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APOSTILA DE SEP

ATERRAMENTO ELÉTRICO
(MINUTA)

Pof.: Luis Sergio do Carmo


ATERRAMENTO ELÉTRICO

1 - CONCEITUAÇÃO

• Aterramento elétrico é o procedimento que consiste na instalação


na terra de um material metálico condutor com o objetivo de
conduzir corrente elétrica para terra.

• Quando se faz um aterramento tem-se como objetivos:


 Obter a menor resistência para terra, para correntes de
falta a terra;
 Reduzir os potenciais elétricos indesejáveis protegendo o
ser humano, meio ambiente e instalações elétricas;
 Permitir que as proteções de equipamentos elétricos sejam
sensibilizados e atuem rapidamente para falta à terra;
 Escoar para terra a energia proveniente de descargas
atmosféricas;
 Criar um caminho de retorno para rede de distribuição de
um fio (MRT);
 Escoar para terra cargas estáticas geradas nos corpos de
equipamentos.

2 _ Resistividade do Solo

2.1- Definição de Resistividade

• É a resistência elétrica entre as superfícies opostas de uma


unidade cúbica de solo de dimensões 1 x 1 x1 m.

• A formulação matemática é dada pela expressão:

ρ=R.A/S
• A unidade dessa expressão é:

[Ω.m]

2.2 – Fatores que Influenciam na resistividade do solo

2.2.1 - Tipo do solo

• O solo não é um bom condutor e apresenta elevada


resistividade. Entretanto, há vários tipos de solo e apresentam
valores de resistividades diferentes.

• Características de resistividade de solos

Tipo de solo Resistividade


[Ω.m]

Lama 5 a 100
Húmus 10 a 150
Argila 80 a 330
Terra de cultura 140 a 480
Calcário fissurado 500 a 1000
Calcário Compacto 1000 a 5000
Granito 1500 a 10000
Areia comum 3000 a 8000
2.2.2 - Umidade do solo

• Na medida em que se aumenta a umidade do solo a sua


resistividade diminui, já que a água mineralizada facilita a
condução de corrente elétrica.

• Nem sempre o solo úmido tem baixa condutividade, pois


depende, também, da concentração de sais minerais no solo.
Como exemplo temos :

Tipo de solo Concentração de Redução da


umidade resistividade
Terra de cultura 20 % para 50% 480 para 140
Argila 20% para 40% 330 para 80
• A relação da umidade pela resistividade varia conforme mostrado
no gráfico a seguir

ρ ( Ω.m)

1500

430

185

2,5 5,0 1000 Conc. de umidade


(% do peso)

• Como a umidade no solo varia ao longo do tempo o solo pode


apresentar resistividade menor ou maior dependendo da estação
do ano e afetando o desempenho das instalações elétricas que
necessitam de aterramento elétrico.

2.2.3 – Concentração de Sais Minerais no Solo

• A resistividade é dependente na quantidade de sais dissolvidos


na água do solo, a qual é responsável pela condução eletrolítica.

• A relação da resistividade pela concentração para determinada


concentração de sal é:

Sal Adicionado Resistividade ( Ω.m)


(% do peso de umidade) (solo arenoso com umidade
de 15% a 17ºC)
0 107
0,1 18
1 4,6
5 1,9
• São sais utilizados:
 Sulfato de cobre
 Sulfato de sódio
 Ácido sulfúrico

2.2.4 – Compactação e Pressão do Solo

• Quanto maior a compactação menor a resistividade

• A granulometria do solo nos seus aspectos de retenção da água


e continuidade física pode reduzir a resistividade do solo.

• A temperatura do solo pode ocasionar maior evaporação da água


diluída e aumentar a resistividade deste.

2.3- Resistividade do nosso Meio

• Minas Gerais se caracteriza por ter solo antigos (Pré


Cambriano) apresentado resistividade elevada da ordem de
5.000 a 10.000 Ω.m.

3 – Resistência de Aterramento

3.1 - Definição de Resistência de Aterramento

• É a resistência oferecia à passagem de uma corrente elétrica


para terra.

• A resistência de aterramento na verdade deveria ser denominada


de impedância de aterramento já que depende da capacitância e
indutância da conexão a terra.

• Para baixas freqüências e baixas correntes pode-se considerar


apenas a componente resistiva

• No caso de altas freqüências, como descargas atmosféricas,


deve-se considerar os efeitos capacitivos e indutivos.

• Para resistência maior que 1 Ω é comum desprezar a


componente indutiva.

3.2 – Características de um Aterramento


• Para atender ás funções citadas no item 1 o aterramento deverá
apresentar:

 Baixa resistência;
 Alta capacidade de condução

• Os aterramento podem ser de:

 Serviço – Tem função elétrica para um determinado


circuito
 Segurança – Para proteção pessoal.

