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UMA TRILOGIA DE VERSOS

(EM NOME DO PAI, DA MÃE E DOS FILHOS)

Paulo Marcelo Braga


EXEMPLO PATERNO

(Ao Paulo Benedito Santos Braga, com gratidão)

“O amor não tem que ser uma história


com princípio, meio e fim...”.
(Fábio Jr.).

Pai, obrigado pelo exemplo


do poder de tua lição pessoal,
e por teres indicado o templo
para eu fazer a oração triunfal...
Tu amaste a minha genitora
com um amor poético,
evitaste a prosinha impostora,
com o teu clamor ético...

És um guerreiro, meu pai,


exemplar para teus filhos e netos.
Revés embusteiro não vai
ofuscar esses teus brilhos diletos...

Paulo Marcelo Braga


Belém, 23/08/2006
(01 hora e 30 minutos).
A PARÁBOLA DO AMOR ETERNO

(Em memória de Maria de Lourdes Silva Braga)


“O fim não existe, pois temos ligações profundas
com o inimaginável...”. (Paula Jéssica Fernandes Braga).
Com calma e brejeirice,
um viajante parou numa porteira,
bateu palma e disse:
-“Ô de casa, mate minha canseira!”.

Lá de dentro da casa desconhecida,


alguém respondeu: -“Ô cabeça de boi,
vê se cai fora e não me atrasa a vida...”.
Com o desdém que sofreu, ele se foi...

Ele bateu de porta em porta;


porém, ninguém o atendeu...
Sofreu foi muita chacota
e nenhum vintém recebeu...

Numa noite, o viajante


recebeu uma boa acolhida...
Num lugarejo distante,
recorreu à pessoa querida...
Cansado de viajar pelo mundo,
ele retornou ao lar materno
e foi alimentado pelo profundo
sentimento que brotou fraterno...

A figura materna o abençoou


e, numa lição de vida,
com brandura terna, balbuciou
a oração agradecida...

O viajante pediu: -“Mamãe, perdão,


por eu lhe deixar desamparada...”.
No mesmo instante, ouviu: -“Não,
filho, não vá lamentar por nada...”.

E continuou:-“Não seja tolo, filho...


Por gentileza, vá se banhar...
Eu vou é fazer um bolo de milho
para a sobremesa do jantar..”.

Moral da história: é sempre no lar materno


que um pecador contumaz, tratado
mal, como escória, vai encontrar o fraterno
amor, capaz de vir a ser eternizado.

Paulo Marcelo Braga


Belém, 23/08/2006
(01 hora).
REFLEXO DE LIBERDADE
(Para os meus filhos, com esperança)
Para os meus pais, com gratidão.).

“Você já foi ao espelho? Não? Então, vá...”.


(Raul Seixas).

Eu olhei no espelho,
refleti no que vi...
Escutei um conselho,
consenti e sorri...

Ter fé no estudo
é meter o pé na estrada.
Uma ré, contudo,
pode ser (e é) engatada...

Quando for necessário,


vou rever posturas,
despistando o falsário
poder das ditaduras...

Mudar de idéias
e conservar os ideais
é desprezar platéias
e batalhar pela paz.

Se uma pobreza material


dá a idéia de incompetência,
há uma riqueza profissional
lá na margem da penitência...

Uma paz interior


não carece de dinheiro.
Quem faz amor
enriquece por inteiro.

Toda fertilidade é a riqueza


de quem zela pela sua prole.
A simplicidade, com certeza,
vem e esfacela falcatrua mole.
Vir a ter comida na mesa
é uma tática essencial.
Viver a vida é ver firmeza
numa prática espiritual.

Para que viver de aparência,


além de deixar a barriga na miséria?
Sobreviver é ter competência
sem se curvar à uma intriga deletéria.

Há prioridade na vida
de um profissional engajado.
A vaidade indevida
é um mal a ser descartado.

De alguns politiqueiros tirei sarro


e paguei um preço por tal audácia.
Perdi dinheiros, fiquei no esparro:
tombei no endereço da real falácia.

Quem questionou poderes fugazes


e sofreu com as represálias diversas,
também educou uns seres capazes
de sobreviver às gentalhas perversas...

Desdenho das sortes dos gananciosos,


sou intuitivo e não barganho.
Eu tenho os meus filhotes maravilhosos
e sobrevivo com que ganho.

Nem sempre tudo é o que aparenta ser!


Há riqueza num pobre honesto.
Um trombudo se arrebenta sem perceber
a fortaleza que recobre o resto.

Se alguém perguntar para mim


o que eu quero desta vida; na verdade,
vai me escutar responder assim:
viver, espero, com a devida liberdade...
Eu sou feliz sobrevivendo liberto,
desapegado da vaidade.
Estou por um triz, prevendo o veto
de um bocado de falsidade.

Eu canto o meu refrão em coro,


com alguma comitiva de simplicidade.
Espanto uma porção de agouro
ao som de viva, viva, viva a liberdade!

Eu sigo em frente e vou cantando,


sem complexo e sem vaidade.
Meu abrigo decente vai projetando
bem algum reflexo de liberdade.

Paulo Marcelo Braga


Belém, 10/10/2006
(23 horas e 10 minutos).

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