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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Faculdade de Medicina de Botucatu


Dep. Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem

Relatório de Aulas Práticas


Laboratório de Instrumentação Médica
Módulo 6: Processadoras e Câmaras Escuras

Paulo Roberto da Fonseca Filho


6º Semestre / Física Médica

Botucatu, maio de 2006.


1. Introdução

O filme do raio-x utilizado com tela intensificadora é um sistema muito sensível a


luz e pode estar susceptível a borrões causados pela entrada de luz dentro da câmara
escura, que podem incidir sobre o filme. Luzes de segurança inapropriadas e fontes de luz
dentro ou fora da câmara escura podem comprometer a qualidade das radiografias
reduzindo o contraste e o enegrecimento da imagem. A única maneira de garantir que a
imagem final não está sujeita a esses artefatos é por meio de testes de qualidade na
câmara escura.
Todos os serviços que utilizam radiografia baseada no sistema tela-filme podem
evitar a exposição do filme a fontes luminosas que interferirão na obtenção de uma
imagem de qualidade. As principais fontes indesejadas de luz são:
●Uso incorreto de luzes de segurança;
●Vedações da porta e processadora danificadas;
●Luzes de segurança muito próximas a área de manuseamento do filme;
●Luzes de objetos como relógio, celular ou controle remoto.

As precauções envolvem: checar se os filtros das luzes de segurança estão de


acordo com o especificado pelo fabricante do filme; reparar imediatamente um filtro de
luz de segurança quebrado ou com alguma danificação e trocar rotineiramente esses
filtros e usar fitas de vedação nas portas das processadoras.
O ciclo na câmara escura tem como objetivos demonstrar os aspectos práticos da
revelação de filmes, bem como compreensão dos aspectos físicos do processo. Também
serão aplicados testes de qualidade da câmara escura para avaliar o grau de vedação da
sala e interferência da luz de segurança sobre o filme. Essa avaliação será possível por
meio de um densitômetro.

2. Revelação de um filme

A partir do momento em que um filme é exposto à radiação, segue-se para o


processamento, onde o mesmo (o filme) passa por uma série de banhos nos tanques de
revelação dentro da processadora, obedecendo a seguinte ordem:

2.1 Revelação
Ao imergir um filme exposto no tanque com revelador, esta solução age sobre os
cristais de brometo de prata metálica, discriminando os grãos expostos dos não expostos.
Os cristais, que são constituídos de íons, ganham elétrons do agente revelador, que se
combinam com o íon “Ag+”, neutralizando-o, convertendo-o em “Ag metálica”. Essa
reação química provoca uma degradação progressiva do revelador que é lentamente
oxidado pelo uso e pelo ambiente. A visibilidade da imagem e conseqüentemente o
contraste, a densidade de fundo e a definição, dependem do tipo de revelador usado, do
tempo de revelação e da temperatura do revelador. Desta forma, o controle tempo-
temperatura é de fundamental importância para se obter uma radiografia de boa
qualidade.
Em princípio, o revelador deveria somente reduzir os cristais de haletos de prata
que sofrem exposição durante a formação da imagem latente. Na realidade, os outros
cristais, embora lentamente, também sofrem redução.

2.2 Banho interruptor ou banho de prata


Quando o filme é removido da solução de revelação, uma parte do revelador fica
em contato com ambas as faces do filme, fazendo com que a reação de revelação
continue. O banho interruptor tem então, a função de parar esta reação a partir da
remoção do revelador residual, evitando revelação desigual e prevenindo ainda manchas
no filme. Portanto, antes de se transferir o filme do tanque de revelação para o de fixação,
deve-se usar o tanque do banho interruptor por aproximadamente 40 segundos.
O banho interruptor pode ser uma mistura de água com ácido acético ou ácido
glacial. Neste último caso, deve-se ter cuidado especial, prevendo-se uma ventilação
adequada e evitando contato com as mãos. Uma solução nova do banho interruptor é de
cor amarela e quando vista sob a luz de segurança é quase incolor. Quando a cor se
modifica para azul púrpura que aparece escuro sob a iluminação de segurança, a solução
deve ser trocada. Geralmente 20 litros de banho de parada são suficientes para se revelar
400 filmes de 3 ½ x 17 pol.

2.3 Fixação
Após o banho interruptor, o filme é colocado em um terceiro tanque, que contém
uma solução chamada de “fixador”, cuja função é remover o brometo de prata das
porções não expostas do filme sem afetar os que foram expostos à radiação. O fixador
tem também a função de endurecer a emulsão gelatinosa, permitindo a secagem ao ar
aquecido. O fixador deve ser mantido a uma temperatura igual ao do revelador, ou seja,
cerca de 20 graus Celsius. Os fixadores são comercialmente fornecidos em forma de pó
ou líquido e a solução é formada através da adição de água de acordo com as instruções
dos fornecedores.