3.3- Componentes de um Aterramento

• Um aterramento é composto de:

 Eletrodo de aterramento
 Terra
 Cabo de conexão entre o ponto a ser aterrado e o eletrodo
 Conexões

• Eletrodo de aterramento:

 Podem ser haste, cabo ou qualquer outro material


condutor;
 Devem ser enterrados no solo.

• A resistência de aterramento depende entre outros fatores do


tipo de eletrodo.

• Quando se necessita de uma resistência de aterramento muito


baixa é necessário a implementação de malhas de aterramento.

• A tabela a seguir mostra a resistência conforme a forma do


eletrodo:
Eletrodo Tipo Cálculo da
resistência

Haste vertical:

L – profundidade atingida R = ρ / 2πL [( ln


pela haste 4L/a )-1]

A – raio da haste

Eletrodo horizontal
R = ρ / 2πL [Ln
L – comprimento 2L/a + ((ln2L/S)-2) +
S/2 profundidade S/L ...]

A – raio do eletrodo

Malha R = 0,443 ρ / VA +
ρ/L
A – área da malha
L- comprimento total dos
cabos da malha

3.4 Fatores que Influenciam a resistência de Aterramento

• A resistência de aterramento pode ser dividida em 3 outras


resistências:

 Resistência própria do eletrodo;


 Resistência de contato entre o solo e o eletrodo
 Resistência do solo - É o valor mais significativo

• Quando uma corrente percorre um aterramento é gerada uma


tensão Ep:

E p = Rt x I

• Essa tensão é transmitida à superfície do solo podendo ser


perigosa. Por isso, é importante manter a resistência o mais
baixo possível.

• Para várias aplicações são aceitáveis os valores:

 Sistema de potência Rt < 5 Ω


 Sistema de distribuição Rt < 10 Ω

• Valores de Rt acima > 25 Ω são inaceitáveis

• Na medida que se afasta do eletrodo a corrente de dispersão


diminui diminuindo o potencial de terra.

R R V elet = ρ I / 2 π R

½ V elet = ρ I / 4 π R

Dist do centro eletrodo

3.5 – Medidas para Diminuição da Resistência de Aterramento

• Aumento do número de eletrodos

 Obtém-se bons resultados com essa medida mas deve-se


manter um certo afastamento para diminuição da
resistência mútua.

 A partir de um certo número de eletrodos perde-se a


eficiência da diminuição da resistência.
Rt
(Ω)

(3m, 5/8”)

(3m, 1”)

(6m, 1”)

1 2 3 4 5 Nº de hastes

• Aprofundamento dos eletrodos

 Utilizada no caso de se ter menores resistividade em


camadas mais profundas do solo.

 Quando o solo é homogêneo a eficiência desse método


reduz a partir 3,5 m.

Rt Rt
140

Solo Solo com camadas


Homogênio mais profundas
Com ρ menor

0,3 3 Profund. 3 6 9 12 Profund.


(m) (m)
• Aumento da seção do eletrodo

 Método pouco utilizado já que o seu dimensionamento está


ligado à capacidade de condução de corrente.
• Tratamento químico do solo

 Consiste na adição de saís no solo como:

 Cloreto de sódio
 Sulfato de cobre

 Deve-se tomar cuidado de não aplicar produtos corrosivos

 Outros produtos químicos industrializado higroscópicos (Ex.


Bentonita)

• Introdução de elemento condutivo no solo

 Consiste em envolver o eletrodo com material condutivo


aumentando a área de contato e podem ser utilizados:

 Carvão
 Sucata metálica

3.6 – Material do Eletrodo

• O eletrodo mais utilizado são hastes tipo “Cooperweld”.

• Essas hastes têm núcleo de aço e são revestidas por cobre


através de semi-fusão de camadas.

3.7 – Corrosão de eletrodos de aterramento

• Como as hastes de aterramento são composta por material


nobre (Cu) isso pode gerar diferença de potencial entre metais e
gerar corrente anódicas prejudicando as estruturas menos
nobres, como o aço.

• As soluções para evitar a corrosão são:

 Concretagem do aço;
 Proteção catódica ou anódica ;
3.7 – Medição de Resistência de Aterramento

3.7.1 – Princípio da Medição

• Muitas vezes torna-se necessário a medição da resistência de


aterramento de um determinado ponto de aterramento elétrico e
isso pode ser feito da seguinte maneira:

• A corrente I que flui por um eletrodo enterrado distribui-se


radialmente em todas as direções e sua densidade varia a
relação:

i = I / (2 . π . x2)

• O campo elétrico gerado no solo segue a Lei de Ohm e depende


da resistividade deste.

E = ρ. I

3.7.2 Método da Queda de Tensão por 3 Hastes

• Condições para medição:

 Medir com tempo seco de preferência de no mínimo 3 dias


após a última chuva
 Usar luvas com classe de isolamento 1
 Não medir com chuva ou solos alagados
 Cravar as hastes no sentido linear
• Montagem:

C1 P1 P2 C3
0 0 0 0

P1,C1 P2 C3

x
d

 P1 – eletrodo de referência
 P2 – eletrodo de potencial
 C3 – Eletrodo de corrente

• Equipamentos utilizados:

 Megger
 3 hastes de “Cooperweld” de 1,2 m de comprimento e
diâmetro 16 mm;
 Cabos de ligação entre hastes e Megger deverão ser de
diâmetro mínimo de 2,5 mm

• Método de instalação:

 Desconectar a estrutura a ser aterrada dos sistema de


aterramento;
 Cravar uma haste ( a 0,7 m de profundidade) para ser o
eletrodo de teste
 Cravar outra haste (a 0,7 m de profundidade) a uma
distância x conforme a relação:

X = 0,618 . d

 Cravar a 3ª hastes (a 0,7 m de profundidade) na distância


de aproximadamente de 35 m para boa definição do
patamar de resistência.

• Análise dos resultados

 A resistência de aterramento será identificada pelo patamar


estabelecido nas figuras a seguir.
Vp R

Rt

X d Distância x d Distância

5 – Aterramento para Descargas Atmosféricas

5.1 – Sobretensões no sistema elétrico

• Os sistemas elétricos estão submetidos a 2 tipos de


sobretensões (surtos):

 Próprias (manobras);
 Externas (descargas atmosféricas).

• Os sistemas de aterramentos utilizados nas instalações elétricas


são geralmente eficientes para aterramento de sustos de do
próprio sistema que apresentam freqüência e tensões mais
baixas.

• As sobretensões de origem de descargas atmosféricas se


caracterizam por freqüência e tensões elevadas e nesse caso os
sistema de aterramento convencionais não apresentam tão boa
eficiência.

5.2 – Características das descargas atmosféricas

• As descargas atmosféricas são formadas a partir de nuvens tipo


Cúmulus-Nimbus e tem a seguinte características físicas:
+++++++
+- 60º

+- 12 km

+- 5º
-------

• A maior freqüência de formação de descargas é do tipo


descendente negativa

• A polaridade depende das cargas da base da nuvem.

• As descargas atmosféricas quando estabelecidas têm a


característcas elétricas básica:

 Forma de onda

Ip

0,5 Ip

tf t (μs)

 Intensidade média em Minas Gerais = 42 kA


 tf = 2 μs
 Carga = 20 Coulombs

• A condutividade do solo varia segundo a freqüência.Pode-se


observar que para altas freqüência a permissividade é bastante
diminuída
σ

• Na descarga atmosférica os parâmetros de resistivo e indutivo


são mais influentes devido à alta freqüência e o capacitivo tem
influência menor.

XL = 2 π f L XC = 1 / 2 π f C

• O gráfico a seguir mostra a influência da resistividade do solo na


atenuação da onda de descargas atmosféricas.

Ce

1000 Ω.m

500

100 Ω.m
1 MHz f

• Essa atenuação foi considerada a relação para ateuar 36,8 % da


onda e os parâmetros de solo.

5. Melhoria do aterramento para efeito de descargas


atmosféricas

Na melhoria de aterramento deve utilizar os método citados no item


4 e na geometria do aterramento de forma a reduzir o efeito
indutivo.
6 – ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

6. 1 – Definições

• Tensão de Contato – É a tensão que aparece acidentalmente


quando da falha da isolação

• Tensão de toque – É a tensão que aparece, geralmente, entre a


mão e os pés de uma pessoa quando esta toca um equipamento
ou intalação sujeita à tensão de contato

• Tensão de passo – Pode aparecer quando uma corrente é


descarregada por um eletrodo de terra e é gerado na sua
proximidade uma tensão que poderá injetar no ser humano uma
corrente entre suas 2 pernas.

6.2 – Características do aterramento temporário

• O aterramento temporário é uma medida de segurança para


permitir trabalhos em instalações desenergizadas.

• O aterramento deve permitir a proteção da instalação de trabalho


quanto às tensões de origem:

 Indução;
 Energização acidental;
 Descargas atmosféricas.

6.3 – Equipamento para aterramento

• Um conjunto de aterramento geralmente é composto de :

 Grampos de conexão;
 Cabos de aterramento;
 Hastes de aterramento, quando não houve sistema de
aterramento.

• Os cabos e grampos devem ser dimensionados para suportar as


corrente de energização acidentais ou DA

• Os cabos devem ter isolação transparente para verificação de


sua integridade.

6.4 – Critérios de aterramento temporários

• Os aterramentos temporários devem ser feitos em


complementação aos dispositivos de aterramento das
instalações elétricas como chave de aterramento.

• Deve ser instalados:

 O mais próximo possível do ponto de trabalho;


 Antes e depois do ponto de trabalho.

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