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JOÃO ROCHA 1
HISTÓRIA DO BRASIL
O ano de 476 ( século V) é convencionalmente utilizado para demarcar o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média.
Naquele ano, após longa decadência e sucessivas invasões, o Império Romano foi destruído, por tribos germânicas (
bárbaros)
As principais CARACTERÍSTICAS do sistema feudal eram a economia de subsistência, a sociedade estamental, a
descentralização política e a cultura teocêntrica.
O FEUDO Unidade básica do sistema feudal. Tinha como sede o castelo pertencente ao senhor feudal, era uma
grande propriedade agrária formada por terras de cultivo, onde viviam os demais habitantes do feudo.
A ECONOMIA era de subsistência, se produzia apenas o necessário para a sobrevivência dos habitantes do feudo.
Não havia praticamente comércio ou moeda, as trocas eram de um produto por outro.
O TRABALHO baseava-se no regime de servidão. Neste regime não existia trabalho assalariado, os servos eram
obrigados a prestar serviços gratuitos e ceder a maior parte da produção ao senhor feudal, recebendo deste, em
contrapartida, proteção militar.
A SOCIEDADE era estamental. Não existia mobilidade social no sentido ascendente ou descendente.
A POLÍTICA era descentralizada. Não existia um poder central. O rei era apenas o primeiro entre os pares, ou seja, o
mais prestigioso dos senhores feudais
A CULTURA era essencialmente religiosa ou teocêntrica. Grande proprietária de terras, a Igreja católica justificou e
santificou as estruturas feudais, exercendo influência dominante sobre as letras, artes, as ciências e a filosofia.
II – A CRISE DO FEUDALISMO :
Por volta do séc. X cessaram as invasões bárbaras. Houve o restabelecimento de uma relativa paz, o que impulsionou o
crescimento demográfico europeu. O crescimento populacional levou à ocupação de áreas ainda não utilizadas para o
plantio, como florestas e pântanos. Ao mesmo tempo, os senhores feudais ampliaram as obrigações dos servos, o que
levou muitos destes a abandonar as terras em que viviam ou a serem expulsos delas. Por outro lado, a produção de
subsistência não atendia mais as necessidades alimentares da população que crescia. Essas populações famintas
formavam bandos de miseráveis, que, em grande parte apelavam para o banditismo, o roubo e o saque.
Nesta época, o Oriente Próximo, a África do Norte e a península Ibérica estavam sob o domínio dos muçulmanos, adeptos
da religião fundada por Maomé, o islamismo. A saída para a crise européia foi organizar expedições militares para
combater os muçulmanos (AS CRUZADAS – sec. XI); dessa forma, deslocavam para as terras conquistadas os
excedentes populacionais europeus. Uma das principais conseqüências das cruzadas foi a retomada do comércio entre a
Europa e o Oriente através do mar Mediterrâneo. O desenvolvimento do comércio, por sua vez, incentivou o renascimento
urbano, ou seja, o ressurgimento dos burgos ou cidades que também haviam se despovoado no período anterior. O
renascimento comercial e urbano propiciou o surgimento de uma próspera camada de mercadores e artesãos que
trabalhavam nos burgos medievais. Esta nova classe ficou conhecida como burguesia. Para os burgueses interessava o
surgimento de um poder político forte e centralizado, que protegesse e impulsionasse as atividades comerciais. Era o início
dos tempos Modernos e suas transformações econômicas (surgia o capitalismo). A esta mudança de uma economia não
lucrativa (feudalismo) para uma capitalista, levou o nome de REVOLUÇÃO COMERCIAL Este é o contexto inicial da
formação dos Estados Modernos, que, mediante uma aliança entre burguesia e a realeza, assumem a forma das
Monarquias Nacionais de poder centralizado
Muito interessada em ampliar seus negócios e superar as dificuldades para o desenvolvimento do comércio , a burguesia
emergente busca aliança com o rei, o qual tem por objetivo a centralização política e territorial. Para concretizar esta
aliança, a burguesia oferece recursos para a formação do aparelho burocrático, tais como: funcionários para administração
e legistas para justificar o poder monárquico, e também, recrutamento de forças militares e armas de fogo. Assim, os
monarcas foram impondo sua autoridade sobre a nobreza feudal, unificando territórios e centralizando o poder, originando,
a partir do século XV, O estado Moderno.
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• POLÍTICA ECONÔMICA MERCANTILISMO – Princípios:
MONOPÓLIO ( direito exclusivo de exportação)
PROTECIONISMO ALFANDEGÁRIO ( restrições a importação)
METALISMO ( acúmulo de metais preciosos )
BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL ( vender mais que comprar )
COLONIALISMO
IV - O FEUDALISMO PORTUGUES
Em 711, na Alta Idade Média, os muçulmanos invadiram e conquistaram a maior parte da península Ibérica . A origem de
Portugal está ligada a Guerra de Reconquista ( luta pela expulsão dos árabes muçulmanos da região ). Durante a Guerra
de Reconquista formaram-se 4 reinos: LEÃO, CASTELA, ARAGÃO E NAVARRA. Da junção de LEÃO e CASTELA,
originou-se o CONDADO PORTUCALENSE. Portanto, a Guerra de Reconquista trouxe a centralização do poder para
Portugal ( 1139). Surgiu daí a Dinastia de BORGONHA.
• Fome... Peste Negra ... Guerra dos Cem Anos causaram uma crise que devastou o continente.
• A Grande Fome - Conseqüência do crescimento demográfico, das más colheitas e da alta dos preços dos cereais.
• A Peste Negra - Foi um surto da peste bubônica que dizimou um terço dos europeus.
• A Guerra dos Cem Anos - Entre França X Inglaterra, devastou a agricultura e desarticulou o comércio no Ocidente
europeu.
• O perigo das estradas Rota da Champanhe
• A opção Rota Marítima
• Enquanto Portugal ampliava seu comércio nas costas Africana ( Feitorias ), a Espanha lutava para expulsar os Mouros (
expulsos em 1492 ).
• 1492 - Colombo chega na América
( BULA INTERCOETERA - 1493 )
( TRATADO DE TORDESILHAS – 1494 )
IX - A CHEGADA AO BRASIL
A presença de estrangeiros no litoral brasileiro representava uma ameaça a Portugal. O monarca português, D. João III,
chegou a reclamar do contrabando francês ao rei Francisco I, da França. Este respondeu: “Gostaria muito de ver o
testamento de Adão e Eva dividindo as terras do Novo Mundo entre Portugal e Espanha”.
Diante da insistente investida dos piratas, a Coroa viu-se obrigada a ocupar as novas terras, sob pena de perdê-las para
outras nações.
Carta de doação cedia terras aos donatários e o poder jurídico sobre elas;
o donatário tinha a posse hereditária,mas não a propriedade;
dava direito de autorizar a pena de morte, escravizar índios
As capitanias possuíam alguns traços feudais, na sua estrutura jurídica e política, mas na sua base econômica apresentava
características não-feudais. A economia da colônia era determinada pelo comércio internacional e o trabalho nunca foi
predominantemente servil. A produção voltava-se para a exportação e a mão-de-obra era basicamente escravista e
exportadora, nem de longe assemelhando-se à economia de subsistência típica do feudalismo.
As demais capitanias ou faliram, ou sequer foram ocupadas por seus donatários. Por isso a Metrópole criou, em 1548,
o Governo Geral, transferindo para este uma parte dos poderes anteriormente pertencentes aos donatários.
Com o passar dos anos, as capitanias foram, paulatinamente, retornando ao governo português. Em alguns casos, a
Coroa comprou-as; em outros, recebeu-as ou porque morriam os donatários sem deixar herdeiros ou porque as capitanias
eram ocupadas por seus proprietários.
As capitanias pertencentes ao Estado chamavam-se “capitanias da Coroa”, sendo administradas por um governador,
nomeado por um rei. Entre elas incluíam-se algumas capitanias nocas, criadas nos séculos XVII e XVIII, como as do Grão-
Pará, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Finalmente, em 1759, a última capitania particular ainda existente foi expropriada pelo governo português, então
chefiado pelo Marquês de Pombal. Ministro do rei D. José.
Diante do fracasso do sistema de capitanias, a metrópole procurou recorrer à centralização do poder. Criou-se o
GOVERNO-GERAL, não para acabar com as capitanias, mas para centralizar sua administração, pois a autonomia dos
donatários chocava-se com os interesses do estado português.
• O REGIMENTO
Assinado em 17/12/1548, este documento estabelecia a criação do Governo-geral no Brasil e continha entre outras
disposições:
⇒ O comando e a defesa militar da Colônia ficava a cargo do governador-geral;
⇒ Os donatários perderiam os seus poderes judiciais;
⇒ Estava proibida, de modo geral, a escravidão do índio;
⇒ O governador geral teria três auxiliares:
∗ Ouvidor-Mor Justiça
∗ Provedor-Mor Cobrança de impostos
∗ Capitão-Mor Defesa do território
• 3º MEM DE SÁ ( 1558 – 72 )
⇒ Mem de Sá buscou restabelecer o domínio da colônia
⇒ Formação das primeiras missões jesuíticas para reduzir os conflitos entre colonos X jesuítas
⇒ Dissolução Confederação dos Tamoios Paz de Iperoig (Ubatuba) apoio de Nóbrega e Anchieta
⇒ Fundação da cidade do Rio de Janeiro ( 1565 ) por Estácio de Sá
⇒ 1567 Expulsão dos franceses do Rio de Janeiro
⇒ Importação de escravos para suprir mão-de-obra
⇒ 1572 morte de Mem de Sá
• A REUNIFICAÇÃO
⇒ Lourenço da Veiga (capital: Salvador) Governou de 1578 a 1580
• Em 1578, D. Sebastião, rei de Portugal, morreu lutando contra os árabes Batalha de Alcácer-Quibir. A
morte de D. Sebastião, com apenas 24 anos de idade gerou uma grave crise política. Isto por que D.
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Sebastião não havia deixado descendente para ocupar o trono português. De imediato assumiu a coroa
seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, que já contava com sessenta e seis anos de idade. Dois anos depois,
em 1580, o cardeal D. Henrique, morreu. Terminava assim a DINASTIA DE AVIS. Surgia aí uma questão
dinástica. Quem herdaria o trono português?
Existiam vários pretendentes ao trono entre eles D. Antonio, que foi proclamado rei. Felipe II (outro
pretendente) reagiu duramente. Conquistou Portugal pela força militar e pelo dinheiro com o qual
subornou a classe dominante portuguesa. Por isso, teria dito:Portugal, o herdei, o comprei e o
conquistei ” ( Felipe II )
Assim, por 60 anos, Portugal e por extensão, seu império colonial – inclusive o Brasil – estiveram
sob o domínio dos HABSBURGOS (período dos Filipes II, III e IV)
• (O Sebastianismo X Canudos)
Exigências das Cortes portuguesas a Felipe II ( que aceitou ). Este acordo concedia certa
autonomia a Portugal, tais como:
1. Comércio colonial: deveria ser realizado e comandado por navios portugueses.
2. No plano administrativo:deveriam ser mantidos funcionários portugueses
3. Leis e costumes: respeitados ; Idioma: português
4. Existia uma cláusula: que impedia as autoridades espanholas a se envolverem nos assuntos
da Colônia.
NO PLANO INTERNACIONAL: MUITAS MUDANÇAS
Eram os holandeses que controlavam o transporte, a refinação e a distribuição do açúcar
brasileiro.
Os Países Baixos (hoje Holanda, Bélgica e pequena parte da França) eram dominados pela
Espanha, que impôs um bloqueio econômico às atividades comerciais da Holanda.
Em 1581, proclamaram sua independência, surgiu a República das Províncias Unidas
(Holanda)
Em 1602, os holandeses criaram a CIA. DAS ÍNDIAS ORIENTAIS, que se apossou de colônias
espanholas no Oriente.
Em 1621, os holandeses fundaram a CIA. DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS, que objetivava controlar o
açúcar brasileiro. Sendo responsável pela ocupação do nordeste.
• A DIVISÃO DE 1621
Em 1621, foi criado o Estado do Maranhão, com as capitanias do Maranhão e Grão-Pará (Maranhão, Pará
e Amazonas atuais). A capital primeiro foi em São Luís e depois em Belém.
O restante da Colônia formava o Estado do Brasil (Sede – início: Salvador; depois: Rio de Janeiro).
• OS VICE-REIS
Em 1640, surgiu no Brasil o título de vice-rei, por causa da Restauração Portuguesa, porém, esta
denominação só foi oficializada em 1720. E foi entregue pela primeira vez ao Marquês de
Montalvão, embora o país não fosse elevado, oficialmente, à categoria de vice-reino. Até 1714,
porém, só para dois governantes foi entregue o título: Marquês de Montalvão e Conde de
Óbidos. Desta data até 1808 (chegada da Família Real ao Brasil), todos os nossos governadores
gerais(total de 13) receberam, indistintamente, o título de vice-rei.
• AS CÂMARAS MUNICIPAIS
A organização político-administrativo do Brasil tinha um caráter central, tendo por base o governo-geral. Entretanto,
essa administração centralizada tinha um poder mais formal (teórico) do que prático. Isto porque na prática o poder
estava descentralizado pelas vilas e municípios, ficando em geral nas mãos dos grandes proprietários.
Paralelamente à formação das primeiras vilas, também foi sendo estruturada uma administração de âmbito local, a
cargo das CÂMARAS MUNICIPAIS. As Câmaras Municipais eram controladas pelos chamados “HOMENS
BONS”, representados pelos grandes proprietários de terra, de escravos ou de gado.
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Assim, as câmaras municipais constituíam poderosos órgãos da administração local, controlados pela aristocracia
rural da Colônia. Nessa condição, opunham-se ao centralismo administrativo representado pelos órgãos da coroa
portuguesa.
Porém, a Metrópole não podia arcar com o investimento inicial, nem solucionar os problemas de transporte e
fretes. Isto porque sua indústria naval e sua marinha estavam em declínio. Estas dificuldades foram sanadas
através da aliança com os flamengos (ui...afe... que horrrooorrrr!!!), digo: holandeses -, que já distribuíam o
açúcar produzido pelos portugueses nas ilhas do Atlântico, desde o século XV. Os holandeses interessados
em comercializar o produto forneceram empréstimos financeiros para Portugal – para investimento inicial - e
passaram a cuidar da distribuição do açúcar, solucionando o problema básico da colonização: o mercado
Monocultura
Escravos
Produzir açúcar no Brasil, esbarrava em vários problemas. Um deles: o trabalhador. 1º) não se podia incentivar
imigração de portugueses e utilizar o trabalho assalariado (porque encarecia ainda mais); 2º) Ficava inviável a
utilização da população indígena.
Por outro lado, Portugal tinha acesso desde meados do século XV, aos mercados fornecedores de mão-de-obra
escrava da África. O problema do trabalhador foi resolvido, com a transferência de mão-de-obra relativamente
barata para a nova colônia agrícola, sem a qual a colonização seria inviável.
No item “ Mercantilismo e colonização” são os fundamentos que definem a função econômica de uma colônia para sua
metrópole. Isto é, a metrópole adquire na colônia as mercadorias nela produzidas, comercializando-as na Europa.
Desta forma, a metrópole não precisa importar produtos de outros países
Assim, a colônia se dedica a produção e a metrópole ‘a comercialização ( atividade mais lucrativa ).
Resumindo:
• Domínio da Metrópole sobre a colônia, define-se pelo Monopólio = PACTO COLONIAL
• A colônia envia matéria-prima para a Metrópole, e esta, envia manufaturados para a colônia.
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Expulsos do Rio de Janeiro (1567), os franceses passaram a freqüentar o litoral nordeste do Brasil, da
Paraíba ao Maranhão, ameaçando a posse portuguesa sobre a região. As autoridades portuguesas
resolveram ocupar efetivamente a região. Expedições militares foram enviadas e, partindo da Bahia e
Pernambuco, atacaram os franceses e os índios aliados, fundando diversas fortalezas, em torno das
quais surgiram atuais capitais dos estados nordestinos:
Paraíba: Frutuoso Barbosa e Diogo Flores Valdez, ocuparam a região onde fundaram entre 1583 e
1585, fundaram um forte às margens do rio Paraíba (origem da atual João Pessoa)
Rio Grande do Norte: Manuel Mascarenhas Homem, ocupou a região onde fundou, em 1598, o Forte
dos Reis Magos (origem de Natal).
Ceará: Martim Soares Moreno ocupou-o entre 1607 e 1610, fundando o forte e a igreja de Nossa
Senhora do Amparo (origem da cidade de Fortaleza).
Em 1612, a França tentou novamente estabelecer uma colônia no Brasil, escolhendo o litoral do
Maranhão, liderados por Daniel de La Touche, fundou São Luís (capital do Maranhão). Dando a nova
colônia o nome de França Equinocial.
Em 1615, foram expulsos por Alexandre de Moura e Jerônimo de Albuquerque.Os franceses, casados
com índias, preferiram ficar e fundaram uma colônia que recebeu o nome de GUIANA FRANCESA.
Criou-se, então, a capitania do Marnhão, cujo o governo foi entregue a Jerônimo de Albuquerque. Ao
mesmo tempo iniciou-se a exploração do litoral norte, em direção à foz do Amazonas. Neste local em
1616 , Francisco Castelo Branco, fundou o Forte do Presépio, em torno do qual surgiu a cidade de
Belém.
As causas das invasões estão ligadas a acontecimentos políticos e econômicos ocorridos na Europa
durante a segunda metade do século XVI. Entre estes acontecimentos, destacam-se a queda de
Portugal sob o domínio da Espanha e o processo de independência política da Holanda (folhas 5 e 6).
A invasão: O local escolhido foi Salvador, região conhecida pelos holandeses e um porto de fácil
acesso. Em 09/05/1624 atacaram a capital da colônia, Salvador. A cidade foi saqueada, o Governador
Diogo de Mendonça Furtado foi preso e enviado para Amesterdã.
A resistência e expulsão: Uma grande parte da população que havia abandonado a cidade,
resolveu resistir ao invasor. Liderados por D. Marcos Teixeira, aliando-se a ele: Senhores de engenho,
escravos e índios. Organizaram-se pequenos grupos de 25 a 40 soldados, iniciando-se uma ativa
guerrilha, bloqueando o avanço para o interior.
As tropas holandesas começavam a sofrer a falta de alimentos e o abastecimento ficava dia-a-dia mais
difícil. Praticamente bloqueados em Salvador, sem esperanças de apoderar-se da área produtora de
açúcar, foram desanimando. Enquanto isso, o rei da Espanha (Felipe IV) enviava a Bahia uma esquadra
de 13 mil homens. Em 1º de maio de 1625, os holandeses foram expulsos da Bahia.
Devida à ameaça representada aos corsários e piratas, o governo espanhol determinou que
navios que transportavam ouro e prata da América para a Espanha não viajassem mais
sozinhos, mas agrupados em grandes frotas, que anualmente se dirigiam à Espanha. Uma
destas tropas foi aprisionada pelos holandeses, dando-lhes um lucro três vezes maior do que
todo o capital das Companhias das Índias.
• Abriu crédito para os Srs. de Engenho para recuperar canaviais e comprar escravos
• Criou um Conselho de Escabinos em substituição às Câmaras Municipais
• Tolerância Religiosa
• Urbanização da cidade de Recife – Nova Holanda ( calçadas, pontes, saneamento)
• Artistas, médicos, astrônomos
• Jardim Botânico, Zoológico, observatório
• CAUSAS Com a saída de Nassau Pernambuco foi governado por uma Junta
Intolerância Religiosa ... Cobrança de empréstimos... Confisco
Em 1640 ( fim da União Ibérica) o rei de Portugal ( D. João IV- ex-Duque de Bragança
) teve a intenção de recuperar o nordeste brasileiro. Só que Portugal não tinha poder
econômico, isto porque: A RESTAURAÇÃO PORTUGUESA, levou o país a Guerra
contra a Espanha. Este motivo fez com que D. João procurasse os holandeses como
aliados para defender Portugal contra a Espanha, o governo luso fez um acordo com
os flamengos, em troca de apoio militar. Reconhecia-se a posse holandesa sobre o
Nordeste, pelo prazo de 10 anos. A Holanda em meio às disputas internacionais (
contra a Espanha) reforçou a exploração do Nordeste. Os impostos sobre o açúcar
foram aumentados e o que era mais grave, passaram a ser cobrados, quem não
pagasse teria sua propriedade confiscada.
o Através da assinatura da PAZ DE HAIA, a República das Províncias Unidas reconheceu oficialmente o
domínio português sobre o nordeste brasileiro e Angola. Em troca Portugal teve que pagar uma
indenização de 4 milhões de cruzados para a Companhia das Índias Ocidentais, pelos prejuízos causados.
Além disso, a coroa portuguesa abriu mão de algumas colônias do extremo oriente (Ceilão, Málaca e
Molucas), ocupadas pela Companhia das Índias Orientais.
As invasões inglesas:
• As tentativas inglesas de ataque limitaram-se a saques em portos brasileiros e apresamento de carga
de navios que se dirigiam a Europa
• A expansão da atividade pastoril no Nordeste apresentou três fases distintas: 1ª. Fase: os animais
eram criados dentro da própria fazenda de açúcar, pertencendo o rebanho e a lavoura ao mesmo
proprietário. O gado destinava-se à alimentação da população, particularmente dos escravos, ao
transporte e movimentação dos engenhos.
• 2ª. Fase: Iniciou-se com a separação entre as atividades agrícola e pastoril, quando esta começou a
entrar no interior. Embora separadas as atividades, o proprietário do gado ainda era o senhor de
engenho. Nesta fase o gado fornecia o couro – principal matéria-prima da região – utilizado na
confecção de roupas, calçados, telhas e janelas
• 3ª. Fase: As atividades separaram-se, o pastoreio foi para o interior, alcançou o rio S. Francisco e, com
a descoberta das minas, chegou ao Norte da zona mineradora. Deste modo, a pecuária, serviu de elo
entre a economia açucareira e mineradora, fornecendo gado para corte para as minas.
• Chamado de gado de quintal embrenhava-se nos canaviais antieconômico
• 1701 - proibição de criar de gado a menos de 10 léguas do litoral
POLO DE IRRADIAÇÃO > Capitania de São Vicente. Para entendermos melhor o porquê de São Vicente, é
só lembrarmos que o Nordeste do Brasil instalou um modelo agro-primário exportador baseado no
açúcar, bem diferente de São Vicente, que possuía um litoral pobre e alagadiço, cuja economia estava
voltada para a subsistência e sem condições de sediar a estrutura açucareira .
A mais importante fonte de renda era a venda de doce de banana para os espanhóis na região de Iguape.
Diante da miséria, os vicentinos foram obrigados a copiar os usos e costumes dos indígenas ( incesto,
nudez, poligamia...) A alternativa para a sobrevivência chegou através da expansão bandeirante.
1. Ciclo do Ouro de Lavagem = Prospector
Nesta fase não se afastaram do litoral
Descoberta de ouro de aluvião: São Roque(S.P), Itanhaém, Iguape, Paranaguá,
Curitiba e Laguna
1. Pecuária Sulina
O extremo sul ficou muito tempo esquecido pelos portugueses. Região com imensos campos, a base
econômica da colonização foi a pecuária. O negócio principal era o couro ( a carne, a princípio, era
inviável para negócio). Com a descoberta de ouro nas Minas Gerais e o nascimento da indústria do
charque ( carne-seca ), acabaram-se os desperdícios.
O abastecimento às Minas cavalos muares e ovelhas
Os Tratados de Limites
Em 1580 com a união das Coroas, Portugal e Espanha foram dominadas por um só rei, na prática os
limites de Tordesilhas foram suspensos, abolidos. O resultado disso foi espanhóis em terras portuguesas e
portugueses em terras espanholas.
Em 1640, Portugal separou-se da Espanha e as questões fronteiriças (na América) voltaram à tona.
Principais tratados Lisboa, Utrechet, Madri, El Pardo, Santo Ildefonso e Badajós.
Trinta anos de quase paz envolveu na região. Portugal envolveu-se na Guerra de Sucessão
Espanhola, apoiando o candidato austríaco ( Carlos Habsburgo ) ao trono Espanhol.
Conseqüência: a Espanha atacou a Colônia do Sacramento
Tratado de Utrecht
⇒ 1713 Portugal X França decidia que o rio Oiapoque seria limite entre Brasil e Guiana
Francesa.
⇒ 1715 Portugal X Espnha a Espanha devolve a Colônia para Portugal.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 13
Após meio século de lutas, pela disputa do local, nenhum dos lados levou vantagem.
A solução surgiu por via diplomática: TRATADOS DE LIMITES.
Quantos aos jesuítas ali estabelecidos, poderiam se mudar para o território espanhol
( Colônia do Sacramento – Uruguai). Como os índios e os padres se recusaram a
deixar a região ( 7 Povos das Missões), foram atacados por um exército Luso-
Espanhol GUERRA GUARANÍTICA. Conseqüência desta Guerra Expulsão
dos jesuítas do Brasil(1759) pelo Marquês de Pombal.
⇒ O Tratado de Madri foi anulado pelo Convênio ( acordo) de EL PARDO – 1761 – Isto quer dizer:
Sacramento continuava de Portugal e 7 Povos das Missões, da Espanha.
⇒ Este tratado foi prejudicial a Portugal, pois a nação lusa perdia a Colônia do Sacramento e os 7
Povos das Missões ( quase todo o território atual do Rio G. do Sul). Só que as fronteiras não
foram demarcadas, ou seja NÃO ENTROU EM VIGOR.
⇒ Aproveitando-se disso e do fato dos espanhóis ocuparem territórios na Amazônia, Portugal invadiu
e ocupou os 7 Povos das Missões, incorporando-o definitivamente ao Brasil, era a o TRATADO
DE BADAJÓS – 1801.
⇒ 1674 Fernão Dias Pais ( bandeirante ) procurou esmeralda e encontrou turmalinas ( pedra
de pouco valor ).
( Expedição que deu início ao desbravamento do interior da colônia. )
⇒ Foram criadas as INTENDÊNCIAS DAS MINAS, que só prestava contas para o Governo de
Lisboa. Executava o Regimento e fiscalizava.
Composição da Intendência:
O início da exploração:
Todos mineradores deveriam ser inscritos na Intendência. A descoberta de uma jazida aurífera devia ser
obrigatoriamente comunicada. O guarda-mor dirigia-se ao local, ordenando a demarcação do terreno a
ser explorado.
A cobrança de impostos:
• QUINTO 20% do ouro encontrado ( era fácil sonegar )
• A FINTA Imposto Adicional ao Quinto Foi extinto devido a sonegação
• 1725–Casas de Fundição Fundir ...quintar ( retirar a parte do rei )
• 1735 - Capitação17 gm de ouro por cabeça/escravo ( até 1750 )
• 1750 - Permanece o Quinto novas exigências:
∗ Arrecadação mínima 100 arrobas DERRAMA
Conseqüências da Mineração:
1. Desenvolvimento da agricultura e formação de um mercado interno na colônia ( S.P, sul de M.G.,
R.J., vale do Paraíba)
2. Desenvolvimento da pecuária no sul do país o pólo econômico descolou-se do nordeste para o
sudeste
3. Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro
4. Calcula-se que 800 mil pessoas vieram de Portugal para a zona mineradora
5. A procura de escravos negros fez com que aumentasse o preço, estabelecendo um surto no tráfico
negreiro.
6. Milhões de escravos vieram da África. Sendo Recife, Salvador e Rio de Janeiro centros
receptores.Na base da sociedade estavam os escravos. O trabalho mais duro era o da mineração,
especialmente quando o ouro do leito dos rios escasseou e teve de ser buscado nas galerias
subterrâneas A exploração do negro levou-os à fuga e à luta, formando-se centenas de quilombos
em Minas, violentamente combatidos pela elite branca
7. Articulação da região Mineira com outras áreas da Colônia Do Rio de Janeiro ( Bens de
Consumo ); Rio G. do Sul ( Gado e Charque ); Regiões intermediárias ( Engorda de animas );
Nordeste ( Gado para corte) TUDO ISSO PAGO EM OURO
8. Nascimento de uma sociedade diferenciada ( onde havia mobilidade social ) constituída não só de
mineradores, mas de negociantes, advogados, padres, fazendeiros artesãos, burocratas, militares
Não é por acaso que ocorreu em Minas uma série de revoltas e conspirações contra as
autoridades coloniais
9. O Brasil, finalmente, deixara de ser uma colônia ilhada, em que cada capitania estava isolada das
demais. A ligação econômica entre as várias regiões começava a lançar germes de uma futura
unidade nacional, cujo centro era a zona mineradora.
10. Cultura: Barroco / Igrejas Aleijadinho
11. O ESGOTAMENTO, gerou:
• Desconfiança de sonegação de impostos
• Atritos entre Metrópole X Mineradores (Causa: Inconfidência Mineira)
• Empobrecimento ( surgiram as roças para subsistência)
• As cidades desapareceram
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 15
A ECONOMIA NOS FINS DO SÉCULO XVIII
Com o declínio da mineração na segunda metade do século XVIII a agricultura voltou a ocupar um lugar de
destaque ( renascimento da agricultura).
Vários acontecimentos internacionais contribuíram também para esse fenômeno: o crescimento da população
mundial, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
Com a Independência dos EUA, a Inglaterra perdeu um importante fornecedor de algodão para sua indústria
têxtil e voltou-se para outros fornecedores, beneficiando o Brasil.
Com a Revolução Francesa, as colônias antilhanas da França se rebelaram (Haiti), favorecendo a produção
açucareira do Brasil.
Assim, o renascimento da agricultura, no final do século XVIII caracterizou-se pela diversificação da produção
No final do século XVIII e início do XIX, quase todas as colônias da América separaram-se de suas
metrópoles, obtendo, a independência. A este processo dá-se o nome de CRISE DO SISTEMA COLONIAL.
Tal crise foi ocasionada por acontecimentos ocorridos em duas áreas diferentes: nas metrópoles e
dentro das colônias
NAS METRÓPOLES:
A queda do Antigo Regime. Sistema econômico vigente na Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII. Tal
regime incluía: 1) no plano político, o absolutismo; 2) no plano econômico, o mercantilismo e o capitalismo
comercial; 3) no plano social, uma sociedade estamental, porém, com o surgimento de uma nova classe social - a
burguesia - entre elas.
Através de um Estado fortemente centralizado esta sociedade heterogênea era mantida equilibrada,
devido a política mercantilista. Assim, a política adotada visava enriquecer o estado para fortalecê-lo, o que, porém
fortaleceu também a burguesia.
No século XVIII, o Antigo Regime entrou em crise devido à industrialização (Revolução Industrial), pois o
capitalismo industrial, com produção em grande escala, não admitia barreiras ao consumo, tais como: o monopólio
comercial e o trabalho escravo.
Por isso a burguesia industrial passou a ver no intervencionismo econômico do Estado não mais um
auxilio, mas um entrave ao crescimento da economia, opondo-se assim ao absolutismo e ao mercantilismo.
Resumindo: a Revolução Industrial inglesa, que liquidou o mercantilismo. A Revolução Francesa, iniciou a
derrubada do absolutismo. E a Independência dos Estados Unidos, mostrou o resultado natural da oposição de
interesses entre colônia e metrópole.
NAS COLÔNIAS:
Estes acontecimentos nas metrópoles, enfraqueceram o sistema colonial. Este enfraquecimento é
praticamente inevitável, pois, conforme se explora uma colônia, a área ocupada expande-se, a população cresce e
a produção aumenta, fazendo surgir novas camadas sociais, surgindo assim oposições de interesses entre a
colônia e a metrópole, as quais se agravam progressivamente.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 16
Algumas destas contradições, existentes desde o início da colonização, referiam-se às oposições de
interesses entre: Índios X Colonos; Colonos X Jesuítas; Escravos X Senhores.
A partir do final do século XVII, e particularmente durante a mineração, duas outras contradições surgiram
e agravaram-se, envolvendo:
1. Consumidores X monopólios metropolitanos;
2. Classe dominante colonial X Metrópole
CAUSAS Com o fim da União Ibérica, a coroa portuguesa ampliou o arrocho administrativo e
tributário sobre o Brasil. Alguns desses movimentos chegaram a propor a separação
política e transformações sociais.
NATIVISTAS
MOVIMENTOS SEPARATISTAS
Administração Pombalina: Em meados do século XVIII, Portugal era um país atrasado, em relação
às grandes potências européias. Em 1750, Dom José I assumiu o trono português. Porém, um marco
importante desta ascensão foi seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (futuro Marquês de
Pombal – 1750-1777). Seu objetivo: reformar a administração para maior controle da Metrópole.
Reformas: 1. Extinção do sistema de capitanias hereditárias em 1759 (era o fim do poder dos
donatários); 2. Reunificação Administrativa ficava abolida a divisão administrativa de 1621, quando
o Brasil ficou dividido em Estado do Maranhão e do Brasil, cada qual com seu próprio governador ; 3.
a transferência da capital Salvador para o Rio de Janeiro (1763); 4. a elevação do estado do Brasil à
categoria de vice-reino (1762), governado por um vice-rei, subordinado ao Conselho Ultramarino
(criado em 1642, com o fim da União Ibérica); 5. Expulsão dos jesuítas da metrópole e de todos os
seus domínios (acusação: “um Estado dentro do Estado”); 6. Criou a Cia. Geral do Comércio do
Grão-Pará e Maranhão em1755 (para atuar no norte) e a Cia. Geral do Comércio de Pernambuco e
Paraíba em 1759 (para atuar no nordeste).
• Outros nomes: Conjuração dos Alfaiates, Revolta dos Franceses, Conspiração das
Argolinhas, Conjuração dos Barbados e Conspiração dos Búzios.
• Características :
AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS
O surgimento do capitalismo industrial na Inglaterra aumentou a competição econômica entre os
principais países europeus, justamente no momento em que cresciam as divergências políticas entre
ingleses e franceses e entre a França revolucionária e as monarquias absolutistas da Europa continental.
Este conjunto de circunstância gerou um conflito militar generalizado: AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS.
Iniciadas na última década do século XVIII e estendendo-se até 1815, estas guerras tiveram
profundas consequências para o processo de independência da América Latina e particularmente do Brasil.
Em 1805, na Batalha de Trafalgar, os ingleses destruíram a esquadra francesa, invalidando o plano
de Napoleão de desembarcar um grande exército na Inglaterra.
O Imperador francês resolveu asfixiar economicamente a Grã-Bretanha, decretando, em 1806, o
Bloqueio Continental, que proibiu os países europeus de comerciarem com a Inglaterra.
Portugal e Espanha, metrópoles decadentes, encontraram-se num impasse: se aderissem ao
Bloqueio, a Inglaterra ocuparia suas colônias; se não aderissem, a França ocuparia as metrópoles.
A corte espanhola acabou-se rendendo a Napoleão, que ocupou militarmente a Espanha. A Corte
portuguesa, então chefiada pelo príncipe regente D. João ( a rainha, DNA. Maria I, estava louca), não
resistiu aos franceses, comandados por Junot, mas também, não se rendeu: transferiu-se para o Brasil.
Estes acontecimentos foram extremamente significativos no processo de independência do Brasil e
demais colônias latino-americanas, pois ocasionaram o desaparecimento do monopólio comercial.
Nos itens seguintes, faremos uma análise mais detalhadas da permanência de D.João VI no Brasil
e das consequências daí advindas.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 19
• No séc. XVIII, A INGLATERRA substituiu os TEARES MECÂNICOS movidos à vapor por uma
indústria têxtil. Nesta transformação o algodão tomou o lugar da lã.
⇒ Ingleses aqui residentes teriam plena liberdade religiosa e seriam julgados, em qualquer caso,
por juizes ingleses;
⇒ O governo português comprometia-se a abolir gradualmente o trabalho escravo, e ainda,
determinava a proibição da Santa Inquisição no Brasil;
⇒ Os produtos ingleses pagariam tarifas alfandegárias de 15%, os portugueses 16% enquanto
aos demais nações 24%
⇒ Um porto livre Santa Catarina
POLÍTICA INTERNA
⇒ Criação da Imprensa Régia
⇒ Academia Real Militar, Biblioteca Pública, Jardim Botânico, Banco do Brasil, Escola Cirúrgica
(RJ).
⇒ Erário Régio e o Conselho da Fazenda
a
⇒ Dez/1815 O Brasil era elevado 1 categoria de REINO UNIDO, a Portugal e Algarves. ( o
Brasil deixava de ser colônia – Congresso de Viena )
POLÍTICA EXTERNA
⇒ Ordenou a invasão da Guiana Francesa ( que foi devolvida a França em 1817, por de
terminação do Congresso de Viena).
⇒ Em 1818, estendeu as fronteiras brasileiras até a rio da Prata ( atual Montevidéu). A região
anexada passou a chamar-se PROVÍNCIA CISPLATINA, que em 1825, conquistou sua
independência e ganhou o nome atual de Uruguai.
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
⇒ 26/ABRIL/1821, A Família Real retorna a Portugal e entrega a seu filho D. Pedro a regência do
Brasil.
⇒ Para as Cortes portuguesas, promover a recolonização do Brasil, tinha que, obrigatoriamente,
enfraquecer a autoridade administrativa de D. Pedro aqui no Brasil e força-lo a regressar ao
país natal.
⇒ Para isso, vários decretos foram criados para anular o poder político de D. Pedro.
⇒ Os brasileiros jamais poderiam permitir a perda da liberdade de comércio conseguida em 1808
( Abertura dos Portos) e a autonomia administrativa consolidada em 1815 ( Reino Unido ).
⇒ Os brasileiros, resolveram então, se organizar em torno do príncipe D. Pedro, dando-lhe
necessário apoio para que ele desobedecesse às ordens que chegavam de Portugal.
⇒ Nascia o PARTIDO BRASILEIRO ou PARTIDO DA INDEPENDÊNCIA, homens de facções
políticas diferentes (conservadores e liberais), mais unidos contra um inimigo comum: AS
CORTES.
O RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
• 1º paísE.U.A26/maio/1824 Doutrina Monroe: América p/ os americanos
• 29/ agosto/1825 Portugal mediante indenização de 2 milhões de libras
• 1826 Inglaterra mediante a renovação do Tratado de 1810 e o final da escravidão
• Insatisfeito com o projeto constitucional que restringia seus poderes, em 12/11/1823, D. Pedro, dissolveu
a Assembléia Constituinte.
• Na noite anterior, cercou a Assembléia e prendeu os irmãos Andrada ( NOITE DA AGONIA)
Partido Moderado
• Três Grupos Políticos disputavam o Governo Regencial Partido Exaltado
Partido Restaurador
PARTIDO
ALA MODERADO
DIREITA (CONSERVA
DOR)
PARTIDO PARTIDO
REGRESSISTA CONSERVAD
PARTIDO
(CONSERVADOR) OR
BRASILEIRO
(LIBERAL)
PARTIDO
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 24
1834
ALA A
ESQUERDA 1836
PARTIDO PARTIDO
PROGRESSISTA LIBERAL
( LIBERAL )
PARTIDO
PARTIDO
PORTUGUÊS REGRESSO
RESTAURADOR
(ABSOLUTISTA
(REACIONÁRIO) CONSERVADOR
(1836-1840)
AVANÇO LIBERAL
(1831-1836)
• AS REGÊNCIAS:
⇒ Trina Provisória de abril a junho/1831
Composição: Nicolau Vergueiro, José Joaquim de Campos e Francisco de Lima e Silva
Anistia política
Recondução do Ministério dos Brasileiros ao poder
Junho/1831 ( Nova Lei) de Provisória para Permanente
⇒ Trina Permanente de 1831 a 1835 ( Partido Conservador )
Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho e João Braulio Muniz
MEDIDAS RESTRITIVAS
Os regentes não poderiam dispor do poder Moderador ( esta medida
defendia o Parlamento de qualquer investida do Executivo).
Criou-se a GUARDA NACIONAL Criada para reprimir Exaltados e
⇒ Em set/1834, D. Pedro I morria Fim do Partido da
Restauradores. O comando coube ao Ministro Justiça, PADRE FEIJÓ ( força
Restaurador
paralela ao exército. Com esse contingente, os fazendeiros formavam milícias
particulares e aumentou o poder dos latifundiários. Aí esta a origem do poder dos
⇒ Ocoronéis
ATO ADICIONAL
na RepúblicaDE 1834
Velha )
Chamado de “O
Foi aprovado o CÓDIGO código da Anarquia” representava
DE PROCESSO uma conciliação
CRIMINAL das elites.
atribuía aos
municípios ampla autonomia judiciária, os juizes eram eleitos pela população local (
MUDANÇAS:
que consagrou o arbítrio dos fazendeiros, pois já controlavam as Câmaras
Municipais A Regência
e tinham passou
a força a ser Una;
da Guarda Nacional – O poder descentralizava-se.)
O Rio de Janeiro passou a sede do Império com a designação de Município
Neutro;
Foram criadas as Assembléias Legislativas nas Províncias;
1834 – Realizaram-se eleições para o cargo de regente, sendo eleito o Padre
Feijó
⇒ A Regência Una de Diogo Antonio Feijó ( 1835-37)
Ministério das Capacidades ( que criou a Lei de Interpretação uma investida contra os
aspectos liberais do Ato Adicional de 1834 )
Objetivos limitar a autonomia dos municípios
promover a centralização do poder
a polícia e a justiça ficariam sob o poder central
os juizes municipais e delegados seriam nomeados pelo governo
da capital do império
Em contrapartida
Os liberais criaram o CLUBE DA MAIORIDADE
Objetivo Antecipação da maioridade de D. Pedro
Emenda Constitucional que foi aprovada
⇒ Rebeliões:
Balaiada ( 1838/41 – Maranhão )
Sabinada( 1837/38 – Bahia )
• REBELIÕES REGENCIAIS:
• O Golpe da Maioridade
⇒ Golpe político dos liberais durante a Regência Conservadora de Araújo de Lima.
⇒ Responsáveis pelo golpe: Os irmãos Andradas ( Antonio Carlos, Martim Francisco e José
Bonifácio) e os irmãos Cavalcantes
⇒ Julho/1840 Foi dado o Golpe da Maioridade
O golpe agradou Liberais e Conservadores( latifundiários)
A quem interessava:
a) o fim das revoltas provinciais
b) o fim das lutas políticas
c) um governo que garantisse a estabilidade no país
• Eleições do Cacete
Os liberais foram acusados de fraude. O voto não era secreto ( capangas forçavam
eleitores)
Diante dos flagrantes indícios de fraude, D. Pedro dissolveu a Câmara e convocou novas eleições.
• O Parlamentarismo ( às avessas)
PARLAMENTARISMO
Sistema de governo onde o Poder Legislativo tem força efetiva no comando da nação. Na
Inglaterra onde surgiu, os cidadãos elegem os Parlamentares, estes, escolhem o Primeiro-
Ministro ( Chefe do Poder Executivo )
⇒ Em 1847 no Brasil, foi criado o cargo de Presidente de Conselho de Ministros, que tinha as
funções de 1º Ministro, encarregado de organizar o Gabinete do Governo.
OS PRIMEIROS IMIGRANTES
Os imigrantes chegaram no Brasil entre 1847 e 1857. Esses imigrantes foram contratados
no SISTEMA DE PARCERIA: davam ao proprietário uma parte de colheita e ficavam com
outra parte. No entanto, eram enganados e muito explorados pelo fazendeiros.
Trabalhavam de sol a sol e eram tratados como escravos. A conseqüência foi o completo
fracasso do sistema de parceria.
* QUESTÃO CHRISTIE
A política EXTERNA do Segundo Reinado * QUESTÃO PLATINA
* GUERRA DO PARAGUAI
• A QUESTÃO CHRISTIE
As relações diplomáticas entre os dois países somente foram reatadas em 1865, quando
o governo inglês apresentou desculpas oficiais a D. Pedro II.
• A QUESTÃO PLATINA
Da união entre Oribe e Rosas nasceu uma linha política que contrariava os
interesses do Brasil na região.
Conseqüências:
1) Oribe, do Uruguai, foi derrotado por Caxias;
2) Rosas, da Argentina, foi derrotado por Urquiza, com ajuda de tropas brasileiras;
3) Depois da vitória, Urquiza foi conduzido ao poder da Argentina;
4) No Uruguai e Argentina os governos foram favoráveis aos interesses de brasileiros e
ingleses
5) Foi liberada a navegação comercial
A luta contra Aguirre (1864-65)
⇒A Asluta política do
fronteiras entre BLANCOS
Rio Grande e COLORADOS
do Sul, continuou
continuavam ser intensa ao longo da
desrespeitadas
década de 1850. Fazendeiros do Brasil permaneceram brigando violentamente com
⇒ O Brasil enviou um emissário a Montevidéu para solucionar o caso
uruguaios pertencentes aos BLANCOS.
⇒ O presidente do Uruguai, ATANÁSIO AGUIRRE, não deu atenção ao pedido.
⇒ O governo brasileiro declarou guerra ao Uruguai e, novamente, procurou aliar-se ao
Partido Colorado, agora liderado por VENÂNCIO FLORES.
⇒ Em 1865, com auxílio das tropas brasileiras, VENÂNCIO FLORES derrotou AGUIRRE e
assumiu o governo do Uruguai.
⇒ A situação se agravou, AGUIRRE tinha um forte aliado: FRANCISCO SOLANO LOPES, do
Paraguai.
A Guerra do Paraguai ( 1865-1870)
Para o Brasil, o episódio que deu início ao conflito foi o aprisionamento pelo governo
paraguaio, em novembro de 1864, do navio brasileiro MARQUÊS DE OLINDA, que
navegava próximo a Assunção, com, destino ao Mato Grosso. O aprisionamento do
navio brasileiro foi a reação do Paraguai contra a invasão brasileira do Uruguai e a
deposição do presidente Aguirre, que era apoiado por Solano Lopes.
⇒ O desagrado da Inglaterra:
Deixava de lucrar com suas exportações
O Brasil não apoiava a política paraguaia, pois pretendia navegar livremente pelos
seus rios.
⇒ A tríplice Aliança:
Percebendo que o Paraguai não se enquadrava no esquema pretendido, a
Inglaterra financiou o Brasil, a Argentina e o Uruguai para lutar contra o Paraguai.
Foi o mais longo e sangrento conflito armado já ocorrido na América do Sul
Na verdade, os paraguaios não foram derrotados, foram massacrados
Para o Brasil:
∗ Aumento da dívida externa;
∗ Crise financeira; domínio inglês no setor de seguros
∗ Crescimento do Exército brasileiro em importância política.
Durante a Guerra, o Brasil teve que assinar com a Bolívia o apressado Tratado de
La Paz (1867), por meio do qual entregávamos o Acre ao ditador Melgarejo, para
evitar que este ajudasse Solano Lopes.
⇒ Em 1845, a Inglaterra tomou uma atitude ousada. Aprovou uma lei conhecida como BILL
ABERDEEN, que permitia a marinha inglesa aprisionar navios negreiros em qualquer parte do
mundo e punir os traficantes junto a tribunais ingleses.
• A Questão Religiosa
⇒ Na Constituição de 1824, constava que a Igreja católica era uma instituição submetida ao estado.
Isto significa que nenhuma ordem do papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse aprovada pelo
imperador.
⇒ Em 1872, D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, respectivamente, resolveram seguir
ordens do papa, punindo irmandades religiosas que apoiavam os maçons.
⇒ D. Pedro II, influenciado pela maçonaria decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que
suspendessem as punições. Estes recusaram e foram condenados a quatro anos de prisão.
• A Questão Militar
⇒ Durante o Império havia sido aprovado o projeto, pelo qual as famílias dos militares mortos ou
mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma pensão.
⇒ A guerra terminara em 1870, e em 1883 o montepio não estava sendo pago.
⇒ Sena Madureira ( tenente-coronel) após fazer veementes acusações ao governo, foi punido.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 33
• O Golpe Liderados por Benjamin Constant, os oficiais do exército deram o golpe que recebeu apoio
dos republicanos civis: Deodoro da Fonseca ( líder do movimento ), Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa
etc...
⇒ Liderados por Benjamin Constant, os oficiais do exército deram o golpe que recebeu o apoio dos
republicanos civis: Deodoro da Fonseca ( chefe do movimento ), Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa
etc...
• O GOVERNO PROVISÓRIO
⇒ Formado na noite de 15/11 por forças sociais Exército, fazendeiros de café, camada média
chefiados por Deodoro da Fonseca.
⇒ Medidas:
Instituía: República dos Estados Unidos do Brasil transformando as Províncias em
Estados.
Convocação de uma Assembléia Constituinte
Expulsão da Família Real do Brasil
Oficializava-se o Hino Nacional e a atual bandeira do Brasil
A Grande Naturalização
Separação da Igreja do Estado
O catolicismo deixou de ser a religião oficial do estado
Instituía-se o Casamento Civil, Código Penal, A regulamentação do Trabalho do Menor.
20/11/1889 Argentina e Uruguai eram os primeiros países a reconhecer a República
Brasileira.
O mandato do Governo Provisório foi prorrogado até a promulgação da Constituinte da
República.
Três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
⇒ O Encilhamento
Reforma financeira, executada por Rui Barbosa ( Ministro da Fazenda)
OBJETIVO: Incentivar o crescimento econômico nacional, desenvolvimento da indústria:
⇒ A 1ª Constituição Republicana
Promulgada em 24/02/1891
Forma de Governo REPÚBLICA ( Presidente, Governador, Prefeito, Deputados,
Senadores, Vereadores mandato limitado )
Sistema de GovernoPRESIDENCIALISMO
Nas eleições:
Floriano recebeu o chamado “Manifesto dos 13 Generais”, que afirmava ser seu governo
ilegal e exigindo a convocação de novas eleições foram punidos e afastados.
Estourou no Rio Grande do Sul. Estavam frente a frente duas maiores facções de grandes
proprietários gaúchos:
De São Paulo se deslocaram tropas legalistas. O Paraná foi palco de sangrentas lutas, até
que, em 1895, os revoltosos foram definitivamente derrotados.
No final do governo de Floriano Peixoto, estava consolidada a República, o que lhe valeu o
apelido de “O Consolidador” e “Marechal de Ferro”.
Pendências Internacionais:
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 36
ILHA TRINDADE ( costas do Espírito Santo ) ocupada pelos ingleses. O rei de Portugal,
Carlos I, deu ganho de causa ao Brasil;
FUNDING LOAN
Moratória proposta por nossos maiores credores, OS ROTHSCHILD. O acordo previa
um novo empréstimo ao Brasil, no valor de 10 milhões de libras esterlinas, tendo como
garantia a hipoteca das rendas alfandegárias do Rio de Janeiro e de outros portos,
caso fosse necessário.
a) Suspensão dos juros da dívida externa, por 3 anos ;
b) Suspensão por 13 anos do pagamento das prestações
c) A dívida começaria a ser paga em 1911 ( com prazo de 63 anos) . Terminaria
em 1974 com juros de 5% ao ano
Amarrado pelos compromissos assumidos junto ao exterior, Campos Sales realizou um governo
impopular ( multiplicando impostos, contenção do salário dos trabalhadores. Salvava-se o
Tesouro, mas prejudicava-se a coletividade.)
Para executar sua rigorosa política financeira, conseguiu ajuda dos principais governadores e
solidariedade das oligarquias regionais.
Os grandes proprietários rurais de São Paulo e Minas Gerais foram beneficiados por esse
acordo Surge a gangorra política entre São Paulo e Minas Gerais – a política do café-com-leite.
O CORONELISMO.
Com raízes no Império ( regência de Feijó) Guarda Nacional
Grandes latifundiários que controlavam o eleitorado das pequenas cidades
Figurado Coronel X Currais eleitorais X voto de cabresto
Conseqüências:
CAMPANHA CIVILISTA:
Rui Barbosa pregava a necessidade de reformas políticas e moralização nas eleições, e
prometia o antimilitarismo
Rui Barbosa não conseguiu vencer a máquina oligárquica ( que fraudou as eleições),
Hermes da Fonseca tornou-se o sucessor de Nilo Peçanha.
A política salvacionista gerou inúmeras revoltas, das quais a mais violenta ocorreu no Ceará,
envolvendo o PADRE CÍCERO.
Manobrando os navios com maestria, e apontando os canhões para a cidade, exigiram que
fosse extinto o desumano regime de chibatadas.
O MOVIMENTO OPERÁRIO:
CONCEPÇÕES ANARQUISTAS
É comum usarmos as expressões ANARQUISMO e ANARQUIA com o significado
de confusão, bagunça, desordem, baderna. Não é este o sentido de ANARQUIA
nos termos político-filosófico. Na sua origem grega, ANARQUIA significa ausência
de poder.
No plano político, o anarquismo considerava o poder – o domínio de um homem
sobre outro – um grande mal. Defendia uma sociedade sem governo, que
funcionasse pela cooperação e solidariedade entre as pessoas .
As idéias anarquistas foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes europeus,
especialmente italianos e espanhóis.
CAUSAS:
1. Concessão do governo ( aos coronéis) de 30 Km – 15 de cada lado da estrada, para a
construção de uma estrada de ferro, provocando a expulsão da população que nela vivia;
2. 8 mil trabalhadores foram recrutados dos grandes centros do país e mantidos sob rígido
controle. Quando acabou a construção não tinham para onde ir;
3. A compra de 180 mil hectares de terra no território contestado, pela Brasil Railway,
expulsando seus ocupantes e implantando uma grande madeireira. 7000 mortos.
Entre 1918 e 1920, as greves se espalharam pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Recife, Porto Alegre e Salvador. Todas concessões feitas aos trabalhadores eram
provisórias, pois não havia sério interesse das classes dominantes em melhorar a
condição social dos trabalhadores. Washington Luiz ( último Presidente da Rep. Velha)
dizia que: “A QUESTÃO SOCIAL ERA CASO DE POLÍCIA”.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 40
Inflação aumentou, custo de vida subiu X recusa de conceder aumento salarial ( inclusive aos
militares, agravando sua indisposição com o exército. )
Após a I Guerra Mundial (1914-18), as oligarquias brasileiras não conseguiram mais manter o controle
político sobre a nação. A Constituição de 1891havia estabelecido que a República deveria ser democrática
e representativa, mas durante quase 3 décadas, ela serviu exclusivamente aos interesses políticos e
econômicos das oligarquias rurais, portanto, totalmente manipulado por elites regionais, que controlavam os
partidos políticos e os juízes. Elas fizeram uso da fraude e até mesmo de violência para alcançar sua
ambições.
REVOLUÇÃO DE 1924
São Paulo - 5/7/1924 2ª Revolta tenentista X oligarquias poderosas, onde diversas
unidades militares se rebelaram
1º movimento a definir um programa político, tais como:
⇒ Renúncia de Artur Bernardes; voto secreto; convocação de uma Assembléia Constituinte,
obrigatoriedade ao ensino primário,
Líder: GAL. ISIDORO LOPES
Os revolucionários ocuparam São Paulo O governador paulista fugiu da capital para uma
localidade próxima Recebeu o reforço de 15 mil homens e preparou o contra-ataque.
ISIDORO LOPES sem condições de resistir, abandonou São Paulo com numerosa tropa
COLUNA PAULISTA
COLUNA PAULISTA – Objetivos:
• Lutar contra o governo e levar a revolução para outros Estados
• A Coluna seguiu para o Sul e encontrou outra coluna liderada por LUIS CARLOS
PRESTES ( houve fusão das Colunas)
A COLUNA PRESTES:
⇒ Percorreu mais de 25 mil quilômetros 12 estados 800 a 1500 pessoas
⇒ Permaneceu 2 anos no país, lutando contra o poder das oligarquias
⇒ Em 1926 ao final do mandato de Artur Bernardes ingressou na Bolívia 620
sobreviventes
REVOLUÇÃO DE 1930
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 42
PROVIDÊNCIAS
⇒ Nos 1ºs momentos do governo Vargas, a crise se anunciava: diversos grupos disputavam o poder.
⇒ Vargas habilidosamente se tornou o centro da situação reforçando sua posição:
⇒ Gaúchos, mineiros e paraibanos (dominaram os ministérios) pessoas de sua inteira confiança
⇒ Fechamento: Congresso Nacional, Assembléias Legislativas Estaduais e Câmaras Municipais;
Extinguiu os partidos políticos; suspendeu a Constituição de 1891;
⇒ Substituiu os Governadores de Estado por INTERVENTORES FEDERAIS ( membros do movimento
tenentista ).
⇒ Juarez Távora, foi nomeado como “inspetor geral” do Nordeste, apelidado de “vice-rei” do norte.
⇒ Prometendo eleição de uma Assembléia Constituinte.
⇒ Os indesejáveis foram perseguidos, torturados e eliminados;
FASCISMO
No período entre guerras houve a ascensão de regimes fascistas em inúmeros países. O Fascismo
constituiu uma negação da democracia liberal burguesa, que se caracteriza pelas liberdades
individuais e pela limitação e separação dos poderes públicos. O FASCISMO, bem ao contrário,
caracterizou-se por ser um regime fortemente autoritário, centralizador, baseado num partido único,
com o poder “ enfeixado” nas mãos de um grande chefe.
O Parlamento, quando existe, apresenta-se totalmente subordinado a vontade do Executivo, o mesmo
acontece com o Poder Judiciário. Sindicatos e meios de comunicação são rigidamente controlados.
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 44
Organização Fascista:
Lema: DEUS, PÁTRIA e FAMÍLIA
Aparato Externo: UNIFORME, DESFILE, BANDEIRAS, EMBLEMA ( Σ ), ANAUÊ,
CAMISAS VERDES, 300 MIL MEMBROS
A INTENTONA COMUNISTA
⇒ A Constituição de 1937:
Imposta à Nação apelido: “POLACA”
Baseada na Constituição Fascista da Polônia - CARACTERÍSTICAS:
⇒ REALIZAÇÕES:
⇒ QUEREMISMO:
• Grupos nacionalistas favoráveis a nacionalização e contra o imperialismo norte-americano
“QUEREMOS GETÚLIO”
• Para aumentar a popularidade LEI MALAIA Lei antitruste e antimperialista. (
desapropriação de empresas estrangeiras ) gerou desagrado dos norte-americanos
O POPULISMO
“Embora iniciada já na Era Vargas, foi no período que se estende de 1945 a 1964 que a
política POPULISTA mais se desenvolveu. Fenômeno político muito comum no período pós-
guerra, principalmente nos países latino-americanos.
De acordo com o cientista político FRACISCO WEFFORT, o populismo é uma manipulação
das massas por parte dos líderes[...} É a exaltação do poder público; é o Estado colocando-
se, através do líder, em contato direto com os indivíduos reunidos na massa [...] A massa se
volta para o Estado e espera dele o sol ou a chuva, ou seja, entrega-se de mãos atadas aos
interesses dominantes”.
PRADO, Maria Lígia. O populismo na América Latina; Brasiliense p. 76
⇒ Na política internacional:
Os países vencedores da II Guerra ( EUA X URSS) Guerra Fria
Dividiram o mundo em 2 blocos EUA (capitalista); URSS(Comunista)
⇒ No Brasil:
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 47
Dois grupos disputavam o poder econômico
1. Defendia um CAPITALISMO NACIONAL AUTÔNOMO, NACIONALISTA e não das grandes
potências estrangeiras.
⇒ Dutra aliou-se aos EUA Extinguiu o Partido Comunista Brasileiro( 1947 ) cassou o mandato de
seus representantes no Congresso inclusive de Luís Carlos Prestes ( senador mais votado da
república )
⇒ Dentro desta política suspendeu o direito de greve todos os sindicatos sofreram intervenções
⇒ Devido ao apoio às massas trabalhadoras sofreu ataque dos políticos ligados ao capital norte-
americano.
O SUICÍDIO
⇒ Isolado, sem poder de reação suicidou-se ( 24/8/54)
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 48
⇒ O gesto trágico de Vargas, paralisou a oposição que se ausentou do país ( medo de uma
⇒ rebelião popular)
Com a morte de Vargas, a presidência passou para o vice-presidente JOÃO CAFÉ
FILHO (1954-55) , que adotou uma política contrária a estatização e favoráveis ao capital
estrangeiro, descontentou nacionalistas, operários e setores da burguesia. LICENCIOU-SE para
tratamento de saúde.
Assumiu o Presidente da Câmara, CARLOS LUZ, para completar o período de Vargas.
Em 1955 foram realizadas novas eleições presidenciais. Os vencedores JUSCELINO e JOÃO
GOULART ( de origem getulista ) .
CARLOS LUZ tentou dar um golpe para impedir a posse de JUSCELINO. O Ministro da
Guerra, Gal. HENRIQUE TEIXEIRA LOTT, derrubou CARLOS LUZ garantindo a posse de
JUSCELINO. Até a posse de JUSCELINO assumiu a Presidência do Brasil, NEREU RAMOS (
Presidente do Senado).
⇒ REALIZAÇÕES:
Abertura de rodovias Belém/Brasília
Implantação da Indústria Automobilística
Criação da SUDENE Superintendência p/ o Desenvolv. do Nordeste
Usina Hidrelétrica de Furnas e Três Marias
Construção de Brasília ( Oscar Niemeyer e Lúcio Costa )
⇒ CONTRADIÇÕES;
CONTRÁRIOS À POSSE:
Setores da Burguesia ( prejudicados com 100% do salário mínimo )
Ministros Militares + empresários nacionais ( perigo comunista )
OBJETIVO: Golpe
FAVORÁVEIS À POSSE:
Governadores liderados por LEONEL BRIZOLA, fundaram a FRENTE LEGALISTA +
SINDICATOS + ORGANIZAÇÕES ESTUDANTIS + PARTE DO POVO.
Parte da Forças Armadas era favorável à legalidade = FAZER VALER A CONSTITUIÇÃO.
O PARLAMENTARISMO:
De setembro/61 a Janeiro/63 Três gabinetes estiveram no poder:
1. TRANCREDO NEVES
2. BROCHADO DA ROCHA
3. HERMES LIMA
Antecipação da campanha marcada para 1965
74% favorável ao presidencialismo
24/janeiro/1963 tomava posse o Ministério Presidencialista
REFORMA DE BASE:
Reforma agrária; Reforma eleitoral (voto do analfabeto)
Reforma universitária ( + vagas); Reforma Tributária - corrigir ≠ sociais.
Política nacionalista limitando remessa de recursos para o exterior
Em 13/3/64 decretava a nacionalização das refinarias particulares de petróleo.
LEI DE REMESSA DE LUCROS
Além dessas reformas, Jango procurou colocar sob controle o capital estrangeiro,
através da LEI DE REMESSA DE LUCROS, que limitava o envio de dólares das
empresas multinacionais para o exterior. A aprovação dessa lei provocou enorme reação
entre os representantes das multinacionais.
31 DE MARÇO DE 1964
Rebelião das Forças Armadas X João Goulart Início do movimento
MINAS GERAIS Comando: Olímpio Mourão Filho
Apoio: Magalhães Pinto ( Governador de Minas )
SÀO PAULO Adesão de ADEMAR DE BARROS
GUANABARA Apoio de CARLOS LACERDA
Em 48 horas o movimento tornou-se vitorioso
JOÃO GOULART exilado deixou o país ( 1/4/64)
Terminava o período democrático Começava a DITADURA MILITAR
⇒ NA POLÍTICA ( autoritarismo):
Em 1965 foram realizadas eleições para os governos estaduais A oposição ao regime
teve grandes vitórias
Em outubro/65 foi decretado o AI nº 2 dava poderes ao Presidente:
• Cassar mandatos e direitos políticos
• Extinguia-se todos os Partidos políticos
• Criava-se dos ( BIPARTIDARISMO ):
ARENA – Aliança Renovadora Nacional
MDB – Movimento Democrático Brasileiro
• Foi criada a Lei de Segurança Nacional se tornavam inimigos da pátria aqueles
que se opunham à ditadura militar.
Fevereiro/66 – A I nº 3
TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOÃO ROCHA 51
• Fim das eleições diretas para Governadores e Prefeitos das capitais os
governadores seriam indicados pelo Presidente e os prefeitos, pelos governadores.
Dezembro/66 – A I nº 4
• Dava ao governo o direito de elaborar nova Constituição
• Em 24/01/67 foi promulgada nova CONSTITUIÇÃO
• Objetivo: Fortalecer o poder do Presidente e enfraquecer o Legislativo e Judiciário.
Ao final do governo Castelo Branco, o Alto Comando Militar escolheu ARTUR DA COSTA
E SILVA.
Em agosto/69, Costa e Silva ficou seriamente doente, vitimado de uma trombose e foi
obrigado a deixar o cargo
⇒ REALIZAÇÕES:
II PND ( expansão da indústrias de bens de produção cobre, aço, energia elétrica,
maquinas e equipamentos pesados)
Construção de Hidrelétricas: ITAIPU, SOBRADINHO, TUCURUI
Aprovação do divórcio ( Nelson Carneiro )
Fim do AI-5
Início da abertura política
⇒ Escândalos Econômicos:
CAPEMI – DELFIM – COROA BRASTEL
⇒ País mergulhado na maior crise de sua história ( inflação, endividamento externo, deficit público)
⇒ A crescente onda de descontentamento OBJETIVAVA aprovação no Congresso de eleições diretas
para a Presidência.
⇒ EMENDA DANTE DE OLIVEIRA, propunha:
Eleições diretas
Fim do Colégio Eleitoral onde se realizavam as eleições indiretas para Presidente.
DIRETAS JÁ:
Um dos maiores movimentos político-populares da história recente.
Porém, manobras realizadas pela elite dirigente ( ligada ao regime ) impediu a realização das
eleições
O principal grupo opositor era liderado pelo deputado PAULO MALUF
A DISPUTA INDIRETA PELA SUCESSÃO PRESIDENCIAL:
De um lado PAULO MALUF ( representante do PDS)
De outro TANCREDO NEVES ( apoiado por uma aliança política. Tacredo afirmava que sua
eleição seria a última indireta para a Presidência.
Eleito, morreu 24 horas antes da solenidade de posse ( 21/4/85 )
O vice JOSÉ SARNEY assumiu o comando
O CONGELAMENTO:
• Foi derrubado por produtores e comerciantes
• Os produtos sumiam dos mercados
• Reapareciam mediante pagamento de ágio
ITAMAR FRANCO:
⇒ Empossado em 29/12/1992, para completar o mandato de seu antecessor
⇒ NA POLÍTICA:
Realização do PLEBISCITO de 1993
decidir qual o Regime Político MONARQUIA ou REPÚBLICA
e a Forma de Governo PARLAMENTARISMO OU PRESIDENCIALISMO
⇒ NA ECONOMIA:
O Plano Real Inflação de 2700% ao ano
Redução da inflação e estabilização da economia
Contenção dos gastos públicos; privatização de empresas estatais.
A queda da inflação melhorou o poder aquisitivo