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Todo ser humano deveria ajudar alguém a nascer e alguém a morrer. Em ambas oportunidades,
diferentes aprendizados tornariam o homem mais próximo do que seja vida e morte e,
consequentemente, mais próximo de Deus.
Trazer à vida é um mergulho na abundância, na prosperidade, é fazer parte da criação. Um
momento único quando nos tornamos cúmplices do Criador e percebemos quanto é belo sua obra.
A alegria desse momento não tem comparação com nada nesse mundo. O júbilo do nascimento
toma conta do nosso ser e ficamos, assim, em estado de graça por muito tempo. Quem já foi mãe
ou teve contato direto com o nascimento de uma criança, sabe do que estou falando.
Entre nascer e morrer, lidar com o nascimento é a melhor parte e, aparentemente, mais fácil.
Até porque estamos mais predispostos a essa experiência. Somos criados e condicionados a receber
a nova criança como uma Dádiva de Deus e o nascimento é exatamente isso.
A morte, em contrapartida, é para todos nós uma etapa muito difícil de vencer. Acompanhar
alguém á morte é ter contato direto com a sobriedade, o breu, o silêncio. Tudo definha, tudo
apodrece e se esvai. Cuidar de uma pessoa em estado terminal é muito duro, principalmente se for
um idoso, quando cada tentativa de auxílio nos parece uma investida em vão. Trabalhar com sua
dependência e cuidar de sua alimentação, de sua higiene é frustrante e desgastante. Todas as
cruezas com as quais temos que lidar, são as mesmas que administramos muito bem em um bebê,
entretanto, no doente ou idoso, tudo parece mais difícil. Queremos distância da morte, ela nos
assusta e por puro instinto sentimos aversão e contrariedade ao nos aproximarmos dela. Tudo
porque nos falta a intimidade com a morte, o respeito com as tradições já esquecidas e a
naturalidade de se lidar com algo que é inerente a própria vida. Afinal, tudo o que nasce, um dia
morre.
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