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Gerard Prince
Por último, uma tal gramática poderia consistir nas seguinte quatro
partes interrelacionadas: uma componente sintática, por meio da
qual um número finito de regras geram as macro e microestruturas
de todas as estórias, e somente delas; uma componente semântica
interpretando estas estruturas, caracterizando tanto caracterizando o
conteúdo narrativo tanto da macroestrutura global quanto das
microestruturas parciais; uma componente "discursiva" por meio da
qual um número finito de regras opera sobre as estruturas
interpretadas e responde pelo discurso narrativo (ordem de
apresentação, aceleração, mediação narratológica etc.); e uma
componente pragmática especificando os fatores cognitivos e
comunicativos básicos afetando a manifestação, o processamento e
a narratividade do que se passa nas três primeiras partes. Estas
componentes, que constituem a própria gramática narrativa,
articular-se com uma componente permitindo a tradução dos dados
gramaticais provindos de um determinado médio (digamos, o inglês
escrito).
Das críticas dirigidas contra a narratologia e suas posições,
reivindicações e ambições, pelo menos quatro merecem a atenção.
Discute-se, às vezes, que os modelos narratológicos são redutores e
que não podem capturar muitos aspectos (importantes) dos textos
narrativos. Mas talvez esta carga excessivamente geral de
reducionismo não toma em consideração o fato de a narratologia
esforça-se para explicar todas as narrativas, e somente as narrativas,
até onde elas sejam narrativas: os narratologistas sempre deixaram
claro o fato de há muitos elementos que não são narrativos num
texto narrativo (por exemplo, atos patéticos, forças filosóficas,
penetrações psicológicas).