissionais. Os psicólogos dão orientações. Porém, há
tendência para desprezar as profissões tidas como menos importantes socialmente.
Deve-se, por isso, pensar de modo diferente. A felicidade e realização pessoal vão
depender da orientação vocacional e profissional. Quem não quer ser um advogado
infeliz, um enfermeiro que não gosta dos doentes, ou, até, um carpinteiro que só martela
os dedos, esse pára e pensa bem na sua vocação.
Talvez as famílias não sejam uma escola onde se aprende a vocação. É possível que a
Igreja tenha dificuldades em mostrar o melhor caminho aos mais novos. Todavia, a cultura
da vocação é algo que urge cultivar. Há muita gente pronta a ajudar. Pede ajuda. Mas tu
tens a última palavra! Descobre a tua vocação e serás feliz!

A vocação do grão de trigo


Era uma vez um grão de trigo. Foi escondido na terra pela mão do lavrador. No escuro,
debaixo da terra, o grão pensava para si mesmo: «Porque é que vim aqui parar? Não
escolhi este lugar, nem tão triste solidão! Eu nasci para ser grão! Porque me veio enterrar
o lavrador? Tenho vida para dar!» E continuava a gritar o pobre, esquecido no seio da
Terra-mãe.
O tempo ia correndo e o pobre grão sofria sem ver fim ao seu desterro. Até que a terra
intervém e, agarrando-o bem a si, segreda-lhe com carinho: «Se aceitares o desafio que
está dentro do teu ser!... Se não tens medo de romper a “capa” que te atrofia, verás de
novo a alegria e a vida renascerá. Multiplicarás o teu valor, serás pão, serás Amor,
n’Aquele que se dá a nós.»
E o grãozinho, sorrindo, dia a dia, foi-se abrindo. E a planta nova cresceu e deu fruto
como foi prometido.

Potrebbero piacerti anche