2.4 Lavagem dos Filmes.


Após a fixação, os filmes seguem para o processo de lavagem para remover o
fixador da emulsão. O filme é imerso em água corrente de modo que toda superfície fique
em contato constante com a água corrente. Os melhores resultados são obtidos com a
temperatura por volta de 20 graus Celsius. Se tivermos altos valores podem danificar o
filme, assim como valores baixos reduzem a eficiência.
Além das etapas acima relatadas, é aconselhável, após a lavagem passar os filmes
durante mais ou menos 30 segundos, por um quinto banho que tem a finalidade de
quebrar a tensão superficial da água, facilitando desta maneira, a secagem e evitando que
pequenas gotas de água fiquem presas á emulsão, o que acarretaria em manchas nos
filmes depois de secos.
3. Metodologia

Existem diversas maneiras de verificar a entrada de luz externa na câmara escura


ou uso de luzes de segurança inapropriadas, porém a mais utilizada é medir a exposição
de um filme em diversas situações como: luz de segurança acesa e apagada e manuseio
do filme em diferentes locais da sala. Caso seja observada interferência capaz de
prejudicar a obtenção de uma imagem de qualidade para o diagnóstico médico será
necessário repetir todo o processo de vedação de luminosidade externa e da luz de
segurança utilizada. Os três testes realizados na processadora B são descritos abaixo:

3.1 Influência da luz de segurança


No primeiro teste, um filme não-exposto foi revelado, para ser utilizado como
controle. Em seguida, foi utilizado o envelope dos filmes, no qual foram feitas quatro
tiras de cerca de 3 cm de largura e 10 cm de comprimento. A cada 30 segundos, uma tira
era levantada expondo o filme. Assim, neste filme, cada região deveria apresentar uma
densidade ótica própria devido à exposição à luz de segurança.

3.2 Influência da luz externa


O teste consistia de passar um filme não-exposto nas bordas da porta da câmara
escura, com luz externa proveniente da sala ao lado acesa e apagada, em seguida os
filmes foram revelados.

3.3 Processadora
Foi necessário o uso do sensitômetro para impressionar o filme em 21 passos com
densidades óticas diferentes, cujos valores variavam com escala logaritmica. Isto feito, o
filme foi revelado. Os resultados foram coletados por meio de um densitômetro e são
apresentados abaixo.

4. Materiais

Para realização dos testes foram empregados um sensitômetro de 21 passos


(Victoreen Dual Color 07-147), um densitômetro digital (MRA) e alguns filmes
radiográficos 18 x 24 cm (Fuji Film) e uma processadora automática de filmes (RP X-
Omat M 6 A-N);

5. Resultados e Discussão

A Figura 1 e a Figura 2 representam as curvas sensitométricas de alguns dos testes


realizados na câmara escura que objetivavam avaliar a resposta do filme à exposição. Ao
observamos a Figura 1, as quatro curvas são bem próximas, fato que pode ser notado nos
valores médios da Figura 2.
3

Densidade Ótica (D.O)


2,5

1,5

0,5

0
S3
18 19 20 21
S1 14 15 16 17
8 9 10 11 12 13
4 5 6 7
1 2 3 Passos

Figura 1: Valores de densidade ótica para cada seqüência medida.

2,6875 2,7225
2,6375
2,6975
2,5125 2,665
2,5 2,595
2,3725

2,1675

2
1,925
Densidade Ótica (D.O.)

1,595
1,5

1,225

1
0,9275

0,6775

0,5
0,4725
0,235 0,26 0,36
0,3
0,235 0,245

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Passos

Figura 2: Densidades óticas médias em função do número de passos.

A latitude pode ser observada no intervalo de densidades óticas entre 0,68 e 2,2. A
prática a velocidade é indicada no ponto equivalente a 1+ base mais véu (0,235) = 1,235;
em mamografia, o valor a ser somado à base mais véu é 1,4. O gradiente médio é
aproximadamente arctg(0,3) = 17°.
Os filmes de teste de permeabilidade da câmara à luz foram divididos em pontos
de interesse distribuídos como fossem uma matriz 5 x 6 pontos. A partir daí foi subtraído
o valor da base mais véu de modo gerar um “delta” de densidades óticas, exibidos abaixo.
A Figura 3 apresenta variação da densidade ótica da câmara B em relação à base
mais véu. Enquanto isso, a Figura 4 representa a mesma variação com a influência da luz
da câmara ao lado. Já a Figura 5 apresenta o resultado para teste da câmara escura do
centro cirúrgico, onde foram encontrados os problemas mais graves em termos de
vazamento de luz (valor elevado para o “delta”).

Figura 3: Variações de densidade ótica na câmara escura do setor de radiologia sem


influência da luz de outra câmara escura

Figura 4: Variações de densidade ótica na câmara escura do setor de radiologia com


influência da luz de outra câmara escura.
Figura 5: Variações de densidade ótica na câmara escura do centro cirúrgico.

A exposição do filme em função do tempo não apresentou resultados


significativos, uma vez que os valores se mantiveram constantes e dentro do limite
aceitável pelas normas vigentes. Não foram observadas alterações significativas
referentes à luz de segurança.

6. Conclusões

Por levar os alunos a elaborar e discutir testes realizados nesta disciplina, conclui-
se o módulo de câmara escura atingiu seu objetivo. É importante ressaltar que os dados
demonstram a necessidade urgente de reparos na vedação das câmaras escuras, antes que
esta vulnerabilidade à luz venha a danificar o resultado de exames.

7. Referências Bibliográficas

SPRAWLS, P.; Physical Principles of Medical Imaging, Ed. Madison: Medical


Physics Publishing, 1995.

BUSHONG, S.C; Radiologic Science for Technologistis. Physics, biology and


protection, Saint Louis :Mosby,1975.

